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do Trabalho
As Leis do Trabalho no Brasil e no Mundo

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Esp. Luiz Carlos Dias

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina F. Moreira
As Leis do Trabalho no Brasil e no Mundo

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Introdução ao Tema;
• Orientações para Leitura Obrigatória;
• Material Complementar.

Fonte: iStock/Getty Images


Objetivos
• Que o aluno entenda como foi o desenvolvimento das Leis Trabalhistas e Prevencionis-
tas no Brasil e no Mundo

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
As Leis do Trabalho no Brasil e no Mundo

Introdução ao Tema
Trabalho
A palavra “trabalho” surgiu a partir do vocábulo latino tripaliu – denominação de um
instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu).

Desde a Antiguidade até a Idade Média o trabalho sempre esteve aliado a um sentido
negativo, de castigo e sofrimento.

Aristóteles dizia que a “escravidão de uns é necessária para que outros possam ser
virtuosos”. Em outras palavras, o homem deveria ser livre para se dedicar à própria
perfeição. O trabalho o impede de consegui-lo. Só a vida contemplativa, e não a vida
ativa, leva o homem à dignidade. Percebemos, então, que a ociosidade era o valor, e o
trabalho, o desvalor.

Somente a partir do Renascimento, a noção negativa associada ao trabalho vai


aos poucos tomando uma feição positiva, quando surgiram as ideias de valorização do
trabalho como manifestação da cultura, e este começou timidamente a ser visto como
um valor da sociedade e do próprio homem.

Revolução Industrial
A Revolução industrial foi um processo de grandes transformações econômicas, tec-
nológicas e sociais, que se iniciou em meados do século XVIII na Europa Ocidental, mais
precisamente na Inglaterra, e que revolucionou o modo de trabalho no mundo. Entre-
tanto, o avanço tecnológico dos meios de produção se contrastava com o crescimento
das doenças e mortes entre os trabalhadores assalariados devido às precárias condições
de trabalho.

Via-se também a utilização em massa do trabalho de mulheres e crianças, (uma vez


que a maioria da mão-de-obra masculina trabalhava nas minas de carvão), todas elas
submetidas a jornadas exaustivas de trabalho, que não raro chegavam a quatorze ou até
dezesseis horas de trabalho diário.

Naquela época surgiram os primeiros movimentos operários contra as péssimas con-


dições de trabalho e os ambientes insalubres. Os trabalhadores passaram a se organizar
em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses.

Apesar dos riscos associados à várias atividades serem conhecidos, até então pouco,
ou quase nada, era feito para combatê-los ou reduzi-los. Somente após muitos conflitos
e revoltas começaram a surgir as primeiras leis de proteção ao trabalho, inicialmente das
mulheres e crianças.

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Um dos marcos da legislação internacional relativa à proteção do trabalho foi a
aprovação, pelo parlamento britânico, a partir de 1802, de várias leis conhecidas como
Leis das Fábricas (no inglês, Factory Law ou Factory Acts) com o objetivo de proteção
do trabalho de mulheres e crianças, tanto no que se referia ao ambiente de trabalho,
quanto às jornadas excessivas comumente praticadas. Esta lei abrangia inicialmente
as indústrias têxteis, principal atividade industrial naquela época, e somente em 1878
passou a valer para todas as indústrias.

Uma dessas primeiras Leis, chamada Factories Act 1802 - também conhecida
como Lei da Moral e Saúde dos Aprendizes - trazia as seguintes obrigações para os
proprietários das fábricas:
• Todos os ambientes da fábrica devem ser ventilados;
• O “limo” (sujeira) deve ser removido duas vezes por ano;
• As crianças devem receber duas mudas completas de roupa;
• A jornada diária de crianças entre 9 e 13 anos deve ser, no máximo, 8 (oito) horas,
e no caso de adolescentes entre 14 e 18 anos, a jornada não deve ultrapassar 12
(doze) horas;
• É proibido o trabalho de crianças menores de 9 (nove) anos, que deverão frequentar
as escolas a serem abertas e mantidas pelos empregadores;
• Crianças devem ocupar quartos de dormir separados por sexo, sendo que cada
cama deve ser ocupada por no máximo duas crianças;
• Os empregadores são responsáveis pelo tratamento de doenças infecciosas.

Apesar de ser considerado um avanço sobre a proteção do trabalho, o Ato de 1802


não regulamentou a inspeção nas fábricas para verificação do cumprimento de suas
disposições, o que aconteceu somente em 1833.

Anos mais tarde, foi publicado o Ato 1831, que proibia o trabalho noturno para
jovens menores de 21 (vinte e um) anos.

Em 1833, foi aprovado o Labour of Children, com as seguintes determinações:


• Obrigação de concessão de uma hora de almoço para crianças, mantendo-se a
jornada máxima de doze horas para crianças entre 14 e 18 anos e oito horas para
crianças entre 9 e 13 anos;
• Crianças entre 9 e 13 anos deve ter duas horas de aulas por dia;
• Proibição do trabalho noturno para menores de 18 (dezoito) ano;
• Introdução de rotinas de inspeção do trabalho nas fábricas.

Em 1844, houve novamente um grande “avanço” na legislação britânica, com a


publicação do Factories Law 1844, e a inclusão de requisitos expressos de proteção
do trabalho das mulheres, obrigatoriedade de comunicação e investigação de acidentes
fatais e de proteção de máquinas.

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UNIDADE
As Leis do Trabalho no Brasil e no Mundo

Orientações para Leitura Obrigatória


Prezado (a) Aluno (a), recomendo uma leitura do DECRETO-LEI N.º 5.452, DE
1º DE MAIO DE 1943, que institui a Consolidação das Leis do Trabalho, e principalmente
do artigo 154 ao artigo 200, que são pertinentes à Segurança e Medicina do Trabalho.
Esta leitura o(a) ajudará a entender de forma mais clara as determinações das Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho
BRASIL. (01 de mai de 1943). DECRETO-LEI Nº 5.452. Aprova a Consolidação das
Leis do Trabalho.

Dispõe sobre a especialização de Engenheiros e


Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho
BRASIL. (09 de abr de 1988). DECRETO Nº 92.530. Dispõe sobre a especialização de
Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho. p.9.

Introdução à Engenharia de Segurança de Sistemas


DE CICCO, Francesco M.G.A.F & ANTAZZINI, Mario Luiz. Introdução à Engenharia
de Segurança de Sistemas. 3. Ed. São Paulo, 1993.

Segurança e Medicina do Trabalho


Coordenação e Supervisão da Equipe Atlas. Segurança e Medicina do Trabalho.
Manuais de Legislação Atlas. 61. ed. 2007.

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UNIDADE
As Leis do Trabalho no Brasil e no Mundo

Referências
BRASIL. (08 de jun de 1978). PORTARIA 3.214. Aprova as Normas Regulamentadoras
da Consolidação das Leis do Trabalho.

BRASIL. (22 de dez de 1977). Lei 6.514. Consolidação das Leis Trabalhistas.

RODRIGUES, R. M., O Homem na Pré-História. 2. ed. São Paulo: Ed. Moderna, 2003.

SAAD, E. G. Introdução a Engenharia de Segurança do Trabalho. São Paulo: Fun-


dacentro, 1981.

Coordenação e Supervisão da Equipe Atlas. Segurança e Medicina do Trabalho.


Manuais de Legislação Atlas. 61. ed. 2007.

Sites visitados
<http://www.mte.gov.br/legislacao/ Portarias/1989/p_19890921_3275.pdf> Acesso
em 22 de janeiro de 2018

<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr4_5.htm> Acesso em 29 de ja-


neiro de 2018

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