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Câmara de São Roque-SP

Lei Orgânica. ....................................................................................................................... 1


Regimento Interno. ............................................................................................................ 52

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Lei Orgânica.

LEI ORGÂNICA1

O povo de São Roque e seus representantes, reunidos na Câmara Municipal Constituinte, seguindo
os ditames da Constituição Federal e da Constituição Estadual, trabalham para elevar o Município aos
mais modernos e eficientes parâmetros democráticos e administrativos, buscando possibilitar, no âmbito
municipal, um relacionamento solidário entre as pessoas, onde a saúde, a educação, a preservação dos
valores históricos e culturais e do meio-ambiente, sejam suas principais preocupações, como forma de
atingir o bem comum e, inspirados nesses propósitos, promulgam, sob a proteção de Deus, a seguinte
Lei Orgânica:

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 1º O Município de São Roque, com sede na cidade de São Roque, é entidade política, dotada de
autonomia, que se regerá por esta Lei Orgânica e leis que adotar, observados os princípios das
Constituições Federal e Estadual.

Art. 2º O Governo Municipal será exercido pela Câmara de Vereadores, com função eminentemente
legislativa, e pelo Prefeito, com função substancialmente administrativa, observados os princípios da
harmonia e da independência dos poderes.

Art. 3º O poder municipal emana do povo local, que exerce diretamente ou por meio de seus
representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica.

Art. 4º A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, mediante plebiscito, referendo, iniciativa legislativa, participação nas decisões e
fiscalização dos atos e contas municipais.

Art. 5º Em relação aos habitantes locais e dentro de suas possibilidades, é dever do Município de São
Roque, nos termos da Constituição e desta Lei Orgânica:
I - garantir os direitos sociais, a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados;
II - assegurar a prestação e a fruição dos serviços públicos básicos, independentemente de sua
modalidade de execução;
III - promover o desenvolvimento econômico e social no território municipal;
IV - zelar pela observância das Constituições e Leis Federais, Estaduais e Municipais.

Art. 6º A Lei Orgânica do Município, no âmbito das competências locais, é de hierarquia superior,
devendo todos os atos e normas municipais atenderem aos seus termos.

Art. 7º São símbolos do Município o brasão, o hino e a bandeira, instituídos em lei.

TÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO I
DAS COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS

Art. 8º Ao Município cabe legislar e prover a tudo quanto respeite ao interesse local e ao bem-estar de
sua população, cabendo-lhe, privativamente, entre outros, as seguintes atribuições:
I - suplementar a Legislação Federal e Estadual no que couber;
II - elaborar o orçamento, prevendo a receita e fixando a despesa, com base em planejamento
adequado;

1 Disponível em: https://www.legislacaodigital.com.br/SaoRoque-SP/LeisOrdinarias/1801-1990 Acesso em: 19/08/2019 às 9h

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III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, fixar e cobrar preços, bem como aplicar suas
rendas;
IV - prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
V - organizar e prestar, prioritariamente, por administração direta ou sob regime de concessão ou
permissão os serviços públicos de interesse local, inclusive os de transporte coletivo, que tem caráter
essencial;
VI - organizar o quadro instituir o regime jurídico único e planos de carreira de servidores de
administração direta, das autarquia e das fundações públicas;
VII - dispor sobre a aquisição, administração, uso e alienação de seus bens;
VIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou por
interesse social;
IX - dispor sob concessão, permissão e autorização dos serviços públicos locais;
X - elaborar o plano diretor conforme diretrizes gerais fixadas em Lei Federal;
XI - estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de zoneamento urbano, bem
como as limitações urbanísticas convenientes à ordenação de seu território;
XII - estabelecer servidões administrativas necessárias aos seus servidores e obras;
XIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle
do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
XIV - criar, modificar, suprimir e organizar distritos, observada e legislação complementar estadual,
garantida a participação popular;
XV - disciplinar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente, no perímetro urbano:
a determinar o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos;
b fixar os locais de estacionamento de táxis e demais veículos;
c permitir ou autorizar serviços de táxis e fixar as respectivas tarifas;
d disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máximo permitida a veículos que
circulem em vias públicas municipais;
e fixar e sinalizar os limites das zonas de silêncio e de trânsito e tráfego em condições especiais.
XVI - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como disciplinar e fiscalizar a sua
utilização;
XVII - prover sobre limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo domiciliar e de
outros resíduos de qualquer natureza;
XVIII - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento de
estabelecimentos industriais, comerciais e similares, observadas as normas federais e estaduais
pertinentes;
XIX - dispor sobre serviço funerário e cemitérios, encarregando-se da administração daqueles que
forem públicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas;
XX - disciplinar, autorizar a afixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros
meios de publicidade e propaganda nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal;
XXI - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais;
XXII - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;
XXIII - dispor sobre depósito e venda de animais e mercadorias apreendidas em decorrência de
transgressão de legislação municipal;
XXIV - integrar consórcios com outros municípios para solução de problemas em decorrência
convênios com terceiros;
XXV - conceder licença ou autorização para abertura e funcionamento de estabelecimentos industriais,
comerciais e similares, conforme a Lei de Zoneamento;
XXVI - exercer o poder de polícia administrativa.

CAPÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS COMUNS

Art. 9º Nos termos da Lei Complementar Federal, ao Município, em comum com a União e o Estado,
cabem, entre outras, as seguintes atribuições:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democrática e conservar o patrimônio
público;
II - cuidar da saúde e da assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

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IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de artes e de outros bens de valores
histórico, artístico e cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social
dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar politica de educação para a segurança do trânsito.

CAPÍTULO III
DAS COMPETÊNCIAS CONCORRENTES

Art. 10. Ao Município, concorrentemente com o estado, cabem, entre outras, as seguintes atribuições:
I - promover a educação, a cultura e assistência social;
II - promover sobre a extinção de incêndios;
III - fiscalizar, nos locais de venda ao consumidor, as condições sanitárias dos gêneros alimentícios;
IV - fazer cessar, no exercício do poder de polícia administrativa, as atividades que violarem as normas
de saúde, sossêgo, higiene, segurança, funcionalidade, estética, moralidade e outras de interesse da
coletividade;
V - conceder licença para a exploração de porto de areia, lagos ou represas, por razão não superior a
três anos, renovável. (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 6, de 1992)
Parágrafo único. A extração de areia de caba será regulamentada em lei, no prazo de 180 (cento e
oitenta) dias de promulgação da presente Lei.

CAPÍTULO IV
DAS VEDAÇÕES

Art. 11. Ao Município é vedado:


I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da
lei, a colaboração de interesse público;
II - recursar fé aos documentos públicos;
III - criar distinção entre brasileiros, ou preferências entre si;
IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes aos cofres públicos, quer
pela imprensa, rádio, televisão, serviço de alto-falante ou qualquer outro meio de comunicação,
propaganda político-partidária ou fins estranhos à administração;
V - manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos que
não tenham caráter educativo, informativo ou de orientação social, assim como a publicidade da qual
constam nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos;
VI - outorgar isenções ou anistiais fiscais, ou permitir a remissão de dívidas, sem interesse público
justificado, sob pena de nulidade do ato;
VII - exigir ou aumentar tributo, sem lei que o estabeleça;
VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

CAPÍTULO V
DA CRIAÇÃO, MODIFICAÇÃO, SUPRESSÃO E ORGANIZAÇÃO DE DISTRITOS

Art. 12. Mediante lei municipal, observada a legislação estadual, poderá ser criado, modificado,
suprimido e organizado o distrito.

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Art. 13. Criado o distrito, o Executivo, no prazo de 2 (dois) anos, promoverá a implantação de, no
mínimo, 3 (três) dos serviços indicados em consulta formulada ao colégio eleitoral distrital e a criação e
instalação de uma subprefeitura.

Art. 14. A supressão de distrito dependerá da manifestação favorável da maioria absoluta dos membros
do colégio eleitoral distrital.
Parágrafo único. A lei que aprovar a supressão redefinirá o perímetro do distrito do qual se originará o
distrito suprimido.

Art. 15. O Município poderá criar administrações regionais como órgãos de descentralização
administrativa com a finalidade de administrar suas respectivas regiões e distritos, segundo orientação
da administração central, na forma estabelecida em lei.

Art. 16. São condições necessárias para a criação da administrações regionais:


I - 500 (quinhentas) habitações, no mínimo, em sua área;
II - população superior a 2000 (dois mil) habitantes.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Da Câmara de Vereadores

Art. 17. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara de Vereadores de São Roque, composta por
representantes do povo, eleitos no Município em pleito direito, pelo sistema proporcional de voto, para um
mandato de 4 (quatro) anos.

Art. 18. A Câmara Municipal da Estância Turística de São Roque, de acordo com os parâmetros
estabelecidos no art. 29, inciso IV da Constituição Federal, se composta por 15 (quinze) vereadores.
(Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 30, de 2011)
Parágrafo único. A Mesa da Câmara comunicará o Tribunal Regional Eleitoral à composição prevista
neste artigo. (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 30, de 2011)

Seção II
Das Atribuições da Câmara de Vereadores

Art. 19. Cabe à Câmara de Vereadores, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as matérias de
interesse local, especialmente:
I - legislar sobre tributos municipais, isenções, anistias fiscais, remissão de dívidas e suspensão de
cobrança da dívida ativa;
II - votar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, bem como autorizar
a abertura de créditos suplementares e especais;
III - votar, entre outras, as leis: Diretrizes Gerais de Desenvolvimento Urbano, Plano Diretor,
Parcelamento do Solo Urbano ou de Expansão Urbana, Uso e Ocupação do Solo Urbano e de Expansão
Urbana, Código de Obras e Código de Posturas;
IV - deliberar sobre a obtenção e a concessão de empréstimos e operações de créditos, bem como
sobre a forma e os meios de pagamento;
V - autorizar subvenções;
VI - deliberar sobre a concessão e a permissão de serviços públicos, bem como sobre a concessão de
obras públicas;
VII - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargos;
VIII - deliberar sobre a permissão e a concessão de uso e sobre a concessão de direito real de uso de
bens imóveis municipais;
IX - regular o depósito das disponibilidades do Município, observando o que estabelecer a Constituição
Federal;
X - autorizar a alienação de bens imóveis, vedada a doação sem encargo;
XI - autorizar consórcios com outros Municípios e convênios com terceiros;
XII - (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 24, de 29 de outubro de 2002)

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XII - estabelecer os critérios para a delimitação de perímetro urbano; (Renumerado pela Emenda à lei
orgânica nº 24, de 2002)
XIII - instituir e delimitar as zonas urbanas e de expansão urbana, observando, quando for o caso, a
Legislação Federal. (Renumerado pela Emenda à lei orgânica nº 24, de 2002)
Parágrafo único. As deliberações da Câmara de Vereadores são tomadas por maioria de votos, em
votação aberta, com a maioria de seus membros, na forma de seu Regimento Interno. (Redação dada
pela Emenda à lei orgânica nº 21, de 2001)

Art. 20. Compete exclusivamente à Câmara de Vereadores, entre outas, as seguintes atribuições:
I - eleger sua mesa diretora, bem como destituí-la na forma regimental;
II - elaborar o regimento interno;
III - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los definitivamente do
exercício do cargo;
IV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;
V - organizar e executar os seus serviços administrativos e exercer a polícia administrativa interna;
VI - criar, transformar e extinguir cargos, funções e empregos públicos de seus serviços, fixar os
respectivos vencimentos e nomear, exonerar e demitir seus servidores;
VII - fixar, para a Legislatura subsequente, a remuneração dos vereadores, do Prefeito e do Vice-
Prefeito, admitida, sempre, a atualização monetária; (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 10,
de 1992)
VIII - criar comissões especias de inquérito sobre o fato determinado que se inclua na competência
municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço de seus membros;
IX - solicitar informações e documentos ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração.
(Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 31, de 2011)
X - convocar os auxiliares diretos do Prefeito sobre assuntos para prestar, pessoalmente, informações
sobre matérias previamente determinada e de sua competência; (Vide Resolução Municipal nº 19, de
1994).
XI - outorgar, pelo voto de, no mínimo, dois terços de seus membros, títulos e honrarias previstos em
lei a pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado relevantes serviços ao município;
XII - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito e pela mesa diretora, em 90 (noventa) dias
após a apresentação do parecer prévio pela corte de contas competente, observado o seguinte:
a o parecer prévio só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara
Municipal;
b as contas do Município ficarão, durante 60 (sessenta) dias, anualmente, na Câmara Municipal, na
Prefeitura e nas associações de moradores que as requererem, para exame e apreciação, à disposição
de qualquer pessoa física ou jurídica, que poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da Lei;
c durante o período referido na alínea anterior, o Presidente da Câmara Municipal e o Prefeito,
respectivamente, designarão servidores habilidades para, em audiência públicas, prestarem
esclarecimentos;
d publicação, no órgão oficial, do parecer e da resolução que concluírem pela rejeição das contas e
obrigatório encaminhamento ao Ministério Público.
XIII - proceder à tomada de contas do Prefeito, quando não apresentadas no prazo legal;
XIV - estabelecer normas sobre despesas estritamente necessárias com transporte, hospedagem e
alimentação individual e respetiva prestação de contas, quanto as verbas destinadas a vereadores em
missão de representação da casa;
XV - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitarem do poder regulamentar. (Vide
Resolução Municipal nº 20, de 1994).
XVI - dar e alterar a denominação de próprios, vias e logradouros públicos. (Incluído pela Emenda à
lei orgânica nº 24, de 2002)

Seção III
Da Estrutura

Art. 21. São órgãos da Câmara de Vereadores: o Presidente da Câmara, a Mesa Diretora, o Plenário
e as Comissões.

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Subseção I
Do Presidente

Art. 22. Ao Presidente da Câmara de Vereadores, seu representante máximo, cabem, entre outras, as
seguintes atribuições:
I - representar a Câmara Municipal em juízo ou fora dele;
II - dirigir os trabalhos legislativos e supervisionar, na forma do regimento interno, os trabalhos
administrativos da Câmara Municipal;
III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV - promulgar as decisões da Câmara Municipal, bem como as leis, quando couber;
V - providenciar a publicação das decisões da Câmara Municipal e das leis por ele promulgadas, bem
como dos atos da mesa diretora;
VI - declarar extinto o mandato dos vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, nos casos que couber,
observado o que estabelece esta Lei Orgânica;
VII - manter a ordem no recinto da Câmara Municipal, podendo solicitar o auxílio da Polícia Militar do
Estado, se necessário para esse fim;
VIII - requisitar o numerário destinado à despesas da Câmara Municipal quando, por deliberação do
Plenário, não forem processadas e pagas pela Prefeitura, e apresentar ao Plenário, até 10 (dez) dias
antes do término de cada período legislativo, o balancete relativo aos recursos recebidos e às despesas
realizadas.

Art. 23. Nos seus impedimentos, o Presidente da Câmara de Vereadores será substituído,
sucessivamente, pelo Primeiro Vice-Presidente, pelo Segundo Vice-Presidente, pelo Primeiro Secretário
e pelo Segundo Secretário. (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 35, de 2012)
Parágrafo único. Na falta dos membros da Mesa, assumirá a presidência da Câmara o Vereador mais
votado dentre os presentes.

Subseção II
Da Mesa Diretora

Art. 24. A Mesa Diretora, órgão diretivo da Câmara de Vereadores, é composta por Presidente,
Primeiro Vice-Presidente, Segundo Vice Presidente, Primeiro Secretário e Segundo Secretário. (Redação
dada pela Emenda à lei orgânica nº 35, de 2012)

Art. 25. A eleição para renovação da Mesa Diretora será realizada anualmente, na primeira quinzena
de dezembro, em dia útil, no horário regimental, com a presença de, no mínimo, maioria absoluta dos
Vereadores que elegerão, por maioria simples e voto nominal, os membros da Mesa Diretora, assumindo
os eleitos o exercício de suas funções em 1º de janeiro do ano subsequente. (Redação dada pela Emenda
à lei orgânica nº 28, de 2009)
§ 1º No primeiro ano da legislatura, a eleição será realizada, excepcionalmente dia 1º de janeiro e a
Sessão será presidida pelo vereador mais votado entre os presentes, sendo os eleitos imediatamente
empossados, devendo assinar o Termo de Compromisso e Posse, após o que entrarão no exercício do
respectivo cargo.
§ 2º Não havendo o mínimo de vereadores presentes no momento da eleição, o vereador que tiver
assumido a direção dos trabalhos no primeiro ano da Legislatura ou, a partir do segundo ano da
Legislatura o Presidente cujo mandato finda ou seu substituto legal, permanecerá na presidência e
convocará Sessões diárias até que seja eleita a Mesa Diretora.
§ 3º No caso de empate, será realizado segundo escrutínio, dele participando apenas os dois
vereadores mais votados para cada cargo da Mesa Diretora, persistindo o empate, será declarado eleito
o vereador mais votado na eleição municipal.
§ 4º O Presidente da Mesa Diretora é o Presidente da Câmara de Vereadores.
§ 5º As decisões da Mesa Diretora serão tomadas por maioria de votos de seus membros.

Art. 26. O mandato dos membros da Mesa Diretora será de, no mínimo, 2 (dois) anos, terminando no
dia 31 de dezembro do ano seguinte ao da eleição, salvo se esta der no segundo ano do biênio, ocorrendo
nesta hipótese o término do mandato no dia 31 de dezembro desse mesmo ano.
§ 1º É vedada a reeleição dos membros da Mesa Diretora da Câmara para o biênio subsequente,
mesmo que se trate de outra legislatura ou de mandato que não tenha sido cumprido por inteiro.
§ 2º Regimento Interno disporá sobre as atribuições de cada um dos membros da Mesa Diretora.

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Art. 27. Qualquer componente da Mesa Diretora poderá ser destruído, pelo voto de 2/3 (dois terços)
dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente, no desempenho de suas funções.
§ 1º O processo de destituição será regulado no Regimento Interno.
§ 2º Destituído o membro da Mesa Diretora, será, imediatamente, eleito outro para completar o
mandato.

Art. 28. Cabem à Mesa Diretora, entre outas, as seguintes atribuições:


I - elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o mês de agosto, a proposta orçamentária da Câmara
Municipal a ser incluída na proposta do Município e fazer, mediante ato, a discriminação analítica das
dotações respetivas, bem como alterá-las quando necessário;
II - se a proposta não for encaminhada no prazo previsto no inciso anterior, será tomado como base o
orçamento vigente para a Câmara Municipal;
III - suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara Municipal, observando o limite
da autorização constante da Lei Orçamentária, desde que os recursos para sua cobertura sejam
provenientes de anulação total ou parcial de sua dotações;
IV - devolver à Fazenda Municipal, até o dia 31 de dezembro, o saldo do numerário que lhe foi liberado
durante o exercício para a execução do seu orçamento;
V - enviar ao Prefeito, até o dia 1º de março, as contas do exercício anterior;
VI - enviar ao Prefeito, até o dia 10 (dez) do mês seguintes, para fim de serem incorporados aos
balancetes do município, os balancetes financeiros e sua despesas orçamentárias relativos ao mês
anterior, quando a movimentação do numerário para as despesas for feita pela Câmara Municipal;
VII - administrar os recursos organizacionais, humanos, materiais e financeiros da Câmara Municipal;
VIII - designar vereadores para missão de representação da Câmara Municipal na forma regimental.
(Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 18, de 1999) (Vide Resolução nº 4)

Subseção III
Do Plenário

Art. 29. O Plenário, órgão máximo de deliberação da Câmara de Vereadores, é composto pelos
vereadores no exercício do mandato.
Parágrafo único. A aprovação ou a rejeição de qualquer das espécies normativas, previstas no inciso
do art. 54, cabe exclusivamente ao Plenário.

Subseção IV
Das Comissões

Art. 30. As Comissões, órgãos internos destinados a estudar, investigar e apresentar conclusões ou
sugestões sobre o que for submetido à sua apreciação poderão ser permanentes ou temporários.
§ 1º As comissões será constituídas segundo o regulamento no Regimento Interno, a que também
caberá indicar sua atribuições e seu modo de funcionamento.
§ 2º Na constituição de cada comissão é assegurado, na medida do possível, a participação
proporcional dos partidos com representação na Câmara Municipal.
§ 3º Serão obrigatórias, no mínimo, as Comissões Permanentes de:
I - Constituição, Justiça e Redação;
II - Orçamento, Finanças e Contabilidade;
III - Obras e Serviços Públicos;
IV - Saúde, Educação, Cultura, Lazer e Turismo;
V - Planejamento, Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo.

Art. 31. As Comissões Permanentes, nas matérias de sua respectiva competência, cabem, entre outras
atribuições:
I - oferecer parecer sobre projeto de lei;
II - realizar audiências públicas com pessoas e entidades privadas;
III - convocar os auxiliares diretos do Prefeito para prestar, pessoalmente, informações sobre matéria
previamente determinada de sua competência;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades da administração direta ou indireta do Município, adotando as medidas
pertinentes;
V - colher o depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

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VI - apreciar programas de obras, plano municipais, distritais e setoriais de desenvolvimento e sobre
ele emitir parecer.

Art. 32. As Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas por ato do Presidente da Câmara
Municipal, mediante requerimento de um terço de seus membros, para apuração, em prazo certo, de
determinado fato da Administração Municipal.
§ 1º A comissão solicitará ao Presidente da Câmara de Vereadores a convocação de pessoas e a
requisição de documentos de qualquer natureza, incluídos os fonográficos e áudio-visuais.
§ 2º A comissão solicitará ao Presidente da Câmara de Vereadores encaminhamento das medidas
judiciais adequadas à obtenção de provas que lhe forem sonegadas.
§ 3º A Comissão encerará seus trabalhos com apresentação de relatório circunstanciado, que será
encaminhado, em 10 (dez) dias, ao Presidente da Câmara de Vereadores, para que este:
a de ciência imediata ao Plenário;
b remeta, em 5 (cinco) dias, cópia de inteiro teor ao Prefeito, quando se tratar de fato relativo ao Poder
Executivo;
c encaminhada, em 5 (cinco) dias, ao Ministério Público, cópia de interior teor do relatório, quando este
concluir pela existência de infração de qualquer natureza, apurável por iniciativa desse órgão;
d providência, em 5 (cinco) dias, a publicação das conclusões do relatório no órgão oficial, e sendo o
caso, com transcrição do despacho de encaminhamento.

Seção IV
Do Funcionamento

Art. 33. A legislatura, período de funcionamento da Câmara de Vereadores, renova-se a cada 4 (quatro)
anos, em 1º de janeiro, com a posse de eleitos.

Art. 34. As sessões legislativas, períodos anuais de reuniões da Câmara de Vereadores, são ordinárias
e extraordinárias.
§ 1º As Sessões Legislativas Ordinárias, compreendendo os períodos legislativos do 1º de fevereiro a
30 de junho, e de 1º de agosto a 15 de dezembro, instalam-se independente de convocação. (Redação
dada pela Emenda à lei orgânica nº 11, de 1993)
§ 2º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a deliberação dos projetos de Lei de
Diretrizes Orçamentárias e da Lei de Orçamento.

Art. 35. As sessões legislativas extraordinárias, só relizáveis nos períodos de recesso, dependem de
convocação e da natureza relevante e urgente de matéria a deliberar.
§ 1º A sessão legislativa extraordinária poderá ser convocada pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara
de Vereadores ou por requerimento de maioria de seus membros.
§ 2º A convocação será promovida por ofício dirigido ao Presidente da Câmara de Vereadores,
devendo a reunião ocorrer dentro de 3 (três) dias.
§ 3º O Presidente da Câmara de Vereadores dará conhecimento da convocação extraordinária e da
data da reunião aos senhores vereadores em sessão ou fora dela, mediante, neste último caso,
comunicação pessoal escrita que lhes será encaminhada conforme previsto no regimento interno.
§ 4º Durante a sessão legislativa extraordinária, a Câmara de Vereadores somente deliberará sobre a
matéria para a qual foi convocada.

Art. 36. A Câmara de Vereadores, durante as sessões legislativas, reunir-se-ão ordinária,


extraordinária e solenemente, conforme dispuser seu Regimento Interno.
§ 1º As reuniões ordinárias, realizáveis nos dias e horas indicados no Regimento Interno, independem
de convocação.
§ 2º As reuniões extraordinárias e solenes, realizáveis fora do estabelecimento no parágrafo anterior,
serão convocadas, em reunião ou fora dela, pelo Presidente da Câmara de Vereadores, com uma
antecedência, mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º A convocação de reunião extraordinária ou selene fora de outras reuniões dependerá de
comunicação pessoal e escrita aos vereadores em exercício, com uma antecedência prevista de 24 (vinte
e quatro) horas.
§ 4º As reuniões da Câmara de Vereadores serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada
pela maioria de 2/3 (dois terços), para atender motivo relevante de preservação do decoro parlamentar
ou para outorgar de honrarias, e realizáveis no recinto destinado ao seu funcionamento.

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§ 5º Por motivo de interesse público devidamente justificado, as reuniões da Câmara de Vereadores
poderá ser realizadas em outro recinto, designado em ato da Mesa da Câmara e publicado, no mínimo,
3 (três) dias antes da reunião.
§ 6º As reuniões solenes poderão ser realizadas em qualquer recinto.
§ 7º As reuniões da Câmara de Vereadores, salvo as solenes, somente serão abertas com a presença
mínima de um terço dos seus membros e só deliberá com a presença da maioria absoluta.
§ 8º Considerar-se presente o vereador que assinar a lista de presença e participar dos trabalhos do
Plenário e das votações.

Seção V
Dos Vereadores

Art. 37. Os vereadores são os membros da Câmara Municipal.

Subseção I
Da Posse

Art. 38. Os vereadores, qualquer que seja seu número, tomarão posse no dia 1º de janeiro do primeiro
ano de cada legislatura, em sessão solene presidida pelo vereador mais votado entre os presentes, a
prestação o compromisso de bem cumprir o mandato e de respeitar a Constituição e as leis do país.
§ 1º O vereador que não tomar posse na sessão prevista nesse artigo, deverá fazê-lo no prazo de 15
(quinze) dias, salvo motivo devidamente justificado e aceito pela Câmara de Vereadores.
§ 2º O vereador não tomará posse se não:
I - se desincompatibilizar;
II - apresentar, à Presidência da sessão da posse, sua declaração de bens.

Subseção II
Do Exercício e da Interrupção do Mandato

Art. 39. O vereador entrará no exercício do mandato imediata e automaticamente após a posse.

Art. 40. O exercício do mandato será interrompido em razão da vacância ou da licença do vereador.
§ 1º Dar-se-á a vacância com a cassação ou a extinção do mandato do vereador.
§ 2º Dar-se-á a licença nos casos de:
I - doença devidamente comprovada;
II - desempenho de missões de caráter cultural ou de interesse do Município;
III - interesse particular, por prazo determinado, nunca inferior a 30 (trinta) dias, vedado o retorno antes
do término da licença;
IV - adoção, maternidade e paternidade, conforme dispuser a lei;
V - nomeação para o cargo de auxiliar direto do Prefeito.

Subseção III
Dos Diretos e Deveres

Art. 41. São, entre outros, direitos dos vereador:


I - a inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do
Município;
II - remuneração mensal condigná;
III - licença nos termos do § 2º, do art. 40, desta Lei.

Art. 42. São, entre outros, deveres do vereador:


I - respeitar, defender e cumprir as Constituições Federal e Estadual e as leis;
II - agir com respeito ao Executivo e ao Legislativo, colaborando para o bom desempenho de cada um
desses poderes;
III - representar a comunidade comparecendo ás reuniões, trajado nos termos do Regimento Interno,
e participar dos trabalhos do Plenário e das votações, dos trabalhos da Mesa Diretora e das Comissões
quando eleito para integrar esses órgãos;
IV - usar sua prerrogativas exclusivamente para atender ao interesse público;

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V - residir no Município, salvo quando distrito em que reside for emancipado durante o exercício de
seu mandato.

Subseção IV
Das Incompatibilidades

Art. 43. O vereador não poderá:


I - desde a expedição do diploma:
a firmar ou manter contato com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de
economia mista, empresa concessionária ou permissionária de serviço público municipal, salvo quando
o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
a firmar ou manter contato com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de
economia mista, empresa concessionária ou permissionária de serviço público municipal, salvo quando
o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível "ad
nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse;
a ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b ocupar cargo ou função que seja demissível "ad nutum" nas entidades referidas no inciso I, "a";
c patrocinar causa em que seja interessada qualquer da entidades a que se refere o inciso I, "a";
d ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Subseção V
Da Remuneração

Art. 44. Os subsídios dos Vereadores, não poderão a qualquer titulo ser superiores aos do Prefeito
Municipal. (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 19, de 2000)
Parágrafo único. Os subsídios dos Vereadores serão fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal,
devendo ser promulgada, obrigatoriamente, 10 (dez) dias antes das eleições. (Redação dada pela
Emenda à lei orgânica nº 19, de 2000)

Subseção VI
Da Responsabilidade

Art. 45. O vereador, observando o que estabelece o art. 46 desta Lei, pela prática de contravenções
penais, crimes comuns e infrações político-administrativas, será processado, julgado e apenado em
processos independentes.

Art. 46. As contravenções e os crimes serão julgados pela justiça comum e as infrações político-
administrativas pela Câmara de Vereadores.

Subseção VII
Da Extinção do Mandato

Art. 47. (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)


I - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
II - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
III - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
IV - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
V - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
VI - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
VII - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
§ 1º (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
§ 2º (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
§ 3º (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
§ 4º (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)

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Subseção VIII
Da Cassação do Mandato

Art. 48. (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)

Art. 49. (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)


I - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
II - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
III - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
IV - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)

Art. 50. (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)


I - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
II - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
III - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
IV - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
V - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
VI - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
VII - (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
§ 1º (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)
§ 2º (Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000)

Art. 51. A Câmara de Vereadores poderá afastar o vereador cuja denúncia, por infrações político-
administrava, for recebida por 2/3 (dois terços) de seus membros.

Subseção IX
Do Suplente

Art. 52. O suplente de vereador da Câmara Municipal sucederá o vereador no caso de vaga e o
substituirá nos casos de impedimento.

Art. 53. O suplente do vereador, quando no exercício do mandato de vereador, tem os mesmos direitos,
prerrogativas, deveres e obrigações do vereador e como tal deve ser considerado.

Seção VI
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 54. O processo legislativo, sucessão ordenada de atos necessários, à formação de propositura
com força de lei, compreende a elaboração de:
I - emendas a Lei Orgânica;
II - Leis Complementares;
III - Leis Ordinárias;
IV - Medidas Provisórias;
V - Decreto Legislativo;
VI - Resoluções.
Parágrafo único. Na elaboração dos atos previstos no inciso deste artigo, serão observados, no que
couber, as disposições da Lei Complementar mencionada no parágrafo único do art. 59 da Constituição
Federal.

Art. 55. Nas deliberações da Câmara de Vereadores, observar-se-á o estabelecido no parágrafo único
do art. 19 desta Lei.

Art. 56. A matéria constante de qualquer dos atos previstos nos incisos do art. 54, rejeitada ou
considerada prejudicada, não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, salvo
decisão da maioria absoluta dos membros da Câmara de Vereadores.

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Subseção II
Da Emenda à Lei Orgânica

Art. 57. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:


I - da maioria absoluta dos membros da Câmara de Vereadores;
II - de 5% (cinco por cento) dos eleitores do município;
III - do Prefeito.
§ 1º A proposta será discutida e votada em 2 (dois) turnos, com interstício de 10 (dez) dias,
considerando-se aprovada a que obtiver no segundo turno, o voto favorável de 2/3 (dois terços) dos
membros da Câmara de Vereadores.
§ 2º A emenda, aprovada nos termos do parágrafo anterior, será promulgada e publicada pela Mesa
da Câmara de Vereadores, com o respectivo número de ordem.

Art. 58. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda à Lei Orgânica tendente a ofender ou
abolir:
I - a separação dos poderes municipais;
II - os princípios da harmonia e da independência dos poderes municipais.

Subseção III
Das Leis Complementares

Art. 59. Observado o processo legislativo das leis ordinárias, a aprovação de lei complementar exige
o "quorum" da maioria absoluta dos membros da Câmara dos Vereadores.
Parágrafo único. São leis complementares, além de outras indicadas nesta Lei, as que disponham
sobre:
I - uso e ocupação de solo;
II - obras públicas e particulares;
III - matéria e tributos municipais;
IV - (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 12, de 12 de maio de 1993)
IV - politica de desenvolvimento urbano. (Renumerado pela Emenda à lei orgânica nº 12, de 1993)

Subseção IV
Das Leis Ordinárias

Art. 60. A iniciativa das leis cabe a qualquer vereador, à Mesa Diretora, a qualquer Comissão
Permanente da Câmara de Vereadores, ao Prefeito e aos eleitores do Município.
§ 1º São de iniciativa exclusiva da Mesa Diretora as proposituras que:
I - autorizarem abertura de créditos suplementares ou especiais mediante anulação parcial ou total de
dotação da Câmara Municipal;
II - criem, transformem ou extinguem cargos, empregos ou funções dos serviços da Câmara Municipal
e fixem os vencimentos de seus servidores.
§ 2º As Comissões Permanentes da Câmara de Vereadores só tem iniciativa de proposituras que
versem matéria de sua respectiva especialidade.
§ 3º São de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que:
I - criem cargos, funções ou empregos públicos, fixem ou aumentem vencimentos ou vantagens dos
servidores da administração direta, autárquica ou fundacional;
II - disponham sobre o regime jurídico dos servidores do Município;
III - criem, alterem, estruturem as atribuições dos órgãos da administração direta, autárquica ou
fundacional.

Art. 61. A iniciativa popular de projeto de lei de interesse público do município, de seus distritos ou
bairros, dependerá da manifestação de pelo menos, 5% (cinco por cento) do eleitorado interessado.
§ 1º Os projetos de lei de iniciativa popular serão apresentados à Câmara Municipal, firmados pelos
eleitores interessados, com as anotações correspondentes ao número do título de cada um e da zona
eleitoral respectiva.
§ 2º Os projetos de iniciativa popular poderá ser redigido sem observância da técnica legislativa,
bastando que definam a pretensão dos proponentes.
§ 3º O Presidente da Câmara Municipal, preenchidas as condições de admissibilidade previstas nesta
Lei, não poderá negar seguimento ao projeto, devendo encaminhá-lo às comissões competentes.

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§ 4º As Comissões Permanentes da Câmara dos Vereadores, incumbidas de examinar os projetos de
lei de iniciativa popular, apenas se manifestarão no sentido de esclarecer o Plenário.

Art. 62. Aprovado o projeto de lei, o Presidente da Câmara Municipal, no prazo de 10 (dez) dias úteis
enviará o autógrafo ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, ilegal ou contrário a esta
Lei ou ao interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias uteis, contados
da data do seu recebimento, e comunicará os motivos do veto, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao
Prefeito da Câmara Municipal.
§ 2º O veto principal abrangerá o texto integral de artigo, parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, a falta da comunicação dos motivos do veto, no prazo
estabelecido no § 1º, importará sanção.
§ 4º O veto será apreciado pela Câmara Municipal da Estância Turística de São Roque, em Sessão
Plenária, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento e só será rejeitado pelo voto da maioria absoluta
dos Vereadores, em votação nominal. (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 20, de 2001)
§ 5º Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado ao Prefeito para promulgação.
§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia
das sessões subsequentes, sobrestadas as demais proposições até sua votação final.
§ 7º Se o projeto não for promulgado dentro de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito, nos casos dos
§§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara Municipal o promulgará, e se este não o fizer em igual prazo, caberá
ao Vice-Presidente fazê-lo.

Art. 63. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 5, de 27 de novembro de 1991)

Subseção V
Das Medidas Provisórias

Art. 64. Nos casos de calamidade pública, em razão de fatos de natureza ou de atos humanos, o
Prefeito poderá valer-se de medida provisória, com força de lei, devendo submetê-las de imediato à
Câmara de Vereadores que, estando em recesso, será, convocada extraordinariamente para se reunir no
prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. As medidas provisórias perderão a eficácia, desde a sua edição, se não forem
convertidas em lei no prazo de 30 (trinta) dias, a partir de sua publicação, devendo a Câmara de
Vereadores, nesse caso, disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.

Subseção VI
Dos Decretos Legislativos e das Resoluções

Art. 65. Os decretos legislativos, deliberações do Plenário sobre matérias de sua exclusiva
competência e apreciação político-administrativa, para produzir seus principais efeitos fora da Câmara,
são promulgados pelo Presidente da Câmara de Vereadores.
Parágrafo único. Os decretos legislativos são próprios para, entre outras, regular as seguintes
matérias:
I - fixação da remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito, devendo ser promulgado 60 (sessenta) dias
antes das eleições. (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 8, de 1992)
II - cassação de mandato;
III - aprovação de contas;
IV - concessão de títulos honoríficos;
V - concessão de licença do Prefeito.

Art. 66. As resoluções, deliberações do Plenário sobre matéria de sua exclusiva competência e
apreciação político-administrativa, para produzirem seus principais efeitos no interior da Câmara serão
promulgas pelo Presidente da Câmara.
Parágrafo único. As resoluções legislativas são próprias para, entre outas, regular as seguintes
matérias:
I - concessão de licença a vereadores;
II - aprovação e alteração do Regimento Interno;
III - aprovação de precedentes regimentais.

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IV - fixação da remuneração dos vereadores, devendo ser promulgada 60 (sessenta) dias antes das
eleições; (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 9, de 1992)
V - criação,transformação e extinção dos cargos e funções e empregos públicos dosserviços do
legislativo, bem como a fixação da respectiva remuneração.

Subseção VII
Das Emendas

Art. 67. As proposituras, até sua aprovação pelo Plenário, observado o que estabelece esta Lei
Orgânica, podem ser emendadas por proposta de qualquer vereador.
§ 1º As emendas podem ser, conforme definido no Regimento Interno, aditivas, supresivassivas,
modificativas e substitutivas.
§ 2º Não será admitida emenda que aumente a despesa prevista:
I - nos projetos de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito;
II - nas proposituras sobre organização dos serviços administrativos da Câmara de Vereadores.

Seção VII
Das Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial

Art. 68. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das
entidades da administração indireta, quando à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de
subvenções e renúncia de receitas próprias ou repassadas será exercida pela Câmara de Vereadores,
mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo, conforme previsto
em lei.
§ 1º O controle externo será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
§ 2º O parecer prévio anual, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, só será rejeitado
pelo voto de 2/3 (dois terço) dos membros da Câmara dos Vereadores.
§ 3º As contas do Município deverão ficar anualmente durante 60 (sessenta) dias, à disposição de
qualquer contribuinte, em local de fácil acesso, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes
a legitimidade nos termos da lei.
§ 4º No período previsto no parágrafo anterior, o Executivo e o Legislativo manterão servidores para
esclarecer os contribuintes.
§ 5º Qualquer munícipe, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma de lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Art. 69. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela devem dar ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidária.

Art. 70. Prestará contas, conforme estabelecido pelo legislação pertinente, toda pessoa física ou
entidade pública ou privada que utiliza, arrecada, guarda, gerencia ou administra dinheiro, bens e valores
públicos do Município, ou que por eles responda, ou que, em nome deste, assuma obrigação de natureza
pecuniária.

Seção VIII
Do Plebiscito e do Referendo

Art. 71. Mediante proposta fundamentada de maioria dos membros da Câmara de Vereadores ou de
5% (cinco por cento) dos eleitores inscritos no Município e aprovação do Plenário, por 2/3 (dois terços)
de votos favoráveis, será submetida a plebiscito questão de relevante interesse do Município ou do
distrito.
§ 1º Aprovada a proposta, caberá ao Executivo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a realização
do plebiscito, consoante dispuser a lei.
§ 2º Só poderá ser realizado um plebiscito em cada sessão legislativa.
§ 3º A proposta que já tinha sido objeto de plebiscito somente poderá se apresentada depois de 5
(cinco) anos de carência.
§ 4º Será considerada vencedora a manifestação plebiscitária que alcançar, no mínimo, a maioria dos
votos válidos, tendo comparecido, pelo menos, a maioria absoluta dos eleitores, conforme o caso, do
Município ou do distrito e, como tal, vinculará o Poder Público Municipal.

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Art. 72. No prazo de 6 (seis) meses será regulamentada a utilização do referendo popular, mediante
lei complementar.

Seção IX
Da Corregedoria Administrativa

Art. 73. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 16, de 27 de maio de 1997)

Art. 74. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 16, de 27 de maio de 1997)

Art. 75. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 16, de 27 de maio de 1997)

Art. 76. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 16, de 27 de maio de 1997)

Art. 77. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 16, de 27 de maio de 1997)

Art. 78. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 16, de 27 de maio de 1997)

Art. 79. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 16, de 27 de maio de 1997)

CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Disposições Gerais

Art. 80. O Poder Executivo, com atribuições essencialmente administrativas, será exercido pelo
Prefeito.

Art. 81. No exercício da Administração Municipal, o Prefeito contará com a colaboração do Vice-
Prefeito, auxiliares diretos e demais responsáveis pelos órgãos da Administração Direta e Indireta do
Município.

Seção II
Do Prefeito

Art. 82. O Prefeito será eleito para o exercício de um mandato de 4 (quatro) anos, em eleição a ser
realizar até 90 (noventa) dias do término do mandato daquele que deva ser sucedido, salvo o disposto no
parágrafo único, do art. 90, desta Lei.

Subseção I
Da Posse e Exercício

Art. 83. O Prefeito tomará á posse na sessão solene de instalação da legislatura, logo após a dos
vereadores, prestando, a seguir, o compromisso de "manter e cumprir a constituição, observar as leis e
administrar o Município, visando ao bem geral de sua população".
§ 1º Para a posse, o Prefeito se desincompatibilizará de qualquer atividade que de fato ou de direito
seja inconciliável com o exercício do mandato.
§ 2º Se o Prefeito não tomar posse nos 10 (dez) dias subsequentes fixados para tal, salvo motivo
relevante, aceito pela Câmara de Vereadores, seu cargo será declarado vago, por ato do Presidente da
Câmara Municipal.
§ 3º No ato de posse o Prefeito apresentará declaração de bens.

Art. 84. O exercício do mandato dar-se-á, automaticamente, com a posse, assumindo o Prefeito todos
os direitos e obrigações inerentes.
Parágrafo único. A transmissão de cargo, quando houver, dar-se-á no Gabinete do Prefeito, após a
posse.

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Art. 85. O Prefeito colocará à disposição de seu sucessor, ou de quem este indicar, tudo o que for
necessário para o planejamento de suas ações, programas e planos do governo, prestando-lhe, ainda,
qualquer informação.
Parágrafo único. O uso da faculdade prevista neste artigo não pode perturbar o transcorrer da
prestação dos serviços públicos.

Subseção II
Das Atribuições

Art. 86. Compete, privativamente, ao Prefeito:


I - representar o Município, salvo em juízo, onde a representação caberá aos procuradores municipais;
II - exercer, com o apoio dos auxiliares diretos, a direção superior da administração local;
III - nomear e exonerar os servidores municipais;
IV - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei;
V - sancionar, promulgar e mandar publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para
a sua fiel execução;
VI - vetar, total ou parcialmente, projetos de lei;
VII - dispor sobre organização e o funcionamento da administração municipal, na forma da lei;
VIII - celebrar convênios e consórcios nos termos desta Lei, depois de devidamente autorizado pela
Câmara de Vereadores;
IX - declarar a utilidade ou necessidade pública, ou o interesse social, de bens para fins de
desapropriação ou de servidão administrativa;
X - declarar o estado de calamidade pública;
XI - expedir atos próprios da atividade administrativa;
XII - contratar terceiros para a prestação de serviços públicos;
XIII - prover e extinguir cargos públicos, e expedir atos referentes à situação funcional dos servidores
públicos, nos termos da lei;
XIV - enviar à Câmara Municipal os projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e
do orçamento anual, conforme disciplinado nesta Lei;
XV - prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura do ano
legislativo, as contas referentes ao exercício anterior, e remetê-las em igual prazo, ao Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo;
XVI - prestar à Câmara Municipal, em 15 (quinze) dias, as informações que esta solicitar;
XVII - aplicar multas previstas em leis e contratos;
XVIII - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidas, em
matéria da competência do Executivo Municipal;
XIX - aprovar, após o competente parecer do órgão técnico da Prefeitura, projetos de edificação e
planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou para fins urbanos;
XX - solicitar o auxílio da Polícia Militar do Estado de São Paulo para garantir o cumprimento de seus
atos;
XXI - transferir, temporária ou definitivamente, a sede da Prefeitura;
XXII - (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 2, de 22 de agosto de 1990)
XXII - exercer outras atribuições previstas nesta Lei. (Renumerado pela Emenda à lei orgânica nº 2,
de 1990)
Parágrafo único. O Prefeito poderá delegar, por decreto as atribuições mencionadas nos incisos XI,
XII, XVIII e XIX aos auxiliares direitos que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

Subseção III
Das Licenças

Art. 87. O Prefeito não poderá ausentar-se do município ou afastar-se do cargo, por mais de 15 (quinze)
dias consecutivos, sobe pena de cassação do mandato.

Art. 88. O Prefeito somente poderá licenciar-se:


I - por motivo de doença, devidamente comprovada;
II - por motivo de gestação;
III - em razão de serviços ou missão de representação do Município;
IV - em razão de férias.

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V - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado. (Incluído pela Emenda à lei orgânica
nº 27, de 2008)
§ 1º O Regimento Interno da Câmara de Vereadores disciplinará o pedido e o julgamento, pelo plenário,
das licenças neste artigo.
§ 2º O Prefeito regularmente licenciado nos termos dos incisos deste artigo terá direito a perceber sua
remuneração integral.
§ 3º As férias, sempre anuais e de 30 (trinta) dias, não poderão ser gozadas nos recessos da sessão
legislativas, nem indenizadas quando, a qualquer título não forem gozadas pelo Prefeito.
§ 4º A licença que trata o inciso V não será remunerada e não poderá exceder, anualmente, o prazo
de 90 (noventa) dias. (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 27, de 2008)

Subseção IV
Das Incompatibilidades

Art. 89. O Prefeito não poderá:


I - desde a expedição do diploma:
a firmar ou manter contrato com o Município, com suas entidades descentralizadas, com pessoas que
realizem serviços ou obras municipais, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b patrocinar causas de qualquer natureza contra o Município ou suas entidades descentralizadas;
c exercer outro mandato eletivo.
§ 1º Não se considera contrato de cláusula uniforme aquele decorrente de procedimento licitatório.
§ 2º Estende-se, no que couber, aos substitutos do Prefeito as incompatibilidades previstas neste
artigo.

Subseção V
Da Substituição e da Sucessão

Art. 90. O Vice-Prefeito substitui o Prefeito nos casos de licença e sucede-lhes nos caso de vaga.
Parágrafo único. Considera-se vago o cargo de Prefeito, e assim será declarado pelo Presidente da
Câmara, quando ocorrer morte, renúncia ou perda do mandato.

Art. 91. Nos casos de licença do Prefeito e do Vice-Prefeito ou de vacância dos respectivos cargos,
assumirá o Presidente da Câmara, que completará o período se as vagas tiverem ocorrido na segunda
metade do mandato.
Parágrafo único. Se as vagas tiverem ocorrido na primeira metade do mandato, far-se-á eleição direta,
na forma da legislação eleitoral e no prazo máximo de 90 (noventa) dias, cabendo aos eleitos completar
o período.

Art. 92. Os substitutos legais do Prefeito não poderão recusar a substituição ou a sucessão, sob pena
de extinção dos respectivos mandatos de Vice-Prefeito ou de vereadores.
Parágrafo único. Enquanto o substituto legal não assumir responderá pelo expediente da Prefeitura ao
servidor responsável pelos negócios jurídicos do Município.

Subseção VI
Dos Diretos e Deveres

Art. 93. São, entre outros, direitos do Prefeito:


I - julgamento pelo Tribunal de Justiça, nas contravenções e nos crimes comuns e de responsabilidade;
II - inviolabilidade por opiniões e conceitos emitidos no exercício do cargo;
III - prisão especial;
IV - remuneração mensal condigna;
V - licença, nos termos do art. 77, desta Lei.

Art. 94. São, entre outros, deveres do Prefeito:


I - respeitar, defender e cumprir as Constituições Federal e Estadual e as leis do país e tratar com
respeito e dignidade os poderes constituídos e seus representantes;
II - planejar as ações administrativas, visando a sua transferência, eficiência, economia e a participação
comunitária;

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III - tratar com dignidade o Legislativo municipal, colaborando para o seu funcionamento e respeitando
seus membros;
IV - atender às convocações, prestar esclarecimentos e informações, e encaminhar os documentos,
no tempo e forma regulares, solicitados pela Câmara Municipal; (Redação dada pela Emenda à lei
orgânica nº 31, de 2011)
V - colocar à disposição da Câmara, no prazo estipulado, as dotações orçamentárias que lhe forem
destinadas;
VI - apresentar, no prazo legal, relatório das atividades e dos serviços municipais, sugerindo as
providências que julgar necessárias;
VII - encaminhar ao Tribunal de Contas, no prazo estabelecido, as contas municipais do exercício
anterior;
VIII - deixar, conforme regulado no art. 68, §§ 3º e 4º, desta Lei, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, durante 60 (sessenta) dias, as contas municipais, de forma a garantir-lhes a compressão, o
exame e a apreciação.

