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No capítulo 3 de "Agentes de Satã", o autor explora a história da associação entre mulheres e atividades

satânicas, desde o início da Idade Moderna até a contemporaneidade. Ele detalha como, ao longo dos
séculos, as mulheres foram identificadas como perigosas agentes de Satanás, tanto por figuras religiosas
quanto por juízes leigos, especialmente na Europa Ocidental. Essa visão misógina foi amplamente
difundida pela imprensa, apesar de certos aspectos da cultura da época, como arte, literatura e teologia
protestante, aparentemente promoverem uma valorização das mulheres.

1. Origens da Associação:
O autor explora as raízes antigas dessa associação entre mulheres e o mal, destacando
como tradições religiosas e culturais como o judaísmo bíblico e o classicismo grego
expressaram sentimentos contraditórios em relação às mulheres, oscilando entre a
exaltação e o temor.

2. Representações na Cultura:
Desde tempos antigos até a Idade Moderna, a representação da mulher passou de deusa
da fecundidade e símbolo da natureza à figura da Virgem Maria, canal de graça e
bondade suprema. O autor examina como poetas como Dante e Lamartine celebraram o
"eterno feminino" como uma fonte de inspiração divina.

3. Oscilação de Sentimentos Masculinos:


A atitude dos homens em relação ao "segundo sexo" foi caracterizada por uma oscilação
entre a admiração e a hostilidade, atração e repulsa. Isso foi evidente desde as
representações femininas na idade da pedra até a época romântica, quando a mulher era
exaltada.

4. Medo e Desconfiança:
Paralelamente à veneração das mulheres, houve um medo subjacente em relação a elas,
especialmente em sociedades patriarcais. Esse medo foi alimentado por séculos de
desconfiança e opressão, criando uma atmosfera onde as mulheres eram vistas como
potenciais agentes do mal, associadas a Satanás e à bruxaria.

5. Transformação do Medo Espontâneo em Reflexão:


O autor argumenta que ao longo da história, o medo espontâneo dos homens em relação
às mulheres foi transformado em um medo refletido, influenciado pela cultura
dominante e pelas estruturas patriarcais. Essa transformação contribuiu para a
perpetuação da associação entre mulheres e atividades satânicas.

Portanto, o capítulo 3 oferece uma análise detalhada da complexa relação entre


mulheres e atividades satânicas ao longo da história, destacando as diferentes
representações culturais e a evolução dos sentimentos masculinos em relação ao sexo
feminino.

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