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HISTÓRIA DO IDOSO .................................................................................................................. 8
A DEMOGRAFIA DO IDOSO .................................................................................................... 12
O IDOSO E A FAMÍLIA.............................................................................................................. 13
O PROCESSO DO ENVELHECIMENTO .................................................................................. 15
CONCEITO DO ENVELHECIMENTO ...................................................................................... 16
FISIOLOGIA DO IDOSO ............................................................................................................ 17
O ENVELHECIMENTO NO BRASIL ........................................................................................ 19
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DO IDOSO ............................................. 20
Segundo o Estatuto do Idoso ..................................................................................................... 20
Fenômenos que contribuem para o envelhecimento: ................................................................ 20
Anatomia e fisiologia do envelhecimento - A composição e forma do corpo .......................... 21
Pele ............................................................................................................................................ 21
SISTEMA ÓSSEO ........................................................................................................................ 22
SISTEMAS ARTICULAR E MUSCULAR ................................................................................. 22
SISTEMA NERVOSO .................................................................................................................. 22
SISTEMA CARDIOVASCULAR ................................................................................................ 22
VASOS SANGUÍNEOS ............................................................................................................... 22
VALVAS CARDÍACAS .............................................................................................................. 23
SISTEMA RESPIRATÓRIO - MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO .......................................................................................................................... 23
MODIFICAÇÕES TORÁCICAS ................................................................................................. 23
VIAS AÉREAS E PULMÕES ...................................................................................................... 23
SISTEMA DIGESTÓRIO............................................................................................................. 24
BOCA............................................................................................................................................ 24
ESÔFAGO .................................................................................................................................... 24
ESTÔMAGO ................................................................................................................................ 24
PÂNCREAS .................................................................................................................................. 24
INTESTINO DELGADO ............................................................................................................. 25
CÓLON ......................................................................................................................................... 25
RETO E ÂNUS ............................................................................................................................. 25
SISTEMA GENITAL FEMININO ............................................................................................... 25
SISTEMA GENITAL MASCULINO .......................................................................................... 26
BEXIGA E URETRA ................................................................................................................... 26
ASPECTOS OTORRINOLARINGOLÓGICOS .......................................................................... 26
ASPECTOS OFTÁLMICOS ........................................................................................................ 27
O PAPEL DO PROFISSIONAL COMO CUIDADOR DO IDOSO ........................................... 27
SAÚDE DO IDOSO ..................................................................................................................... 30
ESTRATÉGIAS PARA ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DOS IDOSOS
....................................................................................................................................................... 30
PROMOÇÃO À SAÚDE .............................................................................................................. 31
PREVENÇÃO DE AGRAVOS .................................................................................................... 31
ASSISTÊNCIA AOS IDOSOS ..................................................................................................... 32
PRINCIPAIS DOENÇAS ............................................................................................................. 33
Memória dos idosos- Mal de Alzheimer ................................................................................... 33
Como se processa a memória? .................................................................................................. 33
O que é a Doença de Alzheimer? .............................................................................................. 33
Que outras doenças podem afetar a memória?.......................................................................... 34
Como prevenir a Doença de Alzheimer? .................................................................................. 34
O que é hipertensão arterial? ..................................................................................................... 34
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Como a hipertensão se manifesta? ............................................................................................ 34
Quais os tipos de hipertensão? .................................................................................................. 35
Como cuidar da hipertensão? .................................................................................................... 35
Insônia ....................................................................................................................................... 35
Quais as causas da insônia? ...................................................................................................... 35
Quais são os tipos de insônia?................................................................................................... 36
Como é o sono normal? ............................................................................................................ 36
Como é o sono nos idosos? ....................................................................................................... 36
Como ter uma boa noite de sono? ............................................................................................. 37
DOENÇA DE PARKINSON ATINGE CERCA DE 200 MIL PESSOAS NO BRASIL ............ 37
O que é a doença de Parkinson?................................................................................................ 37
Qual a explicação para a doença? ............................................................................................. 37
Quais os sintomas? .................................................................................................................... 37
Como é o tratamento? ............................................................................................................... 38
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO .................................................................................. 39
Fatores de risco para AVC ........................................................................................................ 39
Principais fatores de risco: ........................................................................................................ 39
Tipos de AVC ........................................................................................................................... 39
Sinais que precedem um derrame: ............................................................................................ 40
Como identificar o acidente vascular cerebral: ......................................................................... 40
Diagnóstico ............................................................................................................................... 40
Prevenção .................................................................................................................................. 41
Consequências/complicações .................................................................................................... 41
Tratamento ................................................................................................................................ 41
Reabilitação ............................................................................................................................... 41
Causas e classificações da pneumonia: ..................................................................................... 41
Classificações da pneumonia: ................................................................................................... 41
Sintomas da pneumonia ............................................................................................................ 42
Nos casos mais graves pode haver ainda: ................................................................................. 42
Fatores de risco: ........................................................................................................................ 43
Diagnóstico da pneumonia ........................................................................................................ 43
Tratamento da pneumonia ......................................................................................................... 43
Prevenção da pneumonia .......................................................................................................... 44
Cuidados de enfermagem: ......................................................................................................... 44
CÂNCER ...................................................................................................................................... 45
ENFISEMA E BRONQUITE CRÔNICA .................................................................................... 45
INFECÇÃO URINÁRIA .............................................................................................................. 45
OSTEOPOROSE .......................................................................................................................... 46
DIABETES ................................................................................................................................... 46
OSTEOARTROSE........................................................................................................................ 46
DEPRESSÃO ................................................................................................................................ 46
CATARATA ................................................................................................................................. 46
GLAUCOMA................................................................................................................................ 47
OS GIGANTES DA GERIATRIA ............................................................................................... 47
Instabilidade .............................................................................................................................. 47
Quedas ....................................................................................................................................... 47
Causas ....................................................................................................................................... 47
