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LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE)


CURSO REGULAR
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

AULA 02 (2ª parte)

ASSUNTO:
Lei nº 9.784/99 (parte 2.2) – 60 questões

(CESPE/DPU/2010) Com a publicação da Lei n.º 9.784/1999, que regula o


processo administrativo no âmbito da administração pública federal, houve
significativa melhoria na proteção dos direitos dos administrados e na execução
dos fins da administração pública. Com relação aos agentes administrativos,
aos direitos e deveres dos servidores públicos e ao processo administrativo,
julgue o próximo item.

181. (CESPE/DPU/2010) A lei mencionada estabelece normas básicas acerca


do processo administrativo somente na administração federal e estadual direta.

Comentários:
ERRADO. A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o
processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados
e ao melhor cumprimento dos fins da administração (art. 1º).
Ademais, essa Lei também se aplica aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa (art. 1º, §1º).

IMPORTANTE:
A Lei nº 9.784/99 aplica-se:
• À Administração Federal direta e indireta; e
• Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando
no desempenho de função administrativa.

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas


próprias leis, podem dispor sobre o processo administrativo aplicável à sua
Administração. No âmbito da Administração Pública do Estado de São Paulo, por

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exemplo, o processo administrativo está regulamentado pela Lei Estadual nº


10.177/98.

IMPORTANTE:
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas
próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à sua
Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99.

182. (CESPE/DPU/2010) Pedro Luís, servidor público federal, verificou, no


ambiente de trabalho, ilegalidade de ato administrativo e decidiu revogá-lo para
não prejudicar administrados que sofreriam efeitos danosos em consequência
da aplicação desse ato. Nessa situação, a conduta de Pedro Luís está de acordo
com o previsto na Lei n.º 9.784/1999.

Comentários:
ERRADO. Conforme o art. 53 da Lei, a Administração deve anular seus
próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria
Administração que produziu o ato, Administração que produziu o ato.
bem como pelo Poder Judiciário

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

183. (CESPE/DPU/2010) Carlos, servidor da Justiça Federal, responde a


processo administrativo nesse órgão e requereu a aplicação da Lei nº
9.784/1999 no âmbito desse processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal
aplicação é cabível.

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Comentários:
CERTO. A Lei nº 9.784/99 também se aplica aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa (art. 1º, §1º).

184. (CESPE/ME/2009) No âmbito do processo administrativo federal,


podem ser objeto de delegação a decisão de recursos administrativos e a edição
de atos de caráter normativo.

Comentários:
ERRADO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13):
• A edição de atos de caráter normativo;
• A decisão de recursos administrativos;
• As matérias de competência exclusiva.

SÃO INDELEGÁVEIS:

ATOS NORMATIVOS

DECISÃO DE RECURSOS

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

185. (CESPE/ME/2009) A avocação temporária de competência atribuída a


órgão inferior é permitida como regra, tendo em vista o poder hierárquico.

Comentários:
ERRADO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, será permitida a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15).
Dito de forma mais simples, a avocação é a medida excepcional,
temporária e justificada, mediante a qual o “superior” “pega para si” a

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competência originariamente atribuída ao “inferior”. Assim, a avocação de


procedimentos administrativos decorre do poder hierárquico.

IMPORTANTE:
Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, será permitida a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

186. (CESPE/ME/2009) Concluída a instrução de processo administrativo, a


administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por
igual período expressamente motivada.

Comentários:
CERTO. Concluída a instrução do processo administrativo, a
Administração tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser
prorrogado por igual período, desde haja motivação expressa (art. 49).

187. (CESPE/INCA/2009) Aos processos administrativos disciplinares


instaurados para apurar infração disciplinar praticada por servidor público civil
da União serão aplicadas, de forma subsidiária, as normas insertas na Lei nº
9.784/1999 (lei que regula o processo administrativo no âmbito da
administração pública federal).

Comentários:
CERTO. De acordo com o art. 69 da Lei nº 9.784/99, “os processos
administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-
lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei”.
Para melhor entendimento deste dispositivo, tomaremos como exemplo o
Processo Administrativo Disciplinar, que é regido, na esfera federal, pela Lei nº
8.112/90. Havendo previsão na Lei nº 8.112/90, esta deve prevalecer sobre a
Lei nº 9.784/99, por ser mais específica.
Com efeito, a Lei nº 9.784/99, estabelece normas e conceitos que são
aplicados, subsidiariamente, no Processo Administrativo Disciplinar. A título
de exemplo, cito os dispositivos sobre:
• Direitos e deveres dos administrados (arts. 3º e 4º);

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• Impedimentos e suspeição (arts. 18 a 21);


• Forma, tempo e lugar dos atos processuais (arts. 22 a 25);
• Comunicação dos atos (arts. 26 a 28);
• Instrução (arts. 29 a 47); motivação (art. 50);
• Anulação, revogação e convalidação (arts. 53 a 55);
• Recursos administrativos (arts. 56 a 65); e
• Prazos (arts. 66 e 67).

IMPORTANTE:
As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos processos
administrativos específicos (processo disciplinar, processo administrativo
tributário, processo licitatório etc.), regulados em leis próprias.

(CESPE/MS/2009) A respeito da Lei nº 9.784/1999, que regula o processo


administrativo no âmbito da administração pública federal, julgue os itens
subsequentes.

188. (CESPE/MS/2009) Quando do início do processo, se os pedidos de uma


pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão
ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.

Comentários:
CERTO. Quando os pedidos de diversos interessados tiverem
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único
requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º).

189. (CESPE/MS/2009) No processo administrativo, pode ser arguido o


impedimento de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade
notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

Comentários:
ERRADO.

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IMPORTANTE:
IMPEDIMENTO:
• Interesse direto ou indireto.
• Perito, testemunha ou representante (CCPA3).
• Litígio administrativo ou judicial (CC).
• Presunção absoluta de incapacidade.
• Deve ser comunicado. Se não, falta grave.

SUSPEIÇÃO:
• Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3).
• Presunção relativa de incapacidade
• Pode ser argüida
• Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo)

190. (CESPE/MS/2009) É possível que um órgão administrativo e seu titular,


se não houver impedimento legal, deleguem parte da sua competência a outros
órgãos ou titulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial.

Comentários:
ERRADO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social,
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ) (art. 12).

