VII SEMANA DA QUÍMICA Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.

A extração de óleos essenciais como tema para o estudo de processos

de separação de misturas no Ensino Médio
Rafaela Barboza Torres (raafa.btorres@gmail.com), Luciana G. Duarte(luciana.gilivieira@gmail.com),
Moisés Lara (moisesslara@gmail.com), Carla Dalmolin (carla.dalmolin@gmail.com)
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: Contextualização, Formação de Professores, Ensino de Química

Introdução Tabela 1 – Métodos de extração e conteúdos

explorados
Neste trabalho apresentamos uma atividade Método Descrição Conteúdos
contextualizada para o estudo de conteúdos de O isolamento de
química do Ensino Médio, a partir dos métodos de componentes dos OEs Polaridade
Cromatografia
baseia-se na diferença de das
extração de óleos essenciais (OE). Esta atividade foi líquida
interação com as fases moléculas
desenvolvida com estudantes de um Curso de móvel e estacionária.
Licenciatura em Química e, teve por objetivo Densidade
Destilação por A passagem de vapor de
Solubilidade
contribuir na formação dos mesmos e possibilitar o arraste de água pelas plantas provoca
Mudança de
compartilhamento desta experiência com outros vapor a vaporização dos OEs.
fase
licenciandos durante um minicurso sobre a “Química Pétalas de flores são
Enfleurage mergulhadas em gordura Solubilidade
dos Perfumes”.
para dissolver os OEs.
A elaboração da atividade se deu a partir de uma Espressão A prensagem da casca de
perspectiva da filosofia da linguagem, de inspiração (prensagem a citros libera os OEs que são Solubilidade
wittgensteiniana (WITTGENSTEIN, 2014), que frio) separados por solvente.
O CO2 em temperatura e
considera a aprendizagem como uma elaboração de pressão acima do ponto
significados que se dá no contexto de uso da Extração por triplo (304,1 K e 7,38 MPa) Mudança de
linguagem, colocando em xeque metodologias de fluido adquire propriedades fase
supercrítico intermediárias entre gás e Ponto crítico
ensino que privilegiam a simples memorização de líquido, solubilizando os
teorias e o treinamento dos estudantes para OEs.
resoluções de algoritmos, tais como fórmulas, Extração por
Os OEs das plantas são
Solubilidade
classificações e nomenclaturas, deslocados da sua transferidos para os
solvente Densidade
solventes.
realidade. Assim, defendemos a necessidade de que
Fonte: Os autores (2017).
o ensino seja contextualizado e interdisciplinar.
As atividades foram executadas mediante a
Resultados e Discussão apresentação de slides, contendo imagens e figuras,
para explorar os conteúdos de química e discutir os
A elaboração das atividades iniciou-se pelo princípios em que se baseiam os diferentes métodos
estudo dos óleos essenciais (OEs), que são as de extração. Devido à limitação de carga horária,
substâncias voláteis responsáveis pelos odores e foram realizados testes olfativos e um experimento
aromas das plantas. Sendo constituídos por uma demonstrativo de cromatografia em papel para
mistura de diferentes lipídios, denominados discutir os princípios da cromatografia, mas não
terpenos, suas propriedades químicas, físicas e houve experimentos de extração.
organolépticas, dependem do tamanho das
moléculas e dos grupos funcionais presentes. Conclusões
Os métodos de extração de OEs variam de acordo
com a planta utilizada, a localização do óleo (folhas, Consideramos importante ampliar a carga horária
pétalas etc.) e, com a estabilidade dos mesmos. No das atividades, possibilitando a realização de
caso dos citros, a quantidade de OEs presente nas experimentos de extração e a resolução de
cascas permite a extração por prensagem a frio. exercícios do conteúdo explorado. No entanto, a
Porém, na maioria das plantas eles estão presentes elaboração e execução das atividades atingiram o
em quantidades ínfimas, devendo ser extraídos por objetivo principal que era de contribuir na formação
destilação ou, caso sejam sensíveis ao calor, por dos futuros docentes, permitindo a eles se
alguma outra técnica a baixa temperatura, como a familiarizarem com atividades contextualizadas e
enfleurage, na qual pétalas de flores são compreenderem a importância das mesmas para a
mergulhadas em uma gordura transferindo o OE. aprendizagem dos estudantes.
Após o estudo dos métodos de extração, foram
definidos os conteúdos de química (TABELA 1) e os REFERÊNCIAS
recursos didáticos a serem explorados. _________________________________________
WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações Filosóficas. 9ed.
Petrópolis: Vozes, 2014. 350 p.
VII SEMANA DA QUÍMICA Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.

