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DEREK PRINCE
Moldando a História
com
Oração e Jejum
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Moldando a História
com
Oração e Jejum
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Ficha técnica
ISBN: 978-989-8501-35-6
E-mail: derekprinceportugal@gmail.com
Blog: www.derekprinceportugal.blogspot.pt
A versão bíblica usada neste livro é: Almeida Corrigida Revisada Fiel, sempre
que não seja mencionada informação contrária.
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ÍNDICE
Prefácio...............................................................................................................6
Introdução..........................................................................................................10
1. O Sal da Terra...........................................................................................12
2. Um Reino de Sacerdotes..........................................................................20
Sobre o Autor...................................................................................................107
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Prefácio de
Depois de ler Moldando a História com Oração e Jejum, eu comecei a jejuar (com
outros na nossa igreja), e vi um impacto imediato em termos de pessoas sendo
salvas e libertas. Então, Deus abriu a porta para a cidade de Pasadena.
Acabamos por ter, vários anos depois, um derramamento do Espírito Santo que
durou três anos – que eu creio, estava diretamente relacionado ao jejum – onde
dezenas de milhares de pessoas, entraram pelas nossas portas, e foram
poderosamente tocadas pelo poder de Deus. Em 1994, através de um encontro
com um grupo de crianças Tailândesas, o Espírito Santo foi derramado de novo,
e um movimento soberano de oração, com jovens, começou ao redor da nação.
Então, em 1996 tive um sonho, no qual o Senhor me dirigiu na entrega de uma
mensagem do livro de Joel à nação: Chame os jovens da América para o jejum
e oração.
Continuamos a ter ajuntamentos em 1997, 1998, e 1999 que cresceu até 4.500
jovens reunidos, durante três a cinco dias de jejum e oração. Ultimamente, o
“The Call” (o Chamado), surgiu de uma visão profética que recebemos do
“Promise Keepers”(“Daqueles que cumprem as suas Promessas”): os corações
dos pais voltando para os filhos. Começamos a proclamar que os jovens iriam
para Washington, D.C., para jejuar e orar como algo equivalente às reuniões do
“Promise Keepers”, e que seria um sinal, que a nação se se estava voltando para
Deus. E o livro: Moldando a História com Oração e Jejum, estava por trás de
tudo. Durante todo esse processo, esse foi o meu livro didático.
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Em 1999, encontrei-me com Derek na Flórida. O meu principal alvo era
simplesmente agradecer-lhe, e honrar um pai que tinha abençoado o filho, e
apenas dizer-lhe que eu estava tão grato pela revelação que ele nos tinha dado
através do seu ensino. Oramos juntos e choramos juntos. Para mim foi um
momento histórico, e eu estava muito grato.
Vivemos numa cultura que é tão resistente a Deus, e ao Seu Espírito, que eu
creio que a geração de hoje precisa das armas do jejum e oração, para
simplesmente sobreviver. No capitulo 6, Derek fala sobre como o jejum humilha
a nossa alma – a parte em nós que exige que seja do nosso jeito – e dá forças
ao homem espiritual. Eu preciso disto! Tenho visto isto funcionando na minha
própria vida.
Lou Engle
The Call
Pasadena, Califórnia
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Pelo Presidente dos
A Proclamação
Jejum e Oração
E, pelo facto de sabermos que, pela Sua divina lei, nações, assim como
indivíduos. estão sujeitos a passar neste mundo por castigos e correções,
será que não tememos justamente, que a terrível calamidade da guerra
civil, que agora devasta a terra, possa ser um castigo imposto sobre nós,
pelo nosso pecado de presunção, para o necessário objetivo da nossa
reforma nacional, como povo no seu todo? Nós temos sido os recipientes
das melhores bênçãos dos Céus. Nós temos sido preservados, todos esses
anos, em paz e prosperidade. Temos crescido em número, riqueza, e poder
como nenhuma outra nação. Mas temos esquecido de Deus. Temos
esquecido a graciosa mão, que nos preservou em paz, e nos multiplicou,
enriqueceu e fortaleceu; e nós temos em vão imaginado, no engano dos
nossos corações, que todas essas bênçãos foram produzidas por alguma
sabedoria e virtude superior, nossa. Intoxicados pelo permanente sucesso,
tornamo-nos auto-suficiente demais para sentirmos a necessidade da
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graça redentora e preservadora, orgulhosos demais para orarmos ao
Deus que nos fez! É conveniente então, que nós, nos humilhemos diante do
Poder ofendido, confessemos os nossos pecados nacionais, e oremos por
clemência e perdão.
Que tudo isso seja feito, com sinceridade e em verdade, para então
descansarmos humildemente na esperança autorizada pelos
ensinamentos Divinos, que o clamor unido da Nação, será ouvido no alto,
e respondido com bênçãos, sobretudo o perdão dos nossos pecados
nacionais, e a restauração do nosso dividido e sofrido país, à sua anterior
condição de unidade e paz.
Em testemunha disto, eu coloquei minha mão, e fiz com que o selo dos
Estados Unidos fosse afixado.
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Introdução
A PROCLAMAÇÃO
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Pelo contrário, devemos a nós mesmos dar uma consideração honesta e
cuidadosa a esta proclamação e as questões que ela levanta. Existe um Poder
divino que se sobreponha aos destinos das nações? Esse poder pode
efetivamente ser invocado pela oração e pelo jejum?
É ao exame dessas questões que este livro é dedicado. Uma resposta será
oferecida a partir de quatro fontes principais: primeiro, o ensino das Escrituras;
segundo, eventos da história mundial durante ou após a Segunda Guerra
Mundial; terceiro, os anais da história americana; quarto, registos da experiência
pessoal no reino da oração e do jejum.
Derek Prince
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Capítulo 1
O Sal da Terra
“ Vocês são o sal da terra ”
(Mateus 5:13)
Jesus está falando com os Seus discípulos – com todos nós, isso é, todos
aqueles que reconhecem a autoridade do Seu ensino. Ele compara a nossa
função na terra com a do sal. O seu significado torna-se claro quando
consideramos duas utilidades familiares do sal em relação à comida.
O Sal dá Sabor
Em primeiro lugar, o sal dá sabor. Uma comida que não está apetitosa torna-se
saborosa e aceitável quando temperada com sal. Em Jó 6:6, isso é colocado na
forma de uma pergunta retórica: “Ou comer-se-á sem sal o que é insípido?” É a
presença do sal que faz a diferença, fazendo-nos saborear a comida que de
outro modo rejeitaríamos comer. Como cristãos, a nossa função é dar sabor à
terra. Quem desfruta desse sabor é Deus. A nossa presença torna a terra
aceitável para Deus. A nossa presença valida a terra para receber a misericórdia
de Deus. Sem nós, não haveria nada para tornar a terra aceitável para Deus.
Mas porque estamos aqui, Deus continua a lidar com a terra com graça e
misericórdia ao invés de ira e julgamento. É a nossa presença que faz a
diferença.
Primeiro, Abraão estabeleceu um princípio que é a base para tudo que vem em
seguida: nunca é a vontade de Deus que o julgamento devido ao ímpio venha
sobre o justo. “Destruirás também o justo com o ímpio?” (v. 23) perguntou
Abraão. “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o
justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (v.
25)
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Infelizmente, os cristãos muitas vezes não entendem isso porque falham em
distinguir entre duas situações que externamente podem parecer similares, mas
que na realidade são completamente diferentes em natureza e causa. De um
lado, existe a perseguição pela causa da justiça. De outro lado, existe o
julgamento de Deus sobre o ímpio. A diferença entre essas duas situações é
apresentada pelas seguintes declarações contrastantes: a perseguição vem do
ímpio sobre o justo; mas o julgamento vem de Deus, que é justo, sobre o ímpio.
Desta maneira, a perseguição por causa da justiça e o julgamento pela
impiedade são opostos entre si, nas suas origens, nos seus propósitos e
resultados.
Em Êxodo, nos capítulos 7 a 12, é registado que Deus trouxe dez julgamentos
de uma severidade crescente sobre os Egípcios, porque eles recusaram ouvir
os Seus profetas Moisés e Arão. Ao longo de todo este tempo, o povo de Deus
habitou no meio do Egito, mas nenhum dos dez julgamentos os tocou. Em Êxodo
11:7, a razão é declarada claramente: “Mas entre todos os filhos de Israel nem
mesmo um cão moverá a sua língua, desde os homens até aos animais, para
que saibais que o Senhor fez diferença entre os egípcios e os israelitas.” O
julgamento não veio sobre Israel porque o Senhor “fez diferença” entre o Seu
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próprio povo e o povo do Egito. Até mesmo os cães do Egito tinham que
reconhecer a diferença! E a diferença é válida até aos nossos dias.
Qual era a população de Sodoma? Seria difícil chegar a uma estimativa exata.
Entretanto, existem estimativas disponíveis para algumas outras cidades da
antiga Palestina, o que dá um padrão de comparação. Nos dias de Abraão, as
muralhas de Jericó incluíam uma área de mais ou menos dois ou três hectares.
Isso proveria um espaço para habitação de no mínimo cinco mil pessoas ou no
máximo dez mil. Mas Jericó não era uma grande cidade pelos padrões daqueles
dias. A maior cidade daquele período era Hazor, a qual cobria mais ou menos
70 hectares e tinha uma população estimada entre quarenta e cinquenta mil.
Mais tarde, no período de Josué, ficamos sabendo que a população total de Ai
era de doze mil pessoas (Josué 8:25). O registo da Bíblia aparenta indicar que
Sodoma era uma cidade mais importante, em seus dias, do que Ai.
Essas estimativas são emocionantes. Será que as Escrituras nos fornecem base
para acreditar que, por exemplo, 250.000 pessoas verdadeiramente justas,
espalhadas como grãos de sal através dos Estados Unidos, seriam suficientes
para preservar toda a nação do julgamento de Deus e de garantir a continuação
da Sua graça e misericórdia? Seria tolice reivindicar que tais estimativas estão
corretas. Contudo, a Bíblia definitivamente estabelece o princípio geral de que a
presença de crentes justos é o fator decisivo no lidar de Deus com a
comunidade.
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Para ilustrar esse princípio, Jesus usa a metáfora do “sal”. Em 2 Coríntios 5:20,
Paulo usa uma metáfora diferente para transmitir a mesma verdade: “Portanto
somos embaixadores de Cristo”. Quem são os embaixadores? São pessoas
enviadas numa competência oficial pelo governo de uma nação para representar
esse governo no território dessa outra nação. A sua autoridade não é medida
através das suas habilidades pessoais, mas é proporcional à autoridade do
governo que eles representam.
Isso leva-nos ao segundo efeito da presença dos cristãos como “o sal da terra”.
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Essa ilustração do poder do sal de restringir a corrupção explica o ensinamento
de Paulo em 2 Tessalonicenses 2:3-12. Paulo adverte que a impiedade humana
chegará ao seu clímax na pessoa de um governante mundial fortalecido
sobrenaturalmente e dirigido pelo próprio satanás. Paulo chama esse
governante de “o homem do pecado” (mais literalmente, “o homem sem lei ”), e
“o filho da perdição” (v.3). Em 1 João 2:18 ele é chamado “anticristo”, e em
Apocalipse 13:4 ele é chamado “a besta”. Esse governante vai reivindicar na
verdade ser Deus, e exigirá a adoração universal.
Em João 14:16-17, Jesus dá essa promessa: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará
outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
O Espírito de verdade (um título do Espírito Santo) ... porque habita convosco, e
estará em vós.”. Nós podemos parafrasear essa promessa de Jesus assim: “Eu
tenho estado com vocês em presença pessoal por três anos e meio, e agora
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estou quase a deixar-vos. Depois de Eu ter partido, outra Pessoa virá ocupar o
meu lugar. Essa Pessoa é o Espírito Santo. Quando Ele vier, Ele ficará com
vocês para sempre”.
Em João 16:12-13, Jesus retorna a esse tema pela terceira vez: “Ainda tenho
muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a
verdade…”. No texto original Grego, o pronome “ele” está no sexo masculino,
mas o substantivo “Espírito” é neutro. Esse conflito gramatical de sexos mostra
a dupla natureza do Espírito Santo – tanto pessoal como impessoal. Isso
concorda com a linguagem usada por Paulo em 2 Tessalonicenses, capítulo 2,
em relação ao poder que detém a aparição do anticristo. No versículo 6 Paulo
diz: “O que o está detendo” (NVI), e no versículo 7 ele diz: “Aquele que agora o
detém” (NVI). Essa similaridade de expressão confirma a identificação, desse
poder de deter, com o Espírito Santo.
A troca de pessoas prometida por Jesus foi realizada em dois estágios: primeiro,
a ascensão de Jesus aos céus; então, dez dias depois, a descida do Espírito
Santo no dia de Pentecoste. Neste ponto da história, o Espírito Santo desceu
como uma Pessoa do céu e tomou a Sua residência na terra. Agora Ele é o
Representante pessoal da Divindade residente na terra. O Seu local presente de
habitação é o corpo dos crentes verdadeiros, chamados coletivamente “a igreja”.
A esse corpo de crentes, Paulo diz em 1 Coríntios 3:16: “Não sabeis vós que
sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”
Depois de completo, esse corpo será apresentado a Cristo, como uma noiva é
apresentada ao noivo. Tão logo o ministério do Espírito Santo dentro da igreja
tiver terminado, Ele será novamente retirado da terra, levando com Ele o corpo
completado de Cristo. Deste modo nós podemos descrever a declaração de
Paulo em 2 Tessalonicenses 2:7 como segue: “Ele (o Espírito Santo) que agora
o detém (o anticristo) irá continuar a fazê-lo até que ele seja retirado”.
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forças da iniquidade irão poder realizar sem impedimento o término dos seus
propósitos no anticristo. Enquanto isso, é tanto um privilégio como uma
responsabilidade dos discípulos de Cristo, pelo poder do Espírito Santo,
“superar” as forças do anticristo e detê-las.
