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SÊ...

Nº 171/ Ano XV
Agrupamento 1096 do CNE - Paróquia de Resende Dezembro de 2010

EDITORIAL NESTE NÚMERO PODE LER:


» Impressão digital - Há sempre uma luz… (pág. 2)
O mês de Novembro decorreu num ambiente de certa » Aconteceu - A comunidade em notícia! (pág. 2)
nostalgia… é chamado o mês das almas e, uma vez que » Salvé, Mãe de Imaculada! (pág. 3)
esta devoção tem forte tradição na comunidade, mais uma
vez esta temática nos transportou para a lembrança dos » Retiro de Mudança (pág. 3)
nossos entes queridos. Entre orações e gestos expressivos » De faca e garfo (Bolo de Bolacha) (pág. 3)
de saudade e gratidão, procurámos tornar mais viva a sua
memória e fazer renascer o sentido da fé e da esperança » Liturgia – Vamos preparar o Natal! (pág. 4)
cristãs naquela Vida que não acaba. Embora não eliminan-
» Movimento paroquial (pág. 4)
do a saudade, faz-nos bem reflectir na vida presente à luz
da morte e da vida eterna… faz-nos sentir pequenos e » Kim – Os pinheiros de Natal (pág. 5)
humildes, mais desprendidos das coisas e mais centrados
» O Uivo do Lobito – A mística dos Lobitos (pág. 5)
nas pessoas, mais livres em relação ao mundo e mais
necessitados do Eterno… valeu a pena, certamente. » Dezembro em destaque… (pág. 5)
Novembro foi também sinónimo de magustos e, estes, » A Chama – Tempo de Advento (pág. 6)
sinónimo de convívio, confraternização, reforço da amiza-
de… crianças e jovens viveram os seus magustos neste » Rota Azul – Peditório da Liga contra o Cancro (pág. 6)
clima de aproximação e estreitamento de relações que é » O Agrupamento em notícia (pág. 6)
tão importante nesta sociedade cada vez mais individualis-
ta. » Momentos de descontracção (pág. 7)
Já desponta o mês de Dezembro e com ele o enqua- » Testemunhos de Convivas (págs. 5, 6 e 12)
dramento do Natal que é sempre uma oportunidade de
viver a alegria e a festa centrada n’Aquele que vem até nós
trazer o sentido mais autêntico da alegria que está na Sal-
vação. A ternura do Deus Menino deve conquistar-nos por
dentro para fazermos deste tempo um tempo de alegria…
mesmo no meio das crises do mundo e das sombras em
que nos querem fazer submergir, é necessário que a espe-
rança cristã seja mais forte e que a certeza da Salvação
que vem de Deus nos ajude a superar as angústias em que
o mundo nos quer mergulhar.
Vamos celebrar a Festa da Mãe de Deus e das nos-
sas mães. Por Ela veio ao mundo a Vida; por elas fomos
gerados para a vida… enaltecendo a vida de Deus por
Maria, agradeçamos a nossa vida na pessoa das nossas
mães.
Vamos viver a Festa do Natal na comunidade em
espírito cristão. Deixemos de lado as luzes do mundo que
nos ofuscam e centremo-nos na Luz que vem do alto… Em
tempos de crise em que nos sentimos mergulhados, vamos
evitar o despesismo desnecessário e viver a solidariedade
e a comunhão fraterna com quem mais precisa. O rosto de
Jesus hoje é o rosto do irmão, principalmente daquele que
precisa de nós. Que Jesus Menino ilumine a nossa vida e
seja o centro do nosso Natal e, na pessoa dos irmãos, sai-
bamos reconhecê-l’O como Senhor da Vida e do Amor.
Os Párocos e o Agrupamento 1096 do CNE desejam
para todos um santo e feliz Natal!

Pe. José Augusto (Chefe de Agrupamento)

Agrupamento 1096 C.N.E. – Largo da Igreja – 4660-227 Resende


Telefone – 254877457 * Fax. – 254878216
Páginas da internet – http://www.gotasdorvalho.com/ - http://agrupamento1096.no.sapo.pt/
Email do Agrupamento - geral@agr1096.cne-escutismo.pt
Impressão digital
Há sempre uma Luz... A Comunidade em notícia

O mês de Novembro é tradicionalmente


“A riqueza é como a água do mar: quan- conhecido como “Mês das almas”. Esta
devoção tem longa tradição na nossa
to mais se bebe, mais sede se tem”. comunidade e, como todas as boas
tradições, não queremos que ela se
Schopenhauer extinga. Assim, ao longo do mês fomos
celebrando diariamente esta devoção na
Como é possível tanta coisa mudar em tão pouco tempo?! A esta per- igreja paroquial e no Centro Pastoral. De
ano para ano vamos verificando a dimi-
gunta eu não consigo responder, senão continuar a acreditar que ―há sempre nuição daqueles que participam. Os
uma luz…‖ mesmo no meio da escuridão em que nos deixamos mergulhar… bons hábitos vão-se perdendo, o que
Faz hoje um ano… um ano apenas… neste mesmo lugar… com este nos leva a questionarmo-nos se um dia
mesmo cenário à minha frente… em circunstâncias bem diferentes… eu era teremos quem se lembre de nós quando
então um homem amargurado, revoltado com tudo e com todos, com os nervos partirmos. É preciso, no seio das famí-
lias, continuarmos a incutir o dever de
sempre em franja, frio e calculista, intolerante e prepotente, sem respeito por gratidão para com os nossos antepassa-
nada e por ninguém… Vinha de um divórcio conturbado que acabou com 15 dos e ajudar os mais jovens a com-
anos de casamento, tudo por causa da minha intolerância e insensibilidade, da preenderem a importância do sufrágio
falta de tempo para o lar e sobretudo da falta de amor… dois adolescentes, pelos mortos.
revoltados comigo, partiram com a mãe e regressaram à aldeia de origem… só, No dia 1 de Novembro realizou-se o
friamente só, continuava obcecado pela minha ambição de prestígio, dinheiro e encerramento do convívio fraterno nº
poder… só me via a mim espelhado no ideal de homem que tinha projectado na 1133 em que participaram 4 jovens das
nossas comunidades. Foi uma experiên-
minha mente… Era um patrão prepotente… de trato inqualificável… controlador
cia intensa de fé e de revitalização da
e exigente, impondo uma disciplina de medo e de distância a quem os funcioná- sua vida cristã, como transparece dos
rios se submetiam por necessidade e obrigação… mas, sentia-me um empresá- seus testemunhos. (Cf. pags. 5, 6 e 12)
rio de sucesso… a empresa dava lucros, cada vez mais lucros, nem que para No dia 6 de Novembro decorreu o
isso tivesse que despedir meia dúzia de funcionários, deixando-os na rua sem Magusto da Catequese. As crianças e
sustento para as suas famílias… insensível a quem quer que fosse, a única refe- seus catequistas reuniram-se no início
rência era o saldo final da conta da empresa… e esse ia engordando e o meu da tarde para um espaço de convívio no
pátio do Externato. O tempo ajudou e
orgulho inchava com ele em proporção… qualidade de vida era igual a saldo na
entre canções e algumas brincadeiras
conta, nada mais… e foi isso que foi arruinando a minha relação familiar… decorreu a primeira parte. Depois, des-
Naquele fim de tarde de inverno chuvoso, já as luzes iluminavam as cemos ao refeitório para saborearmos o
ruas da cidade e a empresa continuava a laborar activamente… tinha acabado nosso lanche retemperador de forças,
de fazer a minha ronda habitual pelos funcionários e acabara de regressar ao onde não podiam faltar as castanhas
escritório, onde tencionava permanecer até tarde a fazer os mapas de serviço assadas que davam o mote a esta ses-
são diferente de catequese. Terminámos
para a quadra do Natal que se aproximava… uma coisa em mente, limitar ao com a eucaristia na igreja paroquial.
máximo as folgas e permitir apenas o indispensável… ―um patrão que se preze No dia 12 de Novembro decorreu o
tem que se impor se não qualquer dia só vêm trabalhar quando lhes apetecer…‖, Magusto do Grupo de Jovens. Juntá-
pensava eu para comigo mesmo triunfante da minha maneira de pensar e de mo-nos ao fim da tarde na residência
estar na vida... ninguém se atrevia a pedir o que quer que fosse com medo de paroquial para tratarmos do jantar e
serem despedidos na hora… convivermos um pouco. Uns grelharam
Começo então a ouvir uma forte trovoada e a chuva cada vez mais tor- a carne, outros puseram a mesa, outros
prepararam a sobremesa e depois, em
rencial… alguns minutos depois falhou a luz, o que me deixou perturbado só de alegre convívio pudemos desfrutar de
pensar na baixa de produção daí resultante… logo de seguida voltou e senti-me tudo isto. Por fim vieram as castanhas
aliviado… mas, de repente, falhou de novo e teimava em não voltar… deixei-me assadas para justificar o nome de
ficar sentado na cadeira da secretária de mau humor e apetecendo-me disparar magusto. Foi mais um momento agradá-
contra tudo e todos… ―somos um país do terceiro mundo, onde é que isto já se vel de crescimento em grupo.
viu…‖ A trovoada estava cada vez mais forte e os raios iluminavam tudo à minha No dia 28 de Novembro celebrámos o
volta… aproximei-me da ampla janela, naquele segundo andar do edifício… à Jubileu das Almas na Santa Casa da
Misericórdia. Sacerdotes do concelho,
minha frente tudo escuro… apenas conseguia decifrar uma silhueta negra da corpos sociais, funcionários, utentes e
torre da igreja, do outro lado da rua... De repente, um raio atravessa o horizonte amigos desta instituição, juntámo-nos
e reflecte, por breves instantes, as imagens do presépio colocado na ligeira para darmos graças a Deus pelos ben-
encosta em frente, ao lado da escadaria que dava para a igreja… naquele flash feitores, amigos e utentes falecidos e
repentino uma imagem ficou retida na minha mente - Nossa Senhora com olhar para pedirmos por eles para que o
Senhor os recompense do bem que nos
de ternura debruçava-se sobre o Menino deitado nas palhas encharcadas pela
fizeram. Está de parabéns a instituição
água que caía abundantemente. por manter viva a memória agradecida
(Continua na pag. 7) por aqueles de quem somos devedores.

