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Joinville, 2015
12
Joinville, 2015
1
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The objective of the present work is to study the heave motion of a semi-
submersible platform. Two methods were used: numerical simulation, using the
method of panels, and analytical modeling based on the literature. Initially, the
analytical method was verified using an analysis of a simple column, comparing with
the results obtained in numerical simulations. Afterwards, an analysis of behavior in
heave motion of a semi-submersible platform was realized. The results of numerical
simulation and the mathematical model were compared, and finally an experimental
validation based on Garcia's dissertation (2014) was discussed. A satisfactory
comparison between the analytical, numerical and experimental results (based on
literature) was observed, validating the approach. Finally, a parametric analysis was
performed to assess the influence of parameters of the platform in heave motion.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE SIMBOLOS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 10
1.1. Objetivos ......................................................................................... 13
1.1.1. Objetivo Geral ............................................................................... 13
1.1.2. Objetivos Específicos ................................................................... 13
1.2. Metodologia .................................................................................... 13
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 15
2.1. Sistema hidrodinâmico .................................................................. 15
2.1.1. Excitação: Espectros padronizados de mar .................................. 15
2.1.1. Processamento: Response Amplitude Operator (RAO) ................ 15
2.1.1. Saidas: Espectro de resposta ....................................................... 16
2.2. Modelo Matemático ........................................................................ 16
2.2.1. Forças Hidrodinâmicas ................................................................. 16
2.2.1. Forças de Excitação ..................................................................... 17
2.2.2. Amortecimento e Massa Adicional ................................................ 20
2.3. Métodos Computacionais .............................................................. 20
2.3.1. Método dos Painéis ...................................................................... 20
3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................ 21
3.1. Cilindro ............................................................................................ 21
3.1.1. Modelo Analítico ........................................................................... 21
3.1.2. Método Numérico ......................................................................... 29
3.1.3. Comparação entre Modelo Analítico e Numérico ......................... 32
3.2. Semissubmerssível ........................................................................ 33
3.2.1. Estudo de Caso ............................................................................ 33
3.2.2. Método Numérico ......................................................................... 35
3.2.1. Método Analítico ........................................................................... 43
3.2.2. Comparação ................................................................................. 54
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................ 59
4.1. Análise Paramétrica ....................................................................... 59
5. CONCLUSÕES ....................................................................................... 67
9
1. INTRODUÇÃO
Fonte: Subramaniam(2012)
1.1. Metodologia
Esse modelo analítico será então comparado com resultados obtidos por
simulação numérica realizada no programa AQWA usando o Método de Difração.
Uma vez verificado o modelo analítico usando simulação computacional, esse modelo
será utilizado em um estudo de caso para a determinação da influência das dimensões
principais no comportamento em heave de uma plataforma semi-submersível.
O trabalho foi dividido em 5 etapas, conforme mostrado na Figura 4.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Froude-Krylov
⃗F= ∯ p*n
⃗ ds
(3)
⃗ *π*r2
⃗ * ∯ ds → ∯ face inferior =-p*-y
∯ face inferior =p*-y (5)
⃗ * ∯ p ds
∯ face esquerda =x
(6)
⃗ * ∯ p ds
∯ face direita =-x
(7)
hp
k*(h- )
Fpn= -ω2 *A* e 2 * ρ*Ap *hp * cos (kXn − ωt ) (10)
Força de Difração
3. DESENVOLVIMENTO
3.1. Cilindro
Parâmetros
Rcol 6 m
Hc 25 m
Wn 0,626 rad/s
Ac 113 m²
∆ 2898,12 t
Frequência Natural
Rigidez Rcol2 ∗ π ∗ g ∗ ρ
Wnℎ𝑒𝑎𝑣𝑒,col = √ = √
Inércia (∇ + ∇a ) ∗ ρ (12)
Cilindro vertical
Frequência Frequência
Intervalo n° de Intermediários
Mínima[rad/s] Máxim[rad/s]
1 0,01 0,6 8
2 0,6 0,7 13
3 0,7 1,4 11
Fonte: Elaborada pelo autor.
Força de Froude-Krillof
Força Máxima
1200000
1000000
Força máxima(N)
800000
600000
400000
200000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
Frequência(rad/s)
RAO
Para gerar o gráfico RAO heave de uma coluna foi utilizado a Equação 13.
28
Fa 1
RAO(ω)= *
𝑘 2 (13)
2 2
√(1- ( ω ) ) + (2*ζ* ω )
ωn ωn
Figura 10 - Gráfico de RAO analítico para uma coluna cilíndrica oscilando em heave
5
RAO de heave
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Frequência de excitação (rads/s)
Parâmetros Coluna
Rcol 6 m
Hc 25 m
Ac 113,0973 m²
Kxx 25 m
Kyy 25 m
Kzz 28 m
Fonte: Elaborada pelo autor.
Malha
Em seguida foi gerado uma malha com 5095 elementos retangulares. Cada
elemento representa 0,42% da área superficial da coluna. A Figura13 mostra a malha
gerada usando as configurações automáticas de geração de malha sugeridas pelo
programa.
