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História da OMS:

A Organização Mundial de Saúde (OMS), é um organismo internacional ligado


ao Sistema ONU que tem por objetivo promover o acesso à saúde de qualidade
a todos os povos do mundo.

A organização foi fundada em 07 de abril em 1948, durante as reuniões


realizadas para a formação da Organização das Nações Unidas, em 1945. Na
ocasião, após a Segunda Guerra Mundial, foi discutida a necessidade de se
pensar num organismo internacional voltado para a promoção da saúde global,
uma vez que a falta de acesso à saúde e a propagação de doenças constituem
uma ameaça à paz mundial, pois nesta altura ainda não tinha começado a
Guerra Fria.

Estrutura da OMS:
A OMS conta com 194 Estados-membros. Todos os membros da ONU, com
exceção de Liechtenstein, são membro da organização. Além desses países, a
OMS possui como membros dois Estados que não são membros da ONU: Niue
e as Ilhas Cook.

Além de Estados-membros, a organização admite, ainda, Estados como


membros associados. Os membros associados possuem acesso total à
informação, mas sua participação é limitada nas assembleias. Há ainda o caso
dos Estados Observadores, do qual fazem parte a Palestina e o Vaticano.

O órgão decisor supremo da OMS é a Assembleia Geral de Saúde mundial.


Durante a Assembleia são nomeados o Diretor Geral da OMS, que é indicado
para um mandato de 5 anos, e 34 nomes para compor a Direção Executiva, com
mandato de três anos. Para ser membro da Direção Executiva, o profissional
dever ser tecnicamente qualificado na área da saúde.

A Assembleia também discute o orçamento da organização para os próximos


anos. No princípio, a OMS era integralmente financiada pelos seus Estados-
membros, entretanto, atualmente, boa parte do orçamento da organização é
oriundo de doações realizadas por fundações filantrópicas e, até mesmo, pela
indústria farmacêutica.

O conceito de Saúde da OMS:


De acordo com os Registros Oficiais da OMS publicados em 1948, o conceito de
saúde que direciona os trabalhos e campanhas da organização entende a saúde
como “um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas
como a ausência de infeções ou enfermidades”.
Dessa forma, a ação da OMS deve ir além do combate a doenças infecciosas e
epidemias e englobar questões como o combate à má alimentação, a promoção
da igualdade de gênero, da saúde mental, entre outros.

Logotipo/bandeira:

Bandeira da OMS
A bandeira da Organização Mundial da Saúde consiste no emblema branco
da organização em um fundo azul. As cores azul e branco são as cores oficiais
das Nações Unidas.
O emblema da OMS é idêntico ao emblema da ONU só que sobreposto pelo
Bordão de Esculápio que é composto por uma serpente enrolada em um
bastão, que é o símbolo de Esculápio, o deus romano da medicina e da cura.

Princípios da OMS em sua Constituição:


De acordo com a Constituição da OMS, publicada em 1946, os princípios em
que se baseia a ação da organização são:

 Usufruir dos melhores cuidados de saúde, independentemente da raça,


religião, ideologia política ou condição econômica ou social.
 A saúde é uma condição fundamental para alcançar a paz e a segurança
e depende da cooperação das pessoas e dos Estados.
 Os resultados alcançados por cada Estado na promoção e proteção da
saúde são valiosos para todos.
 A desigualdade dos vários países em termos de promoção da saúde e
controlo de doenças, especialmente doenças transmissíveis, constitui um
perigo comum.
 O desenvolvimento saudável da criança é de fundamental importância; A
capacidade de viver em harmonia num mundo em constante mudança é
indispensável para esse desenvolvimento.
 A extensão dos benefícios do conhecimento médico e psicológico é
essencial para atingir o mais alto nível de saúde.
 Uma opinião pública bem informada e uma cooperação ativa do público
são de grande importância para a melhoria da saúde das pessoas.
 Os governos têm uma responsabilidade pela saúde dos seus países, que
pode ser cumprida apenas pela provisão de medidas sanitárias e sociais
adequadas.
O financiamento da Indústria Farmacêutica na OMS:
O financiamento da Indústria Farmacêutica é apontado como uma ameaça grave
à atuação da OMS. Especialistas acreditam que a pressão financeira da Indústria
farmacêutica sobre a organização tem levado a OMS a priorizar a adoção de
medicamentos patenteados do que o incentivo à produção de medicamentos
genéricos e mais acessíveis.

A influência do setor sobre a OMS é apontada por motivar a omissão da OMS


no combate às três principais doenças dos países subdesenvolvidos: sida,
tuberculose e malária. O fundo internacional voltado para o tratamento dessas
doenças é controlado pela Indústria Farmacêutica, que aposta no tratamento
medicamentoso destas doenças em vez de focar os esforços em medidas
preventivas que evitem a contaminação da população.

Atividades da OMS:
A OMS atua no combate de surtos epidemiológicos que afetam diferentes
regiões do globo, como o caso do surto de Ébola na República Democrática do
Congo, onde a OMS declarou emergência de saúde pública internacional a 17
de julho de 2019.