IMPORTANTE:
• A delegação independe de subordinação hierárquica.
• A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica,
Territorial ou Jurídica (TSE + TJ).

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(CESPE/TJDFT/2008) Acerca da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo


administrativo em geral no âmbito da administração pública federal, julgue os
itens seguintes.

191. (CESPE/TJDFT/2008) Uma associação, mesmo que legalmente


constituída, não tem legitimidade para promover a defesa de direitos ou
interesses difusos no âmbito do processo administrativo.

Comentários:
ERRADO. A Lei nº 9.784/99, em seu art. 9º, define que, no processo
administrativo, são legitimados como interessados:
• Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
• As organizações e associações representativas, no tocante a direitos
e interesses coletivos;
• As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a
direitos ou interesses difusos.

Além disso, têm legitimidade para interpor recurso administrativo (art.


58):
• os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
• aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela
decisão recorrida;
• as organizações e associações representativas, no tocante a direitos
e interesses coletivos;
• os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

192. (CESPE/TJDFT/2008) Em regra, as delegações são permitidas como


forma de desconcentração. No entanto, excetuam-se dessa regra, por expressa
disposição legal, a edição de atos normativos, a decisão de recursos
administrativos e as matérias de competência exclusiva.

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Comentários:
CERTO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13):
• A edição de atos de caráter normativo;
• A decisão de recursos administrativos;
• As matérias de competência exclusiva.

(CESPE/TJDFT/2008) Acerca da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo


administrativo no âmbito da administração pública federal, julgue os itens a
seguir.

193. (CESPE/TJDFT/2008) O não-comparecimento do administrado intimado


para se defender importará na sua revelia e, conseqüentemente, no
reconhecimento da verdade dos fatos não impugnados.

Comentários:
ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento
da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27).

194. (CESPE/TJDFT/2008) Se, para a prática de determinado ato, for


obrigatória e vinculante a emissão de um parecer pelo órgão consultivo, a sua
não-apresentação, dentro do prazo legal, não impedirá o seguimento do
processo. Nessa hipótese, haverá apenas a responsabilização de quem se
omitiu.

Comentários:
ERRADO. Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de
15 dias. A exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de
comprovada necessidade de maior prazo (art. 42).
Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo
fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação,
responsabilizando-se quem der causa ao atraso (art. 42, §1º).
Por outro lado, se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de
ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser

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decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se


omitiu no atendimento (art. 42, §2º).

ATENÇÃO:
Acerca desse tema, normalmente, as questão de provas são respondidas com
o conhecimento da implicação, no trâmite do processo, da não emissão do
parecer obrigatório.
Por isso, não se esqueçam do seguinte: a não emissão de parecer
vinculante paralisa o processo. Se o parecer não é vinculante, o
processo prossegue. Em ambos os caso, quem causa a não emissão
de parecer obrigatório é responsabilizado.

(CESPE/STJ/2008) Em relação ao processo administrativo, regulado pela Lei


n.º 9.784/1999, julgue os itens que se seguem.

195. (CESPE/STJ/2008) Quando os membros do Superior Tribunal de Justiça


se reúnem para decidir questões administrativas, têm de observar apenas a
respectiva lei de organização judiciária e seu regimento interno, haja vista a Lei
nº 9.784/1999 ser aplicável tão-somente aos órgãos do Poder Executivo da
União.

Comentários:
ERRADO. A Lei nº 9.784/99 também se aplica aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa (art. 1º, §1º).

196. (CESPE/STJ/2008) Como regra geral os atos administrativos devem ser


motivados, com a clara indicação dos fatos e fundamentos, sendo, por esse
motivo, vedadas as decisões orais.

Comentários:
ERRADO. A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões
ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito (art. 50,
§3º). Portanto, são admitidas as decisões orais.

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197. (CESPE/STJ/2008) Ainda que um ato praticado pela administração


tenha observado todas as formalidades legais, ela poderá revogá-lo se julgar
conveniente, desde que respeite os direitos adquiridos por ele gerados.

Comentários:
CERTO. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (art.
53).

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

198. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) Quando a matéria do processo


administrativo envolver assunto de interesse geral, poderá ser aberta consulta
pública para manifestação de terceiros, que não se confunde com a audiência
pública, já que nesta há convocação de pessoas específicas para debaterem
acerca de matéria relevante, antes da tomada de decisão da autoridade
competente.

Comentários:
CERTO. Quando a matéria do processo envolver assunto de
interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado,
abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da
decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada (art.
31).
Em relação a essa consulta pública, cabem duas observações. Quais
sejam:
• A sua abertura será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de
que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se
prazo para oferecimento de alegações escritas.

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• A participação de terceiros não confere, por si, a condição de interessados


do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta
fundamentada. Essa manifestação da Administração poderá ser comum a
todas as alegações substancialmente iguais.

Ainda nesse sentido, a fim de subsidiar sua decisão, diante da relevância


da questão, a autoridade competente poderá realizar audiência pública para
debates sobre a matéria do processo (art. 32).
A principal diferença entre esses dois instrumentos é que na audiência
pública há convocação de pessoas específicas para debaterem sobre matéria
relevante, antes da tomada de decisão da autoridade competente. Já na
consulta pública ocorre a participação tanto de setores especializados quanto da
sociedade em geral.

199. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) O poder da administração de revogar os


seus próprios atos, quando importarem em benefícios para a pessoa do
destinatário, decai em 5 anos, salvo quando houver má-fe.

Comentários:
ERRADO. O direito da Administração de anular os atos administrativos
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do
beneficiado (art. 54).

200. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) A lei que regulamenta o processo


administrativo no âmbito da administração pública federal determina que o
administrador, ao aplicar o princípio da legalidade, deve atentar-se também
para a conformação do ato ao próprio direito.

Comentários:
CERTO. De acordo com o princípio da legalidade, a Administração
Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências
discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei.
Isto é, para a Administração agir, não basta inexistir norma proibitiva.
Nesse sentido, a Lei nº 9.784/99 estabelece que nos processos
administrativos será observado, entre outros, o critério de atuação conforme
a lei e o Direito (art. 2º, parágrafo único).

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201. (CESPE/Rio Branco-AC/2007) O poder que tem a administração de


anular qualquer ato administrativo ilegal está subordinado, no âmbito federal, a
prazo decadencial de 5 anos.

