«O mito é o nada que é tudo.» Oxímoro Recurso expressivo que consiste II. OS CASTELOS O mito é o nada que é tudo. em reunir, no mesmo conceito, palavras de sentido oposto Primeiro: Ulisses O mesmo sol que abre os céus ou contraditório É um mito brilhante e mudo — O corpo morto de Deus, «é o nada» — Vivo e desnudo. não é real Este, que aqui aportou, Foi por não ser existindo. «é tudo» — explica Sem existir nos bastou. o real e revela uma Por não ter vindo foi vindo dimensão verdadeira E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade, E a fecundá-la decorre. Em baixo, a vida, metade Johann Heinrich Füssli, De nada, morre. O naufrágio de Ulisses (1803).
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O mesmo sol que abre os céus 2.ª estrofe Oxímoros
É um mito brilhante e mudo — Abertura dos céus — (contradições, o percurso de Apolo, Ulisses O corpo morto de Deus, afirmações ilógicas) Vivo e desnudo. com o seu carro solar, Este, que aqui aportou, $ representa a sabedoria como Foi por não ser existindo. Foi existindo sem ser revelação/desvendamento Sem existir nos bastou. Bastou-nos sem existir Por não ter vindo foi vindo Foi vindo sem ter vindo E nos criou. Mito = Natureza paradoxal $ Escuridão — luz O mito de Ulisses, apesar (associação com a morte 3.ª estrofe de não ser real, deu origem e ressurreição de Cristo) à identidade portuguesa Assim a lenda se escorre A entrar na realidade, Dar origem = criar E a fecundá-la decorre. $ Em baixo, a vida, metade O mito fecunda a realidade De nada, morre. O carro do Sol no Templo de Atena (século IV a. C.)