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José dos Santos Carvalho Filho faz uma classificação da convalidação em três
espécies, vejamos:
O objeto ou conteúdo ilegal não pode ser objeto de convalidação. Com relação
a esse elemento do ato administrativo, é possível a conversão, que alguns
dizem ser espécie do gênero convalidação e outros afirmam ser instituto
diverso, posição que nos parece mais correta, porque a conversão implica a
substituição de um ato por outro. Pode ser definida como o ato administrativo
pelo qual a Administração converte um ato inválido em ato de outra categoria,
com efeitos retroativos à data do ato original. O objetivo é aproveitar os
efeitos já produzidos.
Não se confunde conversão com reforma, pois aquela atinge o ato ilegal e esta
afeta o ato válido e se faz por razões de oportunidade e conveniência; a
primeira retroage e a segunda produz efeitos para o futuro. Exemplo: um
decreto que expropria parte de um imóvel é reformado para abranger o imóvel
inteiro.
Por fim, o próprio Carvalho Filho deixa uma observação em nota de rodapé no
seu livro, alegando que: “note-se que a reforma e a conversão afetam o
elemento objeto do ato – no qual pode ocorrer vício extrínseco; no entanto,
não há convalidação do elemento viciado, mas sim sua supressão ou
substituição”.
Se todos esses argumentos não forem suficientes, que tal usar o próprio
“Cespe” ou “Cebraspe” como referência. No padrão de resposta no concurso
de juiz do TJDFT, o Cespe elaborou uma resposta dizendo que a convalidação
é uma espécie de um instituto maior, o sanatório. Vejamos as palavras da
própria banca:
Eu não gosto e nem concordo com essa classificação da banca, que foi
realizada sem qualquer referência bibliográfica e sem contestar obras de
alguns dos principais autores nacionais. Não obstante, é uma referência da
própria banca, que considerou dois pontos: (i) a convalidação como espécie (e
não como gênero); (ii) não mencionou a reforma como espécie, mas sim a
conversão, em um modelo de classificação próximo do adotado pela Maria di
Pietro.
Referências:
Por fim, também sabemos que a teoria do risco administrativo é que explica
essa situação.
Nessa questão, a banca também seguiu o José dos Santos Carvalho Filho. O
autor taxa o caso fortuito e força maior como “fatos imprevisíveis”. De forma
geral, eles são excludentes da responsabilidade civil.
Portanto, caso fortuito ou força maior podem ser excludentes (quando o dano
é totalmente alheio à atuação ou omissão estatal) ou atenuantes (mitigantes),
quando houver uma “responsabilidade parcial” do Estado pelo evento.
Mas professor, cabe recurso por quê? Ora, novamente temos divergência.
Segundo Maria di Pietro, o caso fortuito não é excludente, mas somente a
força maior. O Cebraspe já anulou uma questão por causa disso, no concurso
do TCM BA em 2018.
Referências:
Conclusão:
Ante o exposto, requer-se a alteração do gabarito desta questão, de CERTO para
ERRADO, pois as interfaces de comunicação dos HDDs e dos SSDS não são,
necessariamente, as mesmas.
Referências: