O documento descreve eventos históricos importantes de Portugal entre os séculos VIII e XV, incluindo a invasão árabe da Península Ibérica, a fundação do Condado Portucalense e do Reino de Portugal, as navegações portuguesas sob o Infante D. Henrique, e batalhas como a de Aljubarrota.
O documento descreve eventos históricos importantes de Portugal entre os séculos VIII e XV, incluindo a invasão árabe da Península Ibérica, a fundação do Condado Portucalense e do Reino de Portugal, as navegações portuguesas sob o Infante D. Henrique, e batalhas como a de Aljubarrota.
O documento descreve eventos históricos importantes de Portugal entre os séculos VIII e XV, incluindo a invasão árabe da Península Ibérica, a fundação do Condado Portucalense e do Reino de Portugal, as navegações portuguesas sob o Infante D. Henrique, e batalhas como a de Aljubarrota.
- Invasão da Península Ibérica pelos árabes e berberes procedentes do norte da
África, através do estreito de Gilbratar. Em apenas sete anos dominaram toda e península, incutindo-lhes a sua cultura e costumes. Tal dominação levaria séculos para ser eliminada. 1097. - É criado o Condado Portucalense, entre os rio Douro e Tejo, em território tomado dos mouros por Afonso VI, rei de Leão e Castela. o condado foi confiado ao seu genro, o cavaleiro francês Henrique de Borgonha. 1119. - É criada em Jerusalém, por cruzados franceses, (Hugo de Poiens e Geoffroi de Saint -Omer) a Ordem dos Templários (ou Ordem dos Cavaleiros do Templo), para proteger todos os peregrinos que pretendessem ir à Terra Santa. 1139. - O filho de Henrique de Borgonha, D. Afonso Henriques, insurge-se contra o rei de Leão e Castela e, ao vencer a batalha de Ourique, torna-se o primeiro rei de Portugal. 1143. - O papa e o rei de Castela reconhecem o novo reinado surgido a partir da foz do Tejo. 1307. - Ano em que a Ordem dos Templários é extinta em toda a Europa, provocada por perseguições impetradas pelo rei de França, Filipe IV, O Belo, e pelo Papa Clemente V. 1307. - Neste mesmo ano, Portugal, por ordem do rei D. Diniz, começa a receber os templários fugitivos da França e de todos o resto da Europa. 1317. - Reiterando que os Templários não cometeram nenhum crime em Portugal, D. Diniz transferiu (!!!) todos o patrimônio dos cruzados, criando a Ordem de Cristo, na cidade medieval de Tomar, que passou a ser A SEDE, em solo português de todos os Templários. Com os Templários vinha toda a fortuna que possuíam. 1319. - O novo Papa, João XXII reconhece a Ordem de Cristo. 1385. - Batalha de Aljubarrota. Tal batalha resultou de uma crise dinástica que se abateu sobre Portugal. Com o falecimento do rei D. Fernando de Portugal, em 1383, o trono ficou sem herdeiro varão, abrindo uma lacuna, sendo reivindicada pelo rei de Castela, que era casado com a filha de D. Fernando. D. João, filho bastardo de D. Pedro, pai de D. Fernando, portanto seu meio irmão era cavaleiro e mestre da Ordem de Avis foi aclamado rei pel burguesia e pela “arraia miúda”. Com exercítos formados pelo povo e por arqueiros ingleses, D. João vence a batalha de Aljubarrota. Era a dinastia de Avis. 1387. - D. João se casa com a inglesa D. Filipa da Lancaster. Da União nascem cinco filhos. O filhos homens foram, o futuro rei D.Duarte, D.Pedro, D.Afonso Henriques e D. Fernando. 1391. - Ano de grande perseguição a judeus em território da Espanha. Muitos judeus refugiam-se em Portugal. Árabes, judeus e cristãos coexistirão pacificamente no reino português por mais um século, numa fecunda relação social e científica. 1411. - O espírito de reconquista, de vingança pela dominação moura e a busca de novos entrepostos comerciais, lançaram o povo português na conquista de Ceuta. D. Afonso Henriques tinha 19 anos. 1416. - Após a tomada de Ceuta, no Marrocos (14 de agosto de 1415) , o infante D. Henrique sagra-se cavaleiro e torna-se o Grão-Mestre da Ordem de Cristo, tomando para si todo o ideal da grandes navegações, estimulado pelo espírito aventureiro e iniciático do ouro dos cavaleiros da Ordem. tomar, por esta época, bem como a Vila de Lagos, no Algarve, era um prolífero centro de idéias e conhecimentos, trazidos pelos inúmeros viajantes e sábios de toda a Europa que lá chegavam. Havia gente das Canárias, caravaneiros do Saara, mercadores do Timbuctu (Mali), monges de Jerusalém, navegadores venezianos, alemães e dinamarqueses, astrônomos italianos e judeus, além de espiões, muitos espiões. 1420 - São descobertas (redescobertas) as ilhas da Madeira e Porto Santo. 