Você está na página 1de 3

Radamés Gnattali

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Radamés Gnattali

Radamés Gnattali em 1924.


Informação geral
Nome completo Radamés Gnattali
Nascimento 27 de janeiro de 1906
Local de nascimento Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Brasil
Morte 13 de fevereiro de 1988 (82 anos)[1][2][3][4]
Local de morte Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Ocupação(ões) arranjador, compositor, e pianista
Página oficial www.radamesgnattali.com.br
Radamés Gnattali (Porto Alegre, 27 de janeiro de 1906 — Rio de Janeiro, 13 de
fevereiro de 1988) foi um arranjador, compositor e pianista brasileiro.

Índice
1 Biografia
2 Homenagem a Radamés
3 Discografia
4 Principais composições
4.1 Filmografia
5 Ver também
6 Referências
7 Bibliografia
8 Ligações externas
Biografia
Estudou com Guilherme Fontainha no Conservatório de Porto Alegre; na Escola
Nacional de Música, com Agnelo França. Terminou o curso de piano em 1924 e fez
concertos em várias capitais brasileiras, viajando também como violista do Quarteto
Oswald, desde então passou a estudar composição e orquestração.

Em 1939 substituiu Pixinguinha como arranjador da gravadora RCA Victor. Durante


trinta anos trabalhou como arranjador na Rádio Nacional. Foi o autor da parte
orquestral de gravações célebres como a do cantor Orlando Silva para a música
Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, ou ainda da famosa gravação original de
Aquarela do Brasil (Ary Barroso) ou de Copacabana (João de Barro e Alberto Ribeiro)
- esta última imortalizada na voz de Dick Farney. Na década de 1950 colaborou com o
cineasta Nelson Pereira dos Santos e com o sambista Zé Ketti em filmes importantes
como Rio Zona Norte (1957) e Rio 40 Graus (1955).

Em 1960 embarcou para Europa, apresentando-se num sexteto que incluía Acordeão,
Guitarra, Bateria e Contrabaixo.

Foi contemporâneo de compositores como Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga,


Anacleto de Medeiros e Pixinguinha. Na década de 70, Radamés teve influência na
composição de choros, incentivando jovens instrumentistas como Raphael Rabello,
Joel Nascimento e Mauricio Carrilho, e para a formação de grupos de choro como o
Camerata Carioca. Também compôs obras importantes para o violão, Orquestra,
concerto para piano e uma variedade de choros.

Foi parceiro de Tom Jobim. No seu círculo de amizades Tom Jobim, Cartola, Heitor
Villa-Lobos, Pixinguinha Donga, João da Baiana, Francisco Mignone, Lorenzo
Fernandez e Camargo Guarnieri. É autor do hino do Estado de Mato Grosso do Sul —a
peça foi escolhida em concurso público nacional.
Garoto, Radamés Gnatalli, Chiquinho e Billy Blanco, 1955. Arquivo Nacional.
Em janeiro de 1983, recebeu o Prêmio Shell na categoria de música erudita; na
ocasião, foi homenageado com um concerto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que
contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, do Duo Assad e
da Camerata Carioca. Em maio do mesmo ano, numa série de eventos em homenagem a
Pixinguinha, Radamés e Elizeth Cardoso apresentaram o recital Uma Rosa para
Pixinguinha e, em parceria com a Camerata Carioca, gravou o disco Vivaldi e
Pixinguinha.

Radamés foi um dos mestres mais requisitados nesse período, demonstrando uma
jovialidade que encantou novos chorões como Joel Nascimento, Raphael Rabello e
Maurício Carrilho. Nasceu assim uma amizade que gerou muitos encontros e parcerias.
Em 1979 surgiu, no cenário da música instrumental, o conjunto de choro Camerata
Carioca, tendo Radamés como padrinho.

A saúde começou a fraquejar em 1986, quando Radamés sofreu um derrame que o deixou
com o lado direito do corpo paralisado. Em 1988, em decorrência de problemas
circulatórios, sofreu outro derrame, falecendo no dia 13 de fevereiro de 1988 na
cidade do Rio de Janeiro.

Adicionalmente a todo este histórico artistico, Radamés dedicou-se também ao


público infantil na sua maturidade profissional. Imortalizou sua arte musical em
diversos volumes de história infantil para LP (coleção disquinho), hoje traduzidas
em versão digital disponivel em lojas virtuais como o itunes.

Homenagem a Radamés
Em 1983, no CD "Lagoa da Canoa, Município de Arapiraca" de Hermeto Pascoal & Grupo,
há uma faixa intutulada "Mestre Radamés".

Em 1992, a Prefeitura de Porto Alegre deu seu nome a uma sala de recitais e
ensaios, no interior do Auditório Araújo Vianna.

Em 2007, foi gravado um CD duplo com composições de Gnattali com patrocínio da


Petrobras, Retratos de Radamés com os violonistas Edelton Gloeden e Paulo Porto
Alegre.

Discografia
A saudade mata a gente/Copacabana-Fim de semana em Paquetá (1948) - Gravadora
Continental
Barqueiro do São Francisco/Um cantinho e você (1949) - Gravadora Continental
Isso é Brasil/Carinhoso (1949) - Gravadora Continental
Bate papo/Caminho da saudade (1949) - Gravadora Continental
Tico-tico no fubá/Fim de tarde (Com o Quarteto Continental) (1949) - Gravadora
Continental
Sempre esperei por você/Remexendo (Com o Quarteto Continental) (1949) - Gravadora
Continental
Onde estás?/Tema (Vero e seu ritmo) (1950) - Gravadora Continental
Tocantins/Madrigal (Vero e seu ritmo) (1950) - Gravadora Continental
Mambolero/Improviso (1952) - Gravadora Continental
Fantasia brasileira/Rapsódia brasileira (Com sua orquestra) (1953) - Gravadora
Continental
Radamés Gnattali: Três Concertos e uma Brasiliana, Orquestra Sinfônica Nacional,
Radamés Gnattali: piano. Iberê Gomes Grosso: Violoncelo, Chiquinho do Acordeon:
Acordeão (1968)
Tributo a Garoto (com Raphael Rabello) (1982)
Principais composições
Brasilianas nº 1,2,3,6,9 e 10 (1944-1962)
Concertos para piano e orquestra nº 1,2 e 3 (1963)
Concerto para Violoncelo e orquestra (1941)
Concerto para viola e orquestra de cordas (1967)
Concerto para harmônica de boca (1960)
Hino do estado do Mato Grosso do Sul, escolhido num concurso público.
10 Estudos para Violão
Filmografia
Radamés Gnatalli foi responsável pela música de vários filmes do cinema brasileiro.

1952 - Sai da Frente


1952 - Nadando em Dinheiro
1955 - Rio 40 Graus
1957 - Rio Zona Norte

Ver também
História da música erudita em Porto Alegre
Música do Brasil
Referências
Almanaque Brasil
Educação UOL
Museu da TV
Dicionário Cravo Albin
Bibliografia
BARBOSA, Valdinha; DEVOS, Ana Maria. Radamés Gnattali, o eterno experimentador. Rio
de Janeiro: FUNARTE, 1985.
DIDIER, Aluísio. Radamés Gnattali. Rio de Janeiro: Brasiliana, 1996.
ZORZAL, Ricieri Carlini. Dez Estudos para Violão de Radamés Gnattali: estilos
musicais e propostas técnico-interpretativas. São Luís: EDUFMA, 2009 [1]

Você também pode gostar