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A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL
(Aluno da Ferramenta EBD, leia o apêndice que preparamos para você no final do subsídio)
Existe maldição? A Bíblia fala alguma coisa sobre maldição hereditária? O fatalismo é uma
doutrina bíblica? Nesta lição, iremos discorrer acerca da responsabilidade individual do ser humana
diante de Deus, bem como refutaremos algumas doutrinas heréticas. Vamos juntos, aprender a
Palavra de Deus.
TEXTO ÁUREO.
Aquele que pecar é que morrerá. O filho não será castigado pelos pecados do pai, e o pai não será
castigado pelos pecados do filho. Os justos serão recompensados por sua justiça, e os perversos
serão castigados por sua perversidade. (Ez 18.20 NVT).
Quem vive pecando é que será castigado com a morte. O filho não sofrerá as consequências dos
pecados do pai, e o pai não levará a culpa do filho. O justo será recompensado pela sua justiça, e o
perverso será castigado pelos seus pecados. (Ez 18.20 NBV).
1. A responsabilidade é individual - Aquele que pecar é que morrerá. Deus não manipula
nossas escolhas e ações para o mal. As decisões que tomamos não são frutos de uma
determinação fatalista de Deus. Portanto, o livre-arbítrio ou liberdade libertária é uma doutrina
revelada nessa passagem.
2. Deus não é injusto ou equivocado em seus juízos - O filho não será castigado pelos
pecados do pai, e o pai não será castigado pelos pecados do filho. Quando Adão e Eva
pecaram, eles tentaram se justificar por meio da transferência de responsabilidades. O
homem culpou a mulher e a mulher culpou a serpente. Porém, suas falaciosas justificativas
não turvaram o reto juízo de Deus. Todos receberam as devidas sentenças.
3. As ações de Deus e o operar de sua justiça - Os justos serão recompensados por sua
justiça, e os perversos serão castigados por sua perversidade.
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a. Quanto ao justo, é operada a justiça recompensadora. Deus não é injusto; ele não se
esquecerá do trabalho de vocês e do amor que demonstraram por ele, pois ajudaram os
santos e continuam a ajudá-los. (Hb 6.10 NVI).
Pierre Véron, diz que o fatalismo é a doutrina que procura falsificar a assinatura de Deus.
1. O provérbio usado em Israel. O povo de Judá e Jerusalém estavam tão endurecidos de coração
que ficaram cegos em relação aos próprios pecados. Embora eles fossem idólatras perversos,
culpavam seus antepassados por sua condição (2 Rs 21.15). A lógica expressa nesse provérbio é:
“Eles pecaram (comeram uvas verdes); nós herdamos a amargura (dentes embotaram).
De onde os ouvintes de Ezequiel tiraram a ideia de que Deus castigava os filhos pelos pecados dos
pais? Essa filosofia teve duas origens:
a. Uma interpretação incorreta daquilo que Deus disse em sua lei. Não te prostrarás diante
deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo
os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me
desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e guardam os meus
mandamentos. (Êx 20.5,6 NVI).
Provavelmente, os israelitas tinham essa passagem em mente. O v.5 precisa ser compreendido à
luz do v.6. No v.5, o texto bíblico afirma que Deus castiga “os filhos pelos pecados de seus pais até
a terceira e quarta geração”. Mas é preciso considerar também o v.6: “trato com bondade até mil
gerações aos que me amam e guardam os meus mandamentos”.
É preciso observar que o texto apresenta uma linguagem figurada. No v.6, lemos uma hipérbole,
uma figura que expressa exagero. O sentido do v.6 é esse: Deus tem grande alegria em abençoar.
O v.5 afirma que Deus castiga os pecados dos pais até a “terceira geração”. Comentando a
expressão do v.5 (“até a terceira geração”), Isaltino Gomes afirma: “É um idiomatismo hebraico para
designar algo intenso e longo e não algo que se perpetua, de pai para filho”. Em linguagem figurada,
os v.5-6 dizem o seguinte: Deus pune até a “terceira geração”, mas manifesta seu amor até “mil
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gerações”. O sentido pretendido é esse: o prazer de Deus não é punir, mas sim manifestar sua
bondade. Portanto, o texto nada fala de maldição hereditária ou de uma fatalidade irreversível.
b. Uma concepção errada do sistema sacrificial. De acordo com as leis que regiam o
sacrifício, animais inocentes poderiam sofrer e morrer no lugar de pecadores culpados. Esse
fator também deve ter contribuído para a construção equivocada desse provérbio nos dias de
Ezequiel.
