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CPI BANCOOP - 16ª Legislatura

20/04/2010 - 3ª reunião - Apreciar requerimentos, estabelecer


cronograma de trabalhos e outros assuntos de interesse

ATA DA TERCEIRA REUNIÃO DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO


CONSTITUIDA PELO ATO Nº 13, DE 2010, COM A FINALIDADE DE INVESTIGAR
SUPOSTAS IRREGULARIDADES E FRAUDES PRATICADAS CONTRA MUTUÁRIOS DA
COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO -
BANCOOP, E PROPOR SOLUÇÕES PARA O CASO.

Aos vinte dias do mês de abril de dois mil e dez, às onze horas, no Plenário "D.
Pedro I" da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, realizou-se a Terceira
Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito constituída pelo ato nº 13, de 2010,
com a finalidade de "investigar supostas irregularidades e fraudes praticadas contra
cerca de três mil mutuários da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de
São Paulo - BANCOOP, e propor soluções para o caso", da Quarta Sessão
Legislativa, da Décima Sexta Legislatura, sob a presidência do Deputado Samuel
Moreira. Presentes os Senhores Deputados Vanderlei Siraque, Vicente Cândido,
Estevam Galvão, Chico Sardelli, Waldir Agnello, Roberto Morais (efetivos) e Geraldo
Vinholi (substituto eventual). Ausentes os Senhores Deputados Bruno Covas e
Ricardo Montoro. Havendo número regimental, o Senhor Presidente abriu a reunião
e solicitou à secretária a leitura da ata da reunião anterior, que foi dispensada a
pedidos e considerada aprovada. O Senhor Presidente, de acordo coma convocação
passou à discussão dos requerimentos protocolados: 1- De autoria dos Senhores
Deputados Antonio Mentor e Vanderlei Siraque, requerendo a convocação para
prestarem esclarecimentos os Senhores José Carlos Blat - Promotor de Justiça e
João Vaccari Neto - Presidente da BANCOOP (Período 2005 a 2010). O Senhor
Deputado Chico Sardelli solicitou vista da proposição, que lhe foi concedida pelo
prazo regimental de três dias. Pela ordem, o Senhor Deputado Vanderlei Siraque
indagou se o pedido de vista tem intenções protelatórias. Pela ordem, o Senhor
Deputado Waldir Agnello indagou sobre a validade do requerimento, tendo em vista
que o Deputado Antonio Mentor deixou de ser membro efetivo da CPI. O Deputado
Samuel Moreira esclareceu que a saída do Deputado não invalida o requerimento,
pois no momento em que este foi protocolado, o Deputado Antonio Mentor era
membro devidamente nomeado. Pela ordem, o Deputado Vicente Cândido
argumentou que os membros da Comissão deveriam entrar em entendimento para
evitar os pedidos de vista, dando mais agilidade ao andamento dos trabalhos.
Acrescentou que o fato de o requerimento de convocação dos Senhores José Carlos
Blat e João Vaccari Neto ser aprovado em primeiro lugar não significa que as oitivas
deverão, necessariamente, serem realizadas nesta ordem. O Presidente ressaltou a
importância de se estabelecer um diagnóstico da situação da cooperativa para só
então, com mais embasamento, ouvir os depoimentos dos nomeados no
requerimento em questão. O Deputado Vicente Cândido pediu vista dos demais
requerimentos apresentados, que foi concedida nos termos regimentais. O Senhor
Presidente passou ao segundo item da convocação: estabelecer o cronograma para
os trabalhos da CPI. O Senhor Deputado Vanderlei Siraque disse entender que este
item está prejudicado, tendo em vista que não há requerimentos aprovados. Pela
ordem, o Deputado Waldir Agnello argumentou ser possível a aprovação dos
requerimentos, tendo o Presidente a prerrogativa de determinar as datas das
oitivas. Externou sua preocupação com o impasse estabelecido, que emperra os
trabalhos da CPI, prejudicando os mutuários. O Presidente suspendeu os trabalhos
por cinco minutos, por conveniência da ordem. Reabertos os trabalhos, pela ordem,
o Senhor Deputado Waldir Agnello solicitou manifestação da procuradoria da Casa
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sobre o prazo regimental dos pedidos de vista, pois foi levantada dúvida sobre se o
prazo deveria ser contado em dias ou em horas. O Procurador Carlos Roberto de
Alckmin Dutra esclareceu que prazos podem ser contados em horas, dias, meses ou
anos. Quando o prazo é estipulado pela lei em dias, não pode ser transformado em
prazo em horas. No caso do pedido de vista, o artigo 57, inciso II do Regimento
Interno, estabelece o prazo de três dias para proposições em regime de tramitação
ordinária. Esse prazo deve ser contado de acordo com a regra prevista no artigo
798, § 1º do Código de Processo Penal (aplicável subsidiariamente às CPIs por
força do § 11, do artigo 34-B da XIII Consolidação do Regimento Interno da Alesp),
que prevê: "Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do
vencimento." Na prática a aplicação de uma ou outra regra (prazo em horas ou em
dias) pode causar divergências quanto ao dia final do prazo. O Dr. Dutra concluiu
dizendo que se há diferença na contagem do prazo feita em dias da que é feita em
horas e que, se o Regimento o estabelece em dias, esse deve ser o critério a ser
utilizado na contagem. Pela ordem, o Deputado Vanderlei Siraque solicitou ao
Presidente que procedesse à leitura da resposta da Presidência desta Casa de Leis à
questão que ordem formulada pelos Senhores Deputados Antonio Mentor, Vanderlei
Siraque e Vicente Cândido, sobre o rito a ser adotado, no âmbito das Comissões
Parlamentares de Inquérito, para deliberação de requerimento de convocação de
determinada autoridade ou cidadão, formulado verbalmente. Após a leitura, o
Senhor Deputado Vanderlei Siraque informou que a questão de ordem fora
apresentada com o intuito de esclarecer situações conflitantes. Nada mais havendo
a tratar, antes de dar por encerrados os trabalhos, o Senhor Presidente convocou
reunião para o dia vinte e sete de abril, às 11 horas. A presente reunião foi gravada
pelo Serviço de Audiofonia e após transcrição passará a fazer parte integrante
desta Ata, que eu, Fátima Mônica Bragante Dinardi, Agente Técnico Legislativo,
lavrei e assino após sua Excelência.

