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Manualdeboaspraticas CERNE PDF
Manualdeboaspraticas CERNE PDF
ELABORAÇÃO:
APROVAÇÃO:
A P R E S E N T A Ç Ã O ................................................................................................................. 3
V O C A B U L Á R I O ..................................................................................................................... 4
H I S T Ó R I C O .............................................................................................................................. 7
F U N D A M E N T A Ç Ã O D O M O D E L O P R O P O S T O ...................................... 8
Sistema de Sensibilização e Prospecção ........................................................................................... 10
Sistema de Seleção ............................................................................................................................ 12
Sistema de Planejamento ................................................................................................................... 14
Sistema de Qualificação ...................................................................................................................... 16
Sistema de Assessoria e consultoria .................................................................................................. 19
Sistema de Acompanhamento, Orientação e Avaliação ..................................................................... 21
Sistema de Apoio à Graduação e Projetos futuros ............................................................................. 22
Sistema de Gerenciamento Básico ..................................................................................................... 24
I M P L A N T A Ç Ã O .................................................................................................................... 27
O presente manual tem por objetivo auxiliar e orientar os gestores das incubadoras na reestruturação
de suas práticas de gestão e na melhoria da qualidade de sua atuação em relação ao suporte dado
às empresas apoiadas.
O modelo de maturidade CERNE foi idealizado pela ANPROTEC em parceria com o SEBRAE, a
partir do trabalho coletivo com representantes das incubadoras associadas, que culminou no
desenvolvimento do Termo de Referência CERNE (Centro de Referência para Apoio a Novos
Empreendimentos). Este termo tem como objetivo definir uma metodologia única para ampliar a
capacidade das incubadoras em gerar sistematicamente empreendimentos de sucesso.
A partir das melhores práticas das incubadoras associadas à Rede Mineira de Inovação (RMI) e em
conformidade com o Termo de Referência CERNE (Centro de Referência para Apoio a Novos
Empreendimentos), foi possível definir os documentos e procedimentos que compõem os processos-
chave a serem implantados para atingir o modelo de maturidade CERNE1.
Os fluxos e instruções relativos aos sistemas citados neste manual e disponibilizados para as
incubadoras propiciam o conhecimento aprofundado de todas as etapas do processo de incubação e
gestão da incubadora, proporcionando a melhoria do seu desempenho como instrumento de apoio a
novos negócios.
Neste sentido, este manual deve contribuir para a implementação do CERNE 1, tendo em vista o
aprimoramento dos seus métodos de gestão e a sua performance com as empresas incubadas, bem
como ampliar os seus resultados em relação aos serviços oferecidos para os empreendimentos
apoiados.
Ampliação de Limite: ação de uma incubadora no sentido de, ao mesmo tempo, ampliar o público-
alvo de seus serviços e consolidar parceria com os demais mecanismos e instituições de
desenvolvimento regional.
Assessoria: serviço prestado por pessoa física ou jurídica para a execução de atividades em uma
área específica (jurídica, financeira etc.). O foco é na execução de atividades que se repetem ao
longo do tempo. A principal diferença com relação à consultoria é que o consultor é, em geral,
contratado para encontrar uma solução para um problema ou implantar uma solução específica.
Assim, um consultor da qualidade pode orientar a empresa na implantação de um sistema da
qualidade, enquanto que o assessor da qualidade irá executar as atividades para que o sistema da
qualidade traga os resultados esperados.
Cadeia de Valor: modelo que representa a visão global dos processos organizacionais, para que se
tenha uma macro visão da interligação e/ou encadeamento dos macroprocessos, processos,
subprocessos, e tarefas, seguindo a sequência de execução dos mesmos.
Capital: recursos, bens ou valores disponíveis num determinado momento para satisfação de
necessidades.
Competitividade: capacidade que uma empresa tem de definir e colocar em prática as estratégias
que tornem possível a ampliação ou manutenção de sua participação no mercado conferindo-lhe
solidez.
Consultoria: Orientação temporária prestada por pessoa física ou jurídica com reconhecido
conhecimento técnico especializado.
Contrato: instrumento jurídico celebrado entre pessoas físicas ou jurídicas com fins de aquisição,
modificação ou extinção de direitos ou estabelecimento de obrigações recíprocas.
Empreendimento: é o ato, efeito ou resultado de empreender algo com fim determinado, não sendo
obrigatória a formalização jurídica.
Empresa Graduada: aquela empresa que passa pelo processo de incubação e que alcança
desenvolvimento suficiente para sair da incubadora e atuar no mercado de forma independente.
Algumas instituições usam o termo empresa liberada.
Fluxo de Processo: modelo que representa a visão detalhada do subprocesso/ processo em uma
sequência lógica e mostra sua integração com os demais processos da cadeia de valor.
Macroprocesso: é um processo que geralmente envolve mais de uma função da organização, e cuja
operação tem impacto significativo nas demais funções da organização. Dependendo da
complexidade do processo este é dividido em subprocessos.
