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Exemplos de Obras em

Concreto de Alta Resistência

Realizadas no Brasil

Por: Ivan Ramalho de Almeida,

José Roberto Albuquerque Gonçalves, e

Lídia Conceição Domingues Shehata

Trabalho publicado nos Anais da 37ª Reunião do Instituto Brasileiro do Concreto , Goiânia (GO), julho de

1995, vol. 2, p. 435 - 450.

EXEMPLOS DE OBRAS EM CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA


REALIZADAS NO BRASIL
AUTORES: IVAN RAMALHO DE ALMEIDA - Prof. Titular de Materiais de Constru-
ção da Universidade Federal Fluminense (Niterói) e Prof.
Colaborador da COPPE/UFRJ;
JOSÉ ROBERTO A. GONÇALVES - Engº do Instituto Nacional de Tecno-
logia (RJ) e mestrando da COPPE/UFRJ;
LÍDIA C.D. SHEHATA - Profª Titular de Estabilidade das Constru-
ções da Universidade Federal Fluminense (Niterói) e Profª
da COPPE/UFRJ.

RESUMO

O trabalho relaciona algumas obras realizadas no Brasil cujas estruturas foram concebidas e executadas em
concreto de alta resistência (C.A.R.), com o objetivo de divulgar e ampliar o debate a respeito do emprego desta evolução
tecnológica relativamente recente de um consagrado material de constru-ção - o concreto convencional.
Alguns trabalhos neste sentido foram anteriormente publicados (e foram neste revistos e referenciados), mas
considerou-se que o volume de novas obras já justificava uma atualização de dados.
Através de contatos com profissionais da área foram obtidas informações relativas às suas experiências com
C.A.R., que estão aqui apresentadas com o objetivo de permitir às pessoas interessadas uma referência rápida e uma visu-ali-
zação imediata de algumas características básicas dos C.A.R. e de estruturas com eles construídas, já testadas e aprovadas
em vários locais do país.

1 - INTRODUÇÃO
O concreto de alta resistência (C.A.R.), apesar de ter tido um desenvolvimento relativamente recente e de ainda
estar sendo intensamente investigado em muitos centros de pesquisa de todo o mundo, vem sendo a cada dia que passa
mais utilizado nas obras civis realizadas em diversos países.
No Brasil os exemplos de utilização de C.A.R. ainda pareciam relativamente escassos, embora informalmente,
em conversas do meio técnico envolvido principalmente com a tecnologia do concreto, começassem a surgir, com frequência
cada vez maior, menções a obras realizadas aqui e ali com este material.
Assim sendo, sabendo-se que não é prática corrente no país a divulgação dos trabalhos realizados e dos
resultados obtidos, principalmente quando se trata de empresas privadas e de tecnologia recente, foi que pensou-se em
realizar este levantamento, com o objetivo de prover o meio técnico de uma panorâmica ao mesmo tempo atualizada e
abrangente sobre o assunto.
É importante mencionar que o trabalho não compreende composições de concretos com polímeros, fibras ou
cimento aluminoso.

2 - PESQUISA REALIZADA
Através de contatos pessoais ou realizados por fax e/ou telefone, foram solicitadas informações a pessoas e
empresas consideradas com maior probabilidade de terem realizado obras com C.A.R.. As respostas às consultas não podem
propriamente ser consideradas boas, conforme é possível verificar-se na TABELA 1, mas acredita-se que este seja apenas
uma das versões de um trabalho que deverá ser continuado.
TABELA 1: Consultas Efetuadas e Respostas Recebidas

TIPO DE EMPRESA OU CONSULTAS


PROFISSIONAL CONSULTADO
ENVIADAS RECEBIDAS

CONTROLE TECNOLÓGICO 8 5
RECUPERAÇĂO/REFORÇO ESTRUTURAL 4 2
CONCRETEIRAS 11 2
CIMENTEIRAS 5 2
FORNECEDORES DE ADITIVOS 10 3
CONSTRUTORAS 6 2
CONSULTORES/CONSULTORIAS 5 3
EMPRESAS PÚBLICAS 6 2
UNIVERSIDADES 3 0
OUTRAS 1 0

TOTAIS 59 21
Adotou-se como conceito de alta resistência a definição da própria "Chamada de Trabalhos" do Ibracon: concretos
do Grupo I de C35 a C50 e do Grupo II de C55 a C80, conforme a Norma NBR 8953/92 da ABNT.
Os resultados obtidos das consultas somados aos de uma pesquisa bibliográfica realizada, para efeito de melhor
compreensão, foram separados em gru-pos segundo os tipos de obra, e estão apresentados a seguir.