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Salvé, Mãe Imaculada! De faca e
Nós Te saudamos, Mãe Imaculada, garfo
Por este privilégio sem igual.
(A nossa rubrica
Não Te sujou a baba original, de culinária)
Com dons especiais foste adornada.

Tua pureza, à maneira de cristal,


Mesmo sendo Mãe, nunca foi manchada. Bolo de bolacha
Foste sempre uma aurora matizada
Ingredientes:
A denunciar caminhos do mal.
200gr. de bolacha Maria

Foste, desde início escolhida Mousse de Chocolate:


Para Mãe, Esposa e Filha de Deus, 150 gr de chocolate
6,5 dl de natas frias
P’ra esta missão foste enriquecida.
1 lata de leite condensado
0,5 dl de leite
Neste dia, em toda a terra e nos Céus Mousse de manga:
Com fé, amor e alma agradecida,
2 dl de polpa de manga
Te cantam louvores os filhos teus. 4 folhas de gelatina incolor
Pe. Martins 2 dl de natas frias
60 gr de açúcar

Retiro de Mudança Decoração:


1/2 manga às fatias e 1 morango
No presente número,
coube-me a mim a tarefa
de transmitir aos paroquia-
Preparação:
nos de Resende a partici- Para a mousse, leve o choco-
pação de cinco cursilhistas late partido aos pedaços ao lume
deste núcleo no Retiro de com 3 dl das natas, mexendo sem-
Mudança, que decorreu de pre. Incorpore o leite condensado e
5 a 7 de Novembro na casa a gelatina, depois de demolhada em
S. José, em Lamego. Este água fria por dois minutos e derreti-
retiro destinou-se a pes- da com o leite. Envolva as restantes
soas que já fizeram um natas batidas bem firmes e reserve.
Curso de Cristandade, uma Para a mousse de manga, misture a
espécie de ―curso para polpa com a gelatina, depois de
cursistas‖ e foi orientado demolhada em água e derretida em
por uma equipa formada banho-maria, e as natas batidas
com elementos pertencen- com o açúcar.
tes aos Secretariados Dio- Coloque um aro num prato e
cesanos de Lamego e Aveiro e pelo presidente do Secretariado Nacional do Movimento verta um pouco de mousse de cho-
dos Cursos de Cristandade (MCC) – Sr. Jaime Custódio. colate. Por cima, disponha uma
Após o Acolhimento dos 24 participantes no final do primeiro dia, o curso decor- camada de bolachas e verta um
reu nos dias seguintes de forma semelhante aos cursilhos, com o desenvolvimento de pouco de mousse de manga. Repita
vários rolhos sobre diversos temas, a saber, ―Porque Fracassam os que Fracassam‖, a operação até esgotar os ingredien-
―Os Eleitos do Senhor‖, ―Os Pecados do Caruncho‖, ―O Arrependimento Imediato‖, ―O tes. No fim, termine em círculo com
Mandamento Novo‖, ―Seis Passos do Perdão‖, ―Visão Global do Grupo‖, ―Grupo de a mousse de manga. Leve ao frio
Cristandade e Seus Compromissos‖, ―A Irmandade em Grupo‖ e ―O Homem Novo‖. até ficar bem firme. Passe uma faca
Estes rolhos foram intercalados com momentos de convivência, como irmãos em Cristo, a toda a volta do aro e retire-o. Sirva
através de cânticos, da oração colectiva, tendo como ponto alto a oração individual decorado com as fatias de manga e
diante do Santíssimo Sacramento presente no Sacrário. o morango.
(Continua na pag. 6) in “Cozinhar é fácil”