Abordagens comunicativas e movimentos epistêmicos em uma aula de

Química
Cláudia Honara da Rosa Waisczik, Gabriela Venturi, Nicole Glock Maceno
claudiahonara@gmail.com; venturigabriela@yahoo.com.br; nicolemaceno@gmail.com
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: Abordagem comunicativa, movimentos epistêmicos, interação, ensino de química, linguagem, conceitos.

não foi possível pela falta de adesão da turma à proposta

Introdução da professora.
Este trabalho busca avaliar e apresentar os tipos de
abordagens comunicativas e as ações desenvolvidas -
designadas como movimentos epistêmicos - por uma
professora de Química junto aos seus alunos, ao longo de
uma aula de 20 minutos cujo tema foi “Tratamento de Água
e os Polímeros”, ministrada para uma classe do terceiro
ano do ensino médio de uma escola da rede pública de
Joinville (Santa Catarina). A pesquisa focalizou na análise
das interações em sala de aula tendo como objetivo a
instrução formal quanto às etapas do tratamento da água
pela Cloração. A construção e justificação do
conhecimento foram realizadas pela professora pelo uso
de recursos audiovisuais e da apresentação de
argumentos comunicativos que visaram o ensino e a
interação com toda a turma. O discurso da professora foi Gráfico 1: representação gráfica quantitativa dos movimentos epistêmicos.
analisado segundo a categoria “Abordagem Comunicativa” Durante a aula, observou-se que o discurso interativo de
(interativo/dialógico, não interativo/dialógico, autoridade (IA) e não-interativo de autoridade (NA) foram
interatívo/autoridade, não interativo/autoridade) e os os que mais prevaleceram, pois a participação dos alunos
movimentos epistêmicos emergentes em segmentos foi pouco significativa, e a professora respondia a maioria
discursivos da aula, analisados segundo seis categoriais das questões que ela colocava para a turma.
epistêmicas: elaboração, reelaboração, confirmação,
instrução, correção e síntese. Foram selecionados seis
episódios discursivos para a análise, escolhidos quando Conclusões
constatado que eram segmentos caracterizados por uma Ao fazermos uma análise da aula e dos dados obtidos
maior interação entre estudantes e a professora. através de tabelas e gráficos, podemos observar como a
interação entre a turma e o professor induz à utilização dos
movimentos epistêmicos e de diferentes abordagens
Resultados e Discussão comunicativas. Uma vez que houve pouca interação entre
os alunos e a professora, o movimento epistêmico mais
A professora buscou interagir com os alunos através de
utilizado durante a aula foram os de Instrução e de
questionamentos, principalmente quando ela adotava o
Elaboração. E qual a importância do uso de movimentos
movimento epistêmico de Elaboração. Porém, os alunos
epistêmicos na sala de aula? Nessa análise, podemos
não tiveram uma participação realmente ativa na aula,
observar a sua importância na construção do
podendo justificar o fato de a interação social entre a
conhecimento do aluno no ensino de Ciências, de forma a
professora e os alunos não ter sido de maneira tão efetiva.
ampliar sua visão sobre a ciência, a se questionar, a
Isto foi constatado pelo fato de que a turma não respondeu
incentivá-lo à investigação e compreender o uso e a
prontamente os questionamentos inicialmente
importância da Ciência no desenvolvimento tecnológico e
apresentados, necessitando de prolongamento da
cientifico da sociedade. Esses movimentos engajam o
apresentação da problemática inicial.
aluno a desenvolver sua compreensão epistemológica.
Conforme o Gráfico 1, o movimento epistêmico mais
realizado pela professora foi o de Instrução junto com o REFERÊNCIAS
movimento de Elaboração e também a Reelaboração. A
Confirmação e a Síntese foram menos utilizadas durante a
aula. Em nenhum momento foi observado o movimento
epistêmico de Correção. Tais resultados podem ser ARAÚJO, A. O. O uso do tempo e das práticas
atrelados à falta de respostas dos alunos, dificultando a epistêmicas em aulas práticas de química. 2008. 143f.
continuidade da interação com a professora. Os Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de
movimentos de Instrução, Elaboração e Reelaboração por Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
serem os mais realizados condizem com a abordagem Horizonte, 2008.
comunicativa mais realizada pela professora - Interativa de
Autoridade (IA) – o que indica seu esforço e integrar os BORGES, D.R.; SILVA A.C.T.; NASCIMENTO E.D.O.
Movimentos epistêmicos de uma professora em atividades
estudantes num diálogo e movimentos alternados de investigativas de ciências. Scientia Plena, v.10, n.4(B),
turnos de fala na aula, porém, tal situação comunicativa 2014.
