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A JUTIÇA DIVINA

A Preparação do Povo de Deus para os Últimos Dias no Livro de Ezequiel


Domingo, 30 de outubro de 2022

CONTRA OS FALSOS PROFETAS

(Aluno da Ferramenta EBD, leia o apêndice que preparamos para você no final do subsídio)

Você acredita em profecias? Como crente pentecostal continuísta, eu creio com todo o meu
coração. Porém, assim como existem profetas enviados por Deus, há também profetas a serviço de
Satanás. Como identificar um falso profeta e uma falsa profecia? Nesta lição, veremos como
Ezequiel lidou com os falsos profetas, bem como qual foi o juízo proferido por Deus contras esses
enganadores. Vamos juntos aprender a Palavra de Deus.

 TEXTO ÁUREO.

Contudo, assim como surgiram falsos profetas entre o povo de Israel, também surgirão falsos
mestres entre vocês. Eles ensinarão astutamente heresias destrutivas e até negarão o Mestre que
os resgatou, trazendo sobre si mesmos destruição repentina. (2 Pe 2.1 NVT).

No passado apareceram falsos profetas no meio do povo, e assim também vão aparecer falsos
mestres entre vocês. Eles ensinarão doutrinas destruidoras e falsas e rejeitarão o Mestre que os
salvou. E isso fará com que caia sobre eles uma rápida destruição. (2 Pe 2.1 NTLH).

ANALISANDO O TEXTO ÁUREO

Os falsos mestres e os falsos profetas são fraudadores da verdade e proclamadores do engano. O


cristão deve estar em alerta, pois a Bíblia nos diz que Satanás é um grande imitador, ele (o diabo) se
transfigura em anjo de luz (2 Co 11.14); tem a sua disposição falsos cristãos (Mt 13.38; Jo 8.44); um
falso evangelho (Gl 1.6-9). Um dia, satanás apresentara ao mundo um falso Cristo (2 Ts 2).

Pedro foi muito preciso em sua exortação. Os falsos profetas alegavam, de forma hipócrita e
mentirosa, falar em nome de Deus. Os falsos mestres ensinavam as doutrinas falsas dos falsos
profetas.

R.C. Sproul destaca, com razão, que a maior ameaça ao povo de Deus no Antigo Testamento não
foram os exércitos filisteus, assírios ou amalequitas, mas os falsos mestres dentro de seus portões.

TRÊS ASPECTOS DOS FALSOS MESTRES

1. Sutileza. Os falsos mestres são habilidosos na arte de seduzir, convencer e persuadir. A


Bíblia diz que eles introduzem suas mentiras “encobertamente”.

2. Engano. Astutamente, os falsos mestres mesclam a verdade de Deus com suas mentiras.
Eles cativam o coração de seus ouvintes e introduzem em suas mentes heresias

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destruidoras. Como fazem isso? Seguindo o padrão de Satanás: “é assim que Deus disse”
“Está escrito”. Eles torcem as Escrituras e colocam palavras na boca de Deus.

3. Negação. Os falsos mestres são mais conhecidos por aquilo que negam do que por aquilo
afirmam. Negam a inspiração da Bíblia, o caráter pecaminoso do ser humano, a morte
sacrificial de Jesus Cristo na cruz, a salvação somente pela fé e até mesmo o julgamento
eterno.

APLICAÇÕES

1. Não podemos aceitar e nem tolerar os falsos mestres dentro da igreja. Eles devem ser
denunciados e suas doutrinas devem ser rejeitadas. Assim como um médico cirurgião não
pode deixar nenhum vestígio de um tumor maligno em seu paciente, a igreja não terá saúde
espiritual se for conivente com as heresias e os falsos metres, pois eles se multiplicam e
crescem muito rápido. O mal deve ser cortado pela raiz.

2. Preciso que você entende que seu voto é de estrema importância e que o cristão vota
norteado por princípios. Mas, não podemos esquecer de que o nosso maior inimigo não é um
político, mas sim, os falsos mestres que temos tolerado, os quais vem ruindo a igreja
brasileira por meio de ataques internos. Abramos os nossos olhos e não desviemos da
verdade.

 VERDADE PRÁTICA. Submetendo a “Verdade Prática” ao versículo escolhido como “Texto


Áureo”, evocamos as seguintes palavras “Heresias destruidoras”. No original, essa expressão
significa: opiniões que destroem a verdadeira fé. A retórica e a doutrina do falso mestre visam
levar a verdade a um descredito ético, moral e intelectual.

Por exemplo, a Bíblia ensina que sexo antes do casamento é fornicação, mas o falso mestre
sabe construir uma narrativa convincente para que o tolo acredite que é uma expressão de
amor entre os namorados.

