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SUMÁRIO
Pág.
1. INTRODUÇÃO 3
2. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO
2.1 CONSTRUÇÃO DO EXPERIMENTO 4
2.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8
2.3 FUNDAMENTAÇÃO NUMÉRICA 11
2.4 COMPARAÇÃO ENTRE OS VALORES OBTIDOS NO EXPERIMENTO COM A
SIMULAÇÃO NUMÉRICA 12
3. ENSAIOS
3.1 PROCEDIMENTO PARA REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO 16
4. CONCLUSÃO 17
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18
6. APÊNDICE 19
3
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo sobre a eficiência térmica de um dissipador aletado, com
sua base aquecida por uma resistência elétrica cerâmica. O estudo é realizado considerando-se em
um primeiro momento, o dissipador sob efeito de convecção natural e em um segundo momento sob
efeito de convecção forçada. Busca-se dessa forma, obter-se a eficiência térmica de uma única aleta
e a partir disso obter a eficiência térmica global da superfície aletada, para os dois processos de
transferência de calor. Por fim, os resultados são comparados e discutidos. A temperatura é lida em
termopares colocados na base do dissipador e na ponta de uma das aletas. A partir daí, consegue-se
ver a diferença de temperatura entre a base e a ponta das aletas, para determinar as propriedades
físicas necessárias para calcular-se a eficiência com que o calor está sendo dissipado pelas aletas.
1 INTRODUÇÃO
Uma superfície aletada caracteriza-se pela transferência de energia por condução no interior
de suas fronteiras e transferência de energia por convecção entre suas fronteiras e a vizinhança. Esta
configuração é bastante utilizada quando se tem o objetivo de aumentar a transferência de calor
entre um sólido e um fluido adjacente.
A condutividade térmica do material da aleta possui um grande efeito sobre a distribuição de
temperatura ao longo da aleta e, portanto, apresenta grande influência sobre o grau de melhora da
taxa de transferência de calor. Idealmente, o material da aleta deve possuir uma condutividade
térmica elevada, de modo a minimizar a diferença de temperatura desde sua base até a extremidade.
Na condição limite, onde a condutividade térmica da aleta é infinita, toda ela estaria à mesma
temperatura de sua base, fornecendo assim o limite máximo possível de melhora na taxa de
transferência de calor.
O processo de transferência de calor por convecção pode acontecer por convecção livre ou
convecção forçada. De acordo com a definição apresentada pelo livro “Fundamentos da
Transferência de Calor e Massa” do autor Frank Incropera: Convecção livre é denominada a
situação em que não existe velocidade forçada, embora a convecção corrente exista no interior do
fluido e são originadas quando uma força de corpo atua sobre um fluido no qual existem gradientes
de massa específica. O efeito líquido é a força de empuxo, que induz correntes de convecção livre.
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2 DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO
Para a realização deste experimento foram utilizados os seguintes componentes, conforme figura
acima:
1. Fonte de tensão de 12 V/ 5 A
2. Potenciômetro
3. Interruptor para o ventilador
4. Ventilador acoplado ao dissipador (cooler)
5. Dissipador aletado, 50 mm x 50 mm
6. Pasta Térmica
7. Resistência cerâmica fabricada sob encomenda (2,4Ώ)
8. Base para fixaçao do conjunto
9. Isolantes: Fibra de vidro (base da resistência) e la de rocha (laterais)
10. Termopar tipo K
11. Termopar tipo K
12. Termopar tipo J
13. Multímetro para mediçao de tensao
14. Multímetro para mediçao de corrente
15. Dataloger HP
16. Microcomputador
50
1,25 6 2
19
24
Sobre uma base de madeira, por ser este um material isolante, foram colocadas duas camadas
de fibra de vidro (aproximadamente de 4 mm), também um bom isolante de calor, isto para garantir
que o calor gerado no aquecedor resistivo fosse todo transferido por condução para o dissipador
aletado. Em torno do aquecedor colocou-se uma quantidade de lã de rocha para garantir que não
houvesse perda de calor pelas laterais de forma a aumentar a eficiência de aquecimento. A escolha
destes materiais como isolantes deve-se a estes apresentarem um baixo coeficiente de condução,
madeira (0.03W/m*k), fibra de vidro (0.046W/m*k), lã de rocha (0.034W/m*k – 0.044W/m*k) e ao
seu fácil acesso, estando disponíveis no laboratório.
O aquecedor resistivo foi escolhido utilizando princípios simples de eletrônica, sendo que
não poderíamos solicitar mais de 5 A da fonte, do contrário ela queimaria. Encomendou-se em um
estabelecimento especializado uma resistência para dissipar no máximo 60 W. Assim solicitaríamos
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Os termopares foram colocados na base e na ponta de uma das aletas da placa aletada. Para
fixarem-se os termopares fez-se um furo na base e outro na ponta da aleta. Usou-se também um
termopar tipo J para medir a temperatura do ar que circulava no laboratório durante o experimento.
