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O Próximo Trilhão

POR QUE O NETWORK MARKETING ESTÁ


POSICIONADO PARA DIRIGIR A PRÓXIMA
GRANDE TENDÊNCIA ECONÔMICA – UMA
ENTREVISTA COM PAUL ZANE PILZER
By JOHN MILTON FOGG

Um terremoto está chegando. De fato,


os tremores preliminares já começaram.
As fundações econômicas estão
tremendo: rachaduras estão aparecendo
em nossos hábitos domésticos de
gastos; quadros da realidade fiscal
estão caindo dessas paredes. Parece
que vai ser um 8.0 na escala Richter da
economia - ou mais alto - e somente um
homem parece ter os ouvidos sensíveis
o suficiente para escutar a chegada.

Toda geração, entre milhares de brilhantes


comentaristas e outros medíocres, a raça
humana produz um ou dois visionários cujos
insights chacoalham as bases de sua própria
experiência e cortam todas as disciplinas. Nós temos nossos Benjamins Franklins,
nossos Buckminster Fullers e Paul Zane Pilzer, o homem que promove abalos
sísmicos em nossa economia.
Pilzer afirma rapidamente que ele não tem bola de cristal: está tudo na forma de
dados. Mas o autor três vezes campeão de vendas do New York Times e consultor
econômico de dois Presidentes Norte-Americanos possui uma quantidade sem
precedentes de fatos e figuras. Seus insights penetrantes têm atraído a atenção
de MLMers por mais de uma década.
Agora ele está de volta, com uma nova mensagem: nós estamos testemunhando o
nascimento explosivo de uma nova indústria de um trilhão. E os MLMers de todo o
mundo estão posicionados na vanguarda dessa explosão.
Depois de dois séculos de oportunidade econômica para pioneiros da manufatura,
nós entramos na era da distribuição. Hoje, a grande oportunidade para a
prosperidade espera aqueles que podem entregar o que Pilzer chama de
“distribuição intelectual”.
Ele está descrevendo o MLM. Ele está, como diz o ditado, cantando a nossa
música.

NML: Paul, você foi o primeiro economista bem conhecido que tinha
alguma coisa legal para dizer sobre o MLM. O que captou sua atenção
sobre o negócio em primeiro lugar?
Eu acho que seria mais específico dizer que o negócio me encontrou. Começou
com meu livro de 1990, Prosperidade Ilimitada, que analisou diferentes setores de
nossa economia e projetou algumas mudanças interessantes por volta do ano
2000.
Nas décadas de 70 e 80, era dito para gente, “O que está errado com os EUA é
que nós não fazemos as coisas.” Então, as pessoas jovens daquela época
começaram a fazer coisas - e fizeram tão bem, convertendo todos os materiais
caros e trabalho em plástico e processos automatizados de manufatura, que eles
reestruturaram completamente a economia da venda a varejo.
Pense em um item que custa $300; pode ser qualquer coisa, uma televisão,
câmera ou vestido. Na década de 60, a manufatura deste item custava cerca de
$150. Algo em torno de 50% do custo do item era da manufatura, com os outros
50% na distribuição.
Na década de 90, o mesmo item continua a ser vendido por $300, mas é um
produto superior com muito mais vantagens, mas mesmo assim, seu custo de
produção caiu de $150 para $15 ou $20! Agora, 80 a 85% do custo do produto
está na distribuição; somente de 15 a 20 por cento esteve na produção.
Em 1990, eu expliquei no meu livro, as grandes oportunidades para riqueza não
estavam mais na produção, mas na distribuição. O livro projetou que isso iria
acontecer continuamente até a próxima década, se pouco. É por isso que as
pessoas mais ricas do mundo em 1990 eram pessoas que encontraram melhores
formas de distribuir as coisas, ao invés de melhores formas de fazer coisas.