Comentários:
ERRADO. O direito da Administração de anular os atos administrativos
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé
do beneficiado (art. 54). Ou seja, a expressão “qualquer ato administrativo”
torna a questão errada.

(CESPE/TRT-9ªRegião/2007) Julgue os itens seguintes acerca dos atos e do


processo administrativo, de acordo com a Lei n.º 9.784/1999.

202. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) O ato administrativo deve


obrigatoriamente ser motivado,com a indicação dos fatos e dos fundamentos,
quando decorrer de reexame ex ofício.

Comentários:
CERTO. A revogação e a anulação imprescindem de motivação. Pois, os
atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando (art. 50):
• neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
• imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
• decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
• dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
• decidam recursos administrativos;
• decorram de reexame de ofício;
• deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
• importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

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203. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) A Lei nº 9.784/1999 não se aplica aos


Poderes Legislativo e Judiciário.

Comentários:
ERRADO. A Lei nº 9.784/99 também se aplica aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa (art. 1º, §1º).

204. (CESPE/ANCINE/2006) De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, um órgão


administrativo e seu titular podem, na inexistência de impedimento legal,
delegar parte de suas competências a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, desde que haja
conveniência do ponto de vista técnico, social, econômico, jurídico ou territorial.

Comentários:
CERTO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social,
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ) (art. 12).

IMPORTANTE:
• A delegação independe de subordinação hierárquica.
• A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica,
Territorial ou Jurídica (TSE + TJ).

(CESPE/ANA/2006) Em relação ao processo administrativo na administração


pública federal, com base na Lei nº 9.784/1999 e na Constituição de 1988,
julgue os itens seguintes.

205. (CESPE/ANA/2006) A Lei nº 9.784/1999, que regula o processo


administrativo no âmbito da administração pública federal, também se aplica

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aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União quando no


desempenho de função administrativa.

Comentários:
CERTO. A Lei nº 9.784/99 também se aplica aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa (art. 1º, §1º).

206. (CESPE/ANA/2006) Apesar de ser uma garantia constitucional, o


princípio do contraditório fica ao arbítrio da autoridade administrativa que dirige
o processo administrativo no âmbito da administração direta.

Comentários:
ERRADO. A Administração Pública obedecerá, dentre outros (ou seja,
rol não taxativo), aos princípios de legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência (art. 2º).
Portanto, o princípio do contraditório deverá ser obedecido pela
autoridade administrativa que dirige o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal.

Segurança Jurídica
Eficiência
Razoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse Público
Legalidade
Proporcionalidade
Moralidade
Motivação

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207. (CESPE/ANA/2006) O processo administrativo pode iniciar-se, de ofício,


pela autoridade administrativa competente.

Comentários:
CERTO. Em face do princípio da oficialidade, também chamado de
princípio do impulso oficial do processo, o processo administrativo pode ser
instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração),
independentemente de provocação do administrado.

208. (CESPE/ANA/2006) Considere-se que uma empresa pública tenha


sofrido processo administrativo e que a decisão tenha sido contrária aos seus
interesses, na conclusão do processo. Nesse caso, de acordo com a Lei nº
9.784/1999, para recorrer da decisão, a empresa deverá dirigir seu recurso à
autoridade que proferiu a decisão, que poderá encaminhá-la à autoridade
superior ou reconsiderá-la.

Comentários:
CERTO. O recurso será interposto por meio de requerimento no qual o
recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar
os documentos que julgar convenientes (art. 60).
Em regra, é de 10 dias o prazo para interposição de administrativo,
contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida (art.
59).
Tal recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a
qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à
autoridade superior (art. 56, §1º).

209. (CESPE/ANA/2006) Cidadão brasileiro, com 18 anos de idade, que


formular requerimento a um órgão público da administração indireta federal
objetivando iniciar processo administrativo terá, necessariamente, seu pedido
arquivado por não ter, segundo a Lei nº 9.784/1999, capacidade para figurar
em processo administrativo.

Comentários:

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ERRADO. Ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, para


fins de processo administrativo, são considerados capazes os maiores de 18
anos (art. 10).

(CESPE/BASA/2006) Com referência ao processo administrativo disciplinar,


regulado pela Lei nº 9.784/1999, julgue os itens a seguir.

210. (CESPE/BASA/2006) Quando o interessado não atende à intimação que


lhe foi feita, é caracterizado automaticamente o reconhecimento dos fatos por
ele e é cassado seu direito de ampla defesa no prosseguimento do processo.

Comentários:
ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento
da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27).
Ademais, o não atendimento à intimação que lhe foi feita não faz com que o
interessado perca o seu direito à ampla defesa.

211. (CESPE/BASA/2006) No processo administrativo é garantido ao


interessado o direito de se fazer assistir, facultativamente, por advogado, salvo
quando a lei obriga a representação.

Comentários:
CERTO.

IMPORTANTE:
São direitos dos administrados (art. 3º):
• Ser tratado com respeito.
• Ter ciência da tramitação, ter vista dos autos, obter cópias e conhecer
as decisões.
• Formular alegações e apresentar provas.
• Ser representado por advogado (facultativamente).

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212. (CESPE/BASA/2006) Cabe recurso das decisões administrativas,


dirigido à autoridade que proferiu a decisão, em face de razões de legalidade e
de mérito.

Comentários:
CERTO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões
de legalidade e de mérito (art. 56). Esse recurso será dirigido à autoridade
que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o
encaminhará à autoridade superior (art. 56, §1º).

213. (CESPE/BASA/2006) Para fins de processo administrativo, os maiores


de dezesseis anos de idade são capazes, ressalvada previsão especial em ato
normativo próprio.

Comentários:
ERRADO. Ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, para
fins de processo administrativo, são considerados capazes os maiores de 18
anos (art. 10).

214. (CESPE/MRE/2006) De acordo com o disposto na Lei n.º 9.784/1999,


órgão é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, enquanto
entidade é a unidade de atuação integrante da estrutura da administração
direta e indireta.

Comentários:
ERRADO. De acordo com o art.1º, §2º, da Lei nº 9.784/99:
• Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da
Administração direta e da estrutura da Administração indireta. Cabe destacar
que os órgãos não possuem personalidade jurídica. São exemplos: Ministérios,
Secretarias, Gabinetes etc.
• Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade
jurídica. São exemplos: autarquias, fundações públicas, sociedades de
economia mista e empresas públicas.
• Autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de
decisão. São exemplos: Ministros de Estado, Secretários-Executivos etc.

