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História da Ciência - Aula 01

Justificativa

● Desenvolver a percepção do caráter provisório do saber científico, na medida em


que também são construções sociais
● Verificar como se deram as relações estabelecidas pelos seres humanos com
fenômenos da natureza por ele desconhecidos e de que maneira buscou
compreendê-los e aplicá-los

Objetivos
● Estimular a curiosidade, o senso crítico e o hábito de pesquisa
● Desnaturalizar os saberes científicos e e contextualizar o “fazer ciência” em
diferentes momentos históricos

Culminância
Os alunos apresentarão os resultados das atividades e pesquisas um livro sobre a
história que escolherem

Duração - em média 16 semanas

Aula 01

Quem é você?
De onde vem o mundo?
De onde vem o universo?
Como podemos responder essas perguntas:

Podemos recorrer aos mitos e à religão para tentar responder a essas perguntas,
por muitos séculos assim foi, até que os gregos começaram a questionar a
semelhança de seus deuses consigo mesmos e também basear sua busca por
respostas na:
experiência, na observação e na razão.

Os primeiros fenômenos que buscaram entender foram os da natureza: por que


chove? Por que amanhece? Por que anoitece? Por que faz calor ou frio? Haveria
um elemento primordial que era a base de tudo o que existia?

A base do pensamento científico ocidental está ancorada na Grécia, no chamado


grupo de “Filósofos da Natureza”

● Tales de Mileto
Grande viajante, quando estava no Egito e observou o Rio Nilo, suas
cheias, as rãs que surgiam depois das chuvas, a fertilidade das
plantas, ele concluiu que a água era a origem de todas as coisas. E
para explicar a vida como um todo, acreditava que existia um
gérmen invisível que originava todas as formas de vida

● Anaxímenes
Foi além de Tales quando quis responder de onde vem a água -
concluiu que era ar condensado (o processo de liquefação, quando
há a transformação do estado gasoso para o estado líquido). E
quando viu o gelo dos lugares derretido concluiu que também se
transforma em terra.

● Parmênides
Tudo o que existe, existiu sempe - tinham como evidente que tudo
o que há no mundo existiu desde sempre. Do nada, nada pode
nascer e nada do que existe pode tornar-se nada, portanto, não
existe transformação.

● Heráclito
“Tudo flui, tudo está em movimento, e nada dura eternamente. Por
isso, não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque quando
entro no rio pela segunda vez, tanto eu como o rio estamos
mudados. Heráclito explicou, também, que o mundo é caracterizado
por contrários constantes. Se nunca estivéssemos doentes, não
compreenderíamos o que é a saúde. Se nunca tivéssemos fome, não
gostaríamos de comer. Se nunca houvesse guerra, não saberíamos
apreciar a paz, e se nunca fosse Inverno, não saberíamos quando
chega a Primavera.
Em todas as transformações e contradições da natureza, Heráclito
via uma unidade ou totalidade. Aquilo que está na origem de tudo,
era designado por ele “Deus”, ou “logos”.

Nada se transforma ou tudo se transforma? Confiamos na razão, com Parmênides, ou nos


sentidos, como Heráclito? Quem propôs outra vertente foi

● Empédocles
Dizia que tudo se constitui de quatro elementos, ao invés de um só:
água, fogo, ar e terra.
Todas as transformações da natureza resultam do fato de os quatro
elementos se misturarem e se separarem. Tudo é constituído por
terra, ar, fogo e água, misturados em proporções variáveis. Quando
uma flor ou um animal morrem, os quatro elementos separam-se
novamente uns dos outros. O que os une ou os separa então? Para
ele, duas força agiam sobre a mistura ou desagregação desses
elementos: ele chamou de amor e discórdia!
● Anaxágoras

Acreditava que a natureza era composta por ínfimas partículas que


não podiam ser apreendidas pelos olhos. Segundo ele, tudo se pode
dividir em partes ainda menores, havendo nessas partículas um
pouco de tudo, chamou de “sementes” a estes elementos
infinitamente divisíveis a partir dos quais se formam os vários
corpos, ele imaginava que uma espécie de força produzia a ordem e
criava homens, animais, flores e árvores. Designava esta força por
“espírito” ou razão.

● Demócrito - tudo é Lego!

A somatória de pensamentos dos predecessores e contemporâneos


o fizeram considerar que sim, haviam vários um elementos que
estavam na base de tudo - e ele os chamou de átomos! Partículas
muito pequenas e indivisíveis.

Os elementos constitutivos da natureza tinham ainda de se


conservar eternamente — porque nada pode nascer do nada. Nisto,
Demócrito estava de acordo com Parmênides e os eleatas. Além
disso, os átomos eram sólidos e compactos. Mas não podiam ser
iguais. Porque se os átomos fossem iguais, não teríamos uma
explicação válida para o fato de poderem ser combinados de modo
a formarem tudo, desde papoulas e oliveiras à pele de cabra e
cabelo humano.

ciencia é acumulo

Noções do pensamento científico


Processos envolvidos em cada saber
Observação da estrutura da sala onde nos encontramos - as paredes, a lâmpada, a porta,
a fechadura, as cadeiras, a lousa, o giz
Esclarecimento de que o pensamento científico e a filosofia não são separados, mas o
que move tudo é a curiosidade e a imaginação

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