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Ao Ritmo da Liturgia Movimento Paroquial
Vamos preparar o natal! Novembro/2010
A propósito de tudo e de nada, já se pensando na grande Ceia de Consoada,
vai falando do Natal. Os pais, principalmente
as mães, quando têm umas moedas dispo-
não pelo que se vai comer, pois a ementa é
comum entre os portugueses mas principal-
Baptismos:
níveis, já vão comprando umas prenditas mente pela reunião da família que hoje,
Tornou-se novo
para oferecerem aos filhitos na noite de mais do nunca, anda desagregada e sem-
Natal, dizendo-lhes que é o pai natal, ou pre em perigo. Convém aproveitar esta membro da nossa
melhor, o Menino Jesus quem as manda. Os oportunidade para lembrar o passado, Comunidade:
professores e os alunos esperam ansiosa- esquecendo qualquer ressentimento ou
mente esses oito dias para descansarem um incompreensão e fazer projectos para o Dia 14 - João
pouco. Os comerciantes aguardam e já futuro, uma vez que todos queremos sem- Francisco Car-
estão a abastecer-se para poderem satisfa- pre mais e viver melhor… doso Ribeiro Santos, filho de Carlos
zer as exigências dos seus clientes. Aqueles Também é saudável que lembremos Alberto Cardoso Ribeiro Santos e de
que, por motivo de trabalho, estão ausentes os nossos familiares e amigos que nos dei- Maria Beatriz Santos Cardoso Ribeiro,
da família, esperam também pela noite de xaram e que há um ano, ou dois, ou três,
residentes no lugar de Sais de Cima,
Natal para uma Ceia diferente em que todos passaram esta noite connosco, pedindo ao
os familiares estão presentes, para recorda- Senhor da Vida que os tenha na Sua Divina Resende.
rem acontecimentos passados, os tempos Família..
de criança, os avós tão carinhosos que Mas lembremos o que é o Natal Cris- Para ele e seus pais, desejamos as
Deus já chamou, o triunfo de alguém da tão. Em primeiro lugar o Natal Cristão deve maiores felicidades.
família e, talvez, a pobreza de ser uma festa de partilha. Não
outros tempos, a casa sem
qualquer conforto em que vive-
podemos consentir de modo
algum que haja alguém que Funerais:
ram, etc. nessa noite de Natal não tenha
Tudo isto é deveras uma mesa mais ou menos Faleceram
importante. Efectivamente, as recheada e que no dia seguin- na nossa
crianças têm necessidade de te ande mal vestido. Conheci Comunidade:
ambientes alegres e festivos, um senhor com uma caridade
os professores e os alunos, tão evidente que comprava
Dia 04 -
hoje mais do que nunca, têm bacalhau em abundância e
necessidade de descanso por- oferecia um peixe a todas as José Maria
que os seus trabalhos são famílias daquela aldeia que, de Pádua Leitão, residente em Cam-
esgotantes, os comerciantes devido à sua pobreza, não panhã, Porto;
precisam de vender os seus tinham possibilidades de com- Dia 12 - José Alexandre, residente
produtos para poderem satisfa- prar. Não basta que uma pes- em Safões, Resende;
zer os seus compromissos e os soa viva numa casa com todo Dia 25 - Álvaro Pinto, residente no
que, por motivo de trabalho, se o conforto onde há todas as
ausentaram não devem desli- iguarias e lamente com os
lugar do Paraíso, Minhães, Resende.
gar-se das famílias e o Natal é uma oportu- familiares a situação de pobreza de um
nidade única. vizinho ou conhecido. Aos seus familiares apresentamos
Mas, então, como vamos preparar esta Deus vem do Céu à terra para partilhar as nossas sentidas condolências.
Festa tão importante para a vida de cada um connosco a Sua Vida. Vem assumir a nossa
em particular, para a vida da família e para a miséria e enriquecer-nos com a Sua rique-
própria sociedade? za. JESUS CRISTO É O MODELO. Provérbios
É óptimo oferecer às crianças uma Mas é também indispensável que eu 1. Assim como vires o tempo de Santa Luzia
noite e um dia diferentes de todas as outras, prepare a minha vida para receber um HÓS- ao Natal, assim estará o ano, mês a mês,
dando-lhes prendas em nome do Menino PEDE TÃO IMPORTANTE. Como Maria no até ao final.
Jesus, quer sejam brinquedos, quer sejam dia vinte e cinco da Março O recebeu pela 2. Ande o frio por onde andar, no Natal cá
peças de vestuário, para saberem que algo Fé com toda a dignidade e responsabilida- vem parar.
de extraordinário aconteceu outrora nesta de, também nós, acreditando firmemente 3. Em dias de Santa Luzia cresce a noite,
noite de Natal em que Deus apareceu no que Ele é o Filho de Deus e que vem ensi- minga o dia.
mundo em corpo de bebé, fazendo-se um nar-nos o caminho da felicidade, devemos 4. Em Dezembro descansa, em Janeiro
de nós. E veio para nos tornar felizes. Esta é recebê-l’O com alegria, com dignidade e trabalha.
a grande Mensagem que devemos transmitir com disposição de cumprir o programa de 5. Mal vai Portugal se não houver três
às criancitas. vida que Ele nos propõe. cheias antes do Natal.
Não é menos importante que se vá Pe. Martins 6. Natal à segunda-feira, lavrador larga a
eira.
7. O que não se faz em dia de Santa Luzia,
Pensamento do Mês faz-se ao outro dia.
8. Quem varejar antes do Natal deixa azeite
no olival.
“A busca de Deus é a busca da felicidade. O encontro 9. Se queres um bom alhal, planta-o pelo
Natal.
com Deus é a própria felicidade”. 10.Tudo vem a seu tempo e os nabos pelo
Santo Agostinho Advento.

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Convívio Fraterno 1133 - Testemunhos
Bem antes de fazer o meu convívio, já tinha ouvido falar muito dos Convívios Fraternos. Que
eram uma ocasião de reflexão, convívio e encontro com Deus. Confesso que estava um pouco hesi-
tante em aceitar o convite de participar neste evento, não por questionar a opinião unânime de quem
já o tinha feito e que me aconselhava a ir, mas porque dentro de mim surgiam várias dúvidas em rela-
ção à minha participação num encontro deste género.
O que mais me fez pensar em participar, foram os conselhos dos meus grandes amigos, Pe.
José Augusto Marques e Jorge Jesus Ferreira, que tiveram um papel muito importante na minha
decisão e, sem dúvida, que tudo o que eles me disseram me fez pensar muito, e graças a Deus que
decidi participar.
Pois bem. Chegado à casa de S. José, na cidade de Lamego, as minhas expectativas eram
nulas, e ao mesmo tempo eram enormes. Como poderia estar a sentir isso? Não faço ideia, mas era
o que caminhava dentro de mim na altura. Estava no meio de muitas pessoas que nunca tinha visto,
era tudo tão estranho, tão impessoal… Uma vez que estava lá, decidi aproveitar ao máximo, e ainda
bem que o fiz. No primeiro dia, ainda me surgiam muitas dúvidas sobre o que realmente aquilo tudo
iria significar para mim. Duvidava que alguma coisa, ou alguém, fosse capaz de abalar a forte con-
fiança, as fortes convicções, que sempre julguei ter. Mas com o avançar do tempo e, em apenas três
dias, tudo isso foi abalado, conheci de perto a minha pequenez. Chorei, duvidei e finalmente percebi.
Naquele lugar, onde pairava um sentimento incrível de paz e de amor, percebi a minha pequenez
enquanto ser humano. Encontrei em cada conviva um amigo, um companheiro de caminhada com quem compartilho um desejo
de Paz e Amor entre todos, para alcançarmos um mundo melhor.
Ao fim de 3 dias extraordinários, acho que tudo o que ouvi é pouco para descrever o que passei. Aliás, é completamente
impossível descrever fielmente os sentimentos e as vivências de cada um. Jesus esteve perto, mas tão pertinho que deu para
sentir o seu toque. Nunca esteve tão perto, tão forte, tão presente no meio de nós. É realmente marcante e fez-me pensar muito,
principalmente em relação a todos os momentos em que me tornava um pouco céptico em relação à fé. Foi deveras uma expe-
riência muito boa e muito positiva, é impossível ficar indiferente a isso e fez-me reforçar ainda mais minha crença de que é Deus
que ilumina o nosso caminho todos os dias!
Agora, ao respirar novamente o ar do mundo que a todos nos rodeia e que tanto me fascina e assusta, penso em como
não queria ter saído daquele espaço protector que me acolheu durante três dias. Mas saí. Saí para enfrentar o desafio maior que
é saber viver nele e combater, com força e com fé, a minha pequenez durante todo o meu 4º dia.

