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A JUTIÇA DIVINA

A Preparação do Povo de Deus para os Últimos Dias no Livro de Ezequiel


Domingo, 06 novembro de 2022

A JUSTIÇA DE DEUS

(Aluno da Ferramenta EBD, leia o apêndice que preparamos para você no final do subsídio)

Nesta lição, vamos abordar o conceito de justiça divina e expor os fundamentos do juízo de
Deus. Ele não confunde o inocente com o culpado, não vende sentenças e não distribui
condenações aleatoriamente. Afinal, não agirá com justiça o Juiz de toda a terra? Vamos juntos
aprender a Palavra de Deus.

 TEXTO ÁUREO.

Ao puro te revelas puro, mas com o perverso reages à altura. (Sl 18.26 NVI).

Tu és puro para os que são puros, mas és inimigo dos que são maus. (Sl 18.26 NTLH).

ANALISANDO O TEXTO ÁUREO

Deus sabe diferenciar o justo do ímpio. Ele sonda os corações e conhece o espirito do homem (Ez
11.5). A Bíblia diz: Ele é a Rocha, as suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos.
É Deus fiel, que não comete erros; justo e reto ele é. (Dt 32.4 NVI).

Desse modo, acerca da justiça de Deus, podemos adiantar que:

a. Quanto ao justo, é operada a justiça recompensadora. Deus não é injusto; ele não se
esquecerá do trabalho de vocês e do amor que demonstraram por ele, pois ajudaram os
santos e continuam a ajudá-los. (Hb 6.10 NVI).

b. Quanto ao ímpio, é operada a justiça retributiva (estou usando a expressão no sentido


negativo de punir o mal). Mas, ai dos ímpios! Pois tudo lhes irá mal! Terão a retribuição pelo
que fizeram as suas mãos. (Is 3.11 NVI).

 VERDADE PRÁTICA. O Senhor é Deus zeloso e vingador; o Senhor é vingador e cheio de


furor; o Senhor toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus
inimigos. O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por
inocente (Na 1.2,3).

No tribunal divino, as fakes news não pervertem o seu juízo, as provas fabricadas não são aceitas
como verdadeiras. Deus não tem um preço, portanto, não pode ser subornado. Não existe
parcialidade, favoritismo e corrupção na suprema corte divina. Ele não tem o culpado por inocente.
Desse modo, a responsabilidade humana é pessoal, pois ninguém será sentenciado de forma
injusta.

I. A PUREZA MORAL DE DEUS.


1|P á g i n a
Por pureza moral, referimo-nos à isenção absoluta de Deus em relação a tudo que seja perverso ou
mau. A sua pureza moral inclui as dimensões de: 1) Santidade; 2) retidão; 3) justiça.

1. Santidade. Há dois aspectos básicos na santidade de Deus: singularidade e bondade absoluta.

a. Singularidade. Por singularidade entendemos que Deus está totalmente separado de toda a
criação. Não são poucos os textos bíblicos que corroboram que essa assertiva:

"Não há ninguém santo como o Senhor; não há outro além de ti; não há rocha alguma como o
nosso Deus”. (1 Sm 2.2 NVI).

“Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor? Quem é semelhante a ti? Majestoso em
santidade, terrível em feitos gloriosos, autor de maravilhas?” (Êx 15.11 NVI).

A reação adequada à santidade de Deus, ou seja, a qualidade que o separa de suas criaturas, deve
ser temor, reverência e silêncio.

Seja louvado o teu grande e temível nome, que é santo. Rei poderoso, amigo da justiça!
Estabeleceste a equidade e fizeste em Jacó o que é direito e justo. Exaltem o Senhor, o
nosso Deus, prostrem-se diante do estrado dos seus pés. Ele é santo! (Sl 99.3-5 NVI).

b. Bondade absoluta. Essa faceta de sua santidade nos revela que Deus não é tocado nem
manchado pelo mal no mundo.

Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal (Hb 1.13 NVI).

Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: "Estou sendo tentado por Deus". Pois Deus
não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. (Tg 1.13 NVI).

Não se pode nem pensar que Deus faça o mal, que o Todo-poderoso perverta a justiça. (Jó
34.12 NVI).

2. Retidão. A segunda dimensão da pureza moral de Deus é sua retidão. Essa é, por assim dizer, a
santidade de Deus aplicada a seu relacionamento com outros seres.

a. A retidão e a Lei de Deus. A retidão de Deus é revelada por meio de seus mandamentos
que são uma expressão de seu caráter reto.