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215. (CESPE/MRE/2006) São considerados legitimados como interessados


no processo administrativo inclusive aqueles que, sem terem iniciado o
processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser
adotada.

Comentários:
CERTO. A Lei nº 9.784/99, em seu art. 9º, define que, no processo
administrativo, são legitimados como interessados:
• Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou
interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
• As organizações e associações representativas, no tocante a direitos
e interesses coletivos;
• As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a
direitos ou interesses difusos.

216. (CESPE/SGA-AC/2006) Em caso de intimação do interessado, esta


deve conter a data, hora e local em que deve comparecer.

Comentários:
CERTO. A intimação deverá conter (art. 26, §1º):
• Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade
administrativa;
• Finalidade da intimação;
• Data, hora e local em que deve comparecer;
• Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;
• Informação da continuidade do processo independentemente do seu
comparecimento;
• Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

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217. (CESPE/SGA-AC/2006) Ao estabelecer que a administração pública


obedecerá, entre outros, aos princípios da finalidade, da motivação, da
razoabilidade, da proporcionalidade e da segurança jurídica, a Lei Federal n.º
9.784/1999 tornou mais amplo e explícito o rol dos princípios enumerados no
caput do artigo 37 da Constituição Federal.

Comentários:
CERTO. Os princípios tanto podem ser explícitos (o seu nome está
taxativamente previsto em normas jurídicas) como implícitos (a sua aplicação
está prevista em normas jurídicas). Os princípios que regem a Administração
Pública são exemplos de princípios explícitos no sistema constitucional pátrio,
previstos no art. 37 da Constituição Federal de 1988, nos seguintes termos:

CF/88, ART. 37:


“A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
e eficiência e, também, ao seguinte:”

Assim, percebemos que os princípios básicos da administração pública


estão consubstanciados em cinco regras de observância permanente e
obrigatória para o bom administrador: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. Se você não os conhecia, pode chamá-
los de “LIMPE”.

Princípios da
Administração Pública
(CF/88, art. 37)

Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

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Nos termos da Lei nº 9.784/99, a Administração Pública obedecerá,


dentre outros (ou seja, rol não taxativo), aos princípios de legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e
eficiência (art. 2º).

Segurança Jurídica
Eficiência
Razoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse Público
Legalidade
Proporcionalidade
Moralidade
Motivação

Portanto, a Lei nº 9.784/1999 realmente tornou mais amplo e explícito o


rol dos princípios enumerados no caput do artigo 37 da Constituição Federal.
Pois, os princípios da finalidade, da motivação, da razoabilidade, da
proporcionalidade e da segurança jurídica estão expressamente previstos na
referida Lei.

218. (CESPE/TRE-MA/2005) O princípio da legalidade, intimamente ligado à


noção de estado de direito, representa uma das principais garantias de respeito
aos direitos individuais.

Comentários:
CERTO. O princípio da legalidade, que é uma exigência decorrente do
Estado de Direito, estabelece que toda atividade administrativa só poderá ser
exercida em conformidade absoluta com a lei. Caso contrário, a atividade será
ilícita.
Isso significa que a Administração Pública só pode atuar quando
autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas

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competências vinculadas) por lei. Assim, esse princípio representa uma das
principais garantias de respeito aos direitos individuais.

219. (CESPE/TRE-MA/2005) Entre os princípios do processo administrativo


presentes na Lei n.º 9.784/1999, incluem-se os princípios da motivação, da
razoabilidade e da proporcionalidade.

Comentários:
CERTO.

Segurança Jurídica
Eficiência
Razoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse Público
Legalidade
Proporcionalidade
Moralidade
Motivação

220. (CESPE/TRE-MA/2005) O princípio da publicidade determina a


publicação oficial dos atos administrativos para que possam produzir efeitos
externos.

Comentários:
CERTO. O princípio da publicidade exige a publicação oficial dos
atos externos da administração pública, estabelecendo-a como condição de
eficácia (produção de efeitos jurídicos).
Convém mencionar que, quanto ao alcance, os atos administrativos
classificam-se em:

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• Internos: destinam-se a produzir efeito apenas no âmbito da


Administração Pública, incidindo diretamente tão-somente sobre
seus órgãos e agentes públicos. Exemplo: portaria de remoção de
servidor.
• Externos: produzem efeitos perante terceiros, externos à
Administração Pública, ou seja, atingem os administrados em geral,
criando direitos, obrigações etc. Por isso, a vigência destes atos só se
inicia com a publicação oficial do ato. Exemplos: decretos,
regulamentos etc.

221. (CESPE/TRE-MA/2005) A administração pública não pode declarar a


nulidade de seus próprios atos, mesmo quando eivados de vício de legalidade.

Comentários:
ERRADO. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (art.
53).

222. (CESPE/STM/2004) O STM, no desempenho de função administrativa,


deve utilizar-se da Lei n.º 9.784/1999, uma vez que, nessa hipótese, seus
preceitos também se aplicam aos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário da
União.

Comentários:
CERTO. A Lei nº 9.784/99 também se aplica aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa (art. 1º, §1º).

223. (CESPE/STM/2004) Considere a seguinte situação hipotética. Célio,


servidor público concursado da Secretaria de Cultura de estado-membro da
Federação, recebeu intimação para prestar esclarecimentos em processo
administrativo que estava em curso no departamento em que atuava. Para
obter maiores informações acerca do processo, Célio manteve contato com o
assessor jurídico da Secretaria, que informou a Célio a respeito da
impossibilidade de fornecer informações, uma vez que os atos do processo

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obedecem ao princípio da oralidade e celeridade, não sendo produzidos por


escrito. Nessa situação, a informação do assessor jurídico não corresponde a
preceito da Lei nº 9.784/1999, que prevê a forma escrita para os referidos atos.

Comentários:
CERTO. Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em
vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade
responsável (art. 22, §1º).

224. (CESPE/TJDFT/2003) São vedadas as cobranças de quaisquer tipos de


despesas processuais pela administração em relação aos administrados, haja
vista o direito de petição, inscrito na Constituição Federal com vistas a garantir
o exercício de cidadania.

Comentários:
ERRADO.