NML: Você poderia nos dar exemplos de pessoas ricas que fizeram suas
fortunas na distribuição?
Em 1961, Sam Walton começou uma companhia comprometida em nunca vender
sua própria marca, venderia somente outras marcas. Em 1990, não só o Walmart é
o maior varejista do mundo, Sam Walton é o homem mais rico do mundo — um
homem que fez a vida distribuindo coisas que outras pessoas faziam. Sam Walton,
inclusive, foi um grande entusiasta de meu livro.
Em 1990, Fred Smith foi o maior e mais bem-sucedido empreendedor aéreo da
época. Por volta de 1976, ele começou uma empresa aérea com sua própria frota
de pilotos e aviões —embora ele não levasse pessoas! O único propósito da
Federal Express era transportar pacotes: distribuição, algo fora de cogitação em
1976.
Ross Perot foi um dos homens mais ricos do mundo em 1990. Perot construiu uma
companhia de $3,5 bilhões que não fazia nem softwares, nem hardwares. O que a
EDS fazia? Distribuía o software e o hardware de outras pessoas.

NML: Como suas observações sobre riqueza e distribuição captou a


atenção dos MLMers?
Eu fiz 3 shows no “Larry King Alive.” Naquele ano, eu explicava o livro em um
desses shows; um homem, chamado Donald Held estava assistindo. Don, um
Diamante Executivo Sênior da Amway, trouxe-me até a presença de Dexter Yager.
Dexter e um razoável número de distribuidores leram o livro e disseram, “Ei, aqui
está um análise econômica de como nosso negócio funciona. Este cara não tinha a
menor idéia do que era o MLM — mas sabia com ele funcionava!”

Eu não tinha a menor idéia do que era a Amway. Eu não sabia nem o que era o
MLM. Eu não estava tentando promover nada; talvez essa seja uma razão pela
qual minha pesquisa vingou. Eu estava usando somente dados empíricos,
analisando a distribuição na América e no mundo.
O pessoal do Dexter decidiu me contratar como palestrante e pediram que
explicasse para eles o que eu tinha dito no “Larry King Alive”. Foi assim que tudo
começou.
NML: Isso foi a mais de uma década atrás, e você se tornou desde lá uma
espécie de alicerce para os MLMers em todo o mundo. Obviamente, seus
pensamentos não pararam; o que aconteceu nos últimos 10 anos?
Eu mudei meu foco. Em 1990, as oportunidades ainda estava fisicamente na
distribuição de produtos; desde 1990, nós estamos vendo uma mudança
dramática. No meu novo livro, “O Próximo Trilhão”, eu divido a distribuição em
duas funções: física e intelectual.
A distribuição física significa levar o produto até o consumidor — produtos que o
consumidor já sabe que quer. Isso é o Walmart: você sabe exatamente o que quer
quando entra no Walmart; você entra, pega e sai da loja. Você não aprende sobre
nada novo lá.
A distribuição intelectual é onde você aprende sobre um novo produto ou serviço
que você não sabia que existia antes.
Até 1990, as grandes oportunidades que geraram grandes fortunas na
distribuição, as oportunidades de Fred Smith, Ross Perot e Sam Walton estavam
no ramo da distribuição física. Hoje, as grandes oportunidades estão na
distribuição intelectual.

NML: Por exemplo...?


Em 1999, uma pessoa de negócios foi eleita pela Time, o Homem do Ano — muito
significativo por que é muito difícil um homem de negócios ganhar esse título.
Quem era? Jeff Bezos, que revolucionou a distribuição de livros com a
amazon.com.
Agora, olhe de perto: Jeff Bezos está realmente no ramo de distribuição intelectual.
Você não assina na amazon.com somente para ter um livro, fisicamente; você se
registra para aprender sobre o livro. Você lê as várias resenhas, vê outros livros da
categoria, você talvez até se conecte para verificar se tem um livro em um tópico
específico que queira.
A verdade é, a maior parte da distribuição física que descrevi no “Prosperidade
Ilimitada” já aconteceu; as fortunas que deveriam ser feitas já foram.
As fortunas que serão feitas no próximo milênio — pelo menos na primeira década
do novo milênio serão na área de distribuição intelectual: educar os consumidores
sobre produtos e serviços que irão melhorar suas vidas, produtos e serviços que
eles não sabiam que existiam.