A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, e
tornam sábios os inexperientes. Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao coração. Os
mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos olhos. O temor do Senhor é puro, e dura
para sempre. As ordenanças do Senhor são verdadeiras, são todas elas justas. (Sl 19.7-9 NVI).

b. A retidão de Deus e suas ações. As ações de Deus estão em harmonia com a lei que ele
estabeleceu.

Eu sou o Senhor, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas
coisas que me agrado, declara o Senhor. (Jr 9.24 NVI).

2|P á g i n a
Longe de ti fazer tal coisa: matar o justo com o ímpio, tratando o justo e o ímpio da mesma
maneira. Longe de ti! Não agirá com justiça o Juiz de toda a terra? (Gn 18.25 NVI).

3. Justiça. Deus não apenas age em conformidade com sua lei, como também administra seu reino
de acordo com ela. Isto é, ele exige que outros se conformem a essa lei. A Justiça de Deus significa
que ele administra sua lei de forma justa, não demonstrando favoritismo ou parcialidade.

Saibam, portanto, que o Senhor, o seu Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que mantém a aliança
e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e guardam os seus mandamentos.
Mas àqueles que o desprezam, retribuirá com destruição; ele não demora em retribuir àqueles
que o desprezam. (Dt 7.9,10 NVI).

Deus é fiel para cumprir a suas promessas, mas também é fiel para executar os seus juízos.

II. A JUSTIÇA DE DEUS NO LIVRO DE EZEQUIEL (Ez 14.12-23).

1. A sentença irrevogável de Deus. Nessa mensagem específica (Ez 14.12-23), o Senhor


descreveu, mais uma vez, os quatro juízos que enviaria sobre o povo de Judá e de Jerusalém. Por
meio do profeta Ezequiel, Deus asseverou que não haveria uma invalidação de sua sentença a
respeito de Judá e Jerusalém. O Juízo estava as portas.

a. Seria Inútil orar e clamar por Jerusalém nessa situação em particular. Por pelo menos
três vezes (Jr 7.16; 11.14; 14.11), Deus orientou o profeta Jeremias, contemporâneo de
Ezequiel, a não orar nem clamar por Israel.

Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes,
porque eu não te ouvirei. (Jr 7.16 NVI).

b. A presença de homens justos, como Noé, Daniel e Jó não mudaria a realidade do juízo.
Quase certamente, estes homens representam os antigos exemplos de piedade na tradição
hebraica. Não somente a história do Dilúvio era conhecida pelos leitores de Ezequiel, como
também o caráter do seu herói como “homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos,”
que andava com Deus (Gn 6:9). Jó, também, era conhecido como “homem íntegro e reto,
temente a Deus, e que se desviava do mal” (Jó 1:1). O profeta Daniel, a esta altura, já era um
homem bem conhecido em todo império da babilônia. Descartamos a visão de que o Daniel
mencionado possa ser um personagem desconhecido e não mencionado nas Escrituras.

O profeta Daniel também era um exemplo de vida piedosa: Ora, Daniel se destacou tanto
entre os supervisores e os sátrapas por suas grandes qualidades, que o rei planejava colocá-
lo à frente do governo de todo o império. Diante disso, os supervisores e os sátrapas
procuraram motivos para acusar Daniel em sua administração governamental, mas nada
conseguiram. Não puderam achar falta alguma nele, pois ele era fiel; não era desonesto nem
negligente. (Dn 6.3,4 NVI).

3|P á g i n a
A verdade enfatizada aqui, leva-nos a tremer diante do Juiz de toda a Terra. Quando Ele bate
o martelo, não existe nenhuma outra instância a que se possa recorrer.

c. O juízo não é sem fundamento. pois saberão que não agi sem motivo em tudo quanto fiz ali,
palavra do Soberano Senhor". (Ez 14.23 NVI). Deus não executa juízos aleatoriamente, há
sempre um fundamento para suas justas ações.

2. A descrição dos juízos (Ez 14.12-23). Pois assim diz o Soberano Senhor: Quanto pior será
quando eu enviar contra Jerusalém os meus quatro terríveis juízos: a espada, a fome, os animais
selvagens e a peste, para com eles exterminar os seus homens e os seus animais! (Ez 14.21 NVI).

a. Primeiro juízo – a fome. Deus iria interromper o sustento de pão e acabaria com a vida de
homens e animais. Tanto Jeremias quanto Ezequiel mencionam esse juízo (Jr 14; Ez 5.12;
6.1). Conforme estabelecido na aliança (Dt 28.15-20, 38-40, 50-57), assim aconteceu.

b. Segundo juízo – animais selvagens. Esse juízo também é mencionado na aliança:


Mandarei contra vocês animais selvagens que matarão os seus filhos, acabarei com os seus
rebanhos e reduzirei vocês a tão poucos que os seus caminhos ficarão desertos. (Lv 26.22
NVI).

c. Terceiro juízo – a espada. A espada era um símbolo da guerra. Veja o que dizia a aliança: O
Senhor trará, de um lugar longínquo, dos confins da terra, uma nação que virá contra vocês
como a águia em mergulho, nação cujo idioma não compreenderão, nação de aparência
feroz, sem respeito pelos idosos nem piedade para com os moços. Ela devorará as crias dos
seus animais e as plantações da sua terra até que vocês sejam destruídos. Ela não lhes
deixará cereal, vinho, azeite, como também nenhum bezerro ou cordeiro dos seus rebanhos,
até que vocês sejam arruinados. Ela sitiará todas as cidades da sua terra, até que caiam os
altos muros fortificados em que vocês confiam. Sitiará todas as suas cidades, em toda a terra
que o Senhor, o seu Deus, lhe dá. (Dt 28.49-52 NVI).

d. Quarto juízo – a peste. Pessoas morrendo e cadáveres em decomposição não fazem de


uma cidade sitiada um lugar saldável para se viver.

Reflexão – A Bíblia revela uma condenação muito pior do que a fome, os animais selvagens, a
espada e a peste.

Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor
Jesus. Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da
majestade do seu poder. (2 Ts 1.8,9 NVI).

Quem pode nos livrar dessa condenação? Nossos pais na fé? Boas obras? Ter uma família
tradicional? Ser batizado nas águas? Visitar cultos? Somente Jesus pode nos livrar da condenação
eterna.

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Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos
pecadores. Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira
de Deus por meio dele! Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante
a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!
(Rm 5.8-10 NVI).

III. A EXECUÇÃO DO JUIZO DE DEUS.

1. Os critérios do Juízo de Deus. Para entendermos como se processará o juízo Divino devemos
ter em mente quatro princípios revelados na Palavra pelos quais de forma geral seremos julgados.
No capítulo 2 de Romanos o apóstolo Paulo ensina esses quatro princípios fundamentais que são:

a. O juízo de Deus é conforme a verdade (Rm 2.2 NVI). Quando o apostolo falou que “o
juízo de Deus é segundo a verdade” ele está mostrando o critério imutável do juízo divino a
Palavra. Jesus disse: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” – (João 17.17).
Esse é o primeiro critério do juízo Divino, nada mais, nada menos que a própria Palavra de
Deus. Esse padrão não varia, será sempre o mesmo – segundo a verdade.

b. O juízo de Deus é sem acepção de pessoas (1 Pe 1.17 NVI). “Sem acepção de pessoas”
Esta expressão implica que Deus não é influenciado, afetado no Seu julgamento pelas
características externas de uma pessoa, nada pode desviar, embaçar, intimidar o Justo Juízo de
Deus.

c. O juízo de Deus será conforme as obras (Rm 2.6 NVI). Obra é todo e qualquer
comportamento humano inclusive palavras. Claro que quando falamos obras não excluímos
pensamentos e intenções que também serão julgados, pois Paulo disse: No dia em que
Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o
meu evangelho. (Rm 2.16 ARC).

d. O juízo de Deus será de acordo com a revelação e o conhecimento que se tem dEle
(Mt 11.20-24). Quanto maior a revelação, o entendimento ou mesmo a manifestação de
Deus, mais elevado se tornaram o juízo de Deus também. Às vezes criticamos certos
comportamentos por parte dos novos convertidos, quando os velhos convertidos que sabem
mais, fazem pior. Tais pessoas se esquecem que “a quem muito é dado, muito será
cobrado”. Apenas para ilustrar esse assunto, um fio de cabelo é pouco ou muito? Depende!
Um fio de cabelo na cabeça com certeza é pouco, mas um fio de cabelo em prato de sopa é
muito. Alguns equívocos em pessoas novas convertidas são compreensíveis, mas alguns
equívocos por parte de pessoas que tem um maior entendimento, esclarecimento das
coisas de Deus, é inadmissível.

CONCLUSÃO

Existem dois compromissos que ninguém pode escapar: a morte e o juízo (Hb 9.27). No caso
da morte, faço uma ressalva com relação aos que serão arrebatados, mas fugir desse primeiro

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compromisso não é algo que pode ser mudado pelo homem. Sobre o juízo, ressalto que todos
estaremos diante do Juiz de toda a Terra. Você está preparado? Aliás, a melhor pergunta seria:
Você está em Cristo?

Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus,
e também intercede por nós. (Rm 8.33,34 NVI).

ABRA A JAULA

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