Pedro Manuel Pinto (C.F. 1133)

Há duas semanas atrás foi-me proposto pelo Pároco e também grande amigo, o Pe.
José Augusto em fazer parte deste grande evento. Eu, como não sabia o que era fiquei entu-
siasmado mas, ao mesmo tempo, reticente devido a outras situações, mas ao longo do tempo
decidi aceitar, até porque ele também me aconselhou a fazê-lo.
Sexta-feira, chega o grande dia, com muita curiosidade, porque afinal ninguém sabia
o que se ia passar... lá fui eu e os outros companheiros e amigos do dia-a-dia. Na viagem nin-
guém nos calava, sempre a falar, até que chegámos à casa de S. José em Lamego. Aí é que
um pequeno nervosismo se começou a fazer sentir. Somos chamados pela organização para
preencher umas fichas e, quando saímos, o Pe. Zé Augusto já tinha ido embora, então aí é
que foi... mas lá começámos a conversar até que fomos chamados para uma sala e daí para a
frente tudo começou.
Não posso contar pormenores mas, foi uma experiência única como nunca tinha vivi-
do na minha vida. Tudo, mas mesmo tudo, me marcou, é uma sensação extraordinária, parece
que tudo é diferente, esquecemo-nos de tudo, do mundo que há cá fora. Para quem está cá
fora, que ainda não fez o convívio e ler este testemunho, vai pensar, ―olha este está maluquinho‖ ou então ―este vai para padre‖,
pois era o que eu sentia antes de o fazer. Agora, que o fiz, tudo mudou, vejo tudo de maneira diferente. A vida são dois dias e
um já está quase a passar.
Entendi que não vale de nada andar em ―guerras‖ pois só estamos a fazer mal aos outros e a nós mesmos. Há que
aproveitar a vida e também ter fé no Senhor, pois acredito que Ele existe e agora esse sentimento ficou muito mais forte. É uma
chama muito intensa que renasceu dentro de mim e que nunca quero deixar que perca a sua intensidade.
Estou muito feliz por agora fazer parte desta grande família conviva. Ao longo destes três dias fiz grandes amizades que
nunca irei esquecer, e isso sentiu-se no encerramento, pois chorei na ―despedida‖ muito emocionante para mim como para o
resto da família 1133.
Agora, com a saudade que existe, quero espalhar toda a minha alegria, fé, amor, etc… que tenho com Deus e, fazer
com que todas as pessoas que me rodeiam sintam o mesmo. Sei que em todos os momentos bons e menos bons posso contar
com esta família e isso torna-me muito mais forte para enfrentar a vida.
(Continua na pag. 6)
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Obrigado a todos os que estiveram presentes nestes três dias e também aqueles convivas que estavam cá fora a pen-
sar e a rezar por nós. Agradeço também por me terem recebido de braços abertos nesta grande família que irei trazer sempre
comigo no coração, e também agradeço a Deus por todos os momentos em que tem estado presente na minha vida. Adorei
estes três dias de convívio e adorarei sempre esta família. ―Deus é amor, atreve-te a viver por amor. Deus é amor, nada há a
temer.‖
Tiago Pinto (C.F. 1133)

No dia 30 de Outubro de 2010 fui para a Casa de S. José em Lamego fazer o


meu Convívio Fraterno. Nesse dia, foi impossível contornar toda a ansiedade e nervosis-
mo, bem como a vontade de voltar para trás. No entanto, a necessidade da procura de
algo foi ainda maior.
Naquela noite, de forma progressiva, tudo se ia tornando cada vez mais estranho.
As pessoas que se encontravam ao nosso lado, que não conhecíamos nem sabíamos
como iríamos viver esses dias, conjuntamente. O lugar, aquela casa que nos iria acolher
por três dias, sem acesso ao exterior. E as palavras que nos iam dizendo, que se tornavam
cada vez mais incompreensíveis, mais confusas...
No primeiro dia, chovia. Não só no exterior da casa, mas também cá dentro na
minha mente. Choviam sensações, pensamentos, percepções. Aí, o coração batia de for-
ma diferente: acelerado com todas as palavras ouvidas e com todas as palavras ditas. A
sensação de alívio sentia-se, mas o vazio não se tinha preenchido apesar de todas as
palavras, todas as canções, todas as saudações, todos os risos e todas as expressões que
vi e vivi nesse dia. De facto, ainda não tinha interiorizado o significado daquele dia, tão
estranho. Apesar disso, fui dormir com um grande sorriso e com vontade de viver os próxi-
mos dias com todo o empenho, força e determinação.
Na realidade, a longa caminhada mal tinha começado. Os restantes dias foram, para mim, ricos de emoção, aprendiza-
gem e surpresa. Torna-se muito difícil expressar o que esses dias significaram. Mas foi ali, naquele sítio que tudo se tornou níti-
do. Foi ali que aprendi a estar com Ele, que aprendi a rezar. Nunca pensei, em toda a minha vida, que tal aproximação fosse
possível. Temos sempre este Amigo que não nos abandona mesmo que Lhe viremos as costas por alguns tempos, mesmo que
não nos lembremos d’Ele... Ele nunca deixa de nos Amar. Olhei para Ele e encontrei-me. Então, senti que o vazio se preencheu
com tudo aquilo que procurava e senti-me verdadeiramente FELIZ!
Mas a caminhada não terminou depois de ter saído daquela casa, que já me era tão familiar e de me ter despedido
daquelas pessoas, que passado apenas três dias, eram a minha nova família, os meus novos amigos. Sem dúvida que o quarto
dia é o mais difícil. Saímos para o exterior e parece tudo diferente. Mas não, tudo está igual. Foi apenas a nossa visão sobre as
coisas que ficou diferente. A minha alma continua alegre, com a chama acesa, mas é necessário um grande esforço para conti-
nuarmos a ter ―um pedacinho de Deus‖ dentro de nós. Torna-se difícil, quando olhamos para o mundo e para as pessoas e
vemos que continuam injustas, cruéis, egoístas e frias... Então penso: ―porque existe a dor, quando o mundo quer Amor?!‖
Depois do Convívio Fraterno, procuro assumir o meu compromisso perante Ele todos os dias e, acima de tudo, procuro
Amar a Deus e Amar o meu próximo. ―Ama e assim descobrirás, a alegria de Amar‖. Ao amar, sei que sou feliz e sei que tenho
sempre este Amigo que me guiará pelos rumos da vida, este Amigo que nos perdoa sempre, mesmo que tenhamos sido injustos
e maus com os nossos pais, irmãos e amigos.
Agora, dou graças a Deus por ter tido esta oportunidade, de ter vivido e sentido estes dias, por ter conhecido pessoas
incríveis, por ter fortalecido amizades, principalmente com Ele. Muito Obrigada!
Catarina Talhada (C.F. 1133)

Retiro de Mudança (Continuação da pag. 3)


