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Edson Arantes do Nascimento[8] KBE (Três Corações, 23 de outubro de 1940), mais
conhecido como Pelé, é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante. Ele é
amplamente considerado como um dos maiores jogadores de todos os tempos.[9] Em 1999, ele
foi eleito Jogador do Século pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol
(IFFHS) e foi um dos dois vencedores conjuntos do prêmio Melhor Jogador do Século da FIFA.
Nesse mesmo ano, Pelé foi eleito Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional. De
acordo com a IFFHS, Pelé é o maior goleador da história da do futebol, marcando 650 gols em
694 partidas da liga, e no total 1281 gols em 1363 jogos, que incluem amistosos não oficiais, um
recorde mundial do Guinness.[10]
Durante sua carreira, chegou a ser por um período o atleta
mais bem pago do mundo.
Pelé começou a jogar pelo Santos Futebol Clube aos 15 anos e pela Seleção Brasileira de
Futebol aos 16. Durante sua carreira na seleção, ele ganhou três Copas do Mundo da FIFA:
1958, 1962 e 1970, sendo o único jogador a fazê-lo. Ele também é o maior goleador da história
da seleção brasileira, com 77 gols em 92 jogos. Em clubes, ele é o maior artilheiro do Santos e
os levou à conquista da Copa Libertadores da América de 1962 e 1963. Conhecido por conectar
a frase "Jogo bonito" ao futebol, a "ação eletrizante e a propensão a objetivos espetaculares" de
Pelé fizeram dele uma estrela rapidamente, e sua equipe fez turnês internacionais, a fim de
aproveitar ao máximo sua popularidade. Desde que se aposentou em 1977, é embaixador
mundial do futebol e fez muitos trabalhos de atuação e comerciais. Em janeiro de 1995 foi
[11]
nomeado ministro do esporte no governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2010, foi
nomeado Presidente Honorário do New York Cosmos.
Com média de quase um gol por jogo ao longo de sua carreira, Pelé era especialista em chutar
a bola com qualquer dos pés, além de antecipar os movimentos de seus oponentes em campo.
Embora predominantemente atacante, ele também podia se aprofundar e assumir um papel de
playmaker, fornecendo assistências com sua visão e habilidade de passe; ele também usava
suas habilidades de drible para ultrapassar os adversários. No Brasil, ele é aclamado como
herói nacional por suas realizações no futebol e por seu apoio franco a políticas que melhoram
as condições sociais dos pobres.[12][13] Ao longo de sua carreira e aposentadoria, Pelé recebeu
vários prêmios individuais e de equipe por seu desempenho em campo, suas conquistas
recordes e seu legado no esporte.
Primeiros anos
Carreira em clubes
Santos
Em 1956, Brito levou Pelé para a cidade de Santos para experimentar jogar para o time
profissional Santos Futebol Clube, dizendo à administração do Santos que o jovem de 15 anos
[24]
seria "o maior jogador de futebol do mundo." Pelé impressionou o treinador do Santos, Luís
Alonso Pérez (Lula) no Estádio Urbano Caldeira, e assinou um contrato profissional com o clube
[25]
em junho de 1956. Pelé foi muito divulgado na mídia local como uma futura estrela. Ele fez a
sua estreia em 7 de setembro de 1956, com 15 anos, contra o Corinthians de Santo André e
teve um bom desempenho em uma vitória de 7 a 1, marcando o primeiro gol de sua carreira
[26]
profissional durante a partida.
Quando a temporada de 1957 começou, Pelé foi colocado como titular e, com 16 anos de idade,
tornou-se o artilheiro da liga. Dez meses após assinar profissionalmente, o adolescente foi
convocado para a Seleção Brasileira de Futebol. Após a Copa do Mundo de 1962, clubes
[27]
europeus, como Real Madrid, Juventus e Manchester United tentaram contratá-lo, mas o
governo do Brasil, durante a presidência de Jânio Quadros, declarara Pelé "um tesouro nacional
[20][28]
oficial" no ano anterior para evitar que ele fosse transferido para fora do país. Em 1958 a
Inter de Milão já havia tentado o contratar, mas Angelo Moratti foi forçado a desistir do negócio a
pedido de um representante do Santos por conta da revolta dos torcedores.[29]
Pelé ganhou seu primeiro grande título com o Santos, em 1958, o Campeonato Paulista; Pelé
iria terminar o torneio como artilheiro da competição com 58 gols,[30] um recorde que permanece
até hoje. Um ano mais tarde, iria ajudar a equipe a conquistar a sua primeira vitória no Torneio
Rio–São Paulo com um triunfo por 3 a 0 sobre o Vasco da Gama.[31] No entanto, o Santos não
conseguiu manter o título paulista. Em 1960, Pelé marcou 33 gols para ajudar a sua equipe a
recuperar o troféu do Campeonato Paulista, mas perdeu no Torneio Rio–São Paulo depois de
terminar em 8º lugar.[32] Em 1960, Pelé marcou 47 gols e ajudou o Santos a recuperar o
Campeonato Paulista. O clube acabou vencendo a Taça Brasil, naquele mesmo ano, ao vencer
o Bahia na final; Pelé terminou como artilheiro do torneio com 9 gols. A vitória permitiu que o
Santos participasse da Copa Libertadores da América, a mais prestigiada competição de clubes
do Hemisfério Ocidental.[33]
Foi nesta Copa que Pelé começou a usar uma camisa com o número 10. Isto foi resultado de
uma desorganização: os líderes da Federação Brasileira não enviaram o número das camisas
dos jogadores e cabia à FIFA escolher quais então seriam usados no mundial, ficando Pelé com
a número 10.[72] A imprensa proclamou Pelé a maior revelação da Copa e ele recebeu
retroativamente a Bola de Prata como o segundo melhor jogador do torneio, atrás de Didi.[69]
Copa América
Pelé também jogou na Copa América. Na competição de 1959, ele foi eleito o melhor jogador do
torneio, além de ser o artilheiro com 8 gols, com o Brasil ficando em segundo lugar.[69][73] Ele
marcou em cinco dos seis jogos do Brasil, incluindo dois gols contra o Chile e um hat-trick contra
o Paraguai.[74]
Pelé marcou o primeiro gol de uma falta contra a Bulgária, tornando-se o primeiro jogador a
marcar em três Copas do Mundo FIFA consecutivas, mas devido a sua lesão, não participou
do segundo jogo contra a Hungria.[79] Seu treinador afirmou que, após o primeiro jogo,
sentiu que "todo time tratará ele [Pelé] da mesma maneira".[80] O Brasil perdeu o jogo e
Pelé, apesar de ainda em recuperação, foi levado de volta pelo técnico brasileiro Vicente
Feola para a partida crucial contra Portugal no Goodison Park, em Liverpool. Feola mudou
toda a defesa, incluindo o goleiro, enquanto no meio-campo voltou à formação do primeiro
jogo. Durante o jogo, o zagueiro português João Morais cometeu falta sobre Pelé, mas não
foi expulso pelo árbitro George McCabe, decisão vista posteriormente como um dos piores
erros de arbitragem da história da Copa do Mundo.[81] Pelé teve que permanecer em
campo mancando pelo resto do jogo, já que o time já havia feito todas as substituições
possíveis.[81] Após este jogo, ele prometeu que nunca mais jogaria na Copa do Mundo,
decisão que mais tarde voltaria atrás.[75]