Os fatores de risco ..................................................................................................................... 48
Como avaliar: ............................................................................................................................ 48
Imobilidade ............................................................................................................................... 49
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Fatores Predisponentes:............................................................................................................. 49
Consequências:.......................................................................................................................... 49
Conduta: .................................................................................................................................... 49
INCONTINÊNCIA URINÁRIA................................................................................................... 50
Consequências:.......................................................................................................................... 50
Causas: ...................................................................................................................................... 50
Pesquisar: .................................................................................................................................. 50
INSUFICIÊNCIA CEREBRAL - DEMÊNCIA ........................................................................... 51
São causas reversíveis de demência: ......................................................................................... 51
Diagnóstico ............................................................................................................................... 52
IATROGENIA .............................................................................................................................. 52
CUIDADOS NO MANUSEIO DOS MEDICAMENTOS DO IDOSO ....................................... 53
1. O que o cuidador deve saber antes de administrar um medicamento no idoso? O .............. 53
2. C o m o conservar um m e d i c a m e n t o ? .......................................................................... 53
3. C o m o deve ser administrado um m e d i c a m e n t o por via oral? ............................. 53
Gotas ......................................................................................................................................... 53
POLÍTICAS PÚBLICAS DE RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE DA PESSOA IDOSA NO
SISTEMA...................................................................................................................................... 54
HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO À PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO BÁSICA ........... 55
COMUNICAÇÃO COM A PESSOA IDOSA ............................................................................. 55
Facilitadores da comunicação com a pessoa idosa: .................................................................. 56
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL: ............................................................................................. 56
Reações de defesa do idoso:...................................................................................................... 56
PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS ................................................................................ 57
Alimentação Saudável para Pessoas Idosas .............................................................................. 57
Benefícios da Prática de Atividade Física: ............................................................................... 57
Trabalho em Grupo com Pessoas Idosas................................................................................... 57
ATRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA NO ATENDIMENTOÀ
SAÚDE DA PESSOA IDOSA ..................................................................................................... 58
1. Atribuições Comuns a todos os Profissionais da Equipe ...................................................... 58
2. Atribuições do Auxiliar/Técnico de Enfermagem. ............................................................... 58
O IDOSO E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA............................................................................. 59
Estatuto do idoso e seus direitos ............................................................................................... 59
ESTATUTO DO IDOSO .............................................................................................................. 61
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 62
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 62
CAPÍTULO III ...................................................................................................................... 63
CAPÍTULO IV ...................................................................................................................... 63
CAPÍTULO V ....................................................................................................................... 65
CAPÍTULO VI ...................................................................................................................... 65
CAPÍTULO VII .................................................................................................................... 66
CAPÍTULO VIII ................................................................................................................... 67
CAPÍTULO IX ...................................................................................................................... 67
CAPÍTULO X ....................................................................................................................... 68
TÍTULO III ........................................................................................................................... 69
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 69
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 69
TÍTULO IV ........................................................................................................................... 70
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 70
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 70
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CAPÍTULO III ...................................................................................................................... 72
CAPÍTULO IV ...................................................................................................................... 73
CAPÍTULO V ....................................................................................................................... 74
TÍTULO V ............................................................................................................................ 75
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 75
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 76
CAPÍTULO III ...................................................................................................................... 77
TÍTULO VI ........................................................................................................................... 80
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 80
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 83
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INTRODUÇÃO
Brasil o IBGE (2002) calcula-se que até 2025 15% da população total sejam de
idosos, no entanto os cuidadores específicos em relação à população idosa são
precários, no que se diz respeito à sociedade pública o aumento da população idosa
traduz-se em maior número de doenças degenerativas, crônicas do sistema
cardiocirculatória, respiratória, neuropsiquiátrico, digestivo e ósteo-articular.
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sabendo discernir com máxima precisão os efeitos naturais deste processo (senescência)
das alterações reduzidas pelas inúmeras afecções que pode acometer o idoso
(senelidade).
HISTÓRIA DO IDOSO
8
No Egito por volta de (3.000 a.c.), diversos documentos ressaltavam a obrigação
dos filhos e de cuidar de seus pais idosos e de manter suas tumbas após a morte.
Os egípcios objetivavam uma vida longa e saudável. Viver 110 anos era um
prêmio por uma vida equilibrada e virtuosa. E para conseguir este objetivo eles davam
grande importância às medidas de higiene, como banhos, rituais de sudorese e vômitos.
Tem conselhos apenas sobre o cuidado com os idosos, mas também aos
cuidados necessários a paciente demenciados: "Meu filho, ajuda à velhice de teu pai,
não o desgostes durante sua vida. Se seu espírito desfalecer ser indulgente, não o
desprezes porque te sentes fortes, pois tua caridade para com teu pai não será
esquecida", (Ecle, 3: 14, 15) ou máximas sobre a velhice como as seguintes: "Como
acharás na velhice aquilo que não tiveres acumulada na juventude? Quão belo é para a
velhice o saber julgar e para o ancião o saber aconselhar! Quão bela é a sabedoria nas
pessoas de idade avançada... A experiência consumada é a glória dos anciãos!", (Ecle,
25:5-8).
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órgão máximo do povo hebreu era composto por 70 "anciãos do povo", homens
ilustres, cujas filhas poderiam casar-se com sacerdotes.
Na idade Média (500 – 1.500 d.C.), os idosos continuaram a ser bem tratado, mas
é neste século obteve o surgimento das universidades para organizar o ensino médico e
contribuir com a população.
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valorizaram a medicina preventiva aos idosos e advertia os mesmos em alguns de seus
tratados para evitar excessos e medidas de higiene, beber vinho e fazer
acompanhamento médico periodicamente.
Este autor defende muito o uso de leite humano na melhoria das condições dos
idosos. Outro ponto que o autor descreve é quanto aos profissionais que quisesse se
dedicar ao cuidar dos idosos, teriam que mudar o seu estilo de vida, passariam a ser
conhecedores de medicina, moralizado, experientes, religiosos, limpos, moderados com
a comida, bons hábitos e de boa aparência, estas seriam as características para um bom
profissional, pois o seu estilo de vida passaria de exemplo aos pacientes.
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Segundo Darwin Apud Rush (1731 – 1802/1745 - 1813):
A DEMOGRAFIA DO IDOSO
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Os anos de 1975 a 2025 corresponderão á era do envelhecimento, marcada pelo
crescimento demográfico da população idosa, o que decorre, principalmente do
controle da natalidade e do aumento de gerontes já representa um grande problema,
no futuro próximo, o Brasil viverá a mesma situação. As projeções estatísticas apontam
que atéano 2025, ocuparemos o 6º lugar do mundo no que se refere á população
idosa, modificando-se, portanto a pirâmide populacional, conduzindo a um repensar
sobre as políticas de saúde (reestruturação das ações de saúde), sociais e econômicas.
Segundo o Instituto Brasileiro Geografia e Estatístico (IBGE, 2000), tal fato se deve
pela melhoria da qualidade de vida e consequentemente um aumento da expectativa
desta, a diminuição das taxas de natalidade e fecundidade e a evolução tecnológica
como procedimentos, diagnósticos e terapias cada vez mais sofisticadas contribuindo
com a promoção, prevenção e o tratamento de certas patologias.
O IDOSO E A FAMÍLIA
Segundo Cabral (1998), apresenta a família como porto seguro aonde todos nós
nos refugiamos quando estamos precisando de ajuda e proteção e neste caso
especialmente os idosos.
Segundo Motta (1998) no século XX, obteve muitas conquistas, uma delas foi à
longevidade dos idosos que comparada antigamente viviam bem menos. A
longevidade faz questões especificas, antes inexistentes ou despercebidas, por exemplo,
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à medida que as probabilidades de crianças tenham avós por um tempo maior que seus
pais, haverá uma sobrecarga financeira para os (filhos adultos).
Segundo (SAAD, 1999), o suporte familiar quanto aos idosos será maior quanto
ao número de filhos vivos, maior será a chance de eles serem assistidos e dar apoio, pois,
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quanto menor o número de filhos diminui a probabilidade de que os pais venham a ser
assistido por eles, como também aumenta a carga, por filho de assistência aos pais, em
uma sociedade cada vez menos solidária.