No segundo dia tivemos a visita do Sr. Bispo Dom Jacinto que lamentou não poder estar
presente no encerramento por ter agendado, para esse dia, duas visitas pastorais. Contudo, salien-
tou a importância deste Movimento, deixando a mensagem de que os Cursos de Cristandade
devem prolongar-se numa caminhada pela vida fora através de uma formação contínua e perma-
nente e duma integração na vida das comunidades.
No final do terceiro dia houve um Plenário, para testemunhos e conclusões dos elementos
das quatro decúrias, onde estiveram presentes outros cursistas, incluindo o nosso líder espiritual,
Monsenhor Martins Teixeira, que concelebrou com os restantes presbíteros presentes na Eucaristia de encerramento do retiro.
Uma palavra para os dois Cursilhos Nacionais de Cristandade, de homens e de mulheres, que vão decorrer em Fátima,
de 1 a 4 de Dezembro, integrando as comemorações do 50º aniversário do MCC em Portugal. Pedem-se Intendências especiais
para este curso, para que os novos e futuros cursilhistas saiam fortalecidos na Fé e possam contribuir para ajudar os restantes a
reenvangelizar os nossos ambientes de hoje e amanhã.
Que o Espírito Santo nos ilumine e S. Paulo nos guie!
DE COLORES!
Eduardo Pinto (Cursista)
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Há sempre uma Luz… (Cont. da pag 2)