Aprovada em reunião de 27/04/ 2010.

Deputado Samuel Moreira

Presidente

Fátima Mônica Bragante Dinardi

Secretária - ATL
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COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO

BANCOOP

20/04/2010

PRESIDENTE – DEPUTADO

SAMUEL MOREIRA - PSDB

CPI BANCOOP
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BK CONSULTORIA E SERVIÇOS LTDA.

20/04/2010

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Havendo número


regimental declaro aberta a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito, constituída
pelo Ato número 13/2010 com a finalidade de investigar as supostas irregularidades e
fraudes praticadas contra cerca de três mil mutuários da Cooperativa Habitacional dos
Bancários do Estado de São Paulo, a BANCOOP, e propor soluções para o caso.

Registro a presença com muito prazer dos Deputados Roberto Morais, Geraldo
Vinholi, Mauro Bragato, Waldir Agnello, Chico Sardelli, Vanderlei Siraque, Vicente
Cândido.

O SR. – Inaudível.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Solicito à


Secretária da Comissão que proceda a leitura da Ata da reunião anterior.

O SR. ROBERTO MORAIS – PPS – Pela ordem, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem, Senhor


Deputado Roberto Morais.

O SR. ROBERTO MORAIS – PPS – Solicito a dispensa da leitura da Ata.


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O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Aprovada a


dispensa da leitura da Ata. Passamos então agora à leitura do primeiro item de nossa
pauta referente aos requerimentos.

O SR. – Senhor Presidente, quais são os itens?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela nossa


convocação.

O SR. – Todos aqui?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Então deliberar


sobre os requerimentos protocolados na Secretaria, estabelecer cronograma de trabalho
e tratar de outros assuntos de interesse da CPI;

O SR. WALDIR AGNELLO – PTB – Pela ordem, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem,


Deputado Waldir Agnello.

O SR. WALDIR AGNELLO – PTB – Eu gostaria de solicitar à V. Exa. que


incluísse em nossa pauta, pode ser ao final mesmo, que a Procuradoria da Casa fizesse
um esclarecimento verbal mesmo, a respeito da contagem de prazo de três dias ou 72
horas. A meu pedido eles já fizeram um estudo a este respeito e eu penso ser importante
esclarecer a todos os membros da Comissão essa questão.
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O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pois não, nobre


Deputado Waldir Agnello. Requerimento do Deputado Antonio Mentor, Vanderlei
Siraque, solicitando a convocação dos senhores José Carlos Blat e João Vacari Neto.

O SR. CHICO SARDELLI – PV – Pela Ordem, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem,


Deputado Chico Sardelli.