A partir disso os termopares foram conectados em um dataloger HP para que assim se realizasse a
leitura das temperaturas.
Hipótese 1: Todo o calor dissipado pelo aquecedor resistivo é transferido para o dissipador,
ou seja, não há perdas para baixo e para os lados. Isto é garantido pelo isolamento construído em
torno do aquecedor.
Hipótese 2: Considera-se que toda a placa está à mesma temperatura e que todas as aletas
apresentarão a mesma distribuição de temperaturas. Esta hipótese está baseada no fato de estarmos
submetendo a testes um dissipador pequeno e por isso não haverá diferenças consideráveis entre os
gradientes de temperatura.
A fundamentação teórica divide-se em duas partes:
* Análise da eficiência da transferência de calor em aletas sob convecção natural:
Cálculo do coeficiente de convecção h (W/m2*K):
T sup+ T inf
Tf = (1)
2
g β (T sup− T inf) S 3
Ral = Pr (2)
υ *α
9
1
0.68 + 0.67 * Ra 4
Nu = 4
(3)
9
9
1 + 0.492
16
Pr
S *h
Nu = (4)
k
1/ 2
tanh mLc t 2h
ηa = (5) Aa = 2 wLc (6) Lc = L + (7) A p = tL (8) m= (9)
mLc 2 Kt
10
N * Aa
ηo = 1 − *(1 − η a) (10)
At
T sup+ T inf
Tf = (11)
2
u∞ * H
Re = (12)
υ
1 1
Nu = 0.664* Re * Pr2 3
(13)
S *h
Nu = (14)
k
1
∂V 2 ∂V
2 2
Aplicando estas condições de contorno nas equações acima chegamos aos seguintes valores:
h = 22,8021 W/m2*k + 0.3684 W/m2*k
η a = 0.9776 + 0.003252
η g = 0.9786 + 0.9544
* Convecção Forçada:
T base = 42,9 ºC + 2,2 ºC
T ar = 26 ºC + 2,2 ºC
Aplicando estas condições de contorno nas equações acima chegamos aos seguintes valores:
h = 131.162 W/m2*k
η a = 0.886
η g = 0.891
Obs: Para este caso não foram calculadas incertezas de medição, pois a fonte de incerteza
(temperaturas medidas pelos termopares) não influencia nos cálculos.
12
160
140
120
Temperatura (ºC)
100
80
60
40
20
0
0 3 6 9 12 15 18
Tempo (min)
Como mostra a Figura 6 acima, a diferença de temperatura entre a base das aletas e suas
extremidades permaneceu constante em todo o processo de aquecimento do conjunto. Esta diferença
de temperatura ficou em torno de 3ºC como pode ser verificado no Apêndice I, onde constam os
dados adquiridos durante o ensaio.
A temperatura máxima que o conjunto atingiu, foi limitada de forma a garantir a integridade
da resistência elétrica. Através do acompamhamento da evoluçao das temperaturas medidas durante
o ensaio para a base (regiao de maior aquecimento), admitiu-se que a temperatura máxima do
conjunto nao ultrapassaria de forma significativa os 160ºC e entao, o fonecimento de energia foi
interrompido.
13
160
140
120
Temperatura (ºC)
100
80
60
40
20
0
0 3 6 9 12 15 18
Tempo (min)
Observando a Figura 7, novamente temos uma pequena diferença de temperatura entre a base
e a ponta das aletas, e que ficou também em torno de 3ºC.
Neste caso a estabilizaçao do sistema foi atingido em temperaturas mais baixas que no caso
da conveçao livre e em um tempo inferior. A temperatura máxima que a base atingiu foi de
aproximadamente 50ºC.
Colocando as condições de contorno do experimento em um software de simulação de
processos de transferência de calor usando a teoria dos elementos finitos FEHT, observaram-se os
seguintes comportamentos das distribuições de temperatura. Abaixo segue uma comparação entre os
valores obtidos no experimento e os resultados das simulações.
Temperatura na Ponta das Aletas:
Convecção Livre Convecção Forçada
Experimento 37,9 ºC 35,19 ºC
Simulação 41,2 ºC 37,3 ºC
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Com base nesta comparação pode-se afirmar que os dados retirados do experimento são
coerentes e podem servir de parâmetro para o cálculo das eficiências térmicas.
Segue a seguir o comportamento das temperaturas no experimento, reproduzida por uma
simulação computacional.
• Convecção Livre:
• Convecção Forçada:
3 ENSAIOS
3.1 Procedimento para a realização do experimento:
4 CONCLUSÃO
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Incropera, Frank P., De Witt, 2003. “Transferência de Calor e Massa”, LTC – Livros
Técnicos e Científicos Editora, S.A., Rio de Janeiro.
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Convecção Livre
Convecção Forçada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Relatório
Fundamentação
Instrumentação
Resultados e conclusões
Incertezas de medição