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12.

A ECONOMIA PORTU GUESA NO CONTEXTO DA


UNIÃO EUROPEIA

12.1. Noção e formas de integração económica

Há dois marcos históricos importantes ligados ao percurso da integração


económica. Um prende-se com o período compreendido entre as duas Grandes Guerras,
em que as relações económicas entre países se caracterizaram por rígidos limites
restritivos às importações, apresentando um comércio internacional muito fechado a
quaisquer transações. O outro marco surgiu logo após o término da Segunda Grande
Guerra , pois era necessário, em primeiro lugar, construir e recuperar economias de
países que tinham ficado completamente devastadas e, por outro lado, alargar a
cobertura do comércio internacional de uma forma equilibrada e sustentada, só possível
através da implementação de um verdadeiro processo de integração à escala mundial,
cujo cenário conhecido e mais conseguido, até ao momento, é o da União Europeia.

Atualmente, os países procuram, cada vez mais, eliminar os entraves que limitam
as suas relações comerciais, crescendo a tendência para colocar de lado as medidas
protecionistas que dificultam o processo de liberalização do comércio a nível mundial.
Essas barreiras conferiam algumas vantagens aos países envolvidos, pois, por um lado,
permitiam arrecadar as receitas provenientes dos direitos aduaneiros e, por outro,
implicavam a existência de uma autonomia que é perdida quando os países decidem
abolir, entre si, essas barreiras. Mas estas também apresentam desvantagens, pois a
não abertura das economias ao exterior faz perder a possibilidade de fomentar o
crescimento, de favorecer a existência de economias de escala e de aumentar a
capacidade produtiva e o poder negocial.

Noção de integração económica


Os benefícios obtidos pelos países que decidem associar-se ultrapassam, em
larga medida, as vantagens dos que não se aliam. E, por essa razão, os países passaram
a relacionar-se cada vez mais em sistemas de parceria, criando laços que conduzem à
sua integração económica.

Integração económica: processo que se realiza quando dois ou mais países


acordam proceder à abolição das barreiras comerciais existentes entre si, para
formarem um mercado mais homogéneo e coerente.
A integração económica tem como objetivo principal o aumento da eficiência na
afetação de recursos pela eliminação de discriminações e de restrições ao livre
movimento de mercadorias e fatores produtivos.

Na realidade, distinguem-se três níveis de integração económica:

1. Integração nacional: integração económica de regiões dentro das fronteiras


nacionais (do próprio país);
2. Integração internacional: que diz respeito à integração económica de diversas
economias (países) num espaço económico mais alargado, que ultrapassa as
fronteiras nacionais;
3. Integração universal: integração de todas as nações do mundo num único espaço
económico (à escala mundial).

Vantagens e desvantagens da integração económica


Vantagens

 Maior possibilidade de alcançar o pleno emprego dos fatores de produção;


 Maior eficácia na afetação dos recursos de cada economia;
 Maior possibilidade de garantir o crescimento económico;
 Aumento da produção, devido à divisão do trabalho e à especialização
efetuadas;
 Obtenção de economias de escala, devido ao alargamento da dimensão dos
mercados;
 Criação ou desenvolvimento de atividades dificilmente compatíveis com a
dimensão nacional;
 Formulação mais coerente e rigorosa das políticas económicas;
 Transformação das estruturas económicas e sociais;
 Reforço da capacidade de negociação;
 Diluição dos problemas da balança de pagamentos;
 Intensificação da concorrência;
 Vantagens para os consumidores;
 Maior circulação da inovação e dos avanços tecnológicos.

Desvantagens

 Disparidades no desenvolvimento económico e social entre os particulares no


processo de integração;
 Resistência dos aparelhos nacionais às regras de disciplina coletiva;
 Resistência psicológica das populações;
 Formação da opinião pública.
Integração económica: formal e informal
Formal
Diz-se quando esta é definida formalmente através do estabelecimento de
acordos entre dois ou mais países.

Exemplo: quando Portugal começou a fazer parte formalmente, por via da sua adesão
plena, da Comunidade Económica Europeia (CEE) a partir de 1986.

Informal
Diz-se quando dois ou mais países estreitam as relações comerciais entre si, sem
que tenha sido estabelecido qualquer acordo escrito entre as partes.

