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CMEI Elza Damasceno da Silva

Prêmio Professor Inovador 2019


SEGMENTO: EDUCAÇÃO INFANTIL
SEMED – MANAUS - AM

CACHINHOS DOURADOS NO MUNDO ENCANTADO DA


EDUCAÇÃO INFANTIL
Professora Autora: Cleosimarina Maia de Lima
Professora Co-Autora: Sylvia Fonseca
Professora Co-Autora: Marlucia Costa
Professora Co-Autora: Nadir Socorro
Professora Co-Autora: Simone Helen Drumond Ischkanian
DDZ OESTE

Manaus – Amazonas
2019
CACHINHOS DOURADOS NO MUNDO ENCANTADO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Professora Autora: Cleosimarina Maia de Lima

Professora Co-Autora: Sylvia Fonseca

Professora Co-Autora: Marlucia Costa

Professora Co-Autora: Nadir Socorro

Professora Co-Autora: Simone Helen Drumond Ischkanian

Resumo:

Um aspecto muito valorizado e explorado em nosso cotidiano são as interações. Consideramos as


possibilidades de interação (criança-criança, criança-adulto) um fator bastante importante no
desenvolvimento de todos. Neste sentido, nos empenhamos em planejar momentos coletivos em
que grupos de diferentes faixas etárias possam estar envolvidos em uma mesma atividade,
proporcionando assim vivências ricas de aprendizado entre as crianças de diversas idades. Foi
pensando nisso que surgiu essa proposta, que apresenta momentos bem diversificados para as
crianças. Vale ressaltar que nesses momentos as crianças maiores desenvolvem respeito e cuidado
para com as menores. E estas, por sua vez, percebem que aquelas também são crianças, só que
mais experientes e, por isso, muito interessantes, já que fornecem pistas e as ajudam a desenvolver
atividades que não conseguiriam realizar sozinhas. Essa ajuda, essa dica, que uma criança de 4
anos fornece a outra de 2 anos, por exemplo, parece corriqueira e sem importância, mas não é,
pois a criança de 4 anos está fazendo de forma espontânea aquilo que nós, professores, fazemos
intencionalmente: atuar na zona de desenvolvimento proximal da criança. Existem relações entre o
desenvolvimento e a aprendizagem da criança. Vigotski (1984), identificou dois níveis de
desenvolvimento: o primeiro é o nível denominado de real ou efetivo e constitui-se pelas funções
psicológicas já efetivadas; o segundo é o nível de desenvolvimento próximo e se define como
aquelas funções que estão em vias de amadurecer podendo ser identificadas por meio de solução
de tarefas com o auxílio do adulto e outras crianças mais experientes. Nesse sentido, o ensino deve
incidir sobre o segundo nível, pois a zona de desenvolvimento próximo tem um valor mais direto
para a dinâmica da instrução do que o nível atual de desenvolvimento. Portanto, neste processo, a
professora tem um papel destacado enquanto mediador entre a criança e o conhecimento
produzido e acumulado historicamente pela humanidade, cabendo a ele intervir na zona de
desenvolvimento próximo da criança conduzindo a prática pedagógica (FACCI, 2006, p. 23).
Palavras-chave: Educação, Educação Infantil, Contos de Fadas, Literatura Infantil

Introdução:

Desenvolver o prazer pela leitura, apreciando as histórias, compreendendo seu enredo,


identificando personagens, memorizando as histórias e ampliando o vocabulário nela envolvido e
assumindo o desafio de tornarem-se contadoras de histórias para os pais. A apresentação dos
livros, a percepção de que os livros trazem histórias, informações e conhecimentos, e que
estimulam a imaginação e o incentivo à leitura. A história escolhida foi “Cachinhos de Ouro”
(também conhecida como “Cachinhos Dourados”). Já trabalhamos várias vezes em nossas classes
de educação infantil explorando a noção de tamanho pequeno, médio e grande, inclusive as
diferenças de sons grave, normal e agudo, mas nunca explorando apenas sons e a acuidade
auditiva. Para fazer o som da voz do papai Urso (grave) usamos uma sacola de papel (dessas de
loja), a voz da mamãe Ursa (médio) foi a batida na própria carteira escolar com fórmica e o
Pequeno Urso (agudo) usamos o tilintar de uma xícara de café. A Cachinhos de Ouro foi o pires da
xícara de café, até porque na história existe a identificação da menina Cachinhos de Ouro com o
Pequeno Urso no aspecto tamanho. Os outros sons vou descrevendo ao longo da história, mas
procuramos usar o máximo possível objetos simples e de fácil acesso para reprodução. Para
desenvolver mais a acuidade auditiva, sem interferência da visual, desenvolvemos todos os sons
atrás de uma caixa de papelão de TV, para que as crianças não vissem os objetos. Depois a
contamos novamente sem a caixa de papelão. É interessante que eles observavam com a mesma
atenção para reconhecer os sons e os objetos, como se fosse a primeira narrativa da história. Eles
adoraram a experiência e nós também. Por fim, vivenciamos a experiência realizada em nossas
reuniões semanais, contando a história para as outras colegas da escola, que também foi muito
gratificante.