As Consequências do Fracasso
Como o sal da terra, então, nós que somos discípulos de Cristo temos duas
responsabilidades principais. Primeiro, através da nossa presença nós
recomendamos a terra à contínua graça e misericórdia de Deus. Segundo, pelo
poder do Espírito Santo que está dentro de nós, nós detemos as forças da
corrupção até o tempo designado por Deus.
O próprio satanás entende perfeitamente isso, e por isso o seu principal objetivo
é enfraquecer a fé e a justiça da igreja. Quando ele alcançar isso, a barreira dos
seus propósitos será removida, e o caminho estará aberto para ele ganhar tanto
o controle espiritual como o político de toda a terra.
Imagine que satanás tivesse sucesso, porque nós, como cristãos, falhamos em
cumprir nossas responsabilidades. O que aconteceria? O próprio Jesus nos dá
a resposta. Nós nos tornamos “sal insípido”. Ele nos adverte do destino que virá
para tal sal insípido: “…Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser
pisado pelos homens.”. (Mateus 5:13).
“Para nada mais presta”! Isso certamente é uma severa condenação. E o que se
seguirá? Nós seremos “lançados fora” ou rejeitados por Deus. Então seremos
“pisados pelos homens”. O homem torna-se o instrumento do julgamento de
Deus sobre uma igreja insípida e apóstata. Se, dentro da igreja, falharmos em
deter as forças da impiedade, o nosso julgamento será entregue nas mãos
dessas mesmas forças.
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Capítulo 2
Um Reino de Sacerdotes
Deus tem-nos revestido – o Seu povo crente, na terra – com autoridade, através
da qual nós podemos determinar os destinos de nações e governos. Ele espera
que usemos a nossa autoridade tanto para a Sua glória, como para o nosso
próprio bem. Se falharmos em fazer assim, teremos de prestar contas pelas
consequências. Assim é a mensagem das Escrituras, desvendada tanto por
preceito como por padrão. É confirmada pelas experiências pessoais de muitos
crentes e está escrita nas páginas da história de nações inteiras. Em capítulos
mais adiante, examinaremos momentos específicos disto, retirados de recentes
eventos da história mundial e também dos anais da história Americana. Mas
primeiro, neste capítulo, estudaremos a base bíblica para essa autoridade.
Que posição exaltada para um homem jovem, a de ser posto “sobre as nações
e sobre os reinos”. Isso é autoridade num plano mais elevado do que as forças
normais que moldam a política secular. A julgar pelas aparências externas, a
carreira subsequente de Jeremias deu pouca indicação de tal autoridade. Pelo
contrário, a sua mensagem foi rejeitada quase universalmente, e ele próprio foi
sujeito continuamente a injustiça e perseguição. Por vários meses sofreu na
prisão, e por várias vezes esteve a ponto de morrer, ou por execução ou fome.
Às vezes, entretanto, Deus faz essa palavra ser proclamada através dos lábios
de um crente na terra. Tal palavra pode ser falada publicamente em profecia, ou
na exposição autoritária da Escritura. Mais frequentemente, talvez, ela é falada
no quarto da oração, em petição ou intercessão.
Como cidadão dos céus, o cristão é sujeito às leis do reino celestial, mas ele
também é autorizado a compartilhar na sua autoridade. Esse é o reino do qual
David fala em Salmos 103:19: “O Senhor tem estabelecido o seu trono nos céus,
e o seu reino domina sobre tudo.”. O reino de Deus é supremo sobre todos os
outros reinos e sobre todas as outras forças em operação na terra. É o propósito
de Deus compartilhar a autoridade do Seu reino com o Seu povo crente. Em
Lucas 12:32 Jesus garante aos Seus discípulos: “Não tenham medo, pequeno
rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino”(NVI). O conforto dessa
garantia não depende da força ou dimensão do rebanho, porque ele é um
“pequeno rebanho” – um grupo de “ovelhas entre lobos” (Mateus 10:16). A
certeza que o Reino pertence a nós é baseada no agrado do Pai, “… o plano
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daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade” (Efésios
1:11)(NVI).
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu
conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;Tendo iluminados os olhos
do vosso entendimento, para que saibais … qual a sobreexcelente grandeza do
seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,
Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua
direita nos céus,”. Efésios 1:17-20
Essa revelação não pode vir através do raciocínio natural ou pelo conhecimento
sensorial. Ela somente vem pelo Espírito Santo. Ele é aquele que faz “que os
olhos do coração sejam iluminados” e mostra-nos duas verdades entrelaçadas:
primeiro, que a autoridade de Cristo é agora suprema sobre o universo; segundo,
que o mesmo poder que exaltou a Cristo a essa posição de autoridade agora
opera também “em nós, os que cremos”.
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Em 1 Coríntios, capítulo 2, Paulo aprofunda mais essas verdades, as quais são
reveladas aos cristãos somente pelo Espírito Santo. Ele diz: “Mas falamos a
sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos
para nossa glória; A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque,
se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” (versículos 7-8).
Esse “a sabedoria de Deus, oculta em mistério” revela Cristo como “Senhor da
glória”. É “para a nossa glória”, pois isso nos mostra que na nossa união com
Ele, é que compartilhamos a Sua glória.
Paulo continua: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o
ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem,são as que Deus
preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito,…”
(versículos 9-10). Paulo novamente enfatiza que esse tipo de conhecimento não
é transferido através dos sentidos, nem brota dos recursos internos da razão e
imaginação do homem, a não ser que eles sejam iluminados pelo Espírito Santo.
No versículo 12, Paulo resume assim: “Mas nós não recebemos o espírito do
mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o
que nos é dado gratuitamente por Deus.”. Então uma das bênçãos que nos foi
dada é a nossa posição em Cristo à mão direita de Deus. Paulo aqui contrasta
duas fontes de conhecimento. “O espírito do mundo” mostra-nos as coisas desse
mundo. Através disso, entendemos a nossa cidadania terrena, com todos os
seus direitos e responsabilidades. Mas “o Espírito que provém de Deus” revela-
nos o Reino de Cristo e o nosso lugar nele. Através disto, entendemos os nossos
direitos e responsabilidades, como cidadãos dos céus.
Se, às vezes, a nossa posição em Cristo no trono aparenta ser distante ou irreal,
a razão é simples: nós não recebemos a revelação que o Espírito Santo, através
das Escrituras, disponibiliza. Sem essa revelação nós não podemos nem
entender nem desfrutar os benefícios da nossa cidadania celestial. Ao invés de
reinar como reis, encontramo-nos ainda trabalhando pesado como escravos.
Desde o início, era propósito de Deus compartilhar com o homem o Seu domínio
sobre a terra. Em Gênesis 1:26, o propósito inicial da criação do homem é
declarado: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança; e domine (a raça humana) … sobre toda a terra”. Por causa
da desobediência, Adão e os seus descendentes perderam o direito da sua
posição de domínio. Ao invés de reinar em obediência como reis, eles foram
subjugados como escravos do pecado e de satanás.
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descrentes. Assim como os crentes agora reinam em vida com Cristo. Através
da nossa união com Cristo, nós já fomos levantados para compartilhar o trono
com Ele, e ali estamos agora reinando com Ele.
Como veremos nos próximos capítulos deste livro, alguns dos grandes santos
de Israel, como Daniel, entraram nessa alta vocação. Entretanto, na sua maioria,
a nação falhou em aceitar as graciosas promessas de Deus.
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e merece nossa atenção cuidadosa. A linguagem e as imagens inspiradas que
David usa, devem ser interpretadas em referência com outras passagens
relacionadas nas Escrituras.
Assim é o duplo ministério que agora Cristo executa à mão direita do Pai. Como
Rei, Ele governa. Como Sacerdote, Ele intercede: “Vivendo sempre para
interceder por eles” (Hebreus 7:25).
David fala sobre “o cetro do teu poder” (Salmos 110:2)(NVI). É através disso que
Cristo governa. O “cetro” nas Escrituras é a marca da autoridade de um
governante. Quando Moisés estendeu a sua vara, as pragas de Deus vieram
sobre o Egito e mais tarde as águas do Mar Vermelho se abriram diante de Israel
(Êxodo capítulos 7-14). Como sumo sacerdote e cabeça sobre a tribo de Levi,
Arão tinha uma vara que tinha o seu nome inscrito. (Veja Números 17:3) O
mesmo se aplica a Cristo. A Sua autoridade torna-se eficaz pelo uso do Seu
nome.
Na cena pintada por David, o cetro não é estendido pela própria mão de Cristo,
mas é estendida “desde Sião”. Em todas as Escrituras, Sião denota o lugar da
assembleia do povo de Deus. Falando para cristãos, o escritor aos Hebreus diz:
“Mas chegaste ao monte Sião... à universal assembléia e igreja dos
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primogênitos, que estão inscritos nos céus...” (Hebreus 12:22-23). Por direito da
nossa cidadania celestial, tomamos o nosso lugar nesta assembleia que está
reunida em Sião.
É aqui que nós participamos do duplo ministério de Cristo. Como reis, nós
governamos com Ele. Como sacerdotes, nós compartilhamos o Seu ministério
de oração e intercessão. Nós nunca devemos separar essas duas funções uma
da outra. Se formos reinar como reis, devemos servir como sacerdotes. O
exercício do nosso ministério sacerdotal é a chave para o exercício da nossa
autoridade real.
Todos os cristãos olham para o futuro, para o dia quando os inimigos de Cristo
serão subjugados finalmente e completamente, e Ele será manifesto
abertamente, e reconhecido universalmente como Rei. A Bíblia promete que
esse dia irá chegar. Mas nós não podemos permitir que a glória prometida para
o futuro, nos cegue para a realidade da posição presente de Cristo à mão direita
de Deus. Cristo até mesmo agora governa “no meio de Seus inimigos”, e nós
governamos com Ele. É nossa responsabilidade exercitar autoridade que é
nossa através do Seu nome, e diante de todas as forças do mal, demonstrar que
Cristo já é o “Rei dos reis e Senhor dos senhores”.
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Capítulo 3
Cristo é o “Senhor dos senhores, e o Rei dos reis” (Apocalipse 17:14). Ele é o
Governante dos governantes e o Governador sobre os governadores da terra. A
Sua autoridade sobre todos os governos da terra está disponível em Seu nome
para a igreja - a assembleia do Seu povo crente. Como Moisés estendia a sua
vara da parte de Deus sobre o Egito, assim a igreja através das suas orações
estende a autoridade de Cristo sobre as nações e os seus governantes.
No segundo versículo, Paulo diz que a oração deve ser oferecida “por todos os
homens”. Isso está de acordo com a profecia de Isaías 56:7, onde Deus diz: “…
a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. Deus está
preocupado com “todos os homens” e “todos os povos”. Ele espera que o Seu
povo compartilhe as Suas preocupações. Compare isso com a estreita, egoísta
oração de muitos cristãos professos! Alguém ofereceu a seguinte paródia da
oração comum dos membros da igreja: “Deus me abençoe, minha esposa, meu
filho João e sua esposa. Nós quatro. Ninguém mais. Amém!”
Depois de “todos os homens”, o primeiro tópico específico para orar é “reis e por
todos que exercem autoridade”(NVI). Em países como os Estados Unidos, que
não têm monarquia, a palavra “reis” não se aplica. De qualquer jeito, quer exista
uma monarquia quer não, a frase, “por todos que exercem autoridade”, indica
todos que são responsáveis por governar uma nação. Isso pode ser resumido
na única palavra: governo.
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Dessa maneira, o primeiro tópico específico de oração ordenado por Deus para
o Seu povo junto em comunhão é o governo. Por uma extensa experiência estou
convencido que a grande maioria de cristãos professos nunca dá qualquer
consideração séria a esse tópico nas suas orações. Eles não só não oram “antes
de tudo” pelo governo, eles de todo raramente oram por ele! Eles oram
regularmente por grupos como os doentes, os presos, pregadores, missionários,
evangelistas, os descrentes – qualquer coisa, e todos, menos o grupo que Deus
coloca primeiro – o governo. Não é exagero dizer que muitos que reivindicam
serem cristãos comprometidos, nunca oram seriamente pelo governo da sua
nação pelo menos uma vez por semana!
Quando oramos pelo governo, que petição específica somos exortados a fazer?
No segundo versículo, Paulo responde: “para que tenhamos uma vida quieta e
sossegada, em toda a piedade e honestidade;”. Será que o tipo de governo ao
que estamos sujeitos afeta a maneira que vivemos? Claro que sim. Portanto, se
desejamos uma boa maneira de viver, tanto a lógica como o interesse próprio,
indica que devemos orar pelo nosso governo.
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eles têm pouca ou nenhuma expectativa de um bom governo. Eles estão mais
ou menos conformados ao facto de que o governo será ineficiente,
desperdicioso, arbitrário, corrupto, injusto. Da minha parte eu tenho estudado
muito e cuidadosamente essa pergunta à luz da lógica e das Escrituras, e
cheguei a uma profunda convicção em relação à vontade de Deus nessa área:
É a vontade de Deus, um bom governo.
Nós podemos resumir a lógica disto de uma forma muito simples, Deus deseja
que “todos os homens sejam salvos”. Para isso é necessário que eles “cheguem
ao conhecimento da verdade”. “Conhecimento da verdade” vem somente através
da pregação do Evangelho. Portanto, Deus deseja que o Evangelho seja
pregado a todos os homens.
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governo, sem envolver-se em controvérsia religiosa, provê um clima no qual o
Evangelho pode ser pregado efetivamente.
Por outro lado, um mau governo permite o quebrar da lei e da ordem, permite
condições inseguras de viagem e comunicações pobres, e impõe restrições
injustas e arbitrárias. Em todos esses sentidos, mesmo em níveis diferentes, um
mau governo dificulta a pregação eficaz da verdade. Na pior hipótese, um mau
governo ou restringe ou elimina totalmente, o direito universal de todos os
homens de crer e de expressar a sua fé em adoração e proclamação públicas.