Exemplo: o comércio entre Portugal e Espanha antes da adesão à CEE, em 1986.

Formas de integração económica


 Sistema de preferências aduaneiras: forma mais simples de integração
económica. Verifica-se quando dois ou mais países concedem entre si um
conjunto de vantagens aduaneiras que não são aplicáveis a outros países.
Corresponde à forma mais simples de integração económica que pode haver,
consistindo na concessão mútua de vantagens aduaneiras aos países membros.
Exemplo: Commonwealth

 Zona de comércio livre: normalmente apontada como uma solução interessante


para que os países possam beneficiar dos incentivos associados à liberalização
das trocas das trocas entre eles, conservando a sua dependência em termos de
política económica interna e externa.
No entanto, podem surgir problemas importantes, designadamente em termos
de complexidade do tratamento das questões alfandegárias, bem como em
relação ao impacto negativo para os países da respetiva zona que tenham níveis
de desenvolvimento mais baixos.
Acordo em que os países membros aceitam abolir entre si todos os direitos
aduaneiros e restrições quantitativas ao comércio de mercadoras. No entanto,
cada país mantém as suas próprias tarifas no que respeita ao comércio com
países terceiros.
[Nas Zonas de comércio livre, os países levantam as barreiras alfandegárias
(direitos aduaneiros e restrições quantitativas) à circulação de mercadorias entre
elas, desde que estas tenham origem dentro da zona. Contudo, cada país
mantém a sua própria pauta aduaneira face ao resto do mundo, isto é, face aos
bens que tenham origem fora da zona de comércio livre. Assim, neste tipo de
agrupamentos regionais, é livre o comércio de mercadorias totalmente
produzidos dentro da região (cuja produção utilize apenas inputs também
produzidos internamente, num dos países membros), e o daquelas que, não o
sendo, se consideram, de acordo com determinadas regiões de origem, ter
origem nessa região.
São estas regras de origem que evitam que determinadas mercadorias entrem
na zona de comercio livre, através do país com taxas aduaneiras mais baixas, em
direção a outros. Esse facto levaria a um claro benefício do país com taxas
aduaneiras mais baixas (já que as suas receitas alfandegárias aumentam) em
detrimento dos seus parceiros.]
Exemplo: EFTA, sigla de denominação inglesa da Associação Europeia de
Comércio Livre, criada em 1959 pelo Reino Unido e outros países, entre os quais
Portugal.

 União aduaneira: é uma área livre de comércio com uma tarifa externa comum.
Entre um grupo de países ou territórios que instituem uma união aduaneira, há
a livre circulação de bens (área de livre comércio) e uma tarifa aduaneira comum
a todos os membros, válida para importações provenientes de fora da área.
Nesta forma de integração, para além das condições das zonas de comércio livre,
os países membros ficam obrigados à aplicação da mesma pauta tarifária no que
respeita ao comércio com países terceiros.
[ Nas Uniões aduaneiras é totalmente livre o comércio de mercadorias dentro da
região integrada e os países membros estabelecem uma pauta aduaneira
externa comum (PEC), o que elimina automaticamente o problema da deflexão
económica/de comércio (é quando um país-membro possa obter ganhos com a
venda de produtos que importou do exterior, utilizando uma taxa mais reduzida
do que aquela que os restantes parceiros utilizam na importação de tais
produtos da mesma origem). Para alem disto, nas uniões aduaneiras entre os
países membros faz-se segundo uma fórmula acordada, o que evita que um
determinado país saia beneficiado em relação aos parceiros (por ter, por
exemplo, uma localização geográfica privilegiada, ou usufruir de uma melhor
rede de transportes).
Os países membros ficam obrigados à aplicação da mesma pauta tarifária.]
Exemplo: BENELUX

 Mercado comum: é uma união aduaneira com políticas comuns e com liberdade
de circulação de todos os três fatores de produção (terra, capital, trabalho) e de
iniciativa.
Esta forma de integração corresponde a uma união aduaneira com restrições,
passando a existir liberdade de circulação não só para as mercadorias, pessoas e
serviços.
[Nos mercados comuns é livre o movimento de bens, mas também o dos fatores
de produção (trabalho e capital). Trata-se, portanto, de uma integração mais
completa do que a verificada numa união aduaneira.]
Exemplo: Mercado único, criado pelo Ato Único Europeu em 1987.