Justificativa:
O docente ao proporcionar a leitura em livros literários infantis em sala de aula permite as crianças
uma experiência divertida e gratificante, a oportunidade de imaginarem, viajarem através da
leitura literária. A presente obra abraça a ideia do pensamento crítico e reflexivo, contribuindo
desse modo, para a formação capaz de proporcionar uma formação crítica e reflexiva,
possibilitando o mesmo a transformar a realidade em que vive. Dessa maneira, a leitura de livros
literários infantis pode ser considerada pelo educador como uma ferramenta que vem ajudá-lo a
conduzir o aluno ao campo da leitura, pois a obra literária infantil consegue encantar qualquer
leitor independentemente de sua faixa etária. Nesse sentido, a escola representa um espaço
privilegiado, em que a Educação Infantil deve cultivar e incentivar a leitura literária, pois este se
constitui como um material fundamental que aflora a criatividade das crianças, consequentemente
desperta a veia artística das crianças.

Objetivos:
• Avançar no desenvolvimento das diferentes dimensões humanas;
• Interagir com diferentes crianças e adultos;
• Ouvir histórias;
• Desenvolver atenção e concentração;
• Compartilhar um espaço de expressão com crianças e adultos, por meio do teatro;
• Desfrutar de momentos lúdicos e de muita imaginação;
• Participar de um momento de culinária;
•Degustar o prato preparado em parceria com os colegas.
• Participar de uma oficina de máscaras;

Contando a história com sons:


Era uma vez, uma família de ursos: o Pai Urso (som na sacola de papel), a Mãe Urso(som de
batida na mesa com fórmica) e o Pequeno Urso(som de tilintar na xícara de café). Os três
moravam numa bela casinha, bem no meio da floresta (som com folhas secas e sacos plásticos
para fazer a floresta).
O Papai Urso, o maior dos três, era também o mais forte e tinha uma voz bem grossa. A
Mamãe Urso era um pouco menor, delicada e tinha uma voz meiga. O Pequeno Urso era o
menorzinho e sua voz era fininha.
Certa manhã (som como se fosse galo cantando numa lata com um barbante parafinado), ao
se levantarem, Mamãe Urso fez um delicioso mingau.
Porém, o mingau estava muito quente (batida de uma colher num prato fundo, como se
estivesse fazendo omelete e esfriando o mingau).
Sendo assim, mamãe Urso propôs que fossem dar uma voltinha junta pela floresta, enquanto
o mingau esfriava.
E assim fizeram. Mamãe Urso deixou o mingau em suas tigelinhas, esfriando em cima da
mesa e os três ursos saíram pela floresta (som dos passos na mesa de madeira do professor, sem
fórmica, com os dedos, como pessoas andando e das folhas secas e do saco plástico também).
Enquanto eles estavam fora, apareceu por ali uma menina de cabelos loiros cacheados, era
conhecida como Cachinhos Dourados (reproduzir o som do pires da xícara de café e os passos na
floresta).
Ela morava do outro lado da floresta, e tinha o mau hábito de sair de casa sem avisar seus
pais.
Quando se aproximou da casinha dos ursos, já muito cansada de tanto andar (fazer a
respiração profunda de cansaço), resolveu bater na porta (batida forte na mesa).
Bateu, bateu, mas ninguém respondeu. Assim, ao perceber que a porta estava apenas
encostada, resolveu entrar (som da porta abrindo, rangendo gravada)
Ao entrar, viu na mesa as três tigelinhas de mingau.
Como estava com muita fome, e não viu ninguém na casa, resolveu provar a iguaria (som de
huuuummmmm…) e inspirar profundamente para perceber o cheiro do mingau.
Provou, então, o mingau da tigela maior, mas achou-o muito quente (fazer som com a boca
de que está quente e a colher encostando no prato).
Provou o da tigela do meio e ainda achou-o quente (novamente som com a boca e com a
colher no prato).
Provou o mingau da tigelinha menor e achou-o delicioso, não resistiu e comeu-o todo
(novamente o huuummm e várias vezes com a colher no prato).
Após comer o mingau, Cachinhos Dourados foi em direção à sala (passos com os dedos na
mesa de madeira).
Achou a primeira cadeira muito grande (batida forte em uma almofada) e levantou-se a
seguir (novamente passos com os dedos).
Sentou-se, então, na cadeira do meio, mas achou-a desconfortável e ainda grande demais
(batida menos forte na almofada).
Sentou-se na cadeirinha menor e achou-a muito confortável e num bom tamanho (batida na
almofada e som de prazer, ex: ahhhhhh!!! ).
Porém, sentou-se tão desajeitadamente que a quebrou (barulho de madeira quebrando com
um galho seco de árvore: “creck” e um grito).
Encontrou um quarto (passos de caminhar novamente) com três caminhas, uma grande, uma
média e uma pequena.
Tentou deitar-se na cama maior, mas achou-a muito dura (batida com os dedos espalmados
na mesa). Deitou-se na do meio e ainda estava um pouco dura(batida com os dedos espalmados na
mesa mais devagar). Deitou-se na menor e achou-a muito boa (batida com os dedos espalmados na
mesa e som de bem estar com a boca, tipo do hummm). Estava tão cansada que não resistiu e
acabou pegando no sono (respiração profunda e barulho de ronco).
Enquanto ela dormia, os ursinhos voltaram do passeio(passos com os dedos dos três ursos
juntos).
Estranharam a porta aberta, e logo perceberam que alguém havia estado ali.
__Alguém mexeu no meu mingau! - rosnou o Papai Urso (som de Ohhh!! Bem grave)
__Alguém comeu do meu mingau! – disse brava a Mamãe Urso (som de Ohhh! Mais fraco)
__ Alguém comeu todo o meu mingau! –gritou o Pequeno Urso (grito agudo).
Os três ursos se dirigiram para a sala (passos com os dedos). Papai Urso olhou para sua
cadeira e exclamou:
__ Alguém sentou na minha cadeira! (batida forte na almofada)
Mamãe Urso reclamou:

__ Alguém também sentou na minha cadeira! (batida menos forte na almofada)


O Pequeno Urso, chorando, queixou-se:
__ Alguém quebrou a minha cadeirinha! (choro e gritos bem agudos)
Foram em direção ao quarto. (passos com os dedos)
Papai Urso olhou para sua cama e perguntou:
__ Quem deitou na minha cama? (batida forte com os dedos espalmados na mesa)
Mamãe Urso olhou para sua cama e disse:
__Alguém esteve deitado na minha cama e deixou-a bagunçada! (batida menos forte com os dedos
espalmados na mesa)
O Pequeno Urso, muito bravo, gritou:
__Alguém está deitado na minha caminha! (Gritos agudos de supresa e espanto)
Cachinhos Dourados acordou com o grito de Pequeno Urso.
Ficou muito assustada ao ver os três ursos bravos olhando para ela. (Novamente gritos com
timbre agudo, de surpresa e espanto, como voz de menininha)
Seu susto foi tão grande que em um só pulo saiu da cama e já estava descendo as escadas.
Mal deu tempo para que os ursos piscassem os olhos. Num segundo pulo, Cachinhos Dourados
saiu correndo pela floresta, rápida como o pensamento (barulhos de passos bem rápidos na mesa,
no plástico, nas folhas secas, com os gritos agudos indo ao longe).
Depois desse enorme susto a menina aprendeu a lição, nunca mais saiu de casa, muito
menos entrou em casa de ninguém sem ser convidada. (som de porta sendo aberta, fechada com
força e um som harmonioso, tipo música de ninar, para representar o bem-estar de voltar para
casa).

Confecção dos personagens da história com materiais da natureza:

Oralidade:
Como eram os personagens:
Papai Ursão:
Mamãe Ursa:
Ursinho:

Os personagens da história são pessoas ou animais? Domésticos ou silvestres?