Segundo (PEIXOTO, 1994; SAAD, 1999), o apoio entre os idosos e a família é via
de mão dupla, os filhos oferecem ajuda aos pais e os pais ajudam os filhos.
O PROCESSO DO ENVELHECIMENTO
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Segundo Kya Kych Metchnikov (1845-1916):
CONCEITO DO ENVELHECIMENTO
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Faz parte de uma consciência coletiva, a qual introjeta em seu pensar e em seu agir.
Descobre suas próprias forças e possibilidades, estabelece a conexão com as forças dos
demais, cria suas forças dos demais, cria suas forças de organização e empenha-se em
lutas mais amplas, transformando-as em força social e política.
FISIOLOGIA DO IDOSO
Segundo Filho & Netto (2005), a terceira idade passa por alterações anatômicas e
funcionais. Como a perda da estatura e peso, que por sua vez a altura mantêm-se até os
40 anos. A partir dessa idade reduz-se à cerca de um centímetro por década até os 70
anos, quando a redução é provavelmente maior. Esta diminuição ocorre pelo fato das
alterações osteoarticulares da coluna, caracterizada por achatamento das vértebras. O
peso em idosos ocorre após os 60 anos de idade. Pelo fato de manter-se inalterado ou
elevado, se deve ao acúmulo de gordura.
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e há maior dificuldade de difusão dos nutrientes dos capilares para as células e dos
metabólitos das células para os capilares, o que ocasionaria deterioração progressiva da
função celular.
Segundo Filho & Netto (2005) o sistema nervoso é a peça principal para qualquer
organismo, é nele a integração das atividades orgânicas, os centros reguladores localiza-
se no cérebro, quanto aos idosos um homem de 70 anos de idade tem uma redução de
5% do peso cerebral e aos 90 anos reduz a 20%. A atrofia é observada na camada
cortical como na substância branca.
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Segundo Filho & Netto (2005) o envelhecimento altera todo o sistema endócrino
principalmente as glândulas hormonais, receptores hormonais e nas células alvo. O
hormônio do crescimento é produzido pela hipófise tem um papel importante na ação
proteica e na lipólise, estimula o crescimento tecidual, sendo o efeito mediado pelas
somatomedinas produzidas no fígado sob sua estimulação. No envelhecimento os níveis
basais de somatomedinas estão diminuídos, sendo crescimento em idosos durante seis
meses, verificou após progressiva com a idade.
O ENVELHECIMENTO NO BRASIL
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ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DO IDOSO
Estima-se que o ser humano pode alcançar a idade de 120 anos ou mais, ainda
com um mínimo de reserva, desde que não apresente, durante toda vida, qualquer tipo
de doença ou distúrbio. A maior idade alcançada pelo ser humano registrada até hoje
foi 120 anos no gênero masculino e 122 anos no feminino.
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d) luminosidade exagerada - causa depressão da glândula pineal, uma das responsáveis
pelo controle do metabolismo;
e) dieta - consumo exagerado de alimentos e desnutrição;
f) o tabagismo - fator acelerador do envelhecimento devido suas toxinas.
Pele
As espessuras da pele e do subcutâneo diminuem, os vasos sanguíneos rompem-
se com facilidade, propiciando o aparecimento de equimoses aos pequenos traumas e
predispondo a hipotermia em condições ambientais de grande resfriamento. São
também comuns manchas salientes e escuras, conhecidas como queratoseseborréica.
Essas alterações são intensificadas nas áreas de pele expostas a luz. A pálpebra inferior
tende a ficar com formato de bolsa, por apresentar edema juntamente com acúmulo de
gordura. As glândulas sudoríparas e sebáceas diminuem sua atividade, resultando em
pele seca e áspera, mais sujeita às infecções e mais sensível às variações de temperatura.
Há diminuição da regulação térmica pela menor sudorese, o que pode levar ao choque
térmico em situações de grande aquecimento. As unhas do idoso tornam-se opacas,
grossas e sem brilho. Apresentam diminuição da velocidade de crescimento, a partir da
terceira década, e estrias longitudinais em67% das pessoas com mais de 70 anos.
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SISTEMA ÓSSEO
SISTEMA NERVOSO
SISTEMA CARDIOVASCULAR
VASOS SANGUÍNEOS
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VALVAS CARDÍACAS
MODIFICAÇÕES TORÁCICAS
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SISTEMA DIGESTÓRIO
BOCA
ESÔFAGO
ESTÔMAGO
PÂNCREAS
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INTESTINO DELGADO
CÓLON
RETO E ÂNUS
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SISTEMA GENITAL MASCULINO
SISTEMA URINÁRIO
O rim
O rim sofre modificações no seu peso, a partir da quarta década, inicia-se o processo
do envelhecimento renal, com diminuição do seu peso, que pode atingir cerca de 180g,
reduzindo a área de filtração e, consequentemente, das suas funções fisiológicas.
BEXIGA E URETRA
ASPECTOS OTORRINOLARINGOLÓGICOS
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ASPECTOS OFTÁLMICOS
Segundo Rodrigues & Routh (2002, p.56), se não houver recursos humanos
treinados especialmente para atender os idosos, não haverá uma atenção integral,
integrada, digna e eficaz.
Segundo Rodrigues & Routh (2002), em relação aos profissionais que compõem a
equipe de saúde para dar assistência à população idosa, torna-se premente investir na
sua capacitação para que interdisciplinarmente façam intervenções adequadas no
processo saúde-doença. Não se pode esquecer que esta equipe é quem faz a
intermediação entre a unidade de saúde ou home-care ou hospital ao usuário,
cabendo-lhe o papel de colher informações importante para assumirem tamanha
responsabilidade.
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caso serão os familiares ou uma própria pessoa desconhecida e que ocupará o cargo de
cuidador.
Outro ponto que a enfermagem irá se debater várias vezes será a sobrecarga do
cuidador, a enfermagem entra neste ponto da seguinte forma acompanhar o cuidador
no domicílio, prestar uma assistência efetiva e proporcionando a este um acolhimento
de forma digna ao serviço de saúde, colaborar com o familiar este que por sua vez não
tem experiência no ramo e ajudá-lo a desenvolver habilidades, conhecimento para lidar
com a demanda de cuidados que a doença do idoso exige em meio ao cotidiano.
Torna-se importante, a enfermagem contribuir com o cuidador para que o cuidar não se
torne desgastante, e que o cuidador terá que "driblar" de forma cansativa os fatores
geradores de sobrecarga. Outro ponto seria a relação do cuidado entre o cuidador e a
enfermagem, necessite de um envolvimento maior entre ambos, que possibilite o
conhecer as possibilidades do que ambos têm a oferecer em termos de necessidades e
expectativas para que assim ocorra uma resolutividade nas ações voltadas ao idoso na
esfera domiciliar. Outro fato seria de conversar com a família, orientar quanto à
sobrecarga de uma pessoa só de realizar as atividades no caso deste cuidador ser um
familiar, fazê-los com que façam um remanejamento entre eles, e que a equipe de
enfermagem fica ciente de mais de um cuidador.