VII SEMANA DA QUÍMICA
Análise das Funções Executivas de Acadêmicos do Curso de
Licenciatura em Física Através da Torre de Hanói
Prof. Dra. Elisa Henning (elisa.henning@gmail.com);
(ermelindasilvana@gmail.com); Lorena Silva de Andrade Dias (lorena.andradedias@gmail.com);
Luciana Gili Vieira Duarte (luciana.gilivieira@gmail.com); Prof. Dra. Tatiana Comiotto
(Comiotto.tatiana@gmail.com); Vitória Castro Cruz (vitóriacruzss077@gmail.com).
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: funções executivas, aprendizagem, neuroaprendizagem, atenção
Introdução
Esse trabalho tem por objetivo analisar as funções
executivas, através de teste neuropsicológico, utilizando a
Torre de Hanói, em estudantes típicos do 9º ano (EF) e 3º
ano (EM) de escolas públicas e particulares de
Joinville/Santa Catarina, a fim de desenvolver estratégias
que auxiliem o processo pedagógico.
Tornar conhecido os fundamentos neurocientíficos do
processo de neuroaprendizagem, pode contribuir para o
sucesso ou o insucesso de algumas estratégias
pedagógicas
Imagem 1: Funções do cérebro
Fonte: disponível em:
<http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/>
Acesso em 30. Maio. 2017.
A neurociência esta anexa aos conhecimentos naturais e
biológicos, buscando descrever a estrutura e
funcionamento neural e sua compreensão dos fenômenos
observados. Enquanto a educação cria condições para
desenvolver as competências do aprendiz dentro de um
contexto, sendo abordada por aspectos humanos, entre as
quais, a sala de aula, a comunidade e a família do aprendiz.
A relação entre os dois estudos surge através de
questionamentos desafiadores que ocorrem na prática
pedagógica. Exploraremos principalmente a relação entre
as funções executivas e a aprendizagem.
Metodologia
A atividade ocorrerá em três etapas: com 3, 4 e 5 discos.
Em cada fase do processo será solicitado ao participante
Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.
Ermelinda Silvana Junckes
que realize o arranjo três vezes. Com os dados que serão
obtidos, uma análise estatística será efetuada para
identificar se há diferença no desenvolvimento das funções
executivas entre os alunos, de acordo com suas séries
escolares, e entre as instituições escolares. O uso da Torre
de Hanói se justifica devido ao desafio cerebral presente
na sua execução, uma vez que se relaciona com questões
de planejamento, isto é, para chegar à solução da atividade
proposta é preciso que o indivíduo “encontre a solução
mais direta e com o menor número de movimentos, ou seja,
deve poder olhar adiante para determinar a ordem de
movimentos necessária” (1)
Resultados e Discussão
Para base da análise, um pré-teste foi executado com nove
alunos de graduação, do curso de Licenciatura em Física,
da Universidade do Estado de Santa Catarina –
UDESC/CCT. A primeira etapa foi concluída no tempo
médio de 48 segundos e com 7 movimentos. A segunda
etapa da tarefa foi concluída no tempo médio de 01:18
minutos e com 22 movimentos. Por fim, a terceira etapa foi
finalizada em 02:35 minutos e em 62 movimentos.
Conclusões
Notou-se que, ao aumentar o número de discos, os
participantes levaram mais tempo e utilizaram mais
movimentos, além do mínimo, para sua conclusão. Em
especial, no segundo arranjo da terceira etapa, a maioria
dos alunos executaram mais movimentos do que no
primeiro arranjo. De acordo com relato dos participantes,
isso pode ter ocorrido devido à pressão surgida a partir de
um cenário de competição entre eles. Assim, para
aplicação desse mesmo teste com o público alvo, será
necessária uma ação que previna o surgimento da
competição entre os participantes e, também, a realização
de uma cronometragem mais apurada do tempo uma vez
que, na etapa com três discos, é possível sua finalização
em menos de 1 minuto.
REFERÊNCIAS
COSENZA, R. M e GUERRA, L. B. Neurociência e
Educação. São Paulo: Artmed, 2011.
SANT’ANNA, BA. et al. Torre de Hanói: proposta de
utilização do instrumento para sujeitos de 13 a 16 anos.
PePSIC [periódico online] 2007 [citado 2017 Maio 05]; 5(2):
1-21. Disponível em URL:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ph/v5n2/v5n2a04.pdf
SEABRA, A.G. DIAS, N.M. Avaliação Neuropsicológica
Cognitiva – Atenção e Funções Executivas. São Paulo:
Volume 1, Memnon, 2012.
VII SEMANA DA QUÍMICA
Desafios na Elaboração de Oficinas de Aprendizagem
Luciana G. Duarte (luciana.gilivieira@gmail.com),
(ermelindasilvana@gmail.com), Moisés Lara (moisesslara@gmail.com),
(carla.dalmolin@gmail.com), Rafaela B. Torres (raafa.btorres@gmail.com).
