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INTRODUÇÃO

São várias as doutrinas a respeito dos anjos e, a maioria não leva em consideração a Palavra
de Deus, que deveria ser a regra principal de quaisquer estudos sobre este tema. Em vista disto,
temos hoje vários adoradores de anjos, que prestam o culto que os Apóstolos tanto advertiram para
que não fosse feito (At 7.42; Cl 2.18; AP 19.10). O vocábulo ‘ANJO’ tal qual aparece nas versões
correntes da Bíblia, vem de um termo hebraico ‘MAL’AKH’ ( malaque), no grego foi traduzido como
‘ANGELOS’. Em ambos os testamentos o termo tem o significado de: ​Quais são alguns conceitos populares,
embora falsos, acerca de anjosbons?

Devido à ignorância generalizada de nossa cultura quanto ao ensino bíblico acerca de anjos,
e devido também ao reavivamento da Nova Era, das seitas, do ocultismo, não é de se estranhar
que conceitos falsos sobre anjos tenham surgido. Entre essas crenças errôneas, encontramos: (1)
que os anjos são seres humanos que já morreram; ou seja, que nos tornamos anjos quando
morremos; (2) que os anjos realizam a obra de Deus através das mais variadas práticas e
atividades ocultistas; (3) que o diabo ​não ​é um anjo caído, ou que Jesus Cristo foi ​apenas u
​ m anjo;
e (4) simplesmente pelo fato de ​serem ​anjos, pode-se confiar que todos sejam bons. Fica óbvio que
este último item desconsidera o fato de que talvez um terço dos anjos tenha se rebelado contra
Deus e agora são espíritos malignos cujo único propósito é cumprir a vontade do diabo.
Esses tipos de crenças falsas indicam para nós que é de vital importância que nos certifiquemos do
que as Escrituras ensinam e deixam de ensinar acerca tanto dos anjos bons quanto dos anjos
malignos.

MENSAGEIRO DE DEUS. ANGIOLOGIA= ANGELLOS+LOGIA ANGELLOS= ANJOS


LOGIA= ESTUDO OU TRATADO Portanto, ANGIOLOGIA signifi ca: DOUTRINA DOS
ANJOS

I - A CRIAÇÃO DOS ANJOS


Os anjos que foram criados por Deus e Cristo (Neemias 9.6; Colossenses 1.16) e que não se
rebelaram junto com Lúcifer (Neemias 9.6; Colossenses 1.16) existem primordialmente para Deus e
Cristo, tendo, portanto, suas vidas centradas nEles. Eles adoram e servem a Deus e a Cristo
(Filipenses 2.9-11; Hebreus 1.6). Eles glorificam e celebram louvores a Deus e a Cristo (Jó 38.7;
Salmo 148.2; Isaías 6.3; Lucas 2.13,14; Apocalipse 5.11,12; 7.11,12). Eles se deleitam em
comunicar a vontade de Deus e de Cristo, e se deleitam em obedecer a Deus e a Cristo. Em ​tudo
que fazem, eles ​honram ​a Deus e a Cristo (Daniel 8.16,17; 9.21-23; 10.11; 12.6,7; Salmo 103.20;
Mateus 2.13,20; 6.10; Lucas 1.19,28; Atos 5.20; 8.26; 10.5; 27.23; Apocalipse 1.1).

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Eles cumprem os propósitos de Deus e de Cristo na terra, incluindo o governar e o julgar a terra
(Números 22.22; Salmo 103.19-21; Mateus 13.39-42; 28.2; João 5.4; Apocalipse 5.2; 2 Samuel
24.16; 2 Reis 19.35; Sal mo 35.5-6; Atos 12.23; Apocalipse 16.1). Eles estiveram ativos, por
exemplo, no estabelecimento da lei mosaica de Deus no Antigo Testamento (Atos 7.38,53; Gálatas
3.19; Hebreus 2.2) e no executar os juízos de Cristo no Novo Testamento (2 Tessalonicenses 1.7-8;
Apocalipse 7-9).
Ao fazerem a vontade de Deus e de Cristo, eles também são espíritos ministradores tanto a crentes
como a incré dulos, especialmente aos primeiros (1 Reis 19.5; Salmo 68.17; 104.4; Lucas 16.22;
Atos 12.7-11; 27.23; Hebreus 1.14). Eles guiam, suprem, encorajam e livram o povo de Deus
(Mateus 1.20; 28.5-7; Gênesis 21.17-20; 1 Reis 19.5-7; 2 Reis 6.15-17; Daniel 6.20-23; 10.10-12;
Atos 5.17-20; 12.5-10). São enviados para responder orações (Daniel 9.20-24; Atos 12.1-17;
Apocalipse 8.4) e para assistir aos justos mortos (Lucas 16.22; Judas 9). Eles também protegem o
povo de Deus (Salmo 34.7; 35.4,5; Isaías 63.9) e podem pregar e prevenir ao incrédulo (Apocalipse
14.6,7). Eles interpretam visões divinas (Zacarias 4.1; 5.5; 6.5; Daniel 7.15-27; 8.13-26) e
profetizam com relação ao futuro (Daniel 9.20”-27; 10.1-21; Apocalipse 1.1; 22.6,8). Além disso,
eles podem controlar as forças da natureza (Apocalipse 7.1; 16.3,8-9) e até influenciam nações
(Daniel 10.13,21; 12.1; Apocalipse 12.7-9; 13.1-7; 16.13,14).
Na Bíblia, entretanto, os anjos são mais evidentes em sua associação com a Pessoa e a obra de
Jesus Cristo. Eles anunciaram a concepção de Cristo, o nascimento de Cristo, a ressurreição de
Cristo, a ascensão e a segunda vinda dEle. Eles protegeram e fortaleceram a Cristo durante a
tentação; eles conhecem e se deleitam no Evangelho de Cristo e executam os propósitos de Cristo.
Eles acompanharão e assistirão a Cristo em Sua segunda vinda, ajuntarão todos os homens, bons
e maus, para o juízo final de Cristo (Mateus 1.20,21; 2.13-15; 4.11; 13.39-43; 16.17; 24.31; 25.31;
28.5-7; Lucas 2.10-12; 22.43; João 1.51; 5.22-29; Atos 1.11; Efésios 3.9,10; 2 Tessalonicenses 1.7;
1 Timóteo 3.6; 1 Pedro 1.12).
O que é deveras relevante é o fato de que os anjos bons, conforme a Bíblia, fazem exatamente o
oposto ​daquilo que os anjos populares (termo que estamos usando para aqueles seres que são, de
fato, anjos malignos ou demônios) estão fazendo hoje. Conforme a Bíblia, os anjos bons efetuam
seu trabalho para Deus e aí desaparecem. Os anjos populares, entretanto, agem como
espíritos-guias modernos. Eles não adoram a Cristo; eles negam a Cristo e destroem o que Cristo
ensinou. Eles rejeitam a vontade de Deus e se rebelam contra a mesma ao procurarem evitar que
os homens sejam salvos.
Quando examinamos os anjos piedosos, verificamos que a proclamação que fazem presta apoio
aos propósitos de Deus; os milagres que realizam fornecem sustentação aos interesses de Deus; a
pregação que efetuam é reconhecidamente comunicadora da vontade de Deus. O amor que eles
têm por Cristo é comprovado através das Escrituras e através do que fazem hoje em dia. Ao
ministrarem aos filhos de Deus, relembram- nos do amor e do cuidado de Deus por eles (Mateus

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18.10; Salmo 34.7; 91.11,12; Daniel 6.22). Vemos, também, que o caráter deles é
comprovadamente sábio e santo pelo fato de que recusam a adoração dos homens (Colossenses
2.18; Apocalipse 19.10; 22.9) e pelo fato de que a ado ração e a devoção deles é dada tão somente
a Deus e a Cristo.