3 - OBRAS REALIZADAS
3.1 - Prédios Comerciais/Residenciais
Os dados coletados estão concentrados nas TABELAS 2A e 2B.

3.2 - Prédios Públicos


Os dados obtidos foram reunidos na TABELA 3.

3.3 - Recuperações Estruturais


Existem menções a muitas obras deste tipo. Além daquelas onde foram obtidos maiores detalhes, apresentadas
nas TABELAS 4A e 4B, foram noticiadas também as realizações dos seguintes serviços:
- Reparo de uma base de esteira transportadora de um pier em Santos (SP) [1]; no Porto de Santos sabe-se ainda
que houve uma obra executada pela Construtora Valongo Ltda., onde se utilizou concreto com f c28 de 43 MPa;
- Recuperação emergencial de blocos de ancoragem de tubulação de água de grande diâmetro em São Paulo
(SP) [1];
- Recuperação e ampliação do Cais do Porto de Luis Correa (PI) [2, 4];
- Reparos na base do forno da Fábrica de cimento Tupy, em Pedras dos Sinos (MG), pela Construtora Sermeco
[7];
- Reforço dos pilares e do silo de armazenagem de cimento da Fábrica de Cimento Nassau, em Cachoeiro do
Itapemirim (ES) [7];
- Reparos na base do poço de carepa da Cia. Siderúrgica Tubarão, em Vitória (ES) [7];
- Recuperação das treliças do tipo Caquot de um hangar do Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro (RJ) em
concreto projetado com microssílica, pela Jatocret [7];
- Concreto projetado de alta resistência (40 MPa) também foi utilizado na Recuperação do Elevado do Joá, no Rio
de Janeiro (RJ), no reforço das vigas principais longitudinais protendidas, pela Jatocret [7];
- Recuperação de tanque enterrado de tratamento de efluentes da Riocel, onde a empresa Elveco Enga. Ltda.
utilizou concreto com microssílica, superplastificante e fator A/MC (Fator Água-Materiais Cimentíceos, em geral a associa-
ção de cimento e microssílica) = 0,40, que atingiu 50 MPa aos 3 dias [14];
- Recuperação do revestimento interno do silo misturador de matéria prima da Incepa S.A., em Jundiaí (SP), onde
foi empregado um micro-concreto de alta resistência (principalmente à abrasão), com fc28 = 45 MPa;
- Recomposição da laje superior do tabuleiro do Viaduto Bulhões, na Via Dutra, sobre a E.F.C.B., nas
proximidades de Resende (RJ), onde 5 m 3 de concreto com 10% de microssílica e f ck = 20 MPa às 24:00 h foram usados em
1994.

3.4 - Barragens
Além dos casos de recuperações estruturais realizadas em barragens (TABELA 4B), algumas informações
obtidas, mais detalhadas, sobre peças construídas em C.A.R., foram reunidas na TABELA 5.
Há indicações ainda de que concretos com resistências à compressão superiores a 40 MPa tenham sido
utilizados em pré-moldados, vigas munhão, elementos protendidos e superfícies em contato com água a grande velocidade
nas Barragens de Ilha Solteira, Água Vermelha, Itaipú, Tucuruí e Corumbá.
Recuperações estruturais de barragens com C.A.R., principalmente de vertedouros, também teriam sido
executadas nas UHE de Gafanhoto, Camargos e Salto Grande, todas da CEMIG, em Minas Gerais.

3.5 - Pré-moldados
Foram recebidas informações relativas aos seguintes serviços:
- Fabricação de parede diafragma pré-moldada em concreto com microssílica pela Construtora Camargo Correia,
onde obteve-se a eliminação da cura térmica, um bom acabamento e uma permeabilidade extremamente baixa [3, 4];
- Estacas pré-fabricadas em concreto armado com fck = 35 MPa, onde obteve-se a eliminação de trincas e fissuras
na extremidade superior e redução de até 30% da armadura longitudinal em comparação com as estacas anteriormente
utilizadas, fabricadas em concreto com fck de 25 MPa [17];
- Vigas-calha protendidas pré-fabricadas tipo J, onde a elevação do f ck do concreto para 35 MPa proporcionou a
ampliação do vão para até 15 m [17];
- Anéis pré-moldados expansíveis para "shield" entre as Estações Conso-lação e Trianon, e aduelas pré-moldadas
para confecção do teto do mezanino da estação Consolação do Metrô de São Paulo [18, 19];
- As próprias fôrmas dos segmentos dos anéis supra-referidos foram fabricadas pela Construtora Andrade
Gutierrez em concreto com fck de 60 MPa [20];