Aquela imagem momentânea ficou retida na minha mente de uma forma tão real que a escuridão desapareceu...
parecia ver claramente aquela imagem, mesmo no meio da escuridão que estava à volta… recuei no tempo por mais de
30 anos e sentia-me agora aconchegado no colo de minha mãe num dia como este de tempestade… eu tinha muito medo
da trovoada e do escuro e o meu refúgio era sempre o colo da mãe… ali sentia-me protegido e seguro… Num desses dias
de tempestade, nesta mesma quadra de Natal, falhou a luz e eu gritei pela minha mãe que logo veio acolher-me nos seus
braços… como a luz não regressava ela pegou-me ao colo (eu teria os meus 8 anos), levou-me para a sala e sentou-se
comigo no sofá…
- Mãe, eu tenho medo do escuro…
- Não tenhas medo, meu filho, a luz vai voltar…
E, como não voltava e eu me sentia cada vez mais inseguro, insistia…
- Mãe, tenho medo…
- Não tenhas, meu filho... sabes, não deves ter medo do escuro, porque ―há sempre uma luz a iluminar-nos…‖
mesmo que à nossa volta esteja tudo escuro, dentro de nós ―há sempre uma luz…‖ Jesus ilumina o nosso coração com
uma luz especial que nos dá segurança, porque Ele está connosco… Ele não nos abandona…
De repente, um relâmpago cruzou o horizonte e reflectiu a imagem do Menino Jesus que estava no presépio que
a minha mãe tinha feito à janela da sala.
- Viste, disse ela, a luz do Menino!
- Vi…
- Pois é, os relâmpagos não são para termos medo, é a luz do Menino Jesus que vem iluminar-nos no meio da
escuridão…
Nunca mais tive medo da trovoada… mas fui perdendo progressivamente aquela fé que a minha mãe me transmi-
tiu… lá no fundo eu acreditava em Deus, mas não queria que Ele me incomodasse com as exigências dum Evangelho que
eu não estava disposto a pôr em prática, por isso afastei-me da prática religiosa…
Voltei a despertar com o reflexo de um novo raio que me avivou a imagem anterior… saí do escritório e, instintiva-
mente, senti-me impulsionado para me aproximar do presépio… tinha parado de chover, por momentos, e eu permaneci
ali, imóvel, a contemplar a ternura do presépio… o olhar terno de Maria de vela sobre o Menino Jesus fez-me lembrar a
minha esposa que eu estupidamente tinha perdido por pôr em segundo lugar o essencial… a simplicidade dos pastores
que vêm adorar o Menino fez-me lembrar os meus funcionários e a importância dos humildes e simples, sempre os primei-
ros a cumprir o dever e a saber louvar e agradecer… no seu castelo estava Herodes de espada na mão disposto a elimi-
nar os concorrentes para defender a sua prepotência… era eu que estava ali, naquele rosto eu via-me como num espe-
lho… e dei comigo a chorar, as lágrimas corriam-me pela cara… como era possível o bloco de gelo derreter assim tão
facilmente… não conseguia parar de olhar e sentia-me estremecer ao rever todos estes anos passados e a pessoa insen-
sível que me tinha tornado, o homem prepotente, o marido ausente, o pai distante, o filho ingrato, o empresário ganancio-
so, o patrão intolerante…
Subi as escadas e entrei na igreja, ajoelhei-me e ali permaneci longos minutos a penitenciar-me do meu passado
que senti desmoronar-se num vazio tão grande que estava agora disposto a começar tudo de novo… à saída da igreja
encontrei a pedir esmola a última funcionária que tinha despedido há menos de três meses… tinha o filho nos braços e
baixou os olhos quando deparou comigo, nem ousou estender-me a mão… fui eu que me baixei para me sentir ao nível
dela… levantei-lhe o rosto e pedi-lhe que me olhasse olhos nos olhos… tinha-a despedido por ter faltado ao trabalho, por-
que o seu filho estava gravemente doente… nem deixei que ela se justificasse, tinha que impor a minha autoridade…
Pedi-lhe, então, que voltasse, queria restituir-lhe o trabalho e a dignidade… prometi pela alma de minha mãe… No dia
seguinte ela lá estava à porta, tímida e envergonhada… chamei-a ao escritório, onde os empregados nunca entravam,
restituí-lhe em dobro pelos três meses de vencimento que lhe tinha ―roubado‖ e pedi-lhe desculpa pela minha insensibili-
dade… garanti-lhe que me ia tornar num outro ser humano e ela sorriu-me com aquele sorriso tímido e com os olhos bri-
lhantes das lágrimas que corriam… senti-me pequeno diante de tamanha humildade...
Reuni os trabalhadores e, sorridente como nunca me tinham visto, comuniquei-lhes que a partir desse dia eram
funcionários de uma empresa nova e de um patrão diferente… queria compensá-los de tantas injustiças que tinha cometi-
do ao longo dos anos, se é que isso era possível… queria humanizar e dignificar as condições de trabalho e criar na
empresa um ambiente onde as pessoas se sentissem como em sua casa… iria dar oportunidade de regressarem ao tra-
balho as pessoas que tinha despedido de forma injusta e iria criar mais alguns postos de trabalho para não sobrecarregar
os existentes… ―Na quadra de Natal a empresa fecha dois dias antes do Natal e um dia depois e o mesmo acontece na
passagem de ano… para que todos possam celebrar com dignidade este Natal, que voltou a iluminar a minha vida…‖ Dis-
tribuí a todos os trabalhadores um vencimento extra para os compensar dos prejuízos que alguma vez lhes causei por
excessos de exigência… organizei uma ceia de Natal na empresa para todos os funcionários e familiares… todos recebe-
ram prendas personalizadas conforme o conhecimento que tinha de cada um e das suas dificuldades… todas as crianças
tiveram brinquedos e aquele ambiente fez-me sentir verdadeiramente feliz como nunca o sentira antes…
(Continua na pag. 8)
Sê... Página 7
De regresso a casa, no silêncio da noite, sentia ainda uma inquietação… faltava ainda alguma coisa… a família
que começava a formar na empresa, tinha que a reconquistar para mim… e decididamente tomei a resolução de o fazer…
telefonei à minha sogra e, demoradamente, expliquei-lhe o meu propósito e a minha vontade de ir celebrar o Natal com
eles na aldeia… a princípio desconfiada, deu-me essa oportunidade, deixando bem firme que se voltasse a magoar a filha
e os netos, nunca mais voltaria a entrar em sua casa… não, era a última coisa que queria fazer nesse momento… sentia
que a minha vida podia ter um novo começo e, se me era dada essa nova oportunidade, eu não a iria desperdiçar… pedi-
lhe apenas que guardasse segredo, queria fazer uma surpresa…
Comecei então os preparativos para ir celebrar o Natal em família, o Natal que nunca vivera verdadeiramente,
desde criança, e a que nunca dera o verdadeiro significado… comprei presentes para os meus filhos, para a minha espo-
sa e os meus sogros, coisas simples, mas cada uma com um significado especial… também isso aprendi… não importam
as coisas, mas o significado que elas têm… para a minha esposa um presente especial: uma moldura em livro - de um
lado o presépio, do outro a nossa família… queria que o presépio que me fez acordar para a vida pudesse agora fazer
renascer a família que eu nunca aprendi a valorizar…
Cheguei à aldeia no dia de consoada ao fim da tarde… ninguém esperava por mim, a não ser a minha sogra…
bati à porta e veio abrir o João, meu filho mais novo, que de imediato lançou os olhos ao chão como que a medo e sem
dizer palavra… a mãe perguntou de dentro:
- Quem é, João?!
Como ele não respondia, eu antecipei-me:
- Sou eu, Júlia…
Ela saiu da cozinha e veio ver… a surpresa não a deixou reagir e o silêncio reinou por momentos… fui eu que
quebrei o gelo…
- Vim celebrar o Natal convosco… quis fazer surpresa, porque tenho uma longa história para vos contar e queria
que esta noite tão especial fosse a oportunidade para o fazer…
Ainda mal refeitos da surpresa, toda a gente se calou, até que minha sogra apareceu e desfez o silêncio:
- Fui eu que aceitei que ele viesse… ele vem por bem… não vai estragar o nosso Natal…
- Prometo que não, respondi afável e sorridente…
Instalei-me em casa e até à hora de jantar reinou uma certa distância… uma conversa de circunstância com o
meu sogro e nada mais…
Já sentados à mesa, fiz questão de abrir o livro:
- Desculpem, antes de começarmos a refeição e para que ela seja verdadeiramente ceia de Natal, eu queria con-
tar-vos uma história…
Foi então que comecei a relatar a minha experiência dos últimos dias e o que isso tinha transformado a minha
vida e os projectos para o futuro… durante o relato, todos me escutavam com atenção, a princípio apenas por curiosidade,
depois algo incrédulos e por fim já de lágrimas nos olhos, percebendo a minha sinceridade… ao terminar e, depois de
manifestar a minha vontade de voltar a unir a família e começar tudo de novo, voltado para a minha esposa de lágrimas a
escorrer pela face, disse:
- Júlia, voltas a casar comigo? Prometo dar-te a felicidade que tu mereces e que nunca te dei…
A soluçar e sem conseguir dizer palavra… abraçou-se a mim acenando com a cabeça a dizer que sim… junta-
ram-se os filhos e os pais e naquele longo e contínuo abraço ficou selado um novo recomeço… e o Natal voltou a ser o
que era quando era criança e sentia o aconchego dum lar… de olhos postos no céu, agradeci à minha mãe pela ―luz‖ que
me enviou… em breves pensamentos pedi perdão pelos desgostos que lhe causara e prometi que iria compensar o tempo
perdido, reaprendendo os caminhos do amor que dela recebera, amando…
A ceia de Natal foi maravilhosa, repleta daquele sentimento de amor familiar que nunca tinha proporcionado e
que eu próprio nunca experimentara… o jantar estava delicioso… distribuí os meus presentes que a todos comoveram
pelo significado… eu não tive direito a presentes, porque ninguém esperava por mim… mas tive o melhor presente - uma
família de verdade…
Um ano passado e aqui estou, diante da mesma janela, ainda dia, a contemplar o presépio, o mesmo presépio,
que revolucionou a minha vida…
A empresa é uma verdadeira família… hoje trabalha-se com alegria e a produção aumentou… todos os funcioná-
rios despedidos, foram readmitidos… aumentei todos os vencimentos em 5%, admiti mais 6 novos funcionários e o balan-
ço do ano aponta para lucros mais elevados… sinto que essa mais valia não me pertence, por isso vou partilhar, porque
aprendi que, desta forma, todos ganhamos… 10% vou doá-lo a instituições de caridade, vou admitir mais dois trabalhado-
res… as condições de trabalho vão ser cada vez mais humanizadas e as pessoas sentem-se dignificadas e felizes…
A família vive hoje mais unida do que nunca, diria mesmo, vive hoje, pela primeira vez, como verdadeira família…
reina o amor e a ternura, o respeito e a harmonia… no fim do trabalho regresso ao lar alegre e feliz por poder estar com a
família… dou mais tempo às pessoas… acompanho mais o crescimento dos filhos... procuro repor o tempo perdido...
Como é que tudo se transformou tão rapidamente?! Sinto que renasci… acredito que ―há sempre uma luz‖ a bri-
lhar dentro de nós e em cada momento... como um raio que cruza o horizonte, ela nos desperta para a realidade…
Obrigado, Jesus do presépio… obrigado mãe…
Pe. José Augusto
Página 8 Nº 171/ Ano XV
Dezembro
em
destaque
Os pinheiros de Natal
O Natal está aí à porta e está na hora de Dia 03:
começar a preparar o pinheiro de Natal. Memória de S. Francisco Xavier;
Todos os anos centenas de famílias cortam 1ª Sexta Feira - confissões;
pinheiros naturais e não se apercebem da asnei- Dia 05:
ra que estão a fazer. Fica mais bonito ter um 1º Domingo do mês - Missa dos
pinheiro natural em casa mas também temos de Escuteiros (12h);
pensar no ambiente. Dia 07:
Este ano vamos ser amigos do ambiente e Memória de Santo Ambrósio;
de nós mesmos fazendo o seguinte: Vigília da Imaculada Conceição - das
Usar pinheiros artificiais; 18h às 22h;
Se realmente fizermos questão de ter um Celebração Mariana às 21h;
pinheiro verdadeiro em casa guardá-lo para o próximo ano. Dia 08:
Este ano vamos ser mais amigos do ambiente. Boas festas. Solenidade da Imaculada Conceição
de Nossa Senhora;
Mariana Piedade (Exploradora) Festa das Mães - 15h;
Dia 13:
Memória de Santa Luzia;
Dia 14:
Memória de S. João da Cruz;
Dia 17:
Início do Acantonamento de Pio-
Campanha das tampinhas neiros - Minhães;
Dia 18:
Esta campanha consiste na recolha Festa de Natal da Paróquia - 20h30m
de qualquer tipo de tampas de plástico (de (no Externato);
garrafas, garrafões, etc…) que depois serão Dia 22:
recicladas e reutilizadas. Em troca, este Ceia de Natal da Santa Casa;
benefício vai converter-se em cadeiras de Dia 25:
rodas para apoio a deficientes motores. Solenidade do Natal do Senhor;
Dia 26:
Os Lobitos do nosso Agrupamento
juntaram-se a esta iniciativa, tendo já recolhi- Festa da Sagrada Família;
Dia 27:
do um número significativo de tampas. Estas serão depois entregues aos
Festa do Evangelista S. João;
Bombeiros Voluntários de Resende.
Dia 28:
Quem quiser contribuir para esta campanha, basta recolher em casa
Festa dos Santos Inocentes.
as tampas de plástico, em vez de as deitar ao lixo, e depois fazê-las chegar
aos escuteiros do nosso Agrupamento ou directamente aos Bombeiros.
Nós agradecemos a colaboração em nome daqueles que poderão vir Pensamento:
a beneficiar de uma cadeira de rodas. Neste Natal, tempo de pensarmos
mais nos outros, vamos aproveitar este pequeno gesto como forma de ser- “Há-de a virgem conceber e dar à luz
mos solidários com quem mais precisa. um filho…” o Deus connosco faz-se
O Natal será mais feliz se pensarmos nos outros! anunciar preparando os corações
para a festa da nossa própria salva-
Célia e Sofia Alves (Lobitas) ção… uma salvação de ontem, de
hoje e de sempre! Arautos desta Boa
Notícia precisam-se… para fazer eco
São aniversariantes no mês de Dezembro: desta chegada… para relembrar que
Ele continua a vir hoje… para fazer
Lobita Inês Matos (27); Explorador Rafael (31); Dirigentes Pe. Zé ecoar que a salvação é precisa para
Augusto (18) e Emília Fonseca (31). os homens do nosso tempo, mergu-
lhados em vidas que não salvam,
P A R A B É N S!!! porque não libertam…