30
Frequências
As frequências utilizadas na análise numérica foram as mesmas utilizadas no
modelo analítico, concentrando a maior quantidade de frequências próximo á região
da frequência natural.
Direção de onda
RAO
4.5
3.5
2.5
RAO heave
1.5
0.5
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4
Frequência de excitação (rads/s)
7
ANSYS
6
Analítico
5
RAO heave
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4
Frequência de excitação (rads/s)
1200000
1000000 Numérico
Analítico
800000
Froude-Krylov[N]
600000
400000
200000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
Frequência[rad/]
3.2. Semissubmerssível
Largura do Flutuador Bp 16 m
Profundidade do Flutuador Hp 7.5 m
Área da Seção da Coluna Ac 130.7 m²
Raio da Coluna Rcol 6.45 m
Comprimento do Flutuador Lp 85.6 m
Largura da Plataforma B 76.8 m
Calado da Plataforma H 20.5 m
Deslocamento Δ 25942750 kg
Distância entre eixos dos Flutuadores Xn 54.72 m
Comprimento do Flutuador Descoberto Ld 41.82 m
Área de Linha d´água Awl 522.79 m²
Área Superior/Inferior do Flutuador - 1234.0 m²
Área Superior/Inferior do Flutuador Descoberta Ap 972.6 m²
Altura da Coluna Submersa Hc 13.0 m
Fonte: Adaptado de Garcia (2014).
35
Frequência Natural
Modelagem Geométrica
Malha
Direção da Onda
Frequências de Análise
Força de Froude-Krylov
Para gerar os gráficos de Froude-Krylov das colunas foi feito um estudo das
colunas separadas dos flutuadores. Essa análise gerou o gráfico mostrado na Figura
24.
5000000
Força Froude-Krillof nas Colunas (N)
4000000
3000000
2000000
1000000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
1800000
Força Froude-Krillof nos pontoons (N)
1600000
1400000
1200000
1000000
800000
600000
400000
200000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
Força de Difração
250000
200000
150000
100000
50000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
Fonte: Elaborada pelo autor
A força gerada nos flutuadores devido à massa adicional é mostrada na Figura 27.
41
4500000
4000000
Força de Difração nos pontoons (N)
3500000
3000000
2500000
2000000
1500000
1000000
500000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
Fonte: Elaborada pelo autor
Observa-se que a ordem de grandeza das forças devido à massa adicional nos
flutuadores é cerca de quinze vezes maior do que nas colunas.
RAO
3.5
2.5
RAO
1.5
0.5
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
2L (14)
λ=
K
Massa adicional
Neste tópico será discutido o cálculo dos coeficientes de massa adicional dos
flutuadores e das colunas.
Primeiramente foi encontrado a razão de aspecto da seção do flutuador, que
foi calculada dividindo a largura pela profundidade do flutuador. Em seguida foi feito
uma regressão utilizando a seguinte tabela retirada da DNV mostrado na Figura 31.
Com base na Figura 29 foi feito a regressão mostrada na Figura 30. Nesta
regressão chegou-se em uma expressão que aproxima o valor do fator de massa
adicional dos flutuadores (CmA). Com este fator encontrou-se a massa adicional nos
flutuadores multiplicando o deslocamento dos flutuadores pelo coeficiente CmA.
Para a massa adicional nas colunas realizou-se o mesmo procedimento. A
regressão foi realizada utilizando a tabela também retirada da DNV como mostra a
Figura 33.
45
2.5
1.5
CmA
1 y = 1,57059683x-0,12044635
0.5
0
0 10 20 30 40
Razão de Aspecto
Fonte: DNV(2010)
1.2
Ca 0.8
0.6
0.2
0
0 5 10 15 20
H/D
Deve-se ressaltar que estas regressões são válidas apenas para o intervalo
presente nas tabelas das figuras 31 e 33, visto que fora destes intervalos acumulam
um erro considerável.
Chegou-se em uma função quadrática dependente da razão de aspecto do
cilindro (coluna sobre diametro) que descreve o fator de massa adicional das colunas,
que neste estudo foi chamado de “CmC”. Em seguida multiplicou-se esse fator pelo
deslocamento das colunas e encontrou a massa adicional das colunas.
A Tabela 7 mostra os valores encontrados de massa adicional.
Massa Adicional
Razão de Aspecto da Seção do Flutuador a/b 2,13
Fator de Massa Adicional dos Flutuadores CmA 1,43
Deslocamento das Colunas 6966209 kg
Deslocamento dos Flutuadores 18973087 kg
Massa Adicional Flutuadores Descoberto - 27199993 kg
Massa Adicional Colunas - 2226766 kg
Fator de Massa Adicional das Colunas CmC 0,32
Razão de Aspcto da Coluna 0,50
Fonte: Elaborada pelo autor.
47
Froude-Krilloff
5000000
4000000
Força Total Colunas (N)
3000000
2000000
1000000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
2500000
Força Froude-Krillof nas Colunas (N)
2000000
1500000
1000000
500000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
2000000
Força Froude-Krillof nas Colunas (N)
1500000
1000000
500000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
2000000
1500000
1000000
(N)
500000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
Pode-se ver que para frequências altas acima de 1 rad/s, onde a força é
máxima, ocorre um erro de aproximadamente 12%.