28
A primeira condição a ser considerada é a multiplicidade de doenças que
coexistem no idoso. Dada a progressiva perda funcional, diversos órgãos e sistemas
podem apresentar alterações que se vão se somando em diversas doenças crônicas ao
mesmo tempo, situação que deve ser sempre considerada pelo médico que vai tratar a
pessoa idosa. Assim, um jovem com pneumonia ao procurar o médico geralmente tem
só pneumonia, a qual, tratada, resolve o problema do paciente; já um idoso com
pneumonia, frequentemente têm associados problemas como diabete mellitus,
hipertensão, artrose, problemas coronários, etc. Assim, ao diagnosticar e tratar da
pneumonia o médico não pode esquecer-se de todas estas outras doenças
concomitantes e de como o diagnóstico de uma pode interferir com o das outras e o
tratamento de uma pode interferir nas demais. Sabe-se atualmente, do ponto de vista
estatístico, que um paciente, acima dos 65 anos de idade, ao procurar o médico, tem,
em média, 3 doenças diferentes. É do próprio conhecimento popular esta multiplicidade
de doenças. Todos conhecemos idosos que têm diabetes, hipertensão e artrite ou
varizes, bronquite e angina e assim por diante.
A segunda condição a ser considerada refere-se à mudança na manifestação das
doenças. Devido às alterações orgânicas do envelhecimento e à multiplicidade de
doenças coexistentes, as manifestações mais comuns das diversas doenças são
totalmente diferentes no jovem e no idoso. Assim, um infarto do miocárdio no adulto
jovem ou de meia idade manifesta-se geralmente por uma forte dor no peito,
eventualmente irradiada para braço esquerdo ou costas; já no idoso o infarto pode
aparecer, e frequentemente aparece, sem dor, sendo suas manifestações mais comuns a
confusão mental ou falta de ar que apareça de maneira súbita; as infecções podem se
manifestar sem febre, porem com confusão mental aguda; problemas abdominais como
uma apendicite ou uma inflamação de vesícula aparecerem sem resistência à palpação
do abdome. Como é fácil entender, estas diferenças podem muitas vezes tornar difícil,
principalmente para os profissionais que não estejam acostumados a tratar idosos, fazer
o diagnóstico imediato dos problemas do paciente idoso, o que pode vir a atrasar um
tratamento necessário.
A terceira condição refere-se àquelas doenças que são efetivamente próprias do
indivíduo idoso. Assim como na criança observamos uma prevalência maior de diversas
doenças, que por este motivo, são chamadas doenças próprias da infância, como o
Sarampo, a Catapora, a Coqueluche, etc., o envelhecimento traz consigo uma maior
chance de aparecimento de algumas outras doenças, que serão comentadas no
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decorrer deste trabalho, como os problemas vasculares, arteriais ou venosos; a
osteoartrose, a osteoporose, os problemas cerebrais referentes à memória, as alterações
do equilíbrio e da marcha e outros, que poderiam assim ser chamadas doenças próprias
do envelhecimento, na medida em que refletem o desgaste dos diversos órgãos já
anteriormente referidos.
SAÚDE DO IDOSO
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Sob tal ótica, os profissionais de saúde podem executar atividades de impacto individual
ou coletivo, voltadas para a promoção da saúde, prevenção de agravos e prestação de
assistência aos idosos.
PROMOÇÃO À SAÚDE
As atividades ligadas à promoção à saúde dos idosos devem ser realizadas junto a
eles próprios e à sociedade como um todo. Entretanto, faz-se necessário ter a clara ideia
de que um envelhecimento saudável começa hoje, com a adoção de hábitos saudáveis
no presente (adulto jovem) para gerar tranquilidade no futuro. As atividades devem estar
voltadas para a divulgação de informações acerca do processo de envelhecimento para o
idoso, sua família e cuidadores de idosos dependentes.
É importante empenharmos nossos esforços para estimular a reflexão e mobilizar
a sociedade, de forma a facilitar e garantir o acesso e a permanência dos idosos em
todas as atividades físicas, laborativas, etc.
Uma forma criativa de garantir o envolvimento dos idosos em atividades de lazer é a
realização de passeios por locais de visitação pública, como praças, jardins zoológicos e
botânicos, onde poderão desenvolver atividades físicas leves e, ao mesmo tempo, conhecer
novas informações. É importante que os idosos iniciem ou retomem atividades que
desenvolviam quando mais jovens, o que traz benefícios à sua saúde como um todo.
PREVENÇÃO DE AGRAVOS
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As DST também merecem nossa atenção junto à saúde do idoso, pois com o
aumento da expectativa de vida e a melhora gradual da qualidade de vida, a
ocorrência dessas doenças vem crescendo nesta faixa etária, cujos conceitos sobre
sexualidade são mais difíceis de trabalhar em virtude de os idosos terem opiniões
formadas acerca de certos temas (como resistência à utilização de preservativos),
além da vergonha de falarem sobre esse assunto.
Queixas frequentes de tontura, alteração da visão ou audição, dores localizadas ou
generalizadas, isolamento social, temperamento instável, pressa para ir ao banheiro, entre
outros, são sinais e sintomas que se percebidos e considerados logo no início podem
determinar uma assistência mais segura ao idoso.
Outra importante atividade de prevenção é a vacinação contra tétano
acidental, gripe e pneumonia, recomendada pela OMS. Estas vacinas encontram-se
atualmente disponíveis em quase todas as unidades básicas de saúde e, geralmente
sob a estratégia de campanha, são utilizadas as vacinas dupla tipo adulto,
antiinfluenza e anti-pneumocócica.
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Que outras doenças podem afetar a memória?
De acordo com o médico além da Doença de Alzheimer outras doenças
degenerativas também afetam a memória. Os acidentes vasculares cerebrais (derrames),
uso de certas medicações, traumatismos cranianos com hemorragia, doença de
Parkinson e epilepsia são alguns deles.
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Quais os tipos de hipertensão?
Existem dois tipos de hipertensão: a hipertensão primária e secundária. Na
primária, correspondente a 90% dos casos, não há causa conhecida e a própria
hipertensão é a causa de lesões em diferentes órgãos do corpo como cérebro, coração,
rins e olhos. Enquanto a secundária, menos comum, tem causa estrutural ou hormonal
bem definida e, portanto potencialmente corrigível, o que dá importância a sua
identificação. Entre essas causas podem estar a hereditariedade (notar que a doença já
se manifestou em pais, avós); uso excessivo de glicocorticoides; excesso de peso; nefrites
(a nefrite é o resultado de um processo inflamatório difuso dos glomérulos renais tendo
por base um fenômeno imunológico); hipertensão na gravidez; problemas na artéria
aorta; tumores e algumas doenças endocrinológicas.
Insônia
O que muita gente confunde com uma doença na verdade é um sintoma que
pode esconder uma doença neurológica
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Quais são os tipos de insônia?
