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Discussões gerais:

● falar sobre a mulher como EVA e MARIA

DELUMEAU, Jean. “Os agentes de Satã. III. A mulher”. In: História do medo no
Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, pp.462-522.

● “santuário do estranho”
● dicotomia da visão masculina ao “segundo sexo”
- oscilação da atração à repulsão, da admiração à hostilidade
● “Em contrapartida, e de alguma maneira para valorizar-se, o homem definiu-se como
apolíneo e racional por oposição à mulher dionisíaca e instintiva, mais invadida que
ele pela obscuridade, pelo inconsciente e pelo sonho.”
● A mulher como enigma, incompreendida pelo homem.
● A exaltação da Maria na Idade Média; desvalorização da sexualidade da mulher
● Citação de petrarca
- amor cortês ao amor platônico
- “o estranho paradoxo de um Petrarca apaixonado por Laura, angélica e irreal,
mas alérgico aos cuidados cotidianos do casamento e hostil à mulher real,
considerada diabólica:”
- “ A mulher[...] é um verdadeiro diabo, uma inimiga da paz, uma fonte de
impaciência, uma ocasião de disputas das quais o homem deve manter-se
afastado se quer gozar de tranquilidade[...]. Que se casem, aqueles que
encontram atrativo na companhia de uma esposa, nos abraços noturnos, nos
ganidos das crianças e nos tormentos da insônia[...]. Por nós, se está em
nosso poder, perpetuaremos nosso nome pelo talento e não pelo casamento,
por livros e não por filhos, com o concurso da virtude e não com o de uma
mulher.”
- “Bela confissão de egoísmo misógino que prova, no caso do “primeiro
homem moderno” de nossa civilização, o fraco impacto do amor cortês sobre
a cultura dirigente ainda dominada pelos clérigos.”
● Medo da mulher
● Discurso oficial sobre a mulher no final do século XVI e no começo do século XVII
- A igreja difundiu o medo da mulher e dogma da sua inferioridade

DAVIS, Natalie Zemon. “A mulher ‘na política”. In: ____ & amp; FARGE, Arlette (dir.).
História das mulheres no Ocidente. Vol.3: Do Renascimento à Idade Moderna. Lisboa:
Edições Afrontamento, 1994, pp.229-249.

● Isabel I
- rainha virgem
- associação à virgem Maria
● Maria Antonieta
- “representava todos os males da corte francesa durante o reinado de Luís
XVI: a sua <<suavidade voluptuosa>>, <<os seus vícios ruinosos>>, a forma
como passava o tempo <<da maneira mais infantil, sem a aparência de
qualquer firmeza de espírito que mitigasse os delírios da imaginação>> e
com tudo isto uma graciosidade e beleza que conduziram ao seu <<domínio
ilimitado>> sobre o rei.”

MORANT, Isabel. “Hombres y mujeres en el discurso de los moralistas. Funciones y


relaciones”. In: ___ (dir.). Historia de las mujeres en España y América Latina. Vol. II:
El mundo moderno. Madri: Cátedra, 2006, pp.27-61.
● “En la pluma de los moralistas, la mujer podía ser representada como la encarnación
del mal, que se temía y se rechazaba en el sexo femenino, pero también como el
bien que se valoraba y se quería propiciar en las mujeres. Ambas imágenes podían
convivir en un mismo discurso moral. Este dualismo es el que vemos expresarse en
las figuras contrapuestas de Eva y de María, ya desde la Edade Media.”
● Eva
- a maldade, o pecado
● María
- bondade

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