3.6 - Outras Obras


Os dados mais detalhados obtidos foram reunidos nas TABELAS 6A e 6B. Além dessas porém foram recebidas
informações relativas às seguintes obras:
- Base para britador da fábrica de cimento Barroso, executada em arga-massa no traço 1:2, com 10% Emsac
F100T, fc28 = 70 MPa [3];
- Piso industrial em Americana (SP), em concreto com 270 kg/m 3 de cimento e 5% de Emsac 500; obteve-se uma
redução de 25% da espessura, com elevação da resistência à abrasão [3];
- Reservatório elevado em Vitória, executado pela Construtora S.M.A., com concreto bombeado, consumo de
cimento de 300 kg/m3 e 6,6% de microssílica EMSAC F100T [3];
- revestimento das Estações Consolação e Clínicas, e preenchimento das enfilagens metálicas da Estação
Clínicas do Metrô de São Paulo [18, 19]; ainda no Metrô de São Paulo, há informações do emprego de concreto com f ck de 60
MPa nas cabeças de protensão de vigas do trecho elevado Santana-Carandirú, pela Construtora Beter, em 1972.
- em 1990, na Ponte sobre o Rio São Francisco em Bom Jesus da Lapa, a Construtora Queiroz Galvão executou
3
40 m de concreto com 10% de microssílica, abatimento de 18 cm, f ck = 30 MPa às 24:00 h, nas 4 ligações de dois pilares
moldados in loco com as primeiras aduelas pré-moldadas.
Há informações também de que concretos de alta resistência teriam sido utilizados em 900 m 2 de piso industrial
na fábrica da Arisco de Goiânia.
Em termos genéricos, é possível dizer-se que as centrais dosadoras de concreto, pelo menos aquelas localizadas
na Grande São Paulo, já dispõem comercialmente de concretos com fck de 80 MPa, sendo que, além das estruturas em geral,
os pedidos mais comuns estão se dirigindo à construção de caixas d'água, pisos industriais, tanques de dejetos de indústrias
químicas e recu-peração estrutural [23].
Outros locais onde foram utilizados concretos com f ck igual ou superior a 30, mas inferior a 35 MPa, foram a viga
munhão do vertedouro da UHE Xingó [16], a primeira ponte em concreto protendido das Américas, a Ponte do Galeão (entre
as Ilhas do Fundão e do Governador) no Rio de Janeiro, que em 1946 foi construída com vigas pré-moldadas de concreto com
fck de 31 MPa [24], as obras de reforma, ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Brasília [25, 26] e a
recuperação estrutural de 3 pisos de um edifício de 8 andares na Rua da Alfândega (centro do RJ), que foi executada em 1987
com 45 m3 de con-creto com microssílica, abatimento de 18 cm e fc28 de 30 MPa.
4 - APRECIAÇÃO GENÉRICA
Prédios comerciais e públicos, recuperações estruturais, lajes, bases de máquinas, plataformas "offshore",
pavimentos de aeroporto, estruturas marítimas, tanques e silos, barragens, pontes, paredes diafragma, estacas, vigas, fôrmas,
anéis e aduelas pré-moldadas, reservatórios, revestimentos, pisos industriais, etc., em todas estas aplicações os C.A.R. vêm
sendo utilizados no Brasil. Se o volume ainda não é grande, pelo menos a diversidade de uso assim certamente já pode ser
considerada.
É possível notar-se porém que é predominante a utilização do material por conta das suas elevadas resistências
mecânicas, em detrimento da sua potencial durabilidade. Em confronto com levantamentos executados na literatura técnica
internacional [27], por exemplo, pode ser observada a pouca existência relativa de pontes, viadutos, fundações e obras por-
tuárias totalmente construídas no Brasil com os C.A.R.. Parece pequeno também o uso em pré-moldados leves, coberturas e
concreto projetado.
Tudo indica porém que, com a tecnologia dominada e as matérias primas disponíveis, este quadro em breve será
mudado.