O SR. CHICO SARDELLI – PV – Eu gostaria de solicitar vistas do


requerimento número um.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Pela ordem, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Solicitado vistas, é


regimental. Pela ordem, Deputado Vanderlei Siraque.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Bom, estou entendendo isso como um


protelamento dos depoimentos na CPI, Deputado Sardelli, porque eu apresento um
requerimento para convocar as principais figuras envolvidas no caso da CPI. Eu estou
notando que a Bancada Governista parece que.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem,


Deputado Vanderlei Siraque. Eu não sei se há necessidade de tal debate em vista de que
é regimental a solicitação do Deputado Chico Sardelli, mas eu gostaria de dar
prosseguimento.
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O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Senhor Presidente, eu gostaria só de


uma resposta do Deputado, porque o Blat deu diversas entrevistas na Rede Globo, em
revistas como a Veja, em Jornais e eu acho que seria importante ouvi-los aqui na CPI,
na Casa. Agora já é a segunda vez que é pedido vistas, não é? Desse jeito nós não
vamos terminar a CPI, esse ano pelo menos, não é?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Bom, é regimental


a solicitação de vistas pelo Deputado Chico Sardelli. Requerimento do Deputado

O SR. WALDIR AGNELLO – PTB – Pela ordem.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem,


Deputado Waldir Agnello.

O SR. WALDIR AGNELLO – PTB – Ainda sobre a autoria do requerimento


do Deputado Antonio Mentor e do Deputado Vanderlei Siraque, é uma questão de
ordem, longe de mim, Deputado Siraque qualquer intenção protelatória, mas apenas por
zelar de que todas as coisas estejam no rigor dos procedimentos.

O Deputado Antonio Mentor não é mais membro desta Comissão, ele foi
substituído pelo Deputado Vicente Cândido e eu pergunto à V. Exa. se este
requerimento deveria ser substituído, subscrito então, pelo Deputado Vicente Cândido e
Vanderlei Siraque. Se ele tem validade ainda, uma vez que foi assinado por uma pessoa
que não é mais membro da Comissão.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputado, eu acho


que pelo fato de ele no momento ser membro e ter esta legitimidade enquanto membro
naquele momento, eu acho que o requerimento dele é válido.
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O SR. WALDIR AGNELLO – PTB – V. Exa. acha ou tem certeza?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Não, eu tenho uma


interpretação. Não há nada no Regimento que diga, mas é uma interpretação que nós
estamos fazendo.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Pela ordem, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem,


Deputado Vanderlei Siraque.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – V. Exa. tem razão, primeiro porque foi


um ato jurídico perfeito, colocado em termos jurídicos, segundo, que mesmo que não
tivesse validade a assinatura do Deputado Antonio Mentor, tem a minha não é? Que eu
acho que ainda tem validade.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Dando


prosseguimento então, à nossa reunião ainda que haja motivo dos méritos,

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT - Pela ordem, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem então, o


nobre Deputado Vicente Cândido.

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Tem som neste microfone? Me parece


que não.
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O SR. - Sim. Tem.

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Senhor Presidente, diante do


(ininteligível) do Deputado Chico Sardelli, eu sugeriria aqui para a Comissão e quero
deixar claro que por parte da Bancada do Partido dos Trabalhadores, nossa disposição é
de colaborar com os trabalhos da CPI para que ela faça da melhor maneira possível.

Eu sugiro que a gente passasse de imediato para o requerimento número dois,


aliás, para o item número dois da pauta que é o cronograma de trabalhos, para a gente
debruçar em cima do cronograma, para que a gente possa ter o entendimento aqui entre
nós, o que deve ser ouvido primeiro, no meio e por último, nós podemos chegar ao
entendimento e não mais pedirmos vistas aqui dos requerimentos.

São 43 requerimentos, poderão vir outros tantos aqui, eu acho que diante disso,
requer a esta Comissão que façam uma reunião de trabalho, ou extraordinária ou
ordinária para que ela chegue ao entendimento de como proceder aqui com os trabalhos,
eu sugeriria que fosse bastante razoável passar para o item dois da pauta para tentar
fazer este entendimento.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputado,


registrada a sua consideração, nós até a levaremos em consideração para o Debate no
segundo item da pauta, daremos prosseguimento então à análise dos requerimentos.
Requerimento do Deputado Bruno Covas.

O SR. VICENTE CÂNDIDO - PT – Pela ordem Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem


Deputado Vicente Cândido.
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O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Ininteligível. O senhor está rejeitando a


minha questão de ordem, é isso?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Eu estou incluindo


ela no segundo ponto da nossa pauta, onde nós debateremos a estratégia a qual já
debatemos anteriormente, o que eu acredito que seja o motivo pelo qual o Deputado
Chico Sardelli pediu vistas, para que a gente possa

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Por uma questão de ordem precede o

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – E pelo diagnostico


da situação, ouvindo primeiro os cooperados, enfim para depois ouvir, mas de qualquer
forma Deputado, o Senhor fez uma solicitação que nós vamos apreciá-la. Estou
encaminhando da seguinte forma, que nós a apreciemos no segundo item da nossa pauta
quando iremos debater cronograma de trabalho.

Nós vamos agora ao nosso primeiro ponto da pauta, dando seqüência à análise
dos requerimentos.