Eles eram uma família ou apenas tinham tamanhos diferentes?


Como era a cadeira de cada um deles?
Como era o prato de cada um deles?
Como era a cama de cada um deles?
Que palavras que estão no texto no grau: normal, diminutivo e aumentativo:
O que você acha da atitude Cachinhos de Ouro no final da história?
Podemos entrar sem sermos convidados na casa das pessoas?
Qual a palavra de cortesia que ela deveria ter dito quando acordou?
Que outras palavras de cortesia você conhece e usa?
É uma história urbana ou rural? Por quê?

Mude este final:


Com esse barulho todo, Cachinhos de Ouro acordou assustada. Olhou para cada um dos ursos e
saiu correndo. Até se esqueceu de pedir desculpas.

VISITA DO URSO PANDA NA ESCOLA:


Informações:
· Os pandas vivem nas florestas da regiões montanhosas do sudeste da China
· Vivem em cavernas e no oco de árvores
· Apesar de serem carnívoros, alimentam-se principalmente de folhas e brotos de
bambu. Comem também alguns insetos e ovos como fontes de proteínas
· Possuem um comportamento dócil, tranquilo e tímido. São raros os casos em que um
urso panda atacou um ser humano.
· São também chamados de: urso felino, urso de faixa e gato ursino
· Ao contrário de outras espécies de ursos, os pandas não hibernam durante o inverso
· Durante a fase da primavera ocorre o acasalamento, sendo que os filhotes, geralmente
dois, nascem na época do inverno
· As patas do urso panda possuem cinco dedos
· Os filhotes de urso panda nascem com, aproximadamente, 2 kilos de peso
· Possuem dentes e mandíbulas muito fortes para poderem triturar os brotos de bambu
· Em média um urso panda vive durante 12 anos
· Esta espécie encontra-se em situação de extinção provocada, principalmente, pela
baixa taxa de natalidade, caça indiscriminada (no passado) e pela destruição das florestas onde
vivem. A reprodução em cativeiro ocorre em diversos zoológicos e centros de pesquisa animal
espalhados pelo mundo

Características principais:
Comprimento: 1. 5 metro em média
Gestação: 7 a 9 meses
Cor: preto e branco
Peso: pode chegar a 150 kilos.

Receita da mamãe urso - Delícia de Banana:

· Ingredientes
4 bananas dágua fatiadas
1/2 xícara de chá de açúcar com canela
1 l de leite
5 colheres de sopa de amido de milho
3 gemas
3 claras

Em um refratário, coloque as bananas fatiadas, polvilhe com o açúcar com canela e reserve
Prepare um mingau com o leite, o amido de milho e as gemas
Despeje o mingau sobre as bananas fatiadas
Bata as claras em neve, acrescentando açúcar até formar um suspiro e despeje em cima do mingau
Leve ao forno até que doure o suspiro
Após esfriar leve para geladeira

Fazendo Arte: Caixa dos Sentimentos

Primeiro Momento:
Em roda, faça uma a brincadeira da Ginástica Facial. É o seguinte, com o comando da professora,
as crianças deverão fazer ginástica com o rosto. Há várias possibilidades: jogar beijinhos; soltar
sons de estouro – Pum! Bum! Pá!; encher as bochechas de ar só de um lado, depois do outro lado,
encher toda a boca; fazer caretas usando a boca, para os lados, fazer bico, abrir a boca, sorrir de
lábios fechados, sorrir de lábios abertos; soprar: fazer ventinhos na palma da mão; fazer barulho
de spray: tss, tss, tss, tss, tss; abrir e fechar a boca mostrando os dentes; com os lábios relaxados
fazer brrrrrrr (som do carrinho); com a língua no céu da boca, fazer trrrrrrrrrrrr; criar exercícios
sonoros com as vogais : aaaaaaaaaaaaaaaa, eeeeeeeeeeeeeee, iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, ooooooooooooooo,
uuuuuuuuuuuuuuuu; piscar os dois olhos, piscar o olho direito e depois o esquerdo; franzir a testa.
Expressões de sentimentos como alegria, tristeza, dor, raiva, etc. O professor não precisa fazer
todos de uma só vez. Coloquei várias possibilidades que poderão ser contempladas em diferentes
momentos.