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: Contextualização, Aprendizagem, Oficinas.
Introdução
Neste trabalho discutimos os desafios apontados por
extensionistas do Projeto Portal da Química, durante a
elaboração de uma Oficina de Aprendizagem, realizada no
Curso de Química da Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC), cuja proposta era contextualizar
conteúdos de química do Ensino Médio.
Segundo Santos (2007)1, a contextualização tem por
objetivo desenvolver atitudes e valores em uma
perspectiva humanística diante das questões sociais
relativas à ciência e à tecnologia, assim como, auxiliar na
aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos
relativos à natureza da ciência. Também, na formação
docente, a contextualização valoriza experiências,
possibilita novas competências e permite uma reflexão
mais aprofundada (MARCELO, 2009)2.
Considerando que o aprendizado de ciências deve ir
além do conhecimento técnico e contribuir para a
capacidade de interpretar fenômenos naturais do cotidiano,
apresentamos o estudo de uma oficina, que explorou o
tema “Perfumes”, para a abordagem de conteúdos como
Polaridade das Moléculas, Forças Intermoleculares e
Separação de Misturas, além de aspectos históricos da
produção e combinação de óleos essenciais e, da
problematização do uso de essências artificiais e sintéticas.
Desta forma, espera-se que o estudante compreenda a
importância dos conteúdos estudados e não os considere
apenas como uma formalidade a ser cumprida, sem
nenhuma conexão com o seu mundo.
Durante a elaboração da oficina foram realizados
encontros com os extensionistas para a escolha dos
conteúdos a serem pesquisados e definição das
abordagens e recursos didáticos. Após a preparação
inicial, foram elaboradas as atividades experimentais e, por
fim, a oficina foi apresentada durante a Semana das
Ciências, realizada na UDESC em 2016.
Resultados e Discussão
Após as atividades foi realizada uma enquete, por meio
de questionário eletrônico, respondido por quatro
extensionistas que opinaram sobre as dificuldades de
elaboração e execução desta oficina no Ensino Médio,
cujos resultados são apresentados a seguir.
- Aquisição dos Materiais
Os estudantes manifestaram preocupação com os
materiais necessários que, além de etanol e ervas
aromáticas que são de fácil aquisição, inclui também
essências de perfumes que podem ser adquiridas pela
internet, mas têm um custo bastante elevado.
- Conteúdos gerais e específicos
Foram apontadas dificuldades relativas ao
conhecimento do professor, tanto sobre conteúdos sobre o
tema, como por exemplo, as técnicas de combinação de
essências, quanto aos conteúdos de química,
Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.
Ermelinda S. Junckes
Carla Dalmolin
principalmente em relação aos métodos de extração de
óleos essenciais. No entanto, tais dificuldades já eram
esperadas, não só porque os licenciandos ainda estavam
nas fases iniciais do curso, mas também porque o tema
envolve conteúdos específicos que, por seu caráter
interdisciplinar, raramente são abordados na graduação.
- Tempo para elaboração e execução da oficina
Estas preocupações devem-se, principalmente, ao fato
de que, para se preparar adequadamente para a definição
dos conteúdos, recursos didáticos e atividades a serem
realizadas numa oficina, há necessidade de o professor
dedicar à pesquisa um tempo muito maior do que o exigido
para uma aula não contextualizada. Enquanto que,
possivelmente, a preocupação com tempo de execução da
oficina esteja associada à reduzida carga horária da
disciplina de química e o receio do professor em não
cumprir o currículo do Ensino Médio.
- Dificuldade dos estudantes com o conteúdo
Parte da preocupação com as dificuldades dos
estudantes pode ser um reflexo da insegurança do próprio
docente diante do tema abordado, o que sugere a
necessidade de um bom planejamento, com objetivos de
aprendizagem adequados ao desenvolvimento dos
estudantes e ao tempo disponível.
Conclusões
A preocupação com o tempo necessário à elaboração
da oficina, reflete o fato de que, um ensino de qualidade
exige que o docente tenha uma distribuição equilibrada
entre a carga horária dedicada à sala de aula e àquela
destinada às atividades pedagógicas.
Considerando que o tempo de execução da oficina
também é maior do que o de uma aula não contextualizada,
é de se esperar uma limitação nos conteúdos abordados,
apontando para a necessidade de uma reflexão sobre o
currículo que conduza a uma melhor seleção dos mesmos,
prezando pela qualidade do aprendizado. No entanto, a
escolha da estratégia de abordagem e o estabelecimento
de metas realistas, sem a pretensão de esgotar o assunto,
são tão importantes quanto a seleção cuidadosa dos
conteúdos.
