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Portaria nº 2743, de 19 de Agosto de 1996

Padroniza os Medicamentos e Produtos Destinados à Limpeza, Descontaminação,


Desinfecção Localizada de Superfícies, Desinfecção e Esterilização Química de Artigos para
uso na Rede Hospitalar Estadual.

SECRETÁRIO DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, e

Considerando o princípio da Descentralização Política Administrativa previsto na Constituição Federal


e na Lei Orgânica de Saúde;

Considerando a Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde previstas pela Legislação básica,


aprovada pela lei 3.982 de 29 de dezembro de 1971, a qual dispõe sobre o subsistema de Saúde do
Estado da Bahia;

Considerando a necessidade da Secretaria Estadual de Saúde de Padronizar condutas que facilitem


as avaliações, melhorem a qualidade da assistência e diminuam custos hospitalares;

Considerando o art.2º da resolução no 208, de 19 de Junho de 1990, do Conselho Federal de


Farmácia, que dispõe sobre as funções da Farmácia de Unidade Hospitalar, Clínicas e Unidades de
Saúde de Natureza Pública ou Privada, visando garantir o uso seguro e racional de medicamentos e
correlatos, adequando sua utilização nos planos assistência, preventivo, docente e de investigação
através de ações gerenciadas por um farmacêutico;

Considerando a necessidade de Organizar as Farmácias Hospitalares da Rede Estadual;

Considerando a responsabilidade técnica do farmacêutico nas aquisições de medicamentos,


correlatos e materiais sanitários, garantindo sua qualidade, correta conservação e armazenamento;

Considerando o constante no art. 2º, inciso I da resolução nº 208 do Conselho Federal de Farmácia
que dispõe sobre a responsabilidade técnica do farmacêutico nas aquisições de medicamentos,
correlatos e materiais sanitários, a fim de garantir sua qualidade, correta conservação e
armazenamento;

Considerando a necessidade de melhorar a assistência farmacêutica na Rede Hospitalar Estadual;

Considerando a necessidade do uso devido e adequado de produtos destinados à limpeza,


descontaminação, desinfecção localizada de superfícies e artigos hospitalares, e a esterilização de
artigos, face tais considerada.

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RESOLVE

ART. 1º - Implantar a Padronização dos Medicamentos e Produtos Destinados à Limpeza,


Descontaminação, Desinfecção Localizada de Superfícies, Desinfecção e Esterilização Química de
Artigos para uso na Rede Hospitalar Estadual.

ART. 2º - Os Hospitais da Rede Pública Estadual devem adaptar-se a esta Padronização, de acordo
com o seu grau de complexidade de atendimento e, sobretudo, segundo as Patologias assistidas na
Unidade.

ART. 3º - A Comissão Permanente de Licitação deve observar, no momento da solicitação de compra


de medicamentos ou solução germicidas, se o mesmo consta na Padronização da SESAB (art. 15,
inciso I, da Lei Federal nº 8.666/93, com as alterações da Lei nº 8.883/94).

ART. 4º- Os medicamentos ou Soluções Químicas que se mostrarem tóxicos ou ineficazes através de
indicações Legais, a nível Estadual ou Federal, serão excluídos desta Padronização, cabendo ao
Departamento de Assistência a Saúde informar as Unidades hospitalares.

ART. 5º Determinar ao Departamento de Assistência a Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, que


proceda a revisão desta Portaria, após 1(um) ano de sua vigência, com o objetivo de atualizá-la ao
desenvolvimento científico e tecnológico do pais.

ART 6º Poderá ser incluído, antes do período de revisão da Padronização, os medicamentos que se
mostrarem essenciais para implantação de novos Serviços nas Unidades Hospitalares da Rede
Hospitalar Estadual

ART 7º As Firmas Prestadoras de Serviços, na área de Limpeza Hospitalar , devem adequar-se a


esta Portaria.

ART. 8º A inobservância desta portaria constitui infração à legislação Sanitária vigente, sendo o
gestor de cada unidade hospitalar responsável pelo seu integral cumprimento.

ART. 9º Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação.