Em menor ou maior grau, vemos essas condições hoje em países debaixo de
um governo comunista.
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Por outro lado, João descreve a confiança que vem pela certeza da vontade de
Deus: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos
alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos
que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele
pedimos” (1João 5:14-15)(NVI).
Porque, então, a maioria dos cristãos não tem a garantia de um bom governo?
Só pode haver duas razões: ou eles não oram nunca por um bom governo; ou
eles oram por um bom governo, mas sem o conhecimento que é da vontade de
Deus.
Essas conclusões tiradas das Escrituras têm sido confirmadas por minhas
observações pessoais. A grande maioria dos cristãos nunca ora seriamente por
um bom governo. Dos poucos que oram por um bom governo, dificilmente
alguém o faz com a convicção bíblica que verdadeiramente é da vontade de
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Deus. Qualquer uma dessas observações aplicada a qualquer situação, levará
à mesma conclusão: Deus tornou possível aos cristãos, por suas orações,
garantir um bom governo. Cristãos que falham em exercitar essa autoridade
dada por Deus, são gravemente culpados – tanto a Deus como aos seus países.
Eu estou persuadido de que a raiz do problema com a maioria dos cristãos não
é falta de vontade, mas falta de conhecimento. Que este facto seja primeiro
claramente estabelecido: um bom governo é a vontade de Deus. Isso proverá
tanto a fé como o incentivo, que os cristãos precisam para orarem eficientemente
por seu governo.
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Capítulo 4
“Disse eu aos loucos: Não enlouqueçais, e aos ímpios: Não levanteis a fronte;
Não levanteis a vossa fronte altiva, nem faleis com cerviz dura.
Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do deserto vem a exaltação.
Mas Deus é o Juiz: a um abate, e a outro exalta.”. (Salmos 75:4-7)
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Jefferson foi um dos maiores estudiosos da época, e Woodrow
Wilson, foi presidente da Universidade de Princeton. Nós
tivemos Presidentes que foram advogados, soldados, e
professores. Um foi engenheiro e um outro jornalista. Eles
vieram das famílias mais prósperas e ilustres da nação, e
de berços pobres e anónimos. Alguns, aparentemente foram
dotados com grandes habilidades e excelentes qualidades, mas
entretanto, foram incapazes de enfrentar as exigências do
cargo, enquanto outros se levantaram numa grandeza, muito
além de qualquer expectativa” (1962, Parade Publications,
Inc. 733 Third Ave. New York, NY).
Se voltarmos aos registos dos Reis de Israel, não encontramos nenhum que
tenha alcançado um crescimento mais espetacular do que David. Começou a
vida como um pobre pastorzinho, e terminou os seus dias em vitória e honra
como governante de um império poderoso. Diferente de muitos outros homens
que alcançaram grandeza política, David reconheceu a fonte do seu sucesso.
Numa oração a Deus pronunciada perto do fim da sua vida, ele atribuiu a sua
grandeza somente a Deus:
“E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão
há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo.” (1
Crônicas 29:12). Sábio e feliz é o governante que reconhece a verdadeira fonte
do seu poder!
“Esta sentença é por decreto dos vigias, e esta ordem por mandado dos santos,
a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino
dos homens, e o dá a quem quer, e até ao mais humilde (simples) dos homens
constitui sobre ele.”. (Daniel 4:17)
Deus quer que o homem reconheça que Ele é o governante supremo sobre todos
os assuntos humanos, e que governantes terrenos são levantados por Seu
34
decreto. Não apenas isso, mas às vezes Deus verdadeiramente levanta como
governante “o mais simples dos homens”.
35
feita a nenhuma pessoa senão a Dario. A pena por desobedecer esse decreto,
era a morte sendo o infrator lançado dentro da cova dos leões.
“No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a
palavra do Senhor anunciada por Jeremias, o Senhor tocou o coração de Ciro,
rei da Pérsia, para que fizesse uma proclamação em todo o território de seu
domínio e a pusesse por escrito, nestes termos: “assim declaro eu, Ciro, rei da
Pérsia: o Senhor, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra e designou-
me para construir um templo para ele em Jerusalém, na terra de Judá. Quem
dentre vocês pertencer ao seu povo vá para Jerusalém, e que o Senhor, o seu
Deus, esteja com ele”.(NVI)
Atrás desses eventos que mudaram o curso de impérios mundiais, houve duas
forças espirituais invisíveis em operação: A Palavra de Deus falada através dos
Seus profetas, e a oração intercessória de Daniel.
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1. Deus usa governantes humanos como instrumentos para cumprir Seus
propósitos na história, particularmente quando têm a ver com o Seu
próprio povo da aliança.
2. Se o povo de Deus é desobediente e rebelde, Deus sujeita-os a
governantes cruéis e malignos.
3. Se através do arrependimento e oração o povo de Deus reivindica a Sua
misericórdia, Ele pode trazer uma mudança de governo de um ou outro
jeito: ou removendo o governante maligno e substituindo-o por um bom;
ou mudando o coração do governante cruel, fazendo dele um instrumento
de misericórdia, ao invés de julgamento.
Sobre todos os eventos dos últimos dois mil anos de história mundial,
Deus tem gravado um único título, dirigido ao Seu povo:
“Por amor de vós”.
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é serva de Deus para o seu bem”, ou em alternativa, “É serva de Deus, agente
de justiça para punir…”. Paulo endereça essas palavras especificamente aos
cristãos. Ele declara que o governo é estabelecido por um ato de Deus. Como
esse governo afetará os cristãos depende da atitude e conduta dos mesmos. Se
eles estiverem caminhando em obediência à vontade de Deus, então o governo
e os seus funcionários não lhes farão dano, “pois é serva de Deus para o seu
bem”. Mas se os cristãos forem desobedientes e não andarem no caminho da
vontade de Deus, então o governo e os seus funcionários tornam-se “serva de
Deus, agente de justiça para punir quem pratica o mal”. Tudo isso pode ser
resumido numa curta frase: os cristãos recebem o tipo de governo que merecem.
“O Espírito do Senhor falou por meu intermédio; sua palavra esteve em minha
língua. O Deus de Israel falou, a Rocha de Israel me disse: Quem governa o
povo com justiça, quem o governa com o temor de Deus, é como a luz da manhã
ao nascer do sol, numa manhã sem nuvens. É como a claridade depois da chuva,
que faz crescer as plantas da terra”. (2 Samuel 23:2-4)
Estão declaradas aqui duas simples exigências para um governante: Ele deve
ser justo, e deve governar no temor de Deus.
Sem dúvida existe aqui uma referência profética ao Reino de Cristo, e essas
palavras encontrarão a sua completa e final realização somente em Cristo.
Todavia, o princípio geral é firmemente estabelecido e aplicado a todo homem
38
que exerce governo. As duas exigências de Deus são que ele seja justo e
temente a Deus. Sempre que tal homem é levantado para governar, Deus
promete que bênçãos seguirão: “é como a luz da manhã ao nascer do sol, numa
manhã sem nuvens; é como a claridade depois da chuva, que faz crescer as
plantas da terra”.
39
Capítulo 5
Para mim, o poder da oração de moldar a história não é uma mera fórmula
teológica abstrata. Eu tenho visto isto demonstrado nas minhas próprias
experiências em muitas ocasiões. Nesse capítulo, relatarei quatro dessas
ocasiões. Para torná-las ilustrações eficientes, escolhi situações nas quais
estavam envolvidas, diferentes nações e diferentes fatores políticos.
Eu lembro-me de um oficial que ficou doente com malária e foi levado para uma
base hospitalar no Cairo. Para o seu transporte até ao Cairo, exigiu para si
mesmo uma ambulância de quatro leitos, e um caminhão de uma tonelada e
meia para carregar o seu equipamento e os pertences pessoais. Naquele tempo,
éramos continuamente lembrados que tínhamos pouquíssimos caminhões e
gasolina, e que todo esforço deveria ser feito para economizar o uso dos dois.
Do Cairo, esse oficial foi então levado para a Grã-Bretanha (um procedimento
que certamente não era necessário por um mero surto de malária). Alguns
meses depois, nós o escutámos numa transmissão de rádio, transmitida pela
Grã-Bretanha. Ele dava um animado relatório das operações sofridas no deserto!
Naquele período, a nossa maior privação era a falta de água. Suprimentos eram
bem racionados. As nossas garrafas de água eram cheias dia sim dia não. Essa
era toda a água que nos era permitida para todos os propósitos – lavar, barbear,
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beber, cozinhar, etc. Entretanto, todas as noites os oficiais no refeitorio deles
consumiam regularmente mais água com whiskys, do que era designado às
outras patentes, para todos os propósitos somados.
Então, a principal batalha de El Alamein foi travada. Foi a maior vitória aliada em
toda a guerra até aquele momento. A ameaça do Egito, o Canal Suez e a
Palestina finalmente recuaram, e o curso da guerra mudou em favor dos aliados.
Sem dúvida, a batalha de El Alamein foi o ponto decisivo da guerra no Norte da
África.
Eu creio que a oração que Deus me deu naquele momento poderia muito bem
ser aplicada a outras situações, tanto militares como políticas: “Senhor, dá-nos
líderes tais, que seja para aTua glória recebermos a vitória através deles”.
42
marcada para o término do mandato Britânico e do começo da nova ordem
política na Palestina foi 14 de Março de 1948.
Nesse período, a minha esposa Lydia e eu estávamos vivendo com nossas oito
filhas adotadas no centro da Jerusalém Judaica. Ocupávamos uma grande casa
na esquina sudeste do principal cruzamento entre a Avenida King George e a
rua que se volta para o leste do Portão Jaffa, na antiga cidade. Lydia tinha vivido
em Jerusalém, ou perto, desde aproximadamente há vinte anos. Ela tinha sido
uma testemunha ocular, de uma longa série de conflitos anteriores nesta área,
entre Árabes e Judeus. Ela recorda que os Judeus, invariavelmente estavam
pouco armados e mal preparados para resistir a ataques. Nesta hora critica,
pareceu que as probabilidades contra os Judeus, eram imensamente maiores do
que em ocasiões anteriores, e as consequências da derrota, demasiado terríveis
de contemplar.
Nós entendemos que, estávamos vendo diante dos nossos olhos o cumprimento
da promessa de Deus a Israel:
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“Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência desde o
oriente, e te ajuntarei desde o ocidente. Direi ao norte: Dá; e ao sul: Não
retenhas; trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra,”
(Isaías 43:5-6).
Quando a Lydia e eu fomos, deste modo, unidos pelo Espírito Santo em relação
à vontade de Deus, as nossas orações cumpriram a condição declarada em
Mateus 18:19: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra
acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está
nos céus.”. Um dia quando estávamos orando juntos, ouvi Lydia articular essa
curta oração: “Senhor, paralisa os Árabes!”
Por causa da estratégica localização da nossa casa, o nosso quintal foi tomado
pelo Haganah – a força de defesa voluntária Judaica que mais tarde se tornou
no exército oficial de Israel. Um posto de observação sob o comando de um
jovem homem chamado Phinehas ficava localizado no quintal. Por causa disso,
ficamos bem familiarizados com muitos jovens Judeus – tanto homens quanto
mulheres – que ocupavam o posto.
“Tem algo que não entendemos”, disse um jovem homem. “Nós entrámos numa
área onde estavam os Árabes. Eles excediam-nos em números de dez para um,
e estavam armados muito melhor do que nós. Entretanto, às vezes, pareciam
incapazes de fazer qualquer coisa contra nós. É como se estivessem
paralisados!”
44
Bem ali na nossa sala de estar, este jovem soldado Judeu repetiu a mesma frase
que Lydia tinha pronunciado em oração poucas semanas antes! Desde então eu
não tenho parado de me maravilhar com a fidelidade de Deus. Deus não apenas
respondeu literalmente a oração de Lydia para “paralisar os Árabes”, mas Ele
até proveu-nos com um testemunho objetivo, em primeira mão do soldado
Judeu, na nossa própria sala de estar, que era isso que Ele tinha feito! O
propósito de Deus de conceder a Israel a ocupação contínua de sua terra, era
dessa maneira milagrosa, alcançada com a perda de menos vidas, do que
poderia ter sido, se de outra forma.
Foi o exército Árabe invasor, com toda a sua superioridade em número e armas,
que foi derrotado e expulso. Nos vinte anos seguintes, essa vitória inicial de
Israel foi consolidada por idênticas vitórias dramáticas em duas guerras
posteriores. Hoje, o estado de Israel está firmemente estabelecido, e tem
alcançado tremendo progresso em quase todas as áreas de sua vida nacional.
Para Lydia e eu, tudo isso teve um grande significado que vai além de um mero
registo das incomuns realizações militares ou políticas. Cada vez que recebemos
novas notícias do contínuo progresso e desenvolvimento de Israel, dizemos a
nós mesmos com profunda satisfação: “Nossas orações tiveram a sua parte
nisso”.
Que fique claramente declarado, que nenhum membro de qualquer dos nossos
grupos orou pela morte de Stalin. Nós simplesmente entregamos a situação na
Rússia a Deus, e confiamos na Sua sabedoria para a resposta que era
necessária. Todavia, eu estou convencido que a resposta de Deus veio na forma
da morte de Stalin.
“E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre
toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens
terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos;” (Atos 2:17).
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Um colega missionário do Canadá trouxe a mensagem de encerramento, a qual
foi traduzida para o Swahili por um jovem, chamado Wilson Mamboleo, que se
tinha recentemente graduado na nossa Faculdade de Formação de Professores.
As primeiras duas horas da reunião seguiram um padrão normal, mas depois do
encerramento da mensagem do missionário, o Espírito Santo moveu-se com
poder soberano e levou a congregação para um plano sobrenatural. Durante as
duas horas seguintes, quase todo o grupo de mais de duzentas pessoas,
continuou em adoração e oração espontânea sem alguma liderança humana
visível.