1434. - O navegador da Ordem de Cristo e escudeiro de D.Afonso Henriques, Gil Eanes ultrapassa o Cabo Bojador, um pouco ao sul das Canárias, cabo que suscitava temor em todos os navegantes, pois o barulho das ondas batendo nas encostas dos penhascos podia ser ouvido a quilômetros, além das correntes fortíssimas que provocavam enormes tempestades de areia procedentes do Saara só serviam para aumentar o pânico dos navegantes de então. Ao ultrapassar o Cabo Bojador, a expedição de Eanes constatou que além do mesmo nada existia além a continuidade de mar, límpido a azul. Haviam aberto o caminho para o Sul. Antes de sobrepujarem o Cabo Bojador, os navegantes portugueses enviados por D. Afonso Henriques fizeram 15 expedições fracassadas. O lema “navegar é preciso, viver não é preciso foi dito por D. Afonso Henriques a Gil Eanes, quando de sua fracassada viagem ao maldito cabo, em princípios de 1434. 1436. - O navegador Afonso Gonçalves Baldaia, que havia sido imediato de Eanes em outras expedições, continua realizando explorações de reconhecimento da costa africana chega a um braço de terra, conhecido hoje como Punta Durnford e desembarca dois jovens soldados, Heitor Homem e Diogo Lopes de Almeida, que, montados em cavalos e armados de lanças e espadas, avançaram por 40 quilometros terra adentro e acharam um grupo de 19 homens negros, armados de zagaias. Os dois jovens guerreiros atacaram o grupo nômade, mas este se ocultou nos morros pedregosos conseguindo escapar. A expedição de Baldaia seguiu mais para o sul (200 km) onde caçaram focas em quantidade enchendo o navio “de coirama e azeite daqueles lobos marinhos”. foi o primeiro carregamento comercial e com os primeiros produtos exóticos que os navegadores de D. Henrique levaram para Portugal. 1437. - Na tentativa de conquista de Tânger, os portugueses capitularam, deixando como réfem o Irmão mais novo da casa imperial, D. Fernando, que ficou seis preso nas masmorras árabes, quando terminou seu suplício, o que causou enorme consternação em Portugal. 1444. - Primeiros escravos em Portugal. 1460. 13/11 - Data da morte do Monge Guerreiro, D. Afonso Henriques, responsável por todo o progresso nas navegações portuguesas até então. 1461. - É descoberto ouro da costa da Guiné pelo cavaleiro Pedro Sintra. 1475 - DATA DE NASCIMENTO DE NOSSO PERSONAGEM: RODRIGO. e de Afonso Principe de Portugal. 1483 - D. Fernando II, Duque de Bragança (1430 — Évora, 20 de junho de 1483) - o vedor da fazenda diz ter encontrado cartas onde o Duque de Bragança receoso da inimizade do novo Rei, tentava ganhar aliados em Castela. A partir das cópias mandadas executar por D. João II dessas mesmas cartas, o Duque de Bragança foi julgado em Évora, condenado à morte e executado em 20 de Junho de 1483. D. Manuel I viria a anular este processo mais tarde, em 1500, e a devolver as terras e os títulos ao seu filho, D. Jaime. Não se pode precisar se D. João II tinha razão ou se tudo não passou de pura suspeita, que aproveitou para se desfazer do duque e da Casa de Bragança, pois na sentença confiscou- lhe todos os bens que passaram para a coroa. O poder da Casa de Bragança veio a ser depois suprimido por D. João II. O Rei D. João II foi um homem cioso do seu poder e firme na convicção de o conservar. D. João II prendeu, julgou, num processo judicial muito mal explicado, e executou por degolação na Praça do Giraldo em Évora, D. Fernando II, o terceiro duque, sob acusações de traição e correspondência gravosa com o rei de Castela. Em consequência, as terras dos Duques foram anexadas aos bens da Coroa e o herdeiro da Casa Ducal, D. Jaime, de apenas 4 anos, foi desterrado para Castela. O Rei D. Manuel I, sucessor de D. João II, era tio de D. Jaime de Bragança e, em 1500, convida-o a regressar à Corte, devolvendo -lhe os títulos e terras do ducado que o anterior rei retirara. D. Jaime ordenou a construção do Palácio Ducal de Vila Viçosa, que havia de se tornar numa das residências reais no século XVII. Mas este Duque não se limitou a levantar o Paço de Vila Viçosa. Remodelou diversas outras residências ducais - como é o caso dos castelos de Ourém e Porto de Mós, que foram restaurados por sua ordem e adaptados das suas funções militares a residências castelares. 1484 - D. Diogo de Viseu, Infante de Portugal (1452? — 1484) - Irmão da rainha D. Leonor. Foi assassinado aos 32 anos. Feito chefe dos descontentes quando D. João II subiu ao trono por causa da política centralizadora do monarca, prepara uma conjura para assassinar o rei e o príncipe herdeiro, o que lhe permitiria depois subir ao trono. Mas o monarca teve conhecimento da conjura e, atraindo o cunhado a Palmela, aí o apunhalou por suas próprias mãos ou, segundo os relatos escritos, por Diogo de Azambuja com o auxílio de D. Pedro de Eça, Alcaide-Mor de Moura, e de Lopo Mendes do Rio. Na sequência, mais de 80 pessoas foram perseguidas por suspeita de envolvimento nesta conspiração. Outras foram executadas, assassinadas ou exiladas para Castela, incluindo o bispo de Évora, Garcia de Meneses, envenenado na prisão. Diz a tradição que João II comentou, em relação à limpeza no país: eu sou o senhor dos senhores, não o servo dos servos.