EXPRESSÕES USADAS PARA SE REFERIR AOS ANJOS: ​Filhos de Elohim{Deus}(Jó.1:6 e 2:1;


Sl.29:1; 89:6). Santos (Sl.89:5-7). Vigias (Dn.4:13, 17, 23). Espíritos (Hb.1:14). Principados,
poderes, tronos, dominações e autoridades (Cl.1:16; Rm.:38; I Co.15:24; Ef.6:12; Cl.2:15).
Arcanjos (I Ts.4:16 e Jd.9).

TESTEMUNHOS À ORIGEM E EXISTÊNCIA DOS ANJOS: Cristo comprovou a existência dos


anjos (Jo.1:51). O Apóstolo Paulo também testemunhou (Gl.1:8). O próprio Satanás falou dos anjos
(Mat.4:6). O Apóstolo João falou mais de 60 vezes no livro de Apc. (Apc.1:1). Anjos, então, foram
comprovados pelos escritores da Bíblia e pelo próprio Jesus Cristo, como sendo reais. Apesar de
toda confusão de todos os tempos, não podemos negligenciar esta grande doutrina – Angelologia.
1 ​“LEGIÃO OU TROPA” – ENTRE OS ROMANOS CONSTAVA APROXIMADAMENTE
​ 6000 HOMENS. 2 ​“FILHOS DE DEUS”
-ENFATIZA SUA CRIAÇÃO POR DEUS (CL.1:16).
​ 3 ​“ESPÍRITOS” - ENFATIZA SUA NATUREZA INCORPÓREA. O
​ PROPÓSITO DE SUA
ORIGEM: Os anjos foram criados para darem glória , honra e ações de graça a Deus. Os anjos
foram criados para adorarem a Cristo ( Hb.1:6 ) Foram criados para cumprirem os propósitos de
Deus: O ARCANJO: - Proteção de Israel ( Dn.12:1 ). -Luta contra Satanás ( Judas 9; Apc.12:7 ).
-Anuncia a Vinda de Cristo ( I Tess.4:16 ).

A Natureza
Os anjos foram criados em estado de santidade absoluta. No livro do apocalipse, os anjos são
identificados como santos. Isto implica em que eles foram colocados em estado eterno de
santidade (AP. 14.10). Os outros textos da escrituras identificam os anjos fi es como santos (MT
25.31; Mc 8.38; Lc 9.26; At 10.22) para distinguir dos anjos caídos, que perderam essa condição
(Jô 8.44 e I Jô 3.8-10)
Os anjos são revestidos de corpos espirituais tais como os que nos são prometidos se formos
havidos por dignos de alcançar a ressurreição (Fl 3.21). O corpo espiritual corresponde ás
necessidades da vida espiritual. No arrebatamento o nosso corpo não será o mesmo corpo terreno
e corrupto, mas espiritual que participará da natureza espiritual.

NÃO SÃO SERES HUMANOS GLORIFICADOS ​(Hb.12:22,23)​:

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SÃO SERES ESPIRITUAIS ​–Incorpóreos ( ​Hb.1:14 ​). Não tem corpo físico, mas podem assumir
forma corpórea ( ​Gn.18:19 ​). (​Sl.104:4; Hb 1:7; Ef.6:2; Mt.8:16; 12:45; Lc.7:21; Apc.16:14 ​).
SÃO IMORTAIS ​–Os anjos não estão sujeitos à dissolução: nunca morrem. A imortalidade dos
anjos se deriva de Deus e depende de Sua vontade. Os anjos são isentos da morte, porque assim
Deus os fez. ( ​Lc.20:35,36 ​).
NÃO SE REPRODUZEM CONFORME SUA ESPÉCIE –​As escrituras em parte alguma ensina que
os anjos são seres assexuados. Inferências encontramos referindo-se aos anjos, com o uso de
pronomes do gênero masculino ( ​Dn.8:16,17; Lc.1:12,29,30; Apc.12:7; 20:1; 22:8,9 ​). Mas, não
obstante, o casamento, a reprodução, não é da ordem ou do plano de Deus.
SÃO PODEROSOS –​Dotados de poder sobre-humano ( ​Sl.103:20; II Pd.2:11 ​). São uma classe de
seres criados superiores aos homens ( ​Sl.8:5; Hb.2:10 ​). Contudo, esse poder tem seus limites
estabelecidos, não são Onipotentes ( ​II Ts.1:7; II Sm.24:16,17 ​). Veja demonstração de poder dos
anjos – ( ​At.5:19; 12:7,23; Mt.28:2 ​).

Obs​: ​Quão capazes, portanto, são os anjos bons para ministrar ao homem; e quão desesperadora
pode ser a oposição dos principados, os dominadores deste mundo tenebroso! Confiemos,
portanto, na força do poder do Senhor e de seus ministros, Amém!

SÃO SERES VELOZES – ​(​Mt.26:53​) O pensamento que deve ser destacado, é que os anjos, cuja
residência, supostamente era nos céus, podiam instantaneamente aparecer em defesa de seu
Senhor. Como essas legiões de anjos poderiam passar, com tal rapidez, do céu até o triste
Getsêmani, ultrapassa nosso entendimento. Sabemos apenas que a possibilidade do fenômeno
indica uma atividade e rapidez verdadeiramente maravilhosa.

SÃO SERES PESSOAIS

Inteligência – Dn.10:14 Emoções – Jó 38:7 Vontade – Is.14:13,14


Não são Oniscientes – Mt.24:36

Não são Onipresentes – Dn.9:21-23 Não são Onipotentes – Dn.10:13 SÃO PERFEITOS E
SEM FALHA – ( Gn.1:31 ) Parte dos anjos tornaram-se rebeldes e caídos – ( Jd.6; II Pd.2:4 )
O restante permaneceu ​obediente ​– ( Mt.25:31; Sl.99:7 ) SÃO SERES GLORIOSOS – (
Lc.9:26 ) Os anjos são dotados de dignidade e glória sobre-humanos.

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O Caráter

A Bíblia declara que os anjos foram criados no mesmo nível de justiça, bondade e santidade ( II P
2.4; Jd 5), portanto, na criação original dos anjos, não houve a classifi cação dos bons ou maus.

Eles foram criados como seres morais com livre -arbítrio, e daí, a liberdade de escolha consciente
entre o bem e o mal. A queda de Lúcifer deve-se a esta condição moral dos anjos ( Is 14.12-16; Ez
28.12-9).

Alguns anjos pecaram contra o criador e não guardaram a sua dignidade ( II P 2.4; Jd 6; Jô
4.18-21). Aos que não pecaram, Deus os exalto e os confirmou em sua posição celestial e para
sempre estarão na sua presença, contemplando e executando a vontade do Criador (I Tm 5.21; Mt
18.10).