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – O senhor está rejeitando a minha questão


de ordem, é isso?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Nesse ponto da


pauta eu estou rejeitando.

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Então eu solicito outra questão de ordem,


Senhor Presidente.
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O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Uma questão de


ordem ou pela ordem?

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – (Ininteligível) primeiro uma questão de


ordem. Eu estou pedindo uma segunda questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Questão de ordem,


ela se refere ao Regimento?

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – O senhor está encaminhando aqui o

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Questão de ordem


precisa se referir

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Requerimento número dois, não é isso?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – É alguma questão


regimental a sua questão de ordem?

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Uma questão regimental do procedimento


de trabalho. O Senhor está encaminhando já à apreciação do Requerimento número
dois, é isso?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Nós estamos na


pauta apreciando os requerimentos.
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O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Eu estou entendendo, o Senhor está


encaminhando o requerimento número dois? Questão de ordem só deste item.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pois não, qual a


questão de ordem?

O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Diante desta questão o Senhor está


rejeitando de pronto a minha primeira questão de ordem que seria deixar o item um da
pauta e passar para o item dois, Senhor Presidente, eu requeiro vistas de todos os
requerimentos aqui na pauta da CPI. Do número dois ao número 43.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputado, em que


pese a vossa consideração e o debate que nós poderíamos travar sobre o mérito o qual
eu não considero, é regimental o pedido de vistas.

O SR. – Presidente, pela ordem. Eu queria fazer um apelo, podemos suspender


aqui por um minuto os nossos trabalhos?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Podemos suspender


por um minuto os nossos trabalhos.

* * *

Trabalhos suspensos por um minuto.

* * *
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O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Reabertos os


nossos trabalhos, é regimental o pedido de vistas do Deputado Vicente Cândido. Vamos
então para o nosso segundo ponto da nossa pauta. Estabelecer e discutir mais uma vez o
nosso cronograma de trabalho.

Alguém tem alguma sugestão sobre algum novo cronograma de trabalho?

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT - Pela ordem, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem, nobre


Deputado Vanderlei Siraque.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Na questão de ordem formulada pelo


Deputado Vicente Cândido, V. Exa. assim, em uma forma simplificada, falou que nós
não poderíamos colocar a carroça diante dos bois, tem tem que ser discutido o item um
para depois ser discutido o item dois e o Deputado Vicente Cândido pediu a inversão.
Como V. Exa. rejeitou a questão de ordem, eu entendo de forma até modesta que está
prejudicado os demais itens pela própria rejeição da questão de ordem formulada por
Vossa Excelência. Aliás, rejeitada por V. Exa. e formulada pelo Deputado Vicente
Cândido.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputado, me


deixe fazer uma observação para V. Exa., primeiro que questão de ordem não houve, ele
pediu pela ordem para fazer uma consideração, para demonstrar uma opinião. A questão
de ordem deveria tratar de algum artigo do Regimento Interno.

De qualquer forma nós consideramos a sugestão feita pelo Deputado Vicente


Cândido e estamos exatamente no ponto adequado para discutir aquilo que já
discutimos na reunião passada que no nosso entender, acredito que no entender da
maioria, o procedimento que nós devemos adotar, o procedimento para o
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encaminhamento dos nossos trabalhos para que flua bem, é que primeiro a gente busque
o diagnóstico da situação dos cooperados.

Então, ter um diagnóstico da situação dos cooperados, ouvir os cooperados, eu


acho que é um aspecto da maior relevância, ter um diagnóstico da Cooperativa. Temos
vários requerimentos aqui que solicitam documentos da Cooperativa para verificar a sua
situação financeira, os seus movimentos de Caixa. Ouvir os Diretores atuais para que se
manifestem sobre a situação atual da saúde financeira da Cooperativa, para depois nos
aprofundarmos nas denúncias e nos acusados, naqueles que estão sendo por algum
motivo acusados. Para que possamos assim, estar mais embasados, ou seja, este é o
procedimento mais adequado, que nós entendemos.

Por isso que eu acredito que a solicitação de vistas do Deputado Chico Sardelli
seja no sentido de mais na frente nós ouvirmos as pessoas que estão sendo acusadas,
para que primeiro a gente possa compreender a situação dos cooperados da Cooperativa
que é o objetivo principal dos nossos trabalhos, e buscar uma solução.

Agora, é o momento adequado e é essa linha que está sendo adotada. Se isso tem
viabilizado os outros requerimentos que solicitam buscas. Por favor, eu gostaria de
concluir a minha manifestação e já passo a, se o fato, não, eu já vou encerrar a minha
conclusão e já passo a palavra, posso suspender novamente para algum diálogo mais
informal.