Entendemos que os desafios apresentados pelos
licenciandos fazem parte do cotidiano do profissional
docente. Sendo assim, a elaboração de oficinas apresenta-
se como uma oportunidade para a reflexão, atualização e
aprofundamento dos conhecimentos.
REFERÊNCIAS
_________________________________________
1
SANTOS, W.L.P. Contextualização no Ensino de Ciências
por Meio de Temas CTS em uma Perspectiva Crítica.
Ciência e Ensino, V.1, 2007.
2
MARCELO, C. Desenvolvimento Profissional Docente:
passado e futuro. Sísifo - Revista de Ciências da
Educação, n.8, p.7-22, 2009.
VII SEMANA DA QUÍMICA
Drogas, Saúde e Medicamentos
Anne Gabrielle Meirinho (annemeirinho@hotmail.com); Edinara Luiz (edinaraluiz@hotmail.com)
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: Drogas, Medicamentos, Ciência, Sociedade e Tecnologia.
Introdução
O estudo da ciência e da tecnologia têm avançado cada
vez mais sociedade, e um tema dessa área de
conhecimento que gera muita discussão é sobre as drogas,
saúde e medicamento. Para isso, na disciplina de Ciência
Tecnologia e Sociedade – CTS, orientado pela professora
Tatiana Comiotto, fez-se um estudo maior da influência e
as questões que esse assunto gera, levantando reflexões
acerca dele, discutindo sobre a diferença entre droga e
medicamento, mostrando que as drogas eram usadas
como medicamento no passado, como as drogas são
classificadas e o prejuízo que elas podem causar. Também
será discutido sobre os medicamentos e a ética, casos de
medicamentos que resultaram em prejuízos para a
sociedade e por fim, o papel do governo sobre a saúde.
Além disso, também busca-se realizar reflexões sobre o
uso de drogas como medicamentos de forma a promover a
quebra de barreiras cientificas, tecnológicas e abalando
os preconceitos sociais
Resultados e Discussão
O tema sobre drogas, saúde e medicamentos é somente
um dos ramos de conhecimento que CTS está inserido.
Entende-se que é importante estudar mais profundamente
esse tema, pois há muita confusão e falta de
fundamentação por parte da população no que se refere
aos benefícios e malefícios das drogas e medicamentos na
saúde. Dessa forma, primeiramente deve-se entender a
diferença dos conceitos dos mesmos. Assim, medicamento
é uma estrutura química conhecida com propriedades
benéficas comprovadas cientificamente. Já as drogas, são
substâncias que modificam as funções fisiológicas com/ou
sem a intenção benéfica.1
No passado, muitas das drogas que hoje são proibidas de
serem comercializadas, eram utilizadas como remédios
que aliviavam a dor, serviam como anestésico,
melhoravam problemas digestivos e respiratórios. Como
exemplo disso, temos a heroína, metanfetamina, cocaína e
ópio.2 Mas, com o passar dos tempos, foi visto que mesmo
que elas possuíssem propriedades benéficas, haviam
também efeitos colaterais que poderiam até mesmo viciar
os seus usuários.
Dentro disso, ressalta-se que existem três tipos de drogas,
as estimulantes, depressoras e alucinógenas, sendo que
elas podem causar prejuízos não somente para a vida
daquele que a usa, mas daqueles que os cercam.3 Essa
questão gera a reflexão do motivo pelo qual as pessoas
utilizam as drogas, que estão relacionados a aceitação por
um determinado grupo, sentirem-se mais animados em
festas, para fugir dos problemas, ou até mesmo por
questões sociais.
No entanto existe o outro lado da história, quando o
medicamento acaba trazendo até mais prejuízo do que as
drogas. Isso pode ocorrer pela má conservação do
medicamento, pela ingestão fora do prazo da validade,
erros na prescrição médica erros na prescrição médica e
pela automedicação. Além desses fatores, há também a
questão ética que deve ser levada em consideração
quando se produz um novo medicamento, visando a
Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.
proteção da sociedade contra os riscos que os mesmos
podem causar, assim, é de extrema importância que estas
substâncias sejam pesquisadas e testadas profundamente
antes de chegar aos consumidores.4
Como prova da importância deste tema na sociedade atual,
observa-se que os gatos da população em geral, com
serviços de saúde e medicamentos, aumentaram
significativamente com o passar dos anos, mesmo sendo
papel do governo federal auxiliar a população nesse
aspecto. Além disso, o número de internações de pacientes
usuários de drogas aumentou durantes os últimos anos,
bem como os gastos públicos com estes casos. Dessa
forma, é claro o preconceito criado em cima de drogas
ilícitas, sendo reconhecido pela sociedade os seus
malefícios. Porém, atualmente, existem casos de
tratamentos de doenças degenerativas, como Parkinson,
sendo realizados com auxílio de substâncias isoladas
presentes nessas drogas ilegais.5 Esta é uma forma de
quebrar barreiras e vencer preconceitos, porém existe uma
ampla discussão social e tecnológica em torno desses
avanços, como, por exemplo, o impacto que esses testes
com drogas ilegais podem causar nas futuras gerações. E
são esses debates que objetivou-se criar com esse
trabalho.