José Maria de Magalhães


Secretário da Saúde

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PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS

VIDE PADRONIZAÇÃO ESTADUAL DE MEDICAMENTOS – Revisão e Ampliação da


Padronização de Medicamentos para a Rede Ambulatorial e Hospitalar do Estado da Bahia –
2002

PADRONIZAÇÃO E INDICAÇÃO DOS PRODUTOS DESTINADOS À LIMPEZA,


DESCONTAMINAÇÃO DESINFECÇÃO LOCALIZADA DE SUPERFÍCIES, DESINFECÇÃO E
ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA DE ARTIGOS PARA USO NA REDE HOSPITALAR

CONSIDERAÇÕES GERAIS

A padronização de produtos destinados à limpeza, descontaminação, desinfecção localizada de


superfícies, desinfecção e esterilização de artigos para uso na Rede Hospitalar foi baseada na Norma
sobre Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde do Ministério da
Saúde 1994 com adequações a realidade local prevalecendo na seleção dos produtos: formulação,
ação sobre patógenos, efeitos de alcalinidade ou acidez, corrosividade e efeitos indesejáveis (
irritação dérmica, concentração, toxicidade), tipos de procedimentos realizados na Rede Hospitalar e
custos.
Não foram incluídos os produtos utilizados para realização de exames laboratoriais nem os utilizados
em Hemodiálise.
Tendo os seguintes objetivos:

Æ Racionalizar o uso de soluções químicas nas unidades hospitalares da Rede Hospitalar Estadual;
Æ Diminuir custos;
Æ Apoiar os profissionais da área de Farmácia, Controle de Infecção e Higienização na aquisição
desses produtos.
Æ Implementar as orientações do Ministério da Saúde nas Normas de Processamento de Artigos e
Superfícies em Estabelecimentos de Saúde - 2ª edição - 1993.
Æ Facilitar a tomada de decisões pela Comissão Permanente de Licitação no Processo Licitatório
destes produtos.
Para efeito de esclarecimentos, visando a aplicação desta Portaria adotamos os seguintes conceitos:

Artigos

Compreendem instrumentos de naturezas diversas: utensílios (talheres, louças, comadres,


papagaios, etc.), acessórios de equipamentos e outros.
Descontaminação

É o processo de eliminação total ou parcial da carga microbiana de artigos e superfícies, tornando-os


aptos para o manuseio seguro. Este processo pode ser aplicado através de limpeza, desinfecção ou
esterilização. Artigos descontaminados, se inchados, devem seguir o processamento adequado.

Desinfecção

É o processo físico ou químico que destrói todos os microorganismos, exceto os esporulados.

Desinfecção alto nível


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Quando os desinfetantes são eficazes contra todas as forma vegetativas, destroem uma parte dos
esporos quando utilizados entre 10 e 30 minutos.

Desinfecção médio nível ou nível intermediário

Quando os desinfetantes não destroem os esporos, tem ação sobre o bacilo da tuberculose, ampla
ação sobre vírus e fungos, mas não destroem, obrigatoriamente, todos eles.

Desinfecção baixo nível

Quando os desinfetantes tem atividade contra bactérias vegetativas, mas não destroem esporos.

Esterilização

É o processo físico ou químico que destrói todos tipos de microorganismos, inclusive os esporulados.

Limpeza ou higiene

É o asseio ou retirada da sujidade de qualquer superfície.

Validação

É a documentação correspondente de evidências que dão razoável garantia, segundo o nível atual
da ciência, de que o processo em consideração realiza e/ou pode realizar aquilo para o qual foi
proposto.
O processo de validar é mais abrangente que o de monitorar.

Superfícies fixas

Compreendem pisos, paredes, tetos, portas, mobiliários, equipamentos e demais instalações.

Higienização/limpeza

A qualidade da limpeza contribui para a melhoria das condições ambientais de trabalho, sendo,
também, ponto importante para a imagem do hospital.

O Serviço de limpeza deverá seguir os seguintes critérios:

Æ Executar técnicas de limpeza e desinfecção localizada apropriadas para as diferentes áreas de


acordo com normas vigentes - Ministério da Saúde nas Normas de Processamento de Artigos e
Superfícies em Estabelecimentos de Saúde - 2ª edição - 1993.
Æ Utilizar as soluções químicas segundo a padronização estabelecida pela SESAB, obedecendo
para as compras, os critérios legais e necessários para aquisição de tais produtos.

Æ O enfoque dado ao serviço de limpeza deve partir da qualificação técnica do quadro de pessoal,
da aparência dos mesmos no que tange a fardamento e higiene pessoal e sobretudo da
freqüência dos procedimentos visando manter o ambiente sempre limpo.