O aborto é pecado, mas o falso mestre sabe elabora um enredo comovente, afirmando que é
uma questão de saúde pública. Cristão, tenha muito cuidado com esse espirito inovador e
revolucionário que ataca doutrinas e costumes basilares da nossa fé, ferem princípios e
removem marcos estabelecidos pelos nossos pais.

I. SOBRE OS PROFETAS.

1. Profeta. Vamos conceituar qual é o significado do termo profeta a luz de alguns dicionários
bíblicos:

[Do heb. nabi; do gr. prophetes] No Antigo Testamento, era a pessoa devidamente vocacionada e


autorizada por Deus para falar por Deus e em lugar de Deus (Ez 2.1-10). O profeta era um mestre
incontestável quando sob a inspiração do Espírito Santo. Porta-voz oficial da divindade, sua mis são

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era preservar o conhecimento divino e manifestar a vontade do Único e Verdadeiro Deus.
(ANDRADE,1998 p. 244).

Mestre infalível com autoridade para falar em nome de Deus. Falando da ordem dos profetas no
sentido de uma corporação, constituíam eles uma classe de homens que Deus chamava, para se
dirigirem ao povo, dando-lhes palavras e conferindo-lhes autoridade para falar em seu nome,  Dt 18:
18, 19. Os profetas não herdavam o ofício nem eram erigidos por autoridade humana, eram sim
escolhidos por Deus, que os chamava e lhes conferia, as qualidades necessárias. (Davis, 16ª
edição, p. 486).

Esta palavra é derivada do termo grego prophetes, “aquele que fala sobre aquilo que está porvir [ou
adiante]”, um proclamador ou intérprete da revelação divina (Arndt, p. 730). Ela geralmente refere-
se àquele que age como porta-voz. Às vezes, também é sinônimo de “vidente” ou “pessoa
inspirada”, e traz a conotação de um prenunciador ou revelador de eventos futuros. (WYCLIFFE,
2006, p. 1607).

2. Os profetas mencionados na Bíblia. Os profetas bíblicos, de forma geral, são agrupados em


duas categorias: os literários e os não-literários.

a. Profetas literários – São aqueles que deixaram suas mensagens escritas, ou pelo menos
parte delas. São também chamados profetas canônicos. Os profetas literários são, em ordem
alfabética, Ageu (Ag 1.1; Ed 5.1 e 6.14), Amós (Am 1.1), Daniel (Dn 1.6 e Mt 24.15), Ezequiel
(Ez 1.3 e Dn 9.2), Habacuque (Hc 1.1), Isaías (Is 1.1; 37.2; 38.1; 2Rs 19.2 e 20.1), Jeremias
(Jr 1.5; 20.2; 25.2 e Mt 2.17), João, o Evangelista (Ap.1.9; 22.9,18,19), Joel (Jl 1.1 e At 2.16),
Jonas (Jn 1.1; 2Rs 14.25; Mt 12.39; 16.4 e Lc 11.29), Malaquias (Ml 1.1), Miquéias (Mq 1.1 e
Jr 26.18), Moisés, apesar de certos doutores da Bíblia classificarem-no como profeta não
literário (Ex 24.4; Nm 33.2; Dt 31.9,24; Ed 6.18; Mc 12.19 e Jo 1.45), Naum (Na 1.1), Obadias
(Ob v1), Oséias (Os 1.1), Sofonias (Sf 1.1) e Zacarias, filho de Baraquias (Zc 1.1).

b. Profetas não-literários – São aqueles que não deixaram escritos. Suas mensagens foram
verbais. Se deixaram escritos, não são conhecidos. Eles são chamados também de profetas
não-canônicos. Os profetas não-literários são divididos em dois grupos: os nominados e os
anônimos.

i. Os profetas não-literários nominados são, em ordem alfabética, Abraão (Gn 20.27),


Agabo (At 21.10), Aías, o silonita (1Rs 11.29), Ana, filha de Fanuel (Lc.2.36), Ananias, filho
de Azur (Jr 28.1-17), Arão (Ex 7.1), os filhos de Asafe, de Hemã e de Jedutum, cantores
da Casa do Senhor – Quando teremos assim, na igreja, cantores tão consagrados? (1Cr
26.1-3 e 2Cr 35.15), Azarias, filho de Obede (2Cr 15.1,8), Davi (Mt 13.35; Sl 78.2 e At
2.29-30), Débora (Jz 4.4), Eldade (Nm 11.26), Elias, o tisbita (1Rs 17.1; 18.22,36), Eliezer,
filho de Dodava (2Cr 20.37), Eliseu, filho de Safate (1Rs 19.16; 2Rs 3.11-12; 9.1), Enoque,
filho de Járede (Gn 5.18-24; Jd v14-15 e Hb 11.5), Gade, da Corte de Davi (1Sm 22.5;