O Poderio

O salmista os descreveu como “Valorosos em Poder“ que executam as ordens de Deus e o


​ uando os
obedecem (Sl 103.20). II Pedro 2.11: “​Enquanto os Anjos, sendo maiores em força e...“; Q
pais de sensação levaram um altar ao senhor, um anjo desceu sobre as chamas do altar sem sofrer
qualquer danos ( Jz 13.19,20

Um só anjo matou a 185 mil soldados do exército do assírio (Is 37.36). Um só anjo destruiu com
fogo a cidade de Sodoma e Gomorra( Gn 19). Um só anjo removeu a pedra do sepulcro ande Jesus
foi sepultado, quando se exigia vários homens para remover aquela enorme pedra ( Mt 28.2).

Embora os anjos tenham poderes, eles são limitados (II Sm 24.16; Ap 18.1,21; Gn 19.13). Seus
poderes sobrepujam grandemente aos dos homens, entretanto esses poderes estão estritamente
limitados.

Exemplos:

Poder sobrenatural (At 12.7-10; Mt 28.2; II Re 19.35);

Poder sobre a natureza (Ap 7: ?;14.18;16.5)


A Habitação

A habitação dos anjos é numa dimensão celestial. A bíblia declara ainda que os anjos de Deus são
organizados em milícias espirituais que povoam os céus e são distribuídos em distintos ordens e
graus ( Lc 2.13; Mt 26.53).

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A ORGANIZAÇÃO DOS ANJOS

O Arcanjo Miguel

Na hierarquia angélica a palavra ​“arcanjo“ ​representa a posição mais elevada. O prefixo “arc“ do
grego “ arch“, sugere tratar-se de um chefe, um príncipe, um primeiro – ministro. Miguel é o único
chamado, na Bíblia, de arcanjo ​“... Mas, o Arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e
disputava a respeito do corpo de Moises, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele, mas
disse: O senhor te repreenda...“ Judas 9.

Esse Arcanjo se destaca biblicamente como uma espécie de administrador e protetor dos
interesses divinos em relação a Israel (Daniel 12.1). O arcanjo Miguel, denominado “Príncipe dos
filhos de Israel “porque é o guardião dessa nação: “​... e eis que Miguel, um dos primeiros Príncipes,
​ aniel 10.13.
veio para ajudar-me...“ D

Miguel sempre aparece em conotação com Israel, trazendo imagem de um guerreiro: ​“... e naquele
​ aniel
tempo se levantará Miguel, o grande Príncipe que se levanta pelos filhos de teu povo...“ D
12.1.

O livro do apocalipse mostra o arcanjo Miguel como grande comandante dos exércitos celestiais
contra as milícias satânicas, representadas pelo dragão, símbolo de Satanás (Ap 12.7-12). Na vida
pessoal de Jesus Cristo, na primeira fase de convocação dos remidos do Senhor a Escritura não dá
nome ao arcanjo, mas declara que a voz do arcanjo será ouvida pelos mortos santos, os quais
ressuscitarão e se levantaram de suas sepulturas para ir ao encontro do senhor aos ares (I Ts
4.16).

1. O Anjo Gabriel
Gabriel significa o ‘ Varão de Deus’.
“​... E, respondendo o anjo, disse-lhe: eu sou Gabriel que assisto diante de Deus, e fui enviado a
​ ucas 1.19.
falar-te e dar-te estas alegres novas...“ L
É o mensageiro da misericórdia e da promessa de Deus. Ele aparece 4 vezes na Bíblia e em todas
aparece trazendo boas noticias (Dn 8.16,9.21; Lc 1.19,26). Em razão de suas aparições terem
caráter especial de um embaixador ele também é visto como um Embaixador Celestial:

• Trouxe a Daniel a noticia do futuro de Israel;


• Avisou Zacarias do nascimento de João Batista;
• Trouxe ao mundo a noticia do nascimento de Jesus Cristo.

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Gabriel é tido como um anjo dele elevado poder angelical, da mais alta confiança da corte celestial.

2. Os Serafins
O vocábulo serafim deriva de ‘ saraph’ e significa ardente, refulgente ou brilhante, nobres ou
afogueados. Esta classe de anjos aparece uma só vez na Bíblia em Isaias 6.1-3.
“... Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas com duas cobriam seus rosto, e com
duas cobriam seus pés e com duas voavam...“ Isaias 6.2.
Os serafins estão intimamente ligados ao serviço de adoração, e louvor ao senhor. Nesse serviço,
eles promovem, proclamem e mantém a santidade de Deus. O termo Serafim fala de adoração
incessante, do seu ministério de purifi cação.
Na visão de Isaias, os serafins são representados como tendo 6 asas. As asas de cada Serafim
tinham funções específicas: com duas asas cobriam o rosto, numa atitude de reverência perante o
senhor; com outras duas asas cobriam os pés, falando de santidade no andar diante de Deus; e
com as duas últimas asas eles voavam.
Essa visão de serem alados não significa que todos os anjos, obrigatoriamente, têm de ser asas.
As asas desses serafins tinham por objetivo mostrar ao profeta a capacidade de movimento e
locomoção dos anjos para realizarem a vontade de Deus. E uma para serem compreendidos,
porque, de fato, os anjos são incorpóreos.
“​... E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; toda
terra esta cheia da sua Glória...“ ​Isaias 6.3.
Seu louvor constantemente é dirigido a Trindade... Santo (Deus), Santo (Jesus), Santo (Espírito). O
pronome ​‘nós’; ​no versículo 8, deve ser observado nesse contexto: “​...Depois disto ouvi a voz do
Senhor, que dizia: a quem enviarei, e quem ira por nós? Então disse eu: Eis- me aqui, envia-me a
mim...“.

3. Os Querubins
Os Querubins aparecem na Bíblia, pela primeira vez, como guardas da entrada do Éden: “... E
havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do Jd. Éden...“ Gênesis 3.24.
A palavra querubim, no original hebraico ‘ querub’ tem o sentido de guardar, cobrir.
Os querubins possuem uma posição elevada na corte celestial e estão diretamente ligados ao trono
de Deus ( I SM 4.4; II RS 19.15; Sl 80.1; 99.1; Is 37.16). Em Ezequiel 10, os querubins aparecem
cheios de olhos e o trono de Deus está acima deles.
(Significa a onividência de Deus.)

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A ligação dos querubins com o trono de Deus nos ensina que eles guardam o acesso à presença
de Deus.

Também são encontrados sobre a arca da aliança como protetores (êxodo 25.20). Para entrar no
santo dos Santos ou ‘Lugar Santíssimo’ somente com o sangue da aliança em nossas vidas (Hb
10.19-22).

Em outros textos encontramos os querubins representando as coisas celestiais e sempre


associadas à Glória de Deus:

Salmos 99.1 : “ ​O Senhor reina; tremam as nações; ele está entronizado entre os querubins“;

Ezequiel 9.3a, 10.2b: “​E a Glória de Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava...“.

III - A ATIVIDADE DOS ANJOS

Temos na Bíblia esses termos que também se relacionam aos anjos: “... ​porque nele foram criadas
todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam ​tronos,​ sejam d ​ ominações,
sejam p​ rincipados,​ sejam p
​ otestades; t​ udo foi criado por ele e para ele...“ (​ CI 1.16). “... ​Porque
estou certe de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes,
nem futuras, nem potestades...“ ​(Rm 8.38).