Mercado: ambiente onde ocorrem as trocas comerciais entre pessoas físicas e/ou jurídicas.
Modelo: é aquilo que serve como imagem, forma ou padrão a ser imitado.
Programa: conjunto de ações e projetos coordenados que tem como objetivo a solução de problema
específico ou o aproveitamento de oportunidade em determinado prazo, com recursos humanos,
materiais e financeiros definidos.
Serviço: produto da atividade humana destinado à satisfação de necessidades, mas que não
apresenta o aspecto de um bem material.
Sistema: inter-relação das partes, elementos ou unidades que fazem funcionar uma estrutura
organizada.
Sucesso: no contexto do presente documento, sucesso ocorre quando uma empresa graduada
permanece no mercado sem o apoio da incubadora.
Para o desenvolvimento dos trabalhos foram integradas ao grupo 12 incubadoras associadas à RMI,
que colaboraram com suas práticas e dedicaram esforços para finalizar um método de gestão
específico para a realidade das incubadoras mineiras. A modelagem dos processos foi realizada a
partir da definição da cadeia de valor e identificação dos processos críticos, com o estabelecimento
dos macro-processos e sub-processos. Em seguida foram estabelecidos os fluxos dos processos,
formulários, modelos e procedimentos.
O êxito dos trabalhos e a obtenção de uma metodologia de referência só foi possível após uma
intensa análise, troca de experiências, workshops e contribuições individuais das equipes das
incubadoras envolvidas.
Partindo do pressuposto que a maioria das incubadoras possui práticas e métodos gerenciais e
operacionais sem uma padronização adequada, o que impacta no seu desempenho e na obtenção de
melhores resultados, identificou-se que seria mais apropriado inicialmente a implementação dos
procedimentos e sistemas previstos no CERNE 1.
Diante desta perspectiva, foi desenvolvido um trabalho de construção coletiva orientado pelos
conceitos do Termo de Referência CERNE, a partir das melhores práticas das incubadoras mineiras
associadas à RMI. Inicialmente realizou-se a modelagem dos processos, por meio da definição da
cadeia de valor e da identificação dos processos críticos, o que culminou no estabelecimento dos
macroprocessos e subprocessos.
- o sistema de graduação é o processo de saída, no qual as empresas são preparadas para atuar
no mercado de forma independente e sustentável.
- o sistema de gerenciamento básico é um processo de apoio para que os demais sistemas sejam
executados adequadamente e atinjam o resultado esperado.
Tendo em vista a necessidade do planejamento das atividades propostas para garantir o bom
desempenho das incubadoras, este manual propõe procedimentos, documentos e modelos
estruturados a partir da prática definida. A estrutura da documentação proposta está representada na
figura a seguir:
Para atingir plenamente este nível de maturidade, a incubadora deve demonstrar que possui
capacidade para prospectar e selecionar boas ideias e transformá-las em negócios inovadores de
sucesso.
O intuito do sistema sensibilização e prospecção é definir ações que vão promover a disseminação
do empreendedorismo e da inovação na localidade de atuação da incubadora, com o intuito de
prospectar novas ideias e projetos, com potencial de se tornarem empreendimentos de sucesso, para
o programa de incubação. Este sistema foi definido a partir do planejamento das atividades de
Deve-se observar a interação com o sistema de Seleção – 1.1, o Sistema de Qualificação - 1.4 e
o sistema de Sistema de Gerenciamento Básico – 1.8, principalmente a prática-chave 1.8.5 -
sistema de comunicação e marketing.
Sistema de Seleção
O intuito do sistema de seleção é definir uma metodologia para a seleção criteriosa dos
empreendimentos que ingressarão no programa de incubação. Este sistema foi estabelecido a partir
do planejamento do processo seletivo, com a definição dos critérios de seleção, modelo de plano de
negócios e contrato padronizados. Esta metodologia deve considerar as características e estratégias
da incubadora.
O sistema de seleção deve ser realizado sob condições controladas e registradas, de acordo com o
estabelecido na Instrução de Trabalho: IT_1.2_Sistema de Seleção.
O sistema de planejamento deve ser realizado sob condições controladas e registradas, de acordo
com o estabelecido na Instrução de Trabalho: IT_1.3_ Sistema de planejamento.
- Prática-chave 1.3.1 – Plano de vida: Tem o objetivo de fazer com que cada empreendedor
elabore um Plano de Desenvolvimento Pessoal, com a finalidade de aperfeiçoar o perfil
empreendedor, no que se refere à capacidade de realização, conhecimento do negócio e
habilidades ligadas ao comportamento empreendedor, a fim de que este possua uma clara visão
de como deverá atuar no desenvolvimento do empreendimento, minimizando os riscos do negócio.