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24.11), Hanani, o vidente (2Cr 16.7), Hulda, mulher de Salum (2Rs 22.14), Ido (2Cr 13.22),
Jaaziel (2Cr 20.14-17), a profetisa, esposa do profeta Isaías (Is 8.3), Jéu , filho de Hanani
(1Rs 16.7 e 2Cr 19.2), João Batista (Lc 1.76; 7.28), Josué, filho de Num (Js 6.26 e 1Rs
16.34), Medade (Nm 11.26), Micaías (1Rs 22.8 e 2Cr 18.7ss), Miriã (Ex 15.20), Natã (2Sm
7.2; 12.25 e 1Rs 1.8,10,22), Odede ou Obede (2Cr 28.9), Samuel (1Sm 3.20; 9.19; 1Cr
9.22; 2Cr 35.18; At 3.24; 13.20), Saul (1Sm 10.5-6,10-13), Semaías (2Cr 12.5,15), Urias,
filho de Semaías (Jr 26.20), Zacarias, “entendido nas visões de Deus” (2Cr 26.5),
Zacarias, filho do sacerdote Joiada (2Cr 24.10-22) e Zacarias, o sacerdote, pai de João
Batista (Lc 1.67).

ii. Os profetas não-literários anônimos são “um homem profeta” (Jz 6.8), “um homem de
Deus” (1Sm 2.27-36), “um rancho de profetas” ou “um grupo de profetas” (1Sm 10.10-12),
“Um homem de Deus que veio de Judá” (1Rs 13.1), “um profeta” (1Rs 20.13-15), “um dos
homens dos filhos dos profetas” (1Rs 20.35), “setenta anciãos do povo” (Nm 11.24-29),
“um profeta” (2Cr 25.15-16) e “um homem de Deus” (2Cr 25.7-9).

2. Profecia. O que é uma profecia? A profecia é a revelação (por que vem de Deus) inspirada (pelo
Espírito Santo), sobrenatural (não é de origem humana) e única do conhecimento (Deus revela o
futuro e se faz conhecido) e da vontade de Deus. A profecia não é, necessariamente (pode ser ou
não), uma previsão do futuro, e sim, a revelação do conhecimento e da vontade de Deus à
humanidade. Portanto, elas podem ser proclamativas ou preditivas.

APLICAÇÕES

1. É importante que fique bem claro que os profetas, nos moldes do Antigo Testamento,
duraram até João Batista, conforme (Lc 16.16). A luz do Novo Testamento, temos o dom
ministerial de profeta e o dom espiritual de profecia. O dom de profecia é uma capacitação
sobrenatural do Espírito Santo concedida a uma pessoa da congregação, do povo, para
transmitir a mensagem de Deus. O ministério profético resultante do respectivo dom
ministerial é, por sua vez, exercido através de um ministro dado por Deus à Igreja.

2. Assim como no passado, hoje, os líderes estabelecidos pelo Senhor têm a responsabilidade
de guiar, ensinar e suprir as necessidades espirituais do povo de Deus.

3. Nenhum profeta inspirado por Deus, no exercício de sua atividade profética, proferiu algo que
fosse contra a Palavra revelada e registrada de seus dias, isto é, o Pentateuco, Livros
históricos e sapiências. Hoje, muito pregador em nome de Deus tem muita “revelagem” e
pouca Bíblia. Tomemos cuidado para não ir além das Escrituras.

II. SOBRE OS FALSOS PROFETAS EM EZEQUIEL

1. O profeta verdadeiro e seus opositores. Ezequiel não foi o primeiro profeta a experimentar
rejeição. O profeta escolhido por Deus militava, geralmente, contra quatro grupos de pessoas
desviadas:
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a. Os Reis desviados. A resistência real à palavra profética pode ser levantada desde a
rejeição por parte de Jeroboão I a um profeta sem nome (1 Rs 13.4), até o extermínio feito por
Jezabel contra o grupo como um todo (1 Rs 18.4,13), O conflito de Acabe com Elias (1 Rs
18.16-46), Joás e o apedrejamento de Zacarias (2Cr 24.20-22), e a oposição que Jeoaquim
fez a Jeremias (Jr 36).