NML: Por que é aí que as oportunidades


reais estão hoje?
Porque é exatamente onde está o foco hoje.
Houve um tempo que quando os dois aspectos
da distribuição—física e intelectual — eram
comumente combinados abaixo do mesmo teto.
Não mais.
Se você tem mais ou menos a mesma idade que
eu, talvez você se lembre as primeiras vezes que
entrou em uma loja e disse para si mesmo, “Eu
sei mais sobre esse produto do que o próprio
atendente!” Há 25 anos atrás, isso era um
choque: quem poderia pensar em abrir uma loja
onde o atendente não soubesse nada do
produto?
Hoje, isso é aceito universalmente. Hoje, você, consumidor, é esperado que você
saiba a respeito do produto. Existem uns poucos vendedores especializados, como
no Nordstrom’s. Mas em geral, os vendedores abandonaram completamente a
função tradicional de ensinar as pessoas sobre os produtos. Em vez disso, eles se
focalizaram na função de entregar o produto.
Vá a um showroom e converse com um vendedor de carros: essa pessoa tem um
carro igual ao que está vendendo? Não. Vá a uma loja de eletrônicos: quantas
vezes você irá encontrar um vendedor que tenha o mesmo produto em particular
que ele está vendendo? Raras vezes. Essas pessoas estão no negócio de mostrar
você onde encontrá-lo na loja; eles não estão lá para ensinar o que é produto.

NML: Então, onde nós aprendemos hoje?


Esse é o problema. O passo das mudanças tecnológicas está acelerando rápido
hoje, não importa qual a indústria. No período que você aprende sobre o produto e
está pronto para comprá-lo — adivinhe? Existe um ainda melhor! Onde você
aprende sobre aquele? Em lugar algum — é isso que está faltando, esse é o
entrave de nossa economia. Fale com qualquer fabricante e ele te dirá, “Nós
vendemos os modelos A, B, C e D; o novo modelo F, sete vezes melhor e até mais
barato não está vendendo ainda!” Por que não? Porque as pessoas não
aprenderam sobre ele ainda. Eles chamam isso de “Backlog.”
Eu vi isso com alguns softwares educacionais que desenvolvemos no começo dos
anos 90: aqui está um produto que poderia mudar totalmente a vida de uma
criança — mas dizer às pessoas sobre isso era muito mais caro do que produzir o
software. Até que encontramos a Amway no meio da década, nós estávamos
mortos na água: tínhamos grandes produtos, mas nenhuma forma de dizer ao
consumidor que ele existia.

NML: Como a forma de fazer do MLM contrasta com as formas


convencionais de marketing — com anúncios e outros canais?
O MLM hoje é quase todo distribuição intelectual. Quando você, como MLMer
discute um produto com o consumidor, você não entrega realmente o produto,
você terceiriza esse processo.
Ainda mais fascinante é que o MLM hoje é tipicamente feito de pessoa a pessoa
por alguém que também é um usuário do produto. Diferente do vendedor de carro,
ou de equipamentos eletrônicos, o MLMer é um usuário educado e entusiasta do
produto pelo qual você está perguntando.
As companhias que prosperam em MLM focalizarão quase que totalmente na
distribuição intelectual, ensinando pessoas sobre novos produtos e serviços que
irão melhorar as suas vidas. Aquelas que realmente florescerem, terão alguma
tecnologia patenteada única. Não somente única, mas eficaz — melhor do que
qualquer outra existente.

NML: Então você ver que a onda de oportunidades mudou de produzir


para a distribuição física e agora para a distribuição intelectual. O que
mais na sua forma de pensar mudou? Qual é o foco de “O Próximo
Trilhão”?
Eu comecei a focalizar as grandes necessidades da América — que levaram-me
para direções surpreendentes. As pessoas pensam em suas necessidades de
forma muito mundana — “Eu preciso de um vestido novo que não me faça parecer
gorda,” ou “eu quero um carro mais econômico.” Eu olhei para isso de um nível
mais macro: nós temos nossas necessidades fundamentais, como comer, dormir,
ser saudável, educação. Enquanto eu estudava cuidadosamente e as condições
atuais, eu descobri que a maior necessidade dos EUA é o bem-estar.

NML: Você pode definir bem-estar para nós?


