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O sexto desafio desta formação levou-nos à descoberta de que o Ministério da Educação

(ME) tem em curso um processo de avaliação externa de todos os estabelecimentos


públicos de ensino, tendo por suporte um Quadro de Referência e o trabalho de um
conjunto de equipas de avaliação no terreno, mediante os quais, se propõe vir a avaliar
cada escola de 4 em 4 anos.
Esta avaliação externa articula-se com os mecanismos de auto-avaliação postos em
prática em cada escola que são muito diversos de escola para escola.
A IGE descreveu um conjunto de campos e tópicos de análise comuns que visam
uniformizar e facilitar às escolas a preparação da sua apresentação à equipa de avaliação
externa e a elaboração do texto que lhe serve de suporte e fundamentação.
Impõe-se a análise e reconhecimento do papel da BE, a nível da auto-avaliação da
escola, para a qual tenta contribuir o Modelo de Auto-Avaliação das BE, proposto pela
RBE, e a inclusão da BE na informação prestada às equipas de avaliação externa, tendo
em vista a sua valorização, desenvolvimento e melhoria.
Para o nosso trabalho de reflexão nesta sessão, dado que desconhecemos o modo como
cada escola organiza a informação resultante da sua auto-avaliação, mas conhecemos a
estrutura descritiva comum da IGE, a que essa informação deve obedecer com vista à
avaliação externa, utilizámos essa estrutura, como referencial para o nosso trabalho de
reflexão.
Assim, utilizei as ligações de consulta obrigatória disponíveis na Plataforma: “Tópicos
para apresentação da escola: campos de análise de desempenho”, através do qual se
orienta o conteúdo do texto e da apresentação das escolas à IGE.
http://www.ige.min-edu.pt/upload/AEE_2011/AEE_10_11_Topicos.pdf
Uma primeira actividade a incrementar enunciava:
“Elabore um quadro que permita cruzar o tipo de informação resultante da auto-
avaliação da BE nos seus diferentes Domínios/Sub-domínios e respectivos Indicadores,
com os Campos de análise e Tópicos descritores estabelecidos pela IGE, nos quais
aquela informação deve ser relatada e enquadrada para apresentação.”
Esta actividade foi levada a cabo e procedi em conformidade. Esta tarefa revestiu-se de
um grande esforço, mas levou-me à descoberta e à aprendizagem, tão premente, para
quem vai implementar o MABEE, pela 1ªa vez.
http://www.scribd.com/doc/44622480

Uma segunda actividade a desenvolver cujo enunciado referia:


“Tendo por base a amostra de Relatórios de avaliação externa que elegeu, faça uma
análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE, nesses
Relatórios.”
Também aqui foi desenvolvido muito esforço pois, no âmbito das indicações para esta
sessão, procedi à análise de uma amostra de oito relatórios de Avaliação Externa das
Escolas, referentes aos anos lectivos 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009.
Pretendi, desta forma, depreender a articulação entre a BE e a escola, bem como, o
impacto que esta tem sobre o sucesso escolar e educativo.
http://www.ige.minedu.pt/content_01.asp?
BtreeID=03/01&treeID=03/01/03&auxID=&newsID=663#content

Com esta tarefa pude depreender que, na maioria dos relatórios da IGE, a biblioteca
escolar ainda não é referenciada como parte “integrante do processo educativo”, capaz
de contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos, para a aquisição de
competências de acesso à informação, à cultura e ao conhecimento, para a promoção de
valores humanos, para a afirmação de uma cidadania activa informada, para a melhoria
dos resultados escolares…
A Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e o Plano Nacional de Leitura (PNL) são
referidos, na generalidade dos relatórios, embora de uma forma muito vaga, mas
parceiros necessários, pois propiciam mudanças nas práticas pedagógicas e concorrem
para a valorização dos alunos, o sucesso académico…
Constata-se que a BE só constituirá uma estrutura privilegiada, na escola, se os órgãos
de gestão forem os primeiros a valorizá-la e a diligenciarem, no sentido de a
considerarem, efectivamente, como um recurso fundamental para a educação e
formação dos alunos.
Caberá ao professor bibliotecário criar estratégias para que a biblioteca seja reconhecida
e vivenciada como um recurso essencial da aprendizagem e da formação integral dos
alunos.
Assim, urge acreditar e tudo fazer, para que todas as BE’s se efectivem em centros
aprazíveis ao serviço do ensino, da aprendizagem, do tempo de lazer, impulsionadoras
de hábitos e competências de leitura em diferentes suportes e ambientes...

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