Segundo o Geriatra e Gerontôlogo Armando Miguel Junior a insônia pode ser
classificada em 3 formas. A chamada de aguda pode ser resultante de um dia muito
estressante, fadiga, cansaço e não passa de uma noite sem dormir. A seguinte pode ser
chamada de intermediaria que dura de dois a três dias inicialmente até dois meses. Este
tipo de insônia ocorre geralmente por alguma perda significativa na vida da pessoa,
como luto, emprego ou desilusão. E a que deve ser avaliada, não diferente das outras,
com mais atenção é a crônica que permanece por mais de três meses e pode ser um
sintoma de doença neurológica.
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Como ter uma boa noite de sono?
O principal tratamento para estes casos começa na mudança de hábito. Comer
pouco à noite e ter um ambiente tranquilo já contribuem bastante. Mas é necessário se
fazer uma consulta médica para se saber a origem da insônia e se ela não é sintoma de
alguma doença. A automedicação é totalmente perigosa nestes casos, pois se
desconhece a causa. Ela pode ser tratada tanto com indutores de sono quanto com
hipnóticos, que só médico poderá determinar.
Ao invés de remédio chás de Melissa, erva cidreira e camomila são aconselháveis, mas
deve-se evitar o chá mate e o chá preto que são estimulantes.
Quais os sintomas?
De acordo com o geriatra e gerontôlogo Armando Miguel, os primeiros sinais da
doença são os tremores ou a perda da mímica facial associados a diminuição do piscar,
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olhar fixo e lentidão de movimentos. A voz pode se tornar monótona, a pele,
principalmente a facial, fica lustrosa e seborreica. Ele ainda lembra que a marcha fica
cada vez mais lenta e difícil, aumentando a frequência de quedas e fraturas. Outra
característica postural é que os braços ficam encolhidos e o tronco inclinado. Em casos
avançados, pode haver um aumento na velocidade da marcha para não cair
(festinação) ou então o paciente pode ficar parado (congelado) com dificuldade de
iniciar um movimento.
O diagnóstico na fase inicial é difícil, por isso Dr. Armando recomenda procurar
um geriatra e em seguida um neurologista. Somente eles são habilitados a diagnosticar
e tratar pacientes com Parkinson. Alguns sintomas já ditos podem ser causados por
medicamentos variados (fenotiazinas, Haloperidol, reserpina, lítio, cinarizinas,
flunarizina). Intoxicação por monóxido de carbono ou manganês, infartos cerebrais dos
gânglios de base, hidrocefalia, traumatismos Crânio encefálicos e encefalites podem ser
a causa desta doença, que tem tratamento e controle, porém atualmente sem cura.
Um caso recente e famoso desta doença foi o do Papa João Paulo II, que mostrou
a todos a evolução do quadro de uma pessoa com Parkinson. Dr. Armando alerta que
as consequências da doença podem ser tão desastrosas quanto a doença em si. Como
no caso do Papa, a dificuldade de expectorar pode causar as broncopneumonias,
levando às infecções e consequentemente à morte. Outros casos conhecidos de
Parkinson são do o ex-atleta Muhammad Ali e do ator Michael J. Fox.
Como é o tratamento?
O tratamento é personalizado e a resposta a ele é diferente de um paciente para
outro. No entanto sabe-se que é necessário corrigir a diminuição da dopamina com
calma.
O tratamento é baseado no uso de medicamentos, fisioterapia, fonoaudióloga e
psicoterapia. Em alguns casos, recomenda-se a cirurgia. É importante lembrar a
necessidade de tomar cuidado com medicamentos que desencadeiam ou pioram a
síndrome Parkinsoniana, como alguns remédios para a depressão.
Os medicamentos usados são os da classe dos anticolinérgicos, como o
triexifenedil e biperideno, que são eficientes e bem tolerados. A selegilina tem sido
considerada uma das principais drogas do cérebro desde 1990. Também são utilizadas a
levodopa, a carbidopa e a benzerazida.
38
No entanto, o geriatra e gerontôlogo Dr. Armando Miguel lembra que o apoio
da família dando ocupação, carinho e estímulo são elementos importantes e
fundamentais na boa evolução do paciente.
Tipos de AVC
Isquêmico: ocorre devido à falta de irrigação sanguínea num determinado território
cerebral, causando morte de tecido cerebral - é o AVC isquêmico. Pode ocorrer um
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acúmulo gordura ou coágulo sanguíneo em uma artéria cerebral, reduzindo o seu
fluxo sanguíneo ao mínimo e causando morte do cérebro;
Hemorrágico: é menos comum, mas não menos grave, e ocorre pela ruptura de um
vaso sanguíneo intracraniano, levando à formação de um coágulo que afeta várias
funções cerebrais e até a morte do indivíduo cerebral.
Diagnóstico
O diagnóstico do AVC é obtido através de exames de imagem, tomografia
computadorizada e ressonância magnética, que permitem ao médico identificar a área
do cérebro afetada e o tipo de AVC.
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Prevenção
Como todas as doenças vasculares, o melhor tratamento para o AVC é a
prevenção, identificar e tratar os fatores de risco, como a hipertensão, aterosclerose, o
diabetes mellitus, o colesterol elevado, cessar o tabagismo e o etilismo, além de
reconhecer e tratar problemas cardíacos.
Consequências/complicações
As consequências do AVC podem afetar diversos aspectos do paciente, tais como
paralisia e fraqueza, habilidades de comunicação, fala, capacidade de compreensão,
sentidos, além de raciocínio, emoções e memória.
Tratamento
O AVC é uma emergência médica e possui tratamento se o paciente for
rapidamente encaminhado para um hospital adequado. O tratamento do AVC
isquêmico já utilizado em todo o mundo há pelo menos 10 anos é realizado com
medicamentos trombolíticos, que possuem a propriedade de dissolver o coágulo
sanguíneo que está entupindo a artéria cerebral, causando a isquemia.
Reabilitação
O processo de reabilitação pode ser longo, dependendo das características do
próprio AVC, da região afetada, da rapidez de atuação para minimizar os riscos e do
apoio que o doente tiver. A reabilitação consiste principalmente em sessões de
fisioterapia e fonoaudiologia.
Classificações da pneumonia:
Pneumonia adquirida na comunidade: é a pneumonia adquirida no ambiente de
convívio social, seja em casa, no trabalho, academias de ginástica, creches, escolas ou
outros locais comunitários.
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Pneumonia hospitalar: trata-se de uma pneumonia adquirida diante de uma
internação hospitalar. Muitas vezes é uma doença mais grave do que a pneumonia
adquirida na comunidade, já que os germes hospitalares são mais perigosos e
resistentes aos antibióticos.
Pneumonia aspirativa: esse tipo de pneumonia ocorre quando algum material
estranho é inalado ou aspirado para dentro dos pulmões. Ocorre mais frequentemente
quando alimentos presentes no estômago são aspirados para o pulmão após os
vômitos.
Pneumonia causada por microorganismos (germes) oportunistas: é uma
pneumonia que afeta pessoas com baixa imunidade (ou baixa defesa do
organismo).Germes que seriam inofensivos para pessoas saudáveis, tornam-se perigosos
para indivíduos com baixa imunidade, como é o caso de pessoas portadoras da AIDS ou
portadores de órgãos transplantados.
