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No princípio sua mensagem não era bem recebida (3.25), mas depois se tornou
respeitada (8.1; 14.1; 20.1).No entanto, ele viveu o que muitos outros profetas
viveram: rejeição por causa da mensagem pregada. Os textos de Isaías 6.9,10 e
Jeremias 1.17-19, mostram que esses profetas também não teriam boa recepção
para suas respectivas mensagens.
Entretanto, o Senhor é descrito como aquele que concederá vida, restaurará o seu
povo e assumirá o papel de pastor. Ele purificará Israel, restabelecerá suas
fronteiras e trará os judeus de volta do exílio. Textos como 5.3, 10; 6.8; 9.4
demonstram a possibilidade de salvação do remanescente fiel de modo recorrente.
Encontramos Deus como aquele que anseia por perdoar seu povo pecaminoso
(18.21-23, 30-32; 33.10-11).
Esse termo atalaia era comum para verdadeiros profetas: Is 56.10; Jr 6.17; Os 9.8.
Um ofício que carrega uma forte conotação de responsabilidade. Tanto o justo
quanto o ímpio, tanto o santo quanto o pecador precisam do atalaia. Muitos profetas
ecoaram a mensagem de advertência para o justo e para o ímpio: Is 1.16-17; Am
5.14-15; Mq 6.8.
Em todo este texto, existe um verbo chave que se repete constantemente: é o verbo
“avisar”, que também foi traduzido como “advertir”. Este verbo está praticamente em
todos os versículos. E o significado original dele é “iluminar” ou “brilhar”. Por isso ele
é usado aqui com o sentido de “trazer luz” ou “trazer iluminação”, o que quer dizer,
além de “advertir” e “avisar”, “ensinar”.
1
ALLEN, 1987.
Breve estudo bíblico para a 17ª EBJ - IEADALPE (28 de Janeiro de 2022)
v. 18 - o verbo “falar” aqui significa falar alto, gritar, falar de maneira repetitiva.
v. 20 - tropeço (heb. miksol) : Deus não propõe deliberadamente que o homem caia,
no entanto, se o homem em seu coração está decidido a pecar, Deus o permite
fazê-lo e receber a consequente condenação.
Essa passagem nos revela um equilíbrio - que é um mistério de Deus para a mente
humana - entre a soberania divina e a responsabilidade do homem no plano da
salvação. A morte espiritual de alguém não é culpa de demônios, da economia, da
cultura, dos traumas, das emoções, etc. A responsabilidade não pode ser
terceirizada. Temos como profetas, o dever de anunciar. Temos, como indivíduos, o
dever de crer e confessar.
Devemos ser “Ezequiéis” no meio duma geração que nega a Deus, que nega seus
santos preceitos, que nega sua verdade. Paganismo, misticismo, irracionalismo,
relativismo, materialismo, pragmatismo e muitos outros “ismos” caracterizam a
nossa sociedade contemporânea. Temos uma palavra para os que estão se
perdendo nesses enganos? Estamos proclamando ou estamos distraídos e
fascinados com os mesmos “ismos” característicos de nossa geração?3
Referências
ALLEN, C. J. (Ed.). Comentário Bíblico Broadman. vol. 6. Rio de Janeiro: JUERP, 1987.
BROWN, R. Entendendo o Antigo Testamento. Trad. Hope Gordon. São Paulo: Shedd
Publicações, 2004.
GARDNER, P. (Ed.). Quem é quem na Bíblia Sagrada. Trad. Josué Ribeiro. São Paulo: Editora
Vida, 2005.
2
ALLEN, 1987.
3
VAZQUES, 2005.