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No campo das ciências sociais, o mundo ainda sentia o reflexo da Revolução Francesa
(1789-1799), que foi um período de intensa agitação política e social na França, que teve um
impacto duradouro na história do país e, mais amplamente, em todo o continente europeu.
Esse fato histórico marcou o fim do absolutismo da monarquia francesa que tinha governado
o país durante séculos, mas entrou em colapso em apenas três anos.
O casamento é uma das tradições humanas mais antigas e disseminadas pelo mundo,
mas é comumente associado à imagem do cristianismo e, mais especificamente, à Igreja
Católica. Atualmente, ele é visto como uma ação, contrato, formalidade ou cerimônia que
deve ser realizado para estabelecer uma união conjugal, em que os envolvidos têm como
propósito a vida em conjunto. Essa vida comum envolve o compartilhamento de interesses,
atividades e responsabilidades entre as partes envolvidas.
O primeiro vestido branco foi adoptado na Inglaterra pela Rainha Vitória, no século
XIX, quando se casou com o seu primo, o príncipe Albert. Uma vez que naquela época era
impensável um homem pedir uma rainha em casamento, o pedido foi feito pela noiva. E esta
moda da cor branca no vestido de noiva lançada por ela permanece até os dias atuais. Antes
disso, especialmente na Idade Média, não havia cor específica para a cerimônia; a cor mais
usada era o vermelho. O vestido branco acabou sendo o preferido, por simbolizar a castidade
e a pureza. Na Grécia e em Roma, existem relatos de que as pessoas usavam roupas brancas
em celebrações importantes, como o nascimento e o casamento.
4. O casamento e seus símbolos no período do romantismo e dias atuais
Na era romântica, a beleza e as boas maneiras eram os principais meios para atrair
um marido. Raramente incentivadas a dedicar algum tempo à construção de personagens
fortes, as mulheres investiam a maior parte do tempo aperfeiçoando sua aparência física. Os
manuais de conduta e as colunas de aconselhamento instruíram as mulheres a usar esses
encantos femininos para levar os homens ao casamento. No entanto, essas estratégias
superficiais não prendiam a atenção de seus maridos permanentemente. Assim, os maridos
tendiam a procurar em outros lugares novos encantos, e as esposas praticavam a arte do
coquetel para continuar chamando a atenção de outros homens.
Para o Romantismo, o casamento racional não era nada razoável; por isso, o que o
substituiu – o casamento de sentimentos – basicamente nunca precisou responder por si
mesmo. O que importa é que duas pessoas desejam desesperadamente que ele aconteça, são
atraídas uma à outra por um instinto avassalador e sabem, do fundo do coração, que aquilo é
certo. A era moderna já se cansou de “razões”, esses catalisadores do sofrimento, essas
demandas de contadores. Na verdade, quanto mais imprudente parece ser um casamento
(talvez eles se conheçam há apenas seis semanas; um deles não tem emprego ou ambos mal
saíram da adolescência), mais seguro, na verdade, ele pode ser considerado, porque a
aparente ‘imprudência’ é tomada como um contrapeso para todos os erros e tragédias
permitidos pelas chamadas uniões sensatas de antigamente. O prestígio do instinto é o legado
de uma reação coletiva traumatizada contra séculos demais de ‘razão’ nada racional.