Então, este é o encaminhamento que nós estamos entendendo que deva ser dado
na Comissão. Não impede de ter divergências, e do ponto de vista regimental, é
regimental realmente que se peçam as vistas, ainda que pese prejudicar alguns
requerimentos que poderiam adiantar nesse diagnóstico, que já estão aqui.
Requerimento solicitando à BANCOOP a documentação, seu Estatuto, documentos que
informariam seu fluxo de Caixa, sua movimentação financeira, enfim, que nós
deveríamos ter em mãos antes de qualquer oitiva de ex-diretores e acusados.

Então esta é a consideração que eu queria fazer, mas como é Regimental, não há
problema, solicitados vistas, nós continuaremos aqui debatendo a questão do nosso
procedimento de trabalho e acho que não vai sair dessa linha.

Pela ordem, Deputado Vicente Cândido.


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O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Senhor Presidente, eu já disse aqui desde


a primeira sessão dessa Comissão que o fato de aprovar este ou aquele requerimento
não quer dizer que ele será na ordem que dê entrada, executado tanto para requisição de
documentos ou para diligência, ou para oitivas. Isso será o entendimento da CPI dentro
da conveniência da CPI e da maioria, e os senhores não quiseram entender isso até
agora e pediram vistas desde o começo do primeiro requerimento.

Isso não quer dizer que seria o primeiro a ser ouvido, até porque pela estratégia
ou conveniência pode não ser a melhor maneira ou pode ser. Então, se a gente conseguir
entrar nesse entendimento nos próximos dias, as coisas vão fluir bem melhor.

Eu sugeriria Senhor Presidente, que o senhor elaborasse uma proposta dentro do


que o senhor acabou der dizer aqui e que a gente aprove esta proposta ou analise esta
proposta na próxima sessão.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Eu queria também


aproveitar, não tive oportunidade de fazer de público, mas registrar a presença do nobre
Deputado Estevam Galvão.

Bom, não havendo mais consideração sobre esse item, vou passar para o terceiro
item da nossa pauta e entrar na questão do Deputado Waldir Agnello, entre os outros
assuntos sugere uma manifestação da nossa Procuradoria a respeito do prazo para as
vistas se são de três dias ou 72 horas. Essa é a questão, colocada de ordem Deputado
Waldir Agnello?

O SR. WALDIR AGNELLO – PTB – Perfeitamente. Eu só gostaria V. Exa.


que se o Senhor puder me conceder a palavra apenas para corroborar com o que o
Deputado Vicente Cândido acaba de se manifestar

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB - Com a palavra o


Deputado Waldir Agnello.
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O SR. WALDIR AGNELLO – PTB – Presidente, eu faço um apelo aqui para


uma reconsideração, até se for o caso, suspender um pouco a seção, o Deputado Vicente
Cândido está demonstrando disposição em rever até mesmo o pedido de vistas que ele
fez de todos os itens caso ele concorde com o andamento do trabalho, a regra do jogo
como ele usou o termo.

Eu penso Presidente, que nós temos condições de construir realmente um


entendimento sobre essa regra do jogo e nós aprovarmos esses requerimentos de
comunicação. V. Exa. como Presidente é que vai determinar a data em que as oitivas
serão estabelecidas e nós fazemos o trabalho andar.

O que nós não podemos é a cada nossa reunião aqui, ficarmos neste jogo de pede
vista de um lado, pede vista de outro, já estamos na terceira semana de trabalho e não
conseguimos andar em absolutamente nada de prático. Os encaminhamentos estão
sendo feitos, mas de prático nós não temos nada ainda, e eu fico bastante preocupado
com os prazos que temos, com o período que se avizinha aí, eleitoral, o maior
prejudicado não somos nós, são essas três mil famílias aí que estão dependendo de uma
resposta nossa. Faço um apelo para que nós paremos um pouco a reunião e façamos um
entendimento.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB - Bom, vou


suspender então a nossa seção por cinco minutos.

* * *

Reunião suspensa por cinco minutos.

* * *

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB - Reabertos os nossos


trabalhos, sobre outros assuntos, nós temos uma solicitação do nobre Deputado Waldir
Agnello para que a nossa Procuradoria que está aqui, Dr. Dutra, se manifeste sobre, nos
ajude se manifestando sobre esta questão. Se o Senhor quiser ocupar um assento aqui ao
meu lado direito, será bem vindo.
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O SR. DUTRA – Senhor Presidente, Excelentíssimos Senhores Deputados, é


um prazer para nós da Procuradoria estarmos aqui contribuindo com o desenvolvimento
dessa CPI.

Na última reunião, o Deputado Waldir Agnello nos havia questionado a cerca


dos prazos do pedido de vistas, porque havia uma dúvida se eles correriam em horas ou
em dias, e aqui, eu faço referencia ao Artigo 97 do Regimento Interno que diz que a
vista de preposições nas Comissões respeitará nos seguintes prazos, Inciso dois, de três
dias, nos casos em regime de tramitação ordinária. Veja que o Regimento fala três dias,
Artigo 57, Inciso dois.