IMPORTANTE:
De acordo com o princípio da gratuidade, é vedada a cobrança de
despesas processuais, ressalvada as previstas em lei. Assim, em regra, os
processos administrativos são gratuitos.

225. (CESPE/TJDFT/2003) É vedada à administração a recusa imotivada de


documentos, devendo o servidor orientar aos interessados quanto ao
suprimento de eventuais falhas.

Comentários:
CERTO. A Administração deve orientar o interessado quanto ao
suprimento de eventuais falhas no pedido (art. 6º, parágrafo único). Isso
significa que o servidor deve prestar informações ao requerente sobre modo de
solucionar problemas relativos à falta de elementos essenciais ao pedido. Além
disso, é vedada à Administração simples recusa imotivada de receber o
requerimento ou outros documentos.

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226. (CESPE/TJDFT/2003) Um órgão administrativo e seu titular poderão,


caso não exista impedimento legal, delegar parte de sua competência apenas
aos órgãos hierarquicamente subordinados, se julgarem-no conveniente e em
razão de circunstâncias técnicas, sociais, econômicas, jurídicas ou territoriais,
desde que motivadamente.

Comentários:
ERRADO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social,
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ) (art. 12).

IMPORTANTE:
• A delegação independe de subordinação hierárquica.
• A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica,
Territorial ou Jurídica (TSE + TJ).

227. (CESPE/TJDFT/2003) O requerimento inicial do interessado deve ser


escrito, não se admitindo nenhuma excepcionalidade nesse sentido.

Comentários:
ERRADO. O processo administrativo pode iniciar-se de ofício (isto é,
pela própria Administração) ou a pedido do interessado (ou seja, por
provocação deste) (art. 5º). Em regra, o pedido deve ser feito por escrito,
exceto nos casos em que for admitida a solicitação oral (art. 6º).

228. (CESPE/TJDFT/2003) Cabe à administração o ônus da prova em


contrário em relação aos fatos alegados pelos interessados, devendo as
decisões ser motivadas caso neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses
dos administrados.

Comentários:

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ERRADO. A Lei define que cabe ao interessado a prova dos fatos


que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente
para a instrução (art. 36). Ou seja, se um servidor alegar que sofreu um
desconto indevido em seus vencimentos, caberá a ele o ônus da prova.
Todavia, quando o interessado declarar que fatos e dados estão
registrados em documentos existentes na própria Administração responsável
pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a
instrução (e não o interessado) proverá, de ofício, à obtenção dos
documentos ou das respectivas cópias (art. 37).
Por fim, convém registrar que a parte final da assertiva está correta. Isto
é, as decisões que neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses dos
administrados devem ser motivadas (art. 50, I).

(CESPE/TJDFT/2003) Em relação ao procedimento administrativo federal,


regulado pela Lei nº 9.784/1999, julgue os itens a seguir.

229. (CESPE/TJDFT/2003) O recurso administrativo deverá ser decidido no


prazo de dez dias, prorrogável por igual período, a partir do recebimento dos
autos pelo órgão competente, ressalvados os casos em que a lei regulamentar
de maneira diferente.

Comentários:
ERRADO. Nessa questão, o examinador quis confundir o candidato. Para
isso, “misturou” os prazos para a interposição e para a decisão de recurso
administrativo. Fiquem atentos(as)! Não caiam nessa “pegadinha”!
Salvo disposição legal específica, é de 10 dias o prazo para interposição
de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial
da decisão recorrida (art. 59).
Por outro lado, quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso
administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 dias, a partir do
recebimento dos autos pelo órgão competente.

230. (CESPE/TJDFT/2003) A administração anulará seus atos por motivo de


conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e revogará
seus atos quando contiverem vícios relacionados aos critérios de competência,
forma e finalidade.

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Comentários:
ERRADO. Aqui temos mais uma “pegadinha” do examinador. Ele inverteu
os conceitos de anulação e de revogação. Novamente, recomendo atenção na
hora da prova.
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (art. 53)

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria
Administração que produziu o ato, Administração que produziu o ato.
bem como pelo Poder Judiciário

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

231. (CESPE/TJDFT/2003) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu


a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, encaminhará o
recurso à autoridade superior.

Comentários:
CERTO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões
de legalidade e de mérito (art. 56). Esse recurso será dirigido à autoridade
que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o
encaminhará à autoridade superior (art. 56, §1º).

232. (CESPE/TJDFT/2003) As pessoas que possuem direitos ou interesses


que possam ser afetados por eventual decisão da administração devem
aguardar a conclusão do processo, em razão do princípio da ordem e segurança
jurídica.

Comentários:

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ERRADO. No processo administrativo, são legitimados como


interessados (art. 9º):
• Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou
interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
• As organizações e associações representativas, no tocante a direitos
e interesses coletivos;
• As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a
direitos ou interesses difusos.

Por isso, têm legitimidade para interpor recurso administrativo (art.


58):
• os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
• aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela
decisão recorrida;
• as organizações e associações representativas, no tocante a direitos
e interesses coletivos;
• os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

(CESPE/TJDFT/2003) Em relação ao processo administrativo federal,


regulado pela Lei nº 9.784/1999, julgue os itens a seguir.

233. (CESPE/TJDFT/2003) O ato de delegação é revogável a qualquer


tempo e abrange a edição dos atos de caráter normativo.

Comentários:
ERRADO. Embora o ato de delegação seja revogável a qualquer tempo
pela autoridade delegante (art. 14, §2º), a edição de atos de caráter
normativo não pode ser objeto de delegação (art. 13, I). Por isso, a
questão está errada.

234. (CESPE/TJDFT/2003) A interpretação da norma administrativa deve


garantir o melhor atendimento do fim público a que se dirige, sendo possível,

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em razão do princípio da autotutela, a aplicação retroativa de nova


interpretação.

Comentários:
ERRADO. O princípio da segurança jurídica, também chamado de
princípio da estabilidade das relações jurídicas, visa a proteger o
passado (relações jurídicas já consolidadas), bem como visa a assegurar a
estabilidade das situações jurídicas futuras. Esse princípio é consagrado
por vários institutos, tais como: direito adquirido, coisa julgada, ato
jurídico perfeito, prescrição e decadência.
Por força desse princípio, no âmbito do processo administrativo federal, a
Administração Pública deve interpretar a norma administrativa de
forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige.
Por isso, é vedada a aplicação retroativa de nova interpretação, a
fim de garantir ao administrado adequado grau de certeza e segurança de seus
direitos.
Assim, o princípio da segurança jurídica não impede que a
Administração Pública mude sua interpretação acerca de determinadas
normas. Na verdade, o princípio visa a evitar que essa mudança de orientação
afete situações jurídicas já consolidadas.

