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Podemos aplicar esses conceitos no estudo teológico, não obstante ser próprio
para o estudo da língua, denotando que: sincronia é estudar os fenômenos da língua
através de um recorte, ou seja, numa determinada fase/época e diacronia é o estudo da
língua que engloba as mudanças ocorridas através do tempo.
1.2
Consciência Ética e Social da profecia
Antes mesmo da sua chamada Moisés estava preocupado com o bem estar do
seu povo (Êx 2:11-17), e depois , na qualidade de legislador profético, esboçou a
maioria dos códigos humanos e filantrópicos do mundo antigo, preocupado pelos
incapazes (Dt 24:19-22), sendo inimigo do opressor (Lv 19:9).
O exercício dessa consciência ética é solitário, não obstante ser um exercício de
fé partilhada na comunidade. Parafraseando Karl Barth, na verdade, tentando interpretá-
lo no seu discurso sobre o lugar da teologia, observo suas considerações sobre o labor
solitário do pastor, recordando-me da missão e voz isolada do profeta.
“A figura do pastor, particularmente patética em sua solidão, e sua peregrinação como
estranho, sinistramente isolado devido ao nimbo sacerdotal que se lhe acha apegado desde
tempos imemoriais – isolado de todos que compõe sua comunidade urbana ou rural, na qual na
melhor das hipóteses, poderá estar rodeado por um pequeno grupo de pessoas especialmente
engajadas, mas dificilmente encontrará quem o assista em sua tarefa de explicar e aplicar a
mensagem bíblica e, por conseguinte justamente em seu labor teológico – exceção feita a um ou
outro colega que não esteja demasiado distante dele em termos geográficos e espirituais.
Lembremos a relação – singular já no sentido quantitativo, entre aquilo que se deve ser transmitido
às pessoas (na hipótese de que queiram e consigam ouvir) em algumas horas de pregação e
ensino eclesiásticos e aquilo que lhes invade a mente, em corrente ininterrupta (grifo: mídia e pós
modernidade líquida – interesses e prioridades em tempos de salvação líquida). Estes não passam
de sintomas do isolamento do pastor (em detrimento do isolamento dos crentes), da tarefa e do
labor profético. É um isolamento que se evidencia repetidamente, apesar de todos os gestos,
interpretações e esforços em contrário (não obstante a ridícula expressão “reivindicação da igreja
ser grandeza pública”). Esse isolamento precisa ser aturado e suportado, e nem sempre será fácil
tolerá-lo com dignidade e jovialidade”.
Karl Barth – 1886-1968
Filósofo e Teólogo Suíço com formação na Alemanha.
Resumo do Seminário de Inverno na Faculdade de Basiléa.
10ª Preleção: “Solidão” – p.62 - 1961/62.
3
1.3
Origem e Fases do Profetismo Bíblico:
Deus é quem chama e prepara os profetas (Êx 3:1 a 4:17; Is 6 (v.9) ; Jr 14 a
19; Ez 1 a 3; Os 1:2; Am 7:14,15; Jo 1:1). O espírito de Deus inspira os profetas
através de adivinhação, sonhos e visões, comunicação direta mediante voz,
presença divina, revelações como entrando em transe (Nm 11:17, 25 ; Nm
12:6 ; 1 Sm 10:5 ,6 ; 19:20 ; 2 Pe 1:21 ; 2 Rs 3:15; 1 Cr 25:1). Nesse ministério
o profeta tinha confiança (“vai e fala” e “Ouvi a Palavra de Javé”), pois a
palavra que falava não foi imaginada, mas recebida de Deus. Ter recebido a
palavra de Deus é considerado sinal de autenticidade da missão profética
declarada, mas de maneira importante compilada também.
Abraão foi a primeira pessoa a ser chamada de “profeta” na Bíblia (Gn 20:7).
Líder patriarcal.
Moisés foi o primeiro profeta nacional de Israel (Dt 18:15-19). Ele tornou-se
uma espécie de modelo dos profetas de todos os tempos. Profeta-legislador.
No tempo dos juízes, Deus, quando verificava sinceridade no arrependimento e
confissão do povo de Israel, levantava “juizes libertadores”.
Monarquia: desde Moisés, o profeta era designado como santo homem de Deus
(Dt 33:1 ; 1 Sm 2:27 ; 9:6 ; 1 Rs 13:1).
Os Sumos Sacerdotes como profetas – esperava-se que eles fossem capazes de
profetizar. Eles usavam Urim e Tumim (Êx 28:30 ; Ne 7:65), entravam em
transe e profetizavam dando luz a vontade de Deus. Urim (`arar - amaldiçoar ou
resposta negativa – e também traduzido como luz - e Tumim –tãmam, “ser
perfeito” ou sim. Jogando Urim e Tumim, o Sumo-Sacerdote estava descobrindo
sim ou não, ou revelando luzes e perfeição de Deus no contexto.
A Ordem Profética (suas raízes Dt 13:1 ; 17:18; 18:20) . Esta não foi
abandonada à sua própria sorte. Havia toda uma instituição profética. Os
profetas e os sacerdotes eram, ambos, líderes civis e religiosos na cultura dos
hebreus. Isso foi oficializado nas posições ocupadas por Moisés e Arão, e o ideal
foi levado avante durante toda a história subsequente de Israel. Prometido a
Moisés e que culminaria no Messias (Dt 18:9, 15). Em baixa nos tempos de
Josué e de Eli (1 Sm 3:1). Mas, ascendeu com renovação e reformas social (1 Cr
4
4º - o profeta não usa a profecia para se dar bem (Mq 3,5 ; Am 7,12-14).
5º - a vida do profeta está de acordo com aquilo que anuncia (Jr 23,14 ;
Os 3:1-4 – não põe resistência, não obstante o exemplo de Jonas.
Postura do Profeta:
1ª – A fé na revelação divina.
2ª – O que Deus revelou foi inspirado.
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Porque foi chamado por Deus para trazer o povo até o Sinai.
Congregar o povo.