Art. 95. Os direitos e deveres previsto nos artigos anteriores são extensivos, no que couber, ao
substituto ou sucessor do Prefeito.

Subseção VII
Da Responsabilidade

Art. 96. O Prefeito, observado o que estabelece o art. 29, inciso VIII, da Constituição Federal, em razão
de seus atos, contravenções penais, crime comuns e infrações político-administrativas, será processado,
julgado e apenado em processos independentes.

Art. 97. O Prefeito ou quem lhe faça as vezes, nas infrações politico-administrativas será processado,
julgado e, quando for o caso, apenado com a cassação do mandato pela Câmara de Vereadores.

Subseção VIII
Da Extinção do Mandato

Art. 98. Extingue-se o mandato do Prefeito e assim será declarado pelo Presidente da Câmara de
Vereadores, quando:
I - ocorrer o falecimento;
II - ocorrer a renúncia expressa do mandato;
III - ocorrer condenação por crime funcional ou eleitoral;
IV - incidir nas incompatibilidades para o exercício do mandato e não se desincompatibilizar até a
posse e, nos casos supervenientes, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento de notificação
para isso, promovida pelo Presidente da Câmara de Vereadores;
V - deixar de tomar posse sem motivo justo aceito pela Câmara de Vereadores, na data prevista.
§ 1º Considera-se formalizada a renúncia e, por conseguinte, como tendo produzido todos os seus
efeitos para os fins deste artigo, quando protocolado nos serviços administrativos da Câmara de
Vereadores.
§ 2º Ocorrido e comprovado o ato ou fato extensivo, o Presidente da Câmara de Vereadores, na
primeira reunião, o comunicará ao Plenário e fará constar da ata a declaração da extinção do mandato e
convocará o substituto legal para a posse.
§ 3º Se a Câmara de Vereadores estiver em recesso, será imediatamente convocada pelo seu
Presidente para os fins do parágrafo anterior.

Subseção IX
Da Cassação do Mandato

Art. 99. A Câmara de Vereadores poderá cassar o mandato do Prefeito quando, em processo regular
em que lhe é dado amplo direito de defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, concluir-se pela
prática de infração político-administrativa.

Art. 100. São infrações político-administrativas:


I - deixar de apresentar a declaração de bens, nos termos do art. 83, § 3º, desta Lei Orgânica;
II - impedir o livre e regular funcionamento da Câmara Municipal;

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III - impedir o exame de livros e outros documentos que devam constar dos arquivos da Prefeitura
Municipal, bem como a verificação as obras e serviços por comissões de investigação da Câmara
Municipal ou auditoria regularmente construída;
IV - desatender, sem motivo justo, aos pedidos de informações e de remessa de documentos da
Câmara Municipal, quando formulados de modo regular. (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº
31, de 2011)
V - retardar a regulamentação, a publicação ou deixar de publicar leis e atos sujeitos a essas
formalidades;
VI - deixar de enviar à Câmara Municipal, no tempo devido, os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos orçamentos anuais e outros cujos prazos estão fixados nesta
Lei;
VII - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;
VIII - praticar ato contra expressa disposição de lei, ou omitir-se na prática daqueles de sua
competência;
IX - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos
à administração da Prefeitura;
X - ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido nesta Lei, salvo licença da Câmara
Municipal;
XI - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo;
XII - não entregar os duodécimos à Câmara Municipal conforme previsto em lei.
Parágrafo único. Sobre o substituto do Prefeito incidem as infrações político-administrativas de que
trata este artigo, sendo-lhe aplicável o processo pertinente, ainda que cessada a substituição.

Art. 101. O processo de cassação do mandato do Prefeito será regulado no Regimento Interno,
observado o que estabelecem os incisos e parágrafos do art. 50, desta Lei, no que couber.

Art. 102. A Câmara de Vereadores poderá afastar o Prefeito denunciado cuja denúncia por infração
político-administrativa for recebida por 2/3 (dois terços) de seus membros.

Subseção X
Dos Subsídios (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 19, de 2000)

Art. 103. Os subsídios do Prefeito serão fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal. (Redação
dada pela Emenda à lei orgânica nº 19, de 2000)

Art. 104. Os subsídios do Vice-Prefeito serão fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal.
(Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 19, de 2000)

Seção III
Do Vice-Prefeito

Art. 105. Juntamente com o Prefeito, nos termos do art. 82 desta Lei e da legislação eleitoral, será
eleito o Vice-Prefeito.

Art. 106. Observar-se-á, no que couber, quanto ao Vice-Prefeito, relativamente à posse, ao exercício,
aos direitos e deveres, às incompatibilidades, à declaração de bens e à licença, o que esta Lei estabelece
para o Prefeito e o que lhe for especificamente determinado.
Parágrafo único. Será extinto e assim declarado pelo Presidente da Câmara de Vereadores, o mandato
do Vice-Prefeito que se recursar a substituir ou a suceder o Prefeito nos casos de impedimento ou
sucessão.

Art. 107. Cabe ao Vice-Prefeito:


I - substituir o Prefeito nos casos de licença e suceder-lhe nos de vaga, observado o disposto nesta
Lei;
II - auxiliar na direção da Administração Pública Municipal, conforme lhe for determinado pelo Prefeito
e nos termos da lei.
Parágrafo único. Por nomeação do Prefeito, o Vice-Prefeito poderá ocupar cargo de provimento em
comissão na Administração Direta ou cargo, empregado ou função na administração descentralizada.

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Seção IV
Dos Auxiliares Direitos do Prefeito

Art. 108. São auxiliares diretos do Prefeito:


I - os ocupantes de cargo, emprego ou função de confiança do Prefeito, pertencentes ao primeiro
escalão de servidores do município;
II - os SubPrefeitos.

Art. 109. Os ocupantes de cargo, emprego ou função de confiança do Prefeito e os Sub-Prefeitos serão
escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 (vinte e um) anos e no exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete aos ocupantes de cargo, emprego ou função de confiança do Prefeito:
I - exercer a orientação, a coordenação e a supervisão dos órgãos e entidades da Administração
Municipal na área de sua competência;
II - referendar atos e decretos assinados pelo Prefeito;
III - expedir instruções para a execução de lei, decretos e regulamentos;
IV - apresentar, por ocasião do encerramento do exercício relatório circunstanciado de sua
administração;
V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes foram outorgadas ou delegadas pelo Prefeito.

Art. 110. Os SubPrefeitos, no que couber, observarão o disposto nesta sessão e o que for estabelecido
na lei instituidora da SubPrefeitura.

Art. 111. Os auxiliares diretos do Prefeito, ocupante de cargos, empregos ou funções públicas de livre
nomeação e exoneração, serão sempre nomeados em comissão, farão declaração de bens no ato da
posse e no término do exercício do cargo e terão as mesmas comparatibilidades dos vereadores enquanto
permanecerem no cargo.

TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 112. A Administração Pública Direta, autárquica e funcional do Município de São Roque,
obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade,
finalidade, motivação e interesse público.

Seção II
Do Planejamento, Coordenação, Descentralização e Controle

Art. 113. Os órgãos e entidades da Administração Mmunicipal adotarão as técnicas de planejamento,


coordenação, descentralização, desconcentração e controle.

Art. 114. As ações governamentais obedecerão a processo permanente de planejamento, com o fim
de integrar os objetivos institucionais dos órgãos e entidades municipais entre si, bem como às ações da
União, do Estado e regionais que se relacionem com o desenvolvimento do Município.
Parágrafo único. Os instrumentos de que tratam os arts. 112 e 113 serão determinantes para o setor
público, vinculado os atos administrativos de sua execução.

Art. 115. A execução dos planos e programas governamentais serão objeto de permanente
coordenação, com o fim de assegurar eficiência e eficácia na consecução dos objetivos e metas fixados.

Art. 116. A execução das ações governamentais poderá ser descentralizada ou desconcentrada, para:
I - outros entes públicos ou entidades a eles vinculadas mediante convênio;
II - órgãos subordinados da própria Administração Municipal;
III - entidades criadas mediante autorização legislativa e vinculadas à Administração Municipal;
IV - empresas privadas, mediante concessão ou permissão.
§ 1º Cabe aos titulares dos órgãos de direção o estabelecimento dos princípios, critérios e normas que
serão observados pelos titulares do órgão e entidades públicas ou privadas incumbidos da execução.

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§ 2º Haverá responsabilidade administrativa dos titulares dos órgãos de direção quando os titulares
dos órgãos e entidades de execução descumprirem os princípios, critérios e normas gerais referidos no
parágrafo anterior, comprovada a omissão dos deveres próprios da autotutela ou da tutela administrativa.

Art. 117. As atividades da Administração Direta e Indireta estão sujeitas a controle interno e externo.
§ 1º O controle interno será exercido pelos órgãos competentes, observados os princípios da autotutela
e da tutela administrativa.
§ 2º O controle externo será exercido pelos cidadães individual ou coletivamente, e pela Câmara
Municipal.

Art. 118. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos do Município;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e a eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Municipal, bem como da
aplicação dos recursos públicos por entidades privadas;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
do Município.

Seção III
Da Administração Direta

Art. 119. Constituem a Administração Direta os órgãos integrantes da Prefeitura Municipal e a ela
subordinados.

Art. 120. Os órgãos subordinados da Prefeitura Municipal serão de:


I - direção e assessoramento superior;
II - assessoramento intermediário;
III - execução.
§ 1º São órgãos de direção superior, providos da correspondente competência de assessoramento, os
do primeiro escalão de governo.
§ 2º São órgãos de assessoramento intermediário aqueles que desempenham suas atribuições junto
às chefias de órgãos subordinados aos do primeiro escalão de governo.
§ 3º São órgãos de execução aqueles incumbidos da realização dos programas e projetos
determinados pelos órgãos de direção superior.

Seção IV
Da Administração Indireta

Art. 121. Constituem a Administração Indireta do Município as autarquias, fundações públicas,


empresas públicas e sociedades de economia mista, criadas por lei.

Art. 122. As entidades da Administração Indireta serão vinculadas a órgãos do primeiro escalão de
governo em cuja área de competência enquadrar-se sua atividade institucional, sujeitando-se à
correspondente tutela administrativa.

Art. 123. As empresas públicas e as sociedades de economia mista municipais serão prestadoras de
serviços públicos ou instrumento de atuação do Poder Público no domínio econômico, sujeitando-se, em
ambos os casos, ao regime jurídico das licitações públicas, nos termos do art. 37, XXI, da Constituição
Federal.

Art. 124. Somente por lei específica poderão ser criadas empresas públicas, sociedades de economia
mista, autarquias ou fundações públicas, bem como a criação de subsidiárias desses entidades ou a sua
participação em empresa privada.

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Seção V
Transferência dos Serviços

Art. 125. A prestação de serviços públicos poderá ser transferida a particular mediante concessão ou
permissão.
Parágrafo único. Os contratos de concessão e os termos de permissão estabelecerão condições que
assegurem ao Poder Púbico, consoante dispuser a lei, a regulamentação e o controle sobre a prestação
dos serviços transferidos, observado o seguinte:
I - no exercício de suas atribuições, os funcionários públicos investidos de poder de polícia terão livre
acesso a todos os serviços e instalações das empresas concessionárias ou permissionárias;
II - estabelecimento de hipótese de penalização pecuniária, de intervenção por prazo certo e de
cassação, impositiva esta em caso de contumácia no descumprimento de normas protetoras de saúde,
do meio-ambiente e da segurança dos usuários.

Seção VI
Dos Organismos de Cooperação

Art. 126. São organismos de cooperação do Poder Público Municipal, os conselhos municipais e as
fundações e associações privadas que realizem, sem fins lucrativos, funções de utilidade pública.

Art. 127. Os conselhos municipais terão por finalidade auxiliar a administração na análise, no
planejamento e na decisão de matéria de sua competência.

Art. 128. Lei autorizará o Executivo a criar conselhos municipais, cujos meios de funcionamento este
proverá, e lhes definirá, em cada caso, atribuições, organização, composição, funcionamento, forma de
nomeação dos titulares e suplentes e prazo do respectivo mandato, observado o seguinte:
I - composição por número ímpar de membros, assegurando, quando for o caso, a representatividade
da administração, de entidades públicas e de entidades associativas ou classistas, facultada, ainda, a
participação de pessoas de notório saber na matéria de competência do conselho;
II - dever, para órgãos e entidades da Administração Municipal, de prestar as informações técnicas e
de fornecer os documentos administrativos que lhes forem solicitados.
§ 1º Os conselhos municipais deliberarão por maioria de votos, presente a maioria de seus membros,
incumbindo-lhes mandar publicar os respectivos atos no órgão oficial.
§ 2º Salvo disposição legal, as deliberações dos conselhos municipais não obrigarão a Administração
Municipal e jamais serão obrigatórias para a Câmara de Vereadores.
§ 3º A participação nos conselhos municipais será gratuita e constituirá serviço público relevantes,
inadmitida recondução.

Art. 129. As fundações e associações mencionadas no art. 124 terão precedência na destinação de
subvenções ou transferências à conta do orçamento municipal ou de outros auxílios de qualquer natureza
por parte do Poder Público, ficando, quando os recebam, sujeita à prestação de contas.

Seção VII
Dos Servidores Municipais

Art. 130. O Município estabelecerá em lei o regime jurídico de seus servidores, atendendo às
disposições, aos princípios e aos direitos que lhe são aplicáveis pela Constituição Federal, dentre os quais
os concernentes a:
I - salário mínimo, capaz de atender às necessidades vitais básicas do servidor e às de sua família,
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte, com reajustes
periódicos, de modo a preservar-lhes o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim;
II - irredutibilidade do salário ou vencimento, observado o disposto no art. 149;
III - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que perceberem remuneração variável;
IV - décimo terceiro salário, com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
V - remuneração do serviço extraordinário, no mínimo superior em 50% (cinquenta por cento) a do
normal;
VI - salário família aos dependentes;
VII - duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais,
facultada a compensação de horários e a redução de jornada, na forma da lei;

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VIII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
IX - remuneração do serviço extraordinário, no mínimo superior em 50% (cinquenta por cento) a do
normal;
X - diárias, nos casos de deslocamento para fora do Município, de valor não inferior a 2% (dois por
cento) do salário do servidor;
XI - gozo de férias anuais remuneradas em pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XII - licença remunerada à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120
(cento e vinte) dias, bem como licença paternidade, nos termos fixados em lei;
XIII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XIV - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma de lei
federal;
XV - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão por motivo
de sexo, idade, cor ou estado civil.

Art. 131. É garantido o direito à livre associação sindical.

Art. 132. O direito de greve será exercido nos termos e limites definidos em lei federal.

Art. 133. A primeira a investidura em cargo ou emprego público depende sempre de aprovação prévia
em concurso público de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado
em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 1º O prazo da validade do concurso será de até 2 (dois) anos, prorrogável por uma vez, por igual
período.
§ 2º Fica assegurado à comissão permanente de assuntos ligados ao Servidor Público da Câmara
Municipal, fiscalização na apuração dos resultados dos concursos públicos.

Art. 134. Será convocado para assumir cargo ou emprego aquele que for aprovado em concurso
público de provas e títulos, com prioridade, durante o prazo previsto no edital de convocação, sobre novos
concursados, na carreira.

Art. 135. Os servidores da Administração Pública Ddireta, das autarquias e fundações instituídas ou
mantidas pelo poder público, terão regime jurídico único e planos de carreira.
§ 1º A lei assegurará aos servidores da Administração Direta, isonomia de vencimentos para cargos
de atribuições iguais ou assemelhados do Poder Executivo, da Câmara Municipal, ou entre seus
servidores, ressalvadas as vantagens de caráter individual, e às relativas à natureza ou ao local de
trabalho.
§ 2º No caso do parágrafo anterior, não haverá alteração nos vencimentos dos demais cargos de
carreira a que pertencente aquele, cujos vencimentos forem alterados por força de isonomia.
§ 3º Aplica-se aos servidores a que se refere o "caput" deste artigo o disposto no art. 7º, IV, VI, VII,
VIII, IX,XII,XIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição Federal.

Art. 136. São estáveis, após 2 (dois) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de
concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial ou mediante
processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidade por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o eventual
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Art. 137. Os cargos em comissão e funções de confiança na Administração Pública, serão exercidos,
preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e
condições previstas em lei.
§ 1º É vedado à Administração Pública, a nomeação de parentes até o 2º (segundo) grau nos cargos
em comissão e funções de confiança.
§ 2º É vedada a nomeação de pessoas que se enquadram nas condições de inelegibilidade nos termos
da legislação federal para os cargos de livre provimento dos poderes Executivo, Legislativo da Estância
Turística de São Roque (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 32, de 2011)
§ 3º É vedada a nomeação de pessoas cujos nomes estejam inscritos no rol de inadimplentes de
cadastro das agências de proteção ao crédito e afins para os cargos de provimento em comissão de

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chefia, direção e assessoramento dos Poderes Executivo e Legislativo da Estância Turística de São
Roque. (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 36, de 2012)

Art. 138. A Administração Municipal reservará 5% (cinco por cento) de seus cargos, funções e
empregos para pessoas portadoras de deficiência, em cada órgão ou entidade, inclusive autarquias,
sociedades de economia mista e fundações criadas e mantidas pelo Poder Público.
Parágrafo único. A seleção será feita por comissão da comunidade, indicada pelo Executivo e pelo
Legislativo, e a admissão será procedida após exame em que se comprove clinicamente a deficiência.

Art. 139. Lei específica estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender
necessidade temporária de excepcional interesse público.

Art. 140. Ao serviço público municipal é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço,
concedido no mínimo por quinquênio e vedada a sua limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos
integrais, concedida aos 20 (vinte) anos do efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para
todos os efeitos legais.
Parágrafo único. O servidor municipal aposentado sem perceber a sexta parte, e que tenha completado
20 (vinte) anos de efetivo exercício no serviço público municipal, até a data de sua aposentadoria, poderá
requerer a sexta parte a que terá direito a partir da data do requerimento.

Art. 141. Os servidores municipais estáveis, desde que tenham completado 5 (cinco) anos de efetivo
exercício, terão computado, para efeito de aposentadoria, nos termos da lei, o tempo de atividade privada,
rural ou urbana, hipótese em que os diversos sistemas de previdência social se compensarão
financeiramente, segundo critério estabelecidos em lei, sem prejuízo dos direitos de contagem de tempo
em atividade já estabelecidos em lei.

Art. 142. Os servidores municipais, com exceção dos membros do Magistério Municipal, gozarão
obrigatoriamente 15 (quinze) dias do período de férias a que tiverem direito, sendo-lhes facultado
converter os dias restantes em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhes seria devida,
independentemente do regime jurídico adotado.

Art. 143. As antecipações que os servidores municipais tiverem recebido por ocasião de suas férias, a
título de adiamento do abono de natal e 13º (décimo terceiro) salário, serão deduzidas do valor global do
abono devido em dezembro, sem correção monetária ou salarial.

Art. 144. Aos servidores municipais aposentados pela Previdência Social, a Prefeitura Municipal de
São Roque garantirá a complementação dos proventos, nos termos da Constituição Federal e legislação
específica.

Art. 145. Fica garantido aos servidores municipais o direito à promoção funcional, anualmente pelos
critérios de merecimento e antiguidade estabelecidos em lei.
Parágrafo único. Em qualquer caso de promoção por merecimento, a avaliação do servidor será
efetuada por comissão de funcionário estáveis, nomeados pelo Prefeito.

Art. 146. Será garantido aos servidores municipais o direito ao preenchimento de cargos, empregos e
funções por acesso ou transposição, mediante concurso interno, sempre que houver vagas e servidores
habilitados.

Art. 147. O servidor será aposentado:


I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em serviço,
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei e proporcionais nos
demais casos;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
serviço;
III - voluntariamente.
a aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta), se mulher, com proventos
integrais;
b aos 30 (trinta) anos de serviço em função do magistério, docentes e especialistas em educação, se
homem, e aos 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, com proventos integrais;

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c aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
§ 1º Lei complementar estabelecerá exceções ao disposto no inciso III "a" e "c", no caso de exercício
de atividade consideradas penosas, insalubres ou perigosas, na forma do que dispuser a respeito a
legislação.
§ 2º A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos, funções ou empregos temporários.
§ 3º O tempo de serviço público prestado à União, aos Estado ou aos Municípios, será computado
integralmente para os efeitos de aposentadoria ou disponibilidade.
§ 4º Os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre
que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, ainda quando
decorrentes de reenquadramento, transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a
aposentadoria, na forma da lei.
§ 5º O benefício da pensão, por morte, deve obedecer o princípio do art. 40, § 5º, da Constituição
Federal.
§ 6º O tempo de serviço prestado sob o regime de aposentadoria especial, será computado da mesma
forma, quando o servidor ocupar outro cargo de regime idêntico, ou pelo critério da proporcionalidade,
quando se tratam de regime diversos.
§ 7º O servidor, após 90 (noventa) dias decorridos da apresentação do pedido de aposentadoria
voluntária, instruído com prova de ter completado o tempo de serviço necessário à obtenção do direito,
poderá cessar o exercício da função pública, independentemente de qualquer formalidade.

Art. 148. A revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á sempre na mesma data e
com os mesmo índices.
Parágrafo único. Aumento diferenciado para uma categoria ou função, será objeto de lei específica.

Art. 149. A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior remuneração dos servidores
públicos da administração direta e indireta, observado, como limite máximo, os valores percebido como
remuneração em espécie, pelo Prefeito.

Art. 150. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo.

Art. 151. A lei assegurará aos servidores da Administração Direta isonomia de vencimentos entre
cargos de atribuições ou assemelhados do mesmo poder, ou entre servidores dos Poderes Executivo e
Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de
trabalho.

Art. 152. É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para efeito de remuneração de


pessoal de serviço público municipal, ressalvado o disposto no artigo anterior.

Art. 153. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários:
I - a de 2 (dois) cargos de professor;
II - a de 1 (um) cargos de professor com outro técnico ou científico;
III - a de 2 (dois) cargos privativos de médico.
Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público.

Art. 154. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidores públicos não serão computados, para
fins de concessão de acréscimo ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Art. 155. O servidor com mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a
exercer, a qualquer título, cargo ou função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que
seja titular ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano, até o
limite de 10 (dez) décimos.

Art. 156. Os cargos públicos serão criados por lei, que fixará sua denominação, padrão de
vencimentos, condições de provimento e indicará os recursos pelos quais serão pagos seus ocupantes.

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Parágrafo único. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 14, de 5 de junho de 1996)

Art. 157. O servidor municipal será responsável civil, criminal e administrativamente pelos atos que
praticar no exercício de cargo ou função ou a pretexto de exercê-lo.

Art. 158. O exercício de mandato eletivo por servidor público far-se-á com observância do art. 38 da
Constituição Federal;
§ 1º Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar cargo em sindicato de categoria, o direito
de afastar-se de suas funções durante o tempo em que durar o mandato, recebendo seus vencimentos e
vantagens, nos termos da lei.
§ 2º O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria especial.

Art. 159. Os titulares de órgãos da administração da Prefeitura deverão atender convocação da


Câmara Municipal, para prestar esclarecimentos sobre assuntos de sua competência. (vide Resolução
Municipal nº 19, de 1994)

Art. 160. O servidor, durante o exercício de mandato de vereador, será inamovível.

Art. 161. A lei assegurará à servidora gestante, mudança de função, nos casos em que for
recomendado, sem prejuízo de seus vencimentos ou salários e demais vantagens do cargo ou função
atividade.

Art. 162. É assegurado o direito de vista do processo ao próprio funcionário ou ao seu representante
legal.

Art. 163. Sob pena de responsabilidade é assegurado ao funcionário ativo, inativo ou em


disponibilidade:
I - o rápido andamento dos processos do seu interesse nas repartições pública do Município;
II - a ciência das informações, pareceres e despachos dados em processos que a ele se refiram;
III - o fornecimento de certidões requeridas para defesa de seus direitos;
IV - a expedição de certidões requeridas para esclarecimentos de negócios administrativos, salvo se
o interesse público impuser sigilo.

Art. 164. O Município manterá convênio com hospitais, instituições ou entidades públicas ou privadas,
para assistência médica e odontológica aos servidores municipais.

Art. 165. O Município responderá pelos danos que seu servidores, no exercício de suas funções ou
cargos, causarem a terceiros.
Parágrafo único. Caberá ao Município ação regressiva contra o servidor responsável em caso de culpa
ou dolo.

Seção VIII
Do Conselho do Município

Art. 166. O Conselho do Município é órgão popular de cooperação e consulta da Prefeito, competindo
pronunciar-se sobre questões de interesse do Município, especialmente quanto ao planejamento
municipal.

Art. 167. Farão parte do conselho, associações representativas na forma que a lei dispuser.

Art. 168. O Conselho do Município será convocado pelo Prefeito, sempre que entender necessário.
Parágrafo único. O Prefeito poderá convocar o Secretário Municipal ou Diretor equivalente para
participar da reunião do conselho, quando constar da pauta questão relacionada com a respectiva
secretaria.

Seção IX
Da Procuradoria Geral do Município

Art. 169. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 26, de 11 de maio de 2005)

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Art. 170. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 26, de 11 de maio de 2005)

Art. 171. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 26, de 11 de maio de 2005)

Art. 172. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 26, de 11 de maio de 2005)

Art. 173. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 26, de 11 de maio de 2005)

Seção X
Dos Atos Municipais
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 174. Os atos de qualquer dos Poderes Municipais obedecerão aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade e publicidade.

Art. 175. A explicação das razões de fato e de direito será condição de validade dos atos
administrativos expedidos pelos órgãos da administração direta, autárquica e fundacional dos Poderes
Municipais, excetuados aqueles cuja motivação a lei reserve à discricionariedade da autoridade
administrativa, que, todavia, fica vinculada aos motivos, na hipótese de os enunciar.
§ 1º A Administração Pública tem o dever de anular os próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais, bem como a faculdade de revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados neste caso os direitos adquiridos.
§ 2º A autoridade que, ciente do vício invalidador do ato administrativo, deixar de saná-lo, incorrerá
nas penalidades da lei pela omissão, sem prejuízo das sanções previstas no art. 37, § 4º, da Constituição
Federal, se for o caso.

Subseção II
Da Publicidade

Art. 176. A publicidade das leis e atos municipais, far-se-á na imprensa local ou órgão oficial do estado.
§ 1º A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das leis e atos administrativos, far-se-á através
de licitação em que se levarão em conta não só as condições de preço, como as circunstâncias de
frequência, horário, triagem e distribuição.
§ 2º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.
§ 3º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
§ 3º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.

Art. 177. O Prefeito fará publicar:


I - diariamente, por edital, o movimento de caixa do dia anterior;
II - mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa;
III - mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos;
IV - anualmente, até 15 de março, pelo órgão oficial, as contas de administração, constituídas do
balanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço orçamentário e demonstrativo das variações
patrimoniais, em forma sintética.

Subseção III
Da Forma

Art. 178. A formalização das leis e resoluções observará a técnica de elaboração definida no
Regimento Interno da Câmara Municipal, enquanto não for editada a lei que se refere o parágrafo único
do art. 54, desta Lei.

Art. 179. Os atos administrativos da Câmara Municipal serão veiculados por portarias e instruções
normativas, numeradas em ordem cronológica, observadas as disposições do Regimento Interno.

Art. 180. A veiculação dos atos administrativos da competência do Prefeito será feita por:
I - decreto, numerado em ordem cronológica, quando se tratar, entre outros casos de:
a exercício do poder regulamentar;

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b criação ou extinção de função gratificada, quando autorizada em lei;
c abertura de créditos suplementares, especiais e extraordinários, quando autorizados em lei;
d declaração de utilidade ou necessidade pública, ou de interesse social, para efeito de desapropriação
ou de servidão administrativa;
e aprovação de regulamentos e regimentos dos órgãos da administração direta;
f aprovação dos estatutos das entidades da administração indireta;
g permissão para exploração de serviços públicos e para uso de bens públicos;
h aprovação de planos de trabalho dos órgãos da administração direta.
II - portaria, numerada em ordem cronológica, quando se tratar de:
a provimento e vacância de cargos públicos e de mais atos de efeito individual relativos aos servidores
municipais;
b lotação e relotação dos quadros de pessoal;
c criação de Comissões e designação de seus membros;
d instituição e dissolução de grupo por trabalho;
e fixação e alteração dos preços dos serviços prestados pelo município e aprovação dos preços dos
serviços concedidos, permitidos ou atualizados;
f definição da competência dos órgãos e das atribuições dos servidores da Prefeitura;
g abertura de sindicância, processo administrativos e aplicação de penalidades;
h outros atos que, por natureza e finalidade, não sejam objeto de lei ou decreto.

Art. 181. As decisões dos órgãos colegiados da administração municipal serão veiculados por
resoluções, observadas as disposições dos respectivos regimentos internos.

Subseção IV
Do Registro

Art. 182. A Câmara Municipal e a Prefeitura manterão, nos termos da lei, registros idôneos de seus
atos e contratos.

Subseção V
Das Informações e Certidões

Art. 183. Os agentes públicos municipais, nas esferas de suas respectivas atribuições, prestarão
informações e fornecerão certidões a todo aquele que as requerer, para a defesa de direitos e
esclarecimentos de situações de interesse pessoal, independentemente do pagamento de taxas.
§ 1º As informações poderão ser prestadas verbalmente, por escrito ou certificadas, conforme as
solicitar o requerente.
§ 2º As informações por escrito serão firmadas pelo agente público que as prestar.
§ 3º As certidões poderão ser expedidas, de acordo com a solicitação do requerente, sob forma
resumida ou de inteiro teor, de assentamentos constantes de documentos ou de processo na própria
repartição em que se encontre.
§ 4º Se de inteiro teor, a certidão poderá constituir-se de cópias reprográficas das peças indicadas pelo
requerente.
§ 5º O requerente, ou seu procurador, terá vista de documento ou processo na própria repartição em
que se encontre.
§ 6º As informações de que trata o "caput" deste artigo, deverão ser prestadas no prazo máximo de 15
(quinze) dias.

Art. 184. Será promovida a responsabilização administrativa, civil e penal cabível, nos casos de
inobservância das disposições do artigo anterior. (Vide Decreto n° 4.619, de 1993)

Subseção VI
Dos Direitos de Petição e Representação

Art. 185. São assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos
órgãos do governo municipal em defesa de direitos e o de representação contra ilegalidade ou abuso de
poder.

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Art. 186. Promovida a petição ou interposta a representação, o Poder Público terá que decidi-la, salvo
motivo devidamente justificado, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, sob pena de responsabilidade.

Art. 187. O disposto nos artigos procedentes desta subseção, aplica-se, no que couber, às entidades
da Administração Indireta do Município.

Seção XI
Do Processo Administrativo

Art. 188. Os atos administrativos constituídos e disciplinares serão expedidos e os contratos públicos
serão autorizados ou resolvidos por decisão proferida pela autoridade competente ao término do
respectivo processo administrativo.

Art. 189. O processo administrativo, autuado, protocolado e numerado, terá início mediante provocação
do órgão, da entidade ou da pessoa interessada, devendo conter, entre outras peças:
I - a descrição dos fatos e a indicação do direito em que se fundamenta o pedido ou a providência
administrativa;
II - a prova do preenchimento de condições ou requisitos legais ou regulares;
III - os relatórios e pareceres técnicos ou jurídicos necessários aos esclarecimentos das questões
sujeitas à decisão;
IV - os atos designativos de comissões ou técnicos que atuarão em funções de apuração e peritagem;
V - notificações e editais, quando exigidos por lei ou regulamento;
VI - termos de contrato ou instrumentos equivalentes;
VII - certidão ou comprovante de publicação dos despachos que formulam exigências ou determinem
diligências;
VIII - documentos oferecidos pelos interessados, pertinentes ao objeto do processo;
IX - recursos eventualmente interpostos.

Art. 190. A autoridade administrativa não estará adstrita aos relatórios e pareceres, mas explicará as
razões de seu convencimento sempre que decidir contrariamente a eles, sob pena de nulidade da
decisão.

Art. 191. O Presidente da Câmara Municipal, o Prefeito e os demais agentes administrativos


observarão, na realização dos atos de sua respectiva competência, o prazo de:
I - 5 (cinco) dias, para despachos de mero impulso;
II - 7 (sete) dias, para despachos que ordenem providências a cargo de órgão subordinado ou de
servidor municipal;
III - 10 (dez) dias, para despachos que ordenem providências a cargo do administrado;
IV - 15 (quinze) dias, para a apresentação de relatórios e pareceres;
V - 20 (vinte) dias, para proferir decisões conclusivas.
Parágrafo único. Aplica-se ao agente municipal, pelo descumprimento de qualquer dos prazos deste
artigo, o disposto no art. 187 desta Lei Orgânica.

Art. 192. O processo administrativo poderá ser simplificado, por ordem expressa da autoridade
competente, nos casos de urgência, caracterizada pela emergência de situações que posam
comprometer a integridade de pessoas e bens, respondendo a autoridade por eventual abuso de poder
ou desvio de finalidade.

Art. 193. Os processo administrativos somente poderão ser retirados da repartição nos casos,
condições e prazos previstos em lei.

Art. 194. O disposto nesta Seção aplica-se, no que couber, às entidades da Administração Indireta do
Município.

Seção XII
Das Obras e Serviços Municipais

Art. 195. Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início sem prévia
elaboração do plano respectivo no qual, obrigatoriamente conste:

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I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse comum;
II - os pronomes para a sua execução;
III - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;
IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados da respectiva justificação.
§ 1º Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo nos casos de extrema urgência, será executada
sem prévio orçamento de seu custo.
§ 2º As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e demais entidades
da Administração Indireta e, por terceiros, mediante licitação.

Art. 196. A permissão de serviço público a título precário, será outorgada por decreto do Prefeito, após
o edital de chamamento de interessados para escolha do melhor pretendente.
§ 1º Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quaisquer outros ajustes
feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.
§ 2º Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação e fiscalização do
Município, incumbindo, aos que o executem, sua permanente atualização e adequação às necessidades
dos usuários.
§ 3º O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou concedidos, desde que
executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles, e adequações insuficientes
para o atendimento dos usuários.
§ 4º As concorrências para a concessão de serviço público deverão ser precedidas de ampla
publicidade, em jornais e rádios locais, inclusive em órgão da imprensa da capital do estado, mediante
edital ou comunicado resumido.
§ 5º O Executivo, no prazo de 6 (seis) meses, encaminhará projeto de lei regulamentando as
concessões, permissões ou autorizações dos serviços públicos de sua competência.

Art. 197. As tarifas dos serviços deverão ser ficadas pelo Executivo, tendo-se em vista a justa
remuneração.

Art. 198. Todas as obras de guias, sarjetas e asfaltamento, executadas em vias públicas de vilas e
bairros da periferia, através de planos comunitários, terão o total de seus custos divididos em partes iguais
entre a Prefeitura e os proprietários, que terão o direito em comum acordo a um parcelamento.
Parágrafo único. Caberá ao Plano Diretor determinar o que é "periferia" de que trata o "caput" deste
artigo.

Art. 199. Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como nas compras e alienações, será
adotada a licitação, nos termos da lei.

Art. 200. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante convênio com o
Estado, a União ou entidades particulares, bem assim, através de consórcio, com outros Municípios.

Seção XIII
Dos Bens Municipais

Art. 201. Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a
qualquer título pertençam ao Município.

Art. 202. Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais respeitada a competência da Câmara
quanto aqueles utilizados em seus serviços.

Art. 203. A alienação de bens municipais subordinados à existência de interesse público devidamente
justificado, será sempre precedida de avaliação e obedecerá as seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência, dispensada esta nos
seguintes casos:
a doação, constante da lei e da escritura pública os encargos do donatário, o prazo de seu cumprimento
e a cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, podendo haver a dispensa destes encargos em
caso de doação para outros entes da federação da administração pública direta e indireta; (Redação dada
pela Emenda à lei orgânica nº 39, de 2018)
b permuta. (Vide Lei ordinária nº 2.170)
II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:

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a doação móveis que será permitida exclusivamente para fins de interesse social;
b permuta;
c vendas de ações, que será obrigatoriamente efetuado em bolsa.
§ 1º O Município, preferencialmente à venda ou doação de seus bens imóveis, outorgará concessão
de direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência. A concorrência poderá ser
dispensada em lei, quando o uso se destinar a concessionárias de serviço público, a entidades
assistenciais, ou quando houver relevante interesse público, devidamente justificado.
§ 2º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis
para edificação, resultantes de obra pública, dependerá apenas de prévia avaliação e autorização
legislativa. As áreas resultantes de modificação de alinhamento serão alienadas nas mesma condições,
quer sejam aproveitáveis ou não.

Art. 204. A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia avaliação e
autorização legislativa.

Art. 205. A aquisição de veículos de passeio, devidamente justificada, dependerá de prévia autorização
legislativa.

Art. 206. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou
autorização conforme o caso e quando houver interesse público, devidamente justificado, em caráter
eventual.
§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial dependerá de lei e concorrência e
far-se-á mediante contrato sob pena de nulidade do ato. A concorrência poderá ser dispensada, mediante
lei, quando o uso se destinar a concessionária de serviço público, a entidades assistenciais ou quando
houver interesse público relevantes, devidamente justificado. (Vide Lei ordinária nº 2.239) (Vide Lei
ordinária nº 2.250) (Vide Lei ordinária nº 2.284) (Vide Lei ordinária nº 2.317) (Vide Lei ordinária nº 2.331)
§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso comum, somente será outorgada mediante
autorização legislativa, no prazo máximo do mandato do Executivo.
§ 3º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título precário, por
decreto.
§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por portaria, para
atividades de usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, salvo quando para
o fim de formar canteiro de obra pública, caso em que o prazo corresponderá ao da duração da obra.

Art. 207. Poderão ser concedidos a particulares para serviços transitórios, máquinas e operadores da
Prefeitura, desde que não haja prejuízo para os trabalhos do Município e o interessado recolha
previamente a remuneração arbitrada e assine termo de responsabilidade pela conservação e devolução
dos bens no estado em que os haja recebido. (Vide Decreto n° 4.753, de 1994) (Vide Decreto n° 5.030,
de 1997) (Vide Decreto n° 5.868, de 2003)
§ 1º O Executivo expedirá decreto fixado os preços de cessão de equipamentos, reajustando-os
sempre que necessário.
§ 2º A Diretoria de Finanças afixará em local próprio no dia do pagamento, cópia do aviso recebido
relativo ao recolhimento efetivado.

Art. 208. Poderá ser permitido a particular, na forma da lei, a título oneroso ou gratuito, conforme o
caso, o uso do subsolo ou do espaço aéreo de logradouros públicos para construção de passagem
destinada à segurança ou conforto dos transeuntes e usuários ou para outros fins de interesse urbanístico.

Seção XIV
Da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros Voluntários

Art. 209. A guarda Municipal, destinada à proteção dos bens, serviços e instalações do Município e de
suas entidades da Administração Indireta, será instituída por lei de iniciativa do Executivo.

Art. 210. Mediante convênio, celebrado com o Estado, através da Secretaria da Segurança Pública, a
Polícia Militar poderá dar instrução e orientação à Guarda Municipal, visando um melhor desempenho na
proteção dos bens, serviços e instalações municipais.

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Art. 211. O efetivo da Guarda Municipal será proporcional à quantidade de bens, serviços e instalações
que devam ser protegidos.

Art. 212. O Executivo, nos termos das legislações Estadual e Federal pertinentes, poderá criar um
corpo de bombeiros voluntários.

Seção XV
Da Intervenção na Propriedade Particular
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 213. É facultado ao Poder Público Municipal intervir na propriedade privada mediante
desapropriação, parcelamento ou edificação compulsórios, tombamento, requisição, ocupação
temporária, instituição de servidão e imposição de limitações administrativas.
§ 1º Os atos de desapropriação, de parcelamento ou edificação compulsórios, de tombamento e de
requisição obedecerão aos que dispuserem as legislações Federal e Estadual pertinentes.
§ 2º Os atos de ocupação temporária, de instituição de servidão de imposição de limitações
administrativas, obedecerão ao disposto na legislação municipal observados os princípios ferais
estabelecidos nesta Lei.

Subseção II
Da Ocupação Temporária

Art. 214. É facultado ao Poder Executivo o uso temporário, remunerado ou gratuito, de bem particular
durante a realização da obra, serviço ou atividades de interesse público.

Art. 215. O proprietário do bem será indenizado se o uso temporário impedir o uso habitual ou lhe
causar algum prejuízo.

Subseção III
Da Servidão Administrativa

Art. 216. É facultado ao Poder Executivo, mediante termo levado ao registro imobiliário, impor ônus
real de uso a imóvel particular, para o fim de realizar serviço público de caráter permanente.
Parágrafo único. A lei poderá legitimar entidades da Administração indireta e empresas
concessionárias ou permissionárias de serviços públicos para a instituição de servidão administrativa em
benefício dos serviços que estão a seu cargo.

Art. 217. O proprietário do prédio serviente será indenizado sempre que o uso público decorrente da
servidão acarretar dano de qualquer natureza.

Subseção IV
Da Limitação Administrativa

Art. 218. A lei limitará o exercício dos tributos da propriedade privada em favor do interesse público
local, especialmente em relação ao direito de construir, à segurança pública, aos costumes, à saúde
pública, à proteção ambienta e à estética urbana.
Parágrafo único. As limitações administrativas terão caráter gratuito e sujeitarão ao proprietário ao
poder de polícia da autoridade municipal competente, cujos atos serão providos de auto-executoriedade,
exceto quando sua efetivação depender de constrição somente exercitável por via judicial.

Seção XVI
Das Licitações e Contratos

Art. 219. Lei municipal instituirá, no prazo de 1 (um) ano, contado da promulgação desa lei, o Estatuto
da Licitação e ao contrato administrativo, observadas as normas gerais editadas pela União e os seguintes
preceitos:
I - que é dever das pessoas públicas municipais, das sociedades de economia mista, das empresas
públicas e fundações do Município buscar a melhor proposta mediante licitação quando o desejado puder

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ser obtido de mais de um ofertante, ou que, se por elas oferecido, interessar a mais de um administrado,
salvo as hipóteses legais de dispensa e inexigibilidade;
II - os princípios da isonomia, da publicidade, da probidade, do julgamento objetivo e da vinculação ao
instrumento convocatório.

Art. 220. Ressalvados s casos especificados em lei municipal, os contratos, entre outros, de obras,
serviços, compras, alienações, concessões e locações, serão necessariamente, procedidos do
competente processo de licitação, que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas das propostas,
nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Art. 221. As diferentes modalidades de licitação observarão os seguintes limites:


I - para obras e serviços de engenharia:
a convite: até Cr$ 5.900.239,00 (cinco milhões, novecentos mil e duzentos e trinta e nove cruzeiros);
b tomada de preços: até Cr$ 59.002.395,00 (cinquenta e nove milhões, dois mil e trezentos e noventa
e cinco cruzeiros);
c concorrência: acima de Cr$ 59.002.395,00 (cinquenta e nove milhões, dois mil e trezentos e noventa
e cinco cruzeiros);
II - para compras e serviços não referidos no item anterior:
a convite: até Cr$ 1.376.648,00 (um milhão, trezentos e setenta e seis mil e seiscentos e quarenta e
oito cruzeiros);
b tomada de preços: até Cr$ 39.334.930,00 (trinta e nove milhões, trezentos e trinta e quatro mil e
novecentos e trinta cruzeiros);
c concorrência: acima de Cr$ 39.334.930,00 (trinta e nove milhões, trezentos e trinta e quatro mil e
novecentos e trinta cruzeiros);
§ 1º Será dispensada a licitação para:
I - obras e serviços de engenharia: até Cr$ 393.349,00 (trezentos e noventa e três mil e trezentos e
quarenta enove cruzeiros);
II - compras e serviços não referidos no item anterior: até Cr$ 59.002,00 (cinquenta e nove mil e dois
cruzeiros).
§ 2º Os valores referidos neste artigo serão automaticamente corrigidos, a partir do 1º dia útil de cada
trimestre civil, a iniciar-se pelo de julho a setembro de 1990, tomando-se por base a variação dos bônus
do Tesouro Nacional ou qualquer outro índice que o substitua pela legislação federal. (Incluído pela
Emenda à lei orgânica nº 1, de 1990)
§ 3º O Executivo publicará os valores corrigidos mediante Decreto. (Incluído pela Emenda à lei
orgânica nº 1, de 1990)

Art. 222. Os contratos administrativos regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito
público, aplicando-se-lhe, supletivamente, as disposições pertinentes de direito privado.

Art. 223. Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução,
expressas em cláusulas de definam os diretos, obrigações e responsabilidades das partes, em
conformidade com os termos da lei, do edital e das proposta a que se veiculam.
Parágrafo único. Os valores dos contratos poderão ser reajustados e a própria contratação pode ser
revista, sempre que não mantiverem a equação econômico-financeira inicialmente estabelecida.

TÍTULO V
DA ORDEM SOCIAL DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTES, LAZER E TURISMO
Seção I
Da Educação

Art. 224. A educação ministrada com base nos princípios estabelecidos na Constituição Federal, bem
como na Constituição do Estado de São Paulo, tem por fim o pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício consciente da cidadania, e sua qualificação para o trabalho.
Parágrafo único. O Município, por lei de iniciativa do Executivo, de acordo com suas possibilidades
financeiras e tendo em vista os objetivos constantes do "caput" instituirá programa de crédito educativo,
que obedecerá às seguintes normas: (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 15, de 1996)

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1 - concessão de bolsa de estudos para cursos superiores, nas áreas de medicina, odontologia,
assistência social, direito, engenharia civil, ciências contábeis e administração de empresas; (Incluído
pela Emenda à lei orgânica nº 15, de 1996)
2 - concessão de bolsas integrais ou parciais, de acordo com as possibilidades financeiras do
estudante beneficiado, não podendo as bolsas parciais, em qualquer caso, serem inferiores a cinquenta
por cento (50%) das bolsas integrais; (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 15, de 1996)
3 - pagamento do benefício recebido, unicamente pleo próprio beneficiário, após sua formatura e
exclusivamente na forma da prestação de serviços, para o que, a cada hora de aula corresponderá uma
hora de serviço, não podendo ser prestadas menos que vinte (20) horas semanais de trabalho; (Incluído
pela Emenda à lei orgânica nº 15, de 1996)
4 - seleção dos beneficiários pelos critérios de renda per capita familiar e de aproveitamento escolar;
(Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 15, de 1996)
5 - concessão das bolsas preferencialmente aos moradores de São Roque, podendo-se atender a
pessoas de outros Municípios se não houverem interessados habilitados; (Incluído pela Emenda à lei
orgânica nº 15, de 1996)
6 - concessão das bolsas apenas para estudantes aprovados em vestibulares de escolas superiores
do Estado de São Paulo; (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 15, de 1996)
7 - valor das bolsas limitado ao valor da anuidade escolar. (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 15,
de 1996)

Art. 225. Deverá ser organizado em cada unidade escolar um conselho de escola com gestão
democrática, garantidor a participação da comunidade local, direção, professores, alunos e funcionários,
cabendo a este conselho:
I - participar da vida ativa da escola;
II - ressalvando-se casos de direção (diretores e assistentes) da escola não serem concursados
publicamente, deverão ser escolhidos pelos conselhos e unidades escolares.

Art. 226. Caberá ao Município em cooperação com o estado, fornecer merenda escolar, regular e
gratuitamente em caráter de reforço alimentar para todas as escolas do sistema público, em todos os
períodos, cuidando do armazenamento e distribuição dos alimentos e zelando o próprio, pela condições
básicas de higiene e saúde.
Parágrafo único. O Município deverá incentivar para que em todas as unidades escolares
(educacionais) sejam cultivadas hortas comunitárias para reforço da merenda escolar.

Art. 227. O município aplicará anualmente, na manutenção do desenvolvimento do ensino público, no


mínimo 25% (vinte e cinco por cento) da receita, resultante de impostos, incluindo recursos provenientes
de transferências.

Art. 228. Das vagas existentes no ensino profissionalizantes, será reservado percentual de 3% (três
por cento), no mínimo, ao egressso da prisão, e ao menor infrator domiciliado no Município há mais de 2
(dois) anos, anteriores para aqueles ao início da execução da pena, e, outros 5% (cinco por cento) será
reservado, obrigatoriamente, aos portadores de deficiência física, observado o critério domiciliar e
temporal acima, desde que haja pretendentes à vaga.

Art. 229. O financiamento da educação especial, para portadores de deficiência, em parceria com
instituições filantrópicas e comunitárias incidirá sobre as verbas públicas destinadas à educação.

Seção II
Da Cultura e Patrimônio Histórico

Art. 230. O Município garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da
cultura, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão de suas manifestações.

Art. 231. O setor cultural do Município promoverá programas de criação e utilização de equipamentos
e espaços culturais de formação de público, e de estímulo à produção artísticas, assegurando ampla
participação da comunidade artístico-cultural local, ou na gestão e nas decisões dos projetos e atividades.

Art. 232. O Município promoverá a preservação da memória e o apoio à cultura popular, garantindo-se
acesso aos recursos necessários, na forma da lei.

