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DISCENTE: ÁLEF AUGUSTO PEREIRA CORREIA

PESQUISA 1: BEIVIDAS, Waldir. ​A Semiologia de Saussure como


Epistemologia do Conhecimento. RELIN, v. 24, n. 1, 2016.

PERGUNTA: ​como terá de ser a reflexão epistemológica de uma disciplina, a


Semiologia, que se mantenha convenientemente no âmbito de seu próprio ponto de
vista interior, isto é, imanente à linguagem, mas que, ao mesmo tempo, adentre e
interfira na ordem filosófica e epistemológica da questão do sentido?

CONCEITOS:

Semiologia: ​tem o propósito de estipular para todo tipo de linguagem – a ser


progressivamente estendida a todo tipo de percepção, ação, sensação e cognição
humanas –, a geração do sentido onde antes nada havia.

Linguagem: ​“A linguagem re-produz a realidade. Isso deve-se entender da maneira


mais literal: a realidade é produzida novamente por intermédio da linguagem (p. 26).”

Signo linguístico: ​É o ato de junção interna, entre ​signans e ​signatum​, junção


arbitrária tanto quanto será arbitrária a relação do todo gerado com o ​designatum
apontado, o seu referente, a coisa significada.

Fato linguístico: não é um dado a priori, dado positivo, existente prévio, e sim o
resultado, de uma relação atuada – relação de “oposição complicada”,

METODOLOGIA: A metodologia seguida no raciocínio é inspirada nas reflexões


epistemológicas do matemático R. Thom: a da estimulação da intuição na busca de
novas simetrias implícitas escondidas nos fenômenos e ainda não conceptualizadas
no campo geral da disciplina a que se submete. No presente caso, trata-se da busca
da nova potencialidade epistemológica da ciência semiológica de Saussure. Assim,
trata-se de uma pesquisa eminentemente teórica, analítica e aplicada.
RESULTADOS:

Ora, é impossível tocar o dedo, por assim dizer, na carne-boi, pois tudo o que
dissermos será dito com signos, jamais fora deles. Sob o imperativo do arbitrário do
signo, o referente estará internalizado, para sempre. Resta o desafio de entender o
que resta e qual estatuto resta ao que resta.

É importante e epistemologicamente decisivo acentuar estatuto de puro das


proposições como produto histórico e de combater a ideia da linguagem como
faculdade natural, orgânica.

É relevante acentuar que trata-se de uma operação instituidora, constituidora,


determinante do modo como o sujeito falante terá não apenas de designar as coisas
do mundo externo e do mundo interno à linguagem, mas também instituidora do
modo como ele estará liminarmente condenado, por assim dizer, a captar tudo no
mundo dessa maneira e não de outra, ou seja, via ato semiológico arbitrário de
soldagem, em semiose, do significado e do significante.

O vasto mundo da(s) Semiologia(s) cria o mundo da fenomenologia do homem à sua


imagem e estrutura.

A recepção da viragem ontológica promovida pela hermenêutica fi losófi ca no


campo do Direito, mais especificamente da jurisprudência entendida como disciplina
prática.

PESQUISA 2: MARIN, Jeferson Dytz. Hermenêutica Constitucional e Realização


dos direitos Fundamentais: o afastamento das arbitrariedades semânticas na
atribuição de sentido. Revista Seqüência, n. 65, p. 103-123, dez. 2012.

PROBLEMA: ​De que forma os atores jurídicos devem operar (hermeneuticamente),


quando se deparam com a tensão entre princípios fundamentais, a fim de
harmonizar os valores em conflito, primordiais para o desenvolvimento do ser
humano?

CONCEITOS:

Direito: não é produto da vontade do legislador e sim fruto da própria sociedade que
fornece os elementos necessários à formação dos estatutos jurídicos

Rigidez constitucional: entende-se a maior dificuldade para a modificação das


normas da Constituição do que para o a produção ou alteração das demais normas
jurídicas do ordenamento estatal.

Validade: Para Ferrajoli já não é, no modelo constitucionalista-garantista, um dogma


ligado à existência formal da lei, mas uma sua qualidade contingente ligada à
coerência - mais ou menos opinável e sempre submetida à valoração do juiz - dos
seus significados com a Constituição.

Jurisdição: garantia do cidadão contra as violações da legalidade por parte dos


poderes públicos.

Significante primeiro: Aquilo que se buscava tanto em Aristóteles como na Idade


Média, como ainda em Kant e nos daria a garantia de que os conceitos em geral
remetem a um único significado. Para o autor, não existe mais.

METODOLOGIA: ​Neste estudo o autor se propõe a uma revisão da hermenêutica


como possibilidade da potencialização dos direitos e garantias fundamentais,
acentuando-se a proibição ao intérprete do Direito de atribuir qualquer sentido aos
entes jurídicos. Trata-se de uma análise eminentemente teórica, qualitativa e
aplicada.

RESULTADOS:

A ilusão da perfeição e completude obtidas singelamente pela subsunção da norma


geral ao fato espécie deve ser superada em favor de uma complexidade, uma
imprescindível, necessária e indissociável complexidade hermenêutica. O Direito não
deve ser compreendido como um conjunto de normas com sentidos ensimesmados
(latentes) e pré-constituídos.

O juiz precisa entender que não está lidando com ficções. Caso contrário, correrá o
risco de confundir as ficções da realidade com a realidade das ficções.

Assim, o caminho interpretativo adequado a ser trilhado passa obrigatoriamente por


uma filtragem hermenêutica, que trabalhe com uma análise vertical,
consubstanciada na parametricidade constitucional. Para tal, necessário que o ator
jurídico faça a devida contaminação constitucional (STRECK, 2000, p. 229) (de viés
garantista) com o fito de aferir a constitucionalidade material e formal da norma,
dando-se a devida força normativa à Constituição Federal. (HESSE, 1991, p. 25)

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