Segundo Momento:
Construa com as crianças, um Jogo da memória com expressões – dois pares de cada: alegria,
tristeza, raiva, dor, susto, medo, criança jogando beijo, criança fazendo careta, criança franzindo a
testa, etc. Lembre-se que o número de cartas deve ser igual ao número de crianças na sala. Leve o
jogo para sala e jogue na rodinha. Pode-se organizar as turmas em dois grupos em que um grupo
joga e o outro assiste. Depois pode ser feita o contrário, quem assistiu joga e quem jogou assiste.
Ao final do jogo, cada criança pega uma carta. Proponha uma brincadeira em que terão de
encontrar seus pares. Ao se agruparem de acordo com a expressão tirada, todos se sentam. Cada
dupla fará a mímica da expressão da carta e as outras crianças terão que dizer qual a expressão
está sendo representada. É muito divertido!

Terceiro Momento:
Proponha uma atividade para continuar desenvolvendo o senso de observação e a atenção das
crianças. O nome da brincadeira é “Onde mudou?”. Para isso leve para a sala vários acessórios,
como brincos grandes, colares, gravatas, chapéus, pulseiras, relógios, etc. Escolha uma criança e
peça-lhe que escolha alguns dos acessórios e use-os. Peças às outras crianças que observem a
criança escolhida: como está vestida, o que está usando que não é habitual, etc. A criança que usou
os acessórios deverá sair da sala e retirar ou acrescentar outro acessório. Por exemplo, tirar um
colar ou uma pulseira. Ao voltar para a sala, as crianças deverão observá-la e descobrir o que foi
retirado ou acrescentado. Vá alternando as crianças até que todas participem da brincadeira.

Quarto Momento:
Por fim, para que a integração continue ocorrendo, proponha uma brincadeira em que as crianças
terão que utilizar o toque, o cuidado e a afetividade entre si. É a chamada brincadeira “O Urso”. A
brincadeira é simples, embora complexas são as motivações, justificativas e objetivos da atividade.
Você pode iniciar contando uma história de urso ou pode contar a história após a brincadeira –

Sugestão: “Cachinhos Dourados e os Três Ursinhos”.


Na brincadeira, dentro do objetivo supracitado, você (professora) é o urso, que vai dormir na
caverna e as crianças previamente orientadas (quanto a não machucar o 'urso", não chutar, não
bater - a gente não acorda alguém com desrespeito, etc, etc) deverão tentar acordá-la. O urso,
grandalhão que é, não acorda de repente, mas cada vez que vira pra cá e pra lá, aumenta o barulho
do ronco. Até que depois de uma sucessão de estímulos o urso acorda e tenta capturar aqueles que
ousaram despertá-lo da hibernação. Você pode definir com eles que quem é pego vira urso em
seguida, ou quem você pega é levado para caverna. Neste caso, você tem a opção de deixá-los lá
até o final da brincadeira (para depois eles descreverem a caverna por exemplo) ou poderá deixá-
los ser 'salvos" pelos colegas no decorrer da brincadeira.

Eleja bem o espaço de fuga, crianças podem se atropelar, converse sobre isto também! Esta
brincadeira é uma variação de outra homônima citada por João Batista Freire no livro "Educação
Física de Corpo Inteiro". Nessa brincadeira a preocupação das crianças com os cuidados para não
machucar o "urso" dormindo começa com a orientação do professor, porém na medida em que
brincam, esses cuidados se tornam autônomos entre as crianças.

Curiosidades “Cachinhos dourados e os Três Ursos” é uma história muito popular no mundo
inteiro, teve sua origem no folclore europeu. Sua primeira versão publicada, ocorreu em 1837 pelo
poeta Robert Southey em seu livro “ Os Doutores”. Nesta, os três ursos têm a casa invadida por
uma senhora, e não por Cachinhos Dourados. Desde então, a história ganhou inúmeras versões,
Outra sugestão é a história “Uma Babá Para os Ursinhos”.

Jogo do “Morto ou vivo sonoro” – Trata-se de um jogo de percepção e


discriminação auditiva dos sons graves e agudos. As crianças devem agachar ao ouvirem o som
grave e ao identificar o som agudo, devem se levantar. Para realizar este jogo, você pode utilizar
qualquer instrumento musical (dois triângulos de tamanhos diferentes, flauta de êmbolo ou piano);
Variações: palhaço-cone, latinha, mola.

