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Simp2 - Instrumental Cirúrgico PDF
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Capítulo II
Takachi Moriya1, Yvone A Morais V de Andrade Vicente2, Maria de Fátima G Sorita Tazima2
RESUMO
Para a execução de cada uma das etapas do procedimento cirúrgico utilizam-se instrumentos distintos
e são necessários ordem e método para permitir ao cirurgião executar o procedimento com precisão e
rapidez. Para isso, o instrumental cirúrgico deve ser listado e preparado com antecedência, de acordo
com o tipo de cirurgia a ser realizada e preferência do cirurgião.
Instrumentos Instrumentos
auxiliares de síntese
Figura 2: Material de preensão e hemostasia: (1) pinça de Kelly,
(2) pinça de Halsted curva, (3) pinça de Halsted reta, (4) pinça de
Allis
Instrumentos Instrumentos
de hemostasia de diérese
Instrumentador
Mesa Cirùrgica
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Esta disposição facilita a instrumentação, pois, A drenagem diagnóstica tem objetivo medir o
o procedimento cirúrgico consiste de uma seqüência volume, o ritmo de saída de líquidos e gases, a fim de
padronizada de etapas e, portanto, pode-se acompa- determinar a existência e a permanência de uma
nhar com precisão o tempo cirúrgico, executado pelo afecção interna, como exemplo a drenagem da cavi-
cirurgião e escolher qual o quadrante da mesa a ser dade pleural no caso de hemorragia interna onde po-
abordado. demos diagnosticar a existência e a permanência da
mesma e decidir por uma intervenção cirúrgica corre-
Sondas e drenos tiva.
b. Preventiva
Definição É uma forma de drenagem das mais usadas,
A drenagem cirúrgica é a técnica para remo- sendo feita sempre em cirurgias onde haja ou se sus-
ver coleções líquidas ou gasosas de uma cavidade peita de infecção, quando os líquidos que se formam
serosa, feria ou abscesso por meio de simples abertu- no local ou o estado geral do paciente, como cirurgia
ra ou através de colocação de dreno ou qualquer com de pâncreas com abscessos localizados.
que se assegura a saída dos fluidos, através da pele
ou mucosas. É uma técnica invasiva e cruenta. c. Curativa
A drenagem curativa tem o objetivo de eliminar
Classificação o líquido residual enclausurado, habitualmente pus,
A drenagem pode ser classificada sob vários permitindo que o organismo promova a recuperação
aspectos: daquela região atingida evitando assim a dissemina-
ção do processo. Por exemplo, a drenagem de abs-
Finalidade: cesso subfrênico.
a. Diagnóstica
A drenagem diagnóstica tem objetivo medir o Mecanismo
volume, o ritmo de saída de líquidos e gases, a fim de O líquido preso dentro de cavidades orgânicas,
determinar a existência e a permanência de uma com aumento progressivo do seu volume, pode drenar
afecção interna, como exemplo a drenagem da cavi- espontaneamente para outras regiões ou para o exte-
dade pleural no caso de hemorragia interna onde po- rior do organismo, por aumento da pressão do líquido
demos diagnosticar a existência e a permanência da ou por necrose tecidual. A drenagem cirúrgica é feita
mesma e decidir por uma intervenção. quando o processo não responde ao tratamento
medicamentosos (antibióticos) ou quando atingir gran-
Finalidade diagnóstica des proporções.
preventiva
curativa Manutenção
Mecanismo expontânea A drenagem é simples quando o líquido é elimi-
cirúrgica nado livre e espontaneamente pelo orifício de drena-
Manutenção simples gem e por aspiração é necessário aplicar uma pres-
com aspiração são negativa contínua ou intermitente no dreno, a fim
Local abdominal de forçar e facilitar a saída da secreção.
torácico Local
cervical, etc
Classifica-se em função da região anatômica
Plano superficial
do corpo humano a ser drenada: cerebral, cervical,
profundo
torácica, abdominal etc. A drenagem de cada região
Material tubo semi-rígido anatômica exige materiais e técnicas específicas.
lâmina flexível
tubo rígido (trocarte) Plano
Duração curta As drenagens podem ser superficiais e ou pro-
prolongada fundas.
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Técnicas de drenagem
A drenagem deve obedecer a certos princípios
para facilitar o escoamento e evitar complicações
como obstrução ou contaminação de outros setores:
1. Colocar o dreno em posição de maior declive para 5. Dreno de Penrose
líquidos
2. Colocar o dreno em posição de maior aclive para
o ar
3. O ponto de penetração para acesso ao local deve
ficar o mais próximo possível deste 6. Dreno de Penrose com gaze no seu interior
4. O dreno deve ser sempre colocado fora da inci-
são primária
5. O dreno deve ser adequado ao tipo e ao volume
do material a ser eliminado
6. O dreno deve ficar em posição a mais confortável 7. Sonda retal
possível ao paciente
7. O orifício de passagem do dreno deve ser de di-
mensão proporcional ao mesmo
8. O dreno deve sempre ser adequadamente fixado 8. Sonda de Nelaton
à pele
9. A drenagem é regra geral nas cirurgias de tórax
10. A drenagem é exceção nas cirurgias abdominais 9. Sonda de Fouchet - utilizada para lavagem esofágica
(exemplos: cirurgia das vias biliares extra-hepáti- ou lavagem intestinal por sifonagem
cas, cirurgias do pâncreas, coleções purulentas em
espaços teciduais)
Principais tipos de drenos:
Os drenos podem ser de qualquer material como
um tubo, gaze, desde que assegure a saída das secre-
ções.