Tronos

O original grego, ‘ thronoi’ tem um sentido especial porque se refere a uma classe de anjos que
está diretamente ligada á majestade e soberania de Deus, havendo a possibilidade dos Querubins
estarem diretamente ligados a esse tipo de atividade real, pois alguns textos identificam os
querubins como seres sobre os quais Deus está assentado e reinando (I SM 4.4; II RS 19.14; Sl
80.1; 99.1).

Domínios

O termo grego ‘kuriothes’ ou ‘kuriotethoi’ tem o sentido de soberania ou dominações. O apóstolo


Paulo apresenta esses anjos executando as ordens divinas sob autoridade de Cristo (Ef 1.21) Essa
classe de anjos dominadores tem como função principal executar as ordens de Deus sobre as
coisas criadas.

Principados

A palavra ‘ principados’ no grego bíblico é ‘archai’, e refere-se a uma classe de anjos que têm
poderes de príncipes. Nos reinos terrestres, os principados regem sobre territórios pertencentes ao
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reino. O que está revelado acerca dessas classes de anjos nos é suficiente para entender a sua
importância e o seu ministério:

Satanás, o qual havia sido estabelecido como “querubim ungido para proteger“ e estava no monte
santo antes de sua queda. Sua posição de ‘Querubim’ é fortalecida por outra posição de ‘
principado’. Parece- nos que ele governa a Terra na posição de principado; e só perdeu essa
posição quando se rebelou (Is 14.13; Ez 28.16; AP 12.9); Miguel, referido na Bíblia como “um dos
primeiros príncipes“ de Deus (Dn 10.13).

Potestades

Esse termo refere-se a anjos que executam tarefas especiais. São chamados de ‘potestades’
porque foram investidos de uma autoridade especial. Temos vários exemplos na Bíblia das ações
poderosas dessa classe de anjos:

I Cr 21.1-27 – um anjo foi enviado por Deus para destruir a cidade de Jerusalém e só parou sua
destruição quando Deus ordenou que guardasse a sua espada;

Sl 103.20 – Davi diz que são: ​“magníficos em poder“. ​Esses anjos pertencem a uma classe de
seres poderosos. A magnitude do poder dessas potestades se limita ao nível da capacitação dada
por Deus para o cumprimento de suas obrigações.

II - SATANÁS, PRÍNCIPE DOS ANJOS CRIADOS

Os Anjos Maus

1. SUA ORIGEM. Além dos anjos bons, há também os maus, cujo prazer esta em opor-se a Deus e
combater Sua obra. Se bem que são criaturas de Deus, não foram criados como anjos maus. Deus
viu tudo que tinha criado, e estava muito bom, Gn 1.31. Há duas passagens da Escritura que
implicam claramente que alguns anjos não mantiveram a sua condição original, mas caíram do
estado em que tinham sido criados, 2 Pe 2.4; Jd 6. O pecado específico desses anjos não foi
revelado, mas geralmente se pensa que consiste em se exaltarem contra Deus e aspirarem à
autoridade suprema. Se esta ambição desempenhou papel importante na vida de Satanás e o levou
à queda, isso explica de vez por que ele tentou o homem nesse ponto particular, e procurou
engodá-lo para destruí- lo recorrendo a uma possível ambição, parecida com sua, presente no
homem. Alguns dos primeiros “pais da igreja” distinguiam entre Satanás e os demônios a ele
subordinados, na explicação da causa da sua queda. Viam a explicação da queda de Satanás, no
orgulho, mas a da queda mais geral ocorrida no mundo angélico, na luxúria carnal, Gn 6.2.
Contudo, essa interpretação de Gn 6.2 foi sendo aos poucos repudiada, durante a Idade Media. Em
vista disto, é surpreendente ver que alguns comentadores modernos reiteram aquela idéia, em sua
interpretação de 2 Pe 2.4 e Jd 6. É, todavia, uma contraria à natureza espiritual dos anjos e ao fato

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de que, como Mt 22.30 parece implicar, não há vida sexual entre os anjos. Além disso, com essa
interpretação teríamos que admitir uma queda dupla no mundo angélico – primeiro a queda de
Satanás e, depois, consideravelmente mais tarde, a que resultou no exército de demônios que
agora presta serviço a Satanás. É muito mais provável que Satanás tenha arrastado os outros logo
consigo, em sua queda.

2. SEU CHEFE. Satanás aparece na Escritura como o reconhecido chefe dos anjos decaídos. Ao
que parece, ele era originariamente um dos poderosos príncipes do mundo angélico, e veio a ser o
líder dos que se revoltaram contra Deus e caíram. O nome “Satanás” revela-o como “o Adversário”,
não do homem em primeiro lugar, mas de Deus. Ele investe contra Adão como o coroa da
produção de Deus, forja a destruição, razão pela qual é chamado Apoliom (destruidor), Ap 9.11, e
ataca Jesus, quando Ele empreende a obra de restauração. Depois da entrada do pecado no
mundo, ele se tornou Diabolos (Acusador), acusando continuadamente o povo de Deus, Ap 12.10.
Ele é apresentado na Escritura como o originador do pecado, Gn 3.1,4; Jo 8.44; 2 Co 11.3; 1 Jo
3.8; Ap 12.9; 20.2, 10, e aparece como o reconhecido chefe dos que caíram, Mt 25.41; 9.34; Ef 2.2.
Ele continua sendo o líder das hostes angelicais que arrastou consigo em sua queda, e as emprega
numa desesperada resistência a Cristo e ao Seu reino. É também chamado repetidamente
“príncipe deste mundo” (não “do mundo”), Jo 12.31; 14.30; 16.11, e até mesmo “Deus deste
século”, 2 Co 4.4. Não signifi ca que ele detém o controle do mundo, pois Deus é que o detém, e
Ele deu toda a autoridade a Cristo, mas o sentido é que Satanás tem sob controle este mundo mau,
o mundo naquilo em que está separado de Deus. Isso está claramente indicado em Ef 2.2, onde ele
é chamado “príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência”.
Ele é super-humano, mas não é divino; tem grande poder, mas não é onipotente; exerce influência
em grande escala, mas restrita, Mt 12.29; Ap 20.2, e está destinado a ser lançado no abismo, Ap
20.10.

3. SUA ATIVIDADE. Como os anjos bons, os anjos maus também possuem poder sobre-humano,
mas o uso que dele fazem contrata- se tristemente com os dos anjos bons. Enquanto estes louvam
a Deus perenemente, libram Suas batalhas e O servem com fidelidade, aqueles, como poderes das
trevas, prestam-se para maldizer a Deus, pelejar contra Ele e Seu Ungido, e destruir a Sua obra.
Então em constante rebelião contra Deus, procuram cegar e desviar até os eleitos, e animam os
pecadores no mal que estes praticam. Mas são espíritos perdidos e sem esperança. Agora mesmo
estão acorrentados ao inferno e a abismo de trevas e, embora não estejam ainda limitados a um
lugar só, no dizer de Calvino, contudo, arrastam consigo as suas cadeias por onde vão, 2 Pe 2.4;
Jd 6.

1. Origem
Os anjos foram criados em estados de perfeição. No relato da criação lemos sete vezes que o que
Deus havia feito era bom. Isso certamente inclui a mente foram criados, mas diversas passagens
mostram alguns dos anjos como maus (Mt 25.41) .