TÉCNICAS

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Áreas e Superfícies Fixas:

Æ É desnecessária a desinfecção de paredes, corredores, pisos, tetos, janelas, portas, a menos que
haja respingo ou deposição de matéria orgânica (sangue,secreções,excreções,etc) quando deve
ser realizada a desinfecção localizada porém, os locais e mobiliários que podem constituir risco de
contaminação para pacientes e profissionais,pela presença de descarga de excreta, secreção ou
exudação de material orgânico necessitam de descontaminação antes da limpeza.

Æ As superfícies que estiverem com presença de matéria orgânica em qualquer área da unidade de
saúde deverão sofrer processo de desinfecção ou descontaminação localizada e, posteriormente,
deve-se realizar limpeza com água e sabão em toda a superfície, com ou sem auxílio de
máquinas. Nesses procedimentos o uso de Equipamentos de Proteção Individual é obrigatório.

A desinfecção deverá ser realizada da seguinte forma:

Æ Com uso de luvas apropriadas, retirar o excesso da carga contaminante em papel absorvente ou
pano.
Æ Desprezar o papel ou pano em saco plástico de lixo ou encaminhar para lavagem.
Æ Aplicar sobre a área atingida, o desinfetante e deixar o tempo de ação indicado pelo fabricante.
Æ Remover o desinfetante com pano molhado e proceder a limpeza com água e sabão no restante
da superfície.

A descontaminação deve ocorrer da seguinte forma:

Æ Aplicar o desinfetante sobre a matéria orgânica e esperar o tempo de ação indicado pelo
fabricante.
Æ Remover o conteúdo descontaminado com auxílio de papel absorvente ou pano.
Æ Desprezar o papel ou pano em saco plástico de lixo ou encaminhar para lavagem.
Æ Proceder a limpeza usual, com água e sabão, no restante da área.

Mobiliários, Equipamentos e Artigos

Cabe ao serviço de higienização a limpeza e/ou desinfecção de equipamentos, moveis de forma


geral, dos elementos que compõem a unidade do paciente bem como os outros que compõem os
serviços ou atividades desenvolvidas pela unidade. Quanto aos artigos médico-hospitalar a sua
responsabilidade será restrita a aparadeiras, papagaios e escarradeiras.

Veículos

Cabe a este serviço a higienização de ambulâncias, bem como outros veículos automotores
identificados para uso da unidade.

Métodos para limpeza

Deve-se utilizar os seguintes métodos:

Æ Mecânico( manual úmido ou molhado).


Æ Químico ( através de soluções químicas).

Utilizar o método úmido ou molhado em mobiliários ou equipamentos revestidos com inox cromado
ou fórmica, com auxílio de bucha,fibraço ou panos.Em móveis de madeira utilizar o método úmido
com menor quantidade de água.

O método químico é um auxiliador do método mecânico (sabão).


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INDICAÇÕES DE SOLUÇÕES QUÍMICAS

1. Desinfetante à Base de Hipoclorito de Sódio (cloro em compostos inorgânicos)


estabilizado, com 1% de cloro ativo. Indicado para desinfecção de nível médio com ação
contra bactérias, fungos, vírus e bacilo da tuberculose.

2. Álcool Etílico 70% em peso. a 77% (v/v). Indicado para desinfecção de nível intermediário.
Com ação contra bactérias, fungos e vírus.

3. Sabonete Glicerinado, de baixa irritação dérmica, indicado para a lavagem das mãos. Sem
ação antimicrobiana devendo conter em sua formulação glicerina bidestilada - mínimo 2%,
ativo mínimo do produto 15%. Fica proibida a utilização na formulação de sais do ácido linear
alquil benzeno sulfônico (ácido sulfônico). PH entre 7.0 a 7.5 (neutro).

4. Detergente Líquido Neutro, destinado a utilização no processo de higienização de


superfícies em estabelecimentos de saúde. Ativo mínimo 8%. Podendo conter Quaternário da
Amônia como conservante, neste caso utilizado como sequestrante de odor para áreas onde
haja um fluxo grande de pacientes.