1491 - Ano da morte de Afonso I . Decorrente de queda da cavalo. em 1491, o príncipe
Afonso morre em consequência de uma misteriosa queda de cavalo durante um passeio à beira do rio Tejo. A ligação dos reis católicos ao acidente nunca foi provada, mas eram eles quem mais tinha a ganhar. Afonso morreu em circunstâncias misteriosas, de uma queda de cavalo durante um passeio, em Alfange, Santarém, à beira do Tejo. A hipótese de assassinato nunca foi provada, mas os reis católicos tinham tudo a ganhar com este desaparecimento. Ainda para mais, o aio castelhano do jovem Afonso desapareceu para Castela no próprio dia, depois de ter sido a única testemunha ocular do incidente. Segundo outra fonte, (Bernardo Rodrigues, em os Anais de Arzila ), o seu aio era João de Meneses, conde de Cantanhede, e esse acontecimento terá ocasionado nesta personagem um grande traumatismo : 1492 - Ano da Conversão forçada dos judeus espanhóis (12/08/1492). 1492. 22/10 - Dia da Descoberta da América pelo piloto genovês Cristóvão Colombo, a serviço dos reis cristãos de Aragão e Castela. 1494. 07/06 - Tratado de Tordesilhas. Duarte Pacheco Pereira é um dos negociadores pelo reino de Portugal, na qualidade de “contínuo da casa do Senhor El Rei de Portugal”. O cronista que o acompanhou nas negociações foi Rui de Pina, nobre português, que mostrou hábil negociador na questão de Tordesilhas. Seu primo, Simão de Pina seria um dos comandantes da esquadra cabralina, capitaneando a nau “Flor de la Mar”.(Eduardo Bueno, in A Viagem do Descobrimento). 1495 - Ano do desaparecimento e traição de rodrigo. A totalidade das descobertas portuguesas do reinado de João II permanece desconhecida. Muita informação foi mantida em segredo por razões políticas e os arquivos do período foram destruídos no Terramoto de 1755. Os historiadores ainda discutem a sua verdadeira extensão, suspeitando que navegadores portugueses chegaram à América antes de Cristóvão Colombo. Para suportar esta hipótese são citados com frequência os cálculos mais precisos que os portugueses tinham do diâmetro da Terra. No fim do século XV, havia em Portugal uma escola de navegação, cartografia e matemática há mais de oitenta anos, onde os cientistas mais talentosos se dedicavam à investigação. Enquanto Colombo acreditava poder chegar à Índia seguindo para oeste, é provável que João II já soubesse da existência de um continente no meio. As viagens do misterioso capitão Duarte Pacheco Pereira, para oeste de Cabo Verde foram possivelmente mais importantes do que as interpretações tradicionais supõem. 1495. - Morre o rei D. João II e sobre ao trono o rei D. Manoel I, o Venturoso. Todavia, internamente, os ódios da nobreza espoliada são uma fogueira inextinguível. O cognome atribuído ao rei por estes é o de o Tirano. Logo a seguir às bodas do príncipe, no paço de Évora, começa a manifestar-se uma estranha enfermidade no rei. Começam por ser apenas «acidentes e desmaios», mas, por meados de 1495, a doença começa a agravar-se e o seu esbelto aspecto físico vai-se convertendo num corpo balofo e disforme. São quatro anos de luta entre a doença e a vontade férrea do rei. Suspeita-se, com alguma lógica, de envenenamento. Diz Rui de Pina: «Depois do falecimento do príncipe, el- rei, ou pela sobeja tristeza e mortal dor que nele padeceu (como é mais de crer), ou por peçonha que lhe deram, como alguns sem certidão suspeitaram, nunca foi em disposição de perfeita saúde.» Ao pôr do sol de 25 de Outubro de 1495, com quarenta anos de idade, morre no Alvor D. João II, o Príncipe Perfeito, como ficou para a história. O Tirano, como o considerava a nobreza, cujos poderes despóticos esmagou também com despotismo. Ou, mais simplesmente, el hombre, como o designou Isabel, a Católica. Quando lhe trouxeram a notícia da morte de seu primo, terá dito, num misto de tristeza, admiração e alívio: «- Morreu o homem!» 