Conclusões
A partir do estudo sobre as drogas, saúde e medicamentos,
pode-se concluir que Ciência Tecnologia e Sociedade é
uma área de conhecimento que envolve tudo o que nos
cerca e está totalmente relacionado com o tema estudado.
Além disso, percebe-se que há muita contrariedade sobre
o uso de drogas como opção de tratamento de doenças
devido à preocupação da sociedade com o uso indevido
das drogas, tal uso que tem resultado em um grande
prejuízo na população. Por outro lado, também pode-se
ressaltar que alguns medicamentos também podem ser
usados como drogas, seja pelo uso incorreto dos mesmos
ou então pela questão ética. Portanto, deve-se tomar muito
cuidado ao discutir sobre esse assunto, entendendo que é
um tema que envolve questões políticas, sociais e éticas.
Referências
1
PORTALEDUCAÇÃO. Farmacologia: Conceitos Básicos.
Disponível em:
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermage
m/farmacologia-conceitos-basicos/681> Acesso em: 17/05/2017
2
R7. Drogas usadas como remédio no passado. Disponível em:
<http://segredosdomundo.r7.com/5-drogas-usadas-como-
remedio-no-passado/> Acesso em: 09/05/2017
3
SAUDEIG.Drogas. Disponível em:
<http://saude.ig.com.br/drogas/> Acesso em: 08/05/2017
4
GOLDIN, J. R. A avaliação ética da investigação científica de
novas drogas: a importância da caracterização adequada das
fases da pesquisa. Rio Grande do Sul, 2007.
5
NOTICIASUOL. Maconha alivia mal de Parkinson. Disponível
em:<https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-
noticias/redacao/2016/12/08/homem-usa-maconha-para-aliviar-
sintomas-do-parkinson-funciona-mesmo.htm> Acesso em:
09/05/2017
VII SEMANA DA QUÍMICA
Esverdeando a Química Orgânica Experimental
Anne Gabrielle Meirinho (annemeirinho@hotmail.com)
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: Química Orgânica, Química Verde, Química experimental
Introdução
As questões ambientais têm alcançado grande destaque
nacionalmente e internacionalmente, e essa preocupação
tem aumentado devido ao crescimento descontrolado de
emissões de poluentes e descartes incorretos de resíduos.
Na Química, muito se tem discutido sobre maneiras de
fazer com que sejam utilizados reagentes menos poluentes
ao meio ambiente, sobre reduzir a quantidade dos mesmos
e também sobre como tratar os resíduos gerados.1 Dessa
forma, o presente trabalho tem como objetivo inserir esse
conhecimento nas disciplinas do curso da graduação,
começando pela disciplina de Química Orgânica
Experimental, reformulando os experimentos realizados,
para diminuir a quantidade de reagentes e resíduos.
Resultados e Discussão
A partir de 1990, o mundo passou a atentar para as
questões ambientais. Desde então, surgiram diversas
conferências para decidir o que fazer diante dos problemas
ambientais, gerando então os protocolos. O Brasil sempre
esteve presente nessa história, porque desde as primeiras
colônias, e principalmente com a revolução industrial,
grande impacto ambiental foi gerado, tendo a poluição do
ar, do solo, e das águas. A Química é colocada como um
dos grandes responsáveis por esses acontecimentos, e
através disso surgiu a Química Verde, definida pela IUPAC
como “A invenção, desenvolvimento e aplicação de
produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o
uso e a geração de substâncias perigosas”.2
O estudo da Química Verde começou em 1991, através da
agência ambiental norte-americana EPA (Environmental
Protection Agency) que lançou o programa “Rotas
Sintéticas Alternativas para Prevenção de Poluição”. Em
1995, o Estados Unidos criou o programa “The Presidential
Green Chemistry Challenge” que premiava trabalhos que
reduzissem a produção de resíduos. A partir de então, o
estudo da Química Verde tem se expandido grandemente. 3
Com o avanço desse estudo e pelas questões ambientais
que permeiam o mundo em que vivemos, viu-se a
necessidade de inserir esse conhecimento nas aulas de
Química Orgânica Experimental, como o professor Daryle
H. Busch da Sociedade Americana de Química afirmou “A
Química Verde representa os pilares que sustentam o
nosso futuro sustentável. É imperativo que se ensine o
valor da Química Verde para os químicos do amanhã”.4
Assim, o objetivo desse trabalho seria apresentar o
conceito de Química Verde aos alunos, introduzir novas
metodologias que levem em consideração os princípios de
Química Verde e otimizar os experimentos atuais,
reduzindo as quantidades de reagentes e geração de
resíduos.
