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JULHO DE 2014 – Nº04

C o n d i çõ es d e d o m i c í l i o d a
p o p u la ç ã o d e Sã o L u ís
O rg a n iz a d o re s : L AU R A R E G I N A C AR N E I RO
EDUARDO CELESTINO CORDEIRO

SEPLAN
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS
EDIVALDO HOLANDA BRAGA JÚNIOR - PREFEITO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO (SEPLAN)


JOSÉ CURSINO RAPOSO MOREIRA - SECRETÁRIO

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)


LAURA REGINA CARNEIRO – COORDENADORA-GERAL
EDUARDO CELESTINO CORDEIRO – COORDENADOR DA ÁREA DE ESTUDOS
ECONÔMICOS E SOCIAIS
ALINE SEREJO ROCHA - COLETORA

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)


END.: SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO –
SEPLAN
RUA DO SOL, Nº 188 – CENTRO - SÃO LUÍS/MA - CEP.: 65.020-590
FONE: (98) 3212-3670 /3671/3674/3675 FAX: (98) 3212-3660
www.diie.com.br
diie@diie.com.br
Esta publicação tem por objetivo a divulgação de estudos
desenvolvidos por pesquisadores do Departamento da
Informação e Inteligência Econômica (DIIE), da Secretaria
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
(SEPLAN). Seu conteúdo é de inteira responsabilidade
do(s) autor(es), não expressando, necessariamente, o
posicionamento da Prefeitura Municipal de São Luís
(PMSL).

TEXTOPARADISCUSSÃO Nº 04/Julho 2014– Condições de Domicílio da população de São Luís.


APRESENTAÇÃO

Em 2013, a Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade


Federal do Maranhão – FSADU foi contratada para implantar o Departamento da
Informação e Inteligência Econômica (DIIE), uma iniciativa do Programa de
Recuperação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida da Bacia do Bacanga, fruto do
acordo de empréstimo entre a Prefeitura Municipal de São Luís (PMSL) e o Banco
Mundial (BIRD).
Coordenado pelo Prof. Me.Marcelo Virgínio de Melo, o projeto contou com a participação
do Prof. Pós-Dr. Paulo Aguiar do Monte, Prof. Dr. Anselmo Cardoso de Paiva, Prof. Me.
Felipe de Holanda , Prof. Me. Geraldo Braz Júnior, Profa. Me. Simara Vieira da Rocha,
além de estudantes e estagiários dos cursos de Ciências Econômicas e da Computação,
da Universidade Federal do Maranhão - UFMA.
Essa equipe-chave selecionada pela FSADU ficou responsável pela criação de
mecanismos e instrumentos para o aperfeiçoamento e ampliação do “Mapa
Socioeconômico de São Luís‟, bem como o desenvolvimento de equipe da
municipalidade na área de Análise de Dados Socioeconômicos e a elaboração do
“Relatório com dados socioeconômicos de São Luís – MA”.
A fim de dar publicidade às importantes informações, dados e conclusões obtidas nesse
estudo, o DIIE irá reproduzir o relatório, de forma fracionada, através da série “Textos
para Discussão”.
Nesse quarto número, o tema aborda questões relacionadas às condições de domicílio
da população de São Luís.

1. CONDIÇÕE S DE DOMICÍLI O
Este item retrata aspectos relacionados à condição de moradia das famílias residentes
em São Luís do Maranhão. Trata-se de um tema bastante importante dado que o
desenvolvimento de um município/estado está diretamente associado à melhoria da
qualidade de vida de sua população. Apesar de a definição de qualidade de vida ser
bastante abrangente, é intuitivo saber que as condições de infraestrutura, de moradia,
de acesso aos bens e serviços básicos são vitais para o desenvolvimento humano e
regional.
Inicialmente, fez-se um levantamento do tipo de domicílio, em absoluto e percentual,
para os anos 2000 e 2010. As informações estão contempladas na Tabela 1 e retrata,
principalmente, o fenômeno da verticalização urbana. De 2000 a 2010, o número
relativo de famílias que moram em apartamentos subiu de 5,25% para cerca de 9,00%

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no município, enquanto o percentual de famílias que moram em casas reduziu de
92,05%, em 2000, para 88,96% em 2010.

Tabela 1. Tipo de domicílio, em absoluto e percentual. São Luís – MA, 2000 e 2010.

Fonte: IBGE. Censos Demográficos.

As condições da moradia no referente à posse do imóvel onde reside estão descritas na


Tabela 2, a seguir. As informações foram coletadas para as capitais do Nordeste,
conforme a situação – própria, alugada, cedida e outra condição – para os anos 2000 e
2010.
Tabela 2. Condições da moradia. Capitais do Nordeste, 2000 e 2010.

Fonte: IBGE. Censos Demográficos.


Os números mostram que dos 202.231 domicílios localizados na cidade de São Luís,
cerca de 168.284 (83,21%) residiam em moradia própria no ano de 2000; sendo este o

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maior percentual encontrado quando comparado aos valores observados para as demais
capitais nordestinas. Já em relação ao ano de 2010, dos 258.154 domicílios de São Luís
cerca de 201.621 (78,10%) eram de residências próprias, sendo o segundo maior
percentual observado dentre as capitais nordestinas, atrás apenas de Teresina
(79,82%).
A Tabela 3 retrata os bens materiais por domicílio. As informações referem-se aos
domicílios da cidade de São Luís e da média das capitais do Nordeste. Tendo como base
de análise a taxa de crescimento geométrica anual, pode-se verificar que os itens que
apresentaram maiores índices de crescimento anual foram microcomputador e máquina
de lavar, tanto para a cidade de São Luís quanto para a média observada nas capitais
nordestinas.
Tabela 3. Posse de bens da população. São Luís – MA, 2000 e 2010.