Num determinado momento, a convicção veio a mim que, como grupo, tínhamos
tocado em Deus, e que o Seu poder estava à nossa disposição. Deus falou ao
meu espírito, e disse: “Não permita que eles cometam o mesmo erro que os
Pentecostais têm cometido tantas vezes no passado, desperdiçando o meu
poder no seu próprio consolo espiritual. Diga-lhes que orem pelo futuro do
Quénia”.
“É para isso que me dirijo ao palco,” respondi. Percebi que Deus tinha falado
com a minha esposa na mesma hora que tinha falado comigo, e aceitei isso
como uma confirmação da Sua direção.
48
estávamos orando”, disse ele. Percebi que Deus lhe tinha dado uma visão
quando se ajoelhou ao meu lado para orar.
Então Wilson relatou a visão que tinha visto, primeiro em Inglês e depois em
Swahili. “Eu vi um cavalo vermelho aproximando-se do Quénia vindo do leste.
Ele era muito feroz, e havia um homem negro cavalgando. Atrás dele estavam
vários outros cavalos, também vermelhos e ferozes. Enquanto orávamos, vi
todos os cavalos a virarem-se e a moverem-se para o norte”.
Wilson parou por um momento, e depois continuou, “Pedi a Deus que me desse
o significado do que eu tinha visto, e foi isso que Ele me disse: somente o poder
sobrenatural da oração do meu povo pode afastar os problemas que estão vindo
sobre o Quénia!”
Durante muitos dias, depois disso, continuei a meditar no que o Wilson nos tinha
contado. Percebi que a visão do Wilson era em algumas coisas parecida com
aquela registada em Zacarias 1:7-11. Perguntei a Wilson se ele estava
familiarizado com essa passagem de Zacarias e ele disse que não. Aos poucos
concluí que através desta visão Deus nos tinha dado a garantia de que Ele tinha
ouvido as nossas orações pelo Quénia, e que interviria de uma maneira decisiva
em favor do país. Eventos subsequentes na história do Quénia tem confirmado
que foi assim mesmo.
Durante o período do governo Britânico, o Quénia foi um dos três estados que
formava o Leste da África Britânica. Os outros dois estados eram o Uganda ao
oeste, e Tanganyika ao sul. (Tanganyika foi mais tarde renomeada de Tanzânia.)
O Quénia eventualmente alcançou a sua independência em 12 de Dezembro,
1963. Os outros dois estados já tinham alcançado a independência um pouco
antes. Imediatamente após a declaração da independência, o governo nacional
foi devidamente eleito no Quénia, com o Jomo Kenyatta, como primeiro
presidente da nação.
Nesse momento critico, o novo presidente do Quénia, Jomo Kenyatta, agiu com
sabedoria e firmeza. Atraindo a ajuda do exército Britânico, ele anulou o
movimento revolucionário dentro do exército do Quénia e restaurou a lei e a
49
ordem em todo o país. Desse modo, a autoridade do governo do Quénia, eleito
regularmente, foi preservado, e a tentativa de um golpe militar comunista foi
totalmente frustrado.
Quando decidi incluir esse registo do lidar de Deus com o Quénia, escrevi para
o Wilson Mamboleo em Nairóbi. Descrevi as minhas memórias da visão que
Deus tinha dado em 1960, e pedi que indicasse qualquer detalhe que me fizesse
ser mais preciso no meu relato. Eu também lhe pedi que fizesse qualquer
comentário sobre a situação presente no Quénia. A seguir, alguns trechos da
sua resposta, datados de 30 de Junho de 1972:
50
“Obrigado pela sua carta. É o Espírito do Deus vivo que o tem guiado a pedir-me
para escrever essas coisas...É tão maravilhoso como o Senhor tem operado. Eu
e um outro irmão que ama orar, temos estado a exaltá-lo diante do Senhor em
oração e enquanto fazíamos isso, recebi a sua carta...Em relação a minha visão
de 1960, sinto que você a captou muito bem, portanto não há necessidade de
qualquer acréscimo”.
Eu posso dizer que Deus escolheu este homem para liderar a nossa nação no
momento como esse. E, eu, como muitos outros cristãos fiéis do país, oramos
por ele, para que Deus lhe dê sabedoria.
Muitas pessoas no país não têm uma resposta de quem seria o sucessor para o
Presidente Kenyatta, quando os seus dias na terra terminarem. Aos olhos do
homem, não há outro homem do seu calibre que tenha tal liderança influente,
aceite por todos os seus compatriotas. Entretanto, eu creio, e é isso que digo
àqueles que conheço, que “Deus proverá” um homem – mas apenas como
resultado de oração persistente dos santos...
Ao longo desses últimos anos, a história do Quénia e das nações vizinhas tem
demonstrado o exato cumprimento da visão que Deus deu a Wilson em 1960. A
intervenção de Deus em favor do Quénia veio através de um grupo de cristãos
que se uniram para orar, em concordância com as Escrituras, pelo governo e o
destino de sua nação.
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À medida que você medita neste registo da fidelidade de Deus, traga a memória,
as palavras que terminam a visão do Wilson: “Somente o poder sobrenatural da
oração do Meu povo pode retirar os problemas que estão vindo sobre o Quénia”.
Não existe uma boa razão para crer que essas palavras se aplicam da mesma
maneira tanto ao seu país como ao meu?
52
Capítulo 6
Jejuar fazia parte do dever religioso entre o povo Judeu nos dias de Cristo. Eles
praticavam-no continuamente, desde o tempo de Moisés. Tanto os Fariseus
como os discípulos de João Batista jejuavam regularmente. As pessoas ficaram
surpresas por não verem os discípulos de Jesus fazendo o mesmo, e eles
perguntaram a Ele o por quê. A pergunta deles e a resposta de Cristo, estão
registadas em Marcos:
53
noivo jejuar enquanto este está com eles? Não podem, enquanto o tem consigo.
Mas, virão dias quando o noivo lhes será tirado; e nesse tempo jejuarão” (Marcos
2:18-20)(NVI).
Jejum é defendido não meramente pelo ensino de Jesus, mas também pelo Seu
próprio exemplo pessoal. Imediatamente depois de ser batizado no Jordão por
João o Batista, Jesus foi levado pelo Espírito Santo a passar quarenta dias
jejuando no deserto. Isto está registado em Lucas:
“E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao
deserto; E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa
alguma; e, terminados eles, teve fome.” (Lucas 4:1-2).
O registo diz que Jesus não comeu nada durante esses quarenta dias, mas não
diz que Ele não bebeu. Também diz que “ao fim deles, teve fome”, mas não diz
que Ele teve sede. A provável conclusão é, portanto, que se absteve de comida,
mas não de água. Durante esse período de quarenta dias, Jesus entrou em
conflito espiritual direto com satanás.
Existe uma significante diferença na expressão usada por Lucas para descrever
a Jesus antes e depois do Seu jejum. No começo, em Lucas 4:1, lemos: “Jesus,
cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão”. No final, em Lucas 4:14, lemos:
“Jesus voltou para a Galiléia no poder do Espírito”.
Quando Jesus foi para o deserto, Ele já estava cheio do Espírito Santo. Mas
quando saiu depois de jejuar, voltou no poder do Espírito. Parece que o potencial
do poder do Espírito Santo, que Jesus recebeu no momento do Seu batismo no
Jordão, só entrou em plena manifestação depois de Ele ter completado o Seu
jejum. O jejum foi a fase final da preparação por que teve que passar, antes de
entrar no Seu ministério público.
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“…aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço…”. Através dessas
palavras, Jesus abre o caminho para os Seus discípulos seguirem no padrão do
Seu próprio ministério. Entretanto, em João 13:16, Jesus também disse: “…
nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum
mensageiro é maior do que aquele que o enviou”. Isso aplica-se a preparação
para o ministério. Se o jejum foi uma parte necessária da própria preparação de
Cristo, deve também fazer parte da preparação dos discípulos.
55
Nesta congregação local na cidade de Antioquia, cinco ministros principais –
designados como profetas e mestres – estavam jejuando e orando juntos. Isto é
descrito como ministrar ao Senhor. A maioria dos atuais lideres cristãos ou
congregações conhecem muito pouco deste aspecto do ministério. Entretanto,
na ordem divina, ministrar ao Senhor vem antes de ministrar aos homens. Como
fruto de ministrar ao Senhor, o Espírito Santo traz a direção e o poder necessário
para um ministrar eficaz ao homem.
Assim foi em Antioquia. Enquanto estes cinco lideres oraram e jejuaram juntos,
o Espírito Santo revelou que Ele tinha uma tarefa especial para dois deles –
Barnabé e Saulo (mais tarde chamado de Paulo). Ele disse: “…Apartai-me a
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado…”. Dessa maneira,
esses dois homens foram chamados para uma tarefa especial.
Entretanto, eles não estavam ainda preparados para empreender a tarefa. Eles
ainda precisavam a transferência da graça e do poder especial necessarios para
a tarefa que estava por vir. Para esse fim, todos os cinco homens jejuaram e
oraram juntos uma segunda vez. Então, depois do segundo período de jejum, os
outros líderes impuseram as suas mãos em Barnabé e em Paulo, e os enviaram
para cumprirem a sua tarefa.
Em seu devido tempo, esta prática de oração e jejum coletivo foi transmitida por
Barnabé e Paulo às congregações de novos discípulos que foram estabelecidas
em várias cidades como resultado dos seus ministérios. O estabelecimento
efetivo de cada congregação, foi realizado através da escolha dos seus próprios
presbíteros locais. Isso está descrito em Atos:
56
Em Atos 14:22, esses grupos de crentes em cada cidade são citados como
meros discípulos. Mas no versículo seguinte, o escritor refere-se a eles como
igrejas. A transição de “discípulos” para “igrejas” foi realizada pela nomeação de
lideres locais para cada congregação, que foram designados de “anciãos”. Em
cada caso, estavam “orando com jejuns” quando os anciãos foram eleitos. É
portanto justo dizer que o estabelecimento de uma igreja local em cada cidade
foi acompanhado por oração e jejum coletivo.
Sob a antiga aliança, Deus ordenou para Israel um dia especial a cada ano, no
qual eles tinham que “afligir as suas almas”. Esse era o Dia da Expiação. Em
Levítico 16:31, o Senhor instruiu Israel em relação a esse dia: “É um sábado de
57
descanso para vós, e afligireis as vossas almas; isto é estatuto perpétuo.”. Do
tempo de Moisés em diante, os Judeus tem interpretado isto como um
mandamento para jejuar. Em Atos 27:9, é este Dia anual da Expiação que é
referido como “o Jejum”.
Dezenove séculos depois, sob o nome Hebraico Yom Kippur, o Dia da Expiação
ainda é observado por Judeus Ortodoxos em todo o mundo como o dia do jejum.
Em dois dos seus salmos, David também fala do jejum desta maneira. Em
Salmos 35:13 ele diz: “…humilhava a minha alma com o jejum…”. A palavra
traduzida aqui por “humilhar” é a mesma que é traduzida por “afligir” no capítulo
acerca do Dia da Expiação. Novamente, no Salmo 69:10, Davi diz: “… chorei, e
castiguei com jejum a minha alma…”. Podemos juntar as várias expressões
usadas, e dizer que jejum, como praticado aqui, é uma forma de lamentação, e
uma maneira para humilhar-se e purificar-se.
O jejum também é um meio pelo qual o crente coloca o seu corpo em sujeição.
Em 1 Coríntios 9:27, Paulo diz: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à
servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma
maneira a ficar reprovado.”. Os nossos corpos, com seus órgãos e apetites
físicos, são servos maravilhosos, mas terríveis senhores. Portanto, é necessário
mantê-los sempre em sujeição. Certa vez, eu ouvi isso bem expresso por um
colega de ministério que disse: “o meu estômago não me diz quando comer, mas
eu digo ao meu estômago quando fazê-lo”. Toda vez que um cristão pratica o
jejum para este propósito, ele está lembrando o seu corpo: “você é o servo, não
o senhor”.
Em Gálatas 5:17, Paulo deixa claro a direta oposição que existe entre o Espírito
Santo de Deus e a natureza carnal do homem: “Porque a carne cobiça contra o
Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro”. O jejum lida
com as duas grandes barreiras ao Espírito Santo que são levantadas pela
natureza carnal do homem. São essas, a teimosa (vontade-própria) da alma e
os insistentes apetites, auto-gratificantes do corpo. Praticado corretamente, o
jejum traz tanto a alma como o corpo, em sujeição ao Espírito Santo.
O jejum nem é engenhoca nem remédio para tudo. Deus não faz tais coisas.
Deus oferece plena provisão para o total bem-estar do Seu povo em cada área
das suas vidas – espiritual, física, e material. O jejum é uma parte desta provisão
total. O jejum não é um substituto para nenhuma outra parte da provisão de
Deus. Inversamente, nenhuma outra parte da provisão de Deus é um substituto
para o jejum.
Em Colossenses 4:12, lemos que Epafras orou por seus companheiros crentes,
para que eles se conservassem firmes “perfeitos e consumados em toda a
vontade de Deus.”. Isto estabelece um padrão muito alto para todos nós. Um
meio bíblico que nos é dado para obtermos esse padrão, é o jejum.
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Todo o triângulo ABC representa a completa vontade de Deus para todo o crente.
O cone claro DBCE representa a área da vontade de Deus, a qual pode ser
apropriada pela oração sem jejum. O pequeno triângulo escuro ADE representa
a área da vontade de Deus que somente pode ser apropriada pela oração
juntamente com o jejum.
Muitas das provisões mais especiais de Deus para o Seu povo, encontram-se
dentro daquele triângulo escuro ADE, de cima.
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Capítulo 7
A declaração profética de Jaaziel foi recebida por sua vez, com adoração e
louvor espontâneo por Josafá e todo o povo. Depois disso, Josafá providenciou
louvor contínuo e organizado enquanto conduzia o seu povo para a batalha.