Essa é uma nova necessidade que a palavra em si, no contexto que estamos
utilizando, é um termo completamente novo. Eu tive que fazer definições
totalmente novas. Primeiro, eu tive que descobrir o que chamamos de Negócio de
Cuidados com a Saúde, que na realidade é a Indústria da Doença. Nossa indústria
médica, hoje, tem muito pouco a ver, se muito, com saúde. Os $ 1,4 trilhão que
gastamos com cuidados médicos, que é um sétimo da economia dos EUA, diz
respeito a ficar doente e lidar com os sintomas da doença. Tem muito pouco a ver
com prevenção de doenças, ficar mais forte, resistente ou mais saudável. Quando
você vai ao médico hoje e diz, “Eu tenho atrite, não vejo bem e não escuto bem.”
Eles dizem, “isso se deve a sua idade, idade, idade, idade.” Mas essas coisas são
somente sintomas de uma nutrição pobre ou desequilibrada.
Eu defino “bem-estar” como dinheiro gasto para fazer você mesmo se sentir mais
saudável, mesmo que você não esteja “doente” nos termos médicos comuns. Para
ficar mais forte, mais saudável, ver melhor e ouvir melhor, para lutar contra o que
chamamos de sintomas da idade.
Entre em qualquer casa média em qualquer vizinhança média, converse com as
pessoas, veja o que eles precisam. Se você estivesse fazendo isso há 20 anos, nós
verificaríamos que eles estariam preocupados em viver, preocupados com o
trabalho, profissões de seus filhos. A necessidade primária dos EUA nos primeiros
200 anos era econômica. Isso não é mais verdade.
Hoje estamos no décimo primeiro ou décimo segundo ano de uma expansão
econômica inacreditável. Aqui está o que encontraríamos hoje, quando
entrássemos nas casa: eles têm o suficiente para comer, eles sabem onde as
oportunidades econômicas estão, eles sabem o que poderiam estar fazendo para
ganhar dinheiro, e se eles não estiverem ganhando, é normalmente por uma
escolha positiva, por exemplo, por que eles querem passar mais tempo com suas
famílias. A necessidade primária geral não é a prosperidade, mas a saúde.
No passado, nós associamos pobreza e depressão econômica com doenças.
Quando eu era jovem, nós igualávamos pobre com magro, passando fome. Rico
magro era ridículo. Hoje, pobre e gordo se tornaram sinônimos. A história mudou:
rico gordo se tornou ridículo!
Hoje, quanto mais baixo o rendimento, mais nós vemos obesidade. Obesidade é
um sintoma de nutrição pobre. Tipicamente alguém obeso é também deficiente
em vitaminas, sofre de fadiga e artrite ou outros males decorrentes da nutrição
pobre.
Desde 1980, nós dobramos a percentagem de pessoas com sobrepeso e obesas
nos EUA. Em 1980, 15% da população era obesa; no ano 2000, esse número pulou
para 27% -77 milhões de pessoas clinicamente obesas! Esses números
aumentaram 10% em somente 4 anos e estão crescendo em taxas epidêmicas.
Devido ao excesso de peso das pessoas, nós triplicamos a propensão ao diabetes
nos EUA, com aumento similar de outras doenças. Hoje, em uma época de
crescimento e prosperidade econômica sem precedentes, nós estamos vendo uma
grande parte da população sofrendo. Para mim, aqui está o número mais incrível:
62% a população dos EUA está com sobrepeso. Esse número também dobrou
desde 1980.
Agora, como nós ganhamos a Guerra Fria e nos tornamos tão prósperos —
somente para acabar num mundo onde 62% da população está oprimida, como se
os russos tivessem ganhado a Guerra?

NML: Existe uma luz no fim do túnel aqui?


Mais do que um raio; de fato, mesmo que seja uma situação crítica, ela deu origem
a um setor totalmente novo da economia, um setor muito positivo de onde tirei o
título “O Próximo Trilhão”.

NML: Por que você chama isso de o “próximo” trilhão?


