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Investigação Criminal
a) Actos preparatórios;
b) Inspecção Judiciária propriamente dita;
c) Acções ulteriores.
Numa investigação criminal devem ser adoptados os seguintes métodos e ter
em conta as suas etapas fundamentais:
a) Actos preparatórios, quando se tem conhecimento de um crime:
1. Proteger a cena do crime, isolando o local, para o preservar tal como
ficou após o crime. Devem ser registadas as horas de chegada;
2. Não alterar o local, antes que se proceda devidamente, à sua
identificação e registo, quer fotográfico e videográfico, quer à elaboração de croquis;
b) A inspecção judiciária, propriamente dita, tem como missão fundamental:
1. A procura e protecção de vestígios;
2. A reconstrução teórica do local do crime através dos vestígios;
3. A recolha, conservação e transporte dos objectos, provas ou vestígios,
presumivelmente relacionados com o crime, e respectivo registo;
4. A elaboração do relatório;
c) As acções posteriores da inspecção judiciária são as seguintes:
1. Acondicionamento e envio de vestígios biológicos ao laboratório
forense;
2. Elaboração e envio de documentação à entidade judicial;
3. Articulação com os laboratórios forenses.
Segundo Ferreira Antunes (1984), são três as principais ferramentas da
investigação criminal: informação - conjunto de procedimentos tendentes à obtenção
das indicações pessoais; interrogatório - relação interpessoal que se estabelece entre um
emissor e um receptor: testemunha, arguido, colaborador, fonte de informações versus
investigador que dela necessita; e dados de observação de exame – recolha e análise de
dados.
No particular domínio do interrogatório, o conceito de investigação criminal
depende de um conjunto de atitudes técnicas e de procedimentos onde a psicologia
forense poderá prestar um contributo muito significativo, já que compreende o
desenvolvimento da comunicação interpessoal, a interpretação e análise do
comportamento delinquente e a definição dos perfis criminais.
Bibliografia
Antunes, M.A.F. (1984). Técnica de investigação criminal, BMJ, Lisboa, 338, p 7-44.
Fisher, B. A., Block, S. (1993). Techniques of Crime Scene Investigation, Fifth
Edition, CRC Press.
Guarda Nacional Republicana (2000). Plano Estratégico – Investigação Criminal
e Análise de Informação Criminal. Comando Geral da GNR, Lisboa, Out2000.
Guarda Nacional Republicana (2000). Relatório do Grupo de Trabalho “Malas de
Tratamento de Vestígios”, Comando Geral da GNR, 2ª Repartição, 2000.
U. S. Department of Justice (1999). A guide for law enforcement, Crime Scene
Investigation, Office of Justice Programs, Washington, USA.