61
“Então Jeosafá se prostrou com o rosto em terra, e todo o Judá e os moradores
de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando-o. E levantaram-se os
levitas, …, para louvarem ao Senhor Deus de Israel, com voz muito alta. E
aconselhou-se com o povo, e ordenou cantores para o Senhor, que louvassem
à Majestade santa, saindo diante dos armados, e dizendo: Louvai ao Senhor
porque a sua benignidade dura para sempre.”. ( 2 Crônicas 20:18-19, 21)
Três lições práticas podem ser aprendidas da vitória de Josafá. Todas as três
aplicam-se com o mesmo vigor, aos cristãos de hoje.
62
“E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre
toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens
terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos; E também do meu Espírito
derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e
profetizarão;”. (Atos 2:17-18)
Quais foram exatamente as armas espirituais que Josafá usou para ter tal efeito?
Elas podem ser rapidamente resumidas assim: primeiro, jejum coletivo; segundo,
oração unida; terceiro, os dons sobrenaturais do Espírito Santo; quarto,
adoração e louvor público. Estas armas, usadas biblicamente pelos cristãos
nesses dias atuais, ganharão vitórias tão dramáticas e poderosas como as que
eles ganharam para o povo de Judá nos dias de Josafá.
“Ali, junto ao canal de Aava, proclamei jejum para que nos humilhássemos diante
do nosso Deus e lhe pedíssemos uma viagem segura para nós e nossos filhos,
com todos os nossos bens. Tive vergonha de pedir soldados e cavaleiros ao rei
para nos protegerem dos inimigos na estrada, pois lhe tínhamos dito: a mão
bondosa de nosso Deus está sobre todos os que o buscam... Por isso jejuamos
e suplicamos essa bênção ao nosso Deus, e ele nos atendeu” (Esdras 8:21-
23).(NVI)
Esdras fez algo que você e eu às vezes fazemos. Ao testemunhar ao rei, ele
colocou-se numa posição onde tinha que viver à altura do seu próprio
testemunho. Ele tinha dito ao rei: “Nós somos servos do Deus vivo. O nosso
Deus protege e supre todas as nossas necessidades”. Um pouco depois o
caminho abriu-se para que Esdras liderasse um grupo de exilados que queriam
regressar, de volta para Jerusalém. Eles tiveram que fazer uma longa viagem
por território infestado de tribos selvagens e de bandidos. Além de suas esposas
63
e filhos, eles tinham com eles os vasos sagrados do templo, que valiam centenas
de milhares de dólares. Que presa para os bandidos!
Nesta altura, Esdras e os exilados de regresso, tomaram uma decisão vital: eles
não confiariam em soldados e cavaleiros para a sua proteção, mas no poder
sobrenatural de Deus. Não haveria nada de errado moralmente em aceitar uma
escolta do rei, mas seria depender de meios carnais. Em vez disso, através da
oração e jejum coletivo, eles se comprometeram a buscar sua ajuda e proteção
somente na dimensão espiritual do poder de Deus.
O resultado do jejum e oração coletivo para Esdras e o seu grupo foi tão decisivo
como tinha sido para Josafá e o povo de Judá. O grupo de exilados de regresso
completaram a sua longa e perigosa jornada em perfeita paz e segurança. Não
houve oposição de bandidos ou tribos selvagens, nenhuma perda de pessoas
ou propriedades. Dessa maneira, a lição demonstrada por Josafá foi
posteriormente confirmada por Esdras: vitória na dimensão espiritual é
fundamental. É para ser conseguida através do uso de armas espirituais. Depois
disso, o resultado será manifesto em cada área da dimensão natural e material.
64
nas suas mãos. O imperador Persa tinha toda a nação Judaica. Um decreto foi
emitido que todos eles seriam aniquilados num determinado dia. O nome do
homem que era o advogado de satanás contra os Judeus era Hamã.
Essa história deu origem à festa que os Judeus chamam de Purim. Purim
significa “sortes”. A festa é assim chamada porque Hamã lançou sortes para
determinar o dia que seria escolhida a destruição dos Judeus. Lançar sortes era
uma forma de adivinhação. Hamã estava buscando orientação dos poderes
ocultos. Ele confiava em forças espirituais ocultas para dirigi-lo na destruição dos
Judeus. Isto colocou todo o conflito no plano espiritual. Não era apenas carne
contra carne; era espírito contra espírito. Através de Hamã, satanás estava na
verdade desafiando o poder do próprio Deus. Se ele tivesse tido êxito em destruir
os Judeus, teria sido uma vergonha eterna para o nome do Senhor.
Mas quando o decreto para a destruição dos Judeus foi emitido, Ester e as suas
criadas aceitaram o desafio. Elas entenderam que o conflito era no plano
espiritual, e a resposta delas foi no mesmo plano. Concordaram em jejuar por
três dias, noite e dia, sem comer ou beber. Combinaram com Mordecai que ele
reuniria todos os Judeus em Susã, a cidade capital, para se unirem em jejum
pelo mesmo período. (Observe em Ester 2:19 que mais uma vez, na hora da
crise, vemos que o povo de Deus “estava reunido”, assim como nos dias de
Josafá) Dessa maneira, todos os Judeus em Susã, junto com Ester e as criadas,
jejuaram e oraram três dias – setenta e duas horas – sem comer e beber.
O resultado do seu jejum e oração coletivos está descrito nos capítulos seguintes
do Livro de Ester. Podemos resumi-lo rapidamente dizendo que toda a política
do império Persa foi modificada por completo, em favor dos Judeus. Hamã e os
seus filhos pereceram. Os inimigos dos Judeus em todo o império Persa
sofreram completa derrota. Mordecai e Ester tornaram-se as duas
personalidades mais influentes na política Persa. Os Judeus em cada área
experimentaram uma medida singular de favor, paz e prosperidade. Tudo isso
pode ser atribuído diretamente a uma causa: o jejum e a oração coletivos do
povo de Deus.
65
Jonas recusou-se a ir primeiro. Ele era cidadão do reino norte de Israel. Ele sabia
que o império Assírio era naquele tempo o inimigo nacional do seu próprio povo.
O Julgamento sobre Nínive aliviaria a ameaça Assíria a Israel. Por outro lado,
misericórdia para com Nínive aumentaria o perigo para Israel. Portanto, Jonas
estava relutante em levar qualquer mensagem a Nínive que pudesse afastar o
iminente julgamento de Deus sobre aquela cidade.
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Princípios que se aplicam hoje
O trato de Deus com Nínive através de Jonas ilustra um princípio que é revelado
mais plenamente através do profeta Jeremias. No Livro de Jeremias, o Senhor
diz:
“No momento em que falar contra uma nação, e contra um reino para arrancar,
e para derrubar, e para destruir, Se a tal nação, porém, contra a qual falar se
converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava
fazer-lhe. No momento em que falar de uma nação e de um reino, para edificar
e para plantar, Se fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha
voz, então me arrependerei do bem que tinha falado que lhe faria.” (Jeremias
18:7-10).
Qual foi o resultado? O império Assírio, do qual Nínive era capital, tornou-se o
instrumento de julgamento de Deus sobre Israel. Em 721 a.C., os reis da Assíria
capturaram e destruíram Samaria, a capital de Israel, e levaram todo o reino do
norte para o cativeiro.
O fim trágico do reino norte parece apoiar o ditado: “um profeta não tem honra
na sua própria terra”. Israel, com a sua longa história de revelação especial de
Deus, ouviu muitos profetas e os rejeitou. Nínive, sem nenhuma revelação prévia
de Deus, ouviu um profeta e o acatou. Esta lição da história, contém uma
advertência para aqueles como nós, que vivem em terras com longas histórias
de influência e ensinos cristãos. Tomemos cuidado para não permitirmos que a
nossa familiaridade com a mensagem, nos impeça de reconhecermos a sua
urgência!
67
Tomemos cuidado para não permitirmos que
a nossa familiaridade com a mensagem,
nos impeça de reconhecermos a sua urgência!
Hoje, Deus está falando mais uma vez através dos Seus mensageiros e pelo
Seu Espírito a cidades e nações. Ele está chamando ao arrependimento, ao
jejum, a auto-humilhação. Aqueles que obedecerem receberão a visitação da
Sua misericórdia, como fez Nínive. Aqueles que rejeitarem, receberão a visitação
da Sua ira, como fez Israel.
68
Capítulo 8
“No primeiro ano do seu reinado [i.e. o reinado de Dario], eu, Daniel, entendi
pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias,
em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos.
E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas,
com jejum, e saco e cinza.” (Daniel 9:2-3).
Daniel não era apenas profeta; ele era também um estudante de profecia.
Estudando as profecias de Jeremias, ele descobriu a promessa a que se refere
aqui: “Porque assim diz o SENHOR: Certamente que passados setenta anos em
babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a
trazer-vos a este lugar.[i.e. a terra de Israel]” (Jeremias 29:10). Daniel sabia que
o período apontado de setenta anos tinha quase terminado. Portanto, ele
entendeu que a hora prometida da libertação e restauração estava próxima.
No capítulo 4 deste livro, nós falamos sobre a oração de Daniel que aparece em
Daniel 6:10. Essa passagem mostra que Daniel já praticava a intercessão
regular, três vezes ao dia, pela restauração de Israel à sua própria terra. Agora,
a revelação da profecia de Jeremias mostrou-lhe que o tempo para Deus
responder às suas orações tinha chegado. Estudando a resposta de Daniel a
essa revelação, ganhamos uma lição vital para o ministério da intercessão. Uma
pessoa de mente carnal poderia ter interpretado a promessa de Jeremias como
um liberar da obrigação de orar mais. Se Deus tinha prometido restaurar Israel
naquele tempo, que necessidade adicional haveria de orar?
69
como um desafio de buscar a Deus com maior intensidade e fervor que antes.
Essa determinação renovada é maravilhosamente expressa em suas próprias
palavras: “Voltei (dirigi) o meu rosto para o Senhor Deus,...” (Daniel 9:3)(SBB).
Na vida de oração de cada um de nós, chega um momento em que temos de
voltar (dirigir) o nosso rosto. Daquele momento em diante, nenhum
desencorajamento, nenhuma distração, nenhuma oposição, será permitida para
nos deter, até que tenhamos obtido a total certeza (a plena garantia) da resposta
que a Palavra de Deus nos assegura.
Em 2 Crônicas, Deus declara as condições que o Seu povo deve cumprir para a
cura da sua terra:
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a
minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei
o seu pecado e curarei a sua terra.”. ( 2 Crônicas 7:14 )(NVI)
As exigências de Deus são quatro: que o Seu povo se humilhe, ore, busque a
Sua face, e se afaste dos seus maus caminhos. Quando satisfazer essas
condições, Deus promete ouvir a oração do Seu povo e curar a sua terra.
70
Deus; e, identificando-se com os pecados do seu povo, ele renunciou e afastou-
se destes pecados. Por sua vez, o resultado prova a fidelidade de Deus em
cumprir a Sua promessa sempre que as Suas condições são satisfeitas, porque
foi através da intercessão de Daniel que a restauração veio a Israel e a cura para
a sua terra.
“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos
filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos
jovens terão visões.” (Joel 2:28).
71
No dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo inicialmente foi derramado, este
versículo de Joel foi citado por Pedro:
“Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz
Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e
as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos
sonharão sonhos;” (Atos 2:16-17).
Transferindo isso de tipo para antítipo, chegamos a uma dedução lógica: a chuva
temporã do Espírito Santo marca o começo dos últimos dias, enquanto a chuva
serôdia do Espírito Santo marca o encerramento dos últimos dias. Deus tanto
começa como termina o Seu trato com a Sua igreja na terra através de um
derramamento universal do Seu Espírito Santo. A primeira chuva do Espírito
Santo caiu na igreja primitiva. A última chuva do Espírito Santo está caindo
agora, nos nossos dias, na igreja em todo o mundo. Essa é a implicação da frase
de Pedro, “nos últimos dias”.
Agora voltemos à versão original da profecia, como foi dada em Joel 2:28: “E há
de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne”. Onde Pedro
diz: “nos últimos dias”, Joel diz: “depois”. Para que entendamos a mensagem
completa de Joel, precisamos interpretar corretamente essa palavra depois. O
que Joel quer dizer com isso? Depois de quê? Obviamente, ele refere-se a algo,
que disse anteriormente na sua profecia.
72
nenhuma solução humana. O que Deus diz para o Seu povo fazer? O remédio
que Deus prescreve é jejum coletivo. “Santificai um jejum, convocai uma
assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra, na
casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor.”. (Joel 1:14)
Santificai aqui quer dizer separai. O chamado de Deus para o jejum deve ter
primazia absoluta. Todas as outras atividades, religiosas ou seculares, devem
tomar o segundo lugar. Há uma ênfase particular sobre os anciãos. Os líderes
do povo de Deus tem uma responsabilidade especial nesse assunto. Entretanto,
todos os habitantes da terra estão incluídos. Não pode haver exceções. É
requerido que o povo de Deus se una, para enfrentar a sua necessidade. Eles
são chamados a reunirem-se em jejum, assim como fizeram nos dias de Josafá,
Esdras e Ester.
Em Joel 2:12, o chamado é repetido: “Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor:
Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro,
e com pranto.”. Em horas de crise como esta, somente orar não será o suficiente.
A oração deve ser acompanhada pelo jejum, choro e pranto (lamento). (Notamos
novamente a íntima conexão entre o jejum e o lamento)
Em Joel 2:15, o chamado para o jejum vem a terceira vez: “Tocai a trombeta em
Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene.”. Sião é a
assembléia do povo de Deus. Tocar a trombeta é a forma mais pública de
proclamação possível. Não há nada privado ou secreto num jejum que é
proclamado dessa maneira. A Bíblia deixa claro que há momentos em que o
jejum é para ser proclamado publicamente para todo o povo de Deus. A
passagem continua:
Mais uma vez, mesmo que todo o povo esteja envolvido, existe uma ênfase
especial sobre a liderança: os sacerdotes, os ministros do Senhor e os anciãos.