5 - CONCLUSÕES
Concretos de alta resistência têm sido empregados no Brasil em frequência e variedade de utilizações que
chegaram a surpreender os próprios autores desse trabalho, que desde o início disso suspeitavam.
Principalmente com, mas até sem microssílica (cujas dosagens geralmente variam de 10 a 12% da massa de
material cimentíceo), majoritariamente com superplastificantes (em dosagens da ordem de 1,0 a 3,0% da massa de material
cimentíceo), com todo tipo e marca de cimento (mas em dosagens geralmente variáveis entre 350 e 550 kg/m 3), com os
agregados locais das mais diversas regiões geográficas, são obtidos C.A.R. com fatores A/MC de 0,30 a 0,45 e resistências
aos 28 dias de até cerca de 100 MPa em obras, o que não é muito fácil. A tecnologia parece estar dominada e disseminada.
Se não é possível destacar ainda nenhuma obra que possa ser realmente considerada espetacular, deve ser
ressaltado o trabalho contínuo de aprimoramento de utilização que vem sendo executado nas obras do Metrô de SP e o
esforço conjunto de construtoras, projetistas, tecnologistas e centrais de concreto de Salvador (BA).
Para finalizar, considera-se importante ainda levar em conta que este levantamento não é completo, e que a
resposta recebida, de apenas 36% das consultas, dá margem à estimativa da existência de muitas outras obras já realizadas
no Brasil com os C.A.R..
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
.1 - Amaral Filho, E.M. - Tecnologia de Concreto Aplicado em Recuperação Estrutural. Seminário sobre Recuperação de
Estruturas. Exemplo Treinamento e Desenvolvimento, Rio de Janeiro (RJ), jul. 1992, Anais, p. 69-107.
.2 - Amaral Filho, E.M. - Concretos de Alta Resistência, o Futuro das Estru-turas. Simpatcon - 11º Simpósio de Aplicação da
Tecnologia do Concreto. s.l., s.d., 52 pp.
.3 - Amaral, C.K. - Microssílica: Aplicações no Brasil. Anais da Reunião Anual de 1987 do Instituto Brasileiro do Concreto, São
Paulo, julho de 1987, 33 pp.
.4 - Amaral Filho, E.M. - Concreto de Alta Resistência (1ª Parte). Revista Ibracon (SP), ano II, nº 4, abril/maio/junho 1992, p.
40-49.
.5 - Amaral, C.K. - Microssílica em Concretos e Argamassas de Alta Resistência. 30ª Reunião Anual do Ibracon, Rio de
Janeiro (RJ), agosto de 1988, Anais, vol. 1, p. 67-80.
.6 - Hermann, E.; Camerato, C.R. - Estudos e Aplicação de Concreto de Alta Resistência com Microssílica no Brasil. 30ª
Reunião Anual do Ibracon, Rio de Janeiro (RJ), agosto de 1988, Anais, vol. 1, p. 81-93.
.7 - Gonçalves, J.R.A. - Concreto de Alto Desempenho - Uso e Aplicações em Obras no Brasil. Monografia de fim de Curso,
Mestrado em Estruturas, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro (RJ), novembro de 1993, 25 pp.
.8 - Valois, J.G.C. - O Uso do Concreto de Alta Resistência - Comentários Sobre Produção e Comportamento no Estado
Fresco. 36ª REIBRAC, Ibracon, Porto Alegre (RS), setembro de 1994, Anais, vol. 2, p. 567- 580.
.9 - Valois, J.G.C. - Estudo e Controle Tecnológico do Concreto de Alta Resistência. 36ª REIBRAC, Ibracon, Porto Alegre
(RS), setembro de 1994, Anais, vol. 2, p. 1071 - 1083.