"Os pais não serão executados por causa do pecado dos filhos, nem os filhos por causa do pecado
dos pais. Aqueles que merecem morrer deverão ser executados por causa de seus próprios crimes.
(Dt 24.16 NVT)
APLICAÇÃO
2. O perigo da cegueira espiritual. Os israelitas estavam tão cegos em relação aos seus
próprios pecados que eram capazes de acusar os seus antepassados mesmo quando
estavam cometendo as mesmas práticas. Hoje, existem muitas situações parecidas em nosso
meio.
a. Existe maldição? Sim. Existem muitos textos bíblicos que falam sobre este assunto. Por
exemplo: ‘Maldito quem esculpir ou fundir um ídolo e o levantar em segredo. Os ídolos,
trabalhos de artesãos, são detestáveis ao Senhor’. E todo o povo responderá: ‘Amém!’.
‘Maldito quem desonrar pai ou mãe’. E todo o povo responderá: ‘Amém!’. ‘Maldito quem
roubar a propriedade do próximo, movendo um marco de divisa’. E todo o povo
responderá: ‘Amém!’. (Dt 27.15-17 NVT). Todo o restante deste capítulo vai tratar deste
assunto.
c. Quem amaldiçoa? Somente Deus tem poder para abençoar e amaldiçoar. Abençoarei os
que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem. (Gn 12.3 NVT). Ninguém pode
amaldiçoar o que Deus abençoou e nem abençoar o que ele amaldiçoou. Esta foi a
mensagem que Balaão transmitiu: "Balaque me trouxe desde Arã; o rei de Moabe me
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trouxe dos montes do leste. ‘Venha’, disse ele, ‘amaldiçoe Jacó para mim! Venha e
anuncie a condenação de Israel!’ Mas como posso amaldiçoar aqueles que Deus não
amaldiçoou? Como posso condenar aqueles que o Senhor não condenou? (Nm 23.7,8
NVT).
d. Quem é amaldiçoado? O culpado. A Bíblia diz: ‘O Senhor é lento para se irar, é cheio de
amor e perdoa todo tipo de pecado e rebeldia. Contudo, não absolve o culpado; traz as
consequências do pecado dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração’. (Nm
14.18 NVT). Se o filho continuar no pecado do pai, será castigado. A ideia aqui no texto
não expressa nenhuma fatalidade.
Não são poucos os grupos evangélicos que creem na chamada “maldição hereditária”. A ideia é a
seguinte: os pais têm o poder de amaldiçoar os filhos, sejam através de suas palavras ou de suas
atitudes pecaminosas, e os pecados dos pais são inevitavelmente herdados pelos filhos. Associada
a esta ideia, está a crença na quebra de maldições: é preciso repreender o “espírito da prostituição”,
o “espírito do adultério”, o “espírito homicida”, o “espírito da pobreza material”, etc. Para que as
maldições de nossos ancestrais sejam quebradas, é preciso repreendê-las com palavras de fé.
Em síntese, esse movimento de batalha espiritual e suas doutrinas obscuras não gozam de
fundamento bíblico. O próprio Jesus refuta essa doutrina errada: Enquanto caminhava, Jesus viu um
homem cego de nascença. Seus discípulos perguntaram: "Rabi, por que este homem nasceu cego?