No capitulo 6 deste livro, vimos que a responsabilidade dos líderes, de
estabelecer o exemplo no jejum, é transportada para a igreja do Novo
Testamento.
Três vezes nesses versículos de Joel, Deus chama o Seu povo a jejuar. Depois
vem a promessa: “depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne”. Depois
de quê? Depois que o povo de Deus tenha obedecido o Seu chamado ao jejum
e oração. Hoje, o Espírito de Deus está sendo derramado numa certa medida.
Existe ampla evidência que o tempo chegou para a “chuva serôdia” de Deus.
Mas por enquanto, vemos apenas uma pequena fração do derramamento total
que a Bíblia claramente prediz. Deus está esperando que nós cumpramos as
73
Suas exigências. Será necessário oração e jejum coletivo, para precipitar a
plenitude final da chuva serôdia.
No que toca a este assunto, a nossa posição hoje é muito parecida com a de
Daniel no começo do reino de Dario. Ele viu a mão de Deus movendo-se na
situação política. Ele viu nas Escrituras que o tempo de Deus tinha chegado para
a restauração do Seu povo. Impelido por este testemunho duplo, Daniel
entregou-se a oração e jejum. Somente desta maneira as promessas de Deus
poderiam ser levadas ao seu cumprimento pleno.
O propósito central de Deus nos dias de Daniel era a restauração. Deus movia-
se para trazer o Seu povo de volta à herança que eles tinham perdido pela
desobediência. O mesmo é verdade hoje. O derramamento do Espírito Santo é
a maneira determinada por Deus para a restauração. O próprio Deus declara
isso em Joel 2:25: “Assim vos restituirei os anos que foram consumidos pela
locusta voadora…”.(ARIB)
Três séculos e meio atrás, a igreja experimentou a reforma. Hoje Deus já não
está preocupado com reforma. O Seu propósito é a restauração. Deus está se
movendo para restaurar cada área da herança do Seu povo à sua condição
original.
Deus está se movendo para restaurar cada área da herança do Seu povo
à sua condição original.
74
“… Contudo, no dia do seu jejum vocês fazem o que é do agrado de vocês, e
exploram os seus empregados
Será esse o jejum que escolhi... um dia o homem... incline a cabeça como o
junco...?”. (Isaías 58: 3-5 )
Para as pessoas descritas aqui, o jejum era meramente uma parte aceite do
ritual religioso. Este era o tipo de jejum praticado pelos Fariseus nos dias de
Jesus. Não havia nenhum arrependimento ou auto-humilhação. Pelo contrário,
eles continuavam com todas as suas atividades seculares normais e
conservavam todas as suas atitudes malignas de ganância, egoísmo, orgulho e
opressão. O “incline a cabeça como o junco”, é uma descrição muito vívida de
certas formas de oração, ainda praticadas por alguns Judeus ortodoxos, no qual
eles balançam os seus torsos para frente e para trás, repetindo mecanicamente
orações predefinidas, das quais dificilmente entendem o significado. Por outro
lado, o tipo de jejum que é bem agradável a Deus, nasce de motivações e
atitudes que são totalmente diferentes. No versículo 6, Isaías define as
motivações por trás deste tipo de jejum: “que soltes as ligaduras da impiedade,
que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces
todo o jugo?” Tanto as Escrituras como a experiência confirmam que há muitas
ligaduras que não podem ser soltas, muitos jugos que não podem ser
despedaçados, muitas ataduras que não podem ser desfeitas e muitos oprimidos
que nunca serão libertos até que o povo de Deus – e especialmente os seus
líderes – obedeçam ao chamado de Deus para jejum e oração.
Isaías mais uma vez adverte contra as atitudes erradas associadas com o tipo
de jejum que não é aceitável a Deus, e contrasta essas atitudes com a caridade
verdadeira e prática.
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Agora consideremos as bênçãos prometidas por Isaías àqueles que praticam o
tipo de jejum aceitável a Deus. Essas bênçãos estão registadas em estágios
sucessivos. Primeiro, Isaías descreve as bênçãos de saúde e justiça:
“Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a
tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.”
(Isaías 58:8)
Isso está em harmonia com a promessa de Malaquias 4:2: “Mas para vós, os
que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas…”.
O contexto em Malaquias indica uma aplicação especial ao período um pouco
antes do encerramento da presente era.
“…então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.
E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e
fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial,
cujas águas nunca faltam.”. ( Isaías 58:10-11 )
Como Joel, Isaías aponta para uma ligação estreita entre o jejum e a restauração
do povo de Deus. Isaías fecha a sua mensagem sobre o jejum com esse tema:
“edificar as antigas ruínas... reparar as roturas... restaurar as veredas para
morar”. Esse trabalho de restauração é o propósito de Deus para o Seu povo
nesse tempo. O meio determinado por Deus para realizar isso é a oração e o
jejum.
76
Capitulo 9
Para muitos cristãos hoje – talvez para a maioria – a perspectiva de jejuar não é
familiar, e é um pouco assustadora. Frequentemente, depois de ter pregado
numa reunião pública sobre jejum, as pessoas tem vindo até mim com perguntas
do tipo: “como começo a jejuar?”, “existem alguns perigos especiais contra os
quais me devo proteger?”, “Pode dar-me algumas dicas práticas?”
Todos os cristãos responsáveis têm que cultivar numa base regular, a sua vida
de oração pessoal. A maioria dos cristãos acha prático, separar a cada dia um
tempo definido para a oração pessoal. Muito frequentemente, este período é
cedo, de manhã, antes das atividades seculares normais do dia começarem.
Outros acham melhor dedicar o fim do dia, à oração. Alguns misturam tanto a
manhã como a noite. Para cada crente, isso é determinado pela conveniência
pessoal, e pela direção individual do Espírito Santo.
77
estômagos ficaram “programados” para esse dia, assim como um despertador é
programado para tocar numa determinada hora. Quando chegava a quinta-feira,
mesmo que tivéssemos esquecido que dia da semana era, os nossos estômagos
não faziam as suas exigências normais por comida. Lembro-me de Lydia dizer
para mim certa ocasião: “Deve ser quinta-feira, estou sem apetite esta manhã!”
Nos primeiros dias do movimento Metodista, havia uma forte ênfase no jejum
regular. O próprio John Wesley fez disto parte da sua própria disciplina pessoal.
Ele ensinou que a igreja primitiva praticava o jejum às quartas e sextas-feiras de
cada semana, e exortou todos os Metodistas dos seus dias a também fazerem
o mesmo. Na verdade, ele não ordenava para o ministério Metodista, nenhum
homem que não se comprometesse a jejuar até às quatro horas da tarde todas
as quartas e sextas-feiras.
É claro, que tanto no caso da oração como do jejum, precisamos nos proteger
contra qualquer forma de prisão legalista. Em Gálatas 5:18, Paulo diz: “Mas, se
sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei”. Para um cristão que é
guiado pelo Espírito Santo, nem a oração nem o jejum deveria jamais tornar-se
uma exigência fixa, legal como era imposta a Israel sob a lei de Moisés. Portanto,
um cristão pode perfeitamente, a qualquer momento, sentir-se livre para mudar
o seu padrão de oração e jejum, quando as circunstâncias exigirem ou o Espírito
Santo assim o indicar. Ele nunca deveria permitir que isso lhe trouxesse qualquer
sentimento de culpa ou auto-condenação.
No capítulo 6 deste livro, nós vimos que no Sermão da Montanha (Mateus 6:1-
18), Jesus usou a mesma linguagem sobre jejum, que Ele usou sobre a oração.
Deu instruções para a oração individual: “Mas tu (singular), quando orares…”
Porém, Ele também deu instruções para a oração coletiva: “E quando orarem
(plural)…”(NVI) Da mesma maneira, Ele deu instruções tanto para o jejum
individual quanto para o coletivo. “Tu (singular), porém quando jejuares…” aplica
ao indivíduo. “Quando jejuarem (plural)…”(NVI) indica o grupo no seu todo.
Às vezes, as pessoas são contra, dizendo que Jesus advertiu os seus discípulos
que não jejuassem em público. Eles citam Mateus:
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“Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,
Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto;
e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mateus 6:17-18).
Nós já deixamos claro, que aqui Jesus está falando no singular, ao indivíduo.
Isso é lógico. Um indivíduo crente, que jejua sozinho, não tem necessidade de
fazer o seu jejum público.
“E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque
desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em
verdade vos digo que já receberam o seu galardão.” (Mateus 6:16).
Nesse versículo, Jesus adverte contra a ostentação desnecessária, mas Ele não
exige que o jejum seja feito secretamente. Isso também é lógico. Obviamente,
as pessoas não podem reunir-se para um jejum coletivo, a não ser que seja
organizado por algum anúncio público. Isso necessariamente descarta o sigilo.
Sem dúvida, o diabo está por trás dessa teoria de que os cristãos devem
somente jejuar em segredo. Isto priva o povo de Deus da arma mais poderosa
de todo o seu arsenal – que é o jejum público e coletivo.
Tendo estabelecido esses princípios básicos, que aplicam tanto à oração como
ao jejum, podemos olhar mais especificamente para o jejum. No decorrer dos
anos, baseado na experiência pessoal, eu juntei várias orientações práticas, que
são destinadas a produzir o máximo benefício do jejum. Elas estão referidas
resumidamente aqui. Por conveniência iremos lidar primeiro com o jejum
individual, e depois com o jejum coletivo.
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motivações corretas: “…e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará
publicamente.”.
2. Lembre-se: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o
ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:17). O seu jejum deve ser
baseado na convicção de que a Palavra de Deus faz saber que ele faz
parte da disciplina cristã normal. Espero que os três capítulos anteriores
deste livro, lhe tenha ajudado a chegar a esta convicção.
3. Não espere que alguma emergência o leve a
jejuar. É melhor começar a jejuar quando você está “por cima”
espiritualmente, do que quando está “por baixo”. A lei do progresso no
Reino de Deus é a seguinte: “De força em força” (Salmos 84:7); “de fé em
fé” (Romanos 1:17); e de glória em glória” (2 Coríntios 3:18).
4. No começo, não se coloque num período muito
longo de jejum. Se estiver jejuando pela primeira vez, omita uma ou duas
refeições. Então, mova-se gradualmente para períodos maiores, como um
dia ou dois. É melhor começar estabelecendo como objetivo, um período
curto e conseguir. Se estabelecer logo no início um período muito longo e
falhar em cumprir, poderá ficar desencorajado e desistir.
5. Durante o seu jejum, dedique bastante tempo ao
estudo Bíblico. Quando possível, leia uma porção das Escrituras antes de
cada período de oração. Os Salmos são particularmente providenciais.
Leia-os em voz alta, identificando-se pessoalmente com as orações, os
louvores, e as confissões contidas neles.
6. Muitas vezes é útil definir determinados
objetivos específicos no seu jejum e fazer uma lista escrita deles. Se
guardar a lista que faz, e depois de um intervalo de tempo voltar a olhar
para ela, sua fé será fortalecida quando vir, quantos dos seus objetivos
foram alcançados.
7. Evite a ostentação e o orgulho religioso. Exceto
por períodos especiais de oração, ou outra atividade espiritual, a sua vida
e conduta enquanto jejua deveria ser tão normal e despretensiosa, quanto
possível. Esta é a essência das advertências dadas por Jesus em Mateus
6:16-18. Lembre-se que a vanglória é excluída pela lei da fé (veja
Romanos 3:27). Jejuar não lhe rende nenhum crachá de mérito de Deus.
Faz parte do seu dever como cristão comprometido. Tenha em mente a
advertência de Jesus em Lucas 17:10: “assim também vocês, quando
tiverem feito o que lhes for ordenado, devem dizer: somos servos inúteis;
apenas cumprimos o nosso dever”.(NVI)
8. Cada vez que jejuar, verifique cuidadosamente
as suas motivações. Gaste tempo lendo Isaías 58:1-12 mais uma vez.
Observe as motivações e atitudes que não são agradáveis a Deus.
Depois, estude as motivações e objetivos que são agradáveis a Deus. As
suas motivações e objetivos deveriam alinhar-se com elas.
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Aspectos Físicos do Jejum
Quando praticado com o devido cuidado e bom-senso, o jejum é benéfico ao
corpo físico. Aqui estão alguns pontos a observar, se desejar obter os benefícios
físicos do jejum.
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sobrenatural da presença imediata de Deus. A não ser que esteja no
mesmo plano sobrenatural, não tente seguir o exemplo de Moisés.
8. Termine o seu jejum gradualmente. Comece
com refeições mais leves e fáceis de digerir. Quanto mais tempo jejuou,
mais cuidadoso precisa ser, na forma como terminar o seu jejum. Nesse
momento, precisará exercitar cuidadoso domínio próprio. Comer comidas
muito pesadas depois do jejum, pode causar sérios desconfortos físicos,
e pode anular os benefícios físicos do jejum.
9. Durante qualquer jejum que ultrapasse dois
dias, o seu estômago diminuirá. Não o faça dilatar de novo. Se tem tido a
tendência de comer em demasia, proteja-se para não voltar a esse hábito.
Se se treinar a comer mais moderadamente, o seu estomago ajustar-se-
á proporcionalmente.
82
Quando revejo, agora, esses registos, fico constantemente maravilhado em ver
quantas vezes e de quantas maneiras, Deus tem respondido às minhas orações.
Às vezes, existe um longo intervalo entre a data que eu registei um pedido
específico de oração, e a data em que ele foi respondido. Muito frequentemente,
registei pedidos de oração e depois esqueci-me deles. Mas, olhando de novo,
vejo que Deus não os esqueceu. À Sua maneira, e no Seu tempo, Deus
respondeu até aqueles pedidos que eu mesmo tinha esquecido.