b. Os Sacerdotes apostatas. Nos dias de Ezequiel, os sacerdotes haviam se desviado e


perseguiam os profetas. Quando o sacerdote Pasur, filho de Imer, o mais alto oficial do
templo do Senhor, ouviu Jeremias profetizando essas coisas, 2 mandou espancar o profeta e
prendê-lo no tronco que havia junto à porta Superior de Benjamim, no templo do  Senhor. (Jr
20.1,2 NVI).

c. O povo de coração duro. "Filho do homem", disse ele, "eu o envio à nação de Israel, uma
nação rebelde, que se revoltou contra mim. Até hoje, eles e seus antepassados têm se
revoltado contra mim. São um povo teimoso, de coração duro. Mas eu o envio para lhes dizer:
‘Assim diz o Senhor Soberano!’. (Ez 2.3,4 NVT).

d. Os falsos profetas. Os profetas falsos que se fingiam porta-vozes de Deus, provavelmente


se apresentaram como os desafios mais desconcertantes para os emissários autorizados de
Deus. O texto de 1 Reis 22 fornece a confirmação mais antiga do conflito entre os profetas
verdadeiros contra os falsos. Leia também, Jeremias 28 e 29.

2. Os falsos profetas e o livro de Ezequiel. Segue a descrição do próprio Ezequiel quanto aos
falsos profetas:

a. Primeiro, os falsos profetas são tagarelas mentirosos. O texto diz: Filho do homem,
profetiza contra os profetas de Israel que são profetizadores (Ez 13.2 ARC). A redundância é
sarcástica: “eles profetizaram sem limites: suas bocas sempre estavam cheias de ‘assim diz o
Senhor’.

b. Segundo, os falsos profetas são auto-inspirados. A Bíblia diz: dize aos que só profetizam
o que vê o seu coração (Ez 13.2 ARC). O que Ezequiel quer dizer é que a inspiração deles
não era maior do que a sabedoria de um homem comum. Seus pronunciamentos não eram
nada mais que tramas próprias, baseadas em suas próprias avaliações da situação e em
seus próprios julgamentos. Opiniões particulares estavam sendo declamadas como
pronunciamentos divinos. Tragicamente, seus ouvintes eram ingênuos para fazer a distinção.

c. Terceiro, os falsos profetas são loucos. Assim diz o Senhor Jeová : Ai dos profetas loucos
(Ez 13.3 ARC). O adjetivo nãbãl (louco/tolo) é usado na literatura de sabedoria quanto a um
tipo especial de louco: aquele que é arrogante (Pv 30.32), cruel na palavra (Pv 17.7), estupido
espiritual e moralmente (Jó 2.10), um desonesto (Jó 30.8).'” Nos salmos nãbãl (louco/ tolo)
nega a existência de Deus (14.1; 53.2) e blasfema do Senhor (74.22). O profeta Isaías
fornece a descrição total de um nãbãl: O tolo já não será chamado nobre e o homem sem

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caráter não será tido em alta estima. Pois o insensato fala com insensatez e só pensa no mal:
Ele pratica a maldade e espalha mentiras sobre o Senhor; deixa o faminto sem nada e priva
de água o sedento. (Is 32.5-6 NVI).

d. Quarto, os falsos profetas não têm inspiração divina. Seguem o seu próprio espírito e
coisas que não viram! (Ez 13.3 ARC). São ignorantes espirituais suas palavras não
representam a perspectiva de Deus.

e. Quinto, os falsos profetas são comparados a chacais/raposas no meio das ruínas. A


imagem é perfeita dada a frequente associação desses animais noturnos e carniceiros e com
as cidades arrasadas e as civilizações devastadas.” Ezequiel não dá uma interpretação da
símile, mas a figura convida os ouvintes a imaginar Israel como uma sociedade em ruínas.
Em vez de ajudar a reconstruir a nação, os falsos profetas se fartam nas tragédias.

f. Sexto, os falsos profetas são negligentes e não nutrem nenhum sentimento de afeto
pelo povo. Não tomaram nenhuma providência para consertar as brechas nos muros que
rodeiam a nação, para que permanecesse firme na batalha no dia do Senhor.
Em vez disso, anunciaram visões falsas e fizeram previsões mentirosas. Dizem: ‘Esta
mensagem é do Senhor’, embora o Senhor jamais os tenha enviado. E, no entanto, esperam
que as palavras que profetizam se cumpram! (Ez 13.5,6 NVT).

APLICAÇÕES

Por toda a História, o povo de Deus tem sido atacado por charlatões de diversas sortes. Ezequiel
13.1-16 é como um aviso para igreja atual, pois o profeta destaca as marcas de um enganador.