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Art. 233. O Município manterá um órgão colegiado com a participação de representantes de entidades
da sociedade civil, com competência de adotar medidas para a defesa e a valorização do patrimônio,
artístico e cultura do Município.

Art. 234. Constituem patrimônio cultural municipal, os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjuntos, portadores de referência à identidade, à nação e à matéria dos
diferentes grupos formadores da sociedade dos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - as crianções científicas, artísticas e tecnológicas;
III - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais;
IV - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, arqueológico, paleontológico,
ecológico e científico.

Art. 235. O Poder Público Municipal, pesquisará, identificará, protegerá e valorizará o patrimônio
cultural sanroquense, através do conselho de preservação do patrimônio histórico, artístico, paisagístico
e cultural, na forma que a lei estabelecer.

Seção III
Do Turismo, Esportes e Lazer

Art. 236. O Município deverá, em razão de sua elevação a Estância Turística, estabelecer, na forma
da lei, o disciplinamento necessário para o pleno desenvolvimento do setor turístico, observando o
desenvolvimento econômico, harmônico, incentivo às atividades do setor, a definição e preservação de
áreas naturais históricas, disciplinando sua utilização e preservação e favorecendo o acesso até elas.

Art. 237. O Município adotará uma política própria para a educação física, os desportos e o lazer,
respeitando as disposições emanadas das entidades superiores.

Art. 238. Essa politica será estabelecida e administrada por um órgão próprio e terá os seguintes
objetivos:
I - aprimoramento da aptidão física da população;
II - elevação do nível das práticas desportivas formais e não formais;
III - implantação e intensificação da prática dos desportos de massa;
IV - elevação do nível técnico-desportivo das representações do município;
V - criação de programas de aproveitamento do tempo livre da população, utilizando os desportos e
outras atividades de lazer como forma de promoção social.

Art. 239. Na definição dessa política serão considerados os seguintes fatores:


I - o planejamento, a implantação, a supervisão e o incentivo às atividades físicas, desportivas,
recreativas e de lazer na sua área de competência, compatibilizando seus planos com outros existentes
a nível estadual ou federal;
II - a coordenação de trabalho para a elaboração do calendário desportivo do Município, com base na
organização pelas unidades federadas, quando for o caso;
III - o apoio e incentivo á ligas e associações desportivas, proporcionando-lhes meios e recursos,
dentro da verbas disponíveis;
IV - o planejamento, a ampliação e o controle dos recursos oficiais e daqueles provenientes de outras
fontes, para as atividades de educação física, dos desportos e do lazer;
V - a integração dos diversos órgãos da Administração Municipal, visando assegurar nos
planejamentos urbanos, a reserva de áreas adequadas à implantação de instalações desportivas e a
prática das atividades do desporto de massa;
VI - a garantia de uma utilização prioritária dos logradouros e centros esportivos municipais para o
desenvolvimento de atividade físicas, desportivas, recreativas e de lazer;
VII - o incetivo aos programas para deficientes físicos e idosos;
VIII - o estímulo para a criação de associações desportivas especializadas, bem como a realização de
certames e práticas desportivas formais e não formais;
IX - a oferta de facilidade e estímulos em geral, além do atendimento médico-odontológico, aos
integrantes de representações desportivas do Município;

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X - a organização e manutenção atualizada de registro de entidades e associações desportivas, bem
como, a promoção periódica de levantamentos estatísticos e o cadastramento do setor esportivo;
XI - a realização de convênios com as secretarias de educação do Estado e do Município, a fim de
implantar um sistema de fiscalização e apoio aos departamentos de educação física dos
estabelecimentos de ensino do Município.

Art. 240. Por iniciativa do Executivo, a lei estabelecerá normas para a aprovação de novos loteamentos
e conjuntos residenciais, de forma a contemplar a implantação de áreas com recursos mínimos para a
prática desportiva, com a possibilidade para uma expansão segundo os interesses e maior frequência de
usuários.

Art. 241. A Câmara de Vereadores votará lei, de iniciativa do Executivo, dispondo sobre a concessão
de incentivos fiscais às pessoas físicas ou jurídicas que, por meio de processo regulamentar aprovado
pelos órgãos competente, vier a oferecer efetivo patrocínio a equipes desportivas de alto rendimento, não
profissionais, que possam representar o Município em certames de que venha participar.

CAPÍTULO II
DA SAÚDE

Art. 242. A saúde é direito de todos e dever do Município, assegurando mediante política econômica e
ambiental que visem a prevenção e ou eliminação de risco de doenças, e outros agravos e ao acesso
universal igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 243. As ações e serviços de saúde são de natureza pública. O Mmunicípio disporá, nos termos da
lei, a regulamentação e controle.

Art. 244. As ações e serviços de saúde prestados através do SUS - Sistema Único de Saúde,
respeitadas a seguintes diretrizes:
I - descentralizada e em direção única no Município;
II - integração das ações e serviços de saúde adequados às diversas realidades epidemiológicas;
III - utilização da assistência de igual qualidade, com instalação e acesso a todos os níveis de serviços
de saúde à população;
IV - participação partidária, em nível de direção, de entidades representativas de usuários,
trabalhadores de saúde e prestadores de serviços na formulação, gestão e controle das política e ações
de saúde do Município;
V - participação direta do usuário e trabalhador da saúde a nível das unidade prestadoras de saúde,
no controle de suas ações e serviços.

Art. 245. O Sistema Municipal de Saúde será financiado com recursos do orçamento do Município, do
Estado, da Seguridade Social e da União, além de outras fontes.
Parágrafo único. Os recursos financeiros do Sistema Municipal de Saúde serão administrados pelo
órgão municipal de saúde, sujeitados ao planejamento e controle do Conselho Municipal de Saúde.

Art. 246. As instituições privadas poderão participar, em caráter supletivo, do Sistema de Saúde do
Município, seguindo as diretrizes deste, mediante contrato de direito público, com preferências às
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
Parágrafo único. O orçamento anual do Município, consignará, obrigatoriamente, a destinação de
recursos públicos, como auxílio ou subvenção a hospitais beneficentes, sem fins lucrativos, estabelecidos
no Município, reconhecidos de utilidade pública.

Art. 247. É de responsabilidade do Sistema Único de Saúde, no Município, garantir o cumprimento das
normas legais que dispuserem sobre as condições e requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos
e substâncias humanas para fim de transplante, pesquisa ou tratamento, bem como a coleta, o
processamento e a transfusão de sangue e seus derivados, vedado todo tipo de comercialização.
Parágrafo único. Ficará sujeito à penalidade, na forma da lei, o responsável pelo não cumprimento da
legislação relativa à comercialização do sangue e seus derivados, dos órgãos, tecidos e substâncias
humanas.

Art. 248. Ao Sistema de Saúde do Município compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

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I - gestão, planejamento, controle e avaliação da politica de saúde do município, estabelecida em
consonância com o inciso IV do art. 244, através da Constituição do Conselho Municipal de Saúde;
II - garantir a assistência integral à saúde, respeitadas as necessidades específicas de todos os
seguimentos da população;
III - participar da formação da política e da execução das ações de saneamento básico e proteção ao
meio ambiente;
IV - oferecer ao usuário do Sistema Municipal de Saúde, através de equipe multi-prifissionais, todas
as formas de tratamento e assistência, incluindo-se práticas alternativas reconhecidas, garantindo efetiva
liberdade de escolha do usuário;
V - garantir, no que diz respeito à rede convencionada e ou contratada:
a a co-responsabilidade pela quantidade dos serviços prestados;
b que a assistência prestada seja progressivamente substituída pela rede pública.
VI - estabelecer normas, fiscalizar e controlar edificações e instalações, estabelecimentos, atividades,
procedimentos, produtos, substâncias e equipamentos, que interfiram individual e coletiva, incluindo os
referentes à saúde do trabalhador;
VII - propor atualizações periódicas do código sanitário municipal;
VIII - prestação de serviços de saúde, de vigilância sanitária e epidemiológica, incluindo os relativos à
saúde do trabalhador, além de outros de responsabilidade do sistema de saúde;
IX - participar do controle e da fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias
de proteção ao meio ambiente, inclusive o do trabalho, garantindo:
a medidas que visem a eliminação de riscos de acidentes e doenças de trabalho, de modo a garantir
a saúde física e mental e a vida dos trabalhadores;
b informação aos trabalhadores a respeito de atividades que comportem riscos à saúde e dos
resultados das avaliações realizadas;
c nos ambientes de trabalho com riscos de vida e a saúde e, em descordo com o Código Sanitário,
que seja assegurado o direito de recusa ao trabalho, sem perda de emprego e sem redução salarial;
d estabilidade, com readaptação se necessário, aquele que sofrer acidente de trabalho com perda
irreparável e aos portadores de doença de trabalho;
e transferência de função das trabalhadoras gestantes quando houver risco ao desenvolvimento da
gestação.
X - formulação e implantação de política de atendimento à saúde da mulher, em todas as fases da sua
vida, garantindo o direito a auto-regulação da fertilidade, com livre decisão da mulher ou do casal, tanto
para exercer a procriação como para evitá-la, competindo ao Sistema de Saúde do Município, fornecer
os recursos educacionais, vedada qualquer forma coercitiva ou de indução por parte do serviço público
ou privado;
XI - formulação e implantação de política de atendimento à saúde das pessoas portadores de
deficiências, de modo a garantir a prevenção de doenças ou condições que favoreçam o seu surgimento,
assegurando o direito a habilitação e reabilitação com todos os recursos necessários, visando:
a criação de condições que garantam às pessoas deficientes o acesso aos materiais e equipamentos
de reabilitação;
b garantir a democratização das instituições de reabilitação e ou das entidades prestadores de serviço
através de descentralização e da participação dos usuários nas decisões pertinentes aqueles órgãos e
nas referentes ao seu tratamento, possibilitando a colaboração de pessoas e profissionais indiretamente
envolvidos no processo junto à equipe multidisciplinar.
XII - formulação e implantação de ações de saúde mental que obedecerão os seguintes princípios:
a rigoroso a respeito dos direitos do doente mental, inclusive quando internado;
b estabelecimento de uma política de desospitalização que priorize e amplie atividades e serviços
preventivos e extra-hospitalares, incluindo a proibição de construção de hospitais psiquiátricos públicos e
vedada a construção de novos leitos psiquiátricos.
Parágrafo único. O Conselho Municipal de Saúde terá seu regimento interno (composição e
regularização), aprovado em assembléia popular de saúde, consoante dispuser a lei.

CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 249. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho, à família e à comunidade;

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IV - a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência física e mental e à promoção
de sua integração à vida comunitária.

Art. 250. A lei disporá sobre a composição, atribuições e funcionamento do Conselho Municipal de
Assistência e Promoção Social.

Art. 251. Observada a política de assistência social do município, o Poder Público poderá conveniar-
se com entidades sociais privadas.

CAPÍTULO IV
DA PROTEÇÃO À FAMÍLIA, À CRIANÇA, AO ADOLESCENTE AO IDOSO E AOS PORTADORES
DE DEFICIÊNCIA

Art. 252. Cabe ao Poder Público, bem como à família, assegurar à criança, ao adolescente, ao idoso
e aos portadores de deficiências, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à conveniência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e agressão.

Art. 253. O Município promoverá programas especiais, admitindo a participação das entidades não
governamentais e tendo como propósito:
I - concessão de incentivo às empresas que adequam seus equipamentos, instalações e rotinas de
trabalho dos portadores de deficiência;
II - garantia às pessoas idosas de condições de vida apropriada, frequência e participação em todos
os equipamentos, serviços e programas culturais, educacionais, esportivos, recreativos e de lazer,
defendendo sua dignidade e visando à integração à sociedade;
III - integração social de portadores de deficiência mediante treinamento para o trabalho, conveniência
e facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos;
IV - prestação de orientação e de informações sobre a sexualidade humana e conceitos básicos da
instituição da família, sempre que possível de forma integrada aos conteúdos curriculares do ensino
fundamental e médico;
V - incentivos aos serviços e programas de prevenção de orientação contra entorpecentes, álcool e
drogas afins, bem como de encaminhamento de denúncias e atendimento especializado, referentes à
criança, ao adolescentes, ao adulto e ao idoso dependente.

Art. 254. O Município assegurará condições de prevenção de deficiências, com prioridade para
assistência ao pré-natal e à infância.
§ 1º É assegurado, na forma da lei, aos portadores de deficiências e aos idosos, acesso adequado aos
logradouros e edifícios de uso público, bem como veículos de transporte coletivo urbano.
§ 2º O Município propiciará, por meio de financiamentos, aos portadores de deficiência a aquisição dos
equipamentos que se destinam a uso pessoal e que permitem a correção, diminuição e superação de
usas limitações, segundo condições a serem estabelecidas em lei.

CAPÍTULO V
DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 255. Criação de um órgão público de abastecimento popular ou, em convênio, com a Secretaria
de Estado, promover a realização de varejões, comboios, grupos de compras, entre outros, que venham
beneficiar a população de baixa renda de nosso Município.

Art. 256. Criação de um Sistema Municipal de Defesa do Consumidor, vinculado ao PRODECON do


Estado de São Paulo, com poder de fiscalização sobre todo o comércio local, dirimindo dúvidas sobre
cálculos de mensalidade escolar, aluguéis, entre outros.

Art. 257. Lei municipal disporá sobre a criação do Fundo de Abastecimento Alimentar do Município,
FUNDALIMENTO, com o objetivo de desenvolver ou apoiar programas ou projetos que visem a produção
e aquisição de alimentos destinados a atender às necessidades do poder público municipal e a
distribuição entre os consumidores de baixo poder aquisitivo.

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§ 1º O FUNDALIMENTO atuará no âmbito municipal, podendo estender sua ação a outros Municípios,
através de acordo ou convênios.
§ 2º Para atingir seus objetivos de produção e abastecimento dos alimentos, o FUNDALIMENTO
poderá utilizar terras públicas ou particulares ociosas conforme disposto nesta Lei Orgânica.

TÍTULO VI
DO DESENVOLVIMENTO URBANO
CAPÍTULO I
DA POLÍTICA URBANA

Art. 258. O Município deverá organizar a sua administração, exercer suas atividades e promover sua
política de desenvolvimento urbano, dentro de um processo de planejamento permanente, atendendo aos
objetivos e diretrizes estabelecidos no plano diretor e mediante adequado sistema de planejamento.

Art. 259. A delimitação da zona urbana será definida por lei observado o estabelecido no plano diretor.

Art. 260. O plano diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e deverá:


I - ordenhar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade;
II - garantir as condições para assegurar o bem estar da população;
III - explicar os objetivos e as diretrizes do desenvolvimento e da expansão urbana;
IV - definir exigências fundamentais de ordenação da cidade;
V - delimitar as áreas onde o Poder Público estará autorizado, mediante lei específica, a exigir do
proprietário do solo urbano não edificado, subutilização ou não utilizado o seu adequado aproveitamento,
sob pena, sucessivamente de:
a parcelamento ou edificação compulsórios;
b imposto sobre a propriedade mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada
pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 (dez) anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
§ 1º As funções sociais da cidade devem ser entendidas como o uso socialmente justo e
ecologicamente equilibrado do território do município e a garantia dos direitos do cidadão à moradia,
saneamento básico, transporte, saúde, educação, segurança, lazer, preservação do patrimônio ambiental
e cultural e ao desenvolvimento do comércio e da produção.
§ 2º A propriedade cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação
da cidade expressas no Plano Diretor.
§ 3º O Plano Diretor dever abranger a totalidade do território do Município, entendido este como zona
urbana, zona de expressão e zona rural.
§ 4º As diretrizes do Plano Diretor deverão prever a destinação de áreas públicas para a construção
de equipamentos sociais de interesse geral da população do Município.
§ 5º As normas municipais de edificação parcelamento, uso e ocupação do solo e proteção ao meio
ambiente atenderão às diretrizes do Plano Diretor.

Art. 261. O Plano Diretor será aprovado através de lei complementar, pela Câmara Municipal, pelo voto
da maioria absoluta de seus membros, exigido o mesmo quórum para a aprovação das leis que estejam
condicionadas ao atendimento de suas diretrizes e para as respectivas alterações.
§ 1º É atribuição do Poder Executivo a elaboração do anteprojeto do Plano Diretor, ao qual será dada
ampla publicidade.
§ 2º Cabe ao Poder Público estimular a ampla cooperação das entidades representativas da sociedade
civil loca, os órgãos do Poder Público, das escolas superiores e secundárias, durante o processo de
elaboração do Plano Diretor.
§ 3º São obrigatórias a divulgação prévia do Plano Diretor, através de seus anteprojeto, e a realização
de audiências públicas para esclarecimento da população e discussão do plano e das demais leis
referidas no caput deste artigo.
§ 4º As emendas populares ao Plano Diretor terão precedência na discussão e exame pela Câmara
Municipal, garantidas as audiências públicas para sua defesa, promovida pelo primeiro signatário de cada
uma delas.
§ 5º (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 34, de 17 de setembro de 2012)

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Art. 262. Após sua aprovação pela Câmara Municipal, o Plano Diretor poderá ser submetido a
referendo popular, por solicitação ex officio do Prefeito Municipal, de 1/3 (um terço) dos vereadores ou
5% (cinco por cento) dos habitantes do Município.

CAPÍTULO II
DA HABITAÇÃO

Art. 263. Ao desenvolver programas habitacionais, em cooperação com o Estado e com a União, o
Município dará preferência à moradia popular destinada à população de baixa renda.

Art. 264. O Município poderá vender à população de baixa renda lotes urbanizados com toda infra-
estrutura.

CAPÍTULO III
DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 265. A lei estabelecerá a política das ações e obras de saneamento básico municipal, respeitando
os seguintes princípios:
I - criação e desenvolvimento de mecanismos institucionais e financeiros, destinados a assegurar os
benefícios de saneamento à totalidade da população;
II - orientação técnica para os programas visando o tratamento de despejos urbanos e industriais e de
resíduos sólidos e fomento à implantação de soluções comuns, mediante planos regionais de ação
integrada.

Art. 266. O Município instituirá, por lei, Plano Plurianual de saneamento estabelecendo as diretrizes e
os programas para ações nesse campo.
§ 1º O plano, objeto deste artigo, deverá respeitar as peculiaridades regionais e as locais e as
característica das bacias hidrográficas e dos respectivos recursos hídricos.
§ 2º O Município assegurará condições para a correta alteração, necessária ampliação e eficiente
administração de serviços de saneamento básico prestados por concessionários.
§ 3º As ações de saneamento deverão prever a utilização racional de água, do solo e do ar, de modo
compatível com a preservação e melhoria da qualidade da saúde pública, do meio ambiente com
eficiência dos serviços públicos de saneamento.

Art. 267. O Município estabelecerá coleta diferenciada de resíduos industriais, hospitalares, de clínicas
médicas, odontológicas, farmácias, laboratórios de patologia, núcleos de saúde e outros
estabelecimentos cujos resíduos possam ser portadores de agentes patogênicos.
§ 1º Para efetivação desses serviços, o Executivo poderá cobrar taxas diferenciadas de acordo com
seus custos.
§ 2º A destinação dos resíduos tratados neste artigo será o aterro sanitário ou a incineração, podendo,
para sua implantação, o Executivo recorrer ao rateio de despesas e à formação de consórcio inclusive
com outros Municípios.

Art. 268. O Município indicará área comum, fora do perímetro urbano, para depósito de resíduos não
elencados no artigo anterior.

CAPÍTULO IV
DO SISTEMA VIÁRIO E DO TRANSPORTE

Art. 269. O Município adotará política de transporte coletivo visando:


I - a otimização do sistema de transporte, econômica e operacionalmente, de modo integrado nos
âmbitos urbano e rural, sempre que possível, no tocante à confiabilidade, qualidade de serviço e estrutura
tarifária.
II - a definição clara das atribuições e competências no processo de tomada de decisões dos
seguimentos representativos da população, do Poder Público e da iniciativa privada;
III - a criação de mecanismos para que a população participe das decisões referentes à política de
transportes a nível de identificação de prioridades, planejamento, estratégias, obtenção de recursos e
estabelecimento de tarifas e níveis de serviços para o sistema;

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IV - a identificação antecipada de deficiências no sistema, ocasionadas pelo desenvolvimento do
Município, para permitir a implantação de soluções.

Art. 270. O planejamento do sistema de transporte coletivos se norteará, mediante lei, basicamente
pelos seguintes objetivos:
I - atendimento à demanda, tendo em conta as flutuações horários, as semanais e sazonais, bem como
as linhas de desejo de deslocamento dos usuários e a abertura adequada da área urbana do Município;
II - funcionalidade, pela racionalização dos itinerários, eliminação de transbordos desnecessários,
agilidade no embarque e desembarque, constante acompanhamento da evolução da demanda e
continuar ajustes necessários;
III - econominidade, pela minimização dos cursos operacionais e de investimento, de modo a minimizar
a tarifa;
IV - flexibilidade, tendo em conta as necessidades de ajustes nas características do sistema, de modo
a mantê-lo rotineiramente adequado à demanda;
V - facilidade de implantação, visando às decisões à necessária agilidade requerida pelo transporte
coletivo;
VI - confiabilidade, assegurado rigoroso cumprimento de horário e itinerário, bem como a minimização
de panes em serviço;
VII - segurança, pela condução do equipamento pelos itinerários mais seguros na velocidade
adequada;
VIII - conforto, entendido como característica adequada do equipamentos, facilidade de embarque,
limpeza e asseio;
IX - apresentação, entendida como uma boa programação visual do equipamento, dos terminais e
pontos de parada e boa apresentação do pessoal de operação;
X - informação ao usuário, proporcionando aos passageiros diversas fontes de informação quanto ao
sistema de transporte coletivo, de modo a ganhar funcionalidade e aumento do nível de serviço;
XI - garantir passe escolar com 50% (cinquenta por cento) de desconto para professores e alunos.

Art. 271. Compete ao Município prover sobre transporte coletivo, que poderá ser operado através de
concessão, permissão ou mediante criação de autarquia.

CAPÍTULO V
DO MEIO AMBIENTE

Art. 272. Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipal e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Parágrafo único. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies
e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético e fiscalizar as entidades dedicadas
à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir os espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa
a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V - exigir, na forma da lei, nos projetos técnicos de obras e serviços públicos ou privados a serem
executados no município, o atendimento às exigências de proteção ao meio ambiente, aos recursos
naturais e aos bens do patrimônio histórico-cultural;
VI - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportam risco para a vida, a qualidade de vida e ao meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, que provoquem a extinção de espécies ou submetem os animais à crueldade;
VIII - promover a limpeza das vias e logradouros públicos, bem como a remoção e destinação do lixo
domiciliar, industrial e hospitalar, além de outros resíduos de qualquer natureza;
IX - as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, às sanções penais e administrativas, com aplicação de multas diárias e progressivas no caso

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de continuidade da infração ou reincidência, incluídas a redução do nível de atividade e a interdição,
independentemente da obrigação dos infratores de reparação aos danos causados;
X - definir sanções municipais aplicáveis nos casos de degradação do meio ambiente.

Art. 273. As práticas educacionais, culturais, desportivas e recreativas municipais privilegiarão a


preservação do meio ambiente e da qualidade de vida da população local.

Art. 274. As escolas municipais promoverão a inserção da disciplina de educação ambiental e a


conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

Art. 275. É dever do Poder Público instituir através de lei e implementar uma política municipal e de
preservação do meio ambiente que contempla sua função de controle e fiscalização e a necessidade de
sua utilização e definição de diretrizes para melhor aproveitamento no processo de desenvolvimento
econômico e social do Município, atendidas as diretrizes do Plano Diretor.
Parágrafo único. A lei instituir a Política Municipal de Preservação do Meio Ambiente, deverá ser
aprovada pela maioria dos membros da Câmara Municipal, garantidas a ampla divulgação e a
participação popular na sua elaboração.

Art. 276. A Lei de Uso e Ocupação do Solo, a Lei de Parcelamento do Solo e do Código de Obras
devem dispor sobre a preservação do meio ambiente, em consonância com a Política Municipal de
Preservação do Meio Ambiente, às quais aplicar-se-ão as mesmas regras do processo legislativo para a
sua aprovação, previstas no parágrafo anterior.

Art. 277. O Município participará do sistema integrado de gerenciamento de recursos hídricos previstos
no art. 205 da Constituição Estadual, isoladamente ou em consórcios com outros Municípios da mesma
bacia ou região hidrográfica, assegurado, para tanto, os meios financeiros e institucionais.

Art. 278. O Município criará o Sistema Municipal do Meio Ambiente, responsável pela elaboração,
implantação e fiscalização da Política Municipal do Meio Ambiente.
Parágrafo único. Compõem o Sistema Municipal do Meio Ambiente, nos termos da lei:
I - o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA);
II - o Serviço Municipal do Meio Ambiente.

Art. 279. São considerados de relevante interesse para fins de proteção ambiental, sendo sua
utilização condicionada à prévia autorização dos órgãos competentes, preservando seus atributos
essenciais:
I - o manancial da boa vista-estação ecológica da mata da Câmara e áreas adjacentes, até os limites
com as estradas públicas;
II - o imóvel de propriedade municipal conhecido como Brasital, e as áreas contíguas, situadas entre a
Rua São Paulo, Rua José Daniel Arnóbio e Avenida Aracaí;
III - o parque carambeí, conhecido como cascata do Junqueira;
IV - a estação experimental, situada no bairro do Cambará;
V - os parques, as praças e demais unidade públicas de lazer e proteção ambiental intraurbanas,
urbanizadas ou não;
VI - as áreas e bens de valor artístico, estético histórico, turístico e paisagístico.
Parágrafo único. O Poder Público Municipal, para atender ao que dispõe neste artigo, estabelecerá,
na forma da lei, as áreas e bens definidos no inciso VI, bem como a ocupação destes e dos espaços
previstos nos incisos I, II, III e V, considerando como princípios:
a apresentação e proteção da integridade de amostras de toda a diversidade de ecossistemas;
b a preservação e proteção de recursos naturais;
c a preservação e proteção do patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E DOS DESENVOLVIMENTO RURAL

Art. 280. O Município incentivará a produção agropecuária pela promoção, entre outras, das seguintes
ações:
I - incremento da prestação de assistência técnica;
II - implantação de serviço municipal de máquinas agrícolas;

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III - criação de bolsa municipal de arrendamento de terras;
IV - instalação de estação de fomento agropecuário;
V - estímulo à formação de conselho agrícola municipal.

Art. 281. O Município incrementará a circulação da produção agropecuária através, entre outras, das
seguintes ações:
I - estímulo à criação de canais alternativos de comercialização;
II - construção e manutenção de estradas vicinais;
III - construção, manutenção e administração de Matadouro Municipal;
IV - construção, manutenção e administração de armazém comunitário.

Art. 282. O Município incentivará o associativismo e participará de ações integradas para o


estabelecimento de zoneamento agrícola que oriente o desenvolvimento de programas regionais de
produção, armazenamento e abastecimento, bem como de preservação do meio ambiente.

TÍTULO VII
DA TRIBUTAÇÃO E DOS ORÇAMENTOS
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 283. O Município divulgará até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação os montantes
de cada um dos tributos arrecadados e dos recursos transferidos recebidos.

Art. 284. A isenção, a anistia e a remissão relativas a tributos e a penalidades só poderão ser
concedidos em caráter genérico e fundadas em interesse público justificado, sob pena de nulidade do
ato.

Art. 285. A concessão de dispensa de cumprimento de penalidade tributária, anistia ou perdão de


créditos, deverá ser feita por lei específica que trata exclusivamente do assunto.
Parágrafo único. O "quorum" para aprovação da lei que concede isenção, anistia ou remissão será de
maioria absoluta.

Art. 286. O Executivo fica obrigado a, no primeiro ano do mandato, reavaliar as isenções, anistias e
remissões em vigor e a propor as medidas cabíveis, até o final do referido exercício.
Parágrafo único. A ausência das medidas previstas no artigo anterior importam na manutenção das
isenções das anistias e das remissões.

Art. 287. Lei municipal estabelecerá a forma de impugnação do lançamento e do recurso cabíveis
quando mantido o lançamento.
Parágrafo único. Ao Prefeito caberá decidir do recurso ouvido o auxiliar direto, encarregado das
finanças municipais.

Art. 288. O Município é obrigado a prestar a todo contribuinte os esclarecimentos necessários sobre a
tributação municipal, devendo, para tal, manter serviço específico.

Art. 289. O contribuinte somente será obrigado ao pagamento de qualquer tributo ou multa desde que
regularmente notificado.

Art. 290. Qualquer notificação ao contribuinte deverá ser feita pessoalmente ou por via postal sob
registro, sendo que, na ausência do contribuinte, poderá ser feita ao seu representante ou preposto e, se
em lugar incerto e não sabido, por edital.

Art. 291. A notificação exigida será dispensada quando a autorização do pagamento do tributo se der
na forma estabelecida pela lei.

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Art. 292. A falta das medidas cabíveis na defesa das rendas municipais é considerada infração político-
administrativa, imputada ao Chefe do Executivo, independentemente da obrigação de ressarcir os
prejuízos causados ao erários municipal.

Art. 293. O Executivo é obrigado a encaminhar, junto com o projeto de lei orçamentária, demonstrativo
dos efeitos das isenções, das anistias e das remissões vigentes.

Art. 294. Incumbe ao Município:


I - auscultar, permanentemente, a opinião pública, para isso, sempre que o interesse público não
aconselhar o contrário, os Poderes Executivo e Legislativo divulgarão, com a devida antecedência, os
projetos de lei para o recebimento de sugestões;
II - adotar medidas para assegurar a celeridade na tramitação e solução dos expedientes
administrativos, punindo, disciplinarmente, nos termos da lei, os servidores faltosos;
III - facilitar, no interesse educacional do povo, a difusão e jornais e outras publicações periódicas,
assim como das transmissões pelo rádio e pela televisão;
IV - incentivar as atividades industriais, comerciais, agrícolas e de serviços, cooperando com as
entidades representativas dessas áreas econômicas;
V - adotar política de esclarecimento geral ao contribuinte, informando-lhe sobre a natureza de seus
direitos e obrigações;
VI - promover a defesa do consumidor, mantendo e aparelhando órgãos destinados a essa finalidade;
VII - incentivar o desenvolvimento econômico, através do fomento à pesquisa científica e tecnológica.

Art. 295. É licito a qualquer cidadão obter informações e certidões sobre assuntos referentes à
Administração Municipal.

Art. 296. Qualquer cidadão será parte legítima para pleitar a declaração de nulidade ou anulação dos
atos lesivos ao patrimônio municipal.

Art. 297. O Município não poderá dar nome de pessoas vivas e bens e serviços públicos de qualquer
natureza.
Parágrafo único. Para os fins deste artigo somente após seis meses do falecimento, poderá ser
homenageada qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes da vida social do Município, Estado ou
País. (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 33, de 2012)

Art. 298. Os cemitérios, no Município, terão somente caráter secular, e serão administrados pela
autoridade municipal, sendo permitido a todas as convicções religiosas praticar neles os seus ritos.
Parágrafo único. As associações religiosas e os particulares poderão, na forma da lei, manter
cemitérios próprios, fiscalizados, porém, pelo município, cujos imóveis constituirão bens de interesse
público, de circulação e usos controlados, não podendo ter outras destinação.

Art. 299. As zonas industriais atuais, deverão ser preservados nos termos da legislação vigente.

Seção II
Da Competência Tributária

Art. 300. O Sistema Tributário Municipal se submeterá, no que couber, às Constituições Federal e
Estadual, às leis complementares e ao disposto nesta Lei.

Art. 301. O Município poderá instituir os seguintes tributos:


I - impostos de sua competência, conforme descriminado na Constituição Federal;
II - taxas:
a decorrentes do regular exercício do poder de polícia administrativa;
b decorrentes da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos, específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte, ou postos à sua disposição.
Parágrafo único. O Município poderá, ainda, instituir:
a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;
b contribuições de previdência e assistência social, cobrada dos servidores municipais, para custeio,
em benefício destes, dos sistemas previdenciários e assistencial.

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Art. 302. A competência tributária é indelegável salvo as atribuições de fiscalizar tributos, de executar
leis, atos e decisões administrativas em matéria tributária.
Parágrafo único. A transferência das atribuições prevista neste artigo compreende as garantias e os
privilégios processuais que competem ao Município e, por ato unilateral seu, pode ser revogada a
qualquer tempo.

Art. 303. Não constitui delegação de competência o cometimento a pessoas de direito privado da
função de arrecadar tributos.

Art. 304. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetivamente a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimento e as atividades econômicas do contribuinte.

Art. 305. As contribuintes instituídas só poderão ser exigidas após decorridos 90 (noventa) dias da data
da publicidade da lei que as houver instituído ou modificado.

Seção III
Das Limitações da Competência Tributária

Art. 306. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município:
I - exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a em relação a fatos gerados ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado;
b no mesmo exercício financeiro me que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
IV - utilizar tributo para fins confiscatórios;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos intermunicipais,
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
VI - instituir imposto sobre:
a patrimônio ou serviço da União, dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios;
b templos de qualquer culto;
c patrimônio ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;
d livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
§ 1º A vedação configurada na letra "a" é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio e aos serviços vinculados às suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.
§ 2º A vedação configurada na letra "a" no parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio e aos
serviços, relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis e
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel.
§ 3º As vedações expressas nas letras "b" e "c"compreendem somente o patrimônio e os serviços
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

Art. 307. É vedado ao Município estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer
natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Art. 308. Não é devida taxa relativa ao direito de petição em defesa de direito ou contra ilegalidade ou
abuso de poder, nem relativa à obtenção de certidões para a defesa de direitos a esclarecimentos de
situações de interesse pessoal.

Art. 309. As taxas não poderão ter base de cálculo idêntica à de impostos.

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Seção IV
Dos Impostos do Município

Art. 310. Compete ao Município instituir impostos sobre:


I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter-vivos", a qualquer título, por ato, oneroso, de bens móveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a
sua aquisição;
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado, definidos em lei
complementar.
Parágrafo único. O imposto previsto no inciso I deverá ser progressivo nos termos de lei municipal, de
forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

Art. 311. O Executivo fica obrigado a apurar, todos os anos, o valor venal dos imóveis, de acordo com
os valores imobiliários vigentes em 1º de janeiro de cada exercício, para fins do lançamento do imposto
a que se refere o inciso I, do artigo anterior.

Art. 312. O Executivo fica obrigado a apurar o valor venal dos imóveis, de acordo com os valores
imobiliários vigentes à data de cada transação, para fins de cobrança do imposto a que se refere o inciso
II, do art. 310 desta Lei.

Art. 313. O imposto previsto no inciso II, do art. 309 desta Lei:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica
em realização de capital, nem sobre e transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão,
incorporação, cisão ou extinção de pessoas jurídicas, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante
do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil;
II - compete ao Município da situação do bem.

Art. 314. Serão observados, nos termos da lei complementar da União:


I - as alíquotas máximas dos impostos previstos nos incisos III e IV, do art.309, desta Lei;
II - a não incidência do imposto previsto no inciso IV, do art. 310, desta Lei, nas exportações de serviços
para o exterior.

Seção V
Dos Recursos Transferidos

Art. 315. São recursos transferidos ao Município:


I - o produto de arrecadação do imposto da União sobre a renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte , sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelo Município, suas autarquias e pelas
fundações que instituir e manter;
II - 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade
territorial rural, relativamente aos imóveis situados no Município;
III - 50% (cinquenta por cento) do produto de arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade
de veículos automotores licenciados em território do Município;
IV - 25% (vinte e cinco) do produto da arrecadação do Estado sobre operações relativas à circulação
de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação;
V - a parte correspondente ao Fundo de Participação dos Municípios - FPM, como estabelecido no
inciso I do art. 159 da Constituição Federal;
VI - a parte da arrecadação do imposto sobre operações financeiras, incidente na operação de origem
sobre o ouro, quando considerado ativo financeiro ou instrumento cambial, na forma do § 5º do art, 153
da Constituição Federal.

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CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS MUNICIPAIS
Seção I
Normas Gerais

Art. 316. As leis do plano plurianual das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual obedecerão às
regras estabelecidas na Constituição Federal, na Constituição do Estado, nas normas de direito financeiro
e nos preceitos desta Lei.

Art. 317. A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar federal.
Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, reclassificação, a
criação de cargos ou alteração de estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da Administração direta e da indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas: (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 38, de
2017)
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesas de pessoal
e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização legislativa específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedade de economia mista.
III - se houver prévio estudo de impacto atuarial a fim de se observar e garantir equivalência, do valor
presente, entre o fluxo das receitas estimadas e das obrigações projetadas, apuradas atuarialmente, a
longo prazo. (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 38, de 2017)

Art. 318. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos


suplementares e especiais, destinados à Câmara Municipal, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 (vinte) de
cada mês, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º da Constituição Federal.

Art. 319. O movimento de caixa do dia será publicado diariamente, por edital fixado no edifício da
Prefeitura e no da Câmara e os da Administração Indireta em suas respectivas sedes, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedade de economia mista.

Art. 320. As disponibilidades de caixa da Administração Direta e da Indireta serão depositadas em


instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.

Art. 321. O balancete relativo à receita e à despesa do mês anterior será encaminhados à Câmara
pelo Executivo e publicado mensalmente até o dia 20 (vinte), mediante edital fixado no edifício da
Prefeitura e no da Câmara.
§ 1º O Legislativo apresentará ao Executivo, até o dia 10 (dez) do mês seguintes, para fins de serem
incorporados aos balancetes e contabilidade geral do Município, os balancetes financeiros orçamentários
relativos ao mês anterior quando essa gestão de recursos por feita por ele.
§ 2º O Legislativo devolverá à Tesouraria da Prefeitura, até o final do exercício financeiro, o saldo do
numerário não comprometido que lhe for liberado para execução do seus orçamento.

Art. 322. O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.

Art. 323. Lei disciplinará o regimento de adiantamento, consistente na entrega de numerário aos
agentes e servidores municipais.

Art. 324. (Revogado pela Emenda à lei orgânica nº 22, de 30 de outubro de 2001)

Seção II
Dos Orçamentos

Art. 325. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o Plano Plurianual;
II - as Diretrizes Orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.

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§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da Administração
Pública Municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública
Municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, dispondo sobre as alterações na legislação tributária.
§ 3º A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal do Município, seus fundos, órgãos e entidades da Administração Direta e da
Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social.
§ 4º Os orçamentos, compatibilizados com o Plano Plurianual, terão entre suas funções a de reduzir
as desigualdades entre os distritos do Município, segundo critério populacional.
§ 5º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos suplementares e a
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receitas nos termos da lei.

Art. 326. Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais apreciados pela comissão permanente de orçamento, finanças e
contabilidade, à qual caberá:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Prefeito Municipal;
II - examinar e emitir parecer sobres os planos e programas do Município e exercer o acompanhamento
e a fiscalização orçamentária e financeira, sem prejuízo da atuação das demais comissões da Câmara.
§ 1º As emendas ao projeto de lei orçamento anual ou aos projetos que modifiquem serão
apresentados na comissão permanentes de orçamento, finanças e contabilidade, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário.
§ 2º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
poderão ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas,
excluídas as que indicam sobre:
a dotação para pessoal e seus encargos;
b serviços da dívida;
c compromissos com convênios.
III - sejam relacionadas:
a com correção de erros ou omissões;
b com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 3º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o Plano Plurianual.
§ 4º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor modificações aos projetos
a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação na comissão permanente de orçamento,
finanças e contabilidade da parte cuja alteração é proposta.
§ 5º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta Seção,
as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 6º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de um inteiro e
dois décimos por cento da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo.
(Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 37, de 2015)
§ 7º É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 6º deste
artigo, em montante correspondente a um inteiro e dois décimos por cento da receita corrente líquida
realizada no exercício anterior. (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº 37, de 2015)
§ 8º Os valores correspondentes ao previsto no § 7º serão divididos em partes iguais ao número de
vereadores existentes na Câmara Municipal, sendo que 50% (cinquenta por cento) desses valores será
destinado à aplicação obrigatória em ações e serviços de saúde. (Incluído pela Emenda à lei orgânica nº
37, de 2015)
§ 9º Para o cumprimento do previsto nos §§ 6º, 7º e 8º deverá ser observado o previsto na Emenda
Constitucional nº 86, de 17 de março de 2015, ou alterações que a mesma venha sofrer. (Incluído pela
Emenda à lei orgânica nº 37, de 2015)

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Art. 327. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei Orçamentária
Anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares com prévia e específica autorização legislativa.

Art. 328. São vedados:


I - o início de programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou os adicionais;
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidades precisa,
aprovadas pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159 da Constituição Federal, a
destinação de recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensaio, como determinado pelo art.
212, da Constituição Federal e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, prevista no art. 165, § 8º, da Constituição Federal;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferências de recursos de uma categoria de
programação para outras ou de um órgão para o outro sem prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou a utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscais e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos;
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no Plano Plurianual, ou sem que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
§ 2º Os créditos especais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 4 (quatro) meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário será admitido para atender a despesa imprevisíveis e
urgentes, com as decorrentes de comoção interna ou calamidade pública, com edição de medida
provisória com força de lei, observado o que dispõem o art. 64 e parágrafo único, desta Lei.

São Roque, 5 de abril de 1990.


Severino Alves Filho Presidente Paulino Pereira 1º Secretário Celso Grande 2º Secretário Ademar
Marreiro Alfredo Fernandes Estrada Angelo Robbi Benedito Pereira Borges Brasílio de Oliveira Barros
Edson Inocêncio Caparelli Guido Guazzelli João Carlos de Sousa Freitas João de Castro Andrade Neto
João Paulo de Oliveira José Edydio Capuzzo José Ferreira Reguengo Sobrinho Nagib Mana

Seção III
Das Disposições Transitórias

Art. 1º Os projetos de leis orçamentárias serão enviados para a Câmara Municipal da seguinte forma:
(Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 29, de 2009)
I - o projeto do Plano Plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
do Prefeito subsequente, será encaminhado até o último dia do mês de maio do primeiro exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
(Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 29, de 2009)
II - o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado até o último dia útil do mês de maio
de cada exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa; (Redação dada pela Emenda à lei orgânica nº 29, de 2009)
III - o projeto de Lei Orçamentária Anual será encaminhado até o último dia do mês de setembro de
cada exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. (Redação
dada pela Emenda à lei orgânica nº 29, de 2009)

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Art. 2º O Executivo constituirá, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, uma Comissão Especial
composta por advogado e funcionários de apoio, com a incumbência de efetuar a regularização dos
loteamentos clandestinos no Município e em especial a regularização das terras devolutas.

Art. 3º O Executivo designará um funcionário de seu quadro, pelo prazo de 6 (seis) meses, e proverá
recursos materiais para auxiliar os servidores na criação da associação e da cooperativa de consumo dos
funcionários municipais.

Art. 4º O Executivo providenciará, no prazo máximo de um ano, a desativação da SANRODES,


revertendo para o patrimônio municipal os seus bens e incorporando ao seu quadro os seus servidores.

Art. 5º O Chefe do Poder Executivo, no prazo de 6 (seis) meses, enviará à Câmara Municipal, projeto
de lei contendo normas relativas à estruturação e organização do FUNDALIMENTO.

Art. 6º Dentro de 6 (seis) meses, o Executivo enviará à Câmara projeto de lei complementar de
organização da Procuradoria Geral do Município, conforme estatuído no art. 173 desta Lei Orgânica.

Art. 7º O Executivo deverá reavaliar as isenções, as anistias e as remissões vigente, propondo ao


Poder Legislativo as medidas cabíveis.
§ 1º Considerar-se-ão revogadas, após 2 (dois) anos, a partir da data da promulgação da Constituição
Federal, as isenções, as anistias e as remissões que forem confirmadas por lei.
§ 2º A revogação não prejudicará os direitos adquiridos.

Art. 8º Fica assegurado a aplicação da legislação tributária anterior à vigência do Sistema Tributário
Municipal, no que não seja com ele incompatível.

Art. 9º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, incisos I e II, da
Constituição Federal, serão obedecidas as seguintes normas:
a o Prefeito deve encaminhar à Câmara Municipal e ao Tribunal de Contas do Estado a sua prestação
de contas e ada Mesa da Câmara relativas à gestão financeira, orçamentária e patrimonial do Município
referentes ao exercício imediatamente anterior, até o dia 31 de março de cada ano;
b o Prefeito colocará à disposição da Câmara, dentro de 10 (dez) dias de sua requisição, as quantias
que devem ser dispendidas de uma só vez e, até o dia 20 (vinte) de cada mês, a parcela correspondente
ao duodécimo de sua dotação orçamentária, de acordo com a programação financeira de desembolso
encaminhada ao Executivo pelo Legislativo.

Art. 10. Até a promulgação da Lei Complementar referido no art. 169, da Constituição Federal, o
município não poderá despender com pessoal mais do que 65% (sessenta e cinco por cento) do valor
das respetivas receitas correntes.
Parágrafo único. Quando a respectiva despesa de pessoal exceder ou excedeu o limite previsto neste
artigo, com efeito retroativo a 5 de outubro de 1988, o Município deverá retornar aquele limite, reduzindo
o percentual excedente à razão de um quinto por ano.

Art. 11. Os fundos existentes na data da promulgação desta Lei Orgânica do Município, extinguir-se-
ão, se não forem ratificados pela Câmara Municipal no prazo de 180 (cento e oitenta) dias.

Art. 12. Até 31 de dezembro de 1990, as autarquias, as empresa públicas, as sociedades de economia
mista e as fundações, instituídas ou mantidas pelo Poder Público Municipal, incorporarão aos seus
regulamentos ou estatutos as normas desta Lei Orgânica do município, que digam respeito às suas
atividades e serviços.

Art. 13. Nos 10 (dez) primeiros anos da promulgação da Constituição Federal, o Poder Público
Municipal desenvolverá esforços, com a mobilização de todos os setores organizados da sociedade e
com a aplicação de, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) dos recursos a que se refere o art. 212 da
Constituição Federal, para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental.

Art. 14. A Câmara Municipal de São Roque, editará no prazo máximo de 3 (três) meses, no mínimo
500 (quinhentos) exemplares da Lei Orgânica do Município, para distribuição gratuita aos interessados.

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Art. 15. Mantendo o valor originalmente fixado na legislatura anterior, a Câmara Municipal poderá, no
prazo de 90 (noventa) dias, proceder a uma única alteração dos critérios de reajuste da remuneração do
Prefeito e dos vereadores constantes, respectivamente, do decreto legislativo e da resolução, com o
propósito de possibilitar a constante atualização da expressão monetária, a fim de preservar o seu valo
real.

Severino Alves Filho


Presidente

Questões

01. Segundo dispõe a lei orgânica de São Roque/SP, julgue o item a seguir:
O Plenário, órgão máximo de deliberação da Câmara de Vereadores, é composto pelos vereadores no
exercício do mandato.
( ) Certo ( ) Errado

02. Segundo dispõe a lei orgânica de São Roque/SP, julgue o item a seguir:
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das
entidades da administração indireta, quando à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de
subvenções e renúncia de receitas próprias ou repassadas será exercida pela Câmara de Vereadores,
mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo, conforme previsto
em lei.

( ) Certo ( ) Errado

03. Segundo dispõe a lei orgânica de São Roque/SP, julgue o item a seguir:
No prazo de 5 (cinco) meses será regulamentada a utilização do referendo popular, mediante lei
complementar.
( ) Certo ( ) Errado

04. Segundo dispõe a lei orgânica de São Roque/SP, julgue o item a seguir:
O servidor, durante o exercício de mandato de vereador, será inamovível.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.Certo / 02.Certo / 03.Errado / 04.Certo

Comentários

01.Resposta: Certo
Art. 29. O Plenário, órgão máximo de deliberação da Câmara de Vereadores, é composto pelos
vereadores no exercício do mandato.

02.Resposta: Certo
Art. 68. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das
entidades da administração indireta, quando à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de
subvenções e renúncia de receitas próprias ou repassadas será exercida pela Câmara de Vereadores,
mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo, conforme previsto
em lei.

03.Resposta: Errado
Art. 72. No prazo de 6 (seis) meses será regulamentada a utilização do referendo popular, mediante
lei complementar.

04.Resposta: Certo
Art. 160. O servidor, durante o exercício de mandato de vereador, será inamovível.

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Regimento Interno.

RESOLUÇÃO Nº 13/1991, DE 30 DE OUTUBRO DE 19912

Dispõe sobre Regimento Interno da Câmara Municipal da Estância Turística de São Roque.
Paulino Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Estância Turística de São Roque, no uso de suas
atribuições legais, faz saber que a Câmara aprovou e ele promulga a seguinte Resolução:

TÍTULO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DAS FUNÇÕES DA CÂMARA

Art. 1º A Câmara Municipal é o órgão legislativo e fiscalizador do Município.

Art. 2º A Câmara compõe-se de Vereadores eleitos nas condições e termos da legislação vigente e
tem sua sede nesta cidade. (L.O.M. art. 17).
Parágrafo único. Caberá ao Presidente da Câmara comunicar às autoridades locais, em especial ao
Juiz da Comarca, o endereço da sede da Câmara.