11
Há muitos demônios; mas existe um único diabo. Diabo é transliteração do vocábulo grego
‘diábolos’, nome sempre usado no singular, que exclusivamente a Satanás, Demônio e
transliteração de ‘daimon’ ou ‘ daimonion’, o plural e ‘daimonia’.

2. Nomes e Títulos
São inúmeros os nomes e os títulos que a Bíblia usa para descrever a personalidade, o caráter, a
natureza, os atributos e a missão de satanás:
a) Diabo- ​Efésios 6.11: Este nome significa originalmente ‘ caluniador’, aquele que gosta de fazer
acusações secretas e indiscretas. Ele é semeador do joio no mundo (Mt 13.39). Ele pôs no coração
de Judas que o traísse a Jesus (Jô 13.2) Ele é um grande opressor (At 10:38).
b) Satanás – ​Zacarias 3.1: este nome fala da pessoa do diabo como permanente adversário de
Deus, de seu povo e de sua obra. Um que está sempre do lado oposto, hostilizando, eternamente
predisposto contra Deus (Ap 19.2; Sl 71.13; I SM 29.4; Ed 4.6). Ele se apresentou como adversário
de Jesus na tentação ( Mt 4.10; tentou dissuadir Jesus do caminho da cruz (Mt 16.23); ele se apôs
a Deus ainda no princípio, tendo, por isso, sido expulso do céu (Lc 22.31); ele entrou no coração de
Ananias e Safira (At 5.3); não devemos ignorar seus ardis (II Co 2.11).
c) Dragão- ​Apocalipse 12.9: este terrível aspecto é descrito em apocalipse com 7 cabeças, 10
chifres e 7 diademas, arrebatando após si um terço dos anjos do céu (vistos como estrelas) para se
opor a Cristo, devido a glória que ele alcançou por decreto do Pai ( Jo 17). Na condição de ‘ dragão’
ele envia espíritos maus por toda a terra para oprimir os homens, inclusive para efetuar prodígios –
(Ap 16.13,14).
d) Serpente – ​Apocalipse 12.9: ele é a velha serpente, antigamente dotado de brilho, mas que
recebeu a punição divina (II Co 4.14; 11.13- 15; Ez 28.13, 14, 17). Jesus deu autoridade aos
discípulos para pisarem serpentes (Lc 10.19; Mc 16.18). O fim da serpente está em Apocalipse
20.2,5.
e) Inimigo- ​Marcos 13.39: Quem se torna amigo de Deus constitui-se inimigo de satanás e vice-
versa (Tg 4.4). Satanás jamais estará de acordo com Deus. E um inimigo eterno e declarado. Os
crentes por pertencerem a Deus, também são alvos da inimizade do diabo.
f) Tentador- ​Mateus 4.2: A missão favorita de satanás, na Terra, a tentação. Desde os primeiros
dias quando tentou Eva e Adão, até agora, assim vem ele procedendo. Jesus exortou os discípulos
a orarem, por causa da tentação (Mc 26.41). Nem mesmo Jesus escapou da tentação. Ele foi
tentado em tudo (Mt 4.1-10; Hb 4.15).
g) Acusador - ​apocalipse 12.10:“ ​Já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante de
nosso Deus os acusava de dia e de noite​“
h) Ladrão – ​João 10.10: ​“O ladrão não vem se não a matar, a roubar e a destruir“.
12
i) Deus deste mundo – ​II Coríntios 4.4. A palavra ‘ mundo’ refere-se ao presente século, que jaz
no maligno.
j) Outros nomes –
• Apolion – Destruição, ruína (Ap 9.11);
• Belzebu – Maioral dos demônios (Mt 12.24);
• Pai da mentira – enganador (Jô 8.44)

3. Atividade
a) Autor do pecado (Is 14.13; Jô 8.44; II Co 11.13; Gn 3.16);
b) Causador de enfermidade (Lc 13.16; AP 10.38);
c) Causador da morte (Hb 2.14);

d) Endurece os corações (II Co 4.4);


e) Semeador de joio (Mt 13.25);
f) Induz a mentira (At 5.3; Ap 12.10);
g) Armador de ciladas (Ef 6.11, I PE 5.8).
h) Criador de problemas:
• Para o povo de Deus (Mt 13.38; 16.21; Lc 22.31; I Co 7.5; I Ts 3.5; AP 2.10);
• Para as nações (Is 14.12; AP 16.13-16; 20.3).

4. As Armas de Satanás
A igreja de cristo ao estudar estas terríveis armas que o adversário utiliza não se deve deixar
intimidar. Cristo é mais poderoso que o inimigo:
a) Doutrinas falsas (I Tm 4.1);
b) Ocultismo – em suas mais variadas formas;
c) Medo, duvida e incrueldade (Rm 14.23; Fp 1.28; I PE 5.8);
d) Ardis e ciladas (II Co 2.11; Ef 6);
e) Engano, acusação e calúnia (II Co 11.3);
f) Trevas (Is 50.10; II Co 11.3);

13
g) Confusão e tentação (Hb 4.15; I lo 3.16; AP 13.13).

5. As Armas do crente
• II Coríntios 10.4: “ ​pois a armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus,
para demolição de fortalezas’:
• Efésios 6.11,13: “​Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderes permanecer fi
rmes contra ciladas do Diabo”.“Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir
no dia mau e, havendo tudo, permanecer fi rmes“.
• A armadura de Deus:

a) O cinto da verdade: v.14


b) A couraça da justiça: v.14b
c) O calçado da preparação do Evangelho da paz: v.15
d) O escudo da fé: v.16
e) O capacete da salvação: v.17
f) A espada do espírito: v.17( veja um estudo melhor no final do livro).

6. Destino
a) No futuro será lançado na terra (Ap 12.9). Isto acontecerá no período de grande tribulação.
Devemos observar que sua presença na terra será curta;
b) Da terra será lançado no abismo – (Ap 20.1-3). Isto se dará quando Cristo retornar à terra com
poder e grande glória para implantar o seu reino milenar;
c) Satanás será acorrentado e confinado ao abismo por mil anos e depois será solto por pouco
tempo – (Ap 20.3) Durante esse período tentará frustrar os planos de Deus, mas seus planos
não darão certo;
d) Em seguida será lançado no lago do fogo (Geena- Ap 20.10).

As escrituras não autorizam a idéia de que o Inferno ou Lago de Fogo é um reino onde ele manda
ou reina. Satanás não será nenhum ‘ REI’ no lago de Fogo. Lá ele também irá sofrer eternamente.

III - Origem
A origem dos demônios não é revelada nas escrituras. No ponto de vista tradicional são anjos
caídos. Estes seriam os anjos que aderiram a rebelião provocada por Lúcifer, e desta forma teriam

14
sido expulsos da presença de Deus- Mateus 8.16: ​“ Caída a tarde, trouxeram-lhe muitos
​ iversos resultados de sua queda aparecem na Escrituras:
endemoninhados; e todos os enfermos“. D

• Perderam sua santidade e se tornaram corruptos em natureza e conduta;


• Estão condenados a viverem sem moradas (Ef 6.12);
• Condenados a viverem sem corpos (Mt 12.43-45; Mc 5.10,11).