.10 - Azevedo, M.T.; Silva, A.S.R; Silva Filho, A.F. - Estudos e Aplicação de Concreto de Alta Resistência com Microssílica.
Revista Ibracon, ano III, nº 8, abr/mai/jun 1993, p. 32-36.
.11 - Pinto, A.A.; Rochlitz, R.C. - O Concreto de Alta Resistência do Edifício Trianon - MASP. Anais do Colóquio sobre
Dosagem do Concreto. Instituto Brasileiro do Concreto, São Paulo, maio de 1977, 14 pp.
.12 - Ferraz, J.C.F. - O Concreto de Alta Resistência e a Estrutura do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - 30ª
Reunião Anual do Ibracon, Rio de Janeiro (RJ), agosto de 1988, Anais, vol. 1, p. 40-46.
.13 - Tarallo Jr., J. et al - Reparo em Concreto, Utilizando Argamassa com Microssílica. 36ª REIBRAC, Ibracon, Porto Alegre
(RS), setembro de 1994, Anais, vol. 1, p. 185-198.
.14 - _ - Concreto de Alta Resistência: Uma Nova Tecnologia na Construção Civil. Jornal da Sociedade dos Engenheiros do
Rio Grande do Sul, s.l., s.d., p. 3.
.15 - Krempel, A.F. et al - Pisos de Alta Resistência - Execução e Proteção. 36ª REIBRAC, Ibracon, Porto Alegre (RS),
setembro de 1994, Anais, vol. 1, p. 369-382.
.16 - Oliveira, J.C.F. et al - Construção da Viga de Montante de Suporte das Pontes Rolantes da Casa de Força Subterrânea
da UHE Serra da Mesa. 34ª Reunião do Ibracon, Curitiba (PR), junho de 1992, Anais, vol. 1, p. 243-261.
.17 - Cunha, J.C.; Silva, C.A.R. - Aspectos da Pesquisa e do Emprego do Concreto de Alta Resistência em Estruturas de
Concreto Armado. Seminário Técnico Durabilidade e Alto Desempenho do Concreto. São Paulo, 29/10/92, CB-18/Ciminas
S.A.. Anais, 53 pp.
.18 - Palermo, G. - Concreto de Alta Resistência Proporciona Ganhos às Obras de Metrô. Revista Ibracon (SP), ano II, nº 6,
out/nov/dez 1992, p. 13-20.
.19 - Corrêa, A.H.M. - Revestimento de Túneis com Segmentos de Concreto Pré-Fabricados. Revista Ibracon (SP), ano II, nº
6, out/nov/dez 1992, p. 21-28.
.20 - _ - Inovação Marca Obras do Ramal Paulista do Metrô. Revista Ibracon (SP), ano II, nº 6, out/nov/dez 1992, p. 49-50.
.21 - Holanda, F.G.; Zanetti, J.J. - Controle de Qualidade de Produção de Dormentes Pré-Moldados com Cabos Pré-
Tensionados para o Metrô-DF. 35ª REIBRAC, Ibracon, Brasília (DF), junho de 1993, Anais, vol. 2, p. 545-559.
.22 - Cunha, N.L.; Gomes, A.O. - Concreto em Plataformas "Off Shore". 30ª Reunião Anual do Ibracon, Rio de Janeiro (RJ),
agosto de 1988, Anais, vol. 2, p. 437-458.
.23 - Abud, J. - Alto Desempenho. Revista Ibracon (SP), ano I, nº 1, jul/ago 1991, p. 32-34.
.24 - Vasconcelos, A.C. - A Primeira Ponte em Concreto Protendido do Continente das Américas. Revista Ibracon (SP), ano III,
nº 7, jan/fev/mar 1993, p. 8-10.
.25 - Hermann, E. - Construção da Obra do Aeroporto Internacional de Brasília. Revista Ibracon (SP), ano II, nº 5, jul/ago/set
1992, p. 36-39.
.26 - Zanetti, J.J.; Holanda, F.G. - O Emprego de Granulometria Imposta para Produção de Concreto Massa e Estrutural. 36ª
REIBRAC, Porto Alegre (RS), set/94, Anais, vol. 2, p. 595 - 604.
.27 - Almeida, I.R. - Betões de Alta Resistência e Durabilidade. Composição e Características. Tese de Doutorado. Instituto
Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa (Portugal), 1990, 740 pp.