Art. 3º A Câmara tem Funções legislativas, exerce atribuições de fiscalização externa, financeira e
orçamentária de controle e de assessoramento dos atos do Executivo e pratica atos de administração
interna.
§ 1º A função legislativa consiste em deliberar por meio de emendas à Lei Orgânica, leis, medidas
provisórias, decretos legislativos e resoluções sobre todas as matérias de competência do Município. (art.
30, CF e art. 54 da L.O.M.)
§ 2º A função de fiscalização, compreendendo a contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do
Município e das entidades da Administração indireta, é exercida com o auxílio do Tribunal de Contas do
Estado, compreendendo:
a apreciação das contas do exercício financeiro, apresentadas pelo Prefeito e pela Mesa da Câmara;
b acompanhamento das atividades financeiras do Município;
c julgamento da regularidade das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. (art. 71, II CF e art. 68 da LOM)
§ 3º A função de controle é de caráter político-administrativo e se exerce sobre o Prefeito, Subprefeitos,
Secretários Municipais, Mesa do Legislativo e Vereadores mas não se exerce sobre os agentes
administrativos, sujeitos à ação hierárquica.
§ 4º A função de assessoramento consiste em sugerir medidas de interesse público ao Executivo,
mediante indicações.
§ 5º A função administrativa é restrita à sua organização interna, à regulamentação de seu
funcionalismo e à estruturação e direção de seus serviços auxiliares. (CF art. 51, IV; art. 20,VI da LOM)

Art. 4º A Câmara Municipal instalar-se-á no dia 1° de janeiro de cada legislatura, às 10 horas, em


sessão solene, independente de número, sob a presidência do Vereador mais votado dentre os presentes,
que designará um de seus pares para secretariar os trabalhos e dará posse ao Prefeito, Vice-Prefeito e
Vereadores. (art. 29, III, CF; art. 25 e 83 da LOM)

Art. 5º O Prefeito, Vice-Prefeito e os Vereadores eleitos deverão apresentar seus diplomas à Secretaria
Administrativa da Câmara, antes da sessão de instalação.

Art. 6º Na sessão solene de instalação observar-se-á o seguinte procedimento:


I - o Prefeito e os Vereadores deverão apresentar, no ato da posse, documento comprobatório da
desincompatibilização, sob pena de extinção do mandato; (art. 38, § 2°; 47, IV; 83,§ 1° e 98, IV da LOM)

2 Disponível em https://www.legislacaodigital.com.br/SaoRoque-SP/Resolucoes/13-1991 acesso em 19.08.2019

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II - na mesma ocasião, o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores deverão apresentar, declaração
pública de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando de ata o seu resumo, sob pena
de cassação de mandato; (art. 38, § 2° II; 83, § 3°, 100, I e 106 da LOM)
III - o Vice-Prefeito apresentará documento comprobatório de desincompatibilização no momento em
que assumir o exercício do cargo; (art. 106 da LOM)
IV - os Vereadores presentes, regularmente diplomados, serão empossados após prestarem o
compromisso, lido pelo Presidente, nos seguintes termos: "Prometo exercer, com dedicação e lealdade,
o meu mandato, manter e cumprir a Constituição, observar as leis, defendendo os interesses do Município
e o bem geral de sua população". Ato contínuo, em pé, os demais Vereadores presentes dirão: "Assim o
prometo". (art. 38; da LOM)
V - o Presidente convidará, a seguir, o Prefeito e o Vice-Prefeito eleitos e regularmente diplomados a
prestarem o compromisso a que se refere o inciso anterior, e os declarará empossados; (art. 83 da LOM)
VI - poderão fazer uso da palavra, pelo prazo máximo de dez minutos, um representante de cada
bancada ou bloco parlamentar, o Prefeito, o Vice-Prefeito, o Presidente da Câmara e um representante
das autoridades presentes.

Art. 7º Na hipótese de a posse não se verificar na data prevista no artigo anterior, a mesma deverá
ocorrer:
I - dentro do prazo de quinze dias a contar da referida data, quando se tratar de Vereador, salvo motivo
justo aceito pela Câmara; (art. 38, § 1° da LOM)
II - dentro do prazo de dez dias da data fixada para a posse, quando se tratar de Prefeito e Vice-
Prefeito, salvo motivo justo aceito pela Câmara; (art. 83, § 2° da LOM)
III - na hipótese de não realização de sessão ordinária ou extraordinária nos prazos indicados neste
artigo, a posse poderá ocorrer na Secretaria da Câmara, perante o Presidente ou seu substituto legal,
observados todos os demais requisitos, devendo ser prestado o compromisso na primeira sessão
subsequente;
IV - prevalecerão, para os casos de posse superveniente ao início da legislatura, seja de Prefeito, Vice-
Prefeito ou Suplente de Vereador, os prazos e critérios estabelecidos neste artigo.

Art. 8º O exercício do mandato dar-se-á, automaticamente com a posse, assumindo o Prefeito todos
os direitos e deveres inerentes ao cargo.
Parágrafo único. A transmissão do cargo, quando houver, dar-se-á no Gabinete do Prefeito, após a
posse.

Art. 9º A recusa do Vereador eleito a tomar posse importa em renúncia tácita ao mandato, devendo o
Presidente da Câmara, após o decurso do prazo estipulado no art. 7°, inciso I, declarar extinto o mandato
e convocar o respectivo suplente. (art. 47, VI da LOM)

Art. 10. Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o cargo o Vice-Prefeito e, na falta ou
impedimento deste o Presidente da Câmara. (art. 90 e 91 da LOM)

Art. 11. A recusa do Prefeito eleito a tomar posse importa em renúncia tácita ao mandato, devendo o
Presidente da Câmara, após o decurso do prazo estabelecido no art. 7°, inciso II, declarar a vacância do
cargo. (art. 90, parágrafo único da LOM)
§ 1º Ocorrendo a recusa do Vice-Prefeito a tomar posse, observar-se-á o mesmo procedimento
previsto no "caput" deste artigo.
§ 2º Ocorrendo a recusa do Prefeito e do Vice-Prefeito, o Presidente da Câmara deverá assumir o
cargo de Prefeito, até a posse dos novos eleitos. (art. 91 da LOM)

TÍTULO II
DA MESA
CAPÍTULO I
DA ELEIÇÃO DA MESA

Art. 12. Logo após a posse dos vereadores no primeiro ano da legislatura, do Prefeito e do Vice-
Prefeito, proceder-se-á, ainda sob a presidência do vereador mais votado dentre os presentes, à eleição
dos membros da Mesa Diretora da Câmara.
Parágrafo único. Na eleição da Mesa Diretora, o Presidente em exercício tem direito a voto.

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Art. 13. A Mesa diretora da Câmara Municipal será eleita para um mandato de 1 (um) ano, permitida
uma recondução pelo mesmo período e para o mesmo cargo.

Art. 14. A Mesa da Câmara se comporá do Presidente, 1° Vice-Presidente, 2° Vice-Presidente, 1°


Secretário e 2° Secretário.

Art. 15. A eleição da Mesa Diretora da Câmara proceder-se-á em votação nominal e por maioria
simples de votos, presentes, pelo menos, a maioria absoluta dos membros da Câmara.
Parágrafo único. Na composição da Mesa é assegurada, na medida do possível, a participação
proporcional dos partidos com representação na Câmara Municipal.

Art. 16. Na eleição da Mesa Diretora, observar-se -ão os seguintes procedimentos:


I - realização, por ordem do Presidente, da Chamada regimental, para verificação do "quorum";
II - observar-se-á o “quórum” de maioria absoluta para o primeiro e, se houver, segundo escrutínio.
III - registro junto à Mesa Diretora, individualmente ou por partidos ou blocos partidários;
IV - preparação da folha de votação;
V - chamada dos vereadores para votação nominal;
VI - apuração da contagem dos voto que será determinada pelo Presidente acompanhada por 1 (um)
ou mais vereadores indicados por um partido político ou blocos partidários;
VII - leitura, pelo Presidente, dos nomes dos votados para os respectivos cargos;
VIII - redação, pelo Secretário e leitura pelo Presidente, do resultado da eleição na ordem decrescente
dos votos;
IX - realização de segundo escrutínio com os vereadores mais votados para o cargo, que tenham igual
número de votos;
X - persistindo o empate, será declarado eleito, para cada cargo, o vereador mais votado na Eleição
Municipal;
XI - proclamação, pelo Presidente, do resultado final e posse imediante dos eleitos.

Art. 17. Na hipótese de não se realizar realizar a sessão ou a eleição, por falta de número legal, quando
do início da legislatura, o Vereador mais votado dentre os presentes permanecerá na presidência e
convocará sessões diárias até que seja eleita a Mesa. (art. 25, § 3° da LOM)
Parágrafo único. Observar-se-á o mesmo procedimento na hipótese de eleição anterior nula.

Art. 18. A eleição para renovação da Mesa Diretora, no ano seguinte será realizada na primeira
quinzena de dezembro, em dia útil, em horário regimental, observando-se o mesmo procedimento previsto
neste Capítulo, assumindo os eleitos o exercícios de suas funções em 1° de janeiro do ano subsequente.

Art. 19. O Presidente da Mesa Diretora é o Presidente da Câmara Municipal.

Art. 20. A Mesa reunir-se-á ordinariamente, uma vez por quinzena, em dia e hora pré-fixados e,
extraordinariamente sempre que convocada pelo Presidente ou pela maioria de seus membros.
Parágrafo único. Perderá o cargo o membro da Mesa que deixar de comparecer a cinco reuniões
ordinárias consecutivas, sem causa justificada.

Art. 21. Os membros da Mesa não poderão fazer parte de liderança.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DA MESA E SEUS MEMBROS
Seção I
Das Atribuições da Mesa

Art. 22. À Mesa, na qualidade de órgão diretor, incumbe a direção dos trabalhos legislativos e dos
serviços administrativos da Câmara.

Art. 23. Compete à Mesa, dentre outras Atribuições estabelecidas em lei, neste Regimento ou por
Resolução da Câmara, ou delas implicitamente decorrentes:
I - propor projetos de lei nos termos do que dispõe o art. 61 "caput" da Constituição Federal e art. 60,
§ 1°, da Lei Orgânica Municipal;
II - propor projetos de decreto legislativo dispondo sobre:

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a licença do Prefeito para afastamento do cargo;
b autorização ao Prefeito para, por necessidade de serviço, ausentar-se do Município por mais de
quinze dias;
c fixação da remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito para a legislatura subsequente, sem, prejuízo
da iniciativa de qualquer vereador na matéria, até o dia 10 de setembro do último ano da legislatura; (art.
29, V, CF)
d concessão de férias anuais ao Prefeito, nos termos do que dispõe o art. 88, IV da Lei Orgânica
Municipal;
III - propor projetos de resolução dispondo sobre:
a sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos
ou Funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (art. 51, IV, CF e art. 20, VI da LOM)
b concessão de licença aos Vereadores, nos termos do que dispõe o art. 40, § 2° da Lei Orgânica
Municipal.
c fixação de remuneração dos vereadores e a verba de representação do Presidente da Câmara, para
a legislatura subsequente, sem prejuízo da iniciativa de qualquer vereador na matéria até o dia 10 de
setembro do último ano da legislatura; (art. 29, V, CF e art. 20, VIII da LOM)
IV - propor ação de inconstitucionalidade, por iniciativa própria ou a requerimento de qualquer Vereador
ou Comissão; (art. 90, II CE)
V - promulgar emendas à LOM;
VI - conferir a seus membros Atribuições ou encargos referentes aos serviços legislativos ou
administrativos da Câmara;
VII - fixar diretrizes para a divulgação das atividades da Câmara;
VIII - adotar medidas adequadas para promover e valorizar o Poder Legislativo e resguardar o seu
conceito perante a comunidade;
IX - adotar as providências cabíveis, por solicitação do interessado, para a defesa judicial ou
extrajudicial de Vereador contra a ameaça ou a prática de ato atentatório ao livre exercício e às
prerrogativas constitucionais do mandato parlamentar;
X - apreciar e encaminhar pedidos escritos de informação ao Prefeito e aos Secretários Municipais;
XI - declarar a perda de mandato de Vereador, nos termos do art. 48 da Lei Orgânica Municipal;
XII - autorizar licitações, homologar seus resultados e aprovar o calendário de compras;
XIII - apresentar ao Plenário, na sessão de encerramento do ano legislativo, resenha dos trabalhos
realizados, precedida de sucinto relatório sobre o seu desempenho;
XIV - sugerir ao Prefeito, através de indicação, a propositura de projeto de lei que disponha sobre
abertura de créditos suplementares ou especiais, da Câmara Municipal, cobertos com recursos do
Executivo;
XV - elaborar e encaminhar ao Prefeito até 15 de setembro, a proposta orçamentária da Câmara, a ser
incluída na proposta do Município e fazer, mediante ato, a discriminação analítica das dotações
respectivas, bem como alterá-las, quando necessário; (art. 28, I, da LOM)
XVI - se a proposta não for encaminhada no prazo previsto no inciso anterior será tomado como base
o orçamento vigente para a Câmara Municipal; (art. 28, II da LOM)
XVII - suplementar, mediante ato, as dotações orçamentárias da Câmara, observado o limite da
autorização constante de lei orçamentária, desde que os recursos para sua cobertura sejam provenientes
de anulação total ou parcial de suas dotações; (art. 28, III da LOM)
XVIII - devolver à Fazenda Municipal, até o dia 31 de dezembro, o saldo de numerário que lhe foi
liberado durante o exercício; (art. 28, IV da LOM)
XIX - enviar ao Prefeito, até o dia 1° de março, as contas do exercício anterior; (art. 28, V, da LOM)
XX - enviar ao Prefeito, até o dia 10 do mês seguinte, para o fim de serem incorporados aos balancetes
do Município, os balancetes financeiros e suas despesas orçamentárias, relativos ao mês anterior; (art.
28, VI, da LOM)
XXI - designar, mediante ato administrativo, vereadores para missão de representação da Câmara
Municipal; (art.28, VII da LOM).
XXII - abrir, mediante ato, sindicâncias e processos administrativos e aplicação de penalidades;
XXIII - atualizar, mediante ato, a remuneração dos Vereadores, nas épocas e segundo os critérios
estabelecidos no ato fixador;
XXIV - assinar os autógrafos dos projetos de lei destinados à sanção e promulgação pelo Chefe do
Executivo;
XXV - assinar as atas das sessões da Câmara;

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§ 1º Os atos administrativos da Mesa serão numerados em ordem cronológica, com renovação a cada
legislatura.
§ 2º A recusa injustificada de assinatura dos atos da Mesa, ensejará o processo de destituição do
membro faltoso.
§ 3º A recusa injustificada de assinatura dos autógrafos destinados à sanção, ensejará o processo de
destituição do membro faltoso.

Art. 24. As decisões da Mesa serão tomadas por maioria de seus membros. (art. 25, § 5°, daLOM)
Parágrafo único. Os atos previstos no § 2°, do art. 302, do presente Regimento Interno, dependerão,
para sua eficácia, da assinatura de 2/3 (dois terços) dos membros da Mesa Diretora. (Incluído pela
Resolução nº 17, de 2012)

Seção II
Das Atribuições do Presidente

Art. 25. O Presidente é o representante legal da Câmara nas suas relações externas, competindo-lhe
as funções administrativas e diretivas internas, além de outras expressas neste Regimento ou decorrentes
da natureza de suas Funções e prerrogativas.

Art. 26. Ao Presidente da Câmara compete, privativamente:


I - Quanto às Sessões:
a presidi-las, suspendê-las ou prorrogá-las, observando e fazendo observar as normas vigentes e as
determinações deste Regimento;
b determinar ao Secretário a leitura da ata e das comunicações dirigidas à Câmara;
c determinar de ofício ou a requerimento de qualquer Vereador, em qualquer fase dos trabalhos, a
verificação de presença;
d declarar a hora destinada ao Expediente, à Ordem do Dia e à Explicação Pessoal e os prazos
facultados aos oradores;
e anunciar a Ordem do Dia e submeter à discussão e votação a matéria dela constante;
f conceder ou negar a palavra aos vereadores, nos termos deste Regimento, e não permitir divagações
ou apartes estranhos ao assunto em discussão;
g advertir o orador ou o aparteante quanto ao tempo de que dispõe, não permitindo que seja
ultrapassado o tempo regimental;
h interromper o orador que se desviar da questão em debate ou falar sem o respeito devido à Câmara
ou a qualquer de seus membros, advertindo-o e, em caso de insistência, cassando-lhe a palavra,
podendo, ainda suspender a sessão, quando não atendido e as circunstâncias assim exigirem;
i autorizar o Vereador a falar da bancada;
j chamar a atenção do orador quando se esgotar o tempo a que tem direito;
l submeter à discussão e votação a matéria a isso destinada, bem como estabelecer o ponto da
questão que será objeto da votação;
m decidir sobre o impedimento de Vereador para votar;
n anunciar o resultado da votação e declarar a prejudicialidade dos projetos por esta alcançados;
o decidir as questões de ordem e as reclamações;
p anunciar o término das sessões, avisando, antes, aos Vereadores sobre a sessão seguinte;
q convocar as sessões da Câmara;
r presidir a sessão ou sessões de eleição da Mesa do período seguinte;
s comunicar ao Plenário a declaração da extinção do mandato do Prefeito ou de Vereador, na primeira
sessão subsequente à apuração do fato, fazendo constar de ata a declaração e convocando
imediatamente o respectivo suplente, no caso de extinção de mandato de Vereador (art. 22, VI e 47 § 2°
da LOM);
II - quanto às atividades legislativas:
a proceder à distribuição de matéria às Comissões Permanentes ou Especiais;
b deferir, por requerimento do autor, a retirada de proposição, ainda não incluída na ordem do dia;
c despachar requerimentos;
d determinar o arquivamento ou desarquivamento de proposições, nos termos regimentais;
e devolver ao autor a proposição que não esteja devidamente formalizada, que verse matéria alheia à
competência da Câmara, ou que seja evidentemente inconstitucional ou antirregimental;
f recusar o recebimento de substitutivos ou emendas que não sejam pertinentes à proposição inicial;

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g declarar prejudicada a proposição em face de rejeição ou aprovação de outra com o mesmo objetivo,
salvo requerimento que consubstanciar reiteração de pedido não atendido ou resultante de modificação
da situação de fatos anteriores;
h fazer publicar os atos da Mesa e da Presidência, Portarias, Resoluções e Decretos Legislativos, bem
como as Leis por ele promulgadas; (art. 22, V da LOM e art. 66, §§ 1° e 7° CF)
i fazer publicar o inteiro teor do texto e da respectiva exposição de motivos de qualquer projeto de lei
recebido, antes de remetê-lo às Comissões;
j votar nos seguintes casos:
1. na eleição da Mesa Diretora;
2. quando a matéria exigir quórum qualificado sendo o último vereador a exercer o direito de voto;
3. nos demais resultados de empate.
l incluir na ordem do dia da primeira sessão subsequente, sempre que tenha esgotado o prazo previsto
para sua apreciação os projetos de lei de iniciativa do Executivo submetidos à urgência, e os vetos por
este oposto, observado o seguinte: (art. 64, § 2° e art. 66, § 6° da CF)
1. em ambos os casos ficarão sobrestadas as demais proposições até que se ultime a votação;
2. a deliberação sobre os projetos de lei submetidos a urgência têm prioridade sobre a apreciação do
veto.
m promulgar as Resoluções e os Decretos Legislativos bem como as Leis com sanção tácita, ou cujo
veto tenha sido rejeitado pelo Plenário; (art. 66, § 7°, CF)
n apresentar proposição à consideração do Plenário, devendo afastar-se da presidência para a discutir.
III - Quanto a sua competência Geral:
a substituir o Prefeito ou sucedê-lo na falta deste e do Vice-Prefeito, completando se for o caso, o seu
mandato ou até que se realizem novas eleições, nos termos da lei; (art. 83., § 2°, da LOM)
b representar a Câmara em juízo ou fora dele;
c nomear o Corregedor Administrativo eleito pela Câmara;
d dar posse ao Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores que não foram empossados no primeiro dia da
legislatura e aos suplentes de vereadores;
e declarar extinto o mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores nos casos previstos em lei; (art.
47, § 2°, 92, § 2° e 98, parágrafo único da LOM)
f expedir Decreto Legislativo de cassação de mandato de Prefeito e Resolução de cassação de
mandato de Vereador; (art. 50 e 99 da LOM)
g declarar a vacância do cargo de Prefeito, nos termos da Lei; (art. 98 e 99 da LOM)
h não permitir a publicação de pronunciamentos ou expressões atentatórias ao decoro parlamentar;
i zelar pelo prestígio e decoro da Câmara bem como pela dignidade e respeito às prerrogativas
constitucionais de seus membros;
j autorizar a realização de eventos culturais ou artísticos no edifício da Câmara fixando-lhes data, local
e horário;
l cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno;
m expedir Decreto legislativo autorizando referendo ou convocando plebiscito;
n encaminhar ao Ministério Público, as contas do Prefeito e da Mesa da Câmara, imediatamente após
a sua apreciação pelo Plenário, ainda que aprovadas;
o mandar publicar os pareceres do Tribunal de Contas sobre as contas do Prefeito e da Mesa da
Câmara, com as respectivas decisões do Plenário, remetendo-os a seguir, ao Tribunal de Contas da
União e do Estado.
IV - Quanto à Mesa:
a convocá-la e presidir suas reuniões;
b tomar parte nas discussões e deliberações com direito a voto;
c distribuir a matéria que dependa de parecer;
d executar as decisões da Mesa.
V - Quanto às Comissões:
a designar seus membros titulares e suplentes mediante comunicação dos Líderes ou Blocos
Parlamentares;
b destituir membro da Comissão Permanente em razão de faltas injustificadas;
c assegurar os meios e condições necessárias ao seu pleno funcionamento;
d convidar o Relator ou outro membro de Comissão para esclarecimento de parecer;
e convocar as Comissões Permanentes para a eleição dos respectivos Presidentes e Vice-
Presidentes;
f nomear os membros das Comissões Temporárias;
g criar, mediante ato, Comissões Parlamentares de Inquérito; (art. 32 da LOM)

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h preencher, por nomeação, as vagas verificadas nas Comissões Permanentes e Temporárias.
VI - Quanto às Atividades Administrativas
a comunicar a cada Vereador, por escrito, com antecedência mínima de 24 horas, a convocação de
sessões extraordinárias durante o período normal ou de sessão legislativa extraordinária durante o
recesso, quando a convocação ocorrer fora da sessão, sob pena de destituição; (art. 35, § 3° e 36, § 2°da
LOM)
b encaminhar processos às Comissões Permanentes e incluí-los na pauta;
c zelar pelos prazos do processo legislativo e daqueles concedidos às Comissões e ao Prefeito;
d dar ciência ao Plenário do relatório apresentado por Comissão Parlamentar de Inquérito; (art. 32, §
3°, "a" da LOM)
e remeter ao Prefeito, quando se tratar de fato relativo ao Poder Executivo, e ao Ministério Público
cópia de inteiro teor do relatório apresentado por Comissão Parlamentar de Inquérito quando esta concluir
pela existência de infração; (art. 32, § 3° "b" e "c" da LOM)
f organizar a Ordem do Dia, pelo menos 24 horas antes da sessão respectiva, fazendo dela constar
obrigatoriamente, com ou sem parecer das Comissões e antes do término do prazo, os projetos de lei
com prazo de apreciação, bem como os projetos e o veto de que tratam os arts. 64, § 2° e 66, § 6° da
Constituição Federal;
g executar as deliberações do Plenário;
h assinar a ata das sessões, os editais, as portarias e o expediente da Câmara;
VII - Quanto aos Serviços da Câmara;
a remover e readmitir funcionários da Câmara, conceder-lhes férias e abono de faltas;
b superintender o serviço da Secretaria da Câmara, autorizar nos limites do orçamento as suas
despesas e requisitar o numerário ao Executivo; (art. 22, VIII da LOM)
c apresentar ao Plenário até o dia 20 de cada mês, o balancete relativo às verbas recebidas e às
despesas realizadas no mês anterior; (art. 22, VIII da LOM)
d proceder às licitações para compras, obras e serviços da Câmara, obedecida a legislação pertinente;
e rubricar os livros destinados aos serviços da Câmara e de sua Secretaria, exceto os livros destinados
às Comissões Permanentes;
f fazer, ao fim de sua gestão, relatório dos trabalhos da Câmara.
VIII - Quanto às relações externas da Câmara:
a conceder audiências públicas na Câmara, em dias e horários pré-fixados;
b manter, em nome da Câmara, todos os contados com o Prefeito e demais autoridades;
c encaminhar ao Prefeito os pedidos de informações formulados pela Câmara;
d contratar advogado, mediante autorização do Plenário, para a propositura de ações judiciais e,
independentemente de autorização, para defesa nas ações que forem movidas contra a Câmara ou contra
ato da Mesa ou da Presidência;
e solicitar a intervenção no Município nos casos admitidos pela Constituição Estadual; (art. 149, CE)
f interpelar judicialmente o Prefeito, quando este deixar de colocar à disposição da Câmara, no prazo
legal, as quantias requisitadas ou a parcela correspondente ao duodécimo das dotações orçamentárias.
IX - Quanto à Polícia Interna:
a policiar o recinto da Câmara com o auxílio de seus funcionários, podendo requisitar elementos de
corporações civis ou militares para manter a ordem interna; (art. 22, VII da LOM)
b permitir que qualquer cidadão assista às sessões da Câmara, na parte do recinto que lhe é reservado,
desde que:
1. apresente-se convenientemente trajado;
2. não porte armas;
3. não se manifeste desrespeitosa ou excessivamente, em apoio ou desaprovação ao que se passa
no Plenário;
4. respeite os Vereadores;
5. atenda às determinações da Presidência;
6. não interpele os Vereadores;
c obrigar a se retirar do recinto, sem prejuízo de outras medidas, os assistentes que não observarem
os deveres elencados na alínea anterior;
d determinar a retirada de todos os assistentes, se a medida for julgada necessária;
e se, no recinto da Câmara for cometida qualquer infração penal, efetuar a prisão em flagrante
apresentando o infrator à autoridade competente, para lavratura do auto e instauração do processo crime
correspondente;
f na hipótese da alínea anterior, se não houver flagrante, comunicar o fato à autoridade policial
competente, para a instauração de inquérito;

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g admitir, no recinto do Plenário e em outras dependências da Câmara, a seu critério, somente a
presença dos Vereadores e funcionários da Secretaria Administrativa, estes quando em serviço;
h credenciar representantes, em número não superior a dois, de cada órgão da imprensa escrita, falada
ou televisada, que o solicitar, para trabalhos correspondentes à cobertura jornalística das sessões.
§ 1º O Presidente poderá delegar ao 1° Vice-Presidente, e na ausência deste ao 2° Vice-Presidente,
competência que lhe seja própria, nos termos do art. 37 deste Regimento.
§ 2º Sempre que tiver que se ausentar do Município por período superior a 48 horas, o Presidente
passará o exercício da Presidência ao 1° Vice-Presidente ou, na ausência deste, ao 2° Vice-Presidente.
§ 3º A hora do início dos trabalhos da sessão, não se achando o Presidente no recinto, será ele
substituído, sucessivamente, pelo 1° Vice-Presidente, 2° Vice-Presidente, 1° Secretário, ou, ainda, pelo
Vereador mais votado na eleição municipal dentre os presentes.
§ 4º Nos períodos de recesso da Câmara a licença do Presidente se efetivará mediante comunicação
escrita ao seu substituto legal.

Art. 27. Quando o Presidente estiver com a palavra no exercício de suas Funções, durante as sessões
plenárias, não poderá ser interrompido nem aparteado.

Art. 28. Será sempre computada, para efeito de "quórum", a presença do Presidente nos trabalhos.

Art. 29. O Presidente não poderá fazer parte de qualquer Comissão, ressalvadas as de representação.

Art. 30. Nenhum membro da Mesa ou Vereador poderá presidir a Sessão durante a discussão e
votação de matéria de sua autoria.

Subseção Única
Da forma dos atos do Presidente

Art. 31. Os atos do Presidente observarão a seguinte forma:


I - ato numerado, em ordem cronológica, nos seguintes casos:
a regulamentação dos serviços administrativos;
b nomeação de membros das Comissões Temporárias;
c matérias de caráter financeiro;
d designação de substitutos nas Comissões;
e outras matérias de competência da Presidência e que não estejam enquadradas como Portaria.
II - Portaria, nos seguintes casos:
a remoção, readmissão, férias, abono de faltas ou, ainda, quando se tratar de expedição de
determinações aos servidores da Câmara;
b outros casos determinados em Lei ou Resolução.

Seção III
Dos Vice-Presidentes

Art. 32. Compete ao 1° Vice-Presidente substituir o Presidente em suas faltas ou impedimentos em


Plenário.
Parágrafo único. Compete-lhe, ainda, substituir o Presidente fora do Plenário em suas faltas,
ausências, impedimentos ou licenças, ficando, nas duas últimas hipóteses, investido na plenitude das
respectivas Funções.

Art. 33. São atribuições do 1° Vice-Presidente.


I - mandar anotar, em livros próprios, os precedentes regimentais, para solução de casos análogos;
II - providenciar, no prazo máximo de 15 dias, a expedição de Certidões que forem solicitadas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situações, relativas a decisões, atos e contratos; (art. 5° XXXIV,
"b", CF)
III - dar andamento legal aos recursos interpostos contra atos da Presidência, da Mesa ou de
Presidente de Comissão;
IV - anotar, em cada documento, a decisão tomada;
V - promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário, sempre que o
Presidente deixar de fazê-lo, em igual prazo ao concedido a este; (art. 66, § 7°, CF)

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VI - superintender, sempre que convocado pelo Presidente, os serviços administrativos da Câmara
Municipal bem como auxiliá-lo na direção das atividades legislativas e de polícia interna.

Art. 33-A. Compete ao 2° Vice-Presidente substituir o Presidente na ausência ou impedimento


simultâneos deste e do 1° Vice-Presidente. (Incluído pela Resolução nº 13, de 2012)

Seção IV
Dos Secretários

Art. 34. São atribuições do 1° Secretário:


I - proceder à chamada dos Vereadores nas ocasiões determinadas pelo Presidente e nos casos
previstos neste Regimento, assinando as respectivas folhas;
II - ler a ata e a matéria do expediente bem como as proposições e demais papéis sujeitos ao
conhecimento ou deliberação do Plenário;
III - determinar o recebimento e zelar pela guarda das proposições e documentos entregues à Mesa,
para conhecimento e deliberação do Plenário;
IV - constatar a presença dos Vereadores ao se abrir a sessão, confrontando-a com o Livro de
Presença, anotando os presentes e os ausentes, com causa justificada ou não, consignando, ainda,
outras ocorrências sobre o assunto, assim como encerrar o referido livro ao final de cada sessão;
V - receber e determinar a elaboração de toda a correspondência oficial da Câmara, sujeitando- a ao
conhecimento, apreciação e assinatura do Presidente;
VI - fazer a inscrição dos oradores;
VII - superintender a redação da ata, resumindo os trabalhos da sessão e assinando-a juntamente com
o Presidente e o 2° Secretário;
VIII - secretariar as reuniões da Mesa redigindo em livro próprio, as respectivas atas;
IX - redigir as atas das sessões e efetuar as transcrições necessárias.
X - assinar, com o Presidente e o 2° Secretário, os atos da Mesa e os autógrafos destinados a sanção;
XI - substituir o Presidente na ausência ou impedimento simultâneos deste, do 1° Vice-Presidente e
do 2° Vice-Presidente.

Art. 35. Ao 2° Secretário compete a substituição do 1° Secretário em suas faltas, ausências,


impedimentos ou licenças, ficando, nas duas últimas hipóteses, investido na plenitude das respectivas
Funções;

Art. 36. São atribuições do 2° Secretário:


I - redigir a ata, sob a supervisão do 1 ° Secretário, resumindo os trabalhos da sessão;
II - assinar, juntamente com o Presidente e o 1° Secretário, os atos da Mesa, as atas das sessões e
os autógrafos destinados à sanção;
III - auxiliar o 1° Secretário no desempenho de suas Atribuições quando da realização das sessões
Plenárias.
Parágrafo único. Quando no exercício das atribuições de 1° Secretário, nos termos do art. 34 deste
Regimento, o 2° Secretário acumulará, com as suas, as Funções do substituído.

Seção V
Da Delegação de Competência

Art. 37. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização


administrativa, visando assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, e situá-las na proximidade
dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
§ 1º É facultado à Mesa, a qualquer de seus Membros e às demais autoridades responsáveis pelos
serviços administrativos da Câmara, delegar competência para a prática de atos administrativos.
§ 2º O ato de delegação indicará, com precisão, a autoridade delegante, a autoridade delegada e as
Atribuições objeto da delegação.

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Seção VI
Das Contas da Mesa

Art. 38. As contas da Mesa compor-se-ão de:


I - balancetes mensais, relativos às verbas recebidas e aplicadas, que deverão ser apresentadas ao
Plenário pelo Presidente, até o dia 20 do mês seguinte ao vencido;
II - balanço geral anual, que deverá ser enviado ao Prefeito para fins de encaminhamento ao Tribunal
de Contas, até o dia 1° de março do exercício seguinte.
Parágrafo único. Os balancetes, assinados pelo Presidente e o balanço anual assinado pela Mesa,
serão publicados no órgão oficial de imprensa do Município.

CAPÍTULO III
DA SUBSTITUIÇÃO DA MESA

Art. 39. Em suas faltas ou impedimentos, o Presidente da Mesa será substituído, sucessivamente,
pelos 1° e 2° Vice-Presidente.
Parágrafo único. Estando ausentes o Presidente, o 1° Vice-Presidente e o 2° Vice-Presidente, serão
substituídos sucessivamente pelos 1° e 2° Secretários.

Art. 40. Ausentes, em Plenário, os Secretários, o Presidente convidará qualquer Vereador para a
substituição em caráter eventual.

Art. 41. Na hora determinada para o início da sessão, verificada a ausência dos membros da Mesa e
de seus substitutos, assumirá a Presidência o Vereador mais votado dentre os presentes, que escolherá
entre seus pares um Secretário.
Parágrafo único. A Mesa, composta na forma deste artigo, dirigirá os trabalhos até o comparecimento
de algum membro titular da Mesa ou de seus substitutos legais.

CAPÍTULO IV
DA EXTINÇÃO DO MANDATO DA MESA
Seção I
Disposições Preliminares

Art. 42. As funções dos membros da mesa cessarão:


I - pela posse da Mesa eleita para o mandato subsequente;
II - pela renúncia, apresentada por escrito;
III - pela destituição;
IV - pela cassação ou extinção do mandato de Vereador.

Art. 43. Vagando-se qualquer cargo da Mesa, será realizada eleição no expediente da primeira sessão
ordinária seguinte, ou em sessão extraordinária convocada para esse fim, para completar o mandato.
Parágrafo único. Em caso de renúncia ou destituição total da Mesa, proceder-se-á à nova eleição, para
se completar o período do mandato, na sessão imediata àquela em que ocorreu a renúncia ou destituição,
sob a presidência do Vereador mais votado dentre os presentes, que ficará investido na plenitude das
Funções até a posse da nova Mesa.

Seção II
Da Renúncia da Mesa

Art. 44. A renúncia do Vereador ao cargo que ocupa na Mesa, dar-se-á por ofício a ela dirigido e
efetivar-se-á independentemente de deliberação do Plenário, a partir do momento em que for lido em
sessão.

Art. 45. Em caso de renúncia total da Mesa o ofício respectivo será levado ao conhecimento do Plenário
pelo Vereador mais votado dentre os presentes, exercendo o mesmo as Funções de Presidente, nos
termos do art. 43, parágrafo único.

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Art. 46. Os membros da Mesa, isoladamente ou em conjunto, poderão ser destituídos de seus cargos,
mediante Resolução aprovada por 2/3 (dois terços), no mínimo, dos membros da Câmara, assegurado o
direito de ampla defesa. (art. 27, da LOM)
§ 1º É passível de destituição o membro da Mesa quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho
de suas Atribuições regimentais, ou exorbite das Atribuições a ele conferidas por este Regimento. (art.
27, da LOM)
§ 2º Será destituído, sem necessidade da aprovação de que trata o caput deste artigo, o membro da
Mesa que deixar de comparecer a 5 (cinco) reuniões ordinárias consecutivas, sem causa justificada ou
que tenha a destituição de suas Funções na Mesa declarada por via judicial.

Art. 47. O processo de destituição terá início por denúncia, subscrita necessariamente por, pelo menos,
um dos Vereadores, dirigida ao Plenário e lida pelo seu autor em qualquer fase da sessão,
independentemente de prévia inscrição ou autorização da Presidência.
§ 1º Da denúncia constará:
I - o membro ou os membros da Mesa denunciados;
II - descrição circunstanciada das irregularidades cometidas;
III - as provas que se pretenda produzir.
§ 2º Lida a denúncia, será imediatamente submetida ao Plenário pelo Presidente, salvo se este for
envolvido nas acusações, caso em que essa providência e as demais relativas ao procedimento de
destituição competirão a seus substitutos legais e, se estes também forem envolvidos, ao Vereador mais
votado dentre os presentes.
§ 3º O membro da Mesa, envolvido nas acusações, não poderá presidir nem secretariar os trabalhos,
quando e enquanto estiver sendo discutido ou deliberado qualquer ato relativo ao processo de sua
destituição.
§ 4º Se o acusado for o Presidente, será substituído na forma do § 2°.
§ 5º Quando um dos secretários assumir a presidência na forma do § 2° ou for o acusado, será
substituído por qualquer Vereador convidado pelo Presidente em exercício.
§ 6º O denunciante e o denunciado ou denunciados são impedidos de deliberar sobre o recebimento
da denúncia, não sendo necessária a convocação de suplente para esse ato.
§ 7º Considerar-se-á recebida a denúncia, se for aprovada pela maioria dos Vereadores presentes.

Art. 48. Recebida a denúncia, serão sorteados 3 (três) vereadores para compor a Comissão
Processante.
§ 1º Da Comissão não poderão fazer parte o denunciante e o denunciado ou denunciados, observando-
se na sua formação o disposto pelos incisos V e VI do art. 367 deste Regimento.
§ 2º Constituída a Comissão Processante, seus membros elegerão um deles para Presidente que
nomeará entre seus pares um relator e marcará reunião a ser realizada dentro das quarenta e oito horas
seguintes.
§ 3º O denunciado ou denunciados serão notificados dentro de 3 (três) dias, a contar da primeira
reunião da Comissão, para apresentação, por escrito, de defesa prévia, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 4º Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, a Comissão, de posse ou não da defesa prévia,
procederá às diligências que entender necessárias, emitindo, no prazo de 20 (vinte) dias, seu parecer.
§ 5º O denunciado ou denunciados poderão acompanhar todas as diligências da Comissão.

Art. 49. Findo o prazo de vinte dias e concluindo pela procedência das acusações, a Comissão deverá
apresentar, na primeira sessão ordinária subsequente, Projeto de Resolução propondo a destituição do
denunciado ou denunciados.
§ 1º O Projeto de Resolução será submetido a discussão e votação nominal únicas, convocando-se os
suplentes do denunciante e do denunciado ou dos denunciados para efeitos de "quórum".
§ 2º Os Vereadores e o relator da Comissão Processante e o denunciado ou denunciados terão cada
um trinta minutos para a discussão do Projeto de Resolução, vedada a cessão de tempo.
§ 3º Terão preferência, na ordem de inscrição, respectivamente, o relator da Comissão Processante e
o denunciado ou denunciados, obedecida, quanto aos denunciados, a ordem utilizada na denúncia.

Art. 50. Concluindo pela improcedência das acusações, a Comissão Processante deverá apresentar
seu parecer, na primeira sessão ordinária subsequente, para ser lido, discutido e votado nominalmente
em turno único, na fase do expediente.

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§ 1º Cada Vereador terá o prazo máximo de quinze minutos para discutir o parecer da Comissão
Processante, cabendo ao relator e ao denunciado ou denunciados, respectivamente, o prazo de trinta
minutos, obedecendo-se, na ordem de inscrição, o previsto no § 3°, do artigo anterior.
§ 2º Não se concluindo nessa sessão a apreciação do parecer, a autoridade que estiver presidindo os
trabalhos relativos ao processo de destituição convocará sessões extraordinárias destinadas, integral e
exclusivamente, ao exame da matéria, até deliberação definitiva do Plenário.
§ 3º O parecer da Comissão Processante será aprovado ou rejeitado por maioria simples, procedendo-
se:
a ao arquivamento do processo, se aprovado o parecer;
b à remessa do processo à Comissão de Justiça e Redação, se rejeitado o parecer.
§ 4º Ocorrendo a rejeição do parecer, a Comissão de Justiça e Redação deverá elaborar, dentro de 3
(três) dias, Projeto de Resolução propondo a destituição do denunciado ou dos denunciados.
§ 5º Para a votação e discussão do Projeto de Resolução de destituição, elaborado pela Comissão de
Justiça e Redação, observar-se-á o previsto nos §§ 1°, 2° e 3° do art. 48.

Art. 51. A aprovação do Projeto de Resolução, pelo "quorum" de 2/3 (dois terços), implicará o imediato
afastamento do denunciado ou dos denunciados, devendo a Resolução respectiva ser dada à publicação,
pela autoridade que estiver presidindo os trabalhos, dentro do prazo de quarenta e oito horas, contado da
deliberação do Plenário.

TÍTULO III
DO PLENÁRIO
CAPÍTULO I
DA UTILIZAÇÃO DO PLENÁRIO

Art. 52. Plenário é o órgão deliberativo e soberano da Câmara Municipal, constituído pela reunião de
vereadores em exercício, em local, forma e número estabelecidos neste Regimento.
§ 1º O local é o recinto de sua sede.
§ 2º A forma legal para deliberar é a sessão, regida pelos dispositivos referentes à matéria, estatuídos
em leis ou neste Regimento.
§ 3º O número é o "quórum" determinado em lei ou neste Regimento, para a realização das sessões
e para as deliberações.

Art. 53. As deliberações do Plenário serão tomadas por:


a maioria simples;
b maioria absoluta;
c maioria qualificada.
§ 1º A maioria simples é a que representa o maior resultado de votação, dentre os presentes à reunião.
§ 2º A maioria absoluta é a que compreende mais da metade dos membros da Câmara.
§ 3º A maioria qualificada é a que atinge ou ultrapasse a 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara.

Art. 54. O Plenário deliberará:


§ 1º Por maioria absoluta sobre:
I - matéria tributária;
II - Código de Obras e Edificações e outros códigos;
III - Estatuto dos Servidores Municipais;
IV - Revogado pela Resolução nº 16, de 30 de novembro de 2012)
V - concessão de serviço público;
VI - concessão de direito real de uso;
VII - alienação de bens e imóveis;
VIII - autorização para obtenção de empréstimo de particular, inclusive para as autarquias, fundações
e demais entidades controladas pelo Poder Público;
IX - Revogado pela Resolução nº 16, de 30 de novembro de 2012)
X - aquisição de bens imóveis por doação com encargo;
XI - Revogado pela Resolução nº 16, de 30 de novembro de 2012)
XII - realização de operações de crédito para abertura de créditos adicionais, suplementares ou
especiais com finalidade precisa;
XIII - rejeição de veto;
XIV - Revogado pela Resolução nº 16, de 30 de novembro de 2012)

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XV - isenções de impostos municipais;
XVI - todo e qualquer tipo de anistia;
XVII - acolhimento de denúncia contra Vereador;
XVIII - zoneamento urbano;
XIX - plano diretor;
XX - admissão de acusação contra Prefeito.
§ 2º Por maioria qualificada sobre:
I - rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas do Município;
X - criação de cargos, funções e empregos da administração direta, autárquica e fundacional, bem
como sua remuneração; (Incluído pela Resolução nº 16, de 2012)
XI - lei de diretrizes orçamentárias, plano plurianual e lei orçamentária anual; (Incluído pela Resolução
nº 16, de 2012)
XII - criação estruturação e atribuições dos órgãos de assessoria, de descentralização administrativa,
de deliberação coletiva e de execução da Administração Pública; (Incluído pela Resolução nº 16, de 2012)
XIII - Regimento Interno da Câmara Municipal. (Incluído pela Resolução nº 16, de 2012)
II - destituição dos membros da Mesa;
III - emendas à Lei Orgânica;
IV - concessão de título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem;
V - Revogado
VI - perda de mandato de Prefeito;
VII - perda de mandato de Vereador.
VIII - criação, organização e supressão de distritos e subdistritos, e divisão do território do município
em áreas administrativas;
IX - alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos.

Art. 55. As deliberações do Plenário dar-se-ão sempre por voto aberto, salvo nas seguintes hipóteses:
I - julgamento político do Prefeito ou do Vereador;
II - eleição dos membros da Mesa e de seus substitutos.

Art. 56. As sessões da Câmara, exceto as solenes, que poderão ser realizadas em outro recinto, terão,
obrigatoriamente, por local a sua sede, considerando-se nulas as que se realizarem fora dela.
§ 1º Por motivo de interesse público devidamente justificado, as reuniões da Câmara de Vereadores
poderão ser realizadas em outro recinto, designado em ato da Mesa e publicado, no mínimo, três dias
antes da reunião.
§ 2º Na sede da Câmara não se realizarão atividades estranhas às suas finalidades, sem prévia
autorização da Presidência.

Art. 57. Durante as sessões, somente os Vereadores, desde que convenientemente trajados, poderão
permanecer no recinto do Plenário.
§ 1º A critério do Presidente, serão convocados os funcionários da Secretaria Administrativa,
necessários ao andamento dos trabalhos.
§ 2º A convite da Presidência, por iniciativa própria ou sugestão de qualquer Vereador, poderão assistir
aos trabalhos, no recinto do Plenário, autoridades federais, estaduais e municipais, personalidades
homenageadas e representantes credenciados da imprensa escrita e falada, que terão lugar reservado
para esse fim.
§ 3º A saudação oficial ao visitante será feita, em nome da Câmara, pelo Vereador que o Presidente
designar para esse fim.
§ 4º Os visitantes poderão, a critério da presidência e pelo tempo por esta determinado, discursar para
agradecer a saudação que lhes for feita.

CAPÍTULO II
DOS LÍDERES E VICE-LÍDERES

Art. 58. Os Vereadores são agrupados por representações partidárias ou Blocos Parlamentares,
cabendo-lhes escolher o Líder quando a representação for igual ou superior a três Vereadores.
§ 1º Cada Líder poderá indicar Vice-Líderes, na proporção de um para três vereadores, que constituam
sua representação, facultada a designação de um como Primeiro Vice-Líder.
§ 2º A escolha do Líder será comunicada à Mesa, no início de cada legislatura ou após a criação do
Bloco Parlamentar, em documento subscrito pela maioria absoluta dos integrantes da representação.

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§ 3º Os líderes permanecerão no exercício de suas Funções até que nova indicação venha a ser feita
pela respectiva representação, sendo substituídos em suas faltas, licenças ou impedimentos, pelos Vice-
Líderes, até nova Sessão Legislativa.
§ 4º O Partido com bancada inferior a três vereadores não terá liderança, mas poderá indicar um de
seus integrantes para expressar a posição do Partido quando da votação de proposições, ou para fazer
uso da palavra, por cinco minutos, durante o período destinado às comunicações de lideranças.
§ 5º Os Líderes não poderão integrar a Mesa.

Art. 59. Líder, além de outras Atribuições regimentais, tem as seguintes prerrogativas:
I - indicar à Mesa os membros da bancada ou bloco para compor as Comissões, e, a qualquer tempo,
substituí-los definitivamente ou não;
II - encaminhar a votação de qualquer proposição sujeita à deliberação do Plenário, para orientar sua
bancada, por tempo não superior a cinco minutos;
III - em qualquer momento da sessão, usar da palavra para tratar de assunto que, por sua relevância
e urgência, interesse ao conhecimento da Câmara, salvo quando se estiver procedendo à votação ou
houver orador na Tribuna;
IV - registrar os candidatos da bancada ou bloco para concorrer aos cargos da Mesa;
V - usar o tempo de que dispõe o seu liderado no Expediente, quando ausente, sendo-lhe vedada,
entretanto a cessão desse tempo.
§ 1º No caso do inciso III, deste artigo, poderá o Líder, se por motivo ponderável não lhe for possível
ocupar pessoalmente a Tribuna, transferir a palavra a um dos seus liderados.
§ 2º O Líder ou o orador por ele indicado que usar da faculdade estabelecida no inciso III deste artigo
não poderá falar por prazo superior a cinco minutos.

Art. 60. A reunião de Líderes, para tratar de assunto de interesse geral, realizar-se-á por proposta de
qualquer deles.

Art. 61. A reunião de Líderes com a Mesa, para tratar de assunto de interesse geral, far-se-á por
iniciativa do Presidente da Câmara.

Art. 62. O Prefeito poderá indicar Vereador para exercer a liderança do Governo, que gozará de todas
as prerrogativas concedidas às lideranças.

TÍTULO IV
DAS COMISSÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 63. As Comissões, órgãos internos destinados a estudar, investigar e apresentar conclusões ou
sugestões sobre o que for submetido à sua apreciação, serão permanentes ou temporárias. (art. 30 da
LOM)

Art. 64. Na constituição de cada Comissão é assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares com representação na Câmara Municipal. (art. 3o,
§ 2°, da LOM)

Art. 65. A representação dos partidos ou blocos será obtida dividindo-se o número de membros da
Câmara Municipal pelo número de membros de cada Comissão e o número de Vereadores de cada
partido ou bloco pelo resultado assim alcançado, obtendo-se, então, o quociente partidário, que
representará o número de lugares que cada bancada terá nas Comissões.

