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Anjos, Satanás
e demônios
1. Os anjos
Seguem-se detalhes e diversas referências bíblicas sobre os anjos de Deus. Consulte aquelas
que despertam o seu interesse.
Os anjos têm intelecto, emoções e vontade (1 Pe 1.12; Lc 2.13; Jd 6). Eles não se reproduzem
segundo sua espécie (Mc 12.25), não morrem (Lc 20.36), são distintos dos seres humanos
(Sl 8.4,5) e têm grande poder (2 Pe 2.11) e são superiores aos seres humanos (Hb 2.6,7).
Os anjos bons louvam a Deus (Hb 1.6; Ap 5.11; 7.11) e desempenham numerosas atividades
na terra, cumprindo ordens de Deus. Seus deveres relacionam-se principalmente com a
obra redentora de Cristo (Mt 1.20-24; 2.13; 28.2; Lc 1-2; At 1.10; Ap 14.6,7). Regozijam-se
por um só pecador que se arrepende (Lc 15.10), servem em prol do povo de Deus (Dn 3.25;
6.22; Mt 18.10; Hb 1.14), observam o comportamento da congregação dos cristãos (1 Co
11.10; 1 Tm 5.21), são portadores de mensagens de Deus (Zc 1.14-17; At 10.1-8; 27.23,24),
trazem respostas às orações (Dn 9.21-23; At 10.4), às vezes ajudam a interpretar sonhos e
visões proféticas (Dn 7.15,16), fortalecem o povo de Deus nas provações (Mt 4.11; Lc 22.43),
protegem os santos que temem a Deus e se afastam do mal (Sl 34.7; 91.11; Dn 6.22; At 12.7-
10), castigam os inimigos de Deus (2 Rs 19.35; At 12.23; Ap 14.17-16.21), ministram aos
justos na hora da sua morte e os conduzem ao céu (Lc 16.22; Jd 9), lutam contra as forças
demoníacas e estarão envolvidos nos juízos da Tribulação (Ap 12.7-9; 16), acompanharão a
Cristo na sua segunda vinda (Mt 24.30,31) e estarão presentes no julgamento da raça
humana (Lc 12.8,9). [ref. 1, p. 1633; ref. 8, p. 386].
A Bíblia não contém nenhum exemplo de que algum servo de Deus invocasse um anjo.
Portanto, não se deve dirigir oração ou adoração a eles (Cl 2.18; Ap 19.9,10). Isto seria
idolatria (o ato de adorar uma criatura, um falso deus).
2. Satanás e os demônios
2.1 Satanás existe?
A palavra “satanas” vem do latim, e significa “o que arma ciladas”, “inimigo”. O truque
preferido de Satanás é levar as pessoas a pensarem que ele não existe, pois então terá plena
liberdade para atuar. Mas a existência de Satanás é ensinada em sete livros do AT e por
todos os autores do NT. Jesus reconheceu e ensinou a existência de Satanás (Mt 13.39; Lc
10.18; 11.18).
Satanás é uma pessoa: possui intelecto, vontade e emoções (2 Co 11.3; Ap 12.17; 2 Tm 2.26,
ver ainda Jó 1). Ele é um ser espiritual criado por Deus, provavelmente pertencente à ordem
dos querubins, sendo inicialmente o mais exaltado dos anjos (conforme a interpretação
tradicional de Ez 28.12-15 como sendo uma referência a Satanás, além do rei de Tiro).
Seu pecado foi a soberba e a rebelião contra Deus (conforme provável referência indireta a
Satanás em Is 14.12-14; e referência direta em 1Tm 3.6), pelo qual Deus lhe impôs os
seguintes juízos: expulsão de sua posição original no céu (Ez 28.16-19), julgamento no Éden
(Gn 3.14,15), na cruz (Jo 12.31); expulsão dos céus na metade da Tribulação (Ap 12.13),
prisão no abismo durante o Milênio (Ap 20.2) e lançamento no lago de fogo no fim do
Milênio (Ap 20.10).
A atuação de Satanás atualmente envolve o engano das nações (Ap 20.3), a cegueira
espiritual dos incrédulos (2 Co 4.4) e o roubo da Palavra de seus corações (Lc 8.12).
A Bíblia deixa claro que Satanás é um ser poderoso (2 Ts 2.9; Mt 24.24; Ap 13.2). Mas Deus
impõe limites à sua atuação. Ele só pode agir debaixo da vontade permissiva de Deus (Jó
1.12). É muito importante entender esse ponto, pois alguns cristãos parecem atribuir a
Satanás um poder equivalente ao de Deus, o que não é verdade, pois toda a autoridade foi
dada a Jesus Cristo (Mt 28.18). Além disso, Satanás é uma criatura e portanto não é nem
onisciente e nem onipresente. Sua ação pode ser resistida pelo verdadeiro cristão (Tg 4.7; Ef
6.11-18). Portanto, permanecendo firme em Jesus, você não deve ter medo de Satanás e de
nenhum outro demônio, pois o próprio Cristo é quem lhe protegerá (1Jo 5.18).
2.6 Quem são os demônios?
Os demônios procuram levar as pessoas a uma conduta imoral (1Tm 4.1,2). Eles são a força
motriz por trás da idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que
adorar demônios (Dt 32.17; Sl 106.36,37; 1Co 10.20).
Os demônios podem influenciar os pensamentos, emoções e atos dos cristãos que não
obedecem ao Espírito Santo (influência demoníaca – Mt 16.23; 2 Co 11.3,14).
Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,33; 12.22; 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc
13.11,16), embora nem todas as enfermidades procedam de espíritos malignos (Mt 4.24; Lc
5.12,13).
Em seu ministério aqui na terra, Jesus derrotou Satanás em parte pela expulsão de
demônios que habitava em pessoas (p.ex. Mc 1.23-27,32,34,39; 3.10-12,15;5.1-20; 6.7,13;
7.25-30; 9.17-29; 16.17) e de modo pleno através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31;
16.17; Cl 2.15; Hb 2.14), aniquilando o domínio de Satanás e restaurando o poder do reino
de Deus.
Jesus prometeu aos verdadeiros cristãos proteção e autoridade sobre o poder de Satanás e
das suas hostes (Lc 10.19; Jo 14.12, 1Jo 5.18). Portanto, além de vigiarmos, resistirmos e nos
revestirmos contra os ataques malignos (1 Pe 5.8; Tg 4.7; Ef 6.11-18), devemos exercer a
autoridade que o Senhor nos deu, confrontando Satanás e seus demônios de modo direto,
em nome de Jesus, pelo poder do Espírito Santo (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12), fortalecidos
pelo jejum e oração, vivendo em santidade diante de Deus, e em obediência à sua Palavra.