IMPORTANTE:
De acordo com o princípio da segurança jurídica (ou princípio da
estabilidade das relações jurídicas), é vedada à Administração a
aplicação retroativa de uma nova interpretação de determinada norma
legal.

235. (Inédita) O ato de delegação especificará as matérias e os poderes


transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da
delegação, sendo aplicável, inclusive, no que tange às matérias de competência
exclusiva.

Comentários:
ERRADO. É verdade que o ato de delegação especificará as matérias e
poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os
objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de
exercício da atribuição delegada (art. 14, §1º). No entanto, as matérias de

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competência exclusiva não podem ser objeto de delegação (art. 13, II).
Por isso, a questão está errada.

236. (Inédita) Os atos administrativos prescindem da indicação dos fatos e


dos fundamentos jurídicos, inclusive quando dispensem ou declarem a
inexigibilidade de processo licitatório.

Comentários:
ERRADO. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando (art. 50):
• neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
• imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
• decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
• dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
• decidam recursos administrativos;
• decorram de reexame de ofício;
• deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
• importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

237. (Inédita) Caso os efeitos patrimoniais sejam contínuos, o direito da


administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data da
percepção do último pagamento.

Comentários:
ERRADO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do
beneficiado (art. 54).
No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência será
contado da percepção do primeiro pagamento (art. 54, §2º). Por exemplo:
imagine que um servidor, mensalmente, receba uma determinada quantia a

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que não faça jus. Considerando que não haja má-fé deste servidor, o prazo de
5 anos será contado a partir do recebimento do primeiro pagamento.

238. (Inédita) Como regra geral, são considerados capazes, para fins de
processo administrativo, os maiores de vinte e um anos.

Comentários:
ERRADO. Ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, para
fins de processo administrativo, são considerados capazes os maiores de 18
anos (art. 10).

239. (Inédita) Um servidor que responde a um processo administrativo foi


intimado em uma sexta-feira para a oitiva de testemunhas que se realizaria na
terça-feira próxima. Nessa situação, a intimação não deve ser considerada
como válida, pois não respeitou o prazo de 3 dias úteis estabelecido na Lei nº
9.784/99.

Comentários:
CERTO. O órgão competente perante o qual tramita o processo
administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão
ou a efetivação de diligências (art. 26).
Todos os atos do processo que resultem para o interessado em
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e
atividades, bem como os demais atos de seu interesse, devem ser objeto de
intimação (art. 28). Essa intimação observará a antecedência mínima de
três dias úteis quanto à data de comparecimento (art. 26, §2º).

240. (Inédita) Consoante disposição contida na Lei nº 9.784/99, em regra, é


de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contados
ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

Comentários:

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CERTO. Salvo disposição legal específica, é de 10 dias o prazo para


interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou
divulgação oficial da decisão recorrida (art. 59).

Amigos(as),

Continuaremos na próxima aula. Até lá!

Bons estudos,

Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br)

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

(CESPE/DPU/2010) Com a publicação da Lei n.º 9.784/1999, que regula o


processo administrativo no âmbito da administração pública federal, houve
significativa melhoria na proteção dos direitos dos administrados e na execução
dos fins da administração pública. Com relação aos agentes administrativos,
aos direitos e deveres dos servidores públicos e ao processo administrativo,
julgue o próximo item.

181. (CESPE/DPU/2010) A lei mencionada estabelece normas básicas acerca


do processo administrativo somente na administração federal e estadual direta.

182. (CESPE/DPU/2010) Pedro Luís, servidor público federal, verificou, no


ambiente de trabalho, ilegalidade de ato administrativo e decidiu revogá-lo para
não prejudicar administrados que sofreriam efeitos danosos em consequência
da aplicação desse ato. Nessa situação, a conduta de Pedro Luís está de acordo
com o previsto na Lei n.º 9.784/1999.

183. (CESPE/DPU/2010) Carlos, servidor da Justiça Federal, responde a


processo administrativo nesse órgão e requereu a aplicação da Lei nº
9.784/1999 no âmbito desse processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal
aplicação é cabível.

184. (CESPE/ME/2009) No âmbito do processo administrativo federal,


podem ser objeto de delegação a decisão de recursos administrativos e a edição
de atos de caráter normativo.

185. (CESPE/ME/2009) A avocação temporária de competência atribuída a


órgão inferior é permitida como regra, tendo em vista o poder hierárquico.

186. (CESPE/ME/2009) Concluída a instrução de processo administrativo, a


administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por
igual período expressamente motivada.

187. (CESPE/INCA/2009) Aos processos administrativos disciplinares


instaurados para apurar infração disciplinar praticada por servidor público civil
da União serão aplicadas, de forma subsidiária, as normas insertas na Lei nº
9.784/1999 (lei que regula o processo administrativo no âmbito da
administração pública federal).

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(CESPE/MS/2009) A respeito da Lei nº 9.784/1999, que regula o processo


administrativo no âmbito da administração pública federal, julgue os itens
subsequentes.

188. (CESPE/MS/2009) Quando do início do processo, se os pedidos de uma


pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão
ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.

189. (CESPE/MS/2009) No processo administrativo, pode ser arguido o


impedimento de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade
notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

190. (CESPE/MS/2009) É possível que um órgão administrativo e seu titular,


se não houver impedimento legal, deleguem parte da sua competência a outros
órgãos ou titulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial.

(CESPE/TJDFT/2008) Acerca da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo


administrativo em geral no âmbito da administração pública federal, julgue os
itens seguintes.

191. (CESPE/TJDFT/2008) Uma associação, mesmo que legalmente


constituída, não tem legitimidade para promover a defesa de direitos ou
interesses difusos no âmbito do processo administrativo.

192. (CESPE/TJDFT/2008) Em regra, as delegações são permitidas como


forma de desconcentração. No entanto, excetuam-se dessa regra, por expressa
disposição legal, a edição de atos normativos, a decisão de recursos
administrativos e as matérias de competência exclusiva.