Hoje, a indústria da alimentação representa um trilhão de dólares anualmente; a
indústria da doença responde por outro trilhão ($1,4 trilhão na verdade). Essas
duas indústrias se alimentam de uma forma muito insidiosa, porque uma grande
parte das doenças de hoje é causada por má nutrição. Essas indústrias de dois
trilhões de dólares trabalham juntas para sustentar esses horrorizantes 62% de
sobrepeso na população (somente nos EUA).
Olhando para esses números, você pode pensar que um dia, em breve, todos vão
estar com sobrepeso ou obesos. Esse não é o caso. Os 38% da população dos EUA
que não estão com sobrepeso compreendem 10 a 15 milhões de norte-americanos
que estão envelhecendo; na medida e que isso acontece, eles estão ficando mais
saudáveis, mais em forma e mais fortes — mais jovens por uma definição médica.
Essas pessoas representam o novo setor econômico. Eles são primariamente
pessoas prósperas; a primeira coisa que fazem quando começam a ter dinheiro é
descobrir uma forma de ficar mais saudável e eles estão fazendo isso longe de
medicamentos. Eles vão para academias, vigiam sua alimentação, tomam
quantidades certas de vitaminas e minerais, procuram suplementos e outros
produtos que melhorem sua sensação de bem-estar.
Quando eu comecei a ver essa tendência claramente, eu comecei a imaginar, será
que tem um negócio aqui? A resposta me deixou extasiado. No ano 2000, o bem-
estar nos EUA já era uma indústria de $200 bilhões; cerca de metade disso é
composto de gastos com academias ($24 bilhões) mais $70 bilhões gastos com
vitaminas e minerais. Esses $200 bilhões eram quase nada há dez anos atrás.

NML: Quem está gastando esse dinheiro?


Na sua maioria, Baby Boomers: pessoas prósperas de idades entre 35 e 55. Os
Baby Boomers são uma força econômica poderosa, todos os profissionais de
marketing sabem disso. Eles representam 28% da população e, no entanto,
representa 50% da economia.
Os Baby Boomers são a primeira geração da história que se recusou a aceitar o
envelhecimento. Isso é fascinante, de um ponto de vista de marketing. Olhe para
os carros que compram: modelos antiquados desenvolvidos para que eles sintam-
se na universidade. Olhe para as roupas: retrógradas também — eles procuram
pelas roupas que queriam, mas não podiam pagar quando estavam na
Universidade.
Até agora, a mente dos Baby Boomers tem sido algo que os faz sentirem-se
jovens, como ajuda-los a lembrar de como é ser jovem. Agora eles forma um passo
a frente. Hoje, os Baby Boomers estão comprando coisas que os deixam mais
jovens!
Isso está apenas no começo. A maioria das pessoas não conhece esses produtos.
Na medida que o resto da força de compra aprender sobre esses produtos, o
negócio irá explodir. Ele já cresceu de virtualmente zero em 1990 para $200
bilhões hoje. É fácil ver que esses $200 bilhões irá se tornar U$ 1 trilhão ou mais
por volta do ano 2010.