1. Dreno tubular multi-perfurado
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Como o fio pode se comportar como corpo es- a necessidade da manutenção de sua resistência por
tranho e prejudicar a cicatrização, é aconselhável es- um período maior do que 2 a 3 semanas ou quando a
colher o calibre do fio de acordo com a resistência, o reação inflamatória deve ser a menor possível.
tipo de estrutura a ser suturada e a tensão entre as A experiência, o conhecimento das estruturas
bordas da ferida.. a serem operadas, da técnica cirúrgica e da biologia
A escolha do tipo de fio, se absorvível ou da ferida e da cicatrização, aliados ao bom senso, de-
inabsorvivel, depende da resistência e do tempo da terminam qual o melhor fio a ser utilizado.
manutenção da sutura até a sua total cicatrização. Os quadros I e II mostram os tipos, a composi-
Deve-se escolher um fio inabsorvível, quando houver ção, a origem e a resistência tênsil.
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Nós cirúrgicos
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apenas é um nó deslizante, pois pode-se reajustar a Quando se realizam suturas contínuas, existe
tensão, mesmo depois de realizado. O nó com duas uma peculiaridade na execuçao do primeiro nó, pois
passagens pela laçada, não desliza, e portanto é utili- ele não pode permanecer entre as bordas da ferida.
zado quando não se deseja ou não pode haver afrou- Portanto existe um nó utilizado especificamen-
xamento do primeiro nó. È utilizado para aproximação te para este fim, como apoio para a sutura, tanto no
de estruturas sob tensão (Figura 8) seu início como término e, como ele é deslizante, pode
ser ajustado à tensão da sutura (Figura 9).
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Pode também ser utilizado, quando se depara Um outro tipo de nó, muito utilizado é o nó de
com a tensão aumentada entre as bordas da ferida, o apoio das suturas contínuas, principalmente das sutu-
nó de cirurgião. Na Figura 11 demontra-se o cruza- ras intradérmicas.
mento do fio, a escolha de qual dedo irá pinçar o fio e Conforme o demonstrado na Figura 13, obser-
a realização da dupla laçada, ao mesmo tempo, utili- va-se a realização da laçada, com o porta agulha e a
zando-se o dedo médio no fio que está passando por passagem do fio através dela, formando uma ponta
baixo dos fios cruzados e o dedo indicador para o de que pode ser amarrada mais uma vez, se necessário.
cima. Com esta laçada, inicia-se a sutura contínua e
quando ela terminar repete-se o mesmo procedimen-
to, para formar uma nova laçada.
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Suturas
As agulhas cirúrgicas, utilizadas na síntese, pe-
netram e atravessam os tecidos e, assim, conduzem
os fios para os locais adequados. As agulhas, para
melhor conforto e praticidade são montadas na ponta
de um porta agulha, e na metade da agulha.
As agulhas, conforme o seu ângulo interno, po-
dem ser classificadas em curvas (ângulo interno de
180 graus), semi retas (ângulo interno menor que
180graus) e retas.
De acordo com a secção transversal da ponta,
as agulhas dividem-se em cilíndricas, triangulares e
prismáticas (Figura 16 e 17). Dependendo do tipo da
ponta, as agulhas são classificadas em traumáticas,
com pontas triangular ou prismática e traumática quan-
do cilíndricas.
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c- Sutura e- Tamponamento
Certas suturas são feitas englobando vasos com Realiza-se pela compressão de área sangrante
finalidade hemostática. Exemplos: suturas totais de com compressa ou gaze. É medida excepcional a ser
anastomoses gastrointestinais e as suturas de lesões adotada em hemorragia venosas ou capilares de su-
de grandes vasos. perfície, quando outros recursos foram infrutíferos.
d- Obturação f- Grampeamento
Aplica-se substancias exógenas para ocluir a É um tipo de hemostasia definitiva através do
luz do vaso sangrante. Exemplo: cera óssea para he- uso de grampos metálicos - aço inoxidável ou titânio -
mostasia nos sangramentos ósseos difusos. muito empregada atualmente em cirurgias vídeo-en-
doscópicas.
ABSTRACT
Distinct instruments are employed during the accomplishment of each of the stages of a surgical proce-
dure. For the surgeon to perform the procedure accurately and efficiently, order and method are manda-
tory. To this end, surgical instruments should be listed and prepared well in advance, according to the
surgery type and the surgeon's preferences
Keywords: Surgical Instruments. Surgical Material. Surgical Technique. Surgical Procedures, Operative.
Bibliografia recomendada 5. Tolosa EMC, Pereira PRB. Hemostasia. In: Goffi FS. Técnica
cirúrgica: bases anatômicas e fisiopatológicas e técnicas da
1. Cirino LMI. Instrumental cirúrgico e operações fundamentais. cirurgia. 42 ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2001. p. 62-6.
In: Cirino LMI: Manual de técnica cirúrgica para a graduação. 6. Tolosa EMC, Carnevale J, Pereira PRB. Síntese cirúrgica.
São Paulo: Sarvier; 2006. p.13. In: Goffi FS. Técnica cirúrgica: bases anatômicas e fisiopato-
2. Goffi FS, Tolosa EMC. Operações fundamentais. In: Goffi FS. lógicas e técnicas da cirurgia. Rio de janeiro: Atheneu, 2001.
Técnica cirúrgica: bases anatômicas e fisiopatológicas e téc- p. 67-74.
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3. Magalhães HP. Técnica cirúrgica e cirurgia experimental. São cas e técnica cirúrgica. Atheneu: 1978.
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4. Tolosa EMC, Pereira PRB. Diérese. In: Goffi FS. Técnica cirúr- Paulo: Sarvier, 1993.
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