Além de atuar em situações de emergência, a OMS também presta assistência


na prevenção de doenças por meio do seu Programa Ampliado de Imunização,
que tem por objetivo promover a distribuição de vacinas e medicamentos. Graças
aos esforços da OMS em parceria com os seus países-membros, a varíola foi
erradicada em 1980, sendo a primeira doença a ser erradicada como resultado
do esforço humano.

Como parte da prevenção de doenças, a OMS mantem diversas campanhas


para promoção da alimentação saudável, estímulo ao consumo de frutas e
vegetais e pela redução do consumo de tabaco.

Tendo em conta que um dos objetivos da OMS é recolher informações sobre a


ocorrência de doenças, a organização é responsável pela Classificação
Estatística Internacional de Doenças (CID), a Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e a Classificação Internacional de
Intervenções de Saúde (ICHI). Essas classificações são importantes por
permitirem a padronização das doenças e eventos de saúde em todo mundo,
colaborando para que esses eventos sejam analisados de forma estatística e
viabilizem a elaboração de estratégias para combatê-las.
Exemplo 1:

Através da análise deste mapa, podemos concluir que a vermelho, obesidade


igual ou superior a 70% da população, está localizada nos países mais
desenvolvidos, como os EUA, a Austrália, o Canadá, entre outros. Esta
observação consiste no facto da maior existência de cadeias de fast food e
predomínio do sedentarismo, que leva ao aumento de doenças como a
diabetes, doenças cardiovasculares, doenças ósseas, entre outras.
No caso dos países com a cor amarela/branca, onde menos de 30% da
população é obesa, podemos concluir que é nos países menos desenvolvidos
como a Repúlica Democrática do Congo e Etiópia, que se encontra um mais
elevado estado de subnutrição, e não de obesidade, devido à falta de
variedade e quantidade de alimentos.
Exemplo 2:

Em contrapartida ao exemplo anterior, apresentamos agora um gráfico


relativamente ao índice de fome no mundo. Como podemos verificar, ao
contrário do verificado anteriormente, os países que registam um nível mais
elevado (extremamente alarmante) ficam na África Subsariana, com destaque
para países como a República Democrática do Congo, a Etiópia e o Chade.
Estes são, portanto, os países em que a OMS vai focar a sua atuação.
Podemos ver, ainda, que os países mais desenvolvidos registam um baixo
índice de fome e os países industrializados não registam indícios de fome.

Notícia: O Relatório da OMS sobre Nutrição em África destaca um


aumento da malnutrição no continente.
Um relatório sobre nutrição recentemente divulgado pelo Escritório Regional da
Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África revelou que a subnutrição
ainda persiste na região e que o número de crianças com raquitismo aumentou.
O Relatório sobre Nutrição em África também indica que um número crescente
de crianças com menos de cinco anos tem excesso de peso. O Relatório
descreve o estado atual relativamente a seis metas mundiais de nutrição que
os Estados-Membros se comprometeram a alcançar até 2025 e salienta as
descobertas do Relatório sobre a Nutrição Mundial recentemente divulgado.
As metas da nutrição pedem uma redução de 40 por cento no número de
crianças com menos de cinco anos com raquitismo, uma redução de 50 por
cento na anemia em mulheres em idade reprodutiva, uma redução de 30 por
cento de baixo peso à nascença, nenhum aumento no excesso de peso infantil,
um aumento da taxa de amamentação exclusiva até pelo menos 50 por cento e
uma redução da emaciação para menos de 5 por cento.
De acordo com a Diretora Regional da OMS para a África “Os números e
tendências realçados no relatório mostram que temos de trabalhar mais para
evitarmos as consequências de longa duração da malnutrição e fraca saúde na
prosperidade futura das nossas crianças, incluindo o risco acrescido de
doenças não transmissíveis relacionadas com dietas, como diabetes e
hipertensão”.

Conclusão:
Nos últimos anos, graças a avanços científicos e tecnológicos, vive-se em um
mundo globalizado e conectado, onde grande parte da população tem acesso a
informações sobre pessoas em qualquer lugar do globo. Neste cenário, a
sociedade atual se preocupa não somente com o seu bem-estar físico, mas
também com o psicológico. Reformas no diagnóstico e tratamento de
problemas psicológicos são exemplos de um cuidado melhor com a saúde
mental.
Sendo assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a
necessidade de debater assuntos que foram relevados ao longo dos anos,
como: a situação de populações em zonas de conflito, o doente no mercado de
trabalho, hospitais psiquiátricos, métodos de tratamento. Em parceria com a
Associação Mundial de Psiquiatria e outros agentes do cenário internacional, a
OMS busca nessa reunião discutir o problema em diversos âmbitos, a fim de
chegar a uma resolução benéfica para a população mundial. Lembrando que
todas as partes convidadas são de vital importância para o andamento dessa
reunião, espera-se que todos se posicionem sobre esse tema tão importante no
cenário internacional.

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