1495. D. Manuel, duque de Beja, que D. João II após lhe ter morto o irmão, sempre protegera, sobe ao trono. Logo em 1496, a Casa de Bragança é restaurada. Os nobres refugiados no estrangeiro começam a voltar a Portugal. Porém, sob este aparente apagamento das medidas tomadas pelo Príncipe Perfeito, emerge triunfante o valor da sua obra - pouco depois as armadas portuguesas atingem a Índia, espalham-se pelo Oriente, acham o Brasil... Portugal irá viver as décadas de ouro da sua história. 1497. - Ano da conversão forçada dos judeus portugueses a Cristãos-novos. 1498.NOV. - Duarte Pacheco Pereira, é supostamente o primeiro piloto português a desembarcar em terras brasileiras, conforme indícios documentais, em algum ponto entre o atual Maranhão e Pará., a serviço do rei D. Manuel I. 1500. 09/03 - Data da partida da Esquadra portuguesa do porto do Restelo, tendo como vice-almirante, o espanhol Sancho de Tovar. (Sancho de Tovar, era um nobre castelhano que se refugiara em Portugal após matar o juiz que enforcara seu pai e confiscara todos os bens de sua família, por ter o seu pai se alinhado ao rei de Portugal, Afonso V, na questão sucessória com Aragão e Castela, sendo condenado à morte, após um acordo entre as coroas, em 1479. Após o ato vingativo, Tovar, foi recebido na corte lusitana em 1481). 1500. 22/04 - Chegada da frota de Cabral a Baía Cabrália, após avistarem o Monte Pascoal. A terra foi batizada com o nome de Terra de Santa Cruz. 1500. 23/04 - A esquadra fundeada à embocadura do Rio Cahy, fez descer um batel com Nicolau Coelho e alguns marinheiros. Primeiro contato com os Tupiniquins. 1500. 24/04 - A frota portuguesa, diante do mau tempo que se avizinhava da Baía Cabrália, navega um pouco para o norte à procura de um “Porto Seguro”, fundeando às margens do Rio Mutary. 1500. 26/04 - O Capitão Pedro Alvares Cabral desce à terra e manda celebrar a primeira missa no Brasil. Fixa em solo a tomada da terra, personificada pela Bandeira da Ordem de Cristo, que lhe fora passada às mãos pelo rei D. Manuel I, no dia 08/03, na despedida no Restelo.
A frota de Cabral era composta das seguintes embarcações:
1)Nau São Gabriel - Capitão-almirante Pedro Álvares Cabral (250 tonéis-190 homens) 2)Nau El-Rei - Capitão vice-almirante Pedro Tovar (200 tonéis - 160 homens) 3)Nau Espírito Santo - Capitão Simão de Miranda de Azevedo (180 tonéis-150 homens) 4)Nau Santa Cruz - Capitão Aires Gomes da Silva (id.) 5)Nau Flor de la Mar - Capitão Simão de Pina (id.) 6)Nau Vitória - Capitão Vasco de Ataíde (id.) 7)Nau Espera - Capitão Nicolau Coelho (id.) 8)Caravela São Pedro - Capitão Pero de Ataíde (70 tonéis - 50 homens) 9)Caravela Anunciada - Capitão Nuno Leitão da Cunha (1) (100 tonéis - 80 homens) 10)Nau mercante, de nome ignorado. Capitão Luís Pires (2) (130 tonéis - 40 homens) 11)Naveta de mantimentos - Capitão Gaspar de Lemos (100 tonéis - 80 homens) 12)Nau de nome ignorado - Capitão Diogo Dias para a cidade de Sotala (Moçambique) (180 tonéis - 150 homens) 13)Caravela Redonda - Bartolomeu Dias. Idem . (100 tonéis - 80 homens) (1) Esta embarcação era de propriedade de D. Fernando, Duque de Bragança inserida nesta empreitada sob o aval do Rei D. Manuel, em associação mercantil com os banqueiros Bartolomeo Marchioni e Girolamo Sernige (florentinos) e Antonio Salvago ( genovês).. (2) Este barco, também particular, pertencia ao conde Diogo da Silva e Meneses, em associação com banqueiros também italianos, provavelmente Luca Giraldi e Piero Strozzi.