Art. 66. Poderão assessorar os trabalhos das Comissões, desde que devidamente credenciados pelo
respectivo Presidente, técnicos de reconhecida competência na matéria em exame.

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CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES PERMANENTES
Seção I
Da Composição das Comissões Permanentes

Art. 67. As Comissões Permanentes são as que subsistem através da legislatura e têm por objetivo
estudar os assuntos submetidos ao seu exame e sobre eles exarar parecer.

Art. 68. As Comissões Permanentes serão constituídas na mesma sessão legislativa em que for eleita
a Mesa da Câmara, imediatamente após a eleição desta.

Art. 69. Os membros da Comissão Permanente serão nomeados pelo Presidente da Câmara, por
indicação dos líderes de bancada, para um período de 1 (hum) ano, observada sempre a representação
proporcional partidária.

Art. 70. Não havendo acordo, proceder-se-á à escolha por eleição, votando cada Vereador em um
único nome para cada Comissão, considerando-se eleitos os mais votados, de acordo com o quociente
partidário previamente fixado.
§ 1º Proceder-se-á a tantos escrutínios quantos forem necessários para completar o preenchimento
de todos os lugares de cada Comissão.
§ 2º Havendo empate, considerar-se-á eleito o Vereador do Partido ou Bloco Parlamentar ainda não
representado na Comissão.
§ 3º Persistindo o empate, será considerado eleito o Vereador mais votado na eleição municipal.
§ 4º A votação para constituição de cada uma das Comissões Permanentes far-se-á mediante voto a
descoberto, em cédula separada, impressa, datilografada ou manuscrita, com indicação do nome do
votado e assinada pelo votante.
§ 5º Após a comunicação do resultado em Plenário, o Presidente enviará à publicação na Imprensa
Oficial a composição nominal de cada Comissão.

Art. 71. Não poderão integrar as Comissões Permanentes:


I - o Presidente da Câmara;
II - o suplente, no exercício temporário da vereança;
III - o Ex-Presidente da Câmara, cujas contas dependam de apreciação do Plenário, exclusivamente
com relação à Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade.
Parágrafo único. Tantos o Vice-Presidente, quanto o 2° Vice-Presidente da Mesa, no exercício da
Presidência, nos casos de impedimento ou licença do Presidente, nos termos do art. 39 deste Regimento,
terão substituto nas Comissões Permanente a que pertencerem, enquanto substituírem o Presidente da
Mesa.

Art. 72. No ato de composição das Comissões Permanentes figurará sempre o nome do Vereador
efetivo, ainda que licenciado.

Art. 73. Todo vereador deverá fazer parte de, pelo menos, uma Comissão Permanente como membro
efetivo e ser membro substituto de outra, ressalvado o disposto no art. 29 deste Regimento.

Art. 74. O preenchimento das vagas ocorridas nas Comissões, nos casos de impedimento, destituição
ou renúncia, será apenas para completar o período do mandato.

Art. 75. As modificações numéricas que venham a ocorrer nas bancadas dos Partidos, que importem
modificações da proporcionalidade partidária na composição das Comissões, só prevalecerão à partir da
sessão legislativa subsequente.

Seção II
Da Competência das Comissões Permanentes

Art. 76. As Comissões Permanentes são 5 (cinco), compostas cada uma de 3 (três) membros, no
mínimo, com as seguintes denominações:
I - constituição, justiça e redação;
II - orçamento, finanças e contabilidade;

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III - obras e serviços públicos;
IV - saúde, educação, cultura, lazer e turismo;
V - planejamento, uso, ocupação e parcelamento do solo. (art. 30, § 3°, da LOM)

Art. 77. Às Comissões Permanentes, em razão da matéria de sua competência, cabe:


I - estudar proposições e outras matérias submetidas ao seu exame apresentando, conforme o caso:
a parecer;
b substitutivos ou emendas;
c relatório conclusivo sobre as averiguações e inquéritos.
II - promover estudos, pesquisas e investigações sobre assuntos de interesse público;
III - tomar a iniciativa de elaboração de proposições ligadas ao estudo de tais assuntos, ou decorrentes
de indicação da Câmara ou de dispositivos regimentais;
IV - redigir o vencido em primeira discussão ou em discussão única e oferecer redação final aos
projetos, de acordo com o seu mérito, bem como, quando for o caso, propor a reabertura da discussão
nos termos regimentais;
V - realizar audiências públicas;
VI - convocar os Secretários Municipais, ou equivalentes e os responsáveis pela administração direta
ou indireta para prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições no exercício de suas
Funções fiscalizadoras;
VII - receber petições, reclamações, representações ou queixas de associações e entidades
comunitárias ou de qualquer pessoa contra atos e omissões de autoridades municipais ou entidades
públicas;
VIII - solicitar ao Prefeito informações sobre assuntos referentes à Administração;
IX - fiscalizar, inclusive efetuando diligências, vistorias e levantamentos "in loco", os atos da
administração direta e indireta nos termos da legislação pertinente, em especial para verificar a
regularidade, a eficiência e a eficácia dos seus órgãos no cumprimento dos objetivos institucionais;
X - acompanhar, junto ao Executivo, os atos de regulamentação, velando por sua completa adequação;
XI - acompanhar, junto ao Executivo, a elaboração da proposta orçamentária, bem como a sua
posterior execução;
XII - solicitar informações ou depoimentos de autoridades ou cidadãos;
XIII - apreciar programas de obras, planos regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir
parecer;
XIV - requisitar, dos responsáveis, a exibição de documentos e a prestação dos esclarecimentos
necessários;
§ 1º Os projetos e demais proposições distribuídos às Comissões, serão examinados por relator,
designado ou, quando for o caso, por subcomissão, que emitirá parecer sobre o mérito.
§ 2º A Comissão de Constituição, Justiça e Redação manifestar-se-á sobre a constitucionalidade e
legalidade e a Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade sobre os aspectos financeiros e
orçamentários de qualquer proposição.

Art. 78. É da competência específica:


I - da Comissão de Constituição, Justiça e Redação:
a manifestar-se quanto ao aspecto constitucional, legal e regimental e quanto aspecto gramatical e
lógico, de todas as proposições que tramitarem pela Câmara, ressalvados a proposta orçamentária e os
pareceres do Tribunal de Contas.
b desincumbir-se de outras atribuições que lhe confere este Regimento;
c decidir sobre a oportunidade e conveniência dos pedidos de tramitação de urgência especial, sendo
definitiva a decisão da Comissão a respeito.
II - da Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade:
a examinar e emitir parecer sobre projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento e aos créditos adicionais;
b examinar e emitir parecer sobre os planos e programas municipais e setoriais previstos na Lei
Orgânica, e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária;
c receber as emendas à proposta orçamentária do Município e sobre elas emitir parecer para posterior
apreciação do Plenário;
d elaborar a redação final do Projeto de Lei Orçamentária;
e opinar sobre proposições referentes à matéria tributária, abertura de créditos, empréstimos públicos,
dívida pública e outras que, direta ou indiretamente, alterem a despesa ou a receita do Município e
acarretem responsabilidades para o erário Municipal;

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f obtenção de empréstimo de particulares;
g examinar e emitir parecer sobre os pareceres prévios do Tribunal de Contas do Estado, relativos à
prestação de contas do Prefeito e da Mesa da Câmara;
h examinar e emitir parecer sobre proposições que fixem os vencimentos do funcionalismo, a
remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, e a verba de representação do Presidente da
Câmara.
i examinar e emitir parecer sobre todas as proposituras que, direta ou indiretamente, representem
mutação patrimonial do Município.
III - da Comissão de Obras e Serviços Públicos:
a apreciar e emitir parecer:
1. sobre todos os processos atinentes à realização de obras e serviços públicos, seu uso e gozo,
venda, hipoteca, permuta, outorga de concessão administrativa ou direito real de uso de bens imóveis de
propriedade do Município;
2. sobre serviços de utilidade pública sejam ou não objeto de concessão municipal, planos
habitacionais elaborados ou executados pelo Município, diretamente ou por intermédio de autarquias ou
órgãos paraestatais;
3. sobre serviços públicos realizados ou prestados pelo Município, diretamente ou por intermédio de
autarquias ou órgãos paraestatais;
4. sobre transportes coletivos e individuais, frete e carga, utilização das vias urbanas e estradas
municipais, e sua respectiva sinalização, bem como sobre os meios de comunicação;
5. examinar, a título informativo, os serviços públicos de concessão estadual ou federal que interessem
ao Município.
IV - da Comissão de Saúde, Educação, Cultura, Lazer e Turismo:
a examinar e emitir parecer sobre os processos referentes à educação, ensino e artes, ao patrimônio
histórico, artístico e cultural, aos esportes, às atividades de lazer, à preservação e controle do meio
ambiente, à higiene, à saúde pública e assistência social, em especial sobre:
1. o Sistema Municipal de Ensino;
2. concessão de bolsas de estudos com finalidade de assistência à pesquisa tecnológica e científica
para o aperfeiçoamento do ensino;
3. programas de merenda escolar;
4. preservação da memória da cidade no plano estético, paisagístico, de seu patrimônio histórico,
cultural, artístico e arquitetônico;
5. denominação e sua alteração, de próprios, vias e logradouros públicos;
6. concessão de títulos honoríficos, outorga de honrarias, prêmios ou homenagens a pessoas que,
reconhecidamente, tenham prestado serviços ao Município;
7. serviços, equipamentos e programas culturais, educacionais, esportivos, recreativos e de lazer
voltados à comunidade;
8. Sistema Único de Saúde e Seguridade Social;
9. vigilância sanitária, epidemiológica e nutricional;
10. segurança e saúde do trabalhador;
11. programas de proteção ao idoso, à mulher, à criança, ao adolescente e ao portador de deficiência;
12. turismo e defesa do consumidor;
13. abastecimento de produtos;
14. gestão da documentação oficial e patrimônio arquivístico local.
V - da Comissão de Planejamento, Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo:
a examinar e emitir parecer sobre todas as proposições e matérias relativas a:
1. cadastro territorial do Município, planos gerais e parciais de urbanização ou reurbanização,
zoneamento, uso e ocupação do solo;
2. criação, organização ou supressão de distritos e subdistritos, divisão do território em áreas
administrativas;
3. Plano Diretor;
4. controle da poluição ambiental em todos os seus aspectos e preservação dos recursos naturais;
5. disciplinação das atividades econômicas desenvolvidas no Município.

Art. 79. É vedado às Comissões Permanentes, ao apreciarem proposição ou qualquer matéria


submetida ao seu exame, opinar sobre aspectos que não sejam de sua atribuição específica.

Art. 80. É obrigatório o Parecer das Comissões Permanentes, nos assuntos de sua competência,
ressalvados os casos previstos neste Regimento.

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Seção III
Dos Presidentes, Vice-Presidentes e Secretários das Comissões Permanentes

Art. 81. As Comissões Permanentes, logo que constituídas, reunir-se-ão para eleger os respectivos
Presidentes, Vice-Presidentes e Secretários.

Art. 82. Ao Presidente da Comissão Permanente compete:


I - convocar reuniões da Comissão, com antecedência mínima de vinte e quatro horas, avisando,
obrigatoriamente, todos os integrantes da Comissão, prazo este dispensado se contar o ato da
Convocação com a presença de todos os membros;
II - convocar audiências públicas, ouvida a Comissão;
III - presidir as reuniões e zelar pela ordem dos trabalhos;
IV - convocar reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento da maioria dos membros da
comissão;
V - determinar a leitura das atas das reuniões e submetê-las a voto;
VI - receber a matéria destinada à Comissão e designar-lhe relator no prazo improrrogável de 2 (dois)
dias;
VII - submeter à votação as questões em debate e proclamar o resultado das eleições;
VIII - zelar pela observância dos prazos concedidos à Comissão;
IX - conceder vista de proposições aos membros da Comissão somente para as proposições em
regime de tramitação ordinária, e pelo prazo máximo de 2 (dois) dias;
X - representar a Comissão nas relações com a Mesa e o Plenário;
XI - resolver de acordo com o Regimento, todas as questões de ordem suscitadas nas reuniões da
Comissão.
XII - enviar à Mesa toda a matéria da Comissão destinada ao conhecimento do Plenário;
XIII - solicitar ao Presidente, mediante ofício , providências junto às Lideranças Partidárias, no sentido
de serem indicados substitutos para os membros da Comissão, em caso de vaga, licença ou impedimento;
XIV - apresentar ao Presidente da Câmara relatório mensal e anual dos trabalhos da Comissão;
XV - solicitar, mediante ofício, à Presidência da Câmara substituto para os membros da Comissão;
XVI - anotar no livro de Presença da Comissão, o nome dos membros que compareceram ou que
faltaram, e, resumidamente, a matéria tratada e a conclusão a que tiver chegado a Comissão, rubricando
a folha ou folhas respectivas.
§ 1º As Comissões Permanentes não poderão reunir-se durante a fase da Ordem do Dia das sessões
da Câmara.
§ 2º O Presidente da Câmara deverá publicar por afixação, os relatórios e trabalhos de que tratam os
incisos XIV e XVI, deste artigo.

Art. 83. O Presidente da Comissão Permanente poderá funcionar como relator e terá direito a voto, em
caso de empate.

Art. 84. Dos atos do Presidente da Comissão Permanente cabe, à qualquer membro, recurso ao
Plenário, obedecendo-se o previsto no art. 211 deste Regimento.

Art. 85. Quando duas ou mais Comissões Permanentes apreciarem qualquer matéria em reunião
conjunta, a presidência dos trabalhos caberá ao mais idoso Presidente de Comissão, dentre os presentes,
se desta reunião conjunta não estiver participando a Comissão de Justiça e Redação, hipótese em que a
direção dos trabalhos caberá ao Presidente desta Comissão.

Art. 86. Ao Vice-Presidente compete substituir o Presidente da Comissão Permanente em suas


ausências, faltas, impedimentos e licenças.
Parágrafo único. O Vice-Presidente auxiliará o Presidente sempre que por ele convocado, cabendo-
lhe representar a Comissão por delegação pessoal do Presidente.

Art. 87. Os Presidentes das Comissões Permanentes poderão reunir-se mensalmente sob a
presidência do Presidente da Câmara para examinar assuntos de interesse comum das Comissões e
determinar providências sobre o melhor e mais rápido andamento das proposições.

Art. 88. Ao Secretário da Comissão Permanente, compete:


I - presidir as reuniões da Comissão nas ausências simultâneas do Presidente e Vice-Presidente;

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II - fazer observar os prazos regimentais dos processos que tramitam na Comissão;
III - providenciar a publicação dos extratos das atas e dos pareceres da Comissão, na imprensa oficial;
IV - proceder à leitura das atas e correspondências recebidas pela Comissão.
Parágrafo único. Nas ausências simultâneas do Presidente, Vice-Presidente e Secretário da
Comissão, caberá ao mais idoso dos membros presentes a presidência da reunião.

Art. 89. Se, por qualquer razão, o Presidente deixar de fazer parte da Comissão, ou renunciar à
Presidência, proceder-se-á a nova eleição, salvo se faltarem menos de 3 meses para o término da sessão
legislativa, sendo, neste caso, substituído pelo Vice-Presidente.

Seção IV
Das Reuniões

Art. 90. As Comissões Permanentes reunir-se-ão:


I - ordinariamente, uma vez por semana, exceto nos dias feriados e de ponto facultativo, nos dias e
horários definidos;
II - extraordinariamente, sempre que necessário, mediante convocação de ofício pelos respectivos
Presidentes, ou a requerimento da maioria dos membros da Comissão, mencionando-se, em ambos os
casos, a matéria a ser apreciada.
§ 1º Quando a Câmara estiver em recesso, as Comissões só poderão reunir-se em caráter
extraordinário, para tratar de assunto relevante e inadiável;
§ 2º As Comissões não poderão reunir-se durante o transcorrer das sessões Ordinárias, ressalvados
os casos expressamente previstos neste Regimento.

Art. 91. As Comissões Permanentes devem reunir-se em local destinado a esse fim, com a presença
da maioria absoluta de seus membros.
Parágrafo único. Quando, por qualquer motivo, a reunião tiver de realizar-se em outro local, é
indispensável a comunicação por escrito e com antecedência mínima de 24 horas, a todos os membros
da Comissão.

Art. 92. Revogado

Art. 93. Poderão, ainda, participar das reuniões das Comissões Permanentes, técnicos de reconhecida
competência na matéria ou representantes de entidades idôneas, em condições de propiciar
esclarecimentos sobre o assunto submetido à apreciação das mesmas.
Parágrafo único. Este convite será formulado pelo Presidente da Comissão por iniciativa própria ou a
requerimento de qualquer Vereador.

Art. 94. Das reuniões das Comissões lavrar-se-ão atas, com o sumário do que nelas houver ocorrido,
assinadas pelos membros presentes.
Parágrafo único. Revogado

Seção V
Dos Trabalhos

Art. 95. As Comissões somente deliberarão com a presença da maioria de seus membros.

Art. 96. Salvo as exceções previstas neste Regimento, para emitir parecer sobre qualquer matéria,
cada Comissão terá o prazo de quinze dias, prorrogável por mais oito dias, pelo Presidente da Câmara,
a requerimento devidamente fundamentado.
§ 1º O prazo previsto neste artigo começa a correr a partir da data em que o processo der entrada na
Comissão.
§ 2º O Presidente da Comissão, dentro do prazo máximo de três dias úteis, designará os respectivos
relatores.
§ 3º O relator terá o prazo improrrogável de oito dias para manifestar-se, por escrito, a partir da data
da distribuição.
§ 4º Se houver pedido de vista, este será concedido pelo prazo máximo e improrrogável de dois dias
corridos, nunca, porém, com transgressão do limite dos prazos estabelecidos no "caput" deste artigo.
§ 5º Só se concederá vista do processo depois de estar o mesmo devidamente relatado.

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§ 6º Não serão aceitos pedidos de vista para processos em fase de redação de acordo com o vencido
em primeira discussão, nem em fase de redação final.

Art. 97. Decorridos os prazos previstos no artigo anterior, deverá o processo ser devolvido à Secretaria,
com ou sem parecer, sendo que, na falta deste, o Presidente da Comissão declarará o motivo.

Art. 98. Dependendo o parecer de exame de qualquer outro processo ainda não chegado à Comissão,
deverá seu Presidente requisitá-lo ao Presidente da Câmara, sendo que, neste caso, os prazos
estabelecidos no art. 96 ficarão sem fluência, por dez dias corridos, no máximo, a partir da data da
requisição.
Parágrafo único. A entrada do processo requisitado na Comissão antes de decorridos os dez dias dará
continuidade à fluência do prazo interrompido.

Art. 99. Nas hipóteses previstas no art. 283 deste Regimento, dependendo o parecer da realização de
audiências públicas, os prazos estabelecidos no artigo 96 ficam sobrestados por 10 (dez) dias úteis, para
a realização das mesmas.

Art. 100. Decorridos os prazos de todas as Comissões a que tenham sido enviados, poderão os
processos ser incluídos na Ordem do Dia, com ou sem parecer, pelo Presidente da Câmara, de ofício, ou
a requerimento de qualquer Vereador, independentemente do pronunciamento do Plenário.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, o Presidente da Câmara, se necessário,
determinará a pronta tramitação do processo.

Art. 101. As Comissões Permanentes deverão solicitar do Executivo, por intermédio do Presidente da
Câmara, todas as informações julgadas necessárias.
§ 1º O pedido de informações dirigido ao Executivo interrompe os prazos previstos no art. 96.
§ 2º A interrupção mencionada no parágrafo anterior cessará ao cabo de trinta dias corridos, contados
da data em que for expedido o respectivo ofício, se o Executivo, dentro deste prazo, não tiver prestado
as informações requisitadas.
§ 3º A remessa das informações antes de decorrido os trinta dias dará continuidade à fluência do prazo
interrompido.
§ 4º Além das informações prestadas, somente serão incluídos no processo sob exame da Comissão
Permanente os pareceres desta emanados e as transcrições das audiências públicas realizadas.

Art. 102. O recesso da Câmara interrompe todos os prazos consignados na presente Secção.

Art. 103. Quando qualquer processo for distribuído a mais de uma Comissão, cada qual dará seu
parecer separadamente, ouvida em primeiro lugar a Comissão de Constituição, Justiça e Redação quanto
ao aspecto legal ou constitucional e, em último, a de Orçamento e Finanças e Contabilidade quando for
o caso.

Art. 104. Mediante comum acordo de seus Presidentes, em caso de urgência justificada, poderão as
Comissões Permanentes realizar reuniões conjuntas para exame de proposições ou qualquer matéria a
elas submetidas, facultando-se, neste caso, a apresentação de parecer conjunto.

Art. 105. A manifestação de uma Comissão sobre determinada matéria não exclui a possibilidade de
nova manifestação, mesmo em proposição de sua autoria, se o Plenário assim deliberar.

Art. 106. As Disposições estabelecidas nesta seção não se aplicam aos projetos com prazo para
apreciação estabelecido em lei.

Seção VI
Dos Pareceres

Art. 107. Parecer é o pronunciamento da Comissão sobre qualquer matéria sujeita ao seu estudo.
Parágrafo único. Salvo nos casos expressamente previstos neste Regimento, o parecer será escrito e
constará de 3 (três) partes:
I - exposição da matéria em exame;
II - conclusões do relator com:

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a sua opinião sobre a legalidade ou ilegalidade, a constitucionalidade ou inconstitucionalidade total ou
parcial do projeto, se pertencer à Comissão de Constituição, Justiça e Redação;
b sua opinião sobre a conveniência e oportunidade da aprovação ou rejeição total ou parcial da matéria,
se pertencer a alguma das demais Comissões;
III - a decisão da Comissão, com a assinatura dos membros que votaram a favor ou contra;
IV - o oferecimento, se for o caso, de substitutivo ou emendas.

Art. 108. Os membros das Comissões Permanentes emitirão seu juízo sobre a manifestação do relator,
mediante voto.
§ 1º O relatório somente será transformado em parecer, se aprovado pela maioria dos membros da
Comissão.
§ 2º A simples aposição da assinatura, sem qualquer outra observação, implicará a concordância total
do signatário com a manifestação do relator.
§ 3º Poderá o membro da Comissão Permanente exarar voto em separado, devidamente
fundamentado:
I - pelas conclusões, quando favorável às conclusões do relator, mas com diversa fundamentação;
II - aditivo, quando favorável às conclusões do relator, mas acrescente novos argumentos à sua
fundamentação;
III - contrário quando se oponha frontalmente às conclusões do relator.
§ 4º O voto do relator não acolhido pela maioria dos membros da Comissão constituirá voto vencido.
§ 5º O voto em separado, divergente ou não das conclusões do relator, desde que acolhido pela
maioria da Comissão, passará a constituir seu parecer.

Art. 109. Para emitir parecer verbal, nos casos expressamente previstos neste Regimento, o relator,
ao fazê-lo, indicará sempre os nomes dos membros da Comissão ouvidos e declarará quais os que se
manifestaram favoráveis e quais os contrários à proposição.

Art. 110. Concluído o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação pela


inconstitucionalidade ou ilegalidade de qualquer proposição, deverá o mesmo ser submetido ao Plenário,
para que, em discussão e votação únicas, seja apreciada essa preliminar.
Parágrafo único. Aprovado o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação que concluir
pela inconstitucionalidade ou ilegalidade da proposição, esta será arquivada e, quando rejeitado o parecer
será a proposição encaminhada às demais Comissões.

Art. 111. O projeto de lei que receber parecer contrário, quanto ao mérito, de todas as Comissões, será
tido como rejeitado, salvo quando o plenário deliberar pela rejeição dos pareceres.

Seção VII
Das Vagas, Licenças e Impedimentos nas Comissões Permanentes

Art. 112. As vagas das Comissões Permanentes verificar-se-ão com:


I - a renúncia;
II - a destituição;
III - a perda do mandato de vereador.
§ 1º A renúncia de qualquer membro da Comissão Permanente será ato acabado e definitivo, desde
que manifesta, por escrito, à Presidência da Câmara.
§ 2º Os membros das Comissões Permanentes serão destituídos caso não compareçam,
injustificadamente, a 3 (três) reuniões consecutivas, não mais podendo participar de qualquer Comissão
Permanente até o final da Sessão Legislativa.
§ 3º As faltas às reuniões da Comissão Permanente poderão ser justificadas, no prazo de 5 (cinco)
dias, quando ocorrer justo motivo.
§ 4º A destituição dar-se-á por simples representação de qualquer Vereador, dirigida ao Presidente da
Câmara, que, após comprovar a ocorrência das faltas e a sua não justificativa em tempo hábil, declarará
vago o cargo na Comissão Permanente.
§ 5º O Presidente de Comissão Permanente poderá ser destituído quando deixar de cumprir decisão
plenária relativa a recurso contra ato seu, mediante processo sumário, iniciado por representação
subscrita por qualquer Vereador, sendo-lhe facultado o direito de defesa no prazo de dez dias e cabendo
a decisão final ao Presidente da Câmara.

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§ 6º O Presidente de Comissão, destituído nos termos do parágrafo anterior, não poderá participar de
qualquer Comissão Permanente até o final da Sessão Legislativa.
§ 7º O Presidente da Câmara preencherá, por nomeação, as vagas verificadas nas Comissões
Permanentes, de acordo com a indicação do Líder do partido respectivo, não podendo a nomeação recair
sobre o renunciante ou o destituído.

Art. 113. O Vereador que se recusar a participar das Comissões Permanentes, ou for renunciante ou
destituído de qualquer delas, não poderá ser nomeado para integrar Comissão de Representação da
Câmara, até o final da Sessão Legislativa.

Art. 114. No caso de licença ou impedimento de qualquer membro das Comissões Permanentes,
caberá ao Presidente da Câmara a designação do substituto, mediante indicação do Líder do partido a
que pertença o Vereador licenciado ou impedido.
Parágrafo único. A substituição perdurará enquanto persistir licença ou impedimento.

CAPÍTULO III
DAS COMISSÕES TEMPORÁRIAS
Seção I
Disposições Preliminares

Art. 115. Comissões Temporárias são as constituídas com finalidades especiais e se extinguem com
o término da Legislatura ou antes dele, quando atingidos os fins para os quais foram constituídas.

Art. 116. As Comissões Temporárias poderão ser:


I - Comissões de Assuntos Relevantes;
II - Comissões de Representação;
III - Comissões Processantes;
IV - Comissões Especiais de Inquérito.

Seção II
Das Comissões de Assuntos Relevantes

Art. 117. Comissões de Assuntos Relevantes são aquelas que se destinam à elaboração e apreciação
de estudos de problemas municipais e à tomada de posição da Câmara em assuntos de reconhecida
relevância.
§ 1º As Comissões de Assuntos Relevantes serão constituídas mediante apresentação de projeto de
resolução, aprovado por maioria simples.
§ 2º O projeto de resolução a que alude o parágrafo anterior, independentemente de parecer, terá uma
única discussão e votação na Ordem do Dia da mesma sessão de sua apresentação.
§ 3º O projeto de resolução que propõe a constituição da Comissão de Assuntos Relevantes deverá
indicar, necessariamente:
a a finalidade, devidamente fundamentada;
b o número de membros, não superior a cinco;
c o prazo de funcionamento.
§ 4º Ao Presidente da Câmara caberá indicar os Vereadores que comporão a Comissão de Assuntos
Relevantes, assegurando-se, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos.
§ 5º O primeiro ou o único signatário do projeto de resolução que propôs a criação da Comissão de
Assuntos Relevantes obrigatoriamente dela fará parte, na qualidade de seu Presidente.
§ 6º Concluídos seus trabalhos, a Comissão de Assuntos Relevantes elaborará parecer sobre a
matéria, o qual será protocolado na Secretaria da Câmara, para sua leitura em Plenário, na primeira
sessão ordinária subsequente.
§ 7º Do parecer será extraída cópia ao Vereador que a solicitar, pela Secretaria da Câmara.
§ 8º Se a Comissão de Assuntos Relevantes deixar de concluir seus trabalhos dentro do prazo
estabelecido, ficará automaticamente extinta, salvo se o Plenário houver aprovado, em tempo hábil,
prorrogação de seu prazo de funcionamento através de projeto de resolução.
§ 9º Não caberá constituição de Comissão de Assuntos Relevantes para tratar de assuntos de
competência de qualquer das Comissões Permanentes.

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Seção III
Das Comissões de Representação

Art. 118. As Comissões de Representação têm por finalidade representar a Câmara em atos externos,
de caráter social ou cultural, inclusive participação em congressos.
§ 1º As Comissões de Representação serão constituídas:
a mediante projeto de resolução, aprovado por maioria simples e submetido a discussão e votação
únicas na Ordem do Dia da sessão seguinte à de sua apresentação, se acarretar despesas;
b mediante simples requerimento, submetido a discussão e votação únicas na fase do expediente da
mesma sessão de sua apresentação, quando não acarretar despesas.
§ 2º No caso da alínea "a" do parágrafo anterior, será obrigatoriamente ouvida a Comissão de
Orçamento, Finanças e Contabilidade, no prazo de 3 (três) dias, contados da apresentação do projeto
respectivo.
§ 3º Qualquer que seja a forma de constituição da Comissão de Representação, o ato constitutivo
deverá conter:
a a finalidade;
b o número de membros (art. 28 - VIII da L.O.M.);
c o prazo de duração.
§ 4º Os membros da Comissão de Representação serão nomeados pelo Presidente da Câmara que
poderá, a seu critério, integrá-la ou não, observada, sempre que possível, a representação proporcional
dos partidos.
§ 5º A Comissão de Representação será sempre presidida pelo único ou primeiro dos signatários da
Resolução que a criou, quando dela não faça parte o Presidente, o 1° Vice-Presidente da Câmara.
§ 6º Os membros da Comissão de Representação requererão licença à Câmara, quando necessária.
§ 7º Os membros da Comissão de Representação, constituída nos termos da alínea "a" do parágrafo
primeiro, deverão apresentar ao Plenário relatório das atividades desenvolvidas durante a representação,
bem como prestação de contas das despesas efetuadas, no prazo de dez (10) dias após o seu término,
que deverá ser publicado por afixação.

Seção IV
Das Comissões Processantes

Art. 119. As Comissões Processantes serão constituídas com as seguintes finalidades:


I - apurar infrações político-administrativas do Prefeito e dos Vereadores, no desempenho de suas
Funções, nos termos deste Regimento;
II - destituição dos membros da Mesa, nos termos dos artigos 46 a 51 deste Regimento.

Art. 120. Durante seus trabalhos as Comissões Processantes observarão o disposto nos arts. 339 a
344 e 365 a 368 deste Regimento.

Seção V
Das Comissões Especiais de Inquérito

Art. 121. As Comissões Especiais de Inquérito destinar-se-ão a apurar irregularidades sobre fato
determinado, que se inclua na competência municipal.

Art. 122. As Comissões Especiais de Inquérito serão constituídas mediante requerimento subscrito por,
no mínimo, 1/3 (um terço) dos membros da Câmara. (LOM, art. 32)
Parágrafo único. O requerimento de constituição deverá conter:
a a especificação do fato ou fatos a serem apurados;
b o número de membros que integrarão a Comissão, não podendo ser inferior a 3 (três);
c o prazo de seu funcionamento, que não poderá ser superior a 90 (noventa) dias;
d a indicação, se for o caso, dos vereadores que servirão como testemunhas.

Art. 123. Apresentado o requirimento, o Presidente da Câmara baixará o respectivo ato de criação e
nomeará os membros da Comissão Especial de Inquérito, respeitada, tanto quanto possível, a
proporcionalidade dos dos partidos políticos e/ou dos blocos parlamentares logo após a apresentação
das respectivas indicações pelos líderes de bancadas ou blocos, no prazo de 3 (três) dias.

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§ 1º Consideram-se impedidos os vereadores que estiverem envolvidos no fato a ser apurado, aqueles
que tiverem interesse pessoal na apuração e os que foram indicados para servir como testemunhas.
§ 2º Não havendo número de vereados desimpedidos suficiente para a formação da Comissão deverá
o Presidente da Câmara proceder de acordo com o disposto no inciso VI do art. 367 deste Regimento.

Art. 124. Composta a Comissão Especial de Inquérito, seus membros elegerão, desde logo, o
Presidente e o Relator.

Art. 125. Caberá ao Presidente da Comissão designar local, horário e data das reuniões e requisitar
funcionário, se for o caso, para secretariar os trabalhos da Comissão.
Parágrafo único. A Comissão poderá reunir-se em qualquer local.

Art. 126. As reuniões da Comissão Especial de Inquérito somente serão realizadas com a presença da
maioria de seus membros.

Art. 127. Todos os atos e diligências da Comissão serão transcritos e autuados em processo próprio,
em folhas numeradas, datadas, e rubricadas pelo Presidente, contendo também a assinatura dos
depoentes, quando se tratar de depoimentos tomados de autoridades ou de testemunhas.

Art. 128. Os membros da Comissão Especial de Inquérito, no interesse da investigação, poderão, em


conjunto ou isoladamente:
1. proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais e entidades
descentralizadas, onde terão livre ingresso e permanência;
2. requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos esclarecimentos
necessários;
3. transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os atos que lhe
competirem.
Parágrafo único. É de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período, desde que solicitado e
devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da Administração Direta e
Indireta prestem as informações e encaminhem os documentos requisitados pelas Comissões Especiais
de Inquérito.

Art. 129. No exercício de suas atribuições poderão, ainda, as Comissões Especiais de Inquérito,
através de seu Presidente:
1. determinar as diligências que reputarem necessárias;
2. requerer a convocação de Secretário Municipal;
3. tomar o depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquiri-las sob compromisso;
4. proceder a verificações contábeis em livros, papéis e documentos dos órgãos da Administração
Direta e Indireta.

Art. 130. O não atendimento às determinações contidas nos artigos anteriores, no prazo estipulado,
faculta ao Presidente da Comissão solicitar, na conformidade da legislação federal, a intervenção do
Poder Judiciário.

Art. 131. As testemunhas serão intimadas e deporão sob as penas do falso testemunho previstas na
Legislação Penal e, em caso de não comparecimento, sem motivo justificado, a intimação será solicitada
ao Juiz Criminal da localidade onde reside ou se encontra, na forma do art. 218 do Código de Processo
Penal.

Art. 132. Se não concluir seus trabalhos no prazo que lhe tiver sido estipulado, a Comissão ficará
extinta, salvo se, antes do término do prazo, seu Presidente requerer a prorrogação por menor ou igual
prazo e o requerimento for aprovado pelo Plenário, em sessão ordinária ou extraordinária.
Parágrafo único. Esse requerimento considerar-se-á aprovado se obtiver o voto favorável de 1/3 (um
terço) dos membros da Câmara.

Art. 133. A Comissão concluirá seus trabalhos por relatório final, que deverá conter:
I - a exposição dos fatos submetidos à apuração;
II - a exposição e análise das provas colhidas;
III - a conclusão sobre a comprovação ou não da existência dos fatos;

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IV - a conclusão sobre a autoria dos fatos apurados como existentes;
V - a sugestão das medidas a serem tomadas, com sua fundamentação legal e a indicação das
autoridades ou pessoas que tiverem competência para a adoção das providências reclamadas.

Art. 134. Considera-se relatório final o elaborado pelo Relator eleito, desde que aprovado pela maioria
dos membros da Comissão.

Art. 135. Rejeitado o Relatório a que se refere o artigo anterior considera-se Relatório Final o elaborado
por um dos membros com voto vencedor, designado pelo Presidente da Comissão.

Art. 136. O relatório será assinado primeiramente por quem o redigiu e, em seguida, pelos demais
membros da Comissão.
Parágrafo único. Poderá o membro da Comissão exarar voto em separado, nos termos do § 3° do art.
108 deste Regimento.

Art. 137. Elaborado e assinado o relatório final, será protocolado na Secretaria da Câmara, para ser
lido em Plenário, na fase do expediente da primeira sessão ordinária subsequente.

Art. 138. A Secretaria da Câmara deverá fornecer cópia do Relatório Final da Comissão Especial de
Inquérito ao Vereador que a solicitar, independentemente de requerimento.

Art. 139. O Relatório Final independerá de apreciação do Plenário, devendo o Presidente da Câmara
dar-lhe encaminhamento de acordo com as recomendações nele propostas.

TÍTULO V
DAS SESSÕES LEGISLATIVAS
CAPÍTULO I
DAS SESSÕES LEGISLATIVAS ORDINÁRIAS E EXTRAORDINÁRIAS
Seção I
Disposições Preliminares

Art. 140. A legislatura compreenderá 4 (quatro) sessões legislativas, com início cada uma a 1º de
fevereiro e término em 15 de dezembro de cada ano, ressalvada a de inauguração da legislatura que se
inicia em 1º de janeiro (art. 34, § 1º, LOM, com a nova redação dada pela Emenda nº 11/93).

Art. 141. Serão considerados como de recesso legislativo os períodos compreendidos entre 16 de
dezembro a 31 de janeiro e de 1º a 31 de julho de cada ano (art. 34, § 1º, LOM, com a nova redação dada
pela Emenda nº 11/93)

Art. 142. As sessões da Câmara serão:


I - solenes;
II - ordinárias;
III - extraordinárias;
IV - Revogado
§ 1º Sessão legislativa ordinária é a correspondente ao período normal de funcionamento da Câmara
durante um ano.
§ 2º Sessão legislativa extraordinária é a correspondente ao funcionamento da Câmara no período do
recesso.

Art. 143. As sessões da Câmara serão públicas.

Art. 144. As sessões ressalvadas as solenes, somente poderão ser abertas com a presença de, no
mínimo, 1/3 (um terço) dos membros da Câmara, constatada através de chamada nominal.

Art. 145. Em sessão plenária cuja abertura e prosseguimento dependa de "quórum" este poderá ser
constatado através de verificação de presença feita de ofício pelo Presidente ou a pedido de qualquer
vereador.
§ 1º Ressalvada a verificação de presença determinada de ofício pelo Presidente nova verificação
somente será deferida após decorridos 30 minutos do término da verificação anterior.

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§ 2º Ficará prejudicada a verificação de presença se, ao ser chamado, encontrar-se ausente o vereador
que a solicitou.

Art. 146. Declarada aberta a sessão o Presidente proferirá as seguintes palavras: “Sob a proteção de
Deus, iniciamos os nossos trabalhos”, determinando em seguida a leitura de um trecho da Bíblia Sagrada
e de um artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Parágrafo único. Na primeira sessão ordinária de cada mês, após a leitura do artigo da Declaração
Universal dos Direitos Humanos, far-se-á a execução dos Hinos Nacional e do Município.

Art. 147. Durante as sessões somente os vereadores poderão permanecer no recinto do Plenário,
ressalvadas as hipóteses previstas neste Regimento.

Seção II
Da Duração e Prorrogação das Sessões

Art. 148. As sessões da Câmara terão a duração máxima de 5 (cinco) horas, podendo ser prorrogadas
por deliberação do Presidente ou a requerimento verbal de qualquer vereador, aprovado pelo Plenário.
Parágrafo único. O requerimento de prorrogação não poderá ser objeto de discussão.

Art. 149. A prorrogação da sessão será por tempo determinado não inferior a uma hora nem superior
a quatro horas.
§ 1º Só se permitirá requerimento de prorrogação por tempo inferior a sessenta minutos quando o
tempo a decorrer entre o término previsto da sessão em curso e as 24 horas do mesmo dia, for inferior a
uma hora, devendo o requerimento, nesse caso, solicitar obrigatoriamente a prorrogação pelo total de
minutos que faltarem para atingir aquele limite.
§ 2º Se forem apresentados dois ou mais requerimentos de prorrogação da sessão, serão os mesmos
votados na ordem cronológica de apresentação sendo que, aprovado qualquer deles, considerar-se-ão
prejudicados os demais.
§ 3º Poderão ser solicitadas outras prorrogações, mas sempre por prazo igual ou inferior ao que já foi
concedido.
§ 4º O requerimento de prorrogação será considerado prejudicado pela ausência de seu autor no
momento da votação.
§ 5º Os requerimentos de prorrogação somente poderão ser apresentados à Mesa a partir de 10 (dez)
minutos antes do término da Ordem do Dia, e, nas prorrogações concedidas, a partir de 5 (cinco) minutos
antes de se esgotar o prazo prorrogado, alertado o Plenário pelo Presidente.
§ 6º Quando, dentro dos prazos estabelecidos no parágrafo anterior, o autor do requerimento de
prorrogação solicitar sua retirada, poderá qualquer outro vereador, falando pela ordem, manter o pedido
de prorrogação, assumindo, então, a autoria e dando-lhe plena validade regimental.
§ 7º Nenhuma sessão plenária poderá estender-se além das 24 (vinte e quatro) horas do dia em que
foi iniciada, ressalvados os casos previstos neste Regimento.
§ 8º As disposições contidas nesta sessão não se aplicam às sessões solenes.

Seção III
Da Suspensão e Encerramento das Sessões

Art. 150. A sessão poderá ser suspensa:


I - para a preservação da ordem;
II - para permitir, quando for o caso, que a Comissão possa apresentar parece verbal ou escrito;
III - para recepcionar visitantes ilustres;
IV - para reunião de bancadas.
§ 1º A suspensão da sessão no caso do inciso II, não poderá exceder a 15 (quinze) minutos.
§ 2º O tempo de suspensão não será computado no de duração da sessão.
§ 3º Para a suspensão da sessão prevista no inciso IV, serão observadas as seguintes regras:
a a suspensão só poderá ser requerida durante a discussão de uma propositura;
b a suspensão só poderá ser requerida por vereador que esteja usando a palavra;
c o prazo máximo da suspensão será de 10 (dez) minutos, não sendo permitida a sua prorrogação;
d o tempo de suspensão será descontado do tempo reservado ao autor do requerimento;
e se ao solicitar a suspensão o orador tiver menos que cinco minutos para discutir a proposição, a
suspensão não poderá exceder o tempo que lhe restar;

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f o requerimento de suspensão não será submetido a discussão, devendo ser imediatamente atendido
pelo Presidente;
g o tempo que a sessão permanecer suspensa além do que houver sido requerido, será descontado
do tempo para discussão de que dispuser o autor do requerimento;
h esgotado o prazo para discussão de que disponha o autor do requerimento, o Presidente aplicará a
regra do art. 158, § 1°.
§ 4º A suspensão da sessão para reunião de bancadas poderá ser requerida somente uma vez por
cada bancada na discussão de cada proposição.

Art. 151. A sessão será encerrada antes da hora regimental nos seguintes casos:
I - por falta de quórum regimental para o prosseguimento dos trabalhos;
II - em caráter excepcional, por motivo de luto nacional, pelo falecimento de autoridade ou alta
personalidade ou na ocorrência de calamidade pública, em qualquer fase dos trabalhos, mediante
requerimento subscrito, no mínimo, por 1/3 (um terço) dos vereadores e sobre o qual deliberará o Plenário;
III - tumulto grave.

Seção IV
Da Publicidade das Sessões

Art. 152. Será dada ampla publicidade às sessões da Câmara, facilitando-se o trabalho da imprensa e
publicando-se a pauta e o resumo dos trabalhos no Jornal Oficial.
§ 1º Jornal Oficial da Câmara é o que tiver vencido a licitação para a divulgação dos atos oficiais do
Legislativo.
§ 2º Não havendo Jornal Oficial a publicação será feita por afixação em local próprio na sede da
Câmara.

Art. 153. As sessões da Câmara, a critério do Presidente, poderão ser transmitidas por emissora local,
que será considerada oficial se houver vencido licitação para essa transmissão.

Seção V
Das Atas das Sessões

Art. 154. De cada sessão da Câmara, lavrar-se-á ata dos trabalhos, contendo resumidamente os
assuntos tratados.
§ 1º Os documentos apresentados em sessão e as proposições serão indicados apenas com a
declaração do objeto a que se referirem, salvo requerimento de transcrição integral, aprovado pelo
Plenário.
§ 2º A transcrição de declaração de voto, feita resumidamente, por escrito, deve ser requerida ao
Presidente.
§ 3º A ata da sessão anterior será lida e votada, sem discussão, na fase do Expediente da sessão
subsequente.
§ 4º Se não houver "quórum" para deliberação, os trabalhos terão prosseguimento e a votação da ata
se fará em qualquer fase da sessão, à primeira constatação de existência de número regimental para
deliberação.
§ 5º Se o Plenário, por falta de "quórum" não deliberar sobre a ata até o encerramento da sessão, a
votação se transferirá para o Expediente da Sessão Ordinária seguinte.
§ 6º A ata poderá ser impugnada, quando for totalmente inválida, por não descrever os fatos e
situações realmente ocorridos mediante requerimento de invalidação.
§ 7º Poderá ser requerida a retificação da ata, quando nela houver omissão ou equívoco parcial.
§ 8º Cada vereador poderá falar sobre a ata apenas uma vez por tempo nunca superior a cinco minutos,
não sendo permitidos apartes.
§ 9º Feita a impugnação ou solicitada a retificação da ata, o Plenário deliberará a respeito.
§ 10 Aceita a impugnação lavrar-se-á nova ata e aprovada a retificação, a mesma será incluída na ata
da sessão em que ocorrer a sua votação.
§ 11 Votada e aprovada a ata, será assinada pelo Presidente, 1° e 2° Vice-Presidente, 1° e 2°
Secretários e publicada em Jornal Oficial, com a mesma redação aprovada em Plenário.

Art. 155. A ata da última sessão de cada legislatura será redigida e submetida à aprovação do Plenário,
independentemente de "quórum", antes de encerrada a sessão.

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Seção VI
Das Sessões Ordinárias
Subseção I
Disposições Preliminares

Art. 156. As Sessões Ordinárias serão semanais, realizando-se às segundas-feiras, com início às
quatorze horas. (Redação dada pela Resolução nº 7, de 2018)

Art. 157. As sessões ordinárias compõem-se de três partes:


I - expediente;
II - Ordem do Dia;
III - explicação pessoal.
Parágrafo único. Entre o final do Expediente e o início da Ordem do Dia haverá um intervalo de quinze
minutos.

Art. 158. O Presidente declarará aberta a sessão, à hora prevista para o início dos trabalhos, após
verificação do comparecimento de 1/3 dos membros da Câmara, feita pelo 1° Secretário através de
chamada nominal.
§ 1º Não havendo número regimental para a instalação, o Presidente aguardará quinze minutos, após
o que declarará prejudicada a sessão, lavrando-se ata resumida do ocorrido, que independerá de
aprovação.
§ 2º Instalada a sessão, mas não constatada a presença da maioria absoluta dos Vereadores, não
poderá haver qualquer deliberação na fase do Expediente, passando-se imediatamente, após a leitura da
ata da sessão anterior e do expediente, à fase destinada ao uso da Tribuna.
§ 3º Não havendo oradores inscritos antecipar-se-á o início da Ordem do Dia, com a respectiva
chamada regimental.
§ 4º Persistindo a falta da maioria absoluta dos Vereadores na fase da Ordem do Dia e observado o
prazo de tolerância de quinze minutos, o Presidente declarará encerrada a sessão, lavrando-se ata do
ocorrido, que independerá de aprovação.
§ 5º As matérias constantes da Ordem do Dia, inclusive a ata da sessão anterior, que não forem
votadas em virtude da ausência da maioria absoluta dos vereadores, passarão para o Expediente da
sessão ordinária seguinte.
§ 6º A verificação de presença poderá ocorrer em qualquer fase da sessão, a requerimento de
Vereador ou por iniciativa do Presidente e sempre será feita nominalmente, constando da ata os nomes
dos ausentes.
§ 7º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação dos projetos de lei de
diretrizes orçamentárias e do orçamento anual. (CF, art. 57, § 2°)

Subseção II
Do Expediente

Art. 159. O Expediente destina-se à leitura e votação da ata da sessão anterior, à leitura das matérias
recebidas, à leitura, discussão, e votação de pareceres e moções e ao uso da tribuna.
Parágrafo único. O Expediente terá a duração máxima de até três horas, a partir do horário de início
da Sessão. (Redação dada pela Resolução nº 2, de 2013)

Art. 160. Instalada a sessão inaugurada a fase do expediente, o Presidente determinará ao 1º


Secretário a leitura da ata da sessão anterior.

Art. 161. Lida e votada a ata, o Presidente determinará ao Secretário a leitura da matéria do expediente,
devendo ser obedecida a seguinte ordem:
I - expediente recebido do Prefeito;
II - expediente apresentado pelos vereadores;
III - expediente recebido de diversos.
§ 1º Na leitura das proposições, obedecer-se-á à seguinte ordem:
a vetos;
b projetos de lei;
c projetos de decreto legislativo;
d projetos de resolução;

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e substitutivos;
f emendas e subemendas;
g pareceres;
h requerimentos;
i indicações;
j moções;
§ 2º Dos documentos apresentados no Expediente serão fornecidos cópias, quando solicitadas pelos
interessados.
§ 3º A ordem estabelecida neste artigo é taxativa, não sendo permitida a leitura de papéis ou
proposições fora do respectivo grupo ou fora da ordem cronológica de apresentação, vedando-se,
igualmente, qualquer pedido de preferência nesse sentido.