NML: Você vê reações de pessoas, elas dizendo, “O que? Um trilhão de


dólares?”
O tempo todo. Mas coloque em perspectiva. O primeiro PC da IBM saiu em 1981 —
e por volta de 1990, as vendas de PC excederam as vendas de automóveis.
Ninguém sabia o que era a internet em 1990; os consumidores só foram
permitidos a entrar na Internet com sua própria conta e e-mail em 1995. Em 2000,
a quantidade incrível de milionários nesse país foi criada pela internet. Vendo
como essa indústria cresce rápido, um trilhão em bem-estar é uma projeção
conservadora.
NML: A necessidade da distribuição intelectual se revela na indústria do
bem estar também?
Absolutamente. Por definição, todo o bem estar é uma nova tecnologia.
Virtualmente não existe nenhum lugar para ir e aprender sobre ela. Se você for a
uma clínica convencional de perda de peso, eles estarão focalizados no marketing
de seus produtos para você — eles não te dão lições sobre bem estar. A
informação não está lá; toda a pesquisa em negócios de médicos é sobre doença.
Para onde o consumidor irá se virar?
A única forma de aprender sobre bem estar é através de alguém próximo a você,
que tenha uma experiência com bem estar. Você vê o seu colega de quarto e diz,
“Meu Deus, John, você está ótimo! Está tão jovem—o que está fazendo?” Você se
lança em uma experiência de bem estar e começa a descobrir que existe uma
indústria de bem estar, com todo o tipo de produtos e serviços.
Eu ia todos os anos a um cirurgião ortopedista para ver meu joelho. A cada ano,
ele me dizia, “está pior do que no ano passado, você tem que se operar, Paul.”
Em algum ponto, eu comecei a usar glucosamina. Dentro de 2 meses, a dor
acabou. Eu voltei ao me check-up e ele não acreditou. Quando ele descobriu que
eu tinha usado glucosamina, ele disse — fazendo piada, mas de verdade, “Não
espalhe isso por ai, Paul... Ou estarei sem emprego.”
Agora, como poderia um produto com a glucosamina, uma substância natural que
está no mercado há mais de 50 anos (primariamente como um produto para
cavalos), um produto que reconstruiu minha cartilagem e me fez sentir tão bem...
Como ninguém não o conhecia? Essa é a clássica introdução para bem estar:
tipicamente, você tem uma experiência como essa e então você diz, o que será
que meu médico não me disse mais?
Essa experiência me colocou no caminho de aprender sobre suplementos,
vitaminas e minerais. Em minha pesquisa para escrever esse livro, eu fiquei
impressionado com o quanto de biologia básica e nutrição que tinham me
escapado na educação. Aqui estou eu, professor universitário por 20 anos, 3
vezes best seller no New York Times — e para ser franco, totalmente leigo em
vitaminas, minerais, alimentos e suplementos nutricionais. Isso me colocou nesse
caminho.
Você não poderia ter lido algo sobre o bem estar 10 ou 15 anos atrás porque não
existia a indústria do bem estar. A maioria desses produtos e serviços está agora
saindo do laboratório. E quando você olha para esses laboratórios e vê o que está
por vir, você imagina que esse negócio está realmente prestes a decolar. De todos
os negócios que me envolvi até hoje, a indústria do bem estar parece o mais
entusiasmante até agora.

NML: Que conexão você vê entre o MLM e a revolução do bem star?


É tudo sobre a diferença entre o que eu chamo de “aprendizagem ativa” versus a
“aprendizagem passiva”. Os anúncios convencionais não são eficientes em
entregar o que chamamos de “informações de desafios intelectuais” o que é um
eufemismo para “novas idéias”.
Pense por um minuto em como você assiste televisão. Você está sentado, relaxado
no seu sofá; a última coisa que você quer é ser desafiado com novas informações.
De fato, quando você realmente vê algo que desafia você, algo que discorda com
o que você já sabe, ou acha que sabe, o que você faz?

NML: Você muda o canal


Certo! A televisão é uma forma muito passiva de aprender, então nós não
podemos usá-la realmente para nos ensinar novas idéias. É o mesmo com jornais.
Eu escrevia artigos para vários jornais como New York Times. Eu estava em um
coquetel entusiasmado com um artigo que havia escrito, e perguntei a um amigo,
“Então, o que você achou do artigo que escrevi?” Ele disse, “Paul, eu não leio seus
artigos, sou democrata!” Nós não lemos os artigos que nos desafiam. Nós lemos
aqueles que reforçam a forma como pensamos.
A maior parte de nossas fontes de informação tornaram-se mídia passiva. Você
não investe tempo com elas para ser desafiado; quando você encontra algo que te
desafia, você muda de estação ou lê outra coluna.
A única hora em que você aprende ativamente, significando que você está
absorvendo e considerando as informações, é quando você começa a falar com
alguém de carne e osso. Primeiro, a pessoa diz algo que você não concorda. Você
pensa, “Isso não pode ser verdade.” Talvez você não diga nada, porque está sendo
educado — mas seu rosto demonstra o fato de você não concordar. Isso começa
um diálogo: eles trazem algo mais, você começa a responder... gradualmente,
pouco a pouco, o diálogo muda a sua mente.
Informações corretas sobre dieta, nutrição, vitaminas, minerais e suplementos é
quase totalmente contrária ao que nós ouvimos da comunidade médica. Existe
muita informação pouco precisa; as pessoas estão condicionadas a isso. Quando
eles ouvem boas informações, naturalmente eles vão ser céticos. A única forma de
mudança real dos seus paradigmas ou começar a aprender novas informações é
pessoa a pessoa — porque você se engaja na comunicação.
Isso não acontece da noite para o dia. Leva de 3 a 6 conversas com pessoas
diferentes para que você mude de verdade sua mente. É por isso que o bem estar,
o que é claramente uma mudança de paradigma para tantas pessoas, realmente
funciona melhor no um a um, como em MLM.