- Prática-chave 1.3.2 – Plano tecnológico: Tem o objetivo de fazer com que os empreendedores
na elaboração do Plano Tecnológico, com a finalidade de auxiliar no desenvolvimento do produto/
serviço tomando como base informações de mercado, incluindo as inovações (novos produtos,
serviços e/ou processos), de modo que todo processo seja lógico, com a racionalização dos
recursos tanto no setor de desenvolvimento quanto no de manufatura.
- Prática-chave 1.3.3 – Plano de capital: Tem o objetivo de fazer com que os empreendedores na
elaboração de um Plano Financeiro, com a finalidade de auxiliar no desenvolvimento econômico e
financeiro, considerando a gestão financeira, a necessidade de captação de recursos e
indicadores econômico-financeiros.
- Prática-chave 1.3.4 – Plano de mercado: Tem o objetivo de fazer com que os empreendedores
na elaboração de um Plano de Marketing, com a finalidade de auxiliar no fortalecimento das
estratégias e ações de inserções mercadológicas, ampliando sua visibilidade na promoção de sua
marca e produtos/ serviços e no fortalecimento das relações com parceiros de negócios.
Fluxo do sistema
Sistema de Qualificação
O sistema de qualificação deve ser realizado sob condições controladas e registradas, de acordo com
o estabelecido na Instrução de Trabalho: IT_1.4_ Sistema de qualificação.
O sistema de assessoria e consultoria deve ser realizado sob condições controladas e registradas, de
acordo com o estabelecido na Instrução de Trabalho: IT_1.5_ Prover assessoria e consultoria a
empreendedores.
Fluxo do sistema
O sistema de acompanhamento, orientação e avaliação deve ser realizado sob condições controladas
e registradas, de acordo com o estabelecido na Instrução de Trabalho: IT_1.6_Acompanhamento,
orientação e avaliação.
Fluxo do sistema
O intuito do sistema de apoio à graduação e projetos futuros é identificar o momento mais adequado
para a graduação da empresa, tendo como base o seu grau de maturidade em relação ao
desenvolvimento dos produtos/ serviços, perfil empreendedor, acesso a mercado, capitação de
recursos e gestão empresarial. Além disso, este sistema visa estabelecer como será a interação
futura entre empresa graduada e incubadora. A empresa deve manter um bom desempenho em todo
O sistema de apoio à graduação e projetos futuros deve ser realizado sob condições controladas e
registradas, de acordo com o estabelecido na Instrução de Trabalho: IT_1.7_ Apoiar graduação e
projetos futuros.
O sistema gerenciamento básico deve ser realizado sob condições controladas e registradas, de
acordo com o estabelecido na Instrução de Trabalho: IT_1.8_ Gerenciamento básico.
A implantação dos documentos relativos a este manual deve ocorrer respeitando-se as fases de
implantação definidas pelo “Manual de Implantação do CERNE”. São elas:
- Seleção: A incubadora deve definir o nível de maturidade que será implantado inicialmente pela
incubadora, levando-se em consideração as características e peculiaridades da incubadora, sua
missão, visão, objetivos e propósito. Vale ressaltar que é essencial o envolvimento e
comprometimento dos parceiros para o sucesso da implantação do modelo CERNE.
- Auditoria interna: Após a implantação é necessário que a incubadora faça uma auditoria interna
para a avaliação criteriosa das práticas implantadas, a fim de identificar sua eficácia e pontos de
melhoria.
Este manual foi elaborado com o intuito de facilitar e orientar as incubadoras na implantação do nível
de maturidade CERNE 1 e prática-chave definida, conforme citado anteriormente. Vale destacar que
Após a priorização, a incubadora deve fazer o diagnóstico para identificar em qual nível são
realizadas as práticas estabelecidas pelo CERNE e como são realizadas. O modelo para realização
do diagnóstico está disponibilizado junto com os demais documentos e evidências que acompanham
este manual.
Periodicamente, os documentos devem passar por revisão, com o intuito de aprimorar os processos
da incubadora, garantindo assim a melhoria contínua. Dessa forma, as datas e números de revisão
da documentação devem ser atualizados.
Quando as práticas estiverem implantadas, é necessário que a equipe da incubadora faça uma
auditoria interna para avaliar as incoerências e possíveis pontos de melhoria nos processos. A
principal finalidade da auditoria é verificar antecipadamente as argumentações que poderão ser
utilizadas pelos auditores externos que irão certificar a incubadora.
Após a auditoria interna e realização das correções necessárias, a incubadora está apta a solicitar a
certificação, que será feita por instituição devidamente credenciada pela ANPROTEC para este fim.
ANPROTEC. Empresas incubadas mineiras terão apoio para crescer mais rápido. Disponível
em: http://www.anprotec.com.br/publicacao. Acesso em: 17 ago. 2011.
PEREIRA JUNIOR; E.H. et al. Aplicação de uma metodologia de gestão de processos, para a
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SAVI, R.; FRAZONI, A.M.B. Gestão e avaliação de processos das incubadoras de base
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SILVA, S.A. A relevância das incubadoras de empresas no mundo contemporâneo. São Paulo.
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