2. Nomes e Títulos
a) ​Espírito imundo ​– Lucas 9.38, 39,42: “E eis que, dentre a multidão, surgiu um homem, dizendo
em alta voz: Mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é o único; um espírito se apodera dele
e, de repente, grita e o atira por terra, convulsiona-o até espumar, e dificilmente o deixa, depois de
o ter quebrantado....Quando se ia aproximando, o demônio o atirou no chão e o convulsionou, mas
Jesus repreendeu o espírito imundo, curou o menino e entregou a seu pai“.
b) ​legião – ​Marcos 5.9 ​“ E perguntou-lhe: Qual é o teu nome: respondeu ele: ​Legião ​é o meu
nome, porque somos muitos“. U ​ ma Legião, no exército romano, totalizava quando completa, seis
mil soldados; mas aqui essa palavra é usada a respeito de um número indefinido e elevado. Os
demônios não se chamavam legião. Note q Jesus perguntou qual era o nome e eles, numa
tentativa de engano, disseram a quantidade, coisa que o senhor Jesus não lhes perguntou.
c)​Espírito adivinhador ​– Atos 19.13: “​Ora também algum dos exorcistas judeus, ambulantes,
tentavam invocar o nome de Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos
por Jesus a quem Paulo prega“.

3. Classe de Demônios
A luz de Efésios. 6.12, os demônios se agrupam em quatro distintas classes, talvez numa grosseira
imitação dos exércitos celestiais, a saber:

a) Principados​- os poderosos demônios que habitualmente estão com satã;


b) Potestades​- aqueles que recebem autoridade para tarefas destruidoras;
c) Hostes espirituais da maldade ​– são os soldados rasos do diabo.

1. Atividade
A atividade dos demônios esta, normalmente relacionada em conexão com Satanás.
a) Anjos ​(demônios) que estão soltos:
• Submissos a Satanás (Mt 12.24);

15
• Atormentam os homens (Mc 5.1-4);
• Procuram separar o cristão de Cristo (Rm 8.38,39);

• São em grande quantidade (Mc 5.9);


• Estão divididos em várias categorias (Mt 17.21);
• Principados; Potestades; Hostes, e outros tipos (Ef 6.12);
• Fazem o homem rastejar (Mc 9.20)
• Causam cegueira, mudes e surdes (Mc 9.25);
• Oprimem (Lc 13.11; At 10.38).

b) Anjos ​( demônios) que estão aprisionados:


• II PE 2.4: ​“Porque, se Deus não perdoou aos anjos que percam, mas, havendo-as
lançado no inferno, o entregou as cadeias de escuridão, ficando reservados para o juízo“.​ Pedro
simplesmente diz que eles pecaram e que Deus os precipitou no tártaro, entregando-os a abismo
de trevas e reservando-os para juízo.
• Jd 6: ​“ E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram sua própria
habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia“. J​ udas
apresenta seu pecado como sendo o de haver abandonado seu próprio principado. Há uma
concordância entre todos em relação a Pedro e Judas se referirem aos mesmos anjos, que se
encontram no Tártaro, um lugar sombrio (II PE 2.4; AP 9.15,16).

2. As Armas dos Demônios


• Moléstias (Mt 9.33);
• Distúrbios mentais (Lc 8.35)
• Impureza moral (Lc 8.2)
• Falsas doutrinas (I Tm 4.1);
• Oposição aos Cristãos (Ef 6.2);
• Possessão de seres humanos (Mt 4.24);

Influência demoníaca é uma operação externa dos demônios em certas áreas; Possessão
demoníaca é quando os demônios se apossam do interior.

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3. Destino
Os demônios jamais terão perdão – (II PE 2.4). Serão, em um dia no futuro, após julgamento (Jd 6),
lançados no Lago do Fogo – (Mt 25.41), e sofrerão o castigo eterno.

A EQUIPE PARA A GUERRA

Ao novo crente resulta lhe a dureza de assimilar que a vida cristã seja um campo de batalha em
lugar de um parque de diversões. Quando me dedicava ao ministério pastoral, sempre podia
discernir quando começava a maturidade de um novo cristão: quando começava a lutar suas
batalhas. Este era um bom sinal, porque, como estava acostumado a dizer Spurgeon: “Satanás
nunca esporeia a um cavalo morto!”

Se você deseja vencer na batalha, deve conhecer o inimigo, possuir o poder e a equipe necessária
para lhe atacar, e também desfrutar de amparo. Nos quatro primeiros capítulos deste livro nos
encontramos com o inimigo, e havemos aprendido as estratégias que utiliza contra nós. Nosso
poder é o Espírito Santo, e temos descoberto qual é a equipe espiritual de que nos dotou Deus para
atacar ao diabo.

Agora consideramos a “armadura espiritual” que Deus nos oferece. Descreve-se em Efesios
6:10-18.

Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.

Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do
Diabo; pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados,
contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da
iniqüidade nas regiões celestes.

Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito
tudo, permanecer firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e
vestida a couraça da justiça, e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz,

tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do
Maligno.

Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda
a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a
perseverança e súplica, por todos os santos,

Paulo destaca o fato de que é necessário dispor de uma armadura completa para derrotar a
Satanás. Este atacará com toda segurança a área de nossa vida que deixemos desprotegida

Consideremos as diversas partes do equipamento do soldado cristão, aprendendo logo como

17
vestimos com ele e a utilizá-lo.

(1) O cinto da verdade. D ​ ado que Satanás é um embusteiro, devemos enfrentar a ele com a
verdade de Deus. Em alguns países orientais, as pessoas levavam cintos para sujeitar suas túnicas
amplas, as mantendo assim fechadas. E é a verdade divina que deve fazer que tudo o que há em
nossa vida esteja sujeito. Como cristãos, devemos amar a verdade e vivê-la.

​ Jo. 4
Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade. - 3

A cintura é o lugar onde se origina o movimento, a mobilidade e a direção. Um soldado com o


quadril fraturado não serviria de muito! A menos que seja a verdade o que motiva-nos e nos dirige,
seremos derrotados pelo inimigo.

Se permitirmos que qualquer engano entre em nossa vida, debilitaremos nossa posição, e não
poderemos obter a vitória na batalha.

O cinto da verdade não é uma arma ofensiva, a não ser um amparo. Quando um crente tem em sua
vida o que eu chamo “uma atitude verdadeira”, esta lhe protege dos ataques de Satanás. Não ​evita
esses ataques, mas consegue que não danifiquem ao crente.

(2) A couraça de justiça. E ​ sta peça da armadura cobria a parte dianteira do corpo do soldado, que
ia do pescoço à parte superior das coxas. Protegia os órgãos vitais. Acredito que aqui Paulo se
refere à justiça de Cristo, que recebemos quando confiamos nele.

Âquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos
justiça de Deus. - 2 Co. 5:21

Satanás é o acusador, e nos ataca recordando dos nossos pecados. É por meio da fé em Cristo
como se nos imputa sua justiça, que então nos defende. É importante que distingamos entre a
​ a ​repartida.
justiça ​imputada e

Quando um pecador põe sua fé em Cristo e nasce de novo, a própria justiça de Cristo fica a seu
favor, algo que jamais trocará. Quando o crente caminha junto ao Senhor e se submete ao Espírito,
lhe reparte a justiça de Cristo, a quem se vai parecendo mais e mais.