AGRADECIMENTOS: Os autores gostariam de agradecer à CAPES/MEC, à PROPP/UFF e ao CNPQ/ SCT pelo apoio
financeiro indispensável ao desenvolvimento e apresentação deste trabalho, bem como aos profissionais que se dispuseram a
perder algum tempo na coleta e informação dos dados de obras com C.A.R..

Observaçăo Final: Caso algum participante da 37Ş REIBRAC ou leitor dos Anais esteja
interessado em divulgar, numa futura complementaçăo deste
trabalho, os dados de obras que projetou, controlou, calculou, forneceu material ou
executou com concreto de alta resistęncia, pode informar ao segundo autor deste, na
seguinte direçăo:

Dr. José Roberto Albuquerque Gonçalves


Instituto Nacional de Tecnologia - LMCC
Avenida Venezuela 82, Praça Mauá
20081-310 - Rio de Janeiro - RJ

Tel: (021) - 253-9294 ramais 314 ou 322


Fax: (021) - 263-6552

TABELA 2A - Edifícios Comerciais

CARACTERÍSTICAS CNEC* SUAREZ TRADE CENTER **

LOCAL Săo Paulo (SP) Salvador (BA)


CONSTRUTORA Camargo Correia Suarez
ANDARES 2 torres de 18 30
CALCULISTA - Moacir Leite e
Murilo Miranda
PEÇAS ONDE FOI USADO pilares e capitéis 12 conjuntos de pilares-capitéis
O C.A.D. em 11 pavimentos
PRODUÇĂO DE em usina, complemen em central
CONCRETO tada na obra
fck (MPa) 60 60
VOLUME TOTAL - 600 m3
fc28 - média (MPa) » 76 » 75
- máx. (MPa) 101 97
ABATIMENTO (cm) 8±1 10 ± 2
BOMBEAMENTO - năo
CI- MARCA - Poty (SE)
MEN- TIPO CP I-32 CP II-F-32
TO DOSAGEM 523 kg/m 3
540 kg/m3
MICROSSÍLICA: EMSAC 500 Elken densificaçăo pequena / 4 a
MARCA/DOSAGEM 10 a 12% 12%
SUPERPLASTIF.: MARCA/- Reax RX 625 Adiment
DOSAGEM até 2,2% 1,5 a 3%
CAPEAMENTO DOS CPs - enxofre
AGREGADO: GRAÚDO Britas 1 e 2, graní- gnaisse Dmax=19 mm e areia fina
MIÚDO ticas e areia M.F.= 1,72
FATOR A/MC 0,22 a 0,28 0,29

Fontes: * Referências [1 - 7];


** Betonbrás Ltda. e Referências [8 e 9].

TABELA 2B - Edifícios Comerciais (continuação)

CARACTERÍSTICAS CONDOMÍNIO EMPRESARIAL EDIFÍCIO BANCO


PREVINOR * DE TÓKIO *

LOCAL Salvador (BA) Salvador (BA)


CONSTRUTORA Poliedro C.N.O.
ANDARES 18 (em 2 prédios) 16
CALCULISTA Moacir Leite e Moacir Leite e Murilo
Murilo Miranda Miranda

PEÇAS ONDE FOI pilares dos cantos e respectivos pilares centrais até o 5ş
USADO O C.A.D. capitéis pavimento
PRODUÇĂO DE na obra na obra
CONCRETO
fck (MPa) 60 60
VOLUME - -
fc28 - média (MPa) » 70 » 70
- máx. (MPa) 92 85
ABATIMENTO (cm) 10 ± 2 10 ± 2
BOMBEAMENTO năo năo
MARCA Montes Claros MG)/ Aratu (BA) Montes Claros(MG)/
CI- Aratu (BA)
MEN- TIPO CP II-E-32 CP II-E-32
TO DOSAGEM 560 kg/m3 550 kg/m3
MICROSSÍLICA: Elken densif. média/ 10 a 12% Elken densif. média/ 10 a
MARCA/DOSAGEM 12%
SUPERPLASTIF.: MARCA/- Adiment Adiment
DOSAGEM 3 a 4% 3 a 4%
CAPEAMENTO DOS CPs enxofre enxofre
AGREGADO: GRAÚDO gnaisse Dmax = 19 mm gnaisse Dmax = 19 mm
MIÚDO e areia fina e areia fina
FATOR A/MC 0,32 0,32

Fontes: * Concreta Ltda. e Referência [10];

TABELA 3 - Prédios Públicos

CARACTERÍSTICAS SUPREMO TRIBUNAL DE EDIFÍCIO TRIANON- EDIF. CENTRAL


JUSTIÇA * MASP ** DA EMBRATEL***

LOCAL Brasília Săo Paulo Rio de Janeiro


CONSTRUTORA O.A.S. - Incomex
DATA 1993 1965 -
Térreo com mezanino; pé Dois sub-solos e tręs
ANDARES direito variável andares superiores 6
CALCULISTA Bruno Contarini - -
pilares tronco-cônicos; 4 vigas protendidas
PEÇAS ONDE FOI trechos de lajes, vigas e com 74 m de văo livre vigas
vigas-parede protendidas
USADO O C.A.D.
PRODUÇĂO DE em central,montada na na obra na obra
CONCRETO obra
fck (MPa) 60 45 40
VOLUME TOTAL - 1000 -
fc28 - média(MPa) 72 56,3 50
- máxima(MPa) 91 68,8 -
ABATIMENTO (cm) de 20 a 22 ± 2 - -
BOMBEAMENTO - năo -
CI- MARCA Tocantins (DF) - -
MEN- TIPO CP II-F-32 - -
TO DOSAGEM 515 a 605 kg/m3 565 kg/m3 410
MICROSSÍLICA: Elken năo densif. / 12% năo Sikacrete 950
MARCA/DOSAGEM 10%
SUPERPLASTIF.: 70% Adiment + 30% Ce- Plastificante/ Sikament 300
MARCA/DOSAGEM mix; 1% retardador 1,5%
CAPEAMENTO CPs enxofre - -
AGREGADO: calcário Dmax=19mm e brita Dmax=19mm e
GRAÚDO areia MF= 6,14; areia -
MIÚDO Dmax=2,4 mm e MF=
2,64 -
FATOR A/MC 0,28 0,32 0,35