Art. 162. Terminada a leitura das matérias mencionadas no artigo anterior, o Presidente destinará o
tempo restante da hora do expediente para debates e votações e ao uso da Tribuna, obedecida a seguinte
preferência:
I - discussão e votação de pareceres de Comissões e discussão daqueles que não se refiram a
proposições sujeitas à apreciação na Ordem do Dia;
II - discussão e votação de moções; (Renumerado pela Resolução nº 12, de 1999)
III - uso da palavra, respeita a rotatividade com os inscritos na Explicação Pessoal da Sessão anterior
até atingir a inscrição de oito vereadores. (Redação dada pela Resolução nº 2, de 2013)
§ 1º A palavra será concedida ao orador, seguindo a sequencia alfabética registrada na ata anterior.
§ 2º O vereador que não se achar presente na hora que lhe for concedida a palavra perderá a vez e
somente poderá fazer uso da palavra na próxima ordem alfabética nominal.
§ 3º O prazo para uso da Tribuna é de oito minutos. (Redação dada pela Resolução nº 13, de 2015)
§ 4º Suprimido. (Redação dada pela Resolução nº 13, de 2015)

Art. 163. Findo o Expediente e decorrido o intervalo de quinze minutos, o Presidente determinará ao
1° Secretário a efetivação da chamada regimental, para que se possa iniciar a Ordem do Dia.

Subseção III
Da Ordem do Dia

Art. 164. Ordem do dia é a fase da sessão onde serão discutidas e deliberadas as matérias
previamente organizadas em pauta.
§ 1º A Ordem do Dia somente será iniciada com a presença da maioria absoluta dos vereadores.
§ 2º Não havendo número legal a sessão será encerrada nos termos do art. 151 deste Regimento.

Art. 165. A pauta da Ordem do Dia, que deverá ser organizada 24 (vinte e quatro) antes da sessão,
obedecerá à seguinte disposição:
a matérias em regime de urgência especial;
b vetos;
c matérias em redação final;
d matérias em discussão e votação únicas;
e matérias em 2ª discussão e votação;
f matérias em 1ª discussão e votação.
g discussão e votação de requerimentos;
h discussão de resposta de requerimento.
§ 1º Obedecida essa classificação, as matérias figuração, ainda, segundo a ordem cronológica de
antiguidade.
§ 2º A disposição das matérias na Ordem do Dia só poderá ser interrompida ou alterada por
requerimento de urgência especial, de Preferência ou de Adiamento, apresentado no início ou no
transcorrer da Ordem do Dia e aprovada pelo Plenário.
§ 3º A secretaria fornecerá aos vereadores cópias das proposições e pareceres, bem como relação da
Ordem do Dia correspondente até vinte e quatro horas antes do início da sessão, ou somente da relação
da Ordem do Dia, se as proposições e pareceres já tiverem sido dados à publicação anteriormente.

Art. 166. Nenhuma proposição poderá ser colocada em discussão sem que tenha sido incluída na
Ordem do Dia ou no Expediente, com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas do início da sessão,
ressalvados os casos previstos nos arts. 179 e 204, § 3º, deste Regimento.

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Art. 167. Não será admitida a discussão e votação de projetos sem prévia manifestação das
Comissões, exceto nos casos expressamente previstos neste Regimento.

Art. 168. O Presidente anunciará o item da pauta que se tenha de discutir e votar, determinando ao 1°
Secretário que proceda à sua leitura.
Parágrafo único. A leitura de determinada matéria ou de todas as constantes da Ordem do Dia pode
ser dispensada a requerimento de qualquer Vereador, aprovado pelo Plenário.

Art. 169. As proposições constantes da Ordem do Dia poderão ser objeto de:
I - preferência para votação;
II - adiamento;
III - retirada da pauta.
§ 1º Se houver uma ou mais proposições constituindo processos distintos, anexadas à proposição que
se encontra em pauta, a preferência para votação de uma delas dar-se-á mediante requerimento verbal
ou escrito de qualquer Vereador, com assentimento do Plenário.
§ 2º O requerimento de preferência será votado sem discussão, não se admitindo encaminhamento de
votação, nem declaração de voto.
§ 3º Votada uma proposição, todas as demais que tratem do mesmo assunto, ainda que a ela não
anexadas, serão consideradas prejudicadas e remetidas ao arquivo.

Art. 170. O adiamento de discussão ou de votação de proposição poderá, ressalvado o disposto no §


4° deste artigo, ser formulado em qualquer fase de sua apreciação em Plenário, através de requerimento
verbal ou escrito de qualquer Vereador, devendo especificar a finalidade e o número de sessões do
adiamento proposto.
§ 1º O requerimento de adiamento é prejudicial à continuação da discussão ou votação de matéria a
que se refira, até que o Plenário sobre o mesmo delibere.
§ 2º Quando houver orador na Tribuna discutindo a matéria ou encaminhando sua votação, o
requerimento de adiamento só por ele poderá ser proposto.
§ 3º Apresentado um requerimento de adiamento, outros poderão ser formulados, antes de se proceder
à votação, que se fará rigorosamente pela ordem de apresentação dos requerimentos, não se admitindo,
nesse caso, pedidos de preferência.
§ 4º O adiamento da votação de qualquer matéria será admitido, desde que não tenha sido ainda
votada nenhuma peça do processo.
§ 5º A aprovação de um requerimento de adiamento prejudica os demais.
§ 6º Rejeitados todos os requerimentos formulados nos termos do § 3°, não se admitirão novos pedidos
de adiamento com a mesma finalidade.
§ 7º O adiamento de discussão ou de votação, por determinado número de sessões importará sempre
no adiamento da discussão ou da votação da matéria por igual número de sessões ordinárias.
§ 8º Não serão admitidos pedidos de adiamento da votação de requerimento de adiamento.
§ 9º Os requerimentos de adiamento não comportarão discussão nem encaminhamento de votação,
nem declaração de voto.

Art. 171. A retirada de proposição constante da Ordem do dia dar-se-á:


I - por solicitação de seu autor, quando o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação
tenha concluído pela inconstitucionalidade ou ilegalidade ou quando a proposição não tenha parecer
favorável de Comissão de Mérito;
II - por requerimento do autor, sujeito à deliberação do Plenário, sem discussão, encaminhamento de
votação e declaração de voto, quando a proposição tenha parecer favorável, mesmo que de uma só das
Comissões de Mérito, que sobre a mesma se manifestaram.
Parágrafo único. Obedecido o disposto no presente artigo, as proposições de autoria da Mesa ou de
Comissão Permanente só poderão ser retiradas mediante requerimento subscrito pela maioria dos
respectivos membros.

Art. 172. A discussão e a votação das matérias propostas será feita na forma determinada nos capítulos
referentes ao assunto.

Art. 173. Não havendo mais matéria sujeita à deliberação do Plenário, na Ordem do Dia, o Presidente
declarará aberta a fase da Explicação Pessoal.

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Parágrafo único. Se nenhum vereador solicitar a palavra em Explicação Pessoal ou findo o tempo
destinado à sessão o Presidente dará por encerrados os trabalhos, depois de anunciar a publicação da
Ordem do Dia da sessão seguinte.

Art. 174. A requerimento subscrito no mínimo por um terço dos vereadores ou de ofício pela Mesa,
poderá ser convocada Sessão Extraordinária para apreciação de remanescente da pauta de Sessão
Ordinária.

Subseção IV
Da Explicação Pessoal

Art. 175. Esgotada a pauta da Ordem do Dia, desde que presente um terço, no mínimo, dos
vereadores, passar-se-á à Explicação Pessoal.

Art. 176. Explicação Pessoal é a fase destinada à manifestação dos vereadores sobre atitudes
pessoais, assumidas durante a sessão ou no exercício do mandato.
§ 1º A fase de Explicação Pessoal terá a duração máxima e improrrogável de quarenta e nove minutos.
(Redação dada pela Resolução nº 13, de 2015)
§ 2º O Presidente concederá a palavra e sete oradores, observada a sequência das inscrições
verificadas para o uso da Tribuna, respeitada a ordem alfabética nominal da lista de chamada dos
Vereadores. (Redação dada pela Resolução nº 2, de 2013)
§ 3º O Orador terá o prazo máximo de sete minutos, para uso da palavra e não poderá desviar-se da
finalidade da explicação pessoal (Redação dada pela Resolução nº 13, de 2015)
§ 4º O não atendimento do disposto no parágrafo anterior sujeitará o orador á advertência pelo
Presidente, e, na reincidência, à cassação da palavra.
§ 5º A sessão não poderá ser prorrogada para uso da palavra em explicação pessoal.
§ 6º Revogado

Art. 177. Não havendo mais Oradores para falar em Explicação Pessoal, o Presidente comunicará os
senhores vereadores sobre a data da próxima sessão, anunciando a respectiva pauta, se já tiver sido
organizada, e declarará encerrada a sessão, ainda que antes do prazo regimental de encerramento.

Seção VII
Das Sessões Extraordinárias na Sessão Legislativa Ordinária

Art. 178. As sessões extraordinárias, no período normal de funcionamento da Câmara, serão


convocadas pelo Presidente da Câmara, em sessão ou fora dela. (art. 36, § 2° da LOM)
§ 1º Se a convocação ocorrer fora da sessão, a comunicação aos vereadores deverá ser pessoal e
por escrito, ou, na ausência desta, através de qualquer meio de comunicação, especialmente, pela
notificação no Gabinete do vereador, pela publicação do Edital no quadro de avisos e no site da Câmara
Municipal, comunicação via correio eletrônico, ou ainda aplicativo de mensagens telefone móvel, ou
contato telefônico, devendo ser-lhe encaminhada, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas, após recebimento
do ofício de convocação. (Redação dada pela Resolução nº 3, de 2017)
§ 2º Sempre que possível, a convocação far-se-á em sessão.
§ 3º As sessões extraordinárias poderão realizar-se em qualquer hora e dia, inclusive aos domingos e
feriados.
§ 4º Se a sessão extraordinária for realizada no mesmo dia da ordinária, não poderá ser renumerada.

Art. 179. Na sessão extraordinária não haverá Expediente, nem Explicação Pessoal, sendo todo o seu
tempo destinado à Ordem do Dia, após leitura e deliberação da ata da sessão anterior.
Parágrafo único. Aberta a sessão extraordinária, com a presença de 1/3 (um terço) dos membros da
Câmara e não contando, após a tolerância de quinze minutos, com a maioria absoluta para discussão e
votação das proposições, o Presidente encerrará os trabalhos, determinando a lavratura da respectiva
ata, que independerá de aprovação.

Art. 180. Só poderão ser discutidas e votadas, nas sessões extraordinárias, as proposições que
tenham sido objeto da convocação.

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Seção VIII
Da Sessão Legislativa Extraordinária

Art. 181. A Câmara poderá ser convocada extraordinariamente, no período de recesso, pelo Prefeito
ou pela maioria dos vereadores, sempre que necessário, mediante ofício dirigido ao seu Presidente, para
se reunir, no mínimo, dentro de 3 (três) dias, salvo motivo de extrema urgência. (art. 35, § 2°, da LOM)
§ 1º O Presidente da Câmara dará conhecimento da convocação aos Vereadores, em sessão ou fora
dela. (art. 35, § 3° da LOM)
§ 2º Se a convocação ocorrer fora da sessão, a comunicação aos vereadores deverá ser pessoal e
por escrito, ou, na ausência desta, através de qualquer meio de comunicação, especialmente, pela
notificação no Gabinete do Vereador, pela publicação do Edital no quadro de aviso e no site da Câmara
Municipal, comunicação via correio eletrônico, ou ainda aplicativos de mensagens para telefone móvel,
ou contato telefônico, devendo ser-lhes encaminhada, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas, após o
recebimento do ofício de convocação. (Redação dada pela Resolução nº 3, de 2017)
§ 3º A Câmara poderá ser convocada para uma única sessão, para um período determinado de várias
sessões em dias sucessivos ou para todo o período de recesso.
§ 4º Se do ofício de convocação não constar o horário da sessão ou das sessões a serem realizadas,
será obedecido o previsto no ar. 156 deste Regimento para as sessões ordinárias.
§ 5º A convocação extraordinária da Câmara implicará a imediata inclusão do projeto, constante da
convocação, na Ordem do Dia, dispensadas todas as formalidades regimentais anteriores, inclusive a de
parecer das Comissões Permanentes.
§ 6º Se o projeto constante da convocação não contar com emendas ou substitutivos, a sessão será
suspensa por trinta minutos após a sua leitura e antes de iniciada a fase da discussão, para o oferecimento
daquelas proposições acessórias, podendo esse prazo ser prorrogado ou dispensado a requerimento de
qualquer Vereador, aprovado pelo Plenário.
§ 7º Continuará a correr, na sessão legislativa extraordinária, e por todo o período de sua duração, o
prazo a que estiverem submetidos os projetos objeto da convocação.
§ 8º Nas sessões da sessão legislativa extraordinária não haverá a fase do Expediente, nem a de
Explicação Pessoal, sendo todo o seu tempo destinado à Ordem do dia, após a leitura e deliberação da
ata da sessão anterior.
§ 9º As sessões extraordinárias de que trata este artigo serão abertas com a presença de, no mínimo,
um terço dos membros da Câmara e não terão tempo de duração determinado.

Art. 182. Revogado

Art. 183. Revogado

Art. 184. As sessões solenes serão convocadas pelo Presidente ou por deliberação da Câmara
mediante requerimento aprovado por maioria simples, destinando-se às solenidades cívicas e oficiais.
§ 1º Estas sessões poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara e independem de "quórum" para
sua instalação e desenvolvimento.
§ 2º Não haverá Expediente, Ordem do Dia e Explicação Pessoal nas sessões solenes, sendo,
inclusive, dispensadas a verificação de presença e a leitura da ata da sessão anterior.
§ 3º Nas sessões solenes, não haverá tempo determinado para o seu encerramento.
§ 4º Será elaborado, previamente e com ampla divulgação, o programa a ser obedecido na sessão
solene, podendo, inclusive, usarem da palavra autoridades, homenageados e representantes de classe
e de associações, sempre a critério da Presidência da Câmara.
§ 5º O ocorrido na sessão solene será registrado em ata, que independerá de deliberação.
§ 6º Independe de convocação a sessão solene de posse e instalação da legislatura, de que trata o
art. 140 deste Regimento.

TÍTULO VI
DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 185. Proposição é toda matéria sujeita à deliberação do Plenário.


§ 1º As proposições poderão consistir em:
a proposta de emenda à Lei Orgânica;

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b projetos de lei;
c projetos de Decreto Legislativo;
d projetos de Resolução;
e substitutivos;
f emendas ou subemendas;
g vetos;
h pareceres;
i requerimentos;
j indicações;
l moções.
§ 2º As proposições deverão ser redigidas em termos claros, devendo conter ementa de seu assunto.
§ 3º As proposições, com exceção da indicação e da moção de pesar, antes de serem encaminhadas
ás Comissões Permanentes, serão previamente analisadas pela Assessoria Jurídica.

Seção I
Da Apresentação das Proposições

Art. 186. As proposições iniciadas por vereador serão apresentadas pelo seu autor na Secretaria
Administrativa até a quarta-feira anterior a realização da sessão ordinária.
§ 1º As proposições iniciadas pelo Prefeito serão apresentadas e protocoladas na Secretaria
Administrativa.
§ 2º As proposições de iniciativa popular obedecerão ao disposto no art. 280 deste Regimento.
§ 3º As proposituras mencionadas no "caput" deste artigo, deverão ser assinadas pelos respectivos
autores, até meia hora antes do início da sessão, sob pena de ser adiada a sua discussão para a sessão
subsequente, com exceção daquelas que são peculiares ao andamento das sessões.
§ 4º Toda a propositura apresentada quando da discussão e votação, deverá obrigatoriamente contar
com a presença do autor no Plenário, sob pena de adiamento da propositura para a próxima sessão.
§ 5º Antecipa para a terça-feira a apresentação das proposições quando não houver expediente na
Secretaria Administrativa na quarta-feira.
§ 6º A apresentação da proposição após o prazo estabelecido no “caput” será encaminhada para a
sessão ordinária seguinte.
§ 7º Proposições que devam ser imediatamente consideradas, a fim de evitar grave prejuízo ou perda
de sua oportunidade, poderão ser apresentadas por requerimento de urgência especial nos termos dos
arts. 165, § 2º, e 192 deste Regimento.

Seção II
Do Recebimento das Proposições

Art. 187. A Presidência deixará de receber qualquer proposição:


I - que aludindo a Lei, Decreto ou Regulamento ou qualquer outra norma legal, não venha
acompanhada de seu texto;
II - que, fazendo menção à cláusula de contratos ou de convênios, não os transcreva por extenso;
III - que seja antirregimental;
IV - que, sendo de iniciativa popular, não atenda aos requisitos do art. 280 deste Regimento;
V - que seja apresentada por vereador ausente à sessão, salvo requerimento de licença por moléstia
devidamente comprovada;
VI - que tenha sido rejeitada ou vetada na mesma sessão legislativa e não seja subscrita pela maioria
absoluta da Câmara;
VII - que configure emenda, subemenda, ou substituição não pertinente à matéria contida no Projeto;
VIII - que, constando, como mensagem aditiva do Chefe do Executivo, em lugar de adicionar algo ao
projeto original, modifique a sua redação, suprima ou substitua, em parte ou no todo, algum artigo,
parágrafo ou inciso;
IX - que, contendo matéria de indicação, seja apresentada em forma de requerimento.
Parágrafo único. Da decisão do Presidente caberá recurso, que deverá ser apresentado pelo autor
dentro de 10 (dez) dias e encaminhado pelo Presidente à Comissão de Constituição, Justiça e Redação,
cujo parecer em forma de projeto da Resolução, será incluído na Ordem do Dia e apreciado pelo Plenário.

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Art. 188. Considerar-se-á autor da proposição, para efeitos regimentais, o seu primeiro signatário,
sendo de simples apoio as assinaturas que se seguirem à primeira, ressalvadas as proposições de
iniciativa popular, que atenderão ao disposto nos arts. 280 a 282 deste Regimento.

Seção III
Da Retirada das Proposições

Art. 189. A retirada da proposição em curso na Câmara é permitida:


a quando de iniciativa popular, mediante requerimento assinado por metade mais um dos subscritores
da proposição;
b quando de autoria de um ou mais vereadores, mediante requerimento do único signatário ou do
primeiro deles;
c quando de autoria de Comissão, pelo requerimento da maioria de seus membros;
d quando de autoria da Mesa, mediante o Requerimento da maioria de seus membros;
e quando de autoria do Prefeito, por requerimento subscrito pelo Chefe do Executivo.
f Revogado pela Resolução nº 11, de 6 de dezembro de 2010)
§ 1º O requerimento de retirada de proposição só poderá ser recebido antes da leitura da matéria na
Sessão. (Redação dada pela Resolução nº 12, de 2015)
§ 2º Se a proposição ainda não tenha sido em Sessão, caberá ao Presidente apenas determinar o seu
arquivamento. (Redação dada pela Resolução nº 12, de 2015)
§ 3º Se a matéria já houver sido lida caberá ao Plenário a decisão sobre o requerimento. (Redação
dada pela Resolução nº 12, de 2015)
§ 4º As assinaturas de apoio, quando constituírem "quórum" para apresentação, não poderão ser
retiradas após a proposição ter sido encaminhada à Mesa ou protocolada na Secretaria Administrativa.
§ 5º A proposição retirada na forma deste artigo não poderá ser reapresentada na mesma sessão
legislativa, salvo deliberação do Plenário.

Seção IV
Do Arquivamento e do Desarquivamento

Art. 190. Finda a legislatura, arquivar-se-ão todas as proposições que no seu decurso tenham sido
submetidas à deliberação da Câmara e ainda se encontrem em tramitação bem como as que abram
crédito suplementar, com pareceres ou sem eles, salvo as:
I - com pareceres favoráveis de todas as Comissões;
II - já aprovadas em turno único, em primeiro ou segundo turno;
III - de iniciativa popular;
IV - de iniciativa do Prefeito.
Parágrafo único. A proposição poderá ser desarquivada mediante requerimento do autor, dirigido ao
Presidente, dentro dos primeiros 180 (cento e oitenta) dias da primeira sessão legislativa ordinária da
legislatura subsequente, retomando a tramitação desde o estágio em que se encontrava.

Seção V
Do Regime de Tramitação das Proposições

Art. 191. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação:


I - urgência especial;
II - urgência;
III - ordinária.

Art. 192. A Urgência Especial é a dispensa de exigências regimentais, salvo a de número legal e de
parecer, para que determinado projeto seja imediatamente considerado, a fim de evitar grave prejuízo ou
perda de sua oportunidade.

Art. 193. Para a concessão deste regime de tramitação serão, obrigatoriamente, observadas as
seguintes normas e condições:
I - a concessão de urgência especial, dependerá da apresentação de requerimento escrito justificado
que conte com decisão favorável da Comissão de constituição, Justiça e Redação, e somente será
submetido à apreciação do Plenário se for apresentado:
a pela Mesa, em proposição de sua autoria;

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b por 1/3 (um terço), no mínimo, dos vereadores.
II - o requerimento de urgência especial poderá ser apresentado em qualquer fase da sessão, mas
somente será submetido ao Plenário durante o tempo destinado à Ordem do Dia;
III - o requerimento de urgência especial não sofrerá discussão, mas sua votação poderá ser
encaminhada pelos líderes das bancadas partidárias, pelo prazo improrrogável de cinco minutos;
IV - não poderá ser concedida urgência especial para qualquer projeto, com prejuízo de outra urgência
especial já votada, salvo nos casos de segurança e calamidade pública;
V - o requerimento de urgência especial depende, para a sua aprovação de "quórum" da maioria
absoluta dos vereadores.

Art. 194. A matéria, submetida ao regime de urgência especial, devidamente instruída com os
pareceres das Comissões Permanentes ou o parecer do Relator Especial entrará automaticamente na
pauta da Ordem do Dia da semana seguinte para discussão e votação, com preferência sobre todas as
demais matérias.
§ 1º As emendas às proposituras submetidas ao regime de urgência especial, somente serão recebidas
até 48 (quarenta e oito) horas de antecedência do horário previsto para o início da sessão em que será
discutida a matéria.

Art. 195. O Regime de Urgência implica redução dos prazos regimentais e se aplica somente aos
projetos de autoria do Executivo submetidos ao prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias para apreciação.
§ 1º Os projetos submetidos ao Regime de Urgência serão enviados às Comissões Permanentes pelo
Presidente, dentro do prazo de 3 (três) dias da entrada na Secretaria da Câmara, independentemente da
leitura no Expediente da sessão.
§ 2º O Presidente da Comissão Permanente terá o prazo de vinte e quatro horas para designar relator,
a contar da data do seu recebimento.
§ 3º O relator designado terá o prazo de 3 (três) dias para apresentar parecer, findo o qual sem que o
mesmo tenha sido apresentado, o Presidente da Comissão Permanente avocará o processo e emitirá
parecer.
§ 4º A Comissão Permanente terá o prazo total de 6 (seis) dias para exarar seu parecer a contar do
recebimento da matéria.
§ 5º Findo o prazo para a Comissão competente emitir o seu parecer, o processo será enviado a outra
Comissão Permanente ou incluído na Ordem do Dia, sem o parecer da Comissão faltosa.

Art. 196. A tramitação ordinária aplica-se às proposições que não estejam submetidas ao Regime de
Urgência Especial ou ao Regime de Urgência.

CAPÍTULO II
DOS PROJETOS
Seção I
Disposições Preliminares

Art. 197. A Câmara Municipal exerce a sua função legislativa por meio de:
I - propostas de emenda à Lei Orgânica;
II - projetos de lei;
III - projetos de Decreto Legislativo;
IV - projetos de Resolução.
Parágrafo único. São requisitos para apresentação dos projetos:
a ementa de seu conteúdo;
b enunciação exclusivamente da vontade legislativa;
c divisão em artigos numerados, claros e concisos;
d menção da revogação das Disposições em contrário, quando for o caso;
e assinatura do auto;
f justificação, com a exposição circunstanciada dos motivos de mérito que fundamentem a adoção da
medida proposta, bem como a assinatura do autor;
g observância, no que couber, ao disposto no art. 187 deste Regimento.

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Seção II
Da Proposta de Emenda à Lei Orgânica

Art. 198. Proposta de emenda à Lei Orgânica é a proposição destinada a modificar, suprimir ou
acrescentar dispositivo à Lei Orgânica do Município.

Art. 199. A Câmara apreciará proposta de emenda à Lei Orgânica, desde que:
I - apresentada por, no mínimo, a maioria absoluta dos membros da Câmara, pelo Prefeito ou por, no
mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado; (art. 57 da L.O.M.);
II - não esteja sob intervenção estadual, estado de sítio ou de defesa;
III - não proponha a abolição da Federação, do voto direto, secreto e universal e periódico, da
separação dos poderes e dos direitos e garantias constitucionais (art. 60, CF).

Art. 200. A proposta de emenda à Lei Orgânica será submetida a dois turnos de votação, com interstício
mínimo de 10 (dez) dias e será aprovada pelo quórum de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara. (art.
29, "caput" da CF)

Art. 201. Aplicam-se à proposta de emenda à Lei Orgânica, no que não colidir com o estatuído nesta
seção, as Disposições regimentais relativas ao trâmite e apreciação dos projetos de lei.

Seção III
Dos Projetos de Lei

Art. 202. Projeto de lei é a proposição que tem por fim regular toda a matéria de competência da
Câmara e sujeita a sanção do Prefeito.
Parágrafo único. A iniciativa dos projetos de lei será:
I - do Vereador;
II - da Mesa da Câmara;
III - das Comissões Permanentes;
IV - do Prefeito;
V - de, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado. (art. 61 CF)

Art. 203. É da competência privativa do Prefeito a iniciativa das leis que disponham sobre:
I - a criação, estruturação e Atribuições dos órgãos e entidades da administração pública municipal;
II - a criação de cargos, empregos e Funções na administração pública direta e autárquica bem como
a fixação e aumento de sua remuneração;
III - regime jurídico dos servidores municipais; (art. 61, § 1° CF)
IV - o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, bem como a abertura de
créditos suplementares e especiais. (art. 165 e 167, V da CF)
§ 1º Nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito não serão admitidas emendas que aumentem a
despesa prevista, ressalvadas as leis orçamentárias.
§ 2º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não serão aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual. (art. 166, § 4° CF)

Art. 204. Mediante solicitação expressa do Prefeito, a Câmara deverá apreciar o projeto de lei
respectivo dentro do prazo de 90 (noventa) dias, contados de seu recebimento na Secretaria
Administrativa.
§ 1º Se o Prefeito julgar urgente a medida, poderá solicitar que a apreciação do projeto se faça em até
45 (quarenta e cinco) dias, contados de seu recebimento na Secretaria Administrativa.
§ 2º A fixação de prazo deverá ser sempre expressa e poderá ser feita após a remessa do projeto, em
qualquer fase de seu andamento, considerando-se a data do recebimento desse pedido, como seu termo
inicial.
§ 3º Esgotado sem deliberação, o prazo previsto no § 1°, o projeto será incluído na Ordem do Dia,
sobrestando-se a deliberação, quanto aos demais assuntos, até que se ultime a votação (art. 64, § 2°
CF).
§ 4º Os prazos previstos neste artigo aplicam-se também aos projetos de lei para os quais se exija
aprovação por "quórum" qualificado.
§ 5º Os prazos previstos neste artigo não correm no período de recesso e nem se aplicam aos projetos
de códigos.

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§ 6º Observadas as Disposições regimentais, a Câmara poderá apreciar em qualquer tempo, os
projetos para os quais o Prefeito não tenha solicitado prazo de apreciação.

Art. 205. O projeto de lei que receber parecer contrário, quanto ao mérito, de todas as Comissões
Permanentes a que for distribuído será tido como rejeitado.
Parágrafo único. Quando somente uma Comissão Permanente tiver competência regimental para a
apreciação do mérito de um projeto, seu parecer não acarretará a rejeição da propositura, que deverá ser
submetida ao Plenário.

Art. 206. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto na mesma sessão legislativa mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara
(art. 67, CF).

Art. 207. Os projetos de lei submetidos a prazo de apreciação, deverão constar, obrigatoriamente, da
Ordem do Dia, independentemente de parecer das Comissões, antes do término do prazo.

Art. 208. São de iniciativa popular os projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou
de bairros, através da manifestação, de pelo menos, 5% (cinco por cento) do eleitorado, atendidas as
Disposições do Capítulo I do Título VIII deste Regimento.

Seção IV
Dos Projetos de Decreto Legislativo

Art. 209. Projeto de Decreto Legislativo é a proposição de competência privativa da Câmara, que
excede os limites de sua economia interna, não sujeita à sanção do Prefeito e cuja promulgação compete
ao Presidente da Câmara.
§ 1º Constitui matéria de Decreto Legislativo:
a a fixação da remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito; (art. 105 e 104 da LOM)
b a concessão de licença ao Prefeito; (art. 88 da LOM)
c a cassação do mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito;
d a concessão de título de cidadania são-roquense, honorário ou qualquer outra honraria ou
homenagem a pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado serviços ao Município.
§ 2º Será de exclusiva competência da Mesa a apresentação dos projetos de Decreto Legislativo a
que se referem as alíneas "b" e "c" do parágrafo anterior, competindo, nos demais casos, à Mesa, às
Comissões ou aos vereadores.
§ 3º As homenagens prestadas pela Câmara no "Dia Internacional da Mulher", no "Dia da Comunidade
Italiana", no "Dia dos Esportistas dos Jogos Regionais", na data de instalação da Câmara Municipal, na
data de Fundação da Cidade de São Roque, para outorga de "Medalha do Mérito Barão de Piratininga,
no "Dia dos imigrantes", no "Dia da Consciência Negra", em homenagem á "Semana Municipal da
Comunidade Japonesa", no "Dia Municipal do Policial", e na entrega do Prêmio Comendador Mestre
Airton Neves Moura (Mestre Onça) observarão o seguinte cronograma: (Redação dada pela Resolução
nº 15, de 2016)
a sessão solene do "Dia Internacional da Mulher" (8/3):
1. prazo para protocolo do projeto de decreto legislativo: até 31 de janeiro;
2. Homenagem a ser concedida: até três Placas Homenagem e um "Medalha do Mérito Faustino Maria
das Dores". (Redação dada pela Resolução nº 7, de 2017)
3. a Mesa Diretora convocará reunião com os vereadores para escolha das homenagens incidas até o
dia 10 de fevereiro;
3.1. na hipótese do número de homenageados exceder o limite estabelecido no item 2, a escolha será
processada mediante sorteio;
4. até 25 de agosto e 25 de outubro, respectivamente, os projetos de decreto legislativo de
homenagens serão aprovados em sessão ordinária ou extraordinária da Câmara.
b sessão solene do "Dia da Comunidade Italiana":
1. prazo para protocolo do projeto de decreto legislativo: até o dia 25 do mês de abril;
2. poderão ser concedidos até 2 (dois) títulos de cidadania anualmente.
3. a Mesa Diretora convocará reunião com os vereadores para escolha do homenageado indicado até
o dia 10 de maio;
3.2. Os homenageados da Sessão serão previamente indicados pela Associação Ítalo Brasileira de
São Roque (Incluído pela Resolução nº 11, de 2012)

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3.1. Na hipótese do número de homenageado exceder o limite estabelecido no item 2, a escolha será
processada mediante sorteio;
4. o projeto de decreto legislativo deverá ser aprovado até a primeira quinzena do mês de maio em
sessão ordinária ou extraordinária.
c sessão solene de aniversário da Fundação da Cidade de São Roque:
1. prazo para protocolo do projeto de decreto legislativo: até 15 de junho;
2. homenagens a serem prestadas: concessão de uma "Medalha" do Mérito Barão de Piratininga,
concessão de uma "Medalha" do Mérito Vasco Barioni, um título de cidadania e até duas placas
homenagem. (Redação dada pela Resolução nº 2, de 2010)
3. até 20 de junho a Mesa Diretora convocará reunião com os vereadores para escolha dos
homenageados;
3.1 na hipótese do número de homenageados superar o limite estipulado no item 2, a escolha dar-se-
á por sorteio;
4. até 30 de junho os projetos de decreto legislativo de homenagens serão aprovados em sessão
ordinária ou extraordinária da Câmara.
d sessão solene de outorga de "Medalha do Mérito Barão de Piratininga", nos dias 7 de setembro e 15
de novembro:
1. prazo para protocolo do projeto de decreto legislativo, respectivamente até: 10 de agosto e 10 de
outubro;
2. concessão de uma "Medalha do Mérito Barão de Piratininga";
3. até 20 de agosto e 20 de outubro, respectivamente, a Mesa Diretora convocará reunião com os
vereadores para escolha dos homenageados;
3.1 na hipótese do número de homenageados superar o limite estipulado no item 2, a escolha dar-se-
á por sorteio;
3.2. Os homenageados da Sessão serão previamente indicados pela Associação Ítalo Brasileira de
São Roque.
4. até 25 de agosto e 25 de outubro, respectivamente, os projetos de decreto legislativo de
homenagens serão aprovados em sessão ordinária ou extraordinária da Câmara.
e sessão solene do Dia dos Esportistas dos Jogos Regionais:
1. serão prestadas homenagens na forma de certificado do mérito para todos os atletas que se
destacarem durante a competição;
2. a solenidade será convocada para o segundo sábado após o término dos Jogos Regionais.
f sessão solene do Dia de Instalação da Câmara Municipal (16/6):
1. prazo para protocolo do projeto de decreto legislativo: até 15 de abril;
2. serão concedidas até 3 (três) homenagens, podendo ser placas homenagem ou títulos de cidadania;
3. a Mesa Diretora convocará reunião com os vereadores para escolha dos homenageados até 20 de
abril;
3.1 na hipótese do número de homenageados superar o limite estipulado no item 2, a escolha dar-se-
á por sorteio;
4. até o dia 10 de maio os projetos de decreto legislativo de homenagens serão aprovados em sessão
ordinária ou extraordinária da Câmara.
g sessão solene em comemoração ao Dia do Imigrante (26/04):
1. prazo para protocolo do projeto de decreto legislativo: até 6 de março.
2. serão concedidas até 2 (duas) homenagens, sendo 1 (um) Titulo de Cidadania São-roquense e 1
(uma) placa homenagem.
3. a Mesa Diretora convocará reunião com os vereadores para escolha dos homenageados até 11 de
março;
3.1 na hipótese do número de homenageados superar o limite estipulado no item 2, a escolha dar-se-
á por sorteio;
4. até o dia 30 de março os projetos de decreto legislativo de homenagens serão aprovados em sessão
ordinária ou extraordinária da Câmara.
h sessão solene em comemoração ao Dia da Consciência Negra (20/11), a ser realizada na semana
de 20/11:
1. prazo para protocolo do projeto de decreto legislativo: até 1 de outubro.
2. Homenagem a ser concedida: até três placas homenagens. (Redação dada pela Resolução nº 11,
de 2012)
3. a Mesa Diretora convocará reunião com os vereadores para escolha do homenageado até 20 de
outubro;

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4. na hipótese do número de homenageados superar o limite estipulado no item 2, a escolha dar-se-á
por sorteio; (Renumerado pela Resolução nº 16, de 2015)
3.2. Revogado pela Resolução nº 16, de 6 de julho de 2015)
5. até o dia 10 de novembro os projetos de decreto legislativo de homenagens serão aprovados em
sessão ordinária ou extraordinária da Câmara. (Renumerado pela Resolução nº 16, de 2015)
i sessão solene em comemoração à Semana Municipal da Comunidade Japonesa (quarta semana do
mês de junho): (Incluído pela Resolução nº 8, de 2012)
1. prazo para protocolo do Projeto de Decreto Legislativo: até 8 de maio. (Incluído pela Resolução nº
8, de 2012)
2. serão concedidas até 4 (quatro) homenagens, sendo 1 (um) Título de Cidadania São-roquense e 3
(três) Placas Homenagem. (Incluído pela Resolução nº 8, de 2012)
3. a Mesa Diretora Convocará reunião com os Vereadores para escolha dos homenageados até 15 de
maio; (Incluído pela Resolução nº 8, de 2012)
3.1 na hipótese do Número de Homenageados superar o limite estipulado no item 2, a escolha dar-se-
á por sorteio; (Incluído pela Resolução nº 8, de 2012)
4. até o dia 5 de junho os Projetos de Decreto Legislativo de homenagens serão aprovados em Sessão
Ordinária ou Extraordinária da Câmara. (Incluído pela Resolução nº 8, de 2012)
j sessão solene em comemoração ao Dia Mundial do Policial (21/04), a ser realizada na semana de
21/04: (Incluído pela Resolução nº 8, de 2014)
1. Prazo para protocolo do Projeto de Decreto Legislativo: até 1º de março. (Incluído pela Resolução
nº 8, de 2014)
2. Homenagem a ser concedida até 5 (cinco) medalhas. (Redação dada pela Resolução nº 3, de 2018)
3. A Mesa Diretora convocará reunião com os Vereadores para escolha dos homenageados até 20 de
março. (Incluído pela Resolução nº 8, de 2014)
4. Os homenagens da sessão, que trabalham em São Roque, serão previamente indicados da seguinte
forma: (Incluído pela Resolução nº 8, de 2014)
4.1 A indicação do bombeiro a ser homenageado será feita pelo Comandante da Corporação. (Incluído
pela Resolução nº 8, de 2014)
4.2 A indicação do(a) Guarda Civil Municipal homenageado(a) será feita pelo(a) Titular de Polícia Civil
em São Roque. (Incluído pela Resolução nº 8, de 2014)
4.3 A indicação do(a) Policial Civil homenageado(a) será feita pelo(a) Delegado(a) Titular de Polícia
Civil em São Roque. (Incluído pela Resolução nº 8, de 2014)
4.4 A indicação do(a) Policial Militar homenageado(a) será feita pelo(a) Comandante da Corporação.
(Incluído pela Resolução nº 8, de 2014)
4.5. A indicação do(a) Militar da Aeronáutica Homenageado(a) será feita pelo Comandante do
Destacamento. (Incluído pela Resolução nº 3, de 2018)
5. Até o dia 10 de abril os projetos de decretos legislativos de homenagens serão aprovados em
Sessão Ordinária ou Extraordinária da Câmara.
k sessão Solene para entrega Prêmio Comendador Mestre Airton Neves Moura (Mestre Onça), a ser
realizada no mês de outubro, em alusão ao Dia do Mestre de Capoeira (17/10): (Incluído pela Resolução
nº 15, de 2016)
1. prazo para protocolo do Projeto de Decreto Legislativo: até 1 de setembro. (Incluído pela Resolução
nº 15, de 2016)
2. homenagem a ser concedida: 1 (uma) Placa Homenagem "Prêmio Comendador Mestre Airton Neves
Moura (Mestre Onça) (Incluído pela Resolução nº 15, de 2016)
3. a Mesa Diretora convocará reunião com os Vereadores para escolha dos homenageados até 5 de
setembro. (Incluído pela Resolução nº 15, de 2016)
4. até o dia 15 de setembro o Projeto de Decreto Legislativo de homenagens serão aprovados em
Sessão Ordinária ou Extraordinária da Câmara. (Incluído pela Resolução nº 15, de 2016)
§ 4º É facultativa a apresentação de biografia dos projetos de decretos legislativos de que trata o
parágrafo anterior, entretanto, o autor deverá juntá-la até o quinto dia útil após a escolha definitiva dos
homenageado. (Incluído pela Resolução nº 7, de 2003)
§ 5º Fica facultada a concessão, de até mais seis homenagens (Título de Cidadania ou Placa
Homenagem), a qualquer tempo, a cidadãos que tenham prestado relevantes serviços à comunidade são
roquense, com o seguinte cronograma: (Redação dada pela Resolução nº 10, de 2015)
a apresentação de propositura por vereador, com no mínimo um terço de assinaturas de apoio dos
membros do Plenário, ou pelos Membros da Mesa Diretora da Câmara, ou ainda, pela maioria dos
integrantes de qualquer Comissão Permanente, com biografia detalhada da pessoa que será
homenageada e área em que se destacou; (Redação dada pela Resolução nº 10, de 2015)

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b as homenagens tratadas neste parágrafo poderão ser entregues em solenidades a serem
convocadas pelos Presidente da Mesa Diretora da Câmara ou pelos próprios vereadores autores dos
Projetos; (Redação dada pela Resolução nº 10, de 2015)
c as homenagens de trata este parágrafo poderão ser entregues, a critério dos vereadores,
independentemente de solenidade; (Redação dada pela Resolução nº 10, de 2015)
d a Sessão Solene será realizada, quando for o caso, após transcorridos quinze dias, no mínimo, da
aprovação do Projeto em Plenário; (Redação dada pela Resolução nº 10, de 2015)
e a escolha dos vereadores que prestarão as homenagens descritas neste parágrafo dar-se-á por
sorteio e não poderá exceder a uma por Vereador. (Redação dada pela Resolução nº 10, de 2015)
§ 6º As homenagens de que tratam a alínea "d" do § 3º e § 5º, ficam proibidas durante o período
durante o período de 60 (sessenta) dias antes das eleições.
§ 7º Para as homenagens previstas nos §§ 3º e 5º, deste artigo, uma vez contemplado o vereador,
este não participará dos próximos sorteios, até que todos os demais vereadores já tenham concedido ao
menos uma homenagem. (Incluído pela Resolução nº 2, de 2017)
§ 8º Fica vedada a concessão de qualquer uma das honrarias, previstas no art. 209, de mesma
categoria à pessoa homenageada anteriormente. (Incluído pela Resolução nº 8, de 2018)

Seção V
Dos Projetos de Resolução

Art. 210. Projeto de Resolução é a proposição destinada a regular assuntos de economia interna da
Câmara, de natureza político-administrativa e versará sobre a sua Secretaria Administrativa, a Mesa e os
Vereadores.
§ 1º Constitui matéria de projeto de Resolução:
a destituição da Mesa ou de qualquer de seus membros;
b fixação da remuneração dos Vereadores e da verba de representação do Presidente da Câmara;
c elaboração e reforma do Regimento Interno;
d julgamento de recursos;
e constituição das Comissões de Assuntos Relevantes e de Representação;
f organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos ou
Funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias e os limites constitucionais; (art. 48 c.c. art. 51, IV da CF)
g a cassação de mandato de Vereador;
h demais atos de economia interna da Câmara.
§ 2º A iniciativa dos projetos de Resolução poderá ser da Mesa, das Comissões ou dos Vereadores,
sendo exclusiva da Comissão de Constituição, Justiça e Redação a iniciativa do projeto previsto na alínea
"d" do parágrafo anterior.
§ 3º Os projetos de Resolução serão apreciados na sessão subsequente à sua apresentação.
§ 4º A matéria constante de projeto de resolução rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto na mesma sessão legislativa mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Subseção única
Dos Recursos

Art. 211. Os recursos contra atos do Presidente da Mesa da Câmara ou de Presidente de qualquer
Comissão serão interpostos dentro do prazo de dez (10) dias, contados da data da ocorrência, por simples
petição dirigida à Presidência.
§ 1º O recurso será encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para opinar e
elaborar projeto de Resolução.
§ 2º Apresentado o parecer, em forma de projeto de Resolução acolhendo ou denegando o recurso,
será o mesmo submetido a uma única discussão e votação na Ordem do Dia da primeira sessão ordinária
a se realizar após a sua leitura.
§ 3º Aprovado o recurso, o recorrido deverá observar a decisão soberana do Plenário e cumpri-la
fielmente, sob pena de se sujeitar a processo de destituição.
§ 4º Rejeitado o recurso, a decisão recorrida será integralmente mantida.

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CAPÍTULO III
DOS SUBSTITUTIVOS, EMENDAS E SUBEMENDAS

Art. 212. Substitutivo é o Projeto de Lei, de Decreto Legislativo ou de Resolução, apresentado por um
Vereador ou Comissão para substituir outro já em tramitação sobre o mesmo assunto.
§ 1º Não é permitido ao Vereador ou Comissão apresentar mais de um substitutivo ao mesmo projeto.
§ 2º Apresentado o substitutivo por Comissão competente, será enviado às outras Comissões que
devam ser ouvidas a respeito e será discutido e votado, preferencialmente, antes do projeto original.
§ 3º Apresentado o substitutivo por Vereador, será enviado às Comissões competentes e será discutido
e votado, preferencialmente, antes do projeto original.
§ 4º Sendo aprovado o substitutivo, o projeto original ficará prejudicado, e no caso de rejeição tramitará
normalmente.

Art. 213. Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra.


§ 1º As emendas podem ser supressivas, substitutivas, aditivas e modificativas:
I - emenda supressiva é a que visa suprimir, em parte ou no todo, o artigo, parágrafo, inciso, alínea ou
item do projeto;
II - emenda substitutiva é a que deve ser colocada em lugar do artigo, parágrafo, inciso, alínea ou item
do projeto;
III - emenda aditiva é a que deve ser acrescentada ao corpo ou aos termos do artigo, parágrafo, inciso,
alínea ou item do projeto;
IV - emenda modificativa é a que se refere apenas à redação do artigo, parágrafo, inciso, alínea ou
item sem alterar a sua substância.
§ 2º A emenda, apresentada à outra emenda, denomina-se subemenda.
§ 3º As emendas e subemendas recebidas serão discutidas e, se aprovadas, o projeto original será
encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que lhe dará nova redação, na forma do
aprovado.
§ 4º As emendas e subemendas serão sempre discutidas e votadas antes da proposição principal.
(Incluído pela Resolução nº 18, de 2012)

Art. 214. Os substitutivos, emendas e subemendas serão recebidos até a primeira ou única discussão
do projeto original.

Art. 215. Não serão aceitos substitutivos, emendas ou subemendas que não tenham relação direta ou
imediata com a matéria da proposição principal.
§ 1º O autor do projeto do qual o Presidente tiver recebido substitutivo, emenda ou subemenda
estranho ao seu objeto, terá o direito de recorrer ao Plenário da decisão do Presidente.
§ 2º Idêntico direito de recurso contra ato do Presidente que não receber o substitutivo, emenda ou
subemenda, caberá ao seu autor.
§ 3º As emendas que não se referirem diretamente à matéria do projeto serão destacadas para
constituírem projetos em separado, sujeitos à tramitação regimental.
§ 4º O substitutivo estranho à matéria do projeto tramitará como projeto novo.

Art. 216. Constitui projeto novo mas equiparado à emenda aditiva para fins de tramitação regimental a
mensagem aditiva do Chefe do Executivo, que somente pode acrescentar algo ao projeto original e não
modificar a sua redação ou suprimir ou substituir no todo ou em parte, algum dispositivo.
Parágrafo único. A mensagem aditiva somente será recebida até a primeira ou única discussão do
projeto original.

Art. 217. Não serão admitidas emendas que impliquem aumento de despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito, ressalvado o disposto no art. 165, §§ 3° e 4°, da
Constituição Federal;
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

CAPÍTULO IV
DOS PARECERES A SEREM DELIBERADOS

Art. 218. Serão discutidos e votados os pareceres das Comissões Processantes, da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação e do Tribunal de Contas, nos seguintes casos:

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I - das Comissões Processantes:
a no processo de destituição de Membros da Mesa;
b no processo de cassação de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores;
II - da Comissão de Constituição, Justiça e Redação:
a que concluírem pela ilegalidade ou inconstitucionalidade de algum projeto.
III - Do Tribunal de Contas:
a sobre as contas do Prefeito;
b sobre as contas da Mesa.
§ 1º Os pareceres das Comissões serão discutidos e votados no Expediente da sessão de sua
apresentação.
§ 2º Os pareceres do Tribunal de Contas serão discutidos e votados segundo o previsto no título
pertinente deste Regimento.

CAPÍTULO V
DOS REQUERIMENTOS

Art. 219. Requerimento é todo pedido verbal ou escrito formulado sobre qualquer assunto, que implique
decisão ou resposta.
Parágrafo único. Tomam a forma de requerimento escrito, mas independem de decisão, os seguintes
atos:
a retirada de proposição ainda não incluída na Ordem do Dia
b constituição de Comissão Especial de Inquérito desde que formulada por 1/3 (um terço) dos
Vereadores da Câmara;
c verificação de presença;
d verificação nominal de votação;
e votação, em Plenário, de emenda ao Projeto de Orçamento aprovada ou rejeitada na Comissão de
Finanças, Orçamento e Contabilidade, desde que formulado por 1/3 (um terço) dos Vereadores.

Art. 220. Serão decididos pelo Presidente da Câmara e formulados verbalmente, os requerimentos que
solicitem:
I - a palavra ou a desistência dela;
II - permissão para falar sentado;
III - leitura de qualquer matéria para conhecimento do Plenário;
IV - interrupção do discurso do orador nos casos previstos no art. 243 deste Regimento;
V - informações sobre trabalhos ou a pauta da Ordem do Dia;
VI - a palavra, para declaração do voto.

