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Conceitos físicos básicos sobre ondas sonoras

Ressonância em Tubo de Ar

Tubo Aberto

As ondas sonoras, propagando-se dentro do tubo em direção à sua extremidade aberta, refletem-se
parcialmente dentro do tubo. O fato de podermos ouvir o som fora do tubo é uma evidência de que a
reflexão não é total. Como as extremidades do tubo são abertas a pressão nas extremidades será
igual à pressão atmosférica e as extremidades sempre serão nós de pressão. Vimos na seção 4.3 que
na região onde a variação de pressão ∆p é mínima o deslocamento longitudinal dos elementos de
volume de ar é máximo, e vice-versa. Assim sendo, nas extremidades do tubo o deslocamento
longitudinal sempre será máximo (veja Fig. 5.7).

Figura 5.7: Padrão de onda estacionária mais simples que pode ser obtido em um tubo aberto. A
Figura 5.7 mostra o padrão de onda estacionária mais simples que pode ser obtido em um tubo
aberto. Note que nesta configuração mais simples temos um nó de deslocamento bem no centro do
tubo e um antinó em cada extremidade do tubo. Uma maneira mais simples de exibir os padrões de
ressonância em um tubo de ar é fazer uma analogia com as ondas transversais em uma corda. As
Figuras 5.8 e 5.9 mostram uma sequência de padrões de ressonância possíveis em um tubo aberto
representadas como se fossem uma onda estacionária em uma corda, uma analogia bastante útil para
uma melhor visualização do fenômeno. Na Fig. 5.8 ´e mostrada a variação de pressão no interior do
tubo e na Fig. 5.9 é mostrado o deslocamento horizontal dos elementos de volume no interior do
tubo. Observamos que os padrões de ressonância ocorrem nas condições:
que pode ser estendido infinitamente. Notamos, porém, que esta série pode ser generalizada
pela seguinte expressão:

onde o índice n indica o modo de ressonância (“número harmônico”). Se remanejarmos a equação


anterior os comprimentos de ondas permitidos serão

Lembrando que λ = v/f, a equação anterior pode ser escrita como


Isolando f na equação anterior temos

A frequência mais baixa que pode ser excitada, correspondendo a n = 1 na Eq. (5.8), é chamada de
frequência fundamental ou primeiro harmônico, e as frequências remanescentes sendo designadas
de segundo harmônico (n = 2), terceiro harmônico (n = 3), quarto harmônico (n = 4), etc.

Tubo Fechado

Um tubo com uma das extremidades fechada é um nodo de deslocamento (como a extremidade fixa
da corda), no qual a amplitude de deslocamento de um elemento oscilante de ar é zero. Na
extremidade aberta do tubo, no entanto, encontramos um antinodo de deslocamento, no qual a
amplitude de deslocamento dos elementos de ar oscilantes têm um valor máximo. A Figura 5.10
mostra os três primeiros modos de um tubo fechado. A distância da linha central (eixo x) até as
linhas senoidais desenhadas, em analogia à corda vibrante, representa a amplitude de deslocamento
horizontal dos elementos de volume em cada local do interior do tubo. Quanto à variação de pressão
no interior do tubo a extremidade fechada será um nodo de pressão e a aberta um antinodo.

Observamos que os padrões de ressonância ocorrem


nas condições:

Notamos que
esta série
pode ser
generalizada
pela
expressão:

onde
o
índice n (que indica o modo de ressonância) deve
agora ser um número ímpar. Em termos do
comprimento de onda a equação anterior fica

Usando que λ = v/f e isolando f a equação anterior pode ser


escrita como

Observe que no tubo fechado (confira Eq. 5.10) somente os


harmônicos ímpares podem existir: o primeiro harmônico corresponde a n = 1, o segundo
harmônico a n = 3, o terceiro harmônico a n = 5, etc.

Muitos museus de Ciências fazem uma demonstra¸c˜ao que consiste numa coleção de tubos de
vários comprimentos, abertos em ambas as extremidades. Colocando a orelha próxima à
extremidade de um determinado tubo, podemos ouvir a frequência fundamental que é característica
deste tubo. Isto acontece porque o ambiente, no qual os tubos se encontram, contêm sons de fundo,
abrangendo todas as frequências para as quais o ouvido é sensível. Cada tubo ressoa em sua própria
frequência fundamental característica, permitindo que o nível do som nessa frequência seja
produzido. Movendo a orelha de tubo em tubo, podemos ouvir uma melodia simples. O tamanho
físico de instrumentos baseados em tubos reflete o intervalo de frequências para as quais o
instrumento foi projetado para funcionar. Resumindo, as frequências de ressonância para tubo
aberto e fechado ocorrem nas condições:

Professor aqui é o básico do funcionamento de qualquer tubulação que utilizaremos, basicamente


esse são os princípios por trás da afinação e de produção do som.

Fontes:

Borges; Rodrigues, Antonio. N.; Clóves. G.(2016). Introdução à Física Acústica

http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/6284/material/Acustica-
Teoria.pdf

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