Fontes: * Contest Ltda. (DF)


** Referências [7, 11 e 12]
*** SIKA S.A. e Ref. [7].

TABELA 4A - Obras de Recuperação e Reforço Estrutural

OBRA (FONTE) LOCAL ANO SERVIÇO VOLUME DE fc28 (- CIMEN- MICRO


CAR (m3) MPa) TO (kg)

Ed. Biarritz (a) Campo Gran-de 1993 Reconstruçăo de 6 0,30 >50 » 380
(MS) consolos
Banco Geral (a) Goiânia (GO) 1993 Reforço de laje 6,00 55 » 380
fletida
Ed. Monte Verde Goiânia (GO) 1993 Recuperaçăo de 14
(a) pilares no sub-solo 1,50 50 » 380
Prédio do INSS Goiás (GO) 1994 Reforço de laje 8,00 52 » 380
(a) fletida
Ed. Saint Moritz Goiânia (GO) Recuperaçăo de 9
(a) 1994 pilares no sub-solo 0,80 >50 » 380
Ed. Maria - 1994 Recuperaçăo de 12 1,00 >50 » 380
Augusta (a) pilares
Ed. Georgete (a) Goiânia (GO) Reforço de laje
1994 fletida e vigas 2,50 >50 » 380
laterais
Prédio do BRB Brasília (DF) 1994 _ 15,00 >50 » 380
(a)
Goiânia Shopping Goiânia (GO) 1995 Reforço de pilares e 10,00 >50 » 380
(a) vigas
Ed. Grace Kelly Goiânia (GO) Recuperaçăo de 10
(a) 1994 pilares no sub-solo 1,00 >50 » 380

Fonte: a) Carlos Campos Consultoria e Construções Ltda. - Goiânia.

TABELA 4B - Obras de Recuperação e Reforço Estrutural (continuação)

OBRA (FONTE) LOCAL ANO SERVIÇO VOLUME DE fc28 (- CIMENTO MICROSSÍ-


CAR (m3) MPa) (kg) LICA PL

UHE Itaipú Refs. Foz do Igua-çú Reparo de viga da


[1-3, 6] (PR) - casa de máquinas 8 » 57 400 10%

Aeroporto In- Rio de Janeiro Reparo do pavi- »340 CP 10% Sika- 0,7
ternacional (b) (RJ) 1993 mento da pista - 57 V-ARI crete 950 men

UHE Porto Pri- Argamassa de re-


mavera Ref. [13] - - paro na soleira do - 39 480 10%
vertedouro
Edifício de 45 Rio de Janeiro Recuperaçăo de 5
anos (RJ) - lajes em grelha - 42 462 12%
Refs. [1-4]
Aeroporto In- Rio de Janeiro Reparo de placas
ternacional (RJ) - da pista e de - 54 390 12%
Refs. [1 e 4] pátios
Armazém das Ind. Rio de Janeiro Reconstruçăo de 10% Sika- 1,5
de Sal Ita (Ref. (RJ) - pilares e vigas da 150 40 340 crete men
[7]) estrutura
Estrada Rio Rio de Janeiro Reparos no pavi- 10% Sika- 0,5
Petrópolis Ref. (RJ) - mento de concreto 1000 42 425 crete N
[7]
Othon Palace Rio de Janeiro Recuperaçăo de 10% Sika- 1,6
Hotel (RJ) - peitoris e pér- 126 46 420 crete 950 bet
Ref. [7] gulas

Fonte: b) Sika S.A. (RJ)