Art. 221. Serão decididos pelo Presidente da Câmara, e escritos, os requerimentos que solicitem:
I - transcrição em ata de declaração de voto formulada por escrito;
II - inserção de documento em ata;
III - desarquivamento de projetos nos termos do art. 190 deste Regimento;
IV - requisição de documentos ou processos relacionados com alguma proposição;
V - audiência de Comissão, quando o pedido for apresentado por outra;
VI - juntada ou desentranhamento de documentos;
VII - informações em caráter oficial, sobre atos da Mesa, da Presidência ou da Câmara;
VIII - requerimento de reconstituição de processos.

Art. 222. Serão decididos pelo Plenário e formulados verbalmente os requerimentos que solicitem:
I - retificação da ata;
II - invalidação da ata, quando impugnada;
III - dispensa da leitura de determinada matéria, ou de todas as constantes da Ordem do Dia, ou da
Redação Final;
IV - adiamento da discussão ou da votação de qualquer proposição;
V - preferência na discussão ou da votação de uma proposição sobre outra;
VI - encerramento da discussão nos termos do art. 247 deste Regimento;
VII - reabertura de discussão;
VIII - destaque de matéria para votação;
IX - votação pelo processo nominal, nas matérias para as quais este Regimento prevê o processo de
votação simbólico;

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X - prorrogação do prazo de suspensão da sessão, nos termos do art. 181, § 6° deste Regimento.
Parágrafo único. O requerimento de retificação e o de invalidação da Ata serão discutidos e votados
na fase do Expediente da sessão ordinária, ou na Ordem do Dia da sessão extraordinária em que for
deliberada a Ata, sendo os demais discutidos e votados no início ou no transcorrer da Ordem do Dia da
mesma sessão de sua apresentação.

Art. 223. Serão discutidos pelo Plenário, e escritos, os requerimentos que solicitem:
I - vista de processos, observado o previsto no art. 239 deste Regimento;
II - prorrogação de prazo para a Comissão Especial de inquérito concluir seus trabalhos, nos termos
do art. 132 deste Regimento;
III - retirada de proposição já incluídas na Ordem do Dia, formulada pelo seu autor;
IV - Revogado
V - convocação de sessão solene;
VI - urgência especial;
VII - constituição de precedentes;
VIII - informações ao Prefeito sobre assunto determinado, relativo à Administração Municipal;
IX - convocação de Secretário Municipal ou equivalente;
X - licença de vereador;
XI - a iniciativa da Câmara, para a abertura de inquérito policial ou de instauração de ação penal contra
o Prefeito e intervenção no processo-crime respectivo.
§ 1º O requerimento de urgência especial será apresentado, discutido e votado no início ou no
transcorrer da Ordem do Dia e os demais serão lidos, discutidos e votados no Expediente da mesma
sessão de sua apresentação.
§ 2º Revogado

Art. 224. O requerimento verbal de adiamento da discussão ou votação e o escrito de vista de


processos devem ser formulados por prazo determinado, devendo coincidir o seu término com a data da
sessão ordinária subsequente.

Art. 225. As representações de outras edilidades solicitando a manifestação da Câmara sobre qualquer
assunto serão lidas na fase do Expediente para conhecimento do Plenário.

Art. 226. Não é permitido dar forma de requerimento a assuntos que constituem objetos de indicação,
sob pena de não recebimento.

CAPÍTULO VI
DAS INDICAÇÕES

Art. 227. Indicação é o ato escrito em que o vereador sugere medida de interesse público às
autoridades competentes.
§ 1º As indicações deverão, na medida do possível, ser específicas, obedecendo critérios de
razoabilidade e proporcionalidade.
§ 2º Revogado pela Resolução nº 11, de 6 de dezembro de 2010)
§ 3º Revogado pela Resolução nº 11, de 6 de dezembro de 2010)
§ 4º Compete à Comissão Permanente de Constituição, Justiça e Redação decidir sobre a retirada das
indicações que contrariem o disposto neste artigo, sendo definitiva a decisão da comissão a respeito.
§ 5º Fica limitada a 10 (dez) o número de indicações a serem apresentadas na mesma Sessão
Ordinária por cada Vereador. (Incluído pela Resolução nº 11, de 2010)
§ 6º É vedado a qualquer Vereador manter na Secretaria Administrativa da Câmara Municipal, ou aos
cuidados de qualquer servidor, relação cm Indicações a serem posteriormente protocoladas. (Incluído
pela Resolução nº 11, de 2010)

Art. 228. As indicações serão lidas no Expediente e encaminhadas de imediato a quem de direito.

Art. 229. Moções são proposições da Câmara a favor ou contra determinado assunto, de pesar por
falecimento ou de congratulações.
§ 1º As moções podem ser de:
I - protesto;
II - repúdio;

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III - apoio ou aplauso;
IV - pesar por falecimento;
V - congratulações ou louvor.
§ 2º As moções serão lidas, discutidas e votadas, na fase do expediente da mesma sessão de sua
apresentação.
§ 3º As moções de que trata o inciso V, após aprovação em Plenário, serão encaminhadas aos
homenageados, expedindo-se certificado do mérito conferido, que poderá ser entregue pelo autor da
propositura.
§ 4º Quando protocoladas em duplicidade as moções de que trata o inciso I, terá prioridade a primeira
propositura apresentada, devendo as demais serem retiradas pela Comissão Permanente de
Constituição, Justiça e Redação, ou ainda por solicitação do autor da mesma, cabendo a decisão, nesta
caso, ao Presidente da Câmara. (Incluído pela Resolução nº 9, de 2011)
§ 5º Serão consideradas em duplicidade as moções que contenham matéria idêntica ou análoga à
outra anteriormente protocolada na mesma legislatura. (Incluído pela Resolução nº 9, de 2011)
§ 6º As moções de que trata o inciso V poderão apenas ser protocoladas e elaboradas após a
realização do evento ou ato que as motiva. (Incluído pela Resolução nº 9, de 2011)
§ 7º Fica limitado em 2 (dois) o número de moções que cada vereador pode protocolar por mês, com
exceção das moções de pesar por falecimento. (Redação dada pela Resolução nº 10, de 2013)
§ 8º O número de Certidão de Mérito a serem expedidos por força do previsto no § 3º deste artigo, fica
limitado 10 (dez) por moção de congratulações, sendo dirigidos exclusivamente aos responsáveis pelo
evento que der causa à homenagem. (Incluído pela Resolução nº 10, de 2014)

TÍTULO VII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
CAPÍTULO I
DO RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

Art. 230. Toda a proposição recebida pela Mesa, após ter sido numerada e datada, será lida pelo 1°
Secretário, no Expediente, ressalvados os casos expressos neste Regimento.
Parágrafo único. A leitura da proposição, nos termos deste artigo, poderá ser substituída, a critério da
Mesa, pela distribuição da respectiva cópia reprográfica, a cada Vereador.

Art. 231. Além do que estabelece o art. 187, a Presidência devolverá ao autor qualquer proposição
que:
I - não esteja devidamente formalizada e em termos;
II - versar matéria:
a alheia à competência da Câmara;
b evidentemente inconstitucional;
c antirregimental.

Art. 232. Compete ao Presidente da Câmara, através de despacho, dentro do prazo improrrogável de
3 (três) dias a contar da data do recebimento das proposições, encaminhá-las às Comissões Permanentes
que, por sua natureza, devam opinar sobre o assunto.
§ 1º Antes da distribuição, o Presidente mandará verificar se existe proposição em trâmite que trate de
matéria análoga ou conexa, caso em que fará a distribuição por dependência, determinando sua
apensação.
§ 2º Ressalvados os casos expressos neste Regimento, a proposição será distribuída:
a obrigatoriamente à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para o exame da admissibilidade
jurídica e legislativa;
b quando envolver aspecto financeiro ou orçamentário públicos, à Comissão de Orçamento, Finanças
e Contabilidade, para o exame da compatibilidade ou adequação orçamentária;
c às Comissões referidas nas alíneas anteriores e às demais Comissões, quando a matéria de sua
competência estiver relacionada com o mérito da proposição.
§ 3º Recebido qualquer processo, o Presidente da Comissão terá o prazo improrrogável de 2 (dois)
dias para designar relator, podendo reservá-lo à sua própria consideração.
§ 4º O relator designado terá o prazo de 7 (sete) dias para a apresentação de parecer.
§ 5º A Comissão terá o prazo total de 15 (quinze) dias para emitir parecer, a contar do recebimento da
matéria.

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§ 6º Esgotados os prazos concedidos às Comissões, o Presidente da Câmara designará Relator
Especial para exarar parecer no prazo improrrogável de 6 (seis) dias.
§ 7º Findo o prazo previsto no parágrafo anterior, a matéria será incluída na Ordem do Dia, para
deliberação, com ou sem parecer.

Art. 233. Quando qualquer proposição for atribuída a mais de uma Comissão, cada qual dará seu
parecer separadamente, sendo a Comissão de Constituição, Justiça e Redação ouvida sempre em
primeiro lugar.
§ 1º Concluindo a Comissão de Constituição, Justiça e Redação pela ilegalidade ou
inconstitucionalidade de um projeto, deve o parecer ir a Plenário para ser discutido e votado, procedendo-
se:
a ao prosseguimento da tramitação do processo, se rejeitado o parecer;
b à proclamação da rejeição do projeto e ao arquivamento do processo, se aprovado o parecer.
§ 2º Respeitado o disposto no parágrafo anterior, o processo sobre o qual deva pronunciar-se mais de
uma Comissão será encaminhado diretamente de uma para outra, feitos os registros nos respectivos
protocolos.

Art. 234. Por entendimento entre os respectivos Presidentes, duas ou mais Comissões poderão
apreciar matéria em conjunto, presidida pelo mais idoso dentre eles, ou pelo Presidente da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação, se esta fizer parte da reunião.

Art. 235. O procedimento descrito nos artigos anteriores aplica-se somente às matérias em regime de
tramitação ordinária.

CAPÍTULO II
DOS DEBATES E DAS DELIBERAÇÕES
Seção I
Disposições Preliminares
Subseção I
Da Prejudicialidade

Art. 236. Na apreciação pelo Plenário consideram-se prejudicadas e assim serão declaradas pelo
Presidente, que determinará seu arquivamento:
I - a discussão ou votação de qualquer projeto idêntico a outro que já tenha sido aprovado;
II - a proposição original, com as respectivas emendas ou subemendas, quando tiver substitutivo
aprovado;
III - a emenda ou subemenda de matéria idêntica a de outra já aprovada ou rejeitada;
IV - o requerimento com a mesma finalidade já aprovado ou rejeitado, salvo se consubstanciar
reiteração de pedido não atendido ou resultante de modificação da situação anterior.

Subseção II
Do Destaque

Art. 237. Destaque é o ato de separar do texto um dispositivo ou uma emenda a ele apresentada, para
possibilitar a sua apreciação isolada pelo Plenário.
Parágrafo único. O destaque deve ser requerido por Vereador e aprovado pelo Plenário e implicará a
preferência na discussão e na votação da emenda ou do dispositivo destacado sobre os demais do texto
original.

Subseção III
Da Preferência

Art. 238. Preferência é a primazia na discussão ou na votação de uma proposição sobre outra,
mediante requerimento aprovado pelo Plenário.
Parágrafo único. Terão preferência para discussão e votação, independentemente de requerimento,
as emendas supressivas, os substitutivos, o requerimento de licença de Vereador, o decreto legislativo
concessivo de licença ao Prefeito e o requerimento de adiamento que marque prazo menor.

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Subseção IV
Do Pedido de Vista

Art. 239. O Vereador poderá requerer vista de processo relativo a qualquer proposição, desde que
essa esteja sujeita ao regime de tramitação ordinária.
Parágrafo único. O requerimento de vista deve ser escrito e deliberado pelo Plenário, não podendo o
seu prazo exceder o período de tempo correspondente ao intervalo entre uma sessão ordinária e outra.

Subseção V
Do Adiamento

Art. 240. O requerimento de adiamento de discussão ou de votação de qualquer proposição estará


sujeito à deliberação do Plenário e somente poderá ser proposto no início da Ordem do Dia ou durante a
discussão da proposição a que se refere.
§ 1º A apresentação do requerimento não pode interromper o orador que estiver com a palavra e o
adiamento deve ser proposto por tempo determinado, contado em sessões.
§ 2º Apresentados 2 (dois) ou mais requerimentos de adiamento, será votado, primeiramente, o que
marcar menor prazo.
§ 3º O adiamento da discussão ou da votação de projetos será admissível quando estes estiverem
sujeitos aos regimes de tramitação ordinária ou de urgência. (Redação dada pela Resolução nº 4, de
2015)
§ 4º Os projetos submetidos ao regime de urgência poderão ter sua discussão ou votação adiadas por
uma única vez, pelo prazo máximo de uma sessão ordinária; (Incluído pela Resolução nº 4, de 2015)
§ 5º O adiamento de discussão ou votação ou poderá ser requerido em sessão ordinária ou
extraordinária; e (Incluído pela Resolução nº 4, de 2015)
§ 6º Se o adiamento de discussão ou votação for requerido em sessão extraordinária, no período de
recesso, esse dar-se-á para a próxima sessão subsequente, desde que não realizada na mesma data.
(Incluído pela Resolução nº 4, de 2015)

Seção II
Das discussões

Art. 241. Discussão é a fase dos trabalhos destinada aos debates em Plenário.
§ 1º Serão votados em dois turnos de discussão e votação:
a com intervalo mínimo de 10 (dez) dias entre eles, as propostas de emenda à Lei Orgânica;
b os projetos de lei complementar;
c os projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual;
d os projetos de codificação.
§ 2º O interstício mínimo entre os turnos de votação das matérias a que se referem ás alíneas "b" e
"d" do parágrafo anterior é de 7 (sete) dias, nas sessões legislativas ordinárias ou extraordinárias, salvo
se o deliberar, por maioria absoluta, a dispensa do interstício. (Redação dada pela Resolução nº 5, de
2015)
§ 3º Terão discussão e votação únicas todas as demais proposições.

Art. 242. Os debates deverão realizar-se com dignidade e ordem, cumprindo aos Vereadores atender
às determinações sobre o uso da palavra, nos termos do art. 244 deste Regimento.

Art. 243. O Presidente solicitará ao orador, por iniciativa própria ou a requerimento de qualquer
Vereador, que interrompa o seu discurso, nos seguintes casos:
I - para leitura de requerimento de urgência especial;
II - para comunicação importante à Câmara;
III - para recepção de visitantes;
IV - para votação de requerimento de prorrogação da sessão;
V - para atender a pedido de palavra pela ordem, para propor questão de ordem regimental.

Art. 244. Quando mais de um Vereador solicitar a palavra, simultaneamente, o Presidente concedê-la-
á, obedecendo à seguinte ordem de preferência:
I - ao autor do substitutivo ou do projeto;
II - ao relator de qualquer comissão;

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III - ao autor de emenda ou subemenda.
§ 1º Cumpre ao Presidente dar a palavra, alternadamente, a quem seja pró ou contra a matéria em
debate, quando não prevalecer a ordem determinada neste artigo.
§ 2º Não será permitido o uso da palavra sucessivamente e alternadamente ao Vereador que já tenha
feito seu pronunciamento, exceto quando citado nominalmente por outro orador, e mesmo assim,
exclusivamente para a defesa de seu ponto de vista.

Subseção I
Dos Apartes

Art. 245. Aparte é a interrupção do orador para indagação ou esclarecimento relativo à matéria em
debate.
§ 1º O aparte deve ser expresso em termos corteses e não poderá exceder de 1 (um) minuto.
§ 2º Não serão permitidos apartes paralelos, sucessivos ou sem licença do orador.
§ 3º Não é permitido apartear o Presidente, nem o orador que fala pela ordem, em explicação pessoal
ou declaração de voto.
§ 4º Quando o orador negar o direito de apartear, não lhe será permitido dirigir-se, diretamente, ao
Vereador que solicitou o aparte.
§ 5º Durante o uso da Tribuna e da Explicação Pessoal, os apartes - que não poderão exceder a quatro
- suspenderão o tempo de discurso do Orador. (Incluído pela Resolução nº 14, de 2017)

Subseção II
Dos Prazos das Discussões

Art. 246. O vereador terá 15 (quinze) minutos com apartes para discussão de vetos, projetos,
pareceres, redação final, requerimentos e acusação ou defesa no processo de cassação de mandato de
Prefeito, Vice-Prefeito e vereadores.
§ 1º Nos pareceres das Comissões Processantes exarados nos processos de destituição, o relator e
o membro da Mesa denunciado terão o prazo de 30 (trinta) minutos cada um, e, nos processos de
cassação de mandato, o denunciado terá o prazo de 2 (duas) horas para defesa.
§ 2º Na discussão de matérias constantes da Ordem do Dia será permitida a cessão de tempo para os
oradores.

Subseção III
Do Encerramento e da Reabertura da Discussão

Art. 247. O encerramento da discussão dar-se-á:


I - por inexistência de solicitação da palavra;
II - pelo decurso dos prazos regimentais;
III - a requerimento de qualquer Vereador, mediante deliberação do Plenário.
§ 1º Só poderá ser requerido o encerramento da discussão, quando, sobre a matéria tenham falado,
pelo menos 2 (dois) vereadores.
§ 2º Se o requerimento de encerramento de discussão for rejeitado, só poderá ser reformulado depois
de terem falado, no mínimo, mais 3 (três) vereadores.

Art. 248. O requerimento de reabertura da discussão somente será admitido se apresentado por 2/3
(dois terços) dos vereadores.
Parágrafo único. Independe de requerimento a reabertura de discussão, nos termos do art. 77, inciso
IV, deste Regimento.

Seção III
Das Votações
Subseção I
Disposições Preliminares

Art. 249. Votação é o ato complementar da discussão através do qual o Plenário manifesta a sua
vontade a respeito da rejeição ou da aprovação da matéria.
§ 1º Considera-se qualquer matéria em fase de votação a partir do momento em que o Presidente
declara encerrada a discussão.

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§ 2º A discussão e a votação pelo Plenário de matéria constante da Ordem do Dia, só poderão ser
efetuadas com a presença de maioria absoluta dos Membros da Câmara.
§ 3º Quando, no curso de uma votação, esgotar-se o tempo destinado à sessão, esta será prorrogada,
independentemente de requerimento, até que se conclua a votação da matéria, ressalvada a hipótese da
falta de número para deliberação, caso em que a sessão será encerrada imediatamente.
§ 4º Aplica-se às matérias sujeitas à votação no Expediente, o disposto no presente artigo.

Art. 250. O Vereador presente à sessão não poderá escusar-se de votar, devendo, porém, abster-se
quando tiver interesse pessoal na deliberação, sob pena de nulidade de votação, quando seu voto for
decisivo.
§ 1º O Vereador que se considerar impedido de votar, nos termos deste artigo, fará a devida
comunicação ao Presidente, computando-se, todavia, sua presença para efeito de quorum.
§ 2º O impedimento poderá ser arguido por qualquer Vereador, cabendo a decisão ao Presidente.

Art. 251. Quando a matéria for submetida a 2 (dois) turnos de votação e discussão, ainda que rejeitada
no primeiro, deverá passar obrigatoriamente pelo segundo turno, prevalecendo o resultado deste último.

Subseção II
Do Encaminhamento da Votação

Art. 252. A partir do instante em que o Presidente da Câmara declarar a matéria já debatida e com
discussão encerrada, poderá ser solicitada a palavra para encaminhamento da votação.
§ 1º No encaminhamento da votação, será assegurado aos líderes das bancadas falar apenas uma
vez, por cinco minutos, para propor ao Plenário a rejeição ou a aprovação da matéria a ser votada, sendo
vedados os apartes.
§ 2º Ainda que tenham sido apresentados substitutivos, emendas e subemendas ao projeto, haverá
apenas um encaminhamento de votação que versará sobre todas as peças.

Subseção III
Dos Processos de Votação

Art. 253. Os processos de votação são:


I - simbólico;
II - nominal;
III - secreto.
§ 1º No processo simbólico de votação, o Presidente convidará os vereadores que estiverem de acordo
a permanecerem sentados e os que foram contrários a se levantarem, procedendo, em seguida, à
necessária contagem dos votos e à proclamação do resultado.
§ 2º O processo nominal de votação consiste na contagem dos votos favoráveis e contrários,
respondendo os vereadores "sim ou não" à medida que forem chamados pelo 1º Secretário.
§ 3º Proceder-se-á, obrigatoriamente, à votação nominal para:
I - votação dos pareceres do Tribunal de Contas sobre as contas do Prefeito e as da Mesa da Câmara;
II - composição das Comissões Permanentes;
III - votação de todas as proposições que exijam quórum de maioria absoluta ou de 2/3 (dois terços)
para sua aprovação.
IV - eleição da Mesa Diretora.
V - concessão de título de cidadania, honraria e qualquer outra homenagem;
VI - apreciação de veto (art. 62, § 4°, da LOM.).
VII - projetos, substitutivos, emendas, subemendas, e pareceres exarados pelas Comissões
Permanentes. (Incluído pela Resolução nº 1, de 2012)
§ 4º Enquanto não for proclamado o resultado de uma votação, seja ela nominal ou simbólica, é
facultado ao Vereador retardatário expender seu voto.
§ 5º O vereador poderá retificar seu voto antes de proclamado o resultado.
§ 6º As dúvidas quanto ao resultado proclamado só poderão ser suscitadas e deverão ser esclarecidas
antes de anunciada a discussão de nova matéria, ou, se for o caso, antes de se passar à nova fase da
sessão ou de se encerrar a Ordem do Dia.
§ 7º O processo de votação secreto será utilizado na cassação do mandato do Prefeito e vereadores.

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§ 8º A votação secreta consiste na distribuição de cédulas aos vereadores e o recolhimento dos votos
em urna, ou qualquer outro receptáculo que assegure o sigilo da votação, obedecendo-se, na eleição da
Mesa, ao estatuído no art. 16 deste Regimento, e, nos demais casos, o seguinte procedimento:
I - realização, por ordem do Presidente, da chamada regimental para a verificação da exigência do
quórum de maioria absoluta, necessário ao prosseguimento da sessão;
II - chamada dos vereadores, a fim de assinarem a folha de votação;
III - distribuição de cédulas aos vereadores votantes, feitas em material opaco e facilmente dobráveis,
contendo a palavra sim e a palavra não, seguidas de figura gráfica que possibilite a marcação da escolha
do votante, e encabeçadas:
a no processo de cassação de Prefeito e vereador, pelo texto do quesito a ser respondido, atendendo-
se à exigência de votação, apuração e proclamação do resultado de casa quesito em separado, se houver
mais de um quesito;
b no decreto legislativo concessivo de título de cidadão honorário ou qualquer outra homenagem, pelo
número, data e ementa do projeto a ser deliberado.
IV - apuração, mediante a leitura dos votos pelo Presidente, que determinará a sua contagem;
V - proclamação do resultado pelo Presidente.

Subseção IV
Do Adiamento da Votação

Art. 254. O adiamento da votação de qualquer proposição só pode ser solicitado antes de seu início,
mediante requerimento assinado por líder, pelo autor ou relator da matéria.
§ 1º O adiamento da votação só poderá ser concedido uma vez e por prazo previamente fixado, não
superior a três sessões.
§ 2º Solicitado, simultaneamente, mais de um adiamento, a adoção de um requerimento prejudicará
os demais.
§ 3º Revogado pela Resolução nº 4, de 6 de abril de 2015)

Subseção V
Da Verificação da Votação

Art. 255. Se algum Vereador tiver dúvida quanto ao resultado da votação simbólica, proclamada pelo
Presidente, poderá requerer verificação nominal de votação.
§ 1º O requerimento de verificação nominal será de imediato e necessariamente atendido pelo
Presidente, desde que seja apresentado nos termos do § 6° do art. 253 deste Regimento.
§ 2º Nenhuma votação admitirá mais de uma verificação.
§ 3º Ficará prejudicado o requerimento de verificação nominal de votação, caso não se encontre
presente no momento em que for chamado, pela primeira vez, o Vereador que a requereu.
§ 4º Prejudicado o requerimento de verificação nominal de votação, pela ausência de seu autor, ou por
pedido de retirada, faculta-se a qualquer outro Vereador reformulá-lo.

Subseção VI
Da Declaração de Voto

Art. 256. Declaração de voto é o pronunciamento do Vereador sobre os motivos que o levaram a
manifestar-se contra ou favoravelmente à matéria votada.

Art. 257. A declaração de voto far-se-á após concluída a votação da matéria, se aprovado o
requerimento respectivo pelo Presidente.
§ 1º Em declaração de voto, cada Vereador dispõe de cinco minutos, sendo vedados os apartes.
§ 2º Quando a declaração do voto estiver formulada por escrito, poderá o Vereador requerer a sua
inclusão ou transcrição na ata da sessão, em inteiro teor.

CAPÍTULO III
DA REDAÇÃO FINAL

Art. 258. Ultimada a fase da votação, será a proposição, se houver substitutivo, emenda ou subemenda
aprovados, enviada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para elaboração da Redação Final.

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Art. 259. A redação final será votada depois de lida em Plenário, podendo ser dispensada a leitura, a
requerimento de vereador.
§ 1º Somente serão admitidas emendas à Redação Final para evitar incorreção de linguagem ou
contradição evidente.
§ 2º Aprovada qualquer emenda ou rejeitada a Redação Final, a proposição voltará à Comissão de
Constituição, Justiça e Redação para a elaboração de nova Redação final.
§ 3º A nova Redação Final considerar-se-á aprovada se contra ela não votarem 2/3 (dois terços) dos
vereadores.
§ 4º Não se aplicam à redação final os dispositivos constantes do § 3° do art. 241 e do art. 249 deste
Regimento Interno.

Art. 260. Quando, após a aprovação da Redação Final e até expedição do autógrafo, verificar- se
inexatidão do texto, a Mesa procederá à respectiva correção, da qual dará conhecimento ao Plenário.
§ 1º Não havendo impugnação, considerar-se-á aceita a correção, e, em caso contrário será reaberta
a discussão para a decisão final do Plenário.
§ 2º Aplicar-se-á o mesmo critério deste artigo aos projetos aprovados sem emendas, nos quais, até a
elaboração do autógrafo, verificar-se inexatidão do texto.

CAPÍTULO IV
DA SANÇÃO

Art. 261. Aprovado um projeto de lei, na forma regimental e transformado em autógrafo, será ele no
prazo de dez (10) dias úteis, enviado ao Prefeito, para fins de sanção e promulgação. (art. 62, LOM)
§ 1º Os autógrafos de projetos de lei, antes de serem remetidos ao Prefeito, serão registrados em livro
próprio e arquivados na Secretaria Administrativa, levando a assinatura dos membros da Mesa.
§ 2º O membro da Mesa não poderá recusar-se a assinar o autógrafo, sob pena de sujeição a processo
de destituição.
§ 3º Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do recebimento do respectivo
autógrafo, sem a sanção do Prefeito, considerar-se-á sancionado o projeto, sendo obrigatória a sua
promulgação pelo Presidente da Câmara, dentro da quarenta e oito horas e, se este não o fizer, caberá
ao 1° Vice-Presidente faze-lo em igual prazo.

CAPÍTULO V
DO VETO

Art. 262. Se o Prefeito tiver exercido o direito de veto, parcial ou total, dentro do prazo de quinze (15)
dias úteis, contados da data do recebimento do respectivo autógrafo, por julgar o projeto inconstitucional,
ilegal ou contrário ao interesse público, o Presidente da Câmara deverá, dentro de quarenta e oito horas,
receber comunicação motivada do aludido ato.
§ 1º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 2º Recebido o veto pelo Presidente da Câmara, será encaminhado à Comissão de Constituição,
Justiça e Redação que poderá solicitar audiência de outras Comissões.
§ 3º As Comissões têm o prazo conjunto e improrrogável de quinze (15) dias para manifestarem-se
sobre o veto.
§ 4º Se a Comissão de Constituição, Justiça e Redação não se pronunciar no prazo indicado, a
Presidência da Câmara incluirá a proposição na Ordem do Dia da sessão imediata, independentemente
de parecer.
§ 5º O veto deverá ser apreciado pela Câmara dentro de 30 (trinta) dias a contar de seu recebimento
na Secretaria Administrativa.
§ 6º O Presidente convocará sessões extraordinárias para a discussão do veto, se necessário.
§ 7º O veto só poderá ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara, em
escrutínio secreto.
§ 8º Esgotado, sem deliberação o prazo estabelecido no § 5º, o veto será colocado na Ordem do Dia
da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até sua votação final, ressalvadas as matérias
de que trata o art. 204 deste Regimento. (art. 66, § 4º, CF)
§ 9º Rejeitado o veto, as Disposições aprovadas serão promulgadas pelo Presidente da Câmara,
dentro de quarenta e oito horas e, se este não o fizer, caberá ao 1° Vice-Presidente fazê-lo em igual
prazo.
§ 10 O prazo previsto no § 5º não corre nos períodos de recesso da Câmara.

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CAPÍTULO VI
DA PROMULGAÇÃO E DA PUBLICAÇÃO

Art. 263. Os Decretos Legislativos e as Resoluções, desde que aprovados os respectivos projetos,
serão promulgados e publicados pelo Presidente da Câmara.

Art. 264. Serão também promulgadas e publicadas pelo Presidente da Câmara:


I - as leis que tenham sido sancionadas tacitamente;
II - as leis cujo veto, total ou parcial, tenha sido rejeitado pela Câmara e não promulgadas pelo Prefeito.

Art. 265. Na promulgação de Leis, Resoluções e Decretos legislativos pelo Presidente da Câmara
serão utilizadas as seguintes cláusulas promulgatórias:
I - Leis:
a com sanção tácita:
O Presidente da Câmara Municipal da Estância Turística de São Roque - SP:
Faço saber que a Câmara aprovou e eu, nos termos do art. 62, § 7°, da Lei Orgânica do Município,
promulgo a seguinte Lei:
b cujo veto total foi rejeitado:
Faço saber que a Câmara Municipal manteve e eu promulgo, nos termos do § 7°, do art. 62 da Lei
Orgânica do Município, a seguinte Lei:
c cujo veto parcial foi rejeitado:
Faço saber que a Câmara Municipal manteve e eu promulgo, nos termos do § 7° do art. 62 da Lei
Orgânica do Município, os seguintes dispositivos da Lei n° de de de .
II - Decretos Legislativos:
Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo o seguinte Decreto Legislativo:
III - Resoluções:
Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução:

Art. 266. Para a promulgação e a publicação de lei com sanção tácita ou por rejeição de veto total,
utilizar-se-á a numeração subsequente àquela existente na Prefeitura Municipal.
Parágrafo único. Quando se tratar de veto parcial, a lei terá o mesmo número do texto anterior a que
pertence.

Art. 267. A publicação das Leis, Decretos Legislativos e Resoluções obedecerá ao disposto no art. 176
da Lei Orgânica Municipal.

CAPÍTULO VII
DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL
Seção I
Dos Códigos

Art. 268. Código é a reunião de disposições legais sobre a mesma matéria, de modo orgânico e
sistemático, visando estabelecer os princípios gerais do sistema adotado e a prover, completamente, a
matéria tratada.

Art. 269. Os projetos de códigos, depois de apresentados ao Plenário serão publicados, remetendo-se
cópia à Secretaria Administrativa, onde permanecerá à disposição dos vereadores, sendo, após,
encaminhados à Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
§ 1º Durante o prazo de 30 (trinta) dias, poderão os vereadores encaminhar à Comissão emendas a
respeito.
§ 2º A Comissão terá mais 30 (trinta) dias, para exarar parecer ao projeto e às emendas apresentadas.
§ 3º Decorrido o prazo ou antes desse decurso se a Comissão antecipar o seu parecer, entrará o
processo para a pauta da Ordem do Dia.

Art. 270. Na primeira discussão, o projeto será discutido e votado por capitulo, salvo requerimento de
destaque, aprovado pelo Plenário.
§ 1º Aprovado em primeiro turno de discussão e votação, com emendas, voltará à Comissão de
Constituição, Justiça e Redação, por mais 15 (quinze) dias, para incorporação das mesmas ao texto do
projeto original.

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§ 2º Encerrado o primeiro turno de discussão e votação, seguir-se-á a tramitação normal dos demais
projetos, sendo encaminhado às Comissões de mérito.

Art. 271. Não se fará a tramitação simultânea de mais de 2 (dois) projetos de Código.
Parágrafo único. A Mesa só receberá para tramitação, na forma desta seção, matéria que por sua
complexidade ou abrangência, deva ser promulgada como Código.

Art. 272. Não se aplicará o regime deste capítulo aos projetos que cuidem de alterações parciais de
códigos.

Seção II
Do Processo Legislativo Orçamentário

Art. 273. Leis de iniciativa privativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública municipal para as despesas de capital e outros delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada. (art. 325, § 1º, da LOM)
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício subsequente, orientará a elaboração da Lei
Orçamentária Anual, dispondo sobre as alterações na legislação tributária. (art. 325, § 2º, da LOM).
§ 3º A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal do Município, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; (art. 325, § 3º, da LOM);
II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto; (art. 325, § 3º, II, da LOM);
III - o orçamento da seguridade social (art. 325, § 3º, III, da LOM)
§ 4º Revogado
§ 5º Revogado

Art. 274. Recebidos os projetos, o Presidente da Câmara, após comunicar o fato ao Plenário e
determinar, imediatamente, a sua publicação, remeterá cópia à Secretaria Administrativa, onde
permanecerá à disposição dos vereadores.
§ 1º Publicado o edital na imprensa oficial, as emendas aos projetos somente serão aceitas a partir do
primeiro dia útil posterior à publicação, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 2º A Comissão Permanente de Orçamento, Finanças e Contabilidade terá mais 15 (quinze) dias de
prazo para emitir os pareceres sobre os projetos a que se refere o artigo anterior e a sua decisão sobre
as emendas apresentadas.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual aos projetos que o modifiquem somente poderão
ser aprovadas se:
I - compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias (art. 326, § 2º, I, da LOM)
II - indicarem os recursos necessários, admitidos apenas os proveniente de anulação das despesas,
excluídas as que incidam sobre:
a dotação para pessoal e seus encargos;
b serviços da dívida;
c compromissos com convênios;
III - sejam relacionadas com:
a correção de erros ou omissões;
b os dispositivos do texto do projeto de lei. (art. 326, § 2°, II da LOM)
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º As emendas populares aos projetos de lei a que se refere esta seção, atenderão ao disposto no
art. 281 deste Regimento.

Art. 275. A mensagem do Chefe do Executivo enviada à Câmara objetivando propor alterações aos
projetos a que se refere o art. 273, somente será recebida, enquanto não iniciada pela Comissão
Permanente de Orçamento, Finanças e Contabilidade a votação da parte cuja alteração é proposta.

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Art. 276. A decisão da Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade sobre as emendas será
definitiva, salvo se a maioria absoluta dos vereadores requerer ao Presidente a votação em Plenário do
parecer da Comissão.
§ 1º Se não houver emendas, o projeto será incluído na Ordem do Dia da primeira sessão, sendo
vedada a apresentação de emendas em Plenário.
§ 2º Em havendo emendas anteriores, será incluída na Ordem do Dia da primeira em sessão após a
publicação do parecer e das emendas.
§ 3º Se a Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade não observar os prazos a elas
estipulados, o projeto será incluído na Ordem do Dia da sessão seguinte, como item único,
independentemente de parecer, inclusive o de relator especial.
§ 4º Se a Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade não observar os prazos a elas
estipulados, o projeto será incluído na Ordem do Dia da sessão seguinte, como item único,
independentemente de parecer, inclusive o de Relator Especial.

Art. 277. As sessões nas quais se discutem as leis orçamentárias terão a Ordem do Dia
preferencialmente reservada a essas matérias, e o Expediente ficará reduzido a 30 minutos, contados do
final da leitura da ata.
§ 1º Tanto em primeiro como em segundo turno de discussão e votação, o Presidente da Câmara, de
ofício, poderá prorrogar as sessões até final discussão e votação da matéria.
§ 2º A Câmara funcionará, se necessário, em sessões extraordinárias, de modo que a discussão e
votação do plano plurianual, da lei de diretrizes e do orçamento anual estejam concluídos no prazo a que
se referem os §§ 4° e 5° do art. 273 deste Regimento.
§ 3º Se não apreciados pela Câmara nos prazos legais previstos, os projetos de lei a que se refere
esta seção, serão automaticamente incluídos na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos
demais assuntos, para que se ultime a votação.
§ 4º Terão preferência na discussão o Relator da Comissão e os autores das emendas.
§ 5º No primeiro e segundo turno serão votadas primeiramente as emendas, uma a uma, e depois o
projeto.
§ 6º O disposto neste artigo não se aplica na tramitação de projetos propondo alteração nas leis
orçamentárias.

Art. 278. A sessão legislativa não será interrompida sem a manifestação sobre os projetos referidos
nesta seção, suspendendo-se o recesso até que ocorra a deliberação.

Art. 279. Aplicam-se aos projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e do orçamento
anual, no que não contrariarem esta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

TÍTULO VIII
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
CAPÍTULO I
DA INICIATIVA POPULAR NO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 280. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal de propostas
de emendas à Lei Orgânica Municipal ou projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade
ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, 5% (cinco por cento) do eleitorado local,
obedecidas as seguintes condições: (art. 29, XI da CF e art. 57 da LOM)
I - a assinatura de cada eleitor deverá ser acompanhada de seu nome completo e legível e dados
identificadores de seu título eleitoral;
II - o projeto de lei de iniciativa popular terá a mesma tramitação dos demais, integrando sua
numeração geral;
III - nas Comissões ou em Plenário, poderá usar da palavra para discutir o projeto de lei, pelo prazo
de 30 (trinta) minutos, o primeiro signatário ou quem este tiver indicado quando da apresentação do
projeto, com indicação de seu endereço para correspondência;
IV - cada projeto de lei deverá circunscrever-se a um mesmo assunto, podendo, caso contrário, ser
desdobrado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, em proposições autônomas, para
tramitação em separado;
V - não se rejeitará, liminarmente, projeto de lei de iniciativa popular por vícios de linguagem, lapsos
ou imperfeições de técnica legislativa, incumbindo à Comissão de Constituição, Justiça e Redação
escoimá-lo dos vícios formais para sua regular tramitação;

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VI - a Mesa designará Vereador para exercer, em relação ao projeto de lei de iniciativa popular, os
poderes ou atribuições conferidas por este Regimento ao autor de proposição, devendo a escolha recair
sobre quem tenha sido previamente indicado com essa finalidade pelo primeiro signatário do projeto.

Art. 281. A participação popular no processo legislativo orçamentário far-se-á:


I - pelo acesso das entidades da sociedade civil à apreciação dos projetos de lei do plano plurianual,
das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, no âmbito da Comissão Permanente de Orçamento,
Finanças e Contabilidade, através de realização de audiências públicas, nos termos do Capítulo II deste
Título.
II - pela apresentação de emendas populares nos projetos referidos no inciso anterior, desde que
subscritas por, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitorados, nos termos do art. 274 deste Regimento
e atendidas as Disposições constitucionais reguladoras do poder de emenda.

Art. 282. Recebidos pela Câmara os projetos de lei referidos no inciso I do artigo anterior serão
imediatamente publicados ou afixados em local público, designando-se o prazo de 10 (dez) dias para o
recebimento de emendas populares e as datas para a realização das audiências públicas, nos termos
deste Regimento.
Parágrafo único. As emendas populares a que se refere este artigo serão recebidas e apreciadas pela
Câmara na forma dos arts. 213 a 217 deste Regimento.

CAPÍTULO II
DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Art. 283. Cada Comissão Permanente poderá realizar, isoladamente ou em conjunto, audiências
públicas com entidades da sociedade civil para instruir matéria legislativa em trâmite, bem como para
tratar de assuntos de interesse público relevante, atinentes à sua área de atuação, mediante proposta de
qualquer membro ou a pedido da entidade interessada. (art. 31, II da LOM)
Parágrafo único. As Comissões Permanentes poderão convocar uma só audiência englobando dois
ou mais projetos de lei relativos à mesma matéria.

Art. 284. Aprovada a reunião de audiência pública, a Comissão selecionará, para serem ouvidas, as
autoridades, as pessoas interessadas e os especialistas ligados às entidades cuja atividade seja afeta ao
tema, cabendo ao Presidente da Comissão expedir os convites.
§ 1º Na hipótese de haver defensores e opositores relativamente à matéria objeto de exame, a
Comissão procederá de forma a possibilitar a audiência das diversas correntes de opinião.
§ 2º O autor do projeto ou o convidado deverá limitar-se ao tema ou questão em debate e disporá,
para tanto, de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis à juízo da Comissão, não podendo ser aparteado.
§ 3º Caso o expositor se desvie do assunto, ou perturbe a ordem dos trabalhos, o Presidente da
Comissão poderá adverti-lo, cassar-lhe a palavra ou determinar a sua retirada do recinto.
§ 4º A parte convidada poderá valer-se de assessores credenciados, se para tal fim tiver obtido
consentimento do Presidente da Comissão.
§ 5º Os vereadores inscritos para interpelar o expositor poderão fazê-lo estritamente sobre o assunto
da exposição, pelo prazo de 3 (três) minutos, tendo o interpelado igual tempo para responder, facultadas
a réplica e a tréplica, pelo mesmo prazo.
§ 6º É vedado à parte convidada interpelar qualquer dos presentes.

Art. 285. A Mesa, tão logo receba comunicação de realização de audiência pública, por parte de
qualquer das Comissões, obrigar-se-á a publicar o ato convocatório, do qual constará local, horário e
pauta, na imprensa oficial local, no mínimo por 1 (uma) vez.

Art. 286. A realização de audiências públicas, solicitadas pela sociedade civil dependerão de:
I - requerimento subscrito por 0,1% (um décimo por cento) de eleitores do Município;
II - requerimento de entidades legalmente constituídas e em funcionamento há mais de um ano, sobre
assunto de interesse público.
§ 1º O requerimento de eleitores deverá conter o nome legível, o número do título, zona e seção
eleitoral e a assinatura ou impressão digital, se analfabeto.
§ 2º As entidades legalmente constituídas deverão instruir o requerimento com a cópia autenticada de
seus estatutos sociais, registrado em cartório, ou do Cadastro Geral de Contribuintes (CGC), bem como
cópia da ata da reunião ou assembleia que decidiu solicitar a audiência.

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Art. 287. Da reunião de audiência pública lavrar-se-á ata, arquivando-se, no âmbito da Comissão, os
pronunciamentos escritos e documentos que os acompanharem.
Parágrafo único. Será admitido, a qualquer tempo, o translado de peças ou fornecimento de cópias
aos interessados.

CAPÍTULO III
DAS PETIÇÕES, RECLAMAÇÕES E REPRESENTAÇÕES

Art. 288. As petições, reclamações e representações de qualquer munícipe ou de entidade local,


regularmente constituída há mais de 1 (um) ano, contra ato ou omissão das autoridades e entidades
públicas, ou imputadas a membros da Câmara, serão recebidas e examinadas pelas Comissões ou pela
Mesa, respectivamente desde que:
I - encaminhadas por escrito, vedado o anonimato do autor ou autores;
II - o assunto envolva matéria de competência da Câmara.
Parágrafo único. O membro da Comissão a que for distribuído o processo, exaurida a fase de instrução,
apresentará relatório circunstanciado na conformidade do art. 133 deste Regimento, no que couber, do
qual se dará ciência aos interessados.

Art. 289. A participação popular poderá ainda, ser exercida através do oferecimento de pareceres
técnicos, exposições e propostas oriundas de entidades científicas ou culturais, de associações ou
sindicatos e demais instituições representativas locais.
Parágrafo único. A contribuição da sociedade civil será examinada por Comissão cuja área de atuação
tenha pertinência com a matéria contida no documento recebido.

CAPÍTULO IV
DA TRIBUNA LIVRE

Art. 290. A Tribuna da Câmara poderá ser utilizada por pessoas estranhas à Câmara, observados os
requisitos e condições estabelecidos nas seguintes disposições:
I - o uso da Tribuna por pessoas não integrantes da Câmara somente será facultado 10 (dez) minutos
após o término da sessão ordinária mediante inscrição prévia com uma antecedência mínima de 10 (dez)
dias, sendo permitido somente a inscrição de duas pessoas por sessão, ressalvadas as hipóteses
previstas nos Capítulos I e II deste Título.
II - para fazer uso da Tribuna é necessário proceder à inscrição em livro próprio, na Secretária da
Câmara, durante o horário de Expediente, qualquer cidadão domiciliado no Município, desde que o
Presidente de clubes, associações, sindicatos, sociedades amigos de bairros ou de outras entidades
organizadas, ou pessoas autorizadas, declinando no ato da inscrição o nome da entidade em nome da
qual manifestar-se-á e o assunto sobre o qual deseja falar, que deverá ater-se aos problemas da
comunidade.
a comprovante de domicílio eleitoral no Município;
b indicação expressa, da matéria a ser exposta.
III - os inscritos serão notificados, pessoalmente, pela Secretaria da Câmara, da data em que poderão
usar a tribuna, de acordo com a ordem de inscrição, que só poderá ser feita, respeitado o limite máximo
de uma vez a cada 60 (sessenta) dias por pessoa;
IV - o Presidente da Câmara poderá indeferir o uso da tribuna, quando:
a a matéria não disser respeito, direta ou indiretamente, ao Município;
b a matéria versar sobre questões exclusivamente pessoais.
V - a decisão do Presidente será irrecorrível;
VI - terminada a sessão ordinária e observado o intervalo de 10 (dez) minutos, o 1º Secretário
procederá a chamada das pessoas inscritas para falar naquela data, de acordo com a ordem de inscrição;
VII - ficará sem efeito a inscrição, no caso da ausência da pessoa chamada, que não poderá ocupar a
tribuna, a não ser mediante nova inscrição;
VIII - o orador que ocupar a Tribuna poderá usar da palavra pelo prazo de 10 (dez) minutos prorrogável
por até metade desse prazo, mediante requerimento aprovado pelo Presidente, vedando-se a concessão
de aparte a vereadores.
IX - o orador responderá pelos conceitos que emitir, mas deverá usar a palavra em termos compatíveis
com a dignidade da Câmara, obedecendo às restrições impostas pelo Presidente;

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X - o Presidente poderá cassar imediatamente a palavra do orador que se expressar com linguagem
imprópria, cometendo abuso ou desrespeito à Câmara ou às autoridades constituídas ou se desviar do
tema indicado quando de sua inscrição;
XI - a exposição do orador poderá ser entregue à Mesa, por escrito, para efeito de encaminhamento a
quem de direito, a critério do Presidente;
XII - qualquer vereador poderá fazer uso da palavra após a exposição do orador inscrito, pelo prazo
de 5 (cinco) minutos.

CAPÍTULO V
DO CORREGEDOR ADMINISTRATIVO

Art. Revogado
Art. 292. Revogado
Art. 293. Revogado
Art. 294. Revogado
Art. 295. Revogado

CAPÍTULO VI
DO PLEBISCITO E DO REFERENDO

Art. 296. As questões de relevante interesse do Município ou de Distrito serão submetidas a plebiscito,
mediante proposta fundamentada de iniciativa da maioria dos membros da Câmara Municipal ou de 5%
(cinco por cento), no mínimo, dos eleitores inscritos no Município. (art. 71 da LOM)
Parágrafo único. A aprovação da proposta a que se refere este artigo depende do voto favorável de
2/3 (dois terços) dos membros da Câmara.

Art. 297. Aprovada a proposta, caberá ao Poder Executivo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a
realização do plebiscito, nos termos da lei municipal que o instituir. (art. 71, § 1° da LOM)
§ 1º Só poderá ser realizado um plebiscito em cada sessão legislativa.
§ 2º A proposta que já tenha sido objeto de plebiscito somente poderá ser reapresentada depois de 5
(cinco) anos de carência.

Art. 298. A efetiva vigência dos projetos de lei que tratem de interesses relevantes do Município ou do
Distrito dependerão de referendo popular quando proposto pela maioria dos membros da Câmara
Municipal ou por 5% (cinco por cento), no mínimo, dos eleitores inscritos no Município.
§ 1º A aprovação da proposta a que se refere este artigo depende do voto favorável de 2/3 (dois terços)
dos membros da Câmara.
§ 2º A utilização e realização do referendo popular será regulamentada por lei complementar municipal,
nos termos do art. 72 da Lei Orgânica Municipal.

TÍTULO IX
DO JULGAMENTO DAS CONTAS DO PREFEITO E DA MESA
CAPÍTULO ÚNICO
DO PROCEDIMENTO DO JULGAMENTO

Art. 299. Recebidos os processos do Tribunal de Contas do Estado, com os respectivos pareceres
prévios a respeito da aprovação ou rejeição das contas do Prefeito e da Mesa, o Presidente,
independentemente de sua leitura em Plenário, mandará publicá-los, remetendo cópia à Secretaria
Administrativa, onde permanecerá à disposição dos vereadores.
§ 1º Após a publicação, os processos serão enviados à Comissão de Orçamento, Finanças e
Contabilidade que terá o prazo de 30 (trinta) dias para emitir pareceres, opinando sobre a aprovação ou
rejeição dos pareceres do Tribunal de Contas.
§ 2º Se a Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade não observar o prazo fixado, o Presidente
designará um Relator Especial, que terá o prazo improrrogável de 10 (dez) dias, para emitir pareceres.
§ 3º Exarados os pareceres pela Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade ou pelo Relator
Especial, nos prazos estabelecidos, ou mesmo sem eles, o Presidente incluirá os pareceres do Tribunal
de Contas na Ordem do Dia da sessão imediata, para discussão e votação únicas.