(CESPE/TJDFT/2008) Acerca da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo


administrativo no âmbito da administração pública federal, julgue os itens a
seguir.

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193. (CESPE/TJDFT/2008) O não-comparecimento do administrado intimado


para se defender importará na sua revelia e, conseqüentemente, no
reconhecimento da verdade dos fatos não impugnados.

194. (CESPE/TJDFT/2008) Se, para a prática de determinado ato, for


obrigatória e vinculante a emissão de um parecer pelo órgão consultivo, a sua
não-apresentação, dentro do prazo legal, não impedirá o seguimento do
processo. Nessa hipótese, haverá apenas a responsabilização de quem se
omitiu.

(CESPE/STJ/2008) Em relação ao processo administrativo, regulado pela Lei


n.º 9.784/1999, julgue os itens que se seguem.

195. (CESPE/STJ/2008) Quando os membros do Superior Tribunal de Justiça


se reúnem para decidir questões administrativas, têm de observar apenas a
respectiva lei de organização judiciária e seu regimento interno, haja vista a Lei
nº 9.784/1999 ser aplicável tão-somente aos órgãos do Poder Executivo da
União.

196. (CESPE/STJ/2008) Como regra geral os atos administrativos devem ser


motivados, com a clara indicação dos fatos e fundamentos, sendo, por esse
motivo, vedadas as decisões orais.

197. (CESPE/STJ/2008) Ainda que um ato praticado pela administração


tenha observado todas as formalidades legais, ela poderá revogá-lo se julgar
conveniente, desde que respeite os direitos adquiridos por ele gerados.

198. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) Quando a matéria do processo


administrativo envolver assunto de interesse geral, poderá ser aberta consulta
pública para manifestação de terceiros, que não se confunde com a audiência
pública, já que nesta há convocação de pessoas específicas para debaterem
acerca de matéria relevante, antes da tomada de decisão da autoridade
competente.

199. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) O poder da administração de revogar os


seus próprios atos, quando importarem em benefícios para a pessoa do
destinatário, decai em 5 anos, salvo quando houver má-fe.

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200. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) A lei que regulamenta o processo


administrativo no âmbito da administração pública federal determina que o
administrador, ao aplicar o princípio da legalidade, deve atentar-se também
para a conformação do ato ao próprio direito.

201. (CESPE/Rio Branco-AC/2007) O poder que tem a administração de


anular qualquer ato administrativo ilegal está subordinado, no âmbito federal, a
prazo decadencial de 5 anos.

(CESPE/TRT-9ªRegião/2007) Julgue os itens seguintes acerca dos atos e do


processo administrativo, de acordo com a Lei n.º 9.784/1999.

202. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) O ato administrativo deve


obrigatoriamente ser motivado,com a indicação dos fatos e dos fundamentos,
quando decorrer de reexame ex ofício.

203. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) A Lei nº 9.784/1999 não se aplica aos


Poderes Legislativo e Judiciário.

204. (CESPE/ANCINE/2006) De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, um órgão


administrativo e seu titular podem, na inexistência de impedimento legal,
delegar parte de suas competências a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, desde que haja
conveniência do ponto de vista técnico, social, econômico, jurídico ou territorial.

(CESPE/ANA/2006) Em relação ao processo administrativo na administração


pública federal, com base na Lei nº 9.784/1999 e na Constituição de 1988,
julgue os itens seguintes.

205. (CESPE/ANA/2006) A Lei nº 9.784/1999, que regula o processo


administrativo no âmbito da administração pública federal, também se aplica
aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União quando no
desempenho de função administrativa.

206. (CESPE/ANA/2006) Apesar de ser uma garantia constitucional, o


princípio do contraditório fica ao arbítrio da autoridade administrativa que dirige
o processo administrativo no âmbito da administração direta.

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207. (CESPE/ANA/2006) O processo administrativo pode iniciar-se, de ofício,


pela autoridade administrativa competente.

208. (CESPE/ANA/2006) Considere-se que uma empresa pública tenha


sofrido processo administrativo e que a decisão tenha sido contrária aos seus
interesses, na conclusão do processo. Nesse caso, de acordo com a Lei nº
9.784/1999, para recorrer da decisão, a empresa deverá dirigir seu recurso à
autoridade que proferiu a decisão, que poderá encaminhá-la à autoridade
superior ou reconsiderá-la.

209. (CESPE/ANA/2006) Cidadão brasileiro, com 18 anos de idade, que


formular requerimento a um órgão público da administração indireta federal
objetivando iniciar processo administrativo terá, necessariamente, seu pedido
arquivado por não ter, segundo a Lei nº 9.784/1999, capacidade para figurar
em processo administrativo.

(CESPE/BASA/2006) Com referência ao processo administrativo disciplinar,


regulado pela Lei nº 9.784/1999, julgue os itens a seguir.

210. (CESPE/BASA/2006) Quando o interessado não atende à intimação que


lhe foi feita, é caracterizado automaticamente o reconhecimento dos fatos por
ele e é cassado seu direito de ampla defesa no prosseguimento do processo.

211. (CESPE/BASA/2006) No processo administrativo é garantido ao


interessado o direito de se fazer assistir, facultativamente, por advogado, salvo
quando a lei obriga a representação.

212. (CESPE/BASA/2006) Cabe recurso das decisões administrativas,


dirigido à autoridade que proferiu a decisão, em face de razões de legalidade e
de mérito.

213. (CESPE/BASA/2006) Para fins de processo administrativo, os maiores


de dezesseis anos de idade são capazes, ressalvada previsão especial em ato
normativo próprio.

214. (CESPE/MRE/2006) De acordo com o disposto na Lei n.º 9.784/1999,


órgão é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, enquanto
entidade é a unidade de atuação integrante da estrutura da administração
direta e indireta.

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215. (CESPE/MRE/2006) São considerados legitimados como interessados


no processo administrativo inclusive aqueles que, sem terem iniciado o
processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser
adotada.

216. (CESPE/SGA-AC/2006) Em caso de intimação do interessado, esta


deve conter a data, hora e local em que deve comparecer.