Foi por causa de seus próprios pecados ou dos pecados de seus pais?". Jesus respondeu: "Nem
uma coisa nem outra. Isso aconteceu para que o poder de Deus se manifestasse nele. (Jo 9.1-3
NVT).
a. O que a Bíblia diz? – Maldição de Adão. Quando Adão pecou, o pecado entrou no mundo,
e com ele a morte, que se estendeu a todos, porque todos pecaram. (Rm 5.12 NVT). Como
se quebra a maldição que herdamos de Adão? A Bíblia responde: Agora, portanto, já não há
nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus. (Rm 8.1 NVT).
b. O que a Bíblia diz? – Maldição como consequência do pecado. Os pecados dos pais
podem influenciar os filhos na prática do mal. Portando, quando o pecado dos pais é replicado
pelos filhos, os castigos por parte do Senhor são executados. Mas, se os filhos não seguirem
os caminhos errados dos pais, serão castigados pelos pecados de seus ancestrais. Mas
Cristo nos resgatou da maldição pronunciada pela lei tomando sobre si a maldição por nossas
ofensas. Pois as Escrituras dizem: "Maldito todo aquele que é pendurado num madeiro". (Gl
3.13 NVT).
PARA REFLETIR
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Embora não creiamos na doutrina da maldição hereditária que circula nos arraias neopentecostais, é
inegável que existem consequências hereditárias. Por exemplo: Um pai de família viciado em jogo,
perde todos os bens, seus filhos vão sofrer com suas más escolhas. Uma mãe viciada em drogas,
etc.
O insensato arruína a própria vida e depois se ira contra o Senhor. (Pv 19.2 NVI). É inegável a
verdade presente nessa máxima bíblica. Os homens querem culpar a Deus por suas más escolhas.
Vejamos algumas razões que nos levam a rejeitar o fatalismo:
Pois vocês são livres e, no entanto, são escravos de Deus; não usem sua liberdade como
desculpa para fazer o mal. (1 Pd 2.16 NVT).
"Portanto, temam o Senhor e sirvam-no de todo o coração. Lancem fora os ídolos que seus
antepassados serviam quando viviam além do Eufrates e no Egito. Sirvam somente ao
Senhor. Mas, se vocês se recusarem a servir ao Senhor, escolham hoje a quem servirão.
Escolherão servir os deuses aos quais seus antepassados serviam além do Eufrates? Ou os
deuses dos amorreus, em cuja terra vocês habitam? Quanto a mim, eu e minha família
serviremos ao Senhor ". (Js 24.14,15 NVT).
Porque vocês, irmãos, foram chamados para viver em liberdade. Não a usem, porém, para
satisfazer sua natureza humana. Ao contrário, usem-na para servir uns aos outros em amor.
(Gl 5.13 NVT).
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d. Rejeitamos o fatalismo porque acreditamos na possibilidade do arrependimento e
salvação de todos os homens. Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único,
para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (Jo 3.16 NVT). Mas todo
aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. (At 2.21 NVT). Contudo, vemos Jesus, que
por pouco tempo foi feito "um pouco menor que os anjos" e que, por ter sofrido a morte, agora
está coroado "de glória e honra". Sim, pela graça de Deus, Jesus experimentou a morte por
todos. (Hb 2.9 NVT). Pois a graça de Deus foi revelada e a todos traz salvação. (Tt 2.11NVT).
Mas, se os perversos abandonarem seus pecados e obedecerem a meus decretos e fizerem
o que é justo e certo, com certeza viverão, e não morrerão. (Ez 18.21 NVT).
3. Terceira, Ezequiel repudia qualquer doutrina que acuse Deus de ser sem escrúpulo. Seu
universo moral funciona de acordo com regras fixadas, as quais este texto, Ezequiel 18.1-33,
afirma incluir as seguintes: (a) a pessoa que pecar morre por seu próprio pecado; (b) a retidão é
expressa principalmente pela atitude certa (em vez de aceitação de um credo); (c) aqueles na
posição de autoridade e aqueles com meios serão responsabilizados pela maneira na qual
trataram os membros marginalizados na sociedade; (d) o comportamento passado de uma pessoa
não necessita determinar seu futuro de bem-estar; (e) Deus está do lado da vida para todos, em
vez da morte para qualquer um.
CONCLUSÃO
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Chegamos ao final de mais uma aula da Escola Dominical, nosso sentimento de gratidão é
indescritível. Como resultado de tudo que aprendemos hoje, devemos refletir sobre nossas escolhas
e ações, pois a responsabilidade é individual. Aos alunos da FERRAMENTA EBD, após a conclusão,
tem um artigo muito interessante, façam a leitura dele.
ABRA A JAULA
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