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§ 4º As sessões em que se discutirem as contas terão o expediente reduzido a 30 (trinta) minutos,
contados do final da leitura da ata, ficando a Ordem do Dia, preferencialmente, reservada a essa
finalidade.

Art. 300. A Câmara tem o prazo máximo de 90 (noventa) dias, a contar do recebimento dos pareceres
prévios do Tribunal de Contas, para julgar as contas do Prefeito e da Mesa do Legislativo, observados os
seguintes preceitos:
I - as contas do Município deverão ficar anualmente, durante 60 (sessenta) dias, à disposição de
qualquer contribuinte, em local de fácil acesso, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes
a legitimidade nos termos da lei. (art. 31, § 3°, Constituição Federal e art. 68, § 3°, da LOM)
II - no período previsto no inciso anterior a Câmara Municipal manterá servidores aptos a esclarecer
os contribuintes. (art. 68, § 4°, da LOM)
III - o parecer do Tribunal de Contas somente poderá ser rejeitado por decisão de 2/3 (dois terços) dos
membros da Câmara. (art. 31, § 2°, Constituição Federal)
IV - aprovadas ou rejeitadas as contas, serão imediatamente remetidas ao Ministério Público para os
devidos fins;
V - aprovadas ou rejeitadas as contas do Prefeito e da Mesa, serão publicados os pareceres do
Tribunal de Contas com as respectivas decisões da Câmara Municipal e remetidos ao Tribunal de Contas
da União e do Estado.

TÍTULO X
DA SECRETARIA ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO I
DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

Art. 301. Os serviços administrativos da Câmara far-se-ão através de sua Secretaria Administrativa,
regulamentando-se através de Ato do Presidente.
Parágrafo único. Todos os serviços da Secretaria Administrativa serão dirigidos e disciplinados pela
Presidência da Câmara, que contará com o auxílio dos Secretários.

Art. 302. Todos os serviços da Câmara que integram a Secretaria Administrativa serão criados,
modificados ou extintos através de Resolução.
§ 1º A criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e Funções de seus serviços, bem
como a fixação e majoração de seus respectivos vencimentos, serão feitos através de Resolução de
iniciativa da Mesa, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. (art. 48,
c.c. 51, IV da Constituição Federal)
§ 2º A nomeação, exoneração, promoção, comissionamento, licenças, colocação em disponibilidade,
demissão, aposentadoria e punição dos servidores da Câmara, serão veiculados através de Ato da Mesa,
em conformidade com a legislação vigente.

Art. 303. A correspondência oficial da Câmara será elaborada pela Secretaria Administrativa, sob a
responsabilidade da Presidência.

Art. 304. Os processos serão organizados pela Secretaria Administrativa, conforme o disposto em Ato
do Presidente.

Art. 305. Quando, por extravio, dano ou retenção indevida, tornar-se impossível o andamento de
qualquer proposição, a Secretaria Administrativa providenciará a reconstituição do processo respectivo,
por determinação do Presidente, que deliberará de ofício ou a requerimento de qualquer Vereador.

Art. 306. As dependências da Secretaria Administrativa, bem como seus serviços, equipamentos e
materiais serão de livre utilização pelos vereadores, desde que observada a regulamentação constante
do Ato do Presidente.

Art. 307. A Secretaria Administrativa, mediante autorização expressa do Presidente, fornecerá a


qualquer pessoa, para defesa de direitos ou esclarecimento de situações, no prazo de 15 (quinze) dias,
certidão de atos, contratos e decisões, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar
ou retardar a sua expedição.

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Parágrafo único. Se outro prazo não for marcado pelo juiz, as requisições judiciais serão atendidas no
prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 308. Os vereadores poderão interpelar a Presidência, mediante requerimento, sobre os serviços
da Secretaria Administrativa ou sobre a situação do respectivo pessoal, bem como, apresentar sugestões
para melhor andamento dos serviços, através de indicação fundamentada.

CAPÍTULO II
LIVROS DESTINADOS AOS SERVIÇOS

Art. 309. A Secretaria Administrativa terá os livros e fichas necessárias aos seus serviços, e, em
especial, os de:
I - termos de compromisso e posse do Prefeito, Vice-Prefeito e vereadores;
II - termos de posse da Mesa;
III - declaração de bens dos agentes políticos;
IV - atas das sessões da Câmara;
V - registro de leis, decretos legislativos, Resoluções, atos da Mesa e da Presidência e portarias;
VI - cópias de correspondência;
VII - protocolo, registro e índice de papéis, livros e processos arquivados;
VIII - protocolo, registro e índice de proposições em andamento e arquivadas;
IX - licitações e contratos para obras, serviços e fornecimento de materiais;
X - termo de compromisso e posse de funcionários;
XI - contratos em geral;
XII - contabilidade e finanças;
XIII - cadastramento dos bens móveis;
XIV - protocolo de cada Comissão Permanente;
XV - presença dos membros de cada Comissão Permanente;
XVI - inscrição de oradores para uso da Tribuna Livre;
XVII - registro de precedentes regimentais.
§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Presidente da Câmara ou por funcionário
designado para tal fim.
§ 2º Os livros pertencentes às Comissões Permanentes serão abertos, rubricados e encerrados pelo
Presidente respectivo.
§ 3º Os livros adotados pelos serviços da Secretaria Administrativa poderão ser substituídos por fichas,
em sistema mecânico, magnético ou de informatização, desde que convenientemente autenticados.

TÍTULO XI
DOS VEREADORES
CAPÍTULO I
DA POSSE

Art. 310. Os vereadores são agentes políticos investidos no mandato legislativo municipal, para uma
legislatura, pelo sistema partidário e de representação proporcional, por voto direto e secreto. (art. 29, I,
Constituição Federal)

Art. 311. Os vereadores, qualquer que seja seu número, tomarão posse no dia 12 (primeiro) de janeiro
do primeiro ano de cada legislatura, em sessão solene presidida pelo Vereador mais votado entre os
presentes e prestarão o compromisso de bem cumprir o mandato e de respeitar a Constituição e a
legislação vigente, nos termos do Capítulo II deste Regimento. (art. 38, da LOM)
§ 1º No ato da posse os vereadores deverão desincompatibilizar-se e, na mesma ocasião, bem como
ao término do mandato, deverão fazer declaração pública de seus bens, a ser transcrita em livro próprio,
constando da ata o seu resumo e publicada na imprensa oficial do Município no prazo máximo de 30
(trinta) dias. (art. 38, § 2°, da LOM)
§ 2º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no prazo de 15
(quinze) dias, ressalvados os casos de motivo justo e aceito pela Câmara. (art. 38, § 1°, da LOM)
§ 3º O Vereador, no caso do parágrafo anterior, bem como os suplentes posteriormente convocados,
serão empossados perante o Presidente, apresentando o respectivo diploma, a declaração de bens e
prestando o compromisso regimental no decorrer da sessão ordinária ou extraordinária.

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§ 4º Os Suplentes, quando convocados, deverão tomar posse no prazo de 15 (quinze) dias da data do
recebimento da convocação, observado o previsto no inciso IV do art. 7° deste Regimento.
§ 5º Tendo prestado compromisso uma vez, fica o Suplente de Vereador dispensado de novo
compromisso em convocações subsequentes, procedendo-se da mesma forma com relação à declaração
pública de bens, sendo, contudo, sempre exigida a comprovação de desincompatibilização.
§ 6º Verificada a existência de vaga ou licença de Vereador, o Presidente não poderá negar posse ao
Suplente que cumprir as exigências do art. 6°, I e II, deste Regimento, apresentar o diploma e comprovar
sua identidade, sob nenhuma alegação, salvo a existência de fato comprovado de extinção de mandato.

CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO VEREADOR

Art. 312. Compete ao Vereador, entre outras Atribuições:


I - participar de todas as discussões e deliberações do Plenário;
II - votar na eleição e destituição da Mesa e das Comissões Permanentes;
III - apresentar proposições que visem ao interesse coletivo;
IV - concorrer aos cargos da Mesa e das Comissões permanentes;
V - participar das Comissões temporárias;
VI - usar da palavra nos casos previstos neste Regimento;
VII - conceder audiências públicas na Câmara, dentro do horário de seu funcionamento.

Seção I
Do Uso da Palavra

Art. 313. Durante as sessões, o Vereador somente poderá usar da palavra para:
I - versar assunto de sua livre escolha no período destinado ao Expediente;
II - na fase destinada à Explicação Pessoal;
III - discutir matéria em debate;
IV - apartear;
V - declarar voto;
VI - apresentar ou reiterar requerimento;
VII - levantar questão de ordem;
VIII - para encaminhar votação, nos termos do art. 59, II deste Regimento.

Art. 314. O uso da palavra será regulado pelas seguintes normas:


I - qualquer vereador poderá usar a palavra, em posição sentada, salvo quando na condição de orador
no uso da tribuna ou no período reservado à explicação pessoal.
II - no uso da tribuna e no período reservado à explicação pessoal, o vereador sempre usará a tribuna,
salvo com permissão expressa do Presidente da Câmara de não o fazê-lo.
III - a nenhum vereador será permitido falar sem pedir a palavra e sem que o Presidente a conceda;
IV - com exceção do aparte, nenhum vereador poderá interromper o orador que estiver na tribuna,
assim considerado o vereador ao qual o Presidente já tenha concedida a palavra;
V - o vereador que pretender falar sem que lhe tenha sido concedida a palavra ou permanecer na
tribuna além do tempo que lhe tenha sido concedido, será advertido pelo Presidente que o convidará a
sentar-se;
VI - se, apesar da advertência e do convite, o vereador insistir em falar, o Presidente dará seu discurso
por terminado;
VII - persistindo a insistência do Vereador em falar e em perturbar a ordem ou o andamento regimental
da sessão, o Presidente convida-lo-á a retirar-se do recinto;
VIII - qualquer Vereador, ao falar, dirigirá a palavra ao Presidente ou aos demais vereadores e só
poderá falar voltado para a Mesa, salvo quando responder a aparte;
IX - referindo-se em discurso a outro Vereador, o orador deverá preceder seu nome do tratamento
"Senhor" ou "Vereador";
X - dirigindo-se a qualquer de seus pares, o Vereador dar-lhe-á o tratamento "Excelência", "Nobre
colega" ou "Nobre Vereador";
XI - nenhum Vereador poderá referir-se a seus pares e, de modo geral, a qualquer representante do
Poder Público, de forma descortês ou injuriosa.

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Seção II
Do Tempo do Uso da Palavra

Art. 315. O tempo de que dispõe o Vereador para uso da palavra é assim fixado: (Redação dada pela
Resolução nº 8, de 2013)
I - dez minutos; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
a discussão de vetos; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
b discussão de projetos; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
c discussão de parecer da Comissão Processante no processo de destituição de membro da Mesa,
pelo relator e pelo denunciado; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
d discussão de pareceres, ressalvado o prazo assegurado ao denunciado e ao relator no processo de
destituição de membro da Mesa; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
e acusações ou defesa no processo de cassação do Prefeito e vereadores, ressalvado o prazo de 2
(duas) horas, assegurado ao denunciado; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
II - cinco minutos; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
a apresentação de requerimento de retificação da ata; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
b apresentação de requerimento de invalidação da ata, quando da sua impugnação; (Redação dada
pela Resolução nº 8, de 2013)
c encaminhamento de votação; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
d questão de ordem; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
e exposição de assuntos relevantes pelos líderes de bancadas, nos termos do art. 59, III, deste
Regimento; (Redação dada pela Resolução nº 8, de 2013)
III - dois minutos: (Redação dada pela Resolução nº 13, de 2015)
a discussão de moções; (Redação dada pela Resolução nº 13, de 2015)
b discussão de requerimentos; (Redação dada pela Resolução nº 13, de 2015)
c discussão de respostas de requerimentos, ficando garantida sua discussão na parte reservada à
Ordem do Dia, após a discussão e votação dos requerimentos. (Redação dada pela Resolução nº 13, de
2015)
IV - um minuto para apartear. (Redação dada pela Resolução nº 13, de 2015)
Parágrafo único. O tempo de que dispõe o Vereador será controlado pelo 1° Secretário, para
conhecimento do Presidente e se houver interrupção de seu discurso, exceto por aparte concedido, o
prazo respectivo não será computado no tempo que lhe cabe. (Redação dada pela Resolução nº 8, de
2013)

Seção III
Da Questão de Ordem

Art. 316. Questão de ordem é toda manifestação do Vereador em Plenário, feita em qualquer fase da
sessão, para reclamar contra o não-cumprimento de formalidade regimental ou para suscitar dúvidas
quanto à interpretação do Regimento.
§ 1º O Vereador deverá pedir a palavra "pela ordem" e formular a questão com clareza, indicando as
Disposições regimentais que pretende sejam elucidadas ou aplicadas.
§ 2º Cabe ao Presidente da Câmara resolver, soberanamente, a questão de ordem ou submetê-la ao
Plenário, quando omisso o Regimento.
§ 3º Cabe ao Vereador recurso da decisão do Presidente, que será encaminhado à Comissão de
Constituição, Justiça e Redação, cujo parecer, em forma de Projeto de Resolução, será submetido ao
Plenário, nos termos deste Regimento.

CAPÍTULO III
DAS OBRIGAÇÕES E DEVERES DO VEREADOR

Art. 317. São deveres do Vereador, além de outros previstos na legislação vigente:
I - respeitar, defender e cumprir as Constituições Federal e Estadual, a Lei Orgânica Municipal e demais
leis;
II - agir com respeito ao Executivo e ao Legislativo, colaborando para o bom desempenho de cada um
desses Poderes;
III - usar de suas prerrogativas exclusivamente para atender ao interesse público;
IV - obedecer às normas regimentais;

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V - residir no Município, salvo quando o Distrito em que resida for emancipado durante o exercício do
mandato;
VI - representar a comunidade, comparecendo convenientemente trajado, à hora regimental, nos dias
designados, para a abertura das sessões, nelas permanecendo até o seu término;
VII - participar dos trabalhos do Plenário e comparecer às reuniões das Comissões Permanentes ou
Temporárias das quais seja integrante, prestando informações, emitindo pareceres nos processos que
lhe forem distribuídos, sempre com observância dos prazos regimentais;
VIII - votar as proposições submetidas à deliberação da Câmara, salvo quando tiver, ele próprio ou
parente afim ou consanguíneo até terceiro grau, interesse manifesto na deliberação, sob pena de nulidade
da votação quando seu voto for decisivo;
IX - desempenhar os encargos que lhe forem atribuídos, salvo motivo justo alegado perante a
Presidência ou à Mesa, conforme o caso.
X - propor à Câmara todas as medidas que julgar convenientes aos interesses do Município e à
segurança e bem estar da comunidade, bem como impugnar as que lhe pareçam contrárias ao interesse
público;
XI - comunicar suas faltas ou ausências, quando tiver motivo justo para deixar de comparecer às
sessões plenárias ou às reuniões das Comissões;
XII - observar o disposto no art. 320 deste Regimento; (art. 29, VII c.c. art. 54 da Constituição Federal,
art. 43, da LOM)
XIII - desincompatibilizar-se e fazer declaração pública de bens, no ato da posse e ao término do
mandato; (art. 38, § 2°, da LOM)
XIV - comportar-se em Plenário com respeito, não conversando em tom que perturbe os trabalhos.

Art. 318. À presidência da Câmara compete zelar pelo cumprimento dos deveres, bem como tomar as
providências necessárias à defesa dos direitos dos vereadores, quando no exercício do mandato.

Art. 319. Se qualquer Vereador cometer, dentro do recinto da Câmara, excesso que deva ser reprimido,
o Presidente conhecerá do fato e tomará as seguintes providências, conforme sua gravidade:
I - advertência pessoal;
II - advertência em Plenário;
III - cassação da palavra;
IV - determinação para retirar-se do Plenário;
V - Revogado
VI - denúncia para a cassação do mandato, por falta de decôro parlamentar.
Parágrafo único. Para manter a ordem no recinto, o Presidente poderá solicitar a força policial
necessária.

CAPÍTULO IV
DAS PROIBIÇÕES E INCOMPATIBILIDADES

Art. 320. O Vereador não poderá:


I - desde a expedição do diploma:
a firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de
economia mista, empresa concessionária ou permissionária de serviço público municipal, salvo quando
o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível Ad
Nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b ocupar cargo ou função de que seja demissível Ad Nutum nas entidades referidas no inciso I,"a";
c patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"
d ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. (art. 29, VII, c.c art. 54, Constituição
Federal)
§ 1º Ao Vereador que, na data da posse, seja servidor público federal, estadual ou municipal aplicam-
se as seguintes normas:
I - havendo compatibilidade de horários:
a exercerá o cargo, emprego ou função juntamente com o mandato;

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b perceberá, cumulativamente, os vencimentos do cargo, emprego ou função, com a remuneração do
mandato;
II - não havendo compatibilidade de horários:
a será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
b seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por
merecimento;
c para efeito de benefício previdenciário os valores serão determinados como se no exercício
estivesse. (art. 38, III a V da Constituição Federal)
§ 2º Haverá incompatibilidade de horários ainda que o horário normal e regular de trabalho do servidor
na repartição, coincida apenas em parte com o da vereança nos dias de sessão da Câmara Municipal.

CAPÍTULO V
DOS DIREITOS DO VEREADOR

Art. 321. São direitos do Vereador, além de outros previstos na legislação vigente:
I - inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do
Município; (art. 29, VI, Constituição Federal)
II - remuneração mensal condigna;
III - licenças, nos termos do que dispõe o art. 40, § 2° da Lei Orgânica Municipal.

Seção I
Da Renumeração e da Verba de Representação
Subseção I
Da Renumeração dos Vereadores

Art. 322. Os vereadores farão jus a uma remuneração mensal condigna, fixada pela Câmara Municipal,
no final da legislatura para vigorar na que lhe é subsequente, observados os limites estabelecidos na
Constituição Federal. (art. 29, V; 37, XI; 150, II; 153, III e 153, § 2°, I da Constituição Federal e art. 41,
inciso II, da LOM)

Art. 323. Caberá à Mesa propor projeto de resolução dispondo sobre a remuneração dos vereadores
para a legislatura seguinte, até 60 (sessenta) dias antes das eleições, sem prejuízo da iniciativa de
qualquer vereador na matéria. (art. 44, parágrafo único da LOM)
§ 1º Caso não haja aprovação do ato fixador da remuneração dos vereadores, até 15 (quinze) dias
antes das eleições, a matéria será incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação sobre os
demais assuntos até que se conclua a votação.
§ 2º A ausência de fixação da remuneração dos vereadores e da verba de representação do Presidente
da Câmara, nos termos no parágrafo anterior, implica na prorrogação automática da Resolução fixadora
da remuneração para a legislatura anterior.
§ 3º A remuneração dos vereadores será atualizada por ato da Mesa, no curso da legislatura, sempre
que ocorrer alteração do índice utilizado como base de cálculo, devendo o ato respectivo ser instruído
com cópia autêntica da publicação oficial daquele índice.
§ 4º Durante a legislatura, o índice de referência da remuneração não poderá ser alterado, a qualquer
título.

Art. 324. A remuneração dos vereadores não poderá ser superior aos valores percebidos como
remuneração, em espécie, pelo Prefeito. (art. 37, XI, Constituição Federal)

Art. 325. A remuneração dos vereadores sofrerá desconto proporcional ao número de sessões
realizadas no respectivo mês, quando ocorrer falta injustificada, na forma do art. 329 deste Regimento.

Art. 326. O Vereador que até 90 (noventa) dias antes do término de seu mandato não apresentar ao
Presidente da Câmara declaração de bens atualizada não perceberá a correspondente remuneração.

Art. 327. Não será subvencionada viagem de Vereador ao exterior, salvo quando, nas hipóteses do
art. 330, II deste Regimento, houver concessão de licença pela Câmara.

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Subseção II
Da Verba de Representação do Presidente da Câmara

Art. 328. O Presidente da Câmara Municipal fará jus à verba de representação até o limite daquela
fixada para o Prefeito.
§ 1º A verba de representação do Presidente será fixada no final da legislatura para vigorar na que lhe
é subsequente, porém, até 15 (quinze) dias antes das eleições.
§ 2º A fixação da verba de representação do Presidente poderá ser proposta por qualquer Vereador,
por Comissão, ou pela Mesa.

Seção II
Das Faltas e Licenças

Art. 329. Será atribuída falta ao Vereador que não comparecer às sessões plenárias ou às reuniões
das Comissões Permanentes, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
§ 1º Para efeito de justificação das faltas consideram motivos justos:
I - doença;
II - nojo ou gala;
III - casos de força maior ou fortuito, desde que, aceitos em Plenário da Câmara.
§ 2º A justificação das faltas far-se-á por requerimento fundamentado, dirigido ao Presidente da
Câmara, devidamente protocolizado, em até 72 (setenta e duas) horas após a ocorrência dos fatos, que
a julgará nos termos deste Regimento.

Art. 330. O Vereador poderá licenciar-se, somente:


I - por moléstia, devidamente comprovada por atestado médico;
II - para desempenhar missões de caráter cultural ou de interesse do Município;
III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, nunca inferior a 30 (trinta) dias nem
superior a 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa, não podendo reassumir o exercício do mandato
antes do término da licença;
IV - em razão de adoção, maternidade ou paternidade, conforme dispuser a lei;
V - em virtude de investidura na função de Secretário Municipal.
§ 1º Para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício o Vereador licenciado nos termos
dos incisos I, II e IV deste artigo.
§ 2º O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal considerar-se-á automaticamente
licenciado, podendo optar pela sua remuneração.
§ 3º O Suplente de Vereador, para licenciar-se, deve ter assumido e estar no exercício do mandato.
§ 4º No caso do inciso I, a licença será por prazo determinado, prescrito por médico.

Art. 331. Os requerimentos de licença deverão ser apresentados, discutidos e votados no Expediente
da sessão de sua apresentação, tendo preferência regimental sobre qualquer outra matéria.
§ 1º Encontrando-se o Vereador impossibilitado, física ou mentalmente, de subscrever requerimento
de licença para tratamento de saúde, a iniciativa caberá ao Líder ou a qualquer Vereador de sua bancada.
§ 2º É facultado ao Vereador prorrogar o seu período de licença, através de novo requerimento,
atendidas as Disposições desta seção.

Art. 332. Em caso de incapacidade civil absoluta, julgada por sentença de interdição, será o Vereador
suspenso do exercício do mandato, sem perda da remuneração, enquanto durarem os seus efeitos.
Parágrafo único. A suspensão do mandato, neste caso, será declarada pelo Presidente na primeira
sessão que se seguir ao conhecimento da sentença de interdição.

CAPÍTULO VI
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 333. A substituição de Vereador dar-se-á no caso de vaga, em razão de morte ou renúncia, de
suspensão do mandato, de investidura em função prevista no art. 330, V deste Regimento e em caso de
licença superior a 30 (trinta) dias.
§ 1º Efetivada a licença e nos casos previstos neste artigo, o Presidente da Câmara convocará o
respectivo Suplente que deverá tomar posse dentro de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela
Câmara.

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§ 2º A substituição do titular, suspenso do exercício do mandato, pelo respectivo Suplente, dar-se-à
até o final da suspensão.
§ 3º Na falta de Suplente o Presidente da Câmara comunicará o fato, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.

CAPÍTULO VII
DA EXTINÇÃO DO MANDATO

Art. 334. Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000


I - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
II - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
III - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
IV - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
V - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
Parágrafo único. Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
Art. 335. Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
§ 1º Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
§ 2º Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
§ 3º Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
§ 4º Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
Art. 336. Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
Parágrafo único. Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
Art. 337. Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
I - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
II - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
III - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
§ 1º Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
§ 2º Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
Art. 338. Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
I - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
II - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000
III - Declarado Inconstitucional pelo TJSP na ADIn nº 0155184-95.2013.8.26.0000

CAPÍTULO VIII
DA CASSAÇÃO DO MANDATO

Art. 339. A Câmara Municipal cassará o mandato de Vereador quando, em processo regular em que
se concederá ao acusado amplo direito de defesa, concluir pela prática de infração político administrativa.
(art. 48, da LOM)

Art. 340. São infrações político-administrativas do Vereador, nos termos da lei:


I - deixar de prestar contas ou tê-las rejeitadas, na hipótese de adiantamentos;
II - utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa;
III - fixar residência fora do Município, salvo quando o Distrito em que resida for emancipado durante
o exercício do mandato;
IV - proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta
pública. (art. 49, da LOM)

Art. 341. O processo de cassação do mandato de Vereador obedecerá, no que couber, o rito
estabelecido no art. 367 deste Regimento e, sob pena de arquivamento, deverá estar concluído em até
90 (noventa) dias, a contar do recebimento da denúncia.
Parágrafo único. O arquivamento do processo de cassação, por falta de conclusão no prazo previsto
neste artigo, não impede nova denúncia sobre os mesmos fatos nem a apuração de contravenções ou
crimes comuns. (art. 50, § 2°, da LOM)

Art. 342. Recebida a denúncia, o Presidente da Câmara deverá afastar de suas Funções o Vereador
acusado, convocando o respectivo Suplente até o final do julgamento.

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Art. 343. Considerar-se-á cassado o mandato do Vereador quando, pelo voto, no mínimo de 2/3 (dois
terços) dos membros da Câmara, for declarado incurso em qualquer das infrações especificadas na
denúncia. (art. 50, IV, da LOM)
Parágrafo único. Todas as Votações relativas ao processo de cassação serão feitas nominalmente,
devendo os resultados ser proclamados imediatamente pelo Presidente da Câmara e, obrigatoriamente,
consignados em ata.

Art. 344. Cassado o mandato do Vereador, a Mesa expedirá a respectiva Resolução, que será
publicada na imprensa oficial.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, ao Presidente compete convocar imediatamente, o
respectivo Suplente.

CAPÍTULO IX
DO SUPLENTE DE VEREADOR

Art. 345. O Suplente de Vereador sucederá o titular no caso de vaga e o substituirá nos casos de
impedimento. (art. 52, da LOM)

Art. 346. O Suplente de Vereador, quando no exercício do mandato, tem os mesmos direitos,
prerrogativas, deveres e Obrigações do Vereador e como tal deve ser considerado. (art. 53, da LOM)

Art. 347. Quando convocado, o Suplente deverá tomar posse no prazo de 15 (quinze) dias, contados
da data da convocação, salvo motivo justo aceito pela Câmara, quando o prazo poderá ser prorrogado
por igual período.
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a posse do Suplente, o quórum será calculado em função dos
vereadores remanescentes.

CAPÍTULO X
DO DECORO PARLAMENTAR

Art. 348. O vereador que descumprir os deveres inerentes a seu mandato ou praticar ato que afete a
sua dignidade, estará sujeito ao processo e às medidas disciplinares previstas neste Regimento e no
Código de Ética e Decoro Parlamentar que poderá definir outras infrações e penalidades, além das
seguintes:
I - censura;
II - perda temporária do exercício do mandato, não excedente a 30 (trinta) dias;
III - perda do mandato.
§ 1º Considera-se atentatório ao decoro parlamentar usar, em discurso ou proposição, expressões que
configurem crimes contra a honra ou contenham incitamento à prática de crimes.
§ 2º É incompatível com o decoro parlamentar:
I - o abuso das prerrogativas inerentes ao mandato;
II - a percepção de vantagens indevidas;
III - a prática de irregularidades no desempenho do mandato ou de encargos deles decorrentes.

Art. 349. A censura poderá ser verbal ou escrita.


§ 1º A censura verbal será aplicada em sessão, pelo Presidente da Câmara ou de Comissão, no âmbito
desta, ou por quem o substituir, ao Vereador que:
I - inobservar, salvo motivo justificado, os deveres inerentes ao mandato ou os preceitos deste
Regimento;
II - praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Câmara;
III - perturbar a ordem das sessões ou das reuniões de Comissão.
§ 2º censura escrita será imposta pela Mesa, ao Vereador que:
I - usar, em discurso ou proposição, expressões atentatórias ao decoro parlamentar;
II - praticar ofensas físicas ou morais, na sede da Câmara, ou desacatar, por atos ou palavras, outro
parlamentar, a Mesa ou Comissão ou os respectivos Presidentes.

Art. 350. Considera-se incurso na sanção de perda temporária do exercício do mandato, por falta de
decoro parlamentar, o vereador que:
I - reincidir nas hipóteses previstas no artigo anterior;

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II - praticar transgressão grave ou reiterada aos preceitos regimentais;
III - revelar conteúdo de debates ou deliberações que a Câmara ou Comissão haja resolvido manter
secretos;
IV - revelar informações e documentos oficiais de caráter reservado, de que tenha tido conhecimento
na forma regimental.
Parágrafo único. A penalidade prevista neste artigo será aplicada pelo Plenário, por maioria absoluta
e escrutínio secreto, assegurado ao infrator o direito de ampla defesa.

Art. 351. Quando, no curso de uma discussão, um Vereador for acusado de ato que ofenda a sua
honorabilidade, poderá solicitar ao Presidente da Câmara ou de Comissão, que mande apurar a
veracidade da arguição e o cabimento de censura ao ofensor, no caso de improcedência da acusação.

Art. 352. A perda do mandato aplicar-se-á nos casos e na forma previstos no capítulo VIII do Título XI
deste Regimento.

TÍTULO XII
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
CAPÍTULO I
DA POSSE

Art. 353. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na sessão solene de instalação da legislatura,
logo após a dos vereadores, prestando, a seguir, o compromisso de manter e cumprir as Constituições
Federal e Estadual, a Lei Orgânica do Município e demais leis e administrar o Município visando o bem
geral de sua população. (art. 83, da LOM, art. 29, III, Constituição Federal)
§ 1º Antes da posse, o Prefeito se desincompatibilizará de qualquer atividade que de fato ou direito
seja inconciliável com o exercício do mandato.
§ 2º O Vice-Prefeito deverá desincompatibilizar-se quando vier a assumir a Chefia do Executivo,
substituindo ou sucedendo o Prefeito.
§ 3º Se o Prefeito não tomar posse nos 10 (dez) dias subsequentes fixados para tal, salvo motivo
relevante aceito pela Câmara, seu cargo será declarado vago, por ato do Presidente da Câmara
Municipal.
§ 4º No ato da posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito apresentarão declaração pública de seus bens, a
qual será transcrita em livro próprio. (art. 83, § 3°, da LOM)
§ 5º A transmissão do cargo, quando houver, dar-se-á no gabinete do Prefeito, após a posse. (art. 84,
§ único, da LOM)

Art. 358. A remuneração do Vice-Prefeito deverá observar correlação com as Funções, Atribuições e
responsabilidades que lhe forem atribuídas na Administração Municipal.

CAPÍTULO IV
DA EXTINÇÃO DO MANDATO

Art. 363. Extingue-se o mandato do Prefeito e assim será declarado pelo Presidente da Câmara
Municipal quando:
I - ocorrer o falecimento, a renúncia expressa ao mandato, a condenação por crime funcional ou
eleitoral ou a perda ou suspensão dos direitos políticos;
II - incidir nas incompatibilidades para o exercício do mandato e não se desincompatibilizar até a posse
e, nos casos supervenientes, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento da notificação para
isso promovida pelo Presidente da Câmara Municipal;
III - deixar de tomar posse sem motivo justo aceito pela Câmara, na data prevista.
§ 1º Considera-se formalizada a renúncia e, por conseguinte, como tendo produzido todos os seus
efeitos para fins de extinção do mandato, quando protocolada na Secretaria Administrativa da Câmara
Municipal.
§ 2º Ocorrido e comprovado o fato extintivo, o Presidente da Câmara, na primeira sessão, o comunicará
ao Plenário e fará constar da ata a declaração da extinção do mandato, convocando o substituto legal
para a posse.
§ 3º Se a Câmara Municipal estiver em recesso, será imediatamente convocada pelo seu Presidente,
para os fins do parágrafo anterior. (art. 98, § 3°, da LOM)

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Art. 364. O Presidente que deixar de declarar a extinção ficará sujeito às sanções de perda do cargo
e proibição de nova eleição para cargo da Mesa durante a legislatura.

CAPÍTULO V
DA CASSAÇÃO DO MANDATO

Art. 365. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão processados e julgados:


I - pelo Tribunal de Justiça do Estado nos crimes comuns e nos de responsabilidade, nos termos da
legislação federal aplicável; (art. 29,VIII, Constituição Federal)
II - pela Câmara Municipal, nas infrações político-administrativas, nos termos da lei, assegurados,
dentre outros requisitos de validade, o contraditório, a publicidade, a ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes e a decisão motivada que se limitará a decretar a cassação do mandato.

Art. 366. São infrações político administrativas, nos termos da lei:


I - deixar de apresentar declaração pública de bens, nos termos do art. 83, § 3°, da Lei Orgânica
Municipal;
II - impedir o livre e regular funcionamento da Câmara Municipal;
III - impedir o exame de livros e outros documentos que devam constar dos arquivos da Prefeitura,
bem como a verificação de obras e serviços por Comissões de Investigação da Câmara, ou auditoria
regularmente constituída;
IV - desatender, sem motivo justo, os pedidos de informações da Câmara Municipal, quando
formulados de modo regular;
V - retardar a regulamentação e a publicação ou deixar de publicar leis e atos sujeitos a essas
formalidades;
VI - deixar de enviar à Câmara Municipal, no tempo devido, os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos orçamentos anuais e outros cujos prazos estejam fixados
em lei;
VII - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;
VIII - praticar atos contra expressa disposição de lei ou omitir-se na prática daqueles de sua
competência;
IX - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos
à administração da Prefeitura;
X - ausentar-se do município, por tempo superior ao permitido pela Lei Orgânica, salvo licença da
Câmara Municipal;
XI - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo;
XII - não entregar os duodécimos à Câmara Municipal, conforme previsto em lei.
Parágrafo único. Sobre o substituto do Prefeito incidem as infrações-político-administrativas de que
trata este artigo, sendo-lhe aplicável o processo pertinente, ainda que cessada a substituição. (art. 99,
parágrafo único da LOM)

Art. 367. Nas hipóteses previstas no artigo anterior o processo de cassação obedecerá o seguinte rito:
(Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
I - a denúncia escrita, contendo a exposição dos fatos e a indicação das provas, será dirigida ao
Presidente da Câmara e poderá ser apresentada por qualquer cidadão, Vereador local, partido político
com representação na Câmara ou entidade legitimamente constituída há mais de 1 (um) ano; (Redação
dada pela Resolução nº 9, de 2016)
II - se o denunciante for cidadão, a denúncia, parar efeito de protocolo junto à Câmara Municipal,
deverá vir subscrita por pelo menos um vereador. (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
III - se o denunciante for Vereador, não poderá participar, sob pena de nulidade, da deliberação
plenária sobre o recebimento da denúncia e sobre o afastamento do denunciado, da Comissão
Processante, dos atos processuais e do julgamento do acusado, caso em que o Vereador Impedido será
substituído pelo respectivo suplente, o qual não poderá integrar a Comissão Processante (art. 101, c.c.;
art. 50, VII, da LOM) (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
IV - se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a Presidência a seu substituto legal, para
os atos do processo e somente votará se necessário para completar o quorum do julgamento; (Redação
dada pela Resolução nº 9, de 2016)
V - protocolada a denúncia na Câmara Municipal de São Roque, antes dessa ir à Plenário, deverá ser
submetida a análise sumária de Comissão composta por 3 vereadores desimpedidos, os quais serão
escolhidos por sorteio; (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)

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VI - a Comissão de que trata o inciso anterior deverá, no prazo máximo de 10 dias úteis, elaborar
parecer quanto ao encaminhamento ou não da denúncia ao Plenário, para fins da análise do recebimento
pela Casa de Leis; (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
a caso a Comissão conclua pelo não seguimento da denúncia, deverá fazer de forma fundamentada,
quando então a mesma será previamente arquivada. (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
b caso a Comissão aceite a denúncia, a mesma deverá seguir ao Plenário para deliberação quanto ao
recebimento, nos termos desse Regimento. (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
VII - recebida a denúncia com parecer favorável da referida Comissão, o Presente da Câmara, na
primeira sessão, determinará sua leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento. Decidido o
recebimento, pelo voto da maioria absoluta, na mesma sessão será constituída Comissão Processante,
com 3 Vereadores sorteados entre os desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o Presidente e o
Relator. (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
VIII - havendo apenas 3 (três) ou menos vereadores desimpedidos, os que encontram-se nessa
situação comporão a Comissão Processante, preenchendo-se, quando for o caso, as demais vagas
através de sorteio entre os vereadores que inicialmente encontravam-se impedidos; (Redação dada pela
Resolução nº 9, de 2016)
IX - a Câmara Municipal poderá afastar o Prefeito denunciado, quando a denúncia for recebida nos
termos deste artigo; (art. 102, da LOM); (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
X - entregue o processo ao Presidente da Comissão seguir-se-á o seguinte procedimento; (Redação
dada pela Resolução nº 9, de 2016)
a dentro de 5 (cinco) dias, o Presidente dará início aos trabalhos da Comissão; (Redação dada pela
Resolução nº 9, de 2016)
b como primeiro ato, o Presidente determinará a notificação do denunciado, mediante remessa de
cópia da denúncia e dos documentos que a instruem; (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
c a notificação será feita pessoalmente ao denunciado, se ele se encontrar no Município e, se estiver
ausente do Município, a notificação far-se-á por edital publicado duas vezes no órgão oficial, com intervalo
3 (três) dias, no mínimo, a contar da primeira publicação; (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
d uma vez notificado, pessoalmente ou por edital, o denunciado terá direito de apresentar defesa prévia
por escrito no prazo de 10 (dez) dias, indicando as provas que pretende produzir e o rol de testemunhas
que deseja sejam ouvidas no processo, até o máximo de 10 (dez); (Redação dada pela Resolução nº 9,
de 2016)
e decorrido o prazo de 10 (dez) dias, com defesa prévia ou sem ela, a Comissão Processante emitirá
parecer dentro de 5 (cinco) dias, opinando pelo prosseguimento ou pelo arquivamento da denúncia;
(Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
f se o parecer opinar pelo arquivamento, será submetido a Plenário que, pela maioria dos presentes
poderá aprová-lo, caso em que será arquivado, ou rejeitá-lo, hipótese em que o processo terá
prosseguimento; (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
g se a Comissão opinar pelo prosseguimento do processo ou se o Plenário não aprovar seu parecer
de arquivamento, o Presidente da Comissão dará início à instrução do processo, determinando os atos,
diligências e audiências que se fizerem necessárias para o depoimento e inquirição das testemunhas
arroladas; (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
h o denunciado deverá ser intimado de todos os atos processuais, pessoalmente ou na pessoa de seu
procurador, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, sendo-lhe permitido assistir às
diligências e audiências, bem como formular perguntas e reperguntas às testemunhas e requerer o que
for de interesse da defesa, sob pena de nulidade do processo; (Redação dada pela Resolução nº 9, de
2016)
XI - concluída a instrução do processo, será aberta vista do processo ao denunciado, para apresentar
razão escritas no prazo de 5 (cinco) dias, vencido o qual, com ou sem razão do denunciado, a Comissão
Processante emitirá parecer final, opinando pela procedência ou improcedência da acusação e solicitará
ao Presidente da Câmara a convocação de sessão para julgamento; (Redação dada pela Resolução nº
9, de 2016)
XII - na sessão de julgamento, que só poderá ser aberta com a presença de, no mínimo 2/3 (dois
terços) dos membros da Câmara, o processo será lido integralmente pelo Relator da Comissão
Processante e, a seguir, os vereadores que o desejarem poderão manifestar-se verbalmente pelo tempo
máximo de 15 (quinze) minutos cada um e, ao final, o acusado ou seu procurador disporá de 2 (duas)
horas para produzir dua defesa oral; (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
XIII - concluída a defesa proceder-se-á a tantas Votações nominais quantas forem as infrações
articuladas na denúncia, considerando-se afastado definitivamente do cargo, o denunciado que for

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declarado incurso em qualquer das infrações especificadas na denúncia, pelo voto de 2/3 (dois terços),
no mínimo, dos membros da Câmara; (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
XIV - concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará, imediatamente, o resultado e fará
lavrar a ata na qual se consignará a votação nominal sobre cada infração; (Redação dada pela Resolução
nº 9, de 2016)
XV - havendo condenação, a Mesa da Câmara expedirá o competente Decreto Legislativo de cassação
de mandato, que será publicado na imprensa oficial e, no caso de resultado absolutório o Presidente da
Câmara determinará o arquivamento do processo, devendo, em ambos os casos, comunicar o resultado
á Justiça Eleitoral. (Redação dada pela Resolução nº 9, de 2016)
Art. 368. O processo a que se refere o artigo anterior, sob pena de arquivamento, deverá estar
concluído dentro de 90 (noventa) dias, a contar do recebimento da denúncia. (art. 101, c.c., 50, VI, da
LOM)
Parágrafo único. O arquivamento do processo por falta de conclusão no prazo previsto neste artigo,
não impede nova denúncia sobre os mesmos fatos nem a apuração de contravenções ou crimes comuns.
(art. 101, c.c. art. 50, § 2°, da LOM)

CAPÍTULO II
DA REMUNERAÇÃO

Art. 354. O Prefeito e o Vice-Prefeito farão jus a uma remuneração mensal condigna, fixada pela
Câmara Municipal no final da legislatura, para vigorar na que lhe é subsequente, observados os limites
estabelecidos na Constituição Federal. (art. 29, V; 37, XI; 150, II; 153, III e 153, § 2°, I) (art. 103, da LOM).

Art. 355. Caberá à Mesa propor projeto de Decreto Legislativo dispondo sobre a remuneração do
Prefeito e do Vice-Prefeito para a legislatura seguinte, até 60 (sessenta) dias antes das eleições, sem
prejuízo da iniciativa de qualquer vereador na matéria.
Parágrafo único. Caso não haja aprovação do Decreto Legislativo a que se refere este artigo, até 15
(quinze) dias antes das eleições, a matéria será incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação
sobre os demais assuntos, até que se conclua a votação.

Art. 356. A ausência de fixação de remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito, nos termos do artigo
anterior implica na prorrogação automática do Decreto Legislativo fixador da remuneração para a
legislatura anterior.

Art. 357. Durante a legislatura, o índice de referência da remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito


não poderá ser alterado, a qualquer título.

Art. 358. A remuneração do Vice-Prefeito deverá observar correlação com as Funções, Atribuições e
responsabilidades que lhe forem atribuídas na Administração Municipal.

Art. 359. Ao Servidor Público investido no mandato de Prefeito é facultado optar pela remuneração de
seu cargo, emprego ou função. (art. 38, II, Constituição Federal)

CAPÍTULO III
DAS LICENÇAS

Art. 360. O Prefeito não poderá ausentar-se do Município ou afastar-se do cargo, por mais de 15
(quinze) dias consecutivos, sem autorização da Câmara Municipal, sob pena de cassação de mandato.

Art. 361. A licença do cargo de Prefeito poderá ser concedida pela Câmara, mediante solicitação
expressa do Chefe do Executivo, nos seguintes casos:
I - por motivo de doença, devidamente comprovada por médico;
II - em licença gestante;
III - em razão de serviço ou missão de representação do Município;
IV - em razão de férias; (art. 87, inciso IV, da LOM)
V - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado.
§ 1º Para fins de remuneração, considerar-se-á como se em exercício estivesse, o Prefeito licenciado
nos termos dos incisos I a IV deste artigo.

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§ 2º As férias, sempre anuais e de 30 (trinta) dias, não poderão ser gozadas nos períodos de recesso
da Câmara, nem indenizadas quando, a qualquer título, não forem gozadas pelo Prefeito. (art. 87, § 3°,
da LOM)
§ 3º A licença para gozo de férias não será concedida ao Prefeito que, no período correspondente à
sessão legislativa anual, haja gozado de licença para tratar de assuntos particulares superior a 15 (quinze)
dias.

Art. 362. O pedido de licença do Prefeito obedecerá a seguinte tramitação:


I - recebido o pedido na Secretaria Administrativa, o Presidente convocará, em 24 (vinte e quatro)
horas, reunião da Mesa, para transformar o pedido do Prefeito em Projeto de Decreto Legislativo, nos
termos do solicitado;
II - elaborado o Projeto de Decreto Legislativo pela Mesa, o Presidente convocará, se necessário,
sessão extraordinária, para que o pedido seja imediatamente deliberado;
III - o Decreto Legislativo concessivo de licença ao Prefeito, será discutido e votado em turno único,
tendo preferência regimental sobre qualquer matéria;
IV - o Decreto Legislativo concessivo de licença ao Prefeito será considerado aprovado se obtiver o
voto da maioria absoluta dos membros da Câmara.

TÍTULO XIII
DO REGIMENTO INTERNO
CAPÍTULO ÚNICO
DOS PRECEDENTES REGIMENTAIS E A REFORMA DO REGIMENTO

Art. 369. Os casos não previstos neste Regimento serão submetidos ao Plenário e as soluções
constituirão precedentes regimentais, mediante requerimento aprovado pela maioria absoluta dos
vereadores.

Art. 370. As interpretações do Regimento serão feitas pelo Presidente da Câmara em assunto
controvertido e somente constituirão precedentes regimentais a requerimento de qualquer Vereador,
aprovado pela maioria absoluta dos membros da Câmara.

Art. 371. Os precedentes regimentais serão anotados em livro próprio, para orientação na solução de
casos análogos.

Art. 372. O Regimento Interno poderá ser alterado ou reformado através de Projeto de Resolução de
iniciativa de qualquer Vereador, da Mesa ou de Comissão.
§ 1º A apreciação do projeto de alteração ou reforma do Regimento obedecerá às normas vigentes
para os demais projetos de Resolução e sua aprovação dependerá do voto favorável da maioria absoluta
dos membros da Câmara.
§ 2º Ao final de cada sessão legislativa a Mesa fará a consolidação de todas as alterações procedidas
no Regimento Interno bem como dos precedentes regimentais aprovados, fazendo-os publicar em
separata.

TÍTULO XIV
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 373. Os prazos previstos neste Regimento não correrão durante os períodos de recesso da
Câmara.
§ 1º Excetuam-se ao disposto neste artigo os prazos relativos às matérias objeto de convocação
extraordinária da Câmara e os prazos estabelecidos às Comissões Processantes.
§ 2º Quando não se mencionarem expressamente dias úteis, o prazo será contado em dias corridos.
§ 3º Na contagem dos prazos regimentais, observar-se-ão, no que for aplicável, as Disposições da
legislação processual civil.

Art. 374. Este Regimento entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as Disposições
em contrário.

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TÍTULO XV
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º Todos os projetos de Resolução que disponham sobre alteração do Regimento Interno, ainda
em tramitação nesta data, serão considerados prejudicados e remetidos ao arquivo.

Art. 2º Ficam revogados todos os precedentes regimentais anteriormente firmados.

Art. 3º Todas as proposições apresentadas em obediência às Disposições regimentais anteriores,


terão tramitação normal.
Parágrafo único. As dúvidas que eventualmente surjam quanto à tramitação a ser dada a qualquer
proposição serão submetidas ao Presidente da Câmara e as soluções constituirão precedentes
regimentais mediante requerimento aprovado pela maioria absoluta dos membros da Câmara.
Câmara Municipal da Estância Turística de São Roque, 30 de outubro de 1991.
Paulino Pereira – Presidente

Questões

01. O exercício do mandato dar-se-á, automaticamente com a posse, assumindo o Prefeito todos os
direitos e deveres inerentes ao cargo.
( ) Certo ( ) Errado

02. Poderão assessorar os trabalhos das Comissões, independente se credenciados ou não, os


técnicos de reconhecida competência na matéria em exame.
( ) Certo ( ) Errado

03. Esgotada a pauta da Ordem do Dia, desde que presente um terço, no mínimo, dos vereadores,
passar-se-á à Explicação Pessoal.
( ) Certo ( ) Errado

04. O Vereador poderá requerer vista de processo relativo a qualquer proposição, desde que essa
esteja sujeita ao regime de tramitação ordinária.
( ) Certo ( ) Errado

05. O Vereador que até 70 (setenta) dias antes do término de seu mandato não apresentar ao
Presidente da Câmara declaração de bens atualizada não perceberá a correspondente remuneração.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.Certo / 02.Errado / 03.Certo / 04.Certo / 05.Errado

Comentários

01. Resposta: Certo


Art. 8º O exercício do mandato dar-se-á, automaticamente com a posse, assumindo o Prefeito todos
os direitos e deveres inerentes ao cargo.

02. Resposta: Errado


Art. 66. Poderão assessorar os trabalhos das Comissões, desde que devidamente credenciados pelo
respectivo Presidente, técnicos de reconhecida competência na matéria em exame.

03. Resposta: Certo


Art. 175. Esgotada a pauta da Ordem do Dia, desde que presente um terço, no mínimo, dos
vereadores, passar-se-á à Explicação Pessoal.

04. Resposta: Certo


Art. 239. O Vereador poderá requerer vista de processo relativo a qualquer proposição, desde que
essa esteja sujeita ao regime de tramitação ordinária.

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05. Resposta: Errado
Art. 326. O Vereador que até 90 (noventa) dias antes do término de seu mandato não apresentar ao
Presidente da Câmara declaração de bens atualizada não perceberá a correspondente remuneração.

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