TABELA 5 - Barragens
CARACTE- UHE SEGREDO * UHE PORTO UHE SERRA DA
RÍSTICAS PRIMAVERA ** MESA ***

LOCAL Pinhăo (PR) - -


CONSTRUTORA COPEL - -
ANDARES - - -
CALCULISTA - - -
PEÇAS ONDE FOI pisos da tomada d'água viga munhăo,ele-mentos viga de montante de
USADO O C.A.R. e da casa de força protendidos, etc. suporte das pontes ro-
lantes
PRODUÇĂO DE - - central na obra
CONCRETO
fck (MPa) - de 21 a 35 28,5 (projeto)
VOLUME (m3) - - -
fc28
- média (MPa) 38 de 44,9 a 52,6 36 a 49
- máxima (MPa) - - -
ABATIMENTO(cm) - de 5 a 16 18 + 1
BOMBEAMENTO - - sim
CI- MARCA - - -
MEN- TIPO CP IV - 32 CP IV-32 CP III-32
TO DOSAGEM 554 kg/m 3
360 a 520 kg/m 3
430 a 475 kg/m3
MICROSSÍLICA: - - -
MARCA/DOSAGEM
SUPERPLASTIF.: Plastiment VZ de 0 a 2% -
MARCA/DOSAGEM 0,5 a 0,7%
CAPEAMENTO CPs - - -
AGREGADOS: areia natural + artificial cascalho + areia natural granito,
GRAÚDO/MIÚDO (basalto) de rio Dmax=19mm;
artificial
FATOR A/MC 0,39 de 0,32 a 0,40 0,47 a 0,50

Fontes: * Referência [15]


** Themag Enga.
*** Referência [16]

TABELA 6A - Outras Obras

(3) PLATAFORMAS
CARACTERÍSTICAS METRÔ/DF* COSIGUA** OFF SHORE PUB,
DA PETROBRÁS***

LOCAL Brasília (DF) Barăo de Cocais (MG) Ponta da Laje


(BA)
CONSTRUTORA CNO FE Enga. Mendes Jr. e
Campenon Bernard
ANDARES - 2,5 m altura 25,7 m de altura
CALCULISTA - - -
PEÇAS ONDE FOI USADO dormentes pré- base do alto lajes dos fundos
O C.A.D. moldados proten- forno I e paredes
didos
PRODUÇĂO DE canteiro de pré-mol- na obra -
CONCRETO dados
fck (MPa) 45 35 35
VOLUME (m3) - 240 30.000
fc28
- média (MPa) > 51 43,4 > 50
- máxima (MPa) - 51,0 -
ABATIMENTO (cm) - 10 ± 2 21
BOMBEAMENTO - năo sim
MARCA Tocantins Mauá Aratu
CI-
MEN- TIPO CP II-F-32 CP V-ARI CP I - 32
TO DOSAGEM 550 kg/m 3
400 kg/m 3
447-490 kg/m3
MICROSSÍLICA: _ năo -
MARCA/DOSAGEM
SUPERPLASTIF.: - Sikament 300 + Plastiment VZ
MARCA/DOSAGEM Plastiment BV40 0,5 a 0,7%
CAPEAMENTO CPs - - -
AGREGADO: GRAÚDO calcário, Dmax= 25 granito Dmax= 38 mm; gnaisse Dmax=25mm;
MIÚDO mm; natural, MF=3,1 areia natural de rio areia quartzosa fina
FATOR A/MC 0,30 0,35 0,44

Fontes: * Referência [21]


** FE Enga.
*** Referência [22]

TABELA 6B - Outras Obras (continuação)

HELIPORTO DO PONTE SOBRE O


CARACTERÍSTICAS MORRO DO PĂO DE PONTE * RIO PARANÁ **
AÇÚCAR *

LOCAL Rio de Janei- Salvador (BA) Guaíra (PR)


ro (RJ)
CONSTRUTORA OAS Queiroz Galvăo Serveng- Civilsan
ANDARES - - -
CALCULISTA - - -
PEÇAS ONDE FOI USADO piso do aduelas pré-moldadas transversinas e ligaçőes
O C.A.D. pavimento protendidas enfiladas de lajes
PRODUÇĂO DE na obra - -
CONCRETO
fck (MPa) - 55 31 a 33
(ŕs 24:00 h)
VOLUME (m3) 1800 - -
fc28
- média (MPa) 46,5 65 -
- máxima (MPa) _ - -
ABATIMENTO (cm) _ 10 ± 2 17 ± 1
BOMBEAMENTO - - sim
CI- MARCA - - Votoram
MEN- TIPO - - CP V-ARI
TO DOSAGEM 430 kg/m3 490 kg/m3 520-580 kg/m3
MICROSSÍLICA: Sikacrete 950 Emsac 500 năo
MARCA/DOSAGEM 10% 10%
SUPERPLASTIF.: Sikament 300 Sikament 300 Reax RX 1000 A
MARCA/DOSAGEM 1,5% 2,5% 1,2%
CAPEAMENTO CPs - - -
AGREGADO: GRAÚDO - - basalto Dmax=19mm;
MIÚDO areia quartzosa natural
FATOR A/MC 0,32 0,29 0,31 a 0,34

Fontes: * Sika S.A. e Referência [7]


** Consultor Geraldo Pícoli

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