Sê... Página 9
O 1096
em
Tempo de Advento Notícia
A palavra ―Advento‖ deri-
va do latim ―Adventus‖ que signi- Nos passados dias 29 e 30 de Outu-
fica ―chegada‖ e é precisamente bro e 1 e 2 de Novembro decorreu a
campanha de angariação de fundos
este o nome dado ao primeiro na luta contra o Cancro. Mais uma
tempo do ano litúrgico, que ante- vez o nosso Agrupamento esteve
cede o Natal. Este é um tempo envolvido nesta acção de solidarieda-
de preparação e expectativa para de na defesa da vida e da sua quali-
o nascimento de Jesus Cristo, o dade para aqueles que lutam contra
qual é vivido de forma especial uma das doenças mais mortais do
com um espírito de fraternidade e nosso tempo. Estamos sempre dispo-
paz. níveis para abraçar acções desta
natureza, sempre que está em causa
A primeira referência ao
a vida humana e a sua dignidade,
Advento data do ano 380, em pois, se o Escuta defende a natureza
Espanha, onde foi instituído um período de 3 semanas para preparação para e os seus valores, com muito mais
o Natal, seguindo-se a França e outros locais do mundo. Contudo só no final razão deve defender a vida humana e
do século VII, em Roma, é vivido esse Tempo de Advento com o intuito de a sua qualidade. Em nome daqueles
recordar a segunda vinda do Senhor. que vão beneficiar desta ―gota de
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação e insere-nos no água‖, agradecemos a todos aqueles
carácter missionário da vinda de Cristo. Este é, para toda a Igreja, um que colaboraram nesta campanha
com a sua generosa oferta. Que Deus
momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. a todos recompense com uma vida
saudável e de qualidade.
José Luís (Caminheiro) No passado dia 16 de Novembro a
Câmara Municipal entregou-nos as
chaves da antiga Escola do 1º Ciclo
de Rendufe de Cima, tal como tinha
sido deliberado em reunião ordinária
do dia 15 de Abril de 2008. Este espa-
ço passará brevemente a ser a nossa
Peditório para a Liga Portuguesa contra o Cancro Sede, pelo que agradecemos à nossa
Autarquia pela sua disponibilização
que nós iremos aproveitar para
Nos dias 30 e 31 de Outubro e 1 de Novembro desenvolver as nossas actividades. A
realizou-se o habitual peditório para a Liga Portuguesa beleza e o enquadramento do espa-
contra o Cancro. O nosso agrupamento esteve presen- ço, a proximidade com natureza, o
te, à porta do cemitério e no final das missas, com as espaço envolvente para a realização
de actividades são uma mais valia
latas para que as pessoas ajudassem dando algum
para desenvolvermos os nossos pro-
donativo. jectos. Brevemente faremos a nossa
Não nos foi possível estar sempre presentes mudança.
uma vez que o tempo não o permitiu mas, de qualquer
forma, as pessoas ajudaram na mesma durante o pou-
co tempo que estivemos a pedir. Actividades de Dezembro:
Todas as pessoas que sofrem desta doença
precisam de nós, pois ela torna-se cada vez mais vul- Dez. – Torneio de Matrecos (Lobitos);
gar nos nossos dias e cada vez afecta mais gente no 07 de Dez. – Vigília da Imaculada
mundo. Por isso, agradecemos a todas as pessoas Conceição (Exploradores);
que colaboraram connosco no peditório porque, a aju- 08 de Dez. – Festa das Mães
da delas, por muito pequena que seja, faz a diferença. (Exploradores);
Um muito obrigado a todos! A vossa ajuda vai tornar estas pessoas 17 a 19 de Dez. – Acantonamento em
mais felizes! Minhães (Pioneiros);
18 de Dez. – Festa de Natal da Paró-
Sara Alves e Sandra Oliveira (Pioneiras) quia.

Página 10 Nº 171/ Ano XV


A cultura é a única
Alivie o stress…
bagagem que não … sorria!
ocupa espaço…
O ser humano produz ao longo da vida cerca de 25 mil litros de saliva, o Um presidente de
suficiente para encher uma piscina olímpica. câmara do interior que-
ria construir uma ponte
Os nossos rins filtram, em média, 1,3 litros de sangue por minuto.
e chamou três emprei-
Uma criança de 3 ou 4 anos, na idade dos porquês, faz uma média de 440 teiros: um alemão, um
perguntas por dia. americano e um portu-
Quando se lhes dá uma esferográfica nova para experimentar, 97% das pes- guês.
soas escrevem o seu nome. — Faço por três
Os homens russos, quando falam face a face, mantêm uma distância de 30 milhões de dólares — disse o alemão. —
cm entre si. Dois americanos na mesma posição precisam do dobro. Um pela mão-de-obra, um pelo material
A família real escapou ao terramoto de 1755, porque, por desejo das prince- e um para o meu lucro.
sas, estava a passar o feriado na casa de campo. — Faço por seis milhões — propôs o
Os jogadores da selecção indiana de futebol não participaram no mundial de americano. — Dois pela mão-de-obra,
1950 em protesto por a FIFA os proibir de jogar descalços. dois pelo material e dois para mim. Mas
o serviço é de primeira.
O ENIAC, primeiro computador electrónico criado há mais de 50 anos, pesa- — Faço por nove milhões — disse o
va 30 toneladas e tinha 25 metros de comprimento. português.
A tuberculose é das mais velhas doenças da humanidade. Foram encontra- — Nove? — espantou-se o presidente —
das múmias egípcias que tinham contraído essa doença. É de mais! Porquê?
Em 2010, prevê-se que 28 milhões de crianças africanas terão perdido pelo — Três para mim, três para si e três para
menos um dos pais em consequência da SIDA. o alemão fazer a obra!
——————————————————-
(In Revista “Juvenil”) O candidato a um cargo importante ficou
muito irritado com as referências feitas a
A Resposta Certa seu respeito por um jornal local. Irrom-
peu pela sala da redacção e exclamou:
— Sabem muito bem que tudo o que
Soluções: escreveram é mentira!
1.O que é a Torá?
— Não tem razões de queixa — argu-
2.Quem foi o autor americano do 1. É o nome que se dá aos 5 primeiros livros mentou o chefe da redacção. — Imagine
da Bíblia: Génesis, Êxodo, Levítico, Núme- que nós dizíamos a verdade!
livro: “O velho e o mar”? ros e Deuteronómio. ——————————————————-
2. Foi Ernest Hemingway, prémio Nobel da Lite-
3.Quem foram Caim e Abel? Diz um político, num comício:
ratura em 1954.
3. Eram os filhos mais velhos de Adão e Eva. — Eu, sim! Eu sou um político incorrup-
4.Quem foi Júlio César? 4. Júlio César (100-44 a. C.) foi um general to! Por estes bolsos, nunca passou
romano que conquistou o território que hoje dinheiro desonesto!
5.Quem escreveu o romance: é a França, Bélgica e Alemanha. Alguém da assistência:
“Cem anos de solidão”? 5. Foi Gabriel Garcia Marquez, colombiano. — Ena, comprou um fato novo!
——————————————————-
No gabinete do ministro:
Dez e dez não são anda com quatro per- - Marca uma reunião com os ministros
vinte, com mais Adivinha... nas, ao meio-dia com para sexta-feira - diz o ministro.
cinquenta faz onze. duas e à noite com - Sexta-feira é com "s" ou com "x"? -
O que será? três? pergunta a secretária.
Diga-me cá, ó senhor, já que é O que é que todo o nariz tem na O ministro após pensar um pouco res-
ponde:
tão adivinhão, que me vem a ponta? Adivinhe!
- Marca para quinta.
mim a ser a sogra da mulher do Corre, corre, sem ter pés, dá-te
meu irmão? na cara e não o vês. O que é?
Uma árvore com doze ramos, Adivinhar, adivinhar: qual é a Respostas do número anterior:
cada ramo tem seu ninho, cada coisa primeira que se faz ao
ninho trinta pássaros. acordar? Relógio
Sete filhos tem a dama, seis tra- O que é que sendo inteiro tem Vento
balham com ardor, de manhã sempre o nome de metade? Adi- Alho
até à noite, reza o sétimo ao vinhe! Fogo
senhor. Bota e meia em cada pé, quan- Raul
Qual é o animal que de manhã tas botas são?! Aliança