Fonte: IBGE. Censos Demográficos.


Restringindo a análise para o município de São Luís e levando em consideração o total
de domicílios na cidade (202.231, em 2000, e 258.154 em 2010), dois fatos
interessantes merecem ser destacados quando se analisa a relação bem/domicílio: 1. O
bem automóvel para uso particular foi o que apresentou maior crescimento no período,
saltando de um indicador de 7,68 automóveis para cada 100 residências, em 2000, para
cerca de 36,85 em 2010. 2. O único bem que reduziu sua participação foi rádio, que
reduziu de 80,38 rádios para cada 100 residências, em 2000, para cerca de 69,14, em
2010.
O número de cômodos na residência segundo a zona urbana e rural, para os anos 2000 e
2010, estão descritas na Tabela 4. De uma forma geral, independente da zona (urbana
ou rural), cerca de 48,50% (para o ano 20000) e 54,27% (para o ano 2010) dos
domicílios da cidade de São Luís possuem entre 4 e 6 cômodos.

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Tabela 4. Número de cômodos na residência. São Luís – MA, 2000 e 2010.

Fonte: IBGE. Censos Demográficos.

2. COLETA DE LIXO

A Tabela 5 descreve a presença dos serviços de coleta de lixo das capitais nordestinas
para o ano de 2000 e 2010. Analisando as capitais do Nordeste de forma comparativa e
tendo como base a cidade de São Luís percebe que no ano de 2000 a coleta de lixo
realizada por serviço de limpeza contemplava 68,98% dos domicílios e saltou para
88,30% no ano de 2010, refletindo, assim, uma melhoria considerável dos serviços.
Ainda com base na Tabela 5, a cidade de São Luís (68,98%) apresentou o segundo pior
indicador de coleta de lixo no ano de 2000, superado apenas por Salvador (67,07%). Já
em 2010, apesar de ainda continuar na mesma posição relativa – a segunda pior -
quando comparada às demais capitais nordestinas, deve-se ressaltar que houve uma
melhoria significativa dos serviços de coleta de lixo realizado por serviço de limpeza
cujo percentual de domicílios alcançados saltou para 88,30%, diminuindo o gap
existente entre São Luís e as capitais nordestinas que apresentaram os melhores
indicadores (Recife, com 93,30% dos domicílios com a coleta de lixo sendo realizada por
serviço de limpeza no ano de 2000, e, João Pessoa com 97,07% no ano de 2010).

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Tabela 5. Serviços de coleta de Lixo. Capitais do Nordeste, 2000 e 2010.

Fonte: IBGE. Censos Demográficos.

3. ESGOTAMENTO SANIT ÁRIO

A universalização dos serviços tratamento da rede de esgoto e de abastecimento de água


está prevista na legislação nacional no intuito de garantir a saúde dos cidadãos
brasileiros. No referente ao tratamento da rede de esgoto, a Tabela 6 retrata os valores
em absoluto e percentual do tipo de esgotamento sanitário observada nos domicílios da
cidade de São Luís. A definição de esgotamento sanitário contempla as ações de coleta,
transporte, tratamento e a disposição final adequada dos esgotos sanitários que vão
desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente.
Sobre as formas de esgotamento sanitário na cidade de São Luís durante a primeira
década do século XXI, os índices mostram uma melhoria nas ações de coleta e disposição
final dos esgotos sanitários haja vista o aumento percentual do esgotamento sanitário
via rede geral de esgoto ou pluvial (de 41,30% em 2000 para 46,68% em 2010) e a
redução do número de residências que não tinham banheiro ou sanitário (de 15,14% em
2000 para 1,90% em 2010). Apesar das melhorias observadas, os números mostram que

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ainda existe muito a ser feito no sentido de melhorar as condições de esgotamento
sanitário dos domicílios da cidade de São Luís.
Tabela 6. Tipo de esgotamento sanitário, em absoluto e percentual. São Luís – MA,
2000 e 2010.

Fonte: IBGE. Censos Demográficos.

4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

No referente às formas de abastecimento de água dos domicílios, a Tabela 7 descreve os


valores, em absoluto e percentual, observados para as capitais dos estados do Nordeste.
Os números verificados relativos às formas de abastecimento de água podem ser um
bom indicador para mensuração do acesso da população aos serviços básicos.
Tabela 7. Formas de abastecimento de água. Capitais do Nordeste, 2000 e 2010.

Fonte: IBGE. Censos Demográficos.

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Dentre as capitais do Nordeste, a cidade de São Luís apresentou o segundo menor
percentual de domicílios abastecidos pela rede geral de distribuição, tanto em 2000
(78,76%) quanto em 2010 (78,53%). Estes valores destoam bastante dos observados
em João Pessoa no ano de 2000 (97,70%) e em Salvador, capital da Bahia, em 2010
(98,90%).

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da UFMA (FSADU). Relatório


com dados socioeconômicos de São Luís – MA. Produto 1 do Acordo de Empréstimo
nº 7578 – BR: “Implementação do Departamento da Informação e Inteligência
Econômica com o desenho e instalação de portal socioeconômico, mediante a criação de
mecanismos e instrumentos capazes de atualização, aperfeiçoamento e ampliação do
‘Mapa socioeconômico de São Luís’”. São Luís: FSADU, 2013. 114 p.

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