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A RESPONSABILIDADE PELA MORTE DE CRISTO

DEUS O PAI OU OS HOMENS?

Em diversas passagens bíblicas lemos explicitamente referências aos homens em diversos graus sociais
como culpados pela morte de Cristo. Temos Pilatos, os soldados, os Judeus, os Sacerdotes, Judas o que
entregou o Cristo ao sinédrio em troca de moedas de prata. Temos toda a humanidade como
responsável ao ponto de Cristo morrer por todos. E Deus como único responsável para cumprir o seu
propósito de resgate.

É notório a todos que, desde os primórdios dos tempos. Deus pela sua justiça sentenciou o homem e o
acusou pelo seu erro que a terra se tornou maldita (Gênesis 3;17).

Deus pelo seu grande amor e justiça, estabeleceu um plano de resgate, um plano de aproximação entre
DEUS e sua criação humana, um plano tão complexo que exigiria que o próprio se encarnasse, e vivesse
em nosso meio. Que padecesse em grande sofrimento na carne e na alma, morresse e fosse até as
profundezas da morte para nos libertar, éramos cativos pois adão entregou a terra a disposição de
Satanás legalmente ao pecar. e depois ressuscitar que é a maior honra que um corpo pode obter sem a
corrupção da carne, ou seja a carne entrar em decomposição. Mais para isso sombras do que iria ocorrer
no futuro com a vinda de Jesus, era mostrado no decorrer dos tempos pelos profetas, e o próprio Cristo
aparecia como o ANJO DO SENHOR conduzindo os eventos. E simbolicamente era o cordeiro nos
sacrifícios que os sacerdotes faziam para o perdão dos pecados, esse resgate do sacrifício do cordeiro
era momentâneo e não duradouro, pois era recorrente por séculos tal prática.

É sabido que Jesus irritou, desafiou, quebrou protocolos, pregou, curou enfermos, expulsou demônios
ressuscitou mortos. Tais ações resultou em grandes ameaças ao domínio dos protetores das leis sobre
a nação judaica, colocando em perigo as tradições seculares de práticas religiosas assim como práticas
de corrupção envolvendo prestadores de serviços ao templo em conluio com os sacerdotes. Creio que
a “gota d’agua” foi exatamente o dia em que jesus visitou o templo já próximo da páscoa viu alguns
vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas trocando dinheiro. Fez um
chicote de cordas expulsou todos do templo, inclusive os animais; espalhou as moedas dos cambistas ,
e virou suas mesas. Se esse feito fosse por uma pessoa comum provavelmente seria linchado, quem
ficaria perto de um homem que fizesse tal coisa. Veja que Nicodemos foi ter com Jesus a noite. Certeza
que não queria ser visto com jesus depois do ocorrido no templo. (João 2, 14;15 - 3, 2). Uma das
provocações de jesus para atiçar a reação das autoridades e cumprir o grande propósito.

O PLANO PERFEITO –

Em Hebreus 1:5 lemos que um pacto foi feito (Pois a qual dos anjos Deus alguma vez disse: "Tu és
meu Filho; eu hoje te gerei"? E outra vez: "Eu serei seu Pai, e ele será meu Filho"?), a nenhum anjo DEUS
disse tu es meu filho e hoje te gerei, mais a Cristo chamou o de filho. Vemos também outras passagens em
textos proféticos direcionado a Davi referente ao seu descendente para sempre

2 Samuel 7:14 (Eu serei seu pai, e ele será meu filho. Quando ele cometer algum erro, eu o punirei
com o castigo dos homens, com açoites aplicados por homens).

1 Crônicas 17:12,13 (Será ele quem construirá um templo para mim, e eu firmarei o trono dele para
sempre, Eu serei seu pai, e ele será meu filho...).
Nós somos o Templo do senhor, o templo restaurado por Cristo na sua morte.

Vemos no livro do profeta Isaias , um livro 100% messiânico especificamente no capitulo Isaías 6:8

(Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por nós? " E eu respondi: "Eis-
me aqui. Envia-me!).

Isaías 6:10 (E o derramar da sua Ira! Torne insensível o coração desse povo; torne surdos os ouvidos
dele e feche os seus olhos. Que eles não vejam com os olhos, não ouçam com os ouvidos, e não entendam
com o coração, para que não se convertam e sejam curados")

Era e foi necessário que Cristo cumprisse o que foi escrito a seu respeito, o próprio Cristo através de sua
obra redentora de Vida, morte e ressureição testemunha a si mesmo e Glorifica a DEUS pelos seus feitos.

Veja e João 17:1-12 (Depois de dizer isso, Jesus olhou para o céu e orou: “Pai, chegou a hora.
Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique.
2 Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, para que conceda a vida eterna a todos
os que lhe deste.
3 Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste.
4 Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer.
5 E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo
existisse.
6 “Eu revelei teu nome àqueles que do mundo me deste. Eles eram teus; tu os deste a mim, e
eles têm obedecido à tua palavra.
7 Agora eles sabem que tudo o que me deste vem de ti.
8 Pois eu lhes transmiti as palavras que me deste, e eles as aceitaram. Eles reconheceram de
fato que vim de ti e creram que me enviaste.
9 Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são
teus.
10 Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu. E eu tenho sido glorificado por meio deles.
11 Não ficarei mais no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo,
protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um.
12 Enquanto estava com eles, eu os protegi e os guardei no nome que me deste. Nenhum deles
se perdeu, a não ser aquele que estava destinado à perdição, para que se cumprisse a Escritura.)