Atividades para trabalhar classificação e Seriação


Estas atividades foram sugeridas a partir das trocas efetuadas na atividade 1 do grupo 2 de
matemática, partindo do entendimento de que classificação se refere ao processo pelo qual se
percebem semelhanças entre objetos e se agrupam as que são parecidas enquanto a seriação se
refere ao processo pelo qual as coisas são comparadas e as diferenças são ordenadas entre ela.

Caixa Surpresa
Não faço com formas geométricas, pois as crianças 3, 4 e 5 anos, ainda não dominam a
nomenclatura (quadrado, triângulo..). Coloco dentro da caixa outros objetos para que eles me
digam o que sentem ao tocá-los ai pergunto sobre textura, espessura, tamanho, e eles os agrupam
por semelhanças ou diferenças.

Cachinhos Dourados
Com esta história pode-se explorar a classificação por cor, tamanho e forma. Apresentar as
famílias dos três ursos com roupas em cores diferentes com potes, cadeiras e cama na cor da roupa
dos personagens. As crianças pintam estes desenhos para fazer o jogo da memória. A estrutura de
seriação se dá quando a criança entende que o tamanho médio é quem fica no meio do grande e do
pequeno. Explicar que a mamãe é menor que o pai, mas maior que o filho, portanto ela é
intermediária entre pequeno e grande. Após a contação da história e exploração de tamanhos dos
alunos um em relação ao outro (quem é pequeno, quem é grande) depois em trio quem é o médio...
Partir para o jogo da memória do papai e da mamãe. Na rodinha embaralhar as famílias dos cinco
grupinhos aí ver como organizar as famílias, quais a diferenças e semelhanças dos ursos, quantas
famílias formam. Depois disso cada equipe ganha um ursinho, portanto cada equipe será de uma
cor. Então, jogar para que cada ursinho encontre sua família. Todos os pais ficam enfileirados
juntos e as mães abaixo em outra fila. Cada grupo vira um personagem por vez se for compatível à
cor do seu ursinho fica com a mãe ou o pai se não passa a vez.

Atenção ao Dado.
Utilizar um dado grande com várias formas geométricas de diversos tamanhos. (uma em cada
face) A criança joga o dado, observa a cor, tamanho e formato, pega uma peça igual (que está
exposta no chão) e coloca em uma bandeja (terá uma bandeja para cada classe) todos observam e
discutem se confere ou não. E assim sucessivamente, até todos terem participado.

Cachinhos Dourados e os Três Ursos.


Fazer com os alunos a casinha dos três ursos de dobradura na qual eles também façam os
personagens e os objetos da casa (cadeira, cama e tigela) nos tamanhos grande, médio e pequeno.
Estabelecer relação entre eles, de modo a compreender a noção de seriação.

Com Blocos Lógicos


Realizar atividades com os blocos lógicos desenvolve os conceitos de classificação e seriação,
exemplos: separar os blocos por cor, por forma ou tamanho, imitar uma seqüência montada pela
professora, utilizando um só atributo, solicitar da criança qual o segredo da seqüência (cor,
tamanho, espessura).

Outra brincadeira: Escolher peças que tenham atributos em comum e entre elas coloca uma que
seja diferente. Ex: uma peça azul pequena entre outras azuis e grandes. As crianças deverão
descobrir qual é a diferente.

Saco Surpresa
Colocar uma música e passar um saco de tecido com elástico na ponta, cheio de objetos variados,
quando parar a música a criança que ficar com o saco na mão pegará uma peça e falará as
características desta. Se errar, pode pagar prenda. A música recomeça e a brincadeira também.

Cada um no seu lugar


Uma caixa de papelão bonitinha, (pode ser enfeitada pelas crianças) vire-a com o fundo para cima
e corte-a em 6 lugares, para encaixar 6 potes de iogurte. Às vezes, colocar 6 tipos de tampinhas, às
vezes 6 de botões, às vezes misturar estes e outros e desafiá-los a organizarem. Lançar várias
perguntas e os deixar discutirem estabelecendo critérios, observando, analisando: classificando.
*Blocos Lógicos:

Trabalhar com os blocos em diferentes cores e expessuras, solicitando que construam objetos com
os blocos, registrem e após realizar uma atividade de classificação, separando as peças por cor,
expessura ou forma.

*Pode-se realizar uma atividade com folhas recolhidas pelo pátio da escola:

Solicitar em pequeno passeio que as crianças recolham folhas de árvores caídas pelo chão, em sala
numa roda observaremos o que foi recolhido e após podemos realizar uma atividade com textura,
colocando as folhas embaixo de uma folha de ofício e passando giz de cera, teremos o desenho da
folha, depois disto solicitar que em grupos separem as folhas por tamanho, ou expessura.