Retomando, o Artigo 57 do Regimento Interno, Inciso dois, fala que os prazos


serão de três dias nos casos de regime de tramitação ordinária, a vista de proposições
respeitará o prazo de três dias. Como a Legislação pode prever prazos em horas, dias,
meses ou anos, quando ela prevê em dias, deve-se respeitar o (ininteligível) do dia e não
contá-los em horas, portanto, não seria correto contar em horas a partir do momento da
CPI, e sim em dias, isso faz diferença na prática.

Porque a contagem dos prazos deve ser feita pela aplicação subsidiária do
Código de Processo Penal, isso se aplica à Comissões Parlamentares de Inquérito
subsidiariamente, e o Artigo 798 do Código do Processo Penal no seu Parágrafo
primeiro, diz que não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se porém o dia
do vencimento, ou seja, em uma contagem de prazos em dias, o dia do requerimento
não é contado, contam-se três dias a partir dali e a deliberação sobre esse requerimento
só vai poder ser feita no quarto dia. Isso faz diferença, porque se fosse um prazo em
horas no próprio terceiro dia poderia ser deliberado, uma vez transcorrido aquele
número de horas.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB - Um exemplo


prático, se fizéssemos em uma terça-feira um pedido de vista em qualquer horário, nós
teríamos a quarta, a quinta, a sexta e só ao sábado, ou domingo, ou na segunda é que
nós poderíamos dar como prazo concluído das vistas?
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O SR. DUTRA – Exatamente Presidente. Seriam três dias, um pedido de vistas


na terça-feira, o prazo se iniciaria na quarta, correria a quinta, a sexta e se reiniciaria no
primeiro dia útil, provavelmente na segunda-feira, se houver um feriado sempre
prorroga para o primeiro dia útil subseqüente conforme o Artigo, Parágrafo terceiro
nesse mesmo Artigo 798.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB - Esclarecida a vossa


questão Deputado Waldir Agnello?

O SR. WALDIR AGNELLO – PTB – Ok, perfeito.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – Pela ordem Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB - Pela ordem


Deputado Vanderlei Siraque.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – Eu gostaria de parabenizar o Deputado


Agnello por ter feito a formulação. Na verdade, é uma questão de ordem. E também ao
Dr. Dutra por ter feito este estudo e queria dizer que nós concordamos com a
interpretação aí do Artigo 57 do Regimento Interno. Doutor Dutra, é o 798 do Código
do Processo Penal?

O SR. DUTRA – Artigo 798, Parágrafo primeiro.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – Obrigado.


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O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Mais algum assunto


para esse item da nossa pauta?

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT - Pela ordem, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem,


Deputado Vanderlei Siraque.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Eu gostaria que fosse lido pela Mesa a


resposta à questão de ordem formulada pelos nobres Deputados Antonio Mentor,
Vanderlei Siraque e Vicente Cândido. Já foi respondido pela Mesa?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – O Deputado


gostaria que fosse lido na íntegra?

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – É, eu acho que é interessante ler na


íntegra porque teve um embate no sentido positivo sobre o Regimento, sobre a
interpretação do Regimento nas sessões anteriores e a questão de ordem, eu acho que
vem esclarecer.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Bom, então vamos


lá. Resposta à questão de ordem formulada pelos nobres Deputados Antonio Mentor,
Vanderlei Siraque e Vicente Cândido.

Os nobres Deputados formularam na Trigésima Sexta Sessão Ordinária, no dia


oito de abril, questão de ordem versando sobre rito a ser adotado no âmbito das
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Comissões Permanentes de Inquérito para deliberação de requerimentos formulados


verbalmente de convocação de determinada autoridade ou cidadão.

Esclarece os nobres solicitantes que o assunto foi objeto de debate durante a


reunião de sete de abril último na CPI da BANCOOP, mais precisamente a indagação
de Suas Excelências visa a que se estabeleça a admissibilidade ou não de deliberação de
requerimento verbal de convocação na mesma reunião em que foi apresentado.

A divergência surgiu quando se analisou a hipótese de requerimentos verbais de


convocação de cidadão ou de determinadas autoridades de vez que, houve por parte de
alguns Parlamentares a defesa da tese de que os requerimentos verbais poderiam ser
apresentados e submetidos à deliberação em seguida.

