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satânicas, desde o início da Idade Moderna até a contemporaneidade. Ele detalha como, ao longo dos
séculos, as mulheres foram identificadas como perigosas agentes de Satanás, tanto por figuras religiosas
quanto por juízes leigos, especialmente na Europa Ocidental. Essa visão misógina foi amplamente
difundida pela imprensa, apesar de certos aspectos da cultura da época, como arte, literatura e teologia
protestante, aparentemente promoverem uma valorização das mulheres.
1. Origens da Associação:
O autor explora as raízes antigas dessa associação entre mulheres e o mal, destacando
como tradições religiosas e culturais como o judaísmo bíblico e o classicismo grego
expressaram sentimentos contraditórios em relação às mulheres, oscilando entre a
exaltação e o temor.
2. Representações na Cultura:
Desde tempos antigos até a Idade Moderna, a representação da mulher passou de deusa
da fecundidade e símbolo da natureza à figura da Virgem Maria, canal de graça e
bondade suprema. O autor examina como poetas como Dante e Lamartine celebraram o
"eterno feminino" como uma fonte de inspiração divina.
4. Medo e Desconfiança:
Paralelamente à veneração das mulheres, houve um medo subjacente em relação a elas,
especialmente em sociedades patriarcais. Esse medo foi alimentado por séculos de
desconfiança e opressão, criando uma atmosfera onde as mulheres eram vistas como
potenciais agentes do mal, associadas a Satanás e à bruxaria.