Para isso, o material de Química Orgânica Experimental
foi totalmente reformulado através da inserção do estudo
dos 12 princípios da Química Verde, que são: Prevenção,
Eficiência Atômica, Síntese Segura, Desenvolvimento de
Produtos Seguros, Uso de Solventes e Auxiliares Seguros,
Busca pela Eficiência de Energia, Uso de Fontes de
Matéria-prima Renováveis, Evitar a formação de
Derivados, Catálise, Produtos Degradáveis, Análise em
Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.
Tempo real para a Prevenção da Poluição e por fim, a
Química Intrinsecamente Segura para a Prevenção de
Acidentes.3
Para empregar todos esses princípios, primeiramente foi
realizada uma ampla revisão bibliográfica sobre o tema
para que fosse entendido como é o estudo da Química
Verde. Depois, foram analisados os experimentos atuais da
disciplina, para ver o que precisava ser alterado, e como
isso deveria ser feito. Após isso, foi realizada a otimização
do experimento, ou até mesmo a substituição do
experimento atual para um que correspondesse mais aos
requisitos desejados. Sendo que para isso, foi necessário
pesquisar e a realizar o procedimento do mesmo no
laboratório, sendo testado e otimizado de forma que a
metodologia utilizada levasse em consideração a
economia de átomos e menor geração de resíduos.
Como exemplo desse trabalho realizado, tem a inserção do
experimento de coluna cromatográfica utilizando folhas de
espinafre, que resultam em duas manchas: uma de
coloração verde (que representa a clorofila) e outra de
coloração amarela (que representa o -caroteno),
elementos mais naturais se comparados ao experimento
que era feito anteriormente, feito com naftaleno e p-
nitroanilina. Outro exemplo foi a redução do experimento
de extração de solventes ativos, que anteriormente
utilizava-se de 1g de cada um dos seguintes reagentes:
ácido benzoico, p-nitroanilina, naftaleno e -naftol, e
passou a ser utilizado apenas 250 mg de cada um.
Assim, outros experimentos também foram modificados ou
substituídos de modo que os princípios da Química Verde
fossem aplicados, para que menos impacto seja gerado no
meio ambiente e também para que os alunos passem a ter
um pensamento mais sustentável e questionador a respeito
desse estudo.
Conclusões
A partir do estudo da Química Verde, pode-se ver o quanto
de resíduos eram gerados na disciplina de Química
Orgânica Experimental e que foi possível utilizar-se dos
princípios da Química Verde para diminuir a quantidade de
reagentes, substituir a utilização de reagentes que sejam
mais tóxicos e ter a economia de átomos. Formando assim,
alunos com um pensamento mais sustentável em relação
as questões ambientais que permeiam o meio em que
vivemos.
REFERÊNCIAS
________________________________________
1
Geo, F. A Questão Ambiental no Brasil. Junho, 2010
2
P. Tundo et al, Pure Appl. Chem. 72 (7), p. 1207-1227, 2000.
3
Leonardão, E. J.; Freittag, R. A.; Dabdoub, M. J.; Batista, A.C.F;
Silveira, C.C. Quim. Nova 2003, 26, 123.
4
Esverdeando o currículo de Química. Disponível em:
<http://www.scranton.edu/faculty/cannm/green-
chemistry/portuguese/environmentalnotetoinstructor.shtml> Acessado
em: 15/05/2017
VII SEMANA DA QUÍMICA Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.

Jornal Momento Químico

Carlos E. Rocha (carlosedurocha10@gmail.com; Felipe Machado (98fmachado@gmail.com); Isadora J.
Velloso (isadora.jorge.pinto@gmail.com); Karoline dos S. Tarnowski (karol.tarnowski@hotmail.com);
Lucas Kunicki (lucaskunicki@hotmail.com); Maria E. Sonnenhohl (mari.eliseson@gmail.com); Victor S.
Jelinski (victor_gui_sea@hotmail.com); Brenno R. M. Oliveira (brenno.oliveira@udesc.br); Fabiola S. F.
Sell (fabiola.sell@udesc.br); Tatiana Comiotto (comiotto.tatiana@gmail.com).
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: Jornal, Química, Educação, Divulgação Científica, CTS.