... e a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade.
- Ef. 4:24

Todo crente deveria conhecer o significado do térmo “justificação”. Se trata do ato divino, derivado
de sua graça, por meio do qual declara que o pecador que acreditou é justo graças aos méritos de
Jesus Cristo. A justificação nunca troca. Uma vez Deus nos declarou justos, nossa condição frente

18
a Ele fica decidido por toda a eternidade.

Entretanto, nosso estado cotidiano (nossa forma de seguir seus caminhos) é um assunto distinto.
Isto vai trocando à medida que nos submetemos ao Espírito e obedecemos a Palavra.

Vale a pena dar-se conta de que a couraça protege o coração, o que sugere que nossos
sentimentos devem estar protegidos pela justiça de Cristo. Dado que ​sabemos ​que fomos aceitos
Por Deus e somos justos em Jesus Cristo, não temos que temer ou nos preocupar quando Satanás
nos bombardeie com acusações. Freqüentemente Satanás usará a seu povo (incluindo cristãos)
para nos insultar e nos acusar, e sentiremos a tentação de contra-atacar. Mas não podemos
permitir que esses “dardos de fogo” atravessem a couraça e cheguem aos órgãos vitais. Descanse
na obra consumada de Cristo; dê-se conta de que é “aceito no Amado” (Ef. 1:6), e saiba que a
justiça de Deus, que lhe foi imputada, jamais se revogará.

(3) O calçado da paz. ​Os soldados romanos levavam sandálias reforçadas com ferro, para desfrutar
de uma boa estabilidade e mobilidade. O fato de como você se sustente em pé determina em
grande maneira o modo em que lutará. Se um lutador perde o equilíbrio pode perder a batalha. O
cristão que dispõe de uma boa base terá confiança quando se enfrente ao inimigo. Também será
capaz de responder aos diversos ataques de Satanás, se este decide trocar sua estratégia.

Estamos fi rmes graças ao evangelho. Sabemos que ​...Cristo morreu por nossos
pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao
terceiro dia, segundo as Escrituras; que apareceu... - 1 Co. 15:3-5

É esta vitória de Cristo a que nos concede um ponto de apóio seguro e sólido enquanto lutamos
contra o diabo. Andemos o que andemos, sempre pisaremos no terreno da vitória!

Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem
obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na
esperança da glória de Deus. - Rm. 5: 1-2

A palavra “preparativo” (V. 15) signifi ca “equipe, disposição”.

Quer dizer que o crente está preparado para os ataques do diabo. Está a pé firme, por isso é capaz
de lutar. Seu Salvador já obteve a vitória, e Ele se afi rma nela.

Por paradoxal que possa parecer, o soldado cristão propaga a paz, não a guerra. Luta contra
Satanás para que faça-se a paz. Satanás é a causa do pecado, o desassossego e a divisão neste
mundo. O soldado cristão fomenta a paz ao opor-se a ele. A mensagem do evangelho é de paz,
mas para Satanás é uma declaração de guerra.

​ escudo romano tinha umas dimensões de sessenta centímetros de largura


(4) ​O escudo da fé. O

19
por um metro e vinte de altura, e era feito de madeira coberta de couro e metal.

Servia como um muro móvel o qual podiam se esconder os soldados, protegendo-se das flechas
ardentes que os inimigos lançavam. A fé que você tem em Cristo é a que apaga essas setas de
fogo. E participará de sua vitória na medida em que confie nele.

O que são esses “dardos de fogo” que Satanás nos lança?

Eu os interpreto como pensamentos de um ou outro tipo: dúvidas, temores, preocupações, etc. As


vezes meditando em oração na Palavra quando, de repente, invadia-me a mente um pensamento
terrível. É obvio, Satanás deseja que creiamos que somos ​nós o ​ s que temos a culpa, porque
pensar dessa maneira nos desalentaria em nosso caminho cristão.

Mas ​ele ​é quem tem a culpa! Inclusive eu sentia que lançava-me dardos de fogo enquanto estive
pregando a Palavra! Se não apagarmos esses dardos, farão que arda tudo o que toquem, e então o
que deveremos apagar será um verdadeiro incêndio destrutivo.

​ me aferrando a sua Palavra, podem-se


Tenho descoberto que ​confiando nas promessas de Deus e
apagar esses dardos ardentes.

O importante é que o soldado cristão conheça a doutrina bíblica! (Isto explica por que o soldado
cristão descreve-se no capítulo 6 de Efesios. Paulo dedica os três primeiros capítulos a expor uma
doutrina básica, e os dois seguintes à vida cristã mais elementar.) Não poderemos

apagar as flechas mediante a fé em nós mesmos (nem sequer em nossas vitórias passadas), a fé
na fé ou a fé em algum credo. Não, necessitamos da fé em Cristo e em sua Palavra.

Não podemos impedir que Satanás lança flechas, mas podemos evitar que estas provoquem um
incêndio. Um grande santo (foi Martínho Lutero, possivelmente?) disse uma vez: “Não posso
impedir que os pardais voem por cima de minha cabeça, mas sim que façam um ninho nela!”

O mais importante é ​sufocar esses dardos imediatamente.

Quer dizer, procurar instantaneamente a Cristo, por fé, recordar alguma promessa da Palavra e
acreditar Nela. De outro modo o fogo começará a propagar-se, e se lhe acrescentamos lenha
escapará ao nosso controle. Nossos sentimentos crescerão e se agitarão, e antes de nada será
Satanás quem tem o controle.

Recordo situações nas que as flechas de fogo me fizeram me sentir impaciente, e estive a ponto de
dizer e fazer coisas das que mais tarde teria me arrependido. Me voltei para o Senhor por fé, e lhe
roguei que me concedesse a paciência que necessitava. E senti uma sensação de controle e de
tranqüilidade que apagou os dardos ardentes. Nas vezes que ​não ​fui a Ele com fé, queimei-me,

20
como sucedeu a outras pessoas.

77
(5) O e elmo da salvação. ​Não cabe dúvida de que devemos relacionar esta imagem com 1
Tessalonicenses 5:8:

... ​e tendo por capacete a esperança da salvação.

Acredito que Paulo está se referindo aqui à esperança que tem o crente na volta de Jesus Cristo.
Satanás freqüentemente utiliza o desânimo e a desesperança como armas contra nós. Quando nos
sentimos desanimados é quando somos mais vulneráveis. Tomaremos decisões estúpidas, e
seremos suscetíveis a todo tipo de tentações. Quando a mente está protegida pela “bendita
esperança” da volta do Senhor, Satanás não pode utilizar o desânimo para nos atacar e nos
derrotar.

A desesperança é uma arma letal nas mãos do inimigo.

Moisés e Elías se sentiram tão deprimidos que pediram ao Senhor que os matasse. Os salmos
registram algumas situações nas que Davi “estava no fundo”, e só podia confiar em Deus.

Por que estás abatida, ó minha alma? e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois
ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus. - Sl. 43:5

Quando nossa mente e nossa forma de ver a vida se centram no retorno de Cristo, isto nos protege
contra o desespero e o desânimo que sempre chegam à vida dos crentes

comprometidos. Quando Paulo estava em seu último cárcere, enfrentando-se a uma morte certa,
esquecido por muitos dos crentes em Roma, animava-se com a seguinte esperança:

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele
dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. - 2 Tm. 4:8

​ sta é uma arma ​ofensiva; ​o resto dos componentes da armadura são


(6) A espada do Espírito. E
peças de defesa.