 União económica: as uniões económicas vão além dos mercados comuns, na


medida em que nelas existe já um determinado nível de harmonização de
políticas económicas, o que significa um grau de envolvimento entre os países
integrados bem mais elevado do que o existente naqueles.
União económica e monetária: é um processo de natureza económica que
se encontra enquadrado noutro mais amplo, de índole política, a
construção de uma União Política. É um mercado comum dotado de uma moeda
única.
[As Uniões económicas e monetárias são, até agora, dos mais elevados níveis de
integração possível entre os países independentes. Para além da liberdade de
circulação de mercadorias, capital e trabalho, e de um conjunto de políticas
económicas e monetárias caracterizam-se ainda pela criação de autoridades
supranacionais, que estão, praticamente, acima dos Governos nacionais, os
quais devem, por isso, obedecer às suas decisões (harmonização das instituições
políticas).]
Neste âmbito, os grandes objetivos da UEM são garantir a estabilidade de
preços, crescimento económico e elevado índice de desemprego. Acresce que as
economias dos países membros ficarão menos sujeitas às flutuações cambiais.
Para que tais fins se atinjam, é necessário que os vários países adotem políticas
económicas concentradas que, no limite, levem à existência de apenas uma
moeda e iguais políticas económicas e monetária e cambial em todo o espaço
europeu.
O tratado da União Europeia/Tratado de Maastricht, assinado em 1992,
estabeleceu as fases por que deveriam passar os países até se atingir a unificação
económica e monetária.
União política e económica: representa o maior nível de integração possível
entre Estados. Consiste numa integração superior à da UEM, pois
acrescenta as ideias de nacionalidade e moeda comum e amplia a livre
circulação.
NOTA: para além destas formas de integração, um determinado país, ou
conjunto de países, poderá estabelecer acordos preferenciais de comércio com
outros, através da imposição de tarifas aduaneiras mais baixas às importações,
sem para isso estar sujeito às regras que regulam os blocos económicos
regionais.

A integração económica do espaço natural devido a uma maior integração dos


países da União Europeia, veio-se verificar mudanças na economia de cada país, tais
como:

 Os profissionais independentes podem desenvolver a sua atividade onde


desejarem, propondo e prestando livremente os seus serviços a quem lhos
solicitar (liberdade de prestação de serviços);
 O produtor pode instalar livremente unidades fabris capazes de lhe
proporcionar o pretendido valor de produção e montar de uma forma livre
armazéns e postos de venda, agências, filiais ou sucursais necessários para
promover o escoamento dos bens produzidos (liberdade de estabelecimento);
 O produtor pode livremente recrutar trabalhadores de que necessite, onde quer
que se encontrem disponíveis, tal como estes podem movimentar-se livremente
em todo o espaço nacional em busca de trabalho (livre circulação de
trabalhadores);
 No interior das fronteiras de cada país as mercadorias circulam livremente sem
que existam barreiras aduaneiras como entrave (livre circulação de
mercadorias);
 No seu país, o produtor vende e é pago em moeda nacional, não tendo de
resolver problemas de câmbios e regra geral os agentes económicos fazem
circular livremente os seus capitais para os colocar ou investir de acordo com os
seus objetivos (livre circulação de capitais);
 Nesse país, todos os operadores económicos estão submetidos às mesmas
regras de concorrência e à mesma legislação administrativa comercial, fiscal e
social, pelo que todos se sujeitam a uma disciplina jurídica uniforme, a
obrigações e encargos idênticos que vão onerar, nos mesmos termos, os bens e
serviços oferecidos aos compradores (princípio da livre concorrência e da
igualdade de tratamento).
12.2. O progresso de integração na Europa

Plano Marshall: ajuda económica americana com vista à reconstrução da Europa


Ocidental que consistiu na atribuição de um conjunto de capitais, as taxas de juro muito
baixas e em bens de equipamento necessários à reconstrução da indústria.

Em 1948 foi criada a OECE (Organização Europeia de Cooperação Económica).

Objetivos da OECE:

 Administrar e coordenar os fundos financeiros provenientes do Plano Marshall.

