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Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também
em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou
santo".
A Santidade de Deus
“Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua
glória” (Isaías 6:3). Com estas palavras, os serafins louvaram a Deus por sua
perfeita santidade. 800 anos depois, João viu, numa visão semelhante, os quatro
seres viventes proclamando: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-
Poderoso” (Apocalipse 4:8). Talvez a única outra característica de Deus que tem
a mesma importância de sua santidade seja seu amor (1 João 4:8). De Gênesis ao
Apocalipse, as Escrituras enfatizam a santidade de Deus. É um aspecto de sua
natureza que nós devemos estudar muito e frequentemente.
O segundo sentido em que Deus é santo trata de sua relação com o pecado. Ele
é puro e certo, acima de todo pecado e toda maldade. Por esse motivo, ele é
separado dos homens pecadores. “Então, Josué disse ao povo: Não podereis
servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a
vossa transgressão nem os vossos pecados. Se deixardes o SENHOR e servirdes
a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de
vos ter feito bem” (Josué 24:19-20). Deus é separado de nós porque ele nos criou
com livre arbítrio, e nós decidimos pecar. Deus nos convida a ser santos, livres
do pecado, pela graça e pelo amor dele (1 Pedro 1:15-16).
Deus é Santo
A santidade é uma qualidade central de Deus. Ele não apenas decide o que
é certo; ele mesmo é certo! Por exemplo, é impossível que Deus minta (Hebreus
6:18). Eliú entendeu esse fato quando disse: “...longe de Deus o praticar ele a
perversidade, e do Todo-Poderoso o cometer injustiça” (Jó 34:10).
Deus ama a justiça. Salmo 24 mostra que Deus aceita os puros e justos. Pela
santa natureza dele, não há outra possibilidade. “Porque a palavra do SENHOR
é reta, e todo o seu proceder é fiel. Ele ama a justiça e o direito; a terra está cheia
da bondade do SENHOR” (Salmo 33:4-5). Da mesma forma que ele ama os
justos, ele rejeita a iniquidade e os malfeitores. As palavras de Salmo 5:4-5 são
claras e até duras: “Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e
contigo não subsiste o mal. Os arrogantes não permanecerão à tua vista;
aborreces a todos os que praticam a iniquidade.” Quando Habacuque procurou
entender os atos de Deus, ele baseou sua pergunta na justiça de Deus: “Tu és
tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes
contemplar...” (Habacuque 1:13).
Porque Deus é santo, ele usa linguagem revoltante para descrever o pecado. Ele
diz que idolatria é “coisa abominável que aborreço” (Jeremias 44:4). Ele
compara o pecado ao lamaçal no qual a porca se revolve e ao vômito que o
cachorro lambe (2 Pedro 2:22). Nas Escrituras, não se pode separar o pecado da
morte e da corrupção de decomposição que associamos com a morte. Se tais
imagens nos enjoam, é porque o pecado é nojento para Deus.
Encontramos nas Escrituras diversas ocasiões em que Deus mostrou sua ira
contra pecadores. Considere alguns exemplos. “Pelo que, como a língua de fogo
consome o restolho, e a erva seca se desfaz pela chama, assim será a sua raiz
como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do
SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel. Por isso, se
acende a ira do SENHOR contra o seu povo, povo contra o qual estende a mão e
o fere, de modo que tremem os montes e os seus cadáveres são como monturo
no meio das ruas. Com tudo isto não se aplaca a sua ira, mas ainda está
estendida a sua mão.” (Isaías 5:24-25). Na mesma época, Deus explicou o
castigo do povo desobediente: “O SENHOR advertiu a Israel e a Judá por
intermédio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai-vos dos
vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos,
segundo toda a Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermédio
dos meus servos, os profetas.... e venderam-se para fazer o que era mau perante
o SENHOR, para o provocarem à ira. Pelo que o SENHOR muito se indignou
contra Israel e o afastou da sua presença; e nada mais ficou, senão a tribo de
Judá” (2 Reis 17:13,17-18). Estas consequências do pecado foram previstas por
Samuel no início do reino de Israel, 300 anos antes de Isaías. Samuel disse: “Se,
porém, não derdes ouvidos à voz do SENHOR, mas, antes, fordes rebeldes ao
seu mandado, a mão do SENHOR será contra vós outros, como o foi contra
vossos pais” (1 Samuel 12:15).
(2) Devemos valorizar mais o amor profundo de Deus em nos salvar do pecado,
e viver como povo grato (Tito 2:11-14; 3:4-7).
Nosso desafio