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes,
e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração. Hb 4: 12

A espada espiritual da Palavra de Deus é diferente a qualquer espada física que possa disparar
contra o homem. Uma espada material se trinca com o uso, mas a Palavra de Deus sempre está
21
afiada. Uma espada material se agita mediante o esforço físico, mas a espada espiritual tem poder
em si mesmo. E o Espírito de Deus nos capacita para usar esta Palavra de Deus com eficácia!
Nosso Senhor utilizou a espada do Espírito quando enfrentou a Satanás, derrotando-o, nas
tentações do deserto. “Está escrito ...”, disse-lhe, e o citou o Antigo Testamento. Martínho Lutero
conhecia bem esta lição, na qual se apoiou para escrever seu grande hino “Castelo forte é nosso
Deus”.

Embora estejam mil demônios prontos a nos devorar, não


temeremos, porque Deus saberá até prosperamos. Que mostre
seu vigor Satanás e seu furor, não poderá nos danificar; pois
condenado já é pela Santa Palavra.

Já falei que temos que fazer uso da Palavra de Deus no capítulo um, e pode lhe interessear
repassar essa seção.

nos vestindo a armadura. ​Tudo o que vimos não passa de um simples simbolismo cristão a menos
que saibamos como pôr a armadura; e a resposta encontramos em Efesios - 6: 18. Esta é uma
tradução literal do versículo.

. . . com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fi m, vigiando
com toda a perseverança ...

George Duffi eld captou esta verdade em sua canção tão conhecida: “Lutem, lutem por Jesus”.

Lutem, lutem por Jesus! Resistam em sua fortaleza; os


esforços humanos cairão,

Não nos serve do homem a força. Vistamos a armadura de Deus, a


oração sujeita suas peças; onde chame perigo o dever, nossa vida,
presente, não tema.

Vestimo-nos com essa armadura por meio da oração, e oramos por meio do Espírito Santo.
Minha própria experiência me ensinou que o melhor momento para colocar a armadura espiritual é
o tempo devocional da manhã. Depois de haver entregue a Deus meu corpo, minha mente e minha
vontade (veja a seção 4 do capítulo Três), peço ao Espírito Santo que me encha; e então, ​por fé,
coloco-me as peças da armadura. Às vezes oro segundo estas linhas:

22
“Pai, te agradeço pela provisão que me oferece, a vitória sobre Satanás. Agora, por fé, rodeio-me o
cinto da verdade. Que minha vida, ao longo deste dia, esteja motivada pela verdade. Me ajude a
conservar a integridade. Por fé, coloco a couraça da justiça. Que meu coração ame o justo e
aborreça o pecado. Obrigado pela justiça de Cristo, que foi imputada graça a sua cruz. Por fé,
ponho o calçado da paz. me ajude a me manter na vitória de Cristo no dia de hoje. Me ajude a ser
pacificador, a não entrar em conflito algum. Por fé, aferro o escudo da fé. Desejo confiar em ti e em
sua Palavra, sem acrescentar combustível aos dardos inflamados de Satanás. Obrigado porque
posso ir ao combate sem temor. Por fé, coloco o elmo da salvação. Me ajude a recordar que Cristo
voltará. Me ajude a viver em tempo futuro. Protege minha mente do desânimo e o desespero. Por
fé, tomo a espada do Espírito. Me ajude neste dia a recordar sua Palavra, e a usá-la. Pai, por fé me
vesti com esta armadura. Que este dia seja um dia de vitória”.

Esta não é uma oração rotineira, e não a incluí neste livro para que ninguém a memorize e a repita.
Mas bem o fiz para lhe dar uma idéia de como pomos por fé as peças da armadura, mediante a
oração. Mas este é um assunto privado entre você e o Senhor. Não posso lhe dizer como orar, mas
sim posso a rmar que mais vale que ore! Paulo descreve o tipo de oração que devemos ter. É uma
oração perseverante: “orando em todo tempo”. Não basta murmurando umas quantas palavras
piedosas ao princípio do dia. Esse tipo de oração jamais derrotará a Satanás.

Contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer. Lc. 18:1

Orem sem cessar. - 1 Ts. 5: 17

Isto não quer dizer que passemos o dia em oração pra baixo. Quer dizer que devemos estar em
uma atitude constante de oração e de con ança; dito de outra maneira, que o auricular sempre
esteja desprendido. Também é uma oração equilibrada: “toda oração”. O que signi ca isto?

Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante
de Deus pela oração e súplica com ações de graças. – Fl 4:6

“Toda oração e rogo” implica louvor, adoração, con ssão de pecados, súplica, ação de graças. Se
o único que fazemos é pedir coisas, perderemos a verdadeira bênção da oração equilibrada. A
oração que só consiste em pedir pode ser bastante egoísta. Para derrotar a Satanás necessitamos
“toda oração”. Também é uma oração capacitada pelo Espírito. Devemos orar “no Espírito”. Isto
quer dizer que o Espírito deve-nos revelar sobre o que devemos orar, e que é Ele quem deve nos
capacitar para seguir orando. A verdadeira oração não é fácil. Se oramos apoiando-nos na energia

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da carne, Deus não responderá. Logo cederemos, e Satanás obterá a vitória. Por último, é uma
oração vigilante. “Estejam alerta”. Nenhum soldado pode se permitir fechar os olhos ante o inimigo.

(Por certo, a postura de oração que consiste em fechar os olhos, inclinar a cabeça e juntar as
mãos não aparece nas Escrituras. Os judeus oravam com os olhos abertos, olhando ao céu e com
as mãos elevadas diante de Deus.) “Vigiai e Orai”, foi repetida advertência do Senhor a seus
discípulos (Mc. 13:33, 14:38). Esteja alerta frente às coisas que faz o diabo, ou lhe atacará
enquanto ora!

D. L. Moody não animava a sua líder de louvor, Ira Sankey, a usar esse hino tão conhecido:
“Firmes e adiante”. Moody pensava que não reetia uma experiência real. Dizia que “a igreja é um
mau exército”. Em realidade sim que o somos, porque não usamos a equipe que Deus nos dá.
Deus nos ordena que estejamos  rmes, que rechacemos ao inimigo! E além nos capacita para
fazê-lo!

Ponhamos a armadura do evangelho, cujas peças se atém mediante a oração.

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IBADERJ

Fundado em 1975 pelos Pastores Otoniel Moura de Paula e Oziel Moura de Paula. De 1976 á 1977
foi Presidido pelo Pastor João Pereira de Andrade Silva ( Diretor Executivo da CPAD). Desde 1985
é Presidido Pelo Pastor Germano Soares Silva

Reconhecido por: CEADER (convenção Evangélica das Assembléias de Deus do Estado do Rio de
Janeiro) CGADB (convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil)

Diretoria IBADERJ

DIRETOR-PRESIDENTE Pastor Germano Soares Silva

1º VICE-DIRETOR Pastor Sergio Amaral Brito

2º VICE-DIRETOR Pastor Joel Angelo

GERENTE ADMINISTRATIVO Eduardo Soares Silva

1º SECRETÁRIO Maria Teresa Silva Rosa

2º SECRETÁRIO Carla Roberta Gomes da Fonseca

TESOUREIRO Ana Maria da Silva

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