NML: O que você vê para a década que vem, Paul?


Vejo uma indústria do bem estar com faturamento de 1 trilhão de dólares por volta
do ano 2010. Vejo grandes oportunidades para o MLM. Vejo algumas companhias
de MLM, devido a sua forma crescente de adquirir novas informações, liderando a
indústria.
Eu vejo grandes oportunidades para a indústria do MLM por que ele é claramente o
melhor veículo que temos hoje, nos EUA e ao redor do mundo para educar pessoas
sobre novos produtos e serviços. Existe uma grande janela de oportunidade para
as companhias de MLM em educar as pessoas sobre os produtos e serviços da
indústria do bem estar.
Eu também vejo desafios para as empresas de MLM, particularmente aquelas
envolvidas em bem estar, na medida em que a tecnologia continua a se
desenvolver. As companhias de MLM precisam continuar flexíveis para que possam
ficar na frente da tecnologia. Os melhores produtos de bem estar de ontem,
podem não ser os melhores de amanhã.
A indústria dos computadores pessoais é uma analogia interessante; companhias
inteiras tem ido e vindo por que elas fazem o melhor software de fax, por
exemplo, até que outra empresa venha com um melhor.
Muitos dos produtos de hoje em MLM irão ficar obsoletos muito rápido. Nós já
estamos vendo muitos produtos, como os com glucosamina e outros suplementos:
eles estão começando a entrar nos canais de vendas convencionais. Para
continuarem competitivos, os MLMers devem estar sempre a frente com novas
tecnologias.
Eu vejo a consolidação da indústria. Muitas das empresas de MLM pequenas não
terão dinheiro suficiente para a pesquisa que precisarão para obter novas
tecnologias. Eu vejo o nascimento de novas companhias assim como companhias
ampliando sua linha de produtos. Companhias que irão servir melhor os seus
clientes serão as mais bem-sucedidas.
Eu vejo ensaios clínicos. Os produtos da indústria do bem-estar está se movendo
para uma era de controle de qualidade. Hoje, de um terço para a metade dos
rótulos de produtos nas lojas não tem o conteúdo em seus rótulos porque não são
negócios regulamentados. A companhia que seja baseada somente em bem-estar
tem muito a perder se cometer algum erro: elas normalmente tem um melhor
controle de qualidade. Nenhuma companhia pode suportar ter um produto de má
qualidade no mercado.

NML: Como um rabino em tempo parcial que tem sido vegetariano (como
você diz em seu livro, por razões espirituais), você se tornou muito
apaixonado por bem estar, não?
Tem algo a ver com minha missão, e eu acho que para os MLMers também.
Quanto mais focalizamos nos benefícios financeiros e de estilo de vida do negócio,
o benefício real é o que você pode fazer para mudar uma vida — e as vidas de
todas as pessoas que são tocadas por essa vida. Se você puder adicionar 5, 10 ou
15 anos de vida a mais para uma pessoa, pense em seus filhos, sua família. Nós
temos muitos relacionamentos no mundo de hoje, e quando damos a uma pessoa
o presente do bem estar, melhorando a qualidade de vida todos os dias e
aumentando a expectativa de vida, isso é uma coisa maravilhosa.
Não se engane: existe uma crise, uma tendência de proporções epidêmicas indo
em outra direção no resto dos EUA e no mundo. Agora mesmo, o MLM é a única
força que eu vejo no horizonte que tem potencial para fazer essa enorme
mudança.

Fonte:
Network Marketing Lifestyles Magazine – Aug. 2001

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