Avaliação
A avaliação será contínua e diagnóstica, sendo considerado satisfatório o desempenho da criança
que durante o processo de trabalho desenvolva as atividadese jogos demonstrando interesse e
concentração. É relevante ver os "erros" na escrita durante a execução das atividades de produção
textual oral. como parte do processo de construção de hipóteses. Será observado as questões que
surgem e as respostas encontradas pelas crianças.
Como as crianças estão interagindo entre si?
Está havendo respeito das diferenças?
As crianças se expressam com facilidade?
Conclusão:

Como educadores, pensamos e repensamos nossas práticas, refletimos e buscamos respostas,


caminhos para seguirmos. Muitas vezes, nos perguntamos qual dos caminhos levará nossos alunos
e a nós mesmos a sermos cidadãos, sujeitos de nossa história, críticos, livres e responsáveis,
conscientes dos nossos direitos e deveres. A leitura e a escrita abrem tantas possibilidades de
conhecer, relacionar, contextualizar, decodificar, interpretar e compreender os fatos que
aconteceram no decorrer da história e os fatos que acontecem no mundo de hoje, com a liberdade
de criticar ou elogiar os feitos da humanidade. Precisamos fazer de nossa sala de aula um local de
aperfeiçoamento, de crescimento e desenvolvimento desta linguagem. Portanto, caberá ao
professor e ao aluno contribuir com interesse no processo de ensino aprendizagem significativo,
qualitativo, com seriedade, encantamento e amor. É imprescindível que a avaliação deste processo
de aprendizagem seja contínuo, formativa, pois considera que os alunos possuem ritmos e
processos de aprendizagem diferentes, e por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

Temos uma longa caminhada enquanto educadores, de continuar buscando, mais e mais,
informações com estudiosos e pesquisadores, para observarmos nossas práticas e melhorar a cada
novo dia nossa proposta de trabalho de formação e do desenvolvimento de leitores no mundo real.
Diante do exposto, buscamos com este projeto, possa ampliar o universo de leituras das crianças,
inserindo-o em situações que levem a refletir a sua própria realidade. O contato com o gênero
“Contos de Fadas”, abordado neste trabalho, textos que não conhecem ou se esqueceram com o
passar do tempo, com expectativas que ampliem a partir de experiências e desenvolvam a sua
concepção de mundo. Sendo assim, este trabalho pedagógico possibilita aos jovens educando
vivenciar por meios dos contos, com sabedoria o modo como melhor solucionar os problemas
cotidianos, utilizando a esperança e, principalmente, a imaginação.

Trabalhar com contos de fadas é “espalhar sementes”: Algumas ficarão trabalhando na sua mente
de imediato; outras estimularão processos no seu inconsciente. Outras ainda precisaram descansar
muito tempo até a mente da criança alcançar um estado adequado para sua germinação, e muitas
não criarão raízes. Mas as sementes que caíram no solo certo se transformarão em lindas flores e
árvores robustas – isto é darão validade a sentimentos importantes, promoverão percepções
internas, alimentarão esperanças, reduzirão ansiedades – e com isto enriquecerão a vida da criança
no momento, e daí para sempre. Portanto, esse referencial ressalta que é importante semear
sempre, em qualquer lugar, disponibilizando para o leitor experiências imaginárias, desde que se
tenha consciência de enriquecer o desenvolvimento do sujeito, para crescer, aprender sobre a vida,
os costumes, as pessoas, a sociedade e principalmente sobre si mesmo.

Referências:

BELLINGGHAUSEN, Ingrid, Biesemeyer: Cachinhos dourados.1 edição. São Paulo.DCL,2006.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.


Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, MEC/SEF, 1998.

FACCI, M.G.D. Os estágios do desenvolvimento psicológico segundo a psicologia sóciohistórica.


In: ARCE, A. e DUARTE, N. Brincadeira de papéis sociais na educação infantil: as contribuições
de Vigotski, Leontiev e Elkonin ão Paulo, Xamã, 200

FERRAZ, Beatriz. Construindo competências para o planejamento de Projetos Didáticos e


Sequências de Atividades na Educação Infantil. São Paulo, 2002 (mimeo).

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