Umas das poucas orações que jesus fez e foi verbalizado no evangelho de João. Jesus
orou por si mesmo, um monologo direcionado ao Pai, tratando exatamente da missão
que veio realizar, pedindo glória ao Pai para que o filho através do proposito a ser
cumprido o pai seja glorificado. Resgatando um povo adquirido por sangue, rogou por
poucos não pelo mundo. O que se perdeu era o que estava previsto nas escrituras.

Vemos claramente em sua genealogia ao nascer como homem, Cristo o verbo que
estava com Deus e era Deus. Se submeteu a natureza e habitou entre nós, aceitou
mutualmente cumprir o acordo, aceitando ser uma criatura ao tornar se homem, sendo
Deus não usurpou ser igual a Deus, vemos esse pacto entre os seres da divindade para
remir de uma só vez através desse grande ato de amor, longe de ser compreendido.
Deus o Pai quer de volta o que se perdeu, um povo criado para louvor da sua Glória!
Em hebreus 1;6 diz que Deus introduziu o primogênito no mundo, enquanto homem
Cristo abriu mão de sua glória e atributos divinos, e confiou que o pai por meio de seu
Espírito lhe revelaria o necessário para o cumprimento do resgate humano para Si,
muitos não atentaram que exatamente naquele período entre o nascimento e a
crucificação as profecias estava sendo cumpridas. Era necessário que o Cristo
encarnasse, padecesse, e morresse para que o clímax do processo de resgate fosse
totalmente eficiente. A Ressureição. Base importantíssima da fé Cristã.

Deus é o responsável pois enviou o seu filho (joão 3;16)


Deus é o responsável pois introduziu seu primogênito no mundo (Hb 1;6)

Para compreendermos de fato o que ocorreu é importante entender a Expiação.

Significa que, para que o homem se reconcilie com Deus o Pai, o perdão de pecados
tinha de ser definitiva a todos os que crerem no ungido, o plano inicial de perdão de
pecados passava pelo ato de substituição em que sacrifício de animais eram feitas,
principalmente o “pacífico” cordeiro e a “simplória” Pomba. Como dito anteriormente
tais práticas de obter perdão não era eficiente, mais necessária para apontar Cristo
como único e definitivo resgatador. Deus em seu ato de amor é sim o responsável
quando profetizou de si mesmo ao dizer ”... e entre a tua semente e a sua semente; esta te
ferirá a cabeça, e tu lhe feriras o calcanhar”. (Gn 3;15). A Expiação de Cristo, uma Graça
abundante em paralelo com a Lei é explicado no Evangelho de João 1;17 “ Pois a lei foi
dada por intermédio de Moisés, a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo”.
Quem se apresentou e revelou dados legislativos sobre normas de comportamentos morais e
processos normativos dos Sacrifícios a Moisés? O próprio Deus. Dr. Martyn Lloyd Jones em seu
livro Romanos a Expiação e a Justificação diz que: “ a Lei revelou o pecado, porém não teve
poder de removê-lo” e diz também que o máximo que a Lei podia fazer era dizer: “olho
por olho, dente por dente”, que não se podia esperar por recompensa mais do que
“pessoa a pessoa”. Então como poderíamos obter justificação? Como aplacar a ira de
Deus sobre o pecado? Cristo é a resposta.

O homem ansiava por absorvição; Moisés escreveu “o que hoje estou ordenando a vocês
não é difícil fazer, nem está além do seu alcance. Não está lá em cima no céu, de modo que
vocês tenham que perguntar: “Quem subirá ao céu para trazê-lo (CRISTO, A PALAVRA) e
proclamar a nós a fim de que lhe obedeçamos?” (Dt 30; 11,12). Entretanto a palavra já está
perto de ti, em tua boca e em teu interior para que a pratiques (vers 14). (ver referência em
RM 10;5-9).

Jó clama pela justiça e desejava alguém para intermediar em juízo entre ele e Deus; “ele
não é homem como eu, para que eu lhe responda e nos enfrentemos em juízo. Se tão somente
houvesse alguém para servir de arbitro, (mediador/juiz) entre nós, para impor as mãos sobre
nós dois, alguém que afastasse de mim a vara de Deus, para que o terror não mais me
assustasse!”. (Jó 9; 32,33,34).

Jó morreu sem saber o que houve, foi justificado pelas suas ações, e o desejo de justiça se
revelou em Cristo que nos reconciliou com Deus através da sua morte aplacando a Ira de Deus.

Cristo ao cumprir o propósito do pai nos fez justos; Rm 5,19


O próprio Cristo se doou a morte; João 10,17
Diante de Pilatos disse que a autoridade que possuía foi dado de cima;
Jesus ao dizer “Pai afasta de mim esse Cálice” não temeu a morte, observo uma experiência que
a divindade nunca provou.
O Cálice cheio de iniquidades. Tudo o que é podridão, uma amarga experiência para o Cristo
cumprir o propósito do pai e aplacar sua ira, a pureza do seu corpo sem mácula seria carregado
de culpas. teve de suportar dores intensas, humilhação, abandono dos discípulos e do próprio
Pai, e o pior de tudo a Ira de Deus caiu sobre ele. A Justiça de Deus exigia a morte de Cristo.

Os demais protagonistas não foram peões nesta obra, mais por seus corações
corrompidos foram entregues ao roteiro para que tudo se cumprisse.

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