Sintomas da pneumonia
Os sintomas da pneumonia geralmente aparecem de forma aguda ou rápida,
mas podem se desenvolver também lentamente. No início dos sintomas, a pneumonia
pode ser confundida com uma gripe ou resfriado forte.
Os sintomas mais comuns da pneumonia são:
Febre, suor intenso ou calafrios.
Tosse com catarro amarelado ou esverdeado (em alguns tipos de pneumonia, a
tosse pode ser seca ou sem catarro).
Dor no peito ou dor no tórax que pode piorar com a respiração.
Respiração rápida e curta.
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Fatores de risco:
Idosos acima dos 65 anos e crianças muito novas têm maior risco de ter pneumonia.
O risco de ter pneumonia também aumenta nas seguintes situações:
Diagnóstico da pneumonia
O diagnóstico da pneumonia é baseado na história clínica e avaliação do exame
físico do paciente. Para auxiliar no diagnóstico, o médico geralmente pede uma
radiografia de tórax (ou raio-X de tórax) para confirmar a presença da pneumonia, bem
como sua localização e extensão.
Tratamento da pneumonia
O tratamento da pneumonia depende do tipo de microrganismo (germe)
causador da inflamação e infecção dos pulmões, da gravidade dos sintomas, da
presença de outras doenças associadas, local de contaminação (comunidade ou
hospital) e grau de comprometimento dos pulmões. As pneumonias mais frequentes
são as bacterianas. Nestes casos é necessário ouso de antibióticos para combater a
infecção. Após o início do tratamento, espera-se uma melhora dos sintomas dentro de
48 a 72 horas. Na maioria das vezes, as recomendações de tratamento são relacionadas
ao repouso, dieta adequada e a ingesta de líquidos para melhor recuperação.
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Prevenção da pneumonia
Vacina contra gripe: Muitas vezes uma gripe ou resfriado podem acabar levando
a um quadro de pneumonia. Desse modo, a vacinação contra gripe, principalmente em
idosos, é uma boa maneira de se prevenir a pneumonia.
Vacina contra o pneumococo: O pneumococo é a principal bactéria causadora
de pneumonia. Esta vacina também está disponível para aplicação, visando prevenir a
pneumonia pneumocócica. É recomendada para maiores de 65anos ou pessoas que
tenham algum tipo de fator de risco para adquirir pneumonia: como doenças
pulmonares crônicas, doenças cardiovasculares, doenças renais, diabetes, anemia
falciforme, alcoolismo, cirrose hepática, pessoas que tiveram o baço retirado por algum
motivo ou caso haja alguma doença que cause queda da imunidade corporal (como a
AIDS, linfomas, leucemias, alguns tipos de câncer, uso crônico de esteroides,
quimioterapia ou radioterapia, transplante de órgão ou transplante de medula óssea).
Lavagem das mãos: As mãos quase sempre estão em contato com os
microorganismos (germes) que podem causar pneumonia. Estes microorganismos
penetram no corpo através do toque dos olhos, boca ou nariz. Desse modo, lavar bem
as mãos com água e sabão ajuda a prevenir a pneumonia.
Não fumar: O cigarro causa lesões ao pulmão, reduzindo as defesas naturais do
organismo contra infecções respiratórias.
Ter uma boa qualidade de vida: Ter uma vida tranquila, fazer uma dieta
adequada e praticar atividades físicas regularmente ajudam a aumentar as defesas do
organismo, fortalecendo o sistema imune e prevenindo infecções.
Cuidados de enfermagem:
Oferecer e encorajar a ingestão de líquidos (6 a 8 copos ao dia);
Estimular mudança de decúbito de 2/2 horas, quando o cliente apresentar bom
nível de consciência;
Encorajar mobilização no leito e atividade física conforme tolerado;
Orientar ou apoiar o tórax do cliente durante a tosse;
Fazer avaliação respiratória pela ausculta;
Incentivar a prática da respiração profunda e tosse eficaz;
Aspirar naso e orofaringe a intervalos curtos;
Orientar e encorajar o cliente a repousar o máximo possível;
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Observar alterações na FR, FC, ocorrência de dispneia, palidez ou cianose e
disritmia, durante a atividade;
Cuidados com a oxigenoterapia;
Orientar o paciente a utilizar lenços de papel e descartá-los corretamente.
CÂNCER
INFECÇÃO URINÁRIA
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OSTEOPOROSE
Mais comum nas mulheres, em quem o risco é sete vezes maior, é resultado do
enfraquecimento dos ossos do corpo. Dieta pobre em cálcio, fumo e sedentarismo são
agravantes da doença. Geralmente a osteoporose é diagnosticada quando o paciente
sofre alguma fratura. A prevenção é feita por meio de atividades físicas, dieta com
alimentos ricos em cálcio (leia capítulo sobre alimentação) e abandono do cigarro.
DIABETES
As pessoas que apresentam essa doença têm como sintomas muita sede e
aumento no volume de urina. São fatores de risco a obesidade, o sedentarismo e a
existência de casos na família. Os médicos orientam os pacientes a controlar o peso e a
taxa de açúcar no sangue.
OSTEOARTROSE
As dores nas juntas de sustentação (joelho, tornozelo e coluna) e nas mãos são os
principais sintomas da doença, cujos fatores de risco são obesidade, traumatismos e
casos na família. Para se prevenir, é preciso controlar o peso e praticar atividades físicas.
DEPRESSÃO
Não há uma causa única para a depressão. Ela pode ser motivada por fatores
psicológicos, como a perda de um ente querido, uma situação de dependência de
familiares e doença grave, assim como por mudanças no funcionamento químico do
cérebro. O fator genético também é importante. O tratamento é feito à base de
antidepressivos.
CATARATA
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GLAUCOMA
É causado pelo aumento da pressão dentro do olho, o que pode afetar o nervo
óptico e causar a perda da visão. Na maioria dos casos, as pessoas não apresentam
sintomas quando a doença ainda está se desenvolvendo, antes de atingir o nervo
óptico. A melhor forma de prevenir-se é fazer exames regulares. O tratamento pode
incluir medicamentos e cirurgia.
OS GIGANTES DA GERIATRIA
Instabilidade
Instabilidade postural e quedas são importantes marcadores de diminuição de
capacidade funcional e fragilidade em pessoas idosas. Por essa razão, a referência da
ocorrência de queda sempre deve ser valorizada. A avaliação da queda visa:
a) Identificar a causa que levou a queda e tratá-la;
b) Reconhecer fatores de risco para prevenir futuros eventos, implementando
intervenções adequadas.
Quedas
A queda representa um grande problema para as pessoas idosas dadas as suas
consequências (injúria, incapacidade, institucionalização e morte) que são resultado da
combinação de alta incidência com alta suscetibilidade à lesões. Cerca de 30% das
pessoas idosas caem a cada ano. Essa taxa aumenta para 40%entre os idosos com mais
de 80 anos. As mulheres tendem a cair mais que os homens até os 75 anos de idade, a
partir dessa idade as frequências se igualam. Dos que caem, cerca de 2,5% requerem
hospitalização e desses, apenas meta de sobreviverá após um ano.
