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DESAFIO 2
APLICAÇÃO DE VARIÁVEIS INTERNAS EXPLICATIVAS DO
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
1GM EaD
RESUMO: Este trabalho pretende explicar a importância das variáveis internas dos processos cognitivos,
sensação, atenção e percepção, no comportamento do consumidor; aplicando-as aos mercado de Pet Food.
1. Introdução 3
2.1 Sensação 4
2.2 Atenção 6
2.3 Percepção 7
3. Conclusão 9
4. Bibliografia 10
2.1 Sensação
De acordo com Salomon (2002), à sensação vem agregada a reação imediata dos nossos
recetores sensoriais - como os olhos, os ouvidos, a boca e os dedos – a estímulos básicos do
meio que nos rodeia, como o som, a luz, os odores e as texturas.
Estas sensações que adquirimos dão origem ao processo percetivo que nos permite aprender e
reagir no momento das decisões.
O estudo da perceção centra-se no que adicionamos a essas sensações para lhe darmos sentido
(Solomon, 2002).
Existem dois grandes grupos de sensações: as externas (sons, luz, etc) e as internas (sono,
dor,etc) cujo papel é explicar e fazer determinar o comportamento do consumidor.
Aplicando ao consumidor de petfood, ele pode, por exemplo, ver um anúncio de uma
harmoniosa relação e felicidade de um cão ou gato a comerem uma determinada comida, com
uma música alegre e harmoniosa. Esta musica e imagem de felicidade do seu cão poderá
Ou por exemplo as marcas estudam as características dos alimentos que estimulem a escolha do
consumidor de petfood, como o aroma, a cor da comida, a palatabilidade, a inovação da
imagem das embalagens e sua comunicação associada a hábitos de vida saudáveis e felicidade,
etc.
As embalagens do petfood têm imagens de animais felizes e bonitos enfatizando as razoes para
a compra de uma marca que se associa a animais bonitos e bem tratados.
Assim, os estímulos que nos chegam do meio são recebidos por diversos canais. O que
captamos pelos cinco sentidos são as chaves mestras para as nossas sensações decifrarem a
perceção dos produtos. São eles:
-Olfato
-Paladar
-Audição
-Visão
-Tato
O olfato é dos sentidos mais interessantes e imediatos. Ele desperta emoções imediatas pois os
odores conseguem provocar sensações de segurança, mal-estar.
No caso dos consumidores de petfood as marcas devem ter em consideração o aroma da comida
associando-a a uma sensação agradável ao dono enquanto a manuseia e armazena.
A visão está associada a elementos visuais como a publicidade, design de embalagens, lojas, etc
(Salomon, 2002).
Outro exemplo, e de acordo com Donfrancesco et all (2014) a aparência da comida, em especial
a cor, tem uma maior influência no dono.
Audição
O tato também poderá ser um bom estimulador de sensações como por exemplo texturas de
rações secas leves.
No mercado de petfood, por exemplo, algumas marcas têm associado o paladar a alimentos
humanos, distintivos, e que respondem às dietas aconselhadas à saúde do animal e que captem
uma boa sensação nos gostos dos animais.
2.2 Atenção
Numa era globalizada (sociedade de informação) em que vivemos somos inundados de
constantes estímulos e informação chegada de todos os lados e a todo o momento. Os
consumidores estão num estado de sobrecarga sensorial devido a esta grande exposição de
informação, muitas vezes sem capacidade triar o que é verdadeiramente importante.
Falar de atenção é pensar num grau de alerta mental, vigilância e prontidão assim como o
esforço a despender na realização de uma tarefa.
Somos seletivos na atenção que prestamos aos diferentes estímulos, pelas suas características, o
modo de ser do próprio individuo e o contexto onde se insere.
No mercado de petfood estas características são aplicadas por exemplo na novidade por
exemplo de uma marca petffod que confeciona os biscoitos para o cão numa confeitaria de
fabricos para humanos e que podem ser comidos pelos donos e pelos cães. Este fator surpresa,
esta particularidade acionará um mecanismo especial de atenção aos consumidores.
Ainda na novidade as marcas petfood tem desenvolvido constantes novas formulas de dietas,
cores e texturas de alimentos a fim de criar o fator novidade que estimule o consumidor e o
faça aproximar-se da marca, pela inovação e surpresa.
Os nossos gostos pessoais, os nossos filtros percetivos que nos fazem associar a experiências; o
nosso interesse (vigilância percetiva); as defesas que criamos em relação ao excesso de
informação ou sem interesse; a capacidade de adaptação associada a estímulos, constituem
dimensões muito importantes no processo de captação de atenção do consumidor.
Neste contexto, as marca petfood deverão focar estes mecanismos na sua forma de expor a
mensagem de forma a conseguir chamar a atenção- e, assim, boa interpretação da informação
que a marca quer transmitir para conseguir a escolha na hora da decisão da marca.
Imagens de famílias felizes com os seus cães, de seniores com o cão felizes; musicas na
publicidade que captem a atenção através de associação de boas experiencias e sentimentos que
podem aplicar na relação com os animais; o odor da comida agradável que não provoca repulsa
no dono e animal; e o aroma que vá ao agrado e preferência do animal, de acordo com a sua
saúde.
Os consumidores são significado aos estímulos com base nas suas crenças e imagens mentais
que vão estruturando.
Numa publicidade, por exemplo, as marcas devem ter em conta as imagens do anúncio de
forma a relacioná-los com a percepção dos consumidores na sua relação com os animais.
Assim, a maneira como o consumidor do petfood apreende os alimentos para o seu animal
dependerá das suas características individuais, das características dos estímulos que recebe
(novidade, cor, etc) e das características situacionais, como a proximidade a produtos idênticos.
Assim para esta importância dos processos cognitivos, sensação, atenção e percepção, no
comportamento do consumidor, em geral - e petfood, em concreto – fica claro que interessa
avaliar todas estas variáveis a fim de conseguirmos compreender, entrar na cabeça do
consumidor, sobre a forma como ele interpreta, traduz, e valoriza na informação que recebe.
TOBIE, C. & PERON, F. & LAROSE, C. (2015). Assessing Food Preferences in dog and cats:
A review of the current methods. Animals, 5, 126-137; doi:10.3390/ani5010126