Em 1951, foi assinado o Tratado de Paris que deu origem à CECA (Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço) que entrou em vigor em 1952.

Objetivos da CECA:

 Colocar o carvão e o aço sob uma gestão comum;


 Liberalizar as trocas destes dois produtos entre os países signatários do Tratado;
 Desmotivar uma eventual corrida ao armamento e novas guerras.

A criação da CECA serviu como modelo de funcionamento à futura CEE.

A sua estrutura baseava-se numa Alta Autoridade, composta por nove membros
designados pelos governos, mas independentes destes, pelo Conselho de
Ministros, pela Assembleia e pelo Tribunal de Justiça.

Em 1957 foi assinado o Tratado de Roma que dá à origem à Euratom (ou CEEA,
Comunidade Económica da Energia Atómica) e à CEE (Comunidade Económica Europeia)
que entrou em vigor em 1958.

CECA

Os efeitos desastrosos da 2ª Guerra Mundial e a ameaça constante de um


confronto Leste - Oeste tornaram a reconciliação franco-alemã uma prioridade
essencial. A partilha da indústria do carvão e do aço por seis países europeus, instituída
pelo Tratado de Paris em 1951, constituiu o primeiro passo para a integração europeia.
O Tratado de Roma de 1957 veio consolidar os alicerces desta integração e reforçar a
ideia de um futuro comum para os seis países europeus.
Os seis países fundadores foram:

 Alemanha (RFA);
 França;
 Luxemburgo;
 Bélgica;
 Itália;
 Holanda.

De acordo com as intenções expressas pelos seus promotores, a criação da CECA


constituía apenas uma primeira etapa no sentido de uma «Federação Europeia».

O mercado comum do carvão e do aço deveria permitir ensaiar uma modalidade


suscetível de ser progressivamente aplicado a outros domínios económicos, culminando
num Europa política.

Objetivo principal da Euratom:

 Criar as condições de desenvolvimento de uma poderosa indústria nuclear.

Objetivos da CEE:

 Criação de uma União Aduaneira (alcançada em 1969);


 Construção de um mercado comum (alcançado em 1993);
 Adoção de políticas comuns;
 Instituição de um Banco Europeu de Investimentos (BEI).

A criação da CEE foi responsável pelo forte crescimento económico verificado no


interior da comunidade.

Tratado de Roma

Este Tratado englobava dois tratados:

 Tratado Constitutivo da CEE;


 Tratado Constitutivo da Euratom.

Tinha como principal objetivo instituir a CEE e a Euratom.

Em 1960, foi assinado o Tratado de Estocolmo que instituiu a EFTA (Associação


Europeia de Livre Comércio).
EFTA

Zona de Comércio Livre para produtos industriais (países que não queriam fazer
parte da CEE e não queriam perder “terreno” relativamente aos da CEE).

Em 1961, a OECE deu lugar à OCDE (Organização de Cooperação e


Desenvolvimento Económico).

Objetivos da OCDE:

 Coordenação das práticas nacionais dos Estados-membros;


 Promoção da ajuda aos países do terceiro mundo.

Contudo, nos anos 70 deu-se um período de estagnação da construção da UE,


devido a fatores como:

 Crise petrolífera;
 Intensificação da concorrência mundial;
 Pouca flexibilidade do mercado de trabalho;
 Menor capacidade de respeito às alterações da conjetura nacional.

Para além destes fatores, a construção do Mercado Comum não tinha sido
alcançada devido aos entraves protecionistas colocados à livre circulação pelo que era
necessário uniformizar um conjunto de especificações técnicas.

Nos anos 80, reiniciou-se o processo de integração da União Europeia.

Em 1986 foi criado o Ato Único Europeu, apesar de só ter entrado em vigor em
1987.

Principais objetivos do Ato Único Europeu:

 Abolição de todas as barreiras físicas, técnicas e fiscais existente entre os


Estados-membros até ao último dia de 1992, de forma a instituir o Mercado
Único Europeu a partir do primeiro dia de 1993, prevendo-se a livre circulação
de mercadorias, pessoas, serviços e capitais;
 Reforço da coesão económica e social, de forma a reduzir as disparidades de
desenvolvimento entre regiões, graças à maior intervenção dos fundos
estruturais;
 Reforço da cooperação em matéria monetária;
 Harmonização das regras de trabalho, higiene e segurança;
 Reforço da investigação e desenvolvimento;
 Proteção do ambiente;
 Reforço das instituições comunitárias.