Causas
• Relacionadas ao ambiente.
• Fraqueza/distúrbios de equilíbrio e marcha;
• Tontura/vertigem;
• Alteração postural/hipotensão ortostática;
• Lesão no SNC;
• Síncope;
• Redução da visão.
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Os fatores de risco
Fatores intrínsecos: decorrem das alterações fisiológicas relacionadas ao avançar
da idade, da presença de doenças, de fatores psicológicos e de reações adversas de
medicações em uso. Podem ser citados:
• idosos com mais de 80 anos;
• sexo feminino;
• imobilidade;
• quedas precedentes;
• equilíbrio diminuído;
• marcha lenta e com passos curtos;
• fraqueza muscular de MMII e MMSS;
• alterações cognitivas;
• poli farmácia; uso de sedativos, hipnóticos e ansiolíticos;
Como avaliar:
• Equilíbrio sentado
• Levantar
• Tentativas para levantar
• Assim que levanta (primeiros 5 segundos)
• Equilíbrio em pé
• Olhos fechados (pessoa idosa em pé, com os pés juntos)
48
• Girando 360 graus
Imobilidade
Incapacidade de se deslocar sem o auxílio de outra pessoa, com finalidade de
atender às necessidades da vida diária. Pode o paciente estar restrito a uma poltrona ou
ao leito.
Fatores Predisponentes:
Osteoartrose
Doenças reumáticas
Sequelas de fraturas
DPOC, ICC, AVC e Infecções
Desnutrição e Desidratação
Parkinson, Demência e Depressão
Longos Períodos Acamados
Consequências:
Depressão
Confusão mental
Hipotensão e constipação intestinal
Incontinência e Infecção Urinária
Trombose Venosa e embolia pulmonar 20% das mortes em acamados.
Pneumonia e broncoaspiração
Úlcera de pressão- escaras
Atrofia muscular- sarcopenia
Conduta:
Mudança de decúbito a cada 2h
Colchão de água e casca de ovo
Óleos e hidratantes
Curativos apropriados.
Aporte hídrico, metabólico e proteico.
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INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Pesquisar:
Como ocorre a perda urinária (descreva o problema)?
Há quanto tempo ocorre?
50
Quantas vezes ela ocorre ao dia?
Há consciência da necessidade de urinar antes do escape?
Usa fraldas ou outros absorventes para evitar acidentes?
Evita situações sociais por causa desse problema?
Há uma infecção do trato urinário agora?
É mais difícil controlar a urina ao tossir, se esforçar, espirrar ou rir?
É mais difícil controlar a urina quando se está correndo, pulando ou
caminhando?
Que cirurgias já realizou? Que lesões teve?
Que medicamento usa?
Costuma tomar café? Quanto?
Ingere bebidas alcoólicas? Quanto? Com que frequência?
Diagnóstico
O diagnóstico diferencial entre demência vascular e doença de Alzheimer pode
ser difícil, sendo comum a coexistência das duas afecções. Geralmente, as pessoas com
problemas vasculares apresentam déficits mais intensos em testes de movimentos
repetitivos e dependentes de velocidade motora e de mecanismos corticais e
subcorticais, enquanto as pessoas com Alzheimer têm pior desempenho em teste de
memória verbal e repetição de linguagem.
IATROGENIA
2. C o m o conservar um m e d i c a m e n t o ?
Você d e v e :
• mantê-lo em sua embalagem original, em lugar fresco e arejado;
• evitar guardar medicamentos em geladeira (a menos que seja indicado); se isso for
necessário, coloque-o dentro de um plástico;
• evitar guardá-lo no armário do banheiro;
• ao usar bolsa de pano, carregar o medicamento dentro de um plástico;
• ao viajar, não colocá-lo no porta-luvas.
53
• administrar sempre a medida prescrita;
• após, pode-se dar um pouco de água.
54
a) Divulgação e implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS);
b) Alimentação saudável;
c) Prática corporal/atividade física;
d) Prevenção e controle do tabagismo;
e) Redução da morbidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas;
) Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito;
g) Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz;
h) Promoção do desenvolvimento sustentável.
55
Facilitadores da comunicação com a pessoa idosa:
A comunicação não verbal é tudo aquilo que a pessoa sente, pensa e expressa
por meio de sua movimentação corporal, gestos e postura.
Tem por objetivo completar, substituir ou contradizer a comunicação verbal, além de
demonstrar os sentimentos das pessoas.
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PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS
Atividade Física
A inatividade física é um dos fatores de risco mais importantes para as doenças
crônicas, associadas à dieta inadequada e uso do fumo. É bastante prevalente a
inatividade física entre os idosos. O estilo de vida moderno propicia o gasto da maior
parte do tempo livre em atividades sedentárias, como por exemplo, assistir televisão.
57
vivenciadas no dia-a-dia. Permite descobrir potencialidades e trabalhar a vulnerabilidade
e, consequentemente, eleva a autoestima. O trabalho em grupos possibilita a ampliação
do vínculo entre equipe e pessoa idosa, sendo um espaço complementar da consulta
individual, de troca de informações, de oferecimento de orientação e de educação em
saúde.
58
O IDOSO E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Na constituição federal existe lei que protele o idoso quanto aos seus direitos e
atribuições.
·O art.3º no parágrafo único declara que todo o idoso tem o direito de asilar é um dever
do estado de abrigá-los tendo ou não condições financeiras.
·No art. 4º e os incisos I, II, III e IV, refere-se á priorização do atendimento ao idoso em
órgãos públicos e privados prestadores de serviços que compete ao governo, estado,
município de realizarem centro de convivência à 3º idade para abrigá-los e desenvolver
atividades aos mesmos, e assim priorizando o bem estar e até um aumento qualitativo
da renda dos mesmos.
·O art. 9º e os incisos I, II, III, IV, VII, VIII, IX, XI, XII, XIII, competem que é um dever do
poder público desde federal, estadual e municipal de realizar um atendimento
específico dos idosos nas unidades básicas de saúde – SUS, com uma equipe
especializada em geriatria e gerontologia, tendo assim um atendimento de equidade,
qualidade e humanizada.
·Art. 15º parágrafo único, compete que os ministérios dentro da sua competência
promover a capacitação de recursos humanos voltados para o atendimento ao idoso.
·Art. 17º parágrafo único, refere que o idoso tem o direito à assistência preventiva,
protetiva e de recuperação por meio do Sistema Único de Saúde – SUS.
59
·Art. 18º parágrafo único, compete que o idoso que não tiver condições de permanecer
no asilo devido à enfermidade crônica e precisar de cuidados médicos deverá ser
transferido há um hospital para este mão vim há óbito e os demais consequentemente.