PROCESSAMENTO DE ARTIGO

Passos sequenciais do processamento de artigos hospitalares

É recomendado que todo processamento de artigos seja centralizado, por motivos de custo,
eficiência de operacionalização, facilidade de manutenção do padrão de qualidade e aumento do
tempo de vida útil dos mesmos.
O manuseio de artigos requer que cada procedimento seja acompanhado da indicação do
Equipamento de Proteção Individual (EPI) específico, em relação à natureza do risco ao qual o
pessoal hospitalar se expõe. Os riscos são em relação ao material biológico, químico e térmico.

Considerar no processamento de artigos que:

Æ Independentemente do processo a ser submetido, todo artigo deverá ser considerado como “
contaminado”, sem levar em consideração o grau de sujidade presente;
Æ Seus passos sequenciais, devem ser: a limpeza ou descontaminação, desinfecção e/ou
esterilização ou estocagem, conforme o objetivo de uso do artigo;
Æ É necessário classificar o artigo de acordo com o risco potencial de infecção envolvido em seu uso
e definir o tipo de processamento a que será submetido (desinfecção ou esterilização);
Æ Para que a remoção da sujidade ou matéria orgânica não se constitua em risco à pessoa que os
manuseia e ao local onde esta limpeza ou descontaminação é realizada, é imprescindível o uso
de EPI, como preconizado nos procedimentos de precauções básicas e de segurança.

Limpeza

A limpeza de artigos poderá ser feita por qualquer das seguintes alternativas:
Æ fricção mecânica, utilizando água e sabão, auxiliada por esponja, pano, escova (padronizar pia ou
recipiente para este fim), OU
Æ máquina de limpeza com jatos de água quente ou detergente, OU
Æ máquinas de ultra-som com detergentes.

Descontaminação

A descontaminação de artigos poderá ser feita por qualquer uma das seguintes alternativas:

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Æ fricção auxiliada por esponja, pano ou escova, etc; embebidos com produto para esta finalidade,
OU

Æ imersão completa do artigo em solução química enzimática acompanhada ou não de fricção com
escova/esponja, OU

Æ pressão de jatos d’água com temperaturas entre 60 e 90 graus centígrados, durante 15 minutos
(máquinas lavadoras sanitizadoras, esterilizadoras de alta pressão, termodesinfetadoras e
similares), OU

Æ imersão do artigo na água em ebulição por 30 minutos, OU

Æ autoclavagem prévia do artigo ainda contaminado, sem o ciclo de secagem.


A escolha da alternativa deve ser baseada nas possibilidades do estabelecimento, obedecendo a
natureza do artigo em processamento.
Enxagüe
Para o enxagüe após a limpeza e/ou descontaminação, a água deve ser potável e corrente.
Secagem
A secagem dos artigos objetiva evitar a interferência da unidade nos processos e produtos
posteriores e poderá ser feita por uma das seguintes alternativas:
Æ pano limpo ou seco, OU
Æ secadora de ar quente /frio, OU
Æ estufa (regulada para este fim), OU
Æ ar comprimido medicinal.
É necessária a validação e monitorização dos processos e produtos, utilizando testes
comercializados ou indicadores químicos indicados pelos farmacêuticos do Serviço e/ou Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar.

INDICAÇÕES DE SOLUÇÕES QUÍMICAS

Soluções com uso restrito para Unidades Hospitalares onde haja serviço de
Odontologia,Assistência Ventilatória(a exemplo: materiais de fisioterapia e circuítos de
respirador) e/ou realizem procedimentos por via endoscópica( cirúrgicos ou exames).

Desinfetante/Esterilizante à Base de Glutaraldeído a 2%, sem formaldeído na formulação.


Indicado para desinfecção de alto nível e esterilização de artigos médico-hospitalares e
odontológicos, reutilizáveis. Com ação contra esporos, bactérias gram positivas e gram negativas,
vírus e fungos.

OBS: Necessita de aditivação com ativador apropriado. Observar validade da solução ativada.

Desinfetante/Esterilizante à Base de Glutaraldeído a 2,5% , sem formaldeído na formulação.


Indicado para desinfecção de alto nível e esterilização de artigos médicos hospitalares e
odontológicos, reutilizáveis. Com ação contra esporos, bactérias gram positivas e gram negativas,
vírus e fungos. Não necessita de ativação (formulação pronto uso)

PRODUTOS DE USO ROTINEIRO PARA TODA REDE HOSPITALAR ESTADUAL

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Desinfetante à Base de Hipoclorito de Sódio (Cloro em Compostos Inorgânicos) estabilizado,
com 1% de cloro ativo. Indicado para desinfecção de nível médio de artigos, superfícies,
equipamentos (não metálicos) e utensílios alimentares de cozinhas profissionais, lactários
(mamadeiras, bicos e chupetas) e alimentos (legumes, verduras e frutas). Com ação contra bactérias,
fungos, vírus e bacilo da tuberculose.