Sê... Página 11
Convívio Fraterno 1133
Olá… Eu sou o Tiago Oliveira, novo conviva… pediram-me para escre-
ver um pequeno texto onde exprimisse tudo o que sinto depois do convívio…
mas vai ser difícil porque tudo o que lá vivi foi muito grande e nem num livro de
100 páginas conseguia descrever tanta alegria.
Há uns dias atrás um grande amigo meu, Pe. Zé Augusto, apresentou-
me uma proposta - ser conviva... Eu como até gosto destas coisas disse logo
que sim, sem pensar se ia ter disponibilidade, se tinha boleia, se ia mais alguém
conhecido, sem pensar em nada mesmo... Quando a data se começou a aproxi-
mar eu comecei a sentir um nervosismo miudinho dentro de mim, acho que até
era mesmo medo... Mas, com falta de coragem em voltar com a minha palavra
a trás lá fui... Cheguei à casa de S. José na sexta-feira e sentia-me sozinho...
não conhecia praticamente ninguém e não sabia muito bem o que estava a
fazer ali... sentia que aquilo não era para mim. Toda aquela gente para mim
eram apenas pessoas sem qualquer significado. Confesso que nesse dia me
deitei e sentia-me igual aos outros dias, continuava a ser o mesmo Tiago de
muitos outros dias. Convivi com o pessoal nessa noite e quando fui para o quar-
to passei algum tempo na conversa com os novos conhecidos... Ao fim do
sábado, à noite no quarto, já só estivemos na conversa mais ou menos 10 minutos… e só do que se tinha passado
durante o dia, mas ainda havia conversas banais e com pouco interesse... Aqui reparei que aquilo começava a fazer
algum sentido… No domingo à noite fui para o quarto e não conseguia dizer nada... palavras a sair da minha boca,
nem vê-las... E lágrimas dos meus olhos?! Ui... nem imaginam... Mais um dia começou, o pior de todos, era a des-
pedida de toda aquela gente que eu já considerava como verdadeiros amigos para toda a vida. Acho que perdi 20
litros de água nestes 3 dias!!! Mas agora que passou, e sei que nunca vou poder repetir, sei que esta foi a experiên-
cia que mais me marcou na minha vida! Chegou ao fim e cheguei a várias conclusões... Não quero ser padre,
embora agora conheça a razão de eles serem felizes. não quero ser padre mas nunca mais na minha vida me quero
afastar do mais importante que temos, DEUS. Agora tenho a certeza que vou espalhar a minha fé por onde passar,
vou ter mais capacidade de perdoar, entender melhor os outros, ser mais pacífico e acima de tudo tentar ser a
melhor pessoa possível! E vou conseguir!!!! Sabem porquê?! Porque fiz um compromisso com Ele.... e com a ajuda
do companheiro de jornada vou conseguir ser feliz! Nunca pensei que isto me mudasse tanto, entrei naquela casa
cheio de certezas e de ideias feitas. De todos os assuntos que se falavam eu era o primeiro a falar, tinha ideias fei-
tas sobre tudo o que se passava no mundo lá fora. Ideias feitas sobre os problemas dos outros. E agora, o que
tenho são dúvidas e mais dúvidas, porque lá consegui pela primeira vez olhar para dentro de mim e ver os defeitos,
os verdadeiros defeitos, e aqui sim começaram as dúvidas. Muitas dúvidas mesmo. As únicas certezas que trago
comigo são que eu vou conseguir melhorar o mundo e que Deus existe. Existe, porque falei com Ele. Foi a primeira
vez que consegui ouvi-lo a sério. E sabem uma coisa? Uma gota de água no oceano não muda nada, mas num
copo de água faz toda a diferença, pode até transbordar. Sozinho não mudo o mundo, mas se começar em casa,
depois na rua, depois na vila, depois no país e por último no mundo… assim acham que não conseguimos mudar
tudo? Acabar com a guerra, com a fome e todos sermos felizes?! Claro que conseguimos, temos é de querer.
Vou ser o mais sincero possível neste momento… Eu não queria muito ir, mas houve alguma coisa que me
chamou, para mim eram todos desconhecidos e agora são amigos, eu não me importava muito com o que os outros
pensavam e agora é o mais importante, não conseguia ultrapassar os problemas com um sorriso no rosto e agora
dou gargalhadas de alegria a ultrapassá-los, era alegre e agora sou feliz porque me reencontrei com a pessoa mais
importante e que nunca me deixou, e isto tudo aconteceu por uma simples razão: DEUS EXISTE MESMO!!!
Agora sim sou feliz!!! E nunca quero que esta chama se apague!!!! Outra coisa de que tenho a certeza é que
em todos os momentos da minha vida, tristeza ou alegria, sei que posso contar com o pessoal que fez o convívio
comigo. Porque no início eram apenas conhecidos e agora somos como irmãos, nunca os vou esquecer, são impor-
tantes de mais para isso.
Quero aproveitar para agradecer a todos os que lá estiveram, que me mostraram que tudo isto pode ser
possível e que tudo isto é fácil de alcançar, basta rezar!!! Quero agradecer também a todos os outros convivas que
não estiveram presentes mas estiveram a rezar por mim e que me abriram os braços para entrar nesta grande famí-
lia em que vale a pena viver!!! E como Deus é amor eu resumo tudo isto a uma palavra: AMEI!!!!

Tiago Oliveira (C.F. 1133)

Os párocos e o Agrupamento 1096 desejam a todos os leitores um San-


to e Feliz Natal! Que a bênção do Deus Menino encha de alegria e felici-
dade todos os lares! E que o ano de 2011 sorria a todas as famílias!

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