217. (CESPE/SGA-AC/2006) Ao estabelecer que a administração pública


obedecerá, entre outros, aos princípios da finalidade, da motivação, da
razoabilidade, da proporcionalidade e da segurança jurídica, a Lei Federal n.º
9.784/1999 tornou mais amplo e explícito o rol dos princípios enumerados no
caput do artigo 37 da Constituição Federal.

218. (CESPE/TRE-MA/2005) O princípio da legalidade, intimamente ligado à


noção de estado de direito, representa uma das principais garantias de respeito
aos direitos individuais.

219. (CESPE/TRE-MA/2005) Entre os princípios do processo administrativo


presentes na Lei n.º 9.784/1999, incluem-se os princípios da motivação, da
razoabilidade e da proporcionalidade.

220. (CESPE/TRE-MA/2005) O princípio da publicidade determina a


publicação oficial dos atos administrativos para que possam produzir efeitos
externos.

221. (CESPE/TRE-MA/2005) A administração pública não pode declarar a


nulidade de seus próprios atos, mesmo quando eivados de vício de legalidade.

222. (CESPE/STM/2004) O STM, no desempenho de função administrativa,


deve utilizar-se da Lei n.º 9.784/1999, uma vez que, nessa hipótese, seus
preceitos também se aplicam aos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário da
União.

223. (CESPE/STM/2004) Considere a seguinte situação hipotética. Célio,


servidor público concursado da Secretaria de Cultura de estado-membro da
Federação, recebeu intimação para prestar esclarecimentos em processo

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administrativo que estava em curso no departamento em que atuava. Para


obter maiores informações acerca do processo, Célio manteve contato com o
assessor jurídico da Secretaria, que informou a Célio a respeito da
impossibilidade de fornecer informações, uma vez que os atos do processo
obedecem ao princípio da oralidade e celeridade, não sendo produzidos por
escrito. Nessa situação, a informação do assessor jurídico não corresponde a
preceito da Lei nº 9.784/1999, que prevê a forma escrita para os referidos atos.

224. (CESPE/TJDFT/2003) São vedadas as cobranças de quaisquer tipos de


despesas processuais pela administração em relação aos administrados, haja
vista o direito de petição, inscrito na Constituição Federal com vistas a garantir
o exercício de cidadania.

225. (CESPE/TJDFT/2003) É vedada à administração a recusa imotivada de


documentos, devendo o servidor orientar aos interessados quanto ao
suprimento de eventuais falhas.

226. (CESPE/TJDFT/2003) Um órgão administrativo e seu titular poderão,


caso não exista impedimento legal, delegar parte de sua competência apenas
aos órgãos hierarquicamente subordinados, se julgarem-no conveniente e em
razão de circunstâncias técnicas, sociais, econômicas, jurídicas ou territoriais,
desde que motivadamente.

227. (CESPE/TJDFT/2003) O requerimento inicial do interessado deve ser


escrito, não se admitindo nenhuma excepcionalidade nesse sentido.

228. (CESPE/TJDFT/2003) Cabe à administração o ônus da prova em


contrário em relação aos fatos alegados pelos interessados, devendo as
decisões ser motivadas caso neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses
dos administrados.

(CESPE/TJDFT/2003) Em relação ao procedimento administrativo federal,


regulado pela Lei nº 9.784/1999, julgue os itens a seguir.

229. (CESPE/TJDFT/2003) O recurso administrativo deverá ser decidido no


prazo de dez dias, prorrogável por igual período, a partir do recebimento dos
autos pelo órgão competente, ressalvados os casos em que a lei regulamentar
de maneira diferente.

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230. (CESPE/TJDFT/2003) A administração anulará seus atos por motivo de


conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e revogará
seus atos quando contiverem vícios relacionados aos critérios de competência,
forma e finalidade.

231. (CESPE/TJDFT/2003) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu


a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, encaminhará o
recurso à autoridade superior.

232. (CESPE/TJDFT/2003) As pessoas que possuem direitos ou interesses


que possam ser afetados por eventual decisão da administração devem
aguardar a conclusão do processo, em razão do princípio da ordem e segurança
jurídica.

(CESPE/TJDFT/2003) Em relação ao processo administrativo federal,


regulado pela Lei nº 9.784/1999, julgue os itens a seguir.

233. (CESPE/TJDFT/2003) O ato de delegação é revogável a qualquer


tempo e abrange a edição dos atos de caráter normativo.

234. (CESPE/TJDFT/2003) A interpretação da norma administrativa deve


garantir o melhor atendimento do fim público a que se dirige, sendo possível,
em razão do princípio da autotutela, a aplicação retroativa de nova
interpretação.

235. (Inédita) O ato de delegação especificará as matérias e os poderes


transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da
delegação, sendo aplicável, inclusive, no que tange às matérias de competência
exclusiva.

236. (Inédita) Os atos administrativos prescindem da indicação dos fatos e


dos fundamentos jurídicos, inclusive quando dispensem ou declarem a
inexigibilidade de processo licitatório.

237. (Inédita) Caso os efeitos patrimoniais sejam contínuos, o direito da


administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data da
percepção do último pagamento.

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238. (Inédita) Como regra geral, são considerados capazes, para fins de
processo administrativo, os maiores de vinte e um anos.

239. (Inédita) Um servidor que responde a um processo administrativo foi


intimado em uma sexta-feira para a oitiva de testemunhas que se realizaria na
terça-feira próxima. Nessa situação, a intimação não deve ser considerada
como válida, pois não respeitou o prazo de 3 dias úteis estabelecido na Lei nº
9.784/99.

240. (Inédita) Consoante disposição contida na Lei nº 9.784/99, em regra, é


de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contados
ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

GABARITO

181-E 182-E 183-C 184-E 185-E 186-C 187-C 188-C 189-E 190-E

191-E 192-C 193-E 194-E 195-E 196-E 197-C 198-C 199-E 200-C

201-E 202-C 203-E 204-C 205-C 206-E 207-C 208-C 209-E 210-E

211-C 212-C 213-E 214-E 215-C 216-C 217-C 218-C 219-C 220-C

221-E 222-C 223-C 224-E 225-C 226-E 227-E 228-E 229-E 230-E

231-C 232-E 233-E 234-E 235-E 236-E 237-E 238-E 239-C 240-C

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BIBLIOGRAFIA

ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo


Descomplicado. São Paulo: Método, 2009.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal:
Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2009.
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas,
2008.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 2008.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São
Paulo: Malheiros, 2008.

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