DILUIÇÕES:

DESINFECÇÃO DILUIÇÃO TEMPO DE CONCENTRAÇÃO EM


CONTATO USO
Superfícies fixas Puro 10 min 1% cloro ativo /10.000
ppm
Artigos médico-hospi- Puro 30 min 1% cloro ativo/ 10.000
talares e odontológicos ppm
(não metálicos)
Mamadeiras, bicos, 20 ml / 980 ml 60 min (0,02% cloro ativo 200
chupetas, legumes,ver- água ppm)
duras e frutas

OBS: Para artigos médico-hospitalares, ao utilizar-se produto puro, efetuar enxagüe posterior. No
caso de utilizar-se na diluição de 0,02%, não se faz necessário o enxagüe.

ÁLCOOL 70% EM PESO. Álcool Etílico a 77% (v/v). Indicado para desinfecção de nível intermediário
de artigos e superfícies. Com ação contra bactérias, fungos e vírus.
É contra-indicado o uso em acrílico, material de borracha, tubos plásticos e lentes de equipamentos.

DESINCROSTANTE - Produto em pó, à base de tensoativo não iônico, indicado para remoção de
matéria orgânica e limpeza prévia (desincrustação) de instrumental cirúrgico e utensílios.

DETERGENTE/DESINCROSTANTE ENZIMÁTICO. Produto líquido, neutro, a base de proteinases,


amilase e lipases contendo álcool na formulação. Indicado para descontaminação de artigos
médicos hospitalares e odontológicos reutilizáveis. Com ação bacteriostática na sua forma
concentrada e diluída. Indicado para descontaminação de artigo em Unidades Hospitalares que não
possuam máquinas lavadoras, como medida de biossegurança.

ANTI-SÉPTICOS

São preparações contendo substâncias microbicidas ou microbiostáticas de uso na pele, mucosa e


ferimentos. Não são permitidas, para finalidade de anti-sepsia, formulações contendo mercuriais
orgânicos, acetona, quaternários de amônio, líquido de Dakin, éter, clorofórmio.

ÁLCOOL IODADO. Solução de iodo, contendo 0,5 - 1% de iodo livre em álcool etílico a 77%(v/v),
que corresponde a 70% em peso, embalado em frasco escuro. Com ação contra bactérias, vírus e
fungos.
Deve-se observar a relação estequiométrica em massa (Iodeto de potássio/ iodo) de modo a prevenir
a irritação quando da inalação. Não deve ser utilizado em mucosas e ferimentos abertos.

ÁLCOOL 70% EM PESO. Álcool Etílico a 77% (v/v). Com ação contra bactérias, fungos e vírus. Não
deve ser utilizado em mucosas e ferimentos abertos.

ANTI-SÉPTICOS À BASE DE POLIVINILPIRROLIDONA-IODO (IODÓFOROS)

ANTI-SÉPTICO À BASE DE PVP-I (POLIVINILPIRROLIDONA-IODO A 10%) COM 1% DE IODO


LIVRE EM SOLUÇÃO CONTENDO LAURIL ÉTER SULFATO DE SÓDIO(apresentação
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detergente). Indicado para degermação das mãos e antebraços do pessoal em áreas críticas,
descontaminação do campo operatório e outros procedimentos invasivos, com ação contra bactérias,
fungos, vírus, bacilo da tuberculose e tricomonas.

ANTI-SÉPTICO À BASE DE PVP-I (POLIVINILPIRROLIDONA-IODO A 10%) COM 1% DE IODO


LIVRE EM EXCIPIENTE AQUOSO (tópico). Indicado nos curativos em geral: pós operatório,
queimaduras, traumatismos, infecções da pele e mucosas, ferimentos superficiais da pele, assim
como para assepsia ginecológica e pre exame ou parto. Com ação contra bactérias, fungos, vírus,
bacilo da tuberculose e tricomonas.