Outro destaque é a criação do conselho do idoso, criado pela Lei nº 218, de 26.12.91,
ao qual recebeu do estatuto os encargos de fiscalizar as entidades privadas prestadores
de serviços de assistência aos idosos.
No dia 27 de setembro de 1997, foi criado o dia do idoso, com a Lei nº 1.479, de 17 de
junho de 1997.
Com esta pequena síntese do "Estatuto do Idoso" que foi elaborado, podemos analisar a
lamentável a situação em que se encontra o idoso no Brasil e não pela legislação, pois,
ela é farta, mas mal elaborada ou simplesmente descumprida. É necessária a
mobilização social para o devido respeito ao idoso, exigindo principalmente do poder
público, a implementação da Política Nacional do Idoso.
60
ESTATUTO DO IDOSO
TÍTULO I
Disposições Preliminares
61
Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação,
violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou
omissão, será punido na forma da lei.
TÍTULO II
Dos Direitos Fundamentais
CAPÍTULO I
Do Direito à Vida
CAPÍTULO II
II – opinião e expressão;
62
V – participação na vida familiar e comunitária;
CAPÍTULO III
Dos Alimentos
CAPÍTULO IV
Do Direito à Saúde
63
acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente
conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano e rural;
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o
direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será
feita:
II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser
contactado em tempo hábil;
III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil
para consulta a curador ou familiar;
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso
em que deverá comunicar o fato ao Ministério Público.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o
atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos
profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda.
I – autoridade policial;
64
II – Ministério Público;
CAPÍTULO V
Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões,
espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos
conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do
idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.
Art. 25. O Poder Público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas
idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial
adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da
capacidade visual.
CAPÍTULO VI
Da Profissionalização e do Trabalho
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas
condições físicas, intelectuais e psíquicas.
65
Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a
discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos,
ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir.
CAPÍTULO VII
Da Previdência Social
Art. 30. A perda da condição de segurado não será considerada para a concessão
da aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de
contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data de
requerimento do benefício.
Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios, efetuado com atraso por
responsabilidade da Previdência Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para
os reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, verificado no
período compreendido entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo
pagamento.
66
CAPÍTULO VIII
Da Assistência Social
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme
os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política
Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes.
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios
para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o
benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência
Social – Loas.
Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo
familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.
CAPÍTULO IX
Da Habitação
Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou
substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda,
em instituição pública ou privada.
67
alimentação regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas
condizentes, sob as penas da lei.
CAPÍTULO X
Do Transporte
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos
transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e
especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares.
§ 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados
10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a
placa de reservado preferencialmente para idosos.
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou
inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
68
Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os mecanismos e os
critérios para o exercício dos direitos previstos nos incisos I e II.
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco
por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser
posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.
TÍTULO III
Das Medidas de Proteção
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
CAPÍTULO II
Das Medidas Específicas de Proteção
Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei poderão ser aplicadas,
isolada ou cumulativamente, e levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43, o Ministério Público
ou o Poder Judiciário, a requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as
seguintes medidas:
V – abrigo em entidade;
VI – abrigo temporário.
69
TÍTULO IV
Da Política de Atendimento ao Idoso
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio do conjunto articulado
de ações governamentais e não-governamentais da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
CAPÍTULO II
Das Entidades de Atendimento ao Idoso
70
Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de institucionalização de longa
permanência adotarão os seguintes princípios:
71
XIII – providenciar ou solicitar que o Ministério Público requisite os documentos
necessários ao exercício da cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei;
XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem dos
idosos;
CAPÍTULO III
Da Fiscalização das Entidades de Atendimento
Art. 53. O art. 7o da Lei no 8.842, de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 7o Compete aos Conselhos de que trata o art. 6o desta Lei a supervisão, o
acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da política nacional do idoso, no âmbito
das respectivas instâncias político-administrativas." (NR)
Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos recursos públicos e
privados recebidos pelas entidades de atendimento.
I – as entidades governamentais:
a) advertência;
II – as entidades não-governamentais:
72
a) advertência;
b) multa;
CAPÍTULO IV
Das Infrações Administrativas
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), aplicada
em dobro no caso de reincidência.
73
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (um mil reais) e multa
civil a ser estipulada pelo juiz, conforme o dano sofrido pelo idoso.
CAPÍTULO V
Da Apuração Administrativa de Infração às
Normas de Proteção ao Idoso
Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a apresentação da defesa,
contado da data da intimação, que será feita:
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a autoridade competente
aplicará à entidade de atendimento as sanções regulamentares, sem prejuízo da
iniciativa e das providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas
demais instituições legitimadas para a fiscalização.
Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a saúde da pessoa idosa
abrigada, a autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as sanções
regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a ser adotadas
pelo Ministério Público ou pelas demais instituições legitimadas para a fiscalização.
CAPÍTULO VI
Da Apuração Judicial de Irregularidades em Entidade de Atendimento
74
Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério
Público, decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade ou
outras medidas que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos do idoso, mediante
decisão fundamentada.
Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de 10 (dez) dias,
oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir.
TÍTULO V
Do Acesso à Justiça
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso.
75
§ 2o A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor
do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60
(sessenta) anos.
CAPÍTULO II
Do Ministério Público
Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta Lei, serão exercidas nos
termos da respectiva Lei Orgânica.
I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e
interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos do
idoso;
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VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e a instauração de
inquérito policial, para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao
idoso;
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados ao idoso,
promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará
obrigatoriamente o Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida
esta Lei, hipóteses em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
documentos, requerer diligências e produção de outras provas, usando os recursos
cabíveis.
CAPÍTULO III
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Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por
ofensa aos direitos assegurados ao idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento
insatisfatório de:
Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio do
idoso, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as
competências da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores.
Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos, coletivos, individuais
indisponíveis ou homogêneos, consideram-se legitimados, concorrentemente:
I – o Ministério Público;
Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, são admissíveis
todas as espécies de ação pertinentes.
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Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou
não-fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará
providências que assegurem o resultado prático equivalente ao adimplemento.
Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão ao Fundo do Idoso,
onde houver, ou na falta deste, ao Fundo Municipal de Assistência Social, ficando
vinculados ao atendimento ao idoso.
Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta) dias após o trânsito em
julgado da decisão serão exigidas por meio de execução promovida pelo Ministério
Público, nos mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais legitimados em caso de
inércia daquele.
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano
irreparável à parte.
Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas.
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Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer às autoridades
competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no
prazo de 10 (dez) dias.
Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua presidência, inquérito civil, ou
requisitar, de qualquer pessoa, organismo público ou particular, certidões, informações,
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez)
dias.
TÍTULO VI
Dos Crimes
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não
ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de
setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal
e do Código de Processo Penal. (Vide ADI 3.096-5 - STF)
CAPÍTULO II
Dos Crimes em Espécie
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada,
não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal.
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Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua
assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade
pública:
§ 2o Se resulta a morte:
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e
multa:
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IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem
judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei;
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de
ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso:
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar
procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente:
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar
procuração:
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus
atos, sem a devida representação legal:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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