1. Primeiramente, enganadores caracteristicamente afirmam autoridade divina, mesmo


quando falam somente de suas próprias inspirações. Os fraudadores dos dias de
Ezequiel asseveraram ter tido visões, mas não viram nada. Portanto, devemos provar os
profetas e suas profecias.

2. Segundo, enganadores caracteristicamente proclamam mensagens que as pessoas


querem ouvir, especialmente quando a verdade é dolorosa. Para os exilados e os
moradores de Jerusalém, nenhuma palavra teria sido mais bem-vinda, mas ao mesmo tempo
mais mortal que ouvir que tudo estava bem. Nem a comunidade nem os indivíduos em
declínio espiritual e moral têm vantagens ao ouvir sobre o bem-estar. Para muitos, a ilusão se
torna realidade, e vivem na terra do faz-de-conta, do “tudo está bem” mesmo quando nada
está bem. Tal audiência aplaudirá um mensageiro por suas palavras agradáveis, e não por
sua fidelidade.

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3. Terceiro, fraudadores caracteristicamente estão mais interessados em suas próprias
posições que no bem-estar da comunidade. Ezequiel compara os falsos profetas com
chacais, revirando entre as minas à procura de vantagem pessoal, levando vantagem sobre a
calamidade dos outros. Enganadores não se responsabilizam pelo destino do povo; só
pensam em si mesmos.

4. Quarto, as afirmações dos fraudadores caracteristicamente morrem com eles. Por


serem deficientes em autoridade e integridade, suas palavras também são deficientes em
poder.

III. SOBRE A GERAÇÃO DAS MENSAGENS FALSAS.

1. Como distinguir o falso do verdadeira? (Antigo Testamento). No Antigo Testamento, havia


alguns meios de provar os profetas, vamos conhecer alguns:

a. O cumprimento das profecias. E se disseres no teu coração: Como conheceremos a


palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra
se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a
falou o tal profeta; não tenhas temor dele. (Dt 18.21,22 NVT).

b. A doutrina ensinada pelo profeta. Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no


meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver
falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás
as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o Senhor, vosso Deus, vos
prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a
vossa alma. (Dt 13.1-3 NVT).

2. Como distinguir o falso do verdadeira? (Novo Testamento). O Novo Testamento nos fornece
várias orientações que nos ajudam a julgar os profetas e as profecias:

a. Não se engane com a aparência. Tomem cuidado com falsos profetas que vêm disfarçados
de ovelhas, mas que, na verdade, são lobos esfomeados. (Mt 7.15 NVT).

b. Não receba uma profecia sem antes julgá-la. Amados, não acreditem em todo espírito, mas
ponham-no à prova para ter a certeza de que o espírito vem de Deus, pois há muitos falsos
profetas no mundo. (1 Jo 4.1 NVT).

c. Observe a vida e as obras do profeta. Vocês os identificarão por seus frutos. É possível
colher uvas de espinheiros ou figos de ervas daninhas? (Mt 7.16 NVT).

d. O propósito da profecia deve edificar, exortar e confortar (1Co 14.3). Edificar é melhorar
ou fortalecer, exortar é encorajar, e confortar é consolar

3. O juízo de Deus contra os falsos profetas. Portanto, assim diz o Senhor Soberano: Porque
suas palavras são falsas e suas visões, mentirosas, eu me colocarei contra vocês, diz o Senhor

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Soberano. Levantarei minha mão contra todos os profetas que têm visões falsas e fazem previsões
mentirosas, e eles serão expulsos da comunidade de Israel. Apagarei seus nomes dos registros de
Israel, e eles nunca voltarão a pisar em sua própria terra. Então vocês saberão que eu sou o Senhor
Soberano. (Ez 13.8,9 NVT).

Em outras palavras, a sentença de Deus é essa: (1) Deus se coloca como seu inimigo – a derrota é
certa; (2) O falso profeta será excluído, não fará parte do povo de Deus – Privação de toda benção e
promessa; (3) Sua história e seu ministério cairão no esquecimento, o futuro destes homens será de
tragédia.

CONCLUSÃO

Em nossos dias, os falsos mestres e os falsos profetas têm se multiplicado, o próprio Senhor
nos alertou: Falsos profetas surgirão em grande número e enganarão muitos. (Mt 24.11 NVT). O
crente precisa estar alerta, em primeiro lugar, para não ser engano pelos falsos profetas. Em
segundo lugar, o cristão deve vigiar para não entregar profetada e falar em nome de Deus aquilo
que ele não falou e nem revelou.

Agradecemos a todos os irmãos que fazem uso de nosso material. Aos alunos da Ferramenta
EBD, minha gratidão eterna.

ABRA A JAULA

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