Força de Difração
400000
350000
300000
Força Total Colunas (N)
250000
200000
150000
100000
50000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
2000000
Força Froude-Krillof nas Colunas (N)
1500000
1000000
500000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
Força Total
8000000
7000000
Força Froude-Krillof nas Colunas (N)
6000000
5000000
4000000
3000000
2000000
1000000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
RAO
1.4
1.2
RAO
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
Pode-se ver como explicado anteriormente que este gráfico tem todas as
características de um RAO de semi-submersível, dado o ponto de partida, pico, pontos
de máximos, pontos de anulamento e tendendo a zero para altas frequências.
3.2.2. Comparação
Froude-Krylov Colunas
6000000
Analítico
5000000
Numérico
4000000
Força FK Colunas (N)
3000000
2000000
1000000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
AQWA
2000000
Força Froude-Krillof nos pontoons (N)
Analítico
1500000
1000000
500000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
Neste caso existe certa discrepância nos gráficos, a ordem de grandeza das
forças nos flutuadores é cerca de 30 vezes menor do que nas colunas. Esse erro
ocorre devido as simplificações da geometria da plataforma, no modelo matemático
não são considerados os abaulamentos nos flutuadores.
RAO
3.5 AQWA
Analítico
3
2.5
RAO
1.5
0.5
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Freqüência de Excitação (rads/s)
Com a análise destes gráficos pode-se dizer que o método matemático aderiu
bem à simulação numérica.
Validação Experimental
A fim de validar os métodos será feita uma comparação dos estudos com base
na dissertação de mestrado de Garcia (2014) que realizou ensaios com um modelo
em escala reduzida da plataforma GVA4000 em um tanque de provas. A Figura 47
mostra os gráficos analítico, numérico e experimental sobrepostos.
58
1.8
1.6
1.4
RAO (heave)
1.2
1
Analítico
0.8 Numérico
0.6
0.4
0.2
0
-0.1 0.1 0.3 0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 1.5
w[rad/s]
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Raio da Coluna
10
8
RAO (heave)
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
w[rad/s]
Rcol=6.45 Rcol=7 Rcol=7.5 Rcol=8 Rcol=9
0.43
0.4
0.37
Wn(rad/s)
0.34
0.31
0.28
0.25
5 6 7 8 9 10
Rcol(m)
A Figura 50 mostra o quanto o raio tem uma taxa de variação maior que o
deslocamento resultando em uma crescente linear da frequência natural.
0.45
0.4
0.35
0.3
Wn[rad/s]
0.25
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0.02 0.022 0.024 0.026 0.028 0.03
Rcol/(Δ)^1/3
1.8
1.6
1.4
1.2
RAO (heave)
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
w[rad/s]
Figura 50 - Wn em função de Hc
0.31
0.305
Wn[rad/s]
0.3
0.295
0.29
0.285
12 14 16 18 20 22 24 26
Hc[m]
0.31
0.305
Wn[rad/s]
0.3
0.295
0.29
0.285
0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
Hc/(Δ)^1/3
Nesta análise foram gerados cinco gráficos variando a distância entre colunas
de 54,72m até 100 metros. A Figura 54 mostra o quanto varia o RAO em função de
da variação deste parâmetro.
1.8
1.6
1.4
1.2
RAO (heave)
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
w[rad/s]
A partir dos gráficos pôde-se constatar que a frequência natural não se altera,
isto ocorre, pois a frequência natural depende da inércia e da rigidez, o aumento da
distancia entre flutuadores não acarretará em aumento da massa do sistema fazendo
com que as frequências naturais permaneçam constantes.
A principal influência que a distância entre os flutuadores gera é nos pontos de
anulamento do gráfico. Isto ocorre, pois o comprimento da plataforma varia e assim,
para cada plataforma o anulamento do movimento em heave irá ocorrer em uma
frequência diferente.
Amortecimento
1.8
1.6
1.4
1.2
RAO (heave)
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
w[rad/s]
0.309
0.308
0.307
0.306
Wn[rad/s]
0.305
0.304
0.303
0.302
0.301
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
ζ
Razão de Aspecto
4
RAO (heave)
0
0 0.35 0.7 1.05 1.4
W [rad/s]
0.33
0.325
y = 0.0134ln(x) + 0.2982
R² = 0.9982
Wn[rad/s]
0.32
0.315
0.31
0.305
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00
Razão de Aspecto
5. CONCLUSÕES
Neste capítulo será feito uma breve discussão sobre as conclusões das
analises da coluna, plataforma e sobre o modelo paramétrico da plataforma.
3
2.5
2
1.5
1
0.5
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
W (rads/s)
REFERENCIAS
−1,25
σ2 1 Ksi 4
S(w) = 5 ∗ ∗ ∗ e (1)
wp K SI 5
g
wp = (0,24* ) (2)
Hs