Como sustentáculo desta posição foram invocados procedentes. Eis em síntese a


questão de ordem, passo a responder. Antes de mais nada a vista dos procedimentos
mencionados pelos nobres Deputados suscitantes da presente questão de ordem, é do
conhecimento dessa Casa de Leis, ser de procedimento usual nas Comissões a tomada
de decisões sobre variadas matérias quando o assunto é consensual entre os membros
presentes que compõem quorum para a deliberação, nos escritos termos da Constituição
do Estado e do Requerimento Interno, ou seja, a maioria de votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.

Nesse sentido é também conhecida a prática usual de se aditar matérias à pauta


das reuniões das Comissões desde que haja consenso dos membros presentes. Isto
porque a dinâmica das reuniões das Comissões abre espaço para uma certa
informalidade, excepcionada sempre de acordo com as normas que emanam do próprio
Regimento Interno, haja vista a disposição contida no Artigo 58 da Constituição
Federal.

O Congresso Nacional e suas Casas terão Comissões Permanentes e


Temporárias constituídas na forma e com atribuições previstas nos seus respectivos
Regimentos Internos.

No nosso Regimento Interno é possível as Comissões por maioria simples de


votos, presentes a maioria, alterar a pauta de trabalho desse órgão técnico nos termos
previstos no Parágrafo Únicos do Artigo 50.
21

Tais exceções são constitucionais e regimentais embora como regra deva-se


observar os ditames contidos no Artigo 46 da Consolidação do Regimento Interno a fim
de se conferir segurança jurídica como substanciada no respeito aos princípios do
devido processo legal do contraditório e da publicidade.

De outra parte, há de se considerar que as Comissões Parlamentares de Inquérito


por sua própria natureza funcionam com certas peculiaridades, já que detém poderes de
investigações próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos na Legislação
Federal, no Código do Processo Penal e no Regimento Interno. Tem inclusive, poder
coercitivo sobre particulares inerente à sua atividade instrutória.

O trabalho de uma CPI cerca-se do maior rigor formal, aliás, este também é o
entendimento do Supremo Tribunal Federal em liminares concedidas a pedido de
habeas corpus. Portanto, trata-se de CPI e com o (ininteligível) de conferir maior
segurança jurídica dando integral cumprimento ao princípio da publicidade, entendo de
todo e desejado a observância da formalidade de se apresentar por escrito a convocação
de determinado cidadão ou de alguma autoridade, dando prévio conhecimento aos
membros da CPI nos moldes previstos no caput do Artigo 45, Artigo 46 do Regimento
Interno.

As Comissões reunir-se-ão ordinariamente afixando-se em recinto designado


pela Mesa com antecedência de 24 horas avisos sobre dia, local e hora em que se
reunirão as Comissões com indicações das proposições que por ela serão tratadas.

Ressalta-se que mencionados dispositivos aplicam-se caso vertente conforme


vertente constante no Artigo 36 do Regimento Interno, assim como as sessões seguintes
no capítulo dois referem-se às Comissões Permanentes e Temporárias.

Por isso trata-se o presente questionamento de convocação de cidadão ou


autoridade, eventualmente levadas a efeito pela Comissão Parlamentar de Inquérito,
constituída para investigar supostas irregularidades praticadas contra mutuários da
Cooperativa Habitacional dos Bancários d Estado de São Paulo, a BANCOOP, esta
Presidência entende que nesta hipótese os requerimentos de convocação deverão
observar as formalidades acima expostas, até porque, sendo requerimento espécie de
gênero proposição, eventual convocação decorrente de requerimento formulado
verbalmente poderá ser considerada anti-regimental.
22

Esta é a resposta da questão de ordem oferecida pelos nobres Deputados Antonio


Mentor, Vanderlei Siraque e Vicente Cândido.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Pela ordem, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Pela ordem,


Deputado Vanderlei Siraque.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Como observa os nobres pares, nem


sempre quando a gente faz questão de ordem, é no sentido de protelar, mas para garantir
inclusive que o Regimento Interno da Casa seja cumprido. Então, mais uma vez quero
agradecer à Presidência da Casa e à Procuradoria da Casa que deu subsidio para a
resposta à questão de ordem.

Então nós, na verdade, queremos que os trabalhos sejam sempre de acordo com
o nosso Regimento, nós nunca tivemos a intenção de protelar. Aproveitando pela
oportunidade também, Senhor Presidente, na verdade, eu acho que nós temos
Procuradores excelentes nesta Casa, alguns que já estão aposentados como o Dr.
Andiara que escreveu sobre CPI. O Dr. Alexandre também fez trabalho publicado
também sobre CPI, seria interessante que nós pudéssemos observar.

Uma das observações é que a CPI já tem diversas decisões nos Tribunais, é
instrumento da minoria e esta CPI aqui está sendo instrumento da maioria da Casa.
Tanto é que nós ficamos a minoria eu até sou líder da minoria, ficamos em dois e a
maioria se reuniu em sete. E na verdade se faz CPI quando existe algum impedimento
de investigação. Quando a minoria não consegue investigar porque a maioria não
permite.