Fico maravilhado em observar que, nesse período particular, escrevi uma lista
completa dos meus objetivos especiais de oração em Grego do Novo
Testamento. As coisas pelas quais eu estava orando eram tão íntimas e
sagradas para mim, que eu queria que a lista fosse conhecida só por Deus e por
mim mesmo. Por esta razão, escrevi-a numa língua que poucos conhecem hoje!
Muitas das coisas por que orei, ainda são muito pessoais para eu as divulgar.
Entretanto, há certos pontos sobre os quais sinto liberdade de escrever.
Quando eu olho para vários pedidos feitos em favor da minha família, posso ver
que todos eles foram definitivamente respondidos. O último pedido deste setor
foi para a salvação da minha mãe. Isso aconteceu cerca de quatorze anos
depois.
Entre os pedidos que fiz para mim mesmo, era para o fluir de quatro dons
espirituais específicos. Naquele tempo, eu raramente entendia a natureza dos
dons que eu estava buscando. Entretanto, hoje posso dizer que todos esses
quatro dons se estão manifestando regularmente no meu ministério.
Os pedidos que fiz para a igreja e o mundo, estão em grande medida sendo
respondidos pelo derramamento mundial do Espírito Santo que está ocorrendo
agora. Entretanto, se o povo de Deus O buscar mais fervorosamente com oração
e jejum em maior escala, creio que assistiremos a um mover do Espírito Santo
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em todo o mundo, como nunca registado na história, ainda. Verdadeiramente,
veremos cumprida a profecia de Habacuque 2:14: “Porque a terra se encherá do
conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.”.
Dos meus pedidos pela Inglaterra, somente uma pequena fração, foi respondida
até agora. Entretanto, em 1953 – dois anos depois desse período especifico de
oração – Deus acordou-me numa noite e falou comigo de forma audível. A
primeira promessa que Ele me deu foi: “Haverá um grande avivamento nos
Estados Unidos e Grã-Bretanha”. Este avivamento já está acontecendo nos
Estados Unidos, e há evidências de que também está começando na Grã-
Bretanha. Eu não tenho duvida no meu coração, de que a promessa de Deus
para a Inglaterra será cumprida. Pela Sua graça, eu espero ser testemunha
disso.
“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além
daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, A esse
glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre.
Amém.” (Efésios 3:20-21)
84
Capítulo 10
85
Tendo obtido as minhas principais graduações na Universidade de Cambridge,
e tendo iniciado uma equipa de bolsistas no King’s College, Cambridge, fiquei
particularmente interessado em ver quantos dos líderes espirituais dos
peregrinos tinham estudado em Cambridge. Três dos mais intimamente
associados com a história dos peregrinos eram Richard Clyfton, John Robinson
e William Brewster. Clyfton era o presbítero da congregação original em Scrooby,
Inglaterra. Robinson era o presbítero da congregação dos peregrinos em Leiden,
Holanda. Brewster era o presbítero que na verdade navegou no Mayflower, e
tornou-se o principal líder espiritual da colónia original em Plymouth. Todos eles
estudaram em Cambridge.
Durante os meses que se seguiram à minha visita a Plymouth, viajei por todo o
mundo e realizei reuniões em várias partes dos Estados Unidos. Comecei a
compartilhar com aqueles que conheci, algumas das minhas estimulantes
descobertas do livro de Bradford “Of Plymouth Plantation”. Para minha surpresa,
encontrei uma ignorância quase completa e universal sobre todo o assunto.
Muitas pessoas com pelo menos uma educação média, nascidos e criados nos
Estados Unidos, confessaram que nunca tinham ouvido falar neste livro. Poucos
reconheceram que tinham ouvido falar do livro, mas nenhum, que eu me lembro,
o tinha lido.
Por essa razão, sinto que não preciso pedir desculpa por citar do livro de
Bradford, várias passagens que se relacionam com o tema do nosso presente
estudo. Todas as seguintes citações foram tiradas da edição publicada pela
“Modern Library Books”, com uma introdução e notas de Samuel E. Morison.
86
Restauração, e não Reforma
Apesar dos peregrinos estarem inicialmente associados aos Puritanos, havia
diferenças importantes entre eles. Ambos viam a necessidade de uma reforma
religiosa, mas divergiam em relação aos meios pelos quais a reforma poderia ser
alcançada. Os Puritanos, determinaram que permaneceriam dentro da igreja
estabelecida, e que fariam a reforma de dentro – por coação – se necessário. Os
peregrinos buscaram a liberdade para si próprios, mas negaram usar o
mecanismo do governo secular para impor as suas visões sobre os outros. Esses
diferentes pontos de vista, são expressos na seguinte passagem de Leonard
Bacon’s Genesis of the New England Churches (Gênesis das Igrejas da Nova
Inglaterra):
O Peregrino queria liberdade para si mesmo, sua esposa, filhos, e para os seus
irmãos, para caminhar com Deus numa vida cristã, à medida que as regras e
motivações dessa vida lhe fossem reveladas pela Palavra de Deus. Por isso, ele
foi para o exílio; por isso, ele cruzou o oceano; por isso, ele fez a sua casa no
deserto. A idéia do Puritano não era a liberdade, mas o governo correto na igreja
e no estado – um governo tal que não só permetisse a ele, mas também
obrigasse a outros homens a andar no caminho certo.
“... as igrejas de Deus devem voltar à sua pureza original e recuperar a sua
ordem, liberdade e beleza primitiva [i.e. original]”.
Mais tarde nesse capitulo, Bradford retorna a este tema quando declara o
propósito dos peregrinos:
87
governado por elas, distribuídas nos seus ministérios, e pelos seus ministros
como Pastores, Mestres, Presbíteros, etc., de acordo com as Escrituras”. (p.6)
“... eles chegaram tão perto do padrão primitivo [original] das primeiras igrejas
quanto qualquer outra igreja desses tempos posteriores fez.” (p. 19)
“Por fim (mas não menos importante), havia uma grande esperança e zelo
interior de estabelecer um bom fundamento. . . para a propagação e avanço do
evangelho do reino de Cristo naquelas partes remotas do mundo; sim, embora
devessem ser, mesmo somente como degraus para outros, para a realização de
tão grande obra.”. (p.25)
“Portanto, estando prontos para partir, eles tiveram um dia de solene humilhação;
o seu pastor (John Robinson) usou o texto de Esdras 8:21: “Ali, junto ao canal
de Aava, proclamei jejum para que nos humilhássemos diante do nosso Deus e
lhe pedíssemos uma viagem segura para nós e nossos filhos, com todos os
nossos bens”. Sobre o qual ele (Robinson) falou uma boa parte do dia de
maneira bem proveitosa e adequada à sua situação presente; o resto do tempo
passou-se com o derramento de orações ao Senhor com grande fervor,
misturadas com abundância de lágrimas” (p. 47)
88
paralelo muito próximo entre os peregrinos embarcando para a sua jornada ao
“Novo Mundo”, e o grupo de exilados de Esdras retornando da Babilônia para
Jerusalém, a fim de ajudar na restauração do templo.
Por exemplo, os Luteranos, eles não podiam ser atraídos a irem além do que
Lutero viu; porque qualquer parte da vontade de Deus, que mais tarde ele
transferiu e revelou a Calvino, eles (os Luteranos) prefeririam morrer do que
abraçá-la. E também, disse ele, observe os Calvinistas, eles ficam onde ele
(Calvino) os deixou, uma miséria a ser lamentada; porque apesar deles terem
sido preciosas luzes resplandecentes nos seus dias, contudo, Deus não lhes
tinha revelado toda a Sua verdade; e se eles estivessem vivos agora, disse ele,
estariam tão prontos e desejosos de abraçar mais luz do que aquela que já
tinham recebido.
Aqui ele, também, nos relembra a nossa aliança com a igreja, pelo menos aquela
parte que prometemos, e pactuamos com Deus e uns com os outros de receber
qualquer luz ou verdade que nos pudesse ser dada a conhecer, da Sua Palavra
escrita; mas, contudo, nos exortou a ter cuidado com o que recebemos como
verdade, a examinar e comparar bem, comparando com outras Escrituras, antes
de recebê-la. Porque, disse ele, não é possível que o mundo cristão tenha vindo
tão tarde (recentemente), de tamanhas trevas anti-cristãs, e que a plena
perfeição do conhecimento, irrompesse de uma só vez (p. 184)
89
O próprio Bradford cria firmemente que ele e os seus companheiros estavam na
mesma linha de peregrinação espiritual que os santos do Antigo e Novo
Testamento, e habitualmente recorria a linguagem da Bíblia para expressar os
seus sentimentos e reações. No capitulo 9, ele descreve a chegada do
“Mayflower”, em “Cape Cod”, e os muitos perigos e dificuldades que os
peregrinos encontraram. Ele conclui o capítulo assim:
“O que agora poderia sustentá-los senão o Espírito de Deus e a Sua graça? Não
podem os filhos desses pais dizerem corretamente: nossos pais eram Ingleses,
que atravessaram este grande oceano, e estavam prestes a perecer neste
deserto; mas, eles clamaram ao Senhor, e Ele ouviu as suas vozes e atentou
para a sua adversidade” (Essa é a própria paráfrase de Bradford de
Deuteronômio 26:5,7)
“Que eles, então, louvem ao Senhor, porque Ele é bom e as Suas misericórdias
duram para sempre. Digam-no os remidos do Senhor como lhes livrou das mãos
do adversário. Andaram desgarrados pelo deserto, por caminhos solitários; não
acharam cidade para habitarem. Famintos e sedentos, a sua alma neles
desfalecia. Que eles confessem diante do Senhor o Seu amor e bondade e as
Suas maravilhas perante os homens” (Essa é a própria versão de Bradford do
Salmos 107:1-5, 8).
... por uma grande seca que continuou desde a terceira semana de março, até
mais ou menos, meados de julho, sem chuva alguma e com grande calor a maior
parte do tempo, de tal maneira que o milho começou a murchar... ele começou
a definhar, e alguns dos terrenos mais secos estavam ressecados como feno
murcho... O que os levou a separar um dia solene, para humilhação e para
buscar o Senhor com oração humilde e fervorosa... E Ele se agradou em dar-
lhes uma resposta rápida e graciosa, tanto para admiração deles como dos
Índios... Durante toda a manhã, e a maior parte do dia, o tempo estava limpo e
muito quente, sem nuvem alguma ou qualquer sinal de chuva à vista; No entanto,
ao anoitecer, começou a nublar, e pouco depois a chover, com chuvas tão doces
e gentis, que lhes deram motivo para se alegrarem e bendizerem a Deus...
90
maravilhoso ver, que fez os Índios ficarem pasmos ao contemplar. E depois o
Senhor enviou-lhes esses aguaceiros sazonais, com alternância de bom tempo
com calor ameno os quais, pela Sua benção, trouxeram uma abundante e
frutífera colheita... Para essa misericórdia, na altura oportuna, eles também
separaram um dia de ações de graças” (p. 131-2)
Essa prática de separar dias especiais de oração e jejum, tornou-se uma parte
assumida na vida da Colônia Plymouth. Em 15 de novembro de 1636, passou
uma lei, permitindo o governador e os seus assistentes “ordenarem dias solenes
de humilhação com jejum, etc... e também para ações de graças conform a
ocasião surgir”.
91
Capítulo 11
Abaixo, veremos a principal parte da resolução, tal como registada nos “Jornals
Of The House Of Burquesses Of Virginia (Jornais da Casa dos Burgueses da
Virgínia), 1773-1776”, editado por John Pendleton Kennedy:
92
para ler Orações, e o Reverendo Mr. Gwatkin, para pregar um
Sermão, apropriado para a ocasião”.
Que esta resolução foi respeitada, é confirmado por ninguém menos que George
Washington, que escreveu no seu diário, naquele primeiro dia de junho: “Fui à
Igreja e jejuei todo o dia” (Os diários de George Washington, 1748-1799, editado
por John C. Fitzpatrick)
93
desafortunado de outros países; a ampliar entre nós o
verdadeiro e útil conhecimento; a difundir e estabelecer
hábitos de sobriedade, ordem, moralidade e piedade, e
finalmente partilhar todas as bênçãos que possuímos, ou
pedimos para nós mesmos, com toda a família da humanidade.
94
incline pelo Seu Espírito Santo, para aquele sincero
Arrependimento e Reformação, a qual poderá oferecer-nos
esperança para o Seu inestimável favor e Bênção Celestial.
Que seja objeto da particular e fervorosa súplica, para que
o nosso país seja protegido de todos os perigos que o
ameaçam. Que os nossos privilégios civis e religiosos sejam
preservados intactos, e perpetuados às próximas gerações...”
Quatro dias antes do dia determinado por Madison, a última batalha dessa guerra
foi travada em New Orleans, resultando numa vitória para os Estados Unidos. A
paz seguiu um pouco depois. Como resultado, as duas Casas do Congresso
pediram a Madison que proclamasse um dia público de ações de
graças. O dia que ele determinou foi, a segunda quinta-feira de abril de 1815.
Segue-se uma parte da sua proclamação:
95
“O Senado e a Casa dos Representantes dos Estados Unidos têm,
por resolução comum, indicado seu desejo que seja recomendado
um dia a ser observado pelo povo dos Estados Unidos com
solenidade religiosa, como um dia de ações de graças, e
devotos reconhecimentos ao Deus Todo-Poderoso pela Sua
grande bondade manifesta em restaurar-lhes a bênção da paz.
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A primeira proclamação de Lincoln foi feita por um comitê comum das duas
Casas do Congresso, e o dia separado foi a última quinta-feira de setembro de
1861. Segue-se uma parte da proclamação:
97
agosto de 1864. No último parágrafo dessa proclamação, Lincoln fez um apelo
especial, para a cooperação de todos os que ocupavam posições de autoridade
em cada área da vida nacional:
Não há aqui nenhuma pretensão, que a lista acima, de dias públicos de jejum,
esteja abrangente ou completa. No entanto, associada com o material do nosso
capítulo anterior sobre os peregrinos, é suficiente para estabelecer um facto
histórico: desde o começo do século dezessete, até pelo menos a segunda
metade do século dezenove, dias públicos de jejum e oração, tiveram um pápel
vital e contínuo, na definição do destino nacional dos Estados Unidos.