O AUE constituiu a primeira modificação substancial do Tratado de Roma e as


suas principais disposições passavam por:

A. Reforço dos poderes da União


a. Pela criação de um grande mercado interno
b. Através do estabelecimento de novos poderes em matéria de:
i. Política monetária;
ii. Política social;
iii. Coesão económica e social;
iv. Investigação e desenvolvimento tecnológico;
v. Ambiente;
vi. Cooperação no domínio da política externa.

B. Melhoria da capacidade de decisão do Conselho de Ministros


A votação por maioria qualificada substituiu a votação por unanimidade em
quatro das responsabilidades existentes na Comunidade (alteração da pauta
aduaneira comum, liberdade de prestação de serviços, livre circulação de
capitais e políticas comuns de transporte marítimo e aéreo).
A votação por maioria qualificada foi também introduzida em várias novas
responsabilidades, como o mercado interno, as políticas sociais, a coesão
económica e social, a investigação e o desenvolvimento tecnológico, bem como
a política ambiental.
Finalmente, a votação por maioria qualificada constituiu o cerne de uma
alteração ao regimento do Conselho, a fim de dar cumprimento a uma
declaração da Presidência anterior, segundo a qual, doravante, no Conselho,
uma votação poderia ter lugar não apenas por iniciativa do seu presidente, mas
também a pedido da Comissão ou de um Estado-membro, caso houvesse uma
maioria simples dos membros do Conselho que se pronunciasse a favor da
proposta.

C. Reforço do papel do Parlamento Europeu


O Parlamento Europeu viu os seus poderes reforçados mediante:
a. A obrigatoriedade de a celebração dos acordos de alargamento ou da
associação ficar dependente do seu parecer favorável.
b. A instituição de um processo de cooperação entre o Parlamento
Europeu e o Conselho que conferiu ao Parlamento verdadeiros poderes
legislativos, se bem que limitados. Aplicável, na altura, a uma dezena de
bases jurídicas, esse processo de cooperação representa um ponto de
viragem decisivo que transforma o Parlamento num verdadeiro órgão
colegislador, ao mesmo nível do Conselho.

Os seus principais objetivos prendiam-se com os procedimentos a tomar face à


reforma das suas instituições para preparar a adesão de Portugal e de Espanha e
simplificar a tomada de decisões na perspetiva do Mercado Único.

As principais mudanças que preconizava diziam respeito à extensão da votação


por maioria qualificada no Conselho (tornando assim mais difícil que um único país
pudesse vetar uma proposta legislativa), introdução de processos de cooperação e de
comum acordo que confeririam maior peso ao Parlamento.

Mercado Único

Vantagens da criação do Mercado Único:

 Obtenção de economias de escala, devido ao aumento da capacidade


produtiva das empresas e a diminuição dos custos de produção;
 Redução dos preços, devido ao aumento da concorrência e à abolição
das fronteiras;
 Aumento do investimento, devido à liberalização dos serviços
financeiros;
 Aumento das importações extracomunitárias, provocando uma
melhoria do comércio externo.

Custos e desafios (desvantagens) da criação do Mercado Único:

 Adaptação aos novos contextos competitivos;


 Harmonização de regras de funcionamento de mercado;
 Harmonização fiscal;
 Reforço dos fundos estruturais para evitar o agravamento das
disparidades regionais;
 Agudização dos custos sociais decorrentes do aumento da concorrência;
 Prioridade do crescimento económico.

Em 1992 foi assinado o Tratado de Maastricht, entrando este em vigor em


1993, instituindo a União Europeia.
Com o Tratado de Maastricht abandona-se a lógica da integração apenas
centrada na questão económica, para se introduzir também a via de integração política
e social.

Objetivos do Tratado de Maastricht:

A. Criação de uma União Política;


B. Criação de uma União Política e Monetária.

A. União Política
A concretização do Mercado Único exigiu o reforço de um conjunto de políticas
e o reforço da vertente social.

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