ANTI-SÉPTICO À BASE DE PVP-I (POVINILPIRROLIDONA-IODO A 10%) COM 1% DE IODO


LIVRE EM VEICULO ALCOÓLICO [álcool etílico a 70% em peso 77% (v/v) ] . Indicado para anti-
sepsia após a degermação das mãos do pessoal em áreas críticas, demarcação do campo operatório
e outros procedimentos invasivos de menor porte. Com ação contra bactérias, fungos, vírus, bacilo da
tuberculose e tricomonas.

ANTI-SÉPTICO EMOLIENTE À BASE DE GLUCONATO DE CLOREXIDINA A 2 OU A 4% E


ÁLCOOL ETÍLICO 4%. Indicado para degermação de mãos, antebraços, descontaminação do
campo operatório e outros procedimentos invasivos de menor porte.
Com ação contra bactérias gram-positivo, gram-negativo, fungos e vírus.

ANTI-SÉPTICO À BASE DE GLUCONATO DE CLOREXIDINA 0,2% EM EXCIPIENTE AQUOSO


(tópico sem detergente) . Indicado para anti-sepsia perineal, incluindo mucosa vaginal para uso
prévio, exame ginecológico, parto, cateterismo vesical e curativo perineal pós-parto. Com ação contra
gram-positivo, gram negativo, fungos e vírus lipofílicos (Herpes e HIV).

ANTI-SÉPTICO A BASE DE CLOREXIDINA A 0,5% EM VEICULO HIDRO-ALCOÓLICO


(INCOLOR).Indicado para anti-sepsia das mãos do pessoal em áreas críticas, local da incisão
cirúrgica e outros procedimentos invasivos. Com ação contra bactérias gram-positivo, gram-negativo,
fungos e vírus.
OUTROS PRODUTOS QUÍMICOS

ÁLCOOL ABSOLUTO

Solução alcoólica incolor sem sedimento com densidade de 0,78934 a 0,79150 gramas/ml com teor
mínimo de 99,3% em peso de álcool etílico, isento de aldeídos e cetonas com teor de benzeno menor
que 900 ppm e apresentação em embalagem transparente. Indicado para facilitar o processo de
mumificação do coto umbilical de recém nascido.

OBSERVAÇÃO: Deve ser exigido no momento da compra além dos documentos exigidos
rotineiramente o laudo de análise cromatográfica de laboratório credenciado.

SABONETE GLICERINADO. Sabonete líquido glicerinado de baixa irritação dérmica, indicado para o
banho de recém-nascidos e lavagem das mãos. Sem ação anti-microbiana. Devendo conter em sua
formulação glicerina bidestilada (mínimo 2%). Ativo mínimo do produto 15% e PH de 7 a 7,5. Ficando
proibido conter na formulação derivado do ácido linear alquil benzeno sulfônico (ac. sulfônico).

CRITÉRIOS QUE DEVEM SER UTILIZADOS PARA AQUISIÇÃO DE PRODUTOS DESTINADOS A


LIMPEZA, DESCONTAMINAÇÃO, DESINFECÇÃO LOCALIZADA DE SUPERFÍCIE,
DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA DE ARTIGOS

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As normas estabelecidas em vigor para garantia da qualidade (série NB-9000 da ABNT ou
substitutivo). São recomendados como elemntos básicos para tal fim.
Para avaliar a qualidade dos germicidas a serem adquiridos, é necessário verificar se os mesmos
preenchem os requisitos básicos estabelecidos pela legislação em vigor. Atualmente, estes requisitos
estão dispostos em:

Æ Lei Nº 6360 de 23 de setembro de 1973,


Æ Decreto Nº 79094 de 5 de janeiro de 1977,
Æ Portaria Nº 15 de 23 de agosto de 1988,
Æ Ou outros que os substituem.

Após a seleção dos germicidas necessários recomenda-se que, na aquisição, sejam observados os
requisitos estabelecidos na portaria Nº 15; para tanto, deverão ser solicitados ao fornecedor os
seguintes documentos:

Æ Certificado de registro do Ministério da Saúde, em vigor com as características básicas do produto


aprovado.
Æ Laudos de testes do INCQS ou laboratório credenciado para este fim.
Æ Laudo do produto.
Æ Na compra, através de distribuidores, além das solicitações acima exigir o alvará de liberação da
distribuidora pela Vigilância Sanitária Estadual.

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