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DO PIAUÍ
BRASILIANA
érie 6.•
* BIBLIQTllCA PllDAGÓGICA B~ASILlll~A * Vol. S66
.) DEVASSAMENTO
DO PIAUÍ
O DESCOBRIMENTO DO PIAU1
A CONQlJISTA DO S. FRANCISCO
A EXPANSÃO DA PECUÁRIA
de descer com a dita sua gente" ... "como com efeito Do-
mingos Jorge Velho desceu" ... "a qual descida foi no ano
de 1687, largando terras, povoações, criações e -lavouras,
sem reparo algum", etc. .
A contar de 1687, a presença no Piauí recuaria a 1662,
ou 1663. Mas se tomassemos o prazo a partir da data
do documento, encontraríamos o ano de 1679, ou 1680,
mais próximo das datas que constam de outros papéis.
O que há, porém, de desconcertante, em tudo isso, é que
nos próprios requerimentos, que são apresentados por Do-
mingos Jorge Velho, ou gente de seu têrço, não coincidem
as datas, nem chegam a uma aproximação explicável.
Concordamos em que êsses papéis teriam significação con-
siderável, se todos êles se entendessem, quanto à época da
presença de Domingos Jorge Velho no Piauí. Mas o que
êles atestam, chega a ser espantoso, pela discordância.
Notamos, pelo menos, dez datas, a saber: 1662, 1663,
1671, 1674, 1675, 1677, 1678, 1679, 1680, 1682. Em cinco
documentos da mesma origem, encontramos uma diferença
de vinte anos, de 1662 a 1682. Não esqueçamos, aliás, que
tôdas essas datas vinham em papéis, que tinham interêsse
em aumentar os serviços. do têrço paulista e, conseqüen-
temente, o período de sua presença no Piauí, para que se
tornasse maior o merecimento de ·haver abandonado tão
antigo domicílio, para servir ao Rei na guerra dos Palmares.
A localização da zona piauiense, ocupada pelo têrço
de Domingos Jorge Velho, não será também muito fácil,
se compararmos as distâncias indicadas. Alguns re-
querimentos descreviam o Reino de Gariguê (gueguês)
a 500 léguas dos Palmares. ( 1) Domingos Jorge Velho
falava em 600 léguas até a costa de Pernambuco. (2)
O bispo de Pernambuco, D. Francisco de Lima, calculava
A LIÇÃO DE VARNHAGEN
GUERRA DO AÇú
Bahia e mandei passar uma letra de cem mil reis para que
João Velho a cobrasse naquela cidade por conta da fazenda
que já não tenho" ( 1). Capistrano de Abreu mostra que
João Velho do Vale chegou de fato à Bahia, onde ter-
minou seus dias e foi enterrado- Os brancos a que se
reportavam as informações deviam ser os povoadores do
Piauí.
O mesmo Capistrano de Abreu nos deu notícia de
outras viagens, em 1694, quando o Maranhão era gover-
nado por Antônio de Albuquerque e na Bahia já se encon-
trava D. João de Lencastro. Será interessante recordar
os documentos em que êle se fundou, isto é, cartas 90s
dois governadores, D. João de Lencastro e Antônio de
Albuquerque. Em 15 de julho de 1694, o Governador
do Maranhão escrevia ao Governador do Brasil, que rece-
beu a carta, na Bahia, em 19 de de abril de 1695. Quase
nove meses, para a viagem do portador da carta, Antônio
de Albuquerque Souto Maior. Mais rápida foi a viagem
do outro portador, o sargento-mor Francisco dos Santos,
que três dias depois de Souto Maior conseguiu entregar
carta escrita em 17 de dezembro: quatro meses apenas.
D. João de Lencastro celebrava "o particular serviço que
V. S. ( o Governador do Maranhão) fazia a S. Majestade
desvelando-se tanto na execução de suas reais ordens para
facilitar o caminho, que há tantos anos se procura (2).
Souto Maior volta ao Maranhão, com a carta de 22 de
abril de 1695 de D. João de Lencastro. Em outubro che-
gava ao Maranhão, com um percurso, dessa vez, de seis
meses, acompanhado de gente mandada pelo Govêrno da
Bahia, sob o comando do Capitão André Lopes, que vol-
tava ao Maranhão a 21 de novembro Eram seis solda-
dos e 25 índios. Essa pequena tropa estava de novo na
A CONQUISTA DO POTI
umanas.
A CONQUISTA DO POTI 117
SESMEIROS E POVOADORES
NOTAI
LU1S DE MELO
NOTA II
NOTA III
NOTA IV
NOTA V
NOTA VI
NOTA VII
NOTA VIII
NOTA IX
NOTA X