Hoje, enquanto olhamos para trás, para mais de trezentos e cinquenta anos de
história Americana, formamos a impressão de um padrão elaborado, tecido com
linhas de várias cores e texturas. Cada linha representa um contexto diferente,
e está associado a diferentes motivações e propósitos. Do começo ao fim do
padrão, claro e forte, podemos distinguir uma linha de propósito divino. Este
propósito nasceu, da comunhão dos peregrinos e da sua oração e do jejum
coletivo. Em cada geração seguinte, tem sido sustentado e continuado pela fé,
as orações e o jejum de crentes que pensam do mesmo modo. O desenrolar total
e definitivo deste propósito ainda está por vir. É a isso que dedicaremos o último
capítulo desse livro.
98
Capítulo 12
Nos primeiros capítulos desse livro, vimos que a igreja de Jesus Cristo, habitada
pelo Espírito Santo, é o principal representante de Deus na terra e o principal
agente dos propósitos de Deus, para o mundo nesta era. Depois, no capítulo 8,
vimos que, através da chuva serôdia do Espírito Santo, Deus está agora
restaurando a igreja, para os Seus próprios estabelecidos padrões de pureza,
poder e ordem. A igreja, dessa maneira restaurada, poderá então cumprir o seu
destino determinado por Deus, no mundo, e trazer os propósitos de Deus para
um clímax triunfante no fim desta era.
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores (mestres), querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo;Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho
de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,” (Efésios
4:11-13)
Muitas vezes pensamos na igreja como estando numa condição estática. Isso
não é correto. A igreja está numa condição de crescimento, e desenvolvimento.
A primeira palavra do versículo 13, “até” indica que estamos movendo em
direção a um fim predeterminado. Isto é confirmado pela expressão “cheguemos
à unidade da fé”. Nós ainda não estamos na unidade da fé. Uma olhadela sobre
vários grupos, e denominações diferentes, ao nosso redor, prova isso. Mas,
99
estamos movendo para essa unidade. A hora está chegando, quando todos os
verdadeiros cristãos forem unidos na sua fé.
Isto também leva a “homem perfeito” (“ao estado de homem feito”,ARIB). A igreja
está crescendo para a fase de maturidade. Este homem, crescido até a estatura
completa, poderá representar Cristo em toda a Sua plenitude. Ele será, no
sentido mais real, a encarnação de Cristo. Ele constituirá, a consumação dos
propósitos de Deus para a igreja, como corpo de Cristo: a revelação perfeita de
Cristo. A igreja completada, dotada com cada graça, cada dom, todos os
ministérios, apresentará ao mundo um Cristo completo.
A igreja completada, dotada com cada graça, cada dom, todos os ministérios,
apresentará ao mundo um Cristo completo.
Em Efésios capitulo 5, Paulo preenche a sua imagem da igreja no fim desta era.
Ele já tinha apresentado a igreja como o corpo de Cristo. Nessa passagem, ele
apresenta a igreja, como a noiva de Cristo, comparando o relacionamento de
Cristo com a Sua igreja, com o do marido com a sua esposa:
“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si
mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da
água, pela palavra,(Efésios 5:25-26)
100
Isto está de acordo, com a imagem de Cristo apresentada em 1Joao 5:6: “Este
é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo: não somente por
água, mas por água e sangue. E o Espírito é quem dá testemunho, porque o
Espírito é a verdade”.(NVI)
Por meio do Seu sangue, derramado na cruz, Cristo é o Redentor da igreja. Por
meio da água pura da Palavra de Deus, Cristo é o Santificador da igreja. É o
Espírito Santo que dá testemunho desses dois aspectos de Cristo. No atual
derramamento da “chuva serôdia”, o Espírito Santo, está mais uma vez
colocando toda ênfase da Sua autoridade divina, sobre essas duas
provisões de Deus para a igreja: redenção pelo sangue de Cristo, e
santificação pela Palavra de Deus. Ambas, de igual modo, são essenciais
para o aperfeiçoamento da igreja.
O primeiro e mais proeminente aspecto da igreja, como descrito aqui, é que ela
será gloriosa. Isto quer dizer, que ela será permeada pela glória de Deus. A
palavra glória, denota a presença pessoal de Deus, manifestada aos sentidos
humanos. Depois da libertação de Israel do Egito, esta glória tomou a forma de
uma nuvem, que cobriu o tabernáculo no deserto, e que também encheu e
iluminou o Santo dos Santos, dentro do tabernáculo. Igualmente, a igreja
aperfeiçoada será coberta, cheia e iluminada, pela manifesta glória de Deus.
Como resultado, a igreja também será santa e irrepreensível.
101
7. A igreja será irrepreensível.
O Redentor virá a Sião, aos que em Jacó se arrependerem dos seus pecados,
declara o Senhor.”
Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles, diz o Senhor. O meu Espírito
que está em você e as minhas palavras que pus em sua boca não se afastarão
dela, nem da boca dos seus filhos e dos descendentes deles, desde agora e
para sempre, diz o Senhor.
102
o nome do Senhor desde o poente, e a sua glória desde o nascente do sol…”.
Haverá uma demonstração global da glória de Deus, que trará admiração e
reverência, entre todas as nações.
A segunda parte desse versículo revela que satanás, “o inimigo” vindo “como
uma corrente de águas”, tentará opor-se aos propósitos de Deus, mas que a sua
oposição, será vencida pelo Espírito Santo. Historicamente, é a hora mais
sombria da necessidade do homem, que evoca a mais poderosa intervenção de
Deus. É “onde abunda o pecado”, que “superabunda a graça” de Deus.
(Romanos 5:20)
Qual é o estandarte que o Espírito Santo ergue aqui? Em João 16:13-14, Jesus
falou da vinda do Espírito Santo, e declarou: “Ele me glorificará”. O Espírito Santo
só tem um estandarte para levantar. Não é uma instituição, nem uma
denominação, nem uma doutrina. É uma pessoa – “Jesus Cristo é o mesmo,
ontem, hoje e para sempre”(Hebreus 13:8)(NVI). Para todo verdadeiro crente,
lealdade a esse estandarte – Jesus Cristo – é a prioridade. Qualquer outro
compromisso – a uma instituição, denominação, ou doutrina – é secundário.
Onde quer, que esses crentes vejam Cristo verdadeiramente exaltado pelo
Espírito Santo, ali eles se reunirão.
Nas décadas desde a II Guerra Mundial, esta profecia na parte final de Isaías
59:19, tem se cumprido exatamente. Primeiro, “…vindo o inimigo como uma
corrente de águas…”. Tem havido uma inundação da influência e atividade de
satanás como nunca antes, em todas as áreas da vida – religiosa, moral, social
e política. Segundo, “…o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua
bandeira…”. Cada sector da cristandade, começou a experimentar uma visitação
soberana, sobrenatural, do Espírito Santo. Esta visitação, não se centra em
nenhuma instituição, ou personalidade humana, mas somente no Senhor Jesus
Cristo. O povo de Deus, de todas as origens, está agora reunindo-se em torno
da pessoa de Cristo, exaltado pelo Espírito Santo.
Isaías 59:19-29, descreve vários efeitos desta visitação. O povo de Deus, está
voltando para Ele em arrependimento. Cristo está operando de novo, na Sua
igreja, trazendo redenção e libertação. Ele está renovando a Sua aliança, e
restaurando a plenitude do Seu Espírito Santo. Mais uma vez, o povo de Deus
103
tornou-se a Sua testemunha. Com o Espírito de Deus sobre eles, a Sua Palavra
está sendo proclamada, através dos seus lábios.
Todas as faixas etárias, estão incluídas nessa visitação. É para pais, filhos e
netos. De facto, há uma ênfase especial sobre os jovens. Este é o mesmo
derramamento predito em Joel 2:28, e Atos 2:17: “…os seus filhos e as suas
filhas profetizarão, os jovens terão visões…”. (NVI)
Nem se trata aqui de uma visitação curta ou temporária. Ela é “…desde agora e
para todo o sempre”. A plenitude do Espírito Santo, que agora está sendo
restaurada ao povo de Deus, nunca mais lhe será retirada.
No capítulo 60, versículo 4, Isaías desafia a igreja a olhar para o grande fluxo de
pessoas que está entrando. Novamente, vemos uma ênfase particular nos
jovens, “teus filhos”, e “tuas filhas”.
104
A Última Grande Tarefa
Em Mateus 24:3, os discípulos fizeram a Jesus uma pergunta: “…E qual será o
sinal da tua vinda e do fim dos tempos?”(NVI). A pergunta deles foi específica.
Eles não pediram sinais no plural, mas um sinal – a última indicação definitiva de
que o fim da era estava próximo.
Aqui temos uma resposta específica a uma pergunta específica. Quando virá o
fim? Quando este Evangelho do Reino tiver sido pregado em todo o mundo, e
para todas as nações. Isto confirma um tema, que tem sido enfatizado durante
todo este livro: a iniciativa, em questões mundiais, está com Deus e o Seu povo.
O clímax da era, não será provocado pelas ações do governo secular, ou poder
militar, nem pelas enchentes do engano e perversidade satânica. A última
atividade determinante será, a pregação do Evangelho do Reino. Esta é uma
tarefa, que só pode ser realizada, pela igreja de Jesus Cristo.
As Escrituras são muito precisas, sobre a mensagem que é para ser pregada.
Tem que ser “este evangelho do Reino”. Esta é a mesma mensagem que foi
pregada por Cristo e os seus primeiros discípulos. Ela apresenta Cristo, na Sua
vitória e poder Real. “Porque a palavra do rei tem poder;…” (Eclesiastes 8:4).
“Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder” (1Coríntios
4:20). O Evangelho do Reino é confirmado sobrenaturalmente “… por meio de
sinais, maravilhas, diversos milagres e dons do Espírito Santo…” (Hebreus
2:4)(NVI). Será um verdadeiro e eficaz “testemunho a todas as nações”.
Hoje, o cenário está pronto para o último grande ato, do drama da igreja. Pela
primeira vez na história humana, a tarefa de levar o Evangelho do Reino a todas
as nações, pode ser realizado dentro de uma única geração. A tecnologia
proveu, tanto os meios de viagem, como a comunicação da mídia que é
necessária. O custo para utilizar estes recursos, será tremendo, mas em Isaías
60:5, Deus prometeu à igreja do fim dos tempos “a abundância do mar” (ACF) e
“as riquezas das nações”(NVI). Estes são os Seus meios escolhidos para a
provisão. Os recursos financeiros e tecnológicos das nações, deverão ser
disponibilizados para a igreja, para o cumprimento da sua última tarefa na terra.
Ao mesmo tempo, a chuva serôdia do Espírito Santo está levantando, como Joel
prometeu, um exército dedicado de jovens homens e mulheres, prontos para
cumprir a comissão de Jesus em Atos 1:8: “Mas recebereis a virtude do Espírito
105
Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas ... até aos confins da
terra”. Esta é a geração a qual David aguardava em Salmos 22:30: “Uma
semente o servirá; será declarada ao Senhor durante uma geração.” (versão
King James). Também é o período do qual Jesus falou em Mateus 24:34: “…
não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.”.
Deus está dessa maneira, reunindo os vários recursos que são necessários, para
o desenrolar final dos Seus propósitos: os recursos humanos de jovens cheios
do Espírito, e os recursos materiais de riquezas e tecnologia. Em ambos esses
aspectos, os Estados Unidos têm uma contribuição única a fazer. O primeiro
derramamento massivo do Espírito Santo sobre os jovens de hoje, aconteceu
nos Estados Unidos, e ainda continua ao redor da nação. Ao mesmo tempo, os
recursos financeiros e tecnológicos dos Estados Unidos são os maiores do
mundo moderno. A nação que primeiro enviou o homem à lua, está unicamente
qualificada, para colocar os mensageiros do Evangelho do Reino, em todas as
nações da terra. Através da oferta conjunta dos seus recursos – tanto humanas
como materiais - para a proclamação mundial do Evangelho do Reino, os
Estados Unidos completará a linha do destino divino que tem percorrido a sua
história por três séculos e meio.
106
SOBRE O AUTOR
Tais conclusões alteraram todo curso de sua vida, a qual ele então dedicou ao
estudo e ensino da Bíblia.
- Fazer chegar estes meios a locais onde ainda não conhecem a Palavra de
Deus
107
SOBRE DEREK PRINCE PORTUGAL
Esta frase de Derek Prince caracteriza o seu ensino bíblico. Estudos simples e
claros que pretendem, direcionar o leitor para os princípios de Deus, tornando
assim possível uma maior abertura para reflexão e tomada de posição perante
a vontade de Deus revelada na Sua Palavra.
e…
Achamos que o ensino do Derek Prince é uma ferramenta preciosa de usar neste
sentido, daí que procuramos disponibilizar cada vez mais do ensino dele
(cartas, livros, cartões de proclamação, áudios e dvd’s) na língua portuguesa para
ajudar os discipulos de Jesus o Cristo na sua caminhada da fé.
Em mais de 100 países o DPM está ativo, dando a conhecer o maravilhoso e libertador
evangelho de Jesus Cristo. Esperamos também que se sinta envolvido e encorajado na
sua fé através do material por nós (Derek Prince Portugal) fornecido.
Deseja saber mais sobre o nosso trabalho, os materiais disponíveis ou deseja envolver-
se de alguma forma com o nosso trabalho, contacta-nos:
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OUTROS LIVROS por DEREK PRINCE (em Português):
Livros: Cartões de proclamação:
. Bênção ou Maldição . A Troca Divina
. O Poder da Proclamação
. Graça ou Nada.
. Os Dons do Espírito.
. Guerra Espiritual
. Os Dons do Espírito
. A Cruz é Crucial
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