Agora nós estamos em um caso sui gêneris, a maioria não está impedida de fazer
a investigação, então em tese nem precisava da CPI até porque já temos o Ministério
Público, temos a Polícia Federal, o Judiciário e não existe nenhum impedimento de se
fazer esta investigação.
23

Mas, para o bem do trabalho, como nós já combinamos, acho que seria
interessante para os procedimentos do trabalho que de fato, o pedido do nobre Deputado
Vicente Cândido fosse apresentado os procedimentos por escrito, até para que antes da
sessão nós pudéssemos de fato ter um acordo dos procedimentos.

Por exemplo, não estou aqui querendo interferir em nenhum requerimento de


nenhum Deputado, mas já lendo alguns requerimentos, por exemplo, a convocação de
Débora Secco, uma celebridade nacional. Eu não sei qual a vinculação que tem com a
BANCOOP, até porque se ela é consumidora da BANCOOP, coitado dos artistas da
Rede Globo.

Então é necessário, a motivação, eu estou falando que nós vamos depois


questionar a motivação também depois desses requerimentos, é também a utilização do
Código Penal, um pedido também do nobre Deputado. É só para checar antes, porque na
verdade já é utilizado como subsídio, é da CPI.

Só para que antes de chegarmos aqui, a gente não pudesse, senão daqui a pouco
a gente estará convidando a Vovó Mafalda, convidando outros, não é? Eu acho que não
vai ficar bom para a CPI e não vai ficar bem para a Assembleia Legislativa de São
Paulo.

O SR. – Pela ordem, Senhor Presidente.

Vozes sobrepostas.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Está registrado a


sua manifestação, mas pela oportunidade

Vozes sobrepostas.
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Analisar os requerimentos e na medida em que eles, é legítimo o Deputado


apresentar o requerimento e ser debatido o requerimento em momento oportuno. Não
seria o momento adequado nós debatermos nenhum requerimento agora.

Vozes sobrepostas.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Então a Débora Secco é uma das


vítimas da BANCOOP?

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Vanderlei Siraque,


eu gostaria que o senhor

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – É brincadeira!

O SR. – Brincadeira é você!

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputado


Vanderlei Siraque

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Vamos convocar a Vovó Mafalda para


a próxima reunião

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputados!


Deputados, eu gostaria que vocês

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Se quiser ter seu minuto de fama


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O SR. – O que é isso?

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Mas não vem acusar

Vozes sobrepostas.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputados!


Deputado Vanderlei Siraque! Nobre Deputado Vanderlei Siraque, eu gostaria

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Não, é que a Assembleia tem que ser


preservada.

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Peço a


oportunidade também de falar. O senhor conclui.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Ora! Não me deixaram falar!

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Conclua por favor.

O SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – A Assembleia Legislativa, o Poder


Legislativo é mais importante do que qualquer Partido e do que qualquer Deputado
desta Casa, então eu acho que nós temos que preservar a instituição Assembleia
Legislativa, preservar a instituição da Comissão Parlamentar de Inquérito é muito
importante e não ficar fazendo tipo de
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O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputado!

SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – De convocação aqui, não é? Mas se


quiserem convocar, vão convocar

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputado! Eu


sugiro

SR. VANDERLEI SIRAQUE – PT – Vão colocar uma mesa de autógrafo do


lado aí

O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Deputado! Eu


sugiro e o senhor tem toda a oportunidade informalmente de conversar com qualquer
Deputado que o senhor quiser sobre algum requerimento que ainda não tenha sido
analisado, mas eu gostaria muito que o senhor respeitasse a legitimidade de cada
Deputado apresentar o seu requerimento e no momento adequado para discutir o
requerimento o senhor terá legitimidade para colocar a sua manifestação sobre o
requerimento de cada Deputado.

No momento adequado. Deputado, para concluir, eu estou com a palavra! Eu


gostaria só de registrar a iniciativa dos Deputados Vicente Cândido, Antonio Mentor e
sua no sentido de fazer a questão de ordem, quero registrar essa boa iniciativa, que
apesar de ter divergências de um e de outro, a grande maioria dos Deputados aqui,
acham também que é importante que seja feito apenas requerimentos por escrito.

Nós também ficamos felizes com essa manifestação da Presidência, por isso eu
queria parabenizá-los por esta iniciativa e para clarear essa situação para todos os
Deputados ainda que pese outro ter manifestado uma divergência, mas ela vem de
encontro com o que a grande maioria dos Deputados pensam.
27

Bom, não tendo mais nenhum assunto, eu declaro encerrada a presente reunião
convocando a todos para a reunião de terça feira, às 11 horas do dia 27 desse mesmo
mês.

* * *

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