Introdução funcionamento fisiológico, contextualizando matérias como

a química orgânica e bioquímica.
O Programa de Extensão: Jornal Momento
Químico visa apresentar um jornal baseado na grande área
de química, com a produção dos discentes da graduação
em Licenciatura em Química da Udesc - CCT, coordenados
e acompanhados por três docentes do curso. Este trabalho
apresenta assuntos relacionados à Química e CTS -
Ciência, Tecnologia e Sociedade, como: cotidiano, história,
experimentos, etc.
O jornal como instrumento didático-pedagógico,
traz um olhar aberto e atualizado, além de ser um espaço
de divulgação de ideias e ciência, comunicação, opinião,
interesses e contornos multi, inter e transdisciplinares. O
Jornal visa contribuir para que o estudante adquira
competências comunicativas e lhe oportunize uma
argumentação clara e segura, dando um significado de
leitura e, por conseguinte, a produção textual, onde estes
têm suas escritas fidedignas, uma vez que suas fontes são
de origem acadêmica, oportunizando uma fonte rica em Figura 1. Páginas um e dois, edição Drogas – 2016.
conhecimento científico. Além disso, o jornal possui uma
diversidade de tipologias e gêneros discursivos. Durante o período de execução da primeira edição
do projeto do jornal contamos com oito edições, dentre elas
Resultados e Discussão sete edições usuais e uma edição especial, com a
impressão de 2640 jornais, sua segunda edição foram
Em cada edição são realizados estudos de
feitas sete edições com impressão de 1400 jornais preto e
referências e análises de fatos ou datas importantes que
branco e 35 jornais murais coloridos. Atingindo
estejam ocorrendo naquele mês para a seleção dos
principalmente estudantes de graduação em licenciatura e
assuntos que serão abordados. Ao iniciar a produção
estudantes das escolas participantes do Pibid.
textual, levam-se em consideração todas as competências
de escrita e leitura do discente, para que assim ele consiga
produzir um texto genuíno. Considerações
O jornal possui oito páginas e é impresso em folha
tamanho A3, com impressão em preto e branco, contando Este projeto demonstrou que o recurso didático-
também com edições coloridas espalhadas pelo campus pedagógico “jornal” é uma ferramenta importantíssima para
CCT, em forma de jornal mural. As edições são, também, o aprendizado e ensino, pois dá margens ao discente
expostas em meio digital pelo blog exercitar sua curiosidade além das informações já
(https://jornalmomentoquimico.wordpress.com). prestadas pelo docente em seu conteúdo habitual. A leitura
O jornal Momento Químico teve início em 2015, não muito científica e mais coloquial pode apresentar uma
como um projeto PRAPEG (Programa de Apoio ao Ensino fonte mais agradável, possibilitando ao educando praticar
de Graduação), entretanto sua estrutura de apenas jornal sua competência na leitura com maior frequência e
impresso foi modificada, contando com Jornal Falado, site tenacidade.
do jornal e jornal impresso, vindo a se tornar um novo
programa, mas desta vez um programa de Extensão. Referências
Todas as edições do jornal foram tematizadas a
partir das situações encontradas na universidade, como: BRAIT, B. (Org.). Bakhtin e o Círculo. São Paulo:
Despedindo-se do Verão, falando sobre a química Contexto, 2009.
envolvida nos filtros solares, além das abordagem de MALDANER, O. A.; SANTOS, W. L. P. Ensino de química
absorção de raios ultravioleta, na matéria de físico-química; em foco. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2013.
Química Forense, que fala sobre várias técnicas de
análises químicas, como espectrometria de massa e PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO
cromatrografia. Dando destaque para as matérias de físico- ENSINO MÉDIO. Ciências da natureza, matemática e
química, química analítica e história da química; Drogas suas tecnologias. Disponível em <
(Figura1), onde o acadêmico teve oprtunidade de conhecer http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf>
algumas fórmulas das drogas usuais, além de entender seu Acesso em 05 de março de 2016.
VII SEMANA DA QUÍMICA
LAPSI - Laboratório de Psicologia da Educação para o Ensino de
Ciências
Karoline dos Santos Tarnowski (karol.tarnowski@hotmail.com) e Tatiana Comiotto (comiotto.tatiana@gmail.com)
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: Materiais didáticos, ensino-aprendizagem, ciências, psicologia da educação, laboratório.
Introdução
O LAPSI, Laboratório de Psicologia da Educação
para o Ensino de Ciências (Química, Física e Matemática)
é um espaço fundado em 2011 destinado à elaboração,
utilização e empréstimo de recursos didático-
metodológicos produzidos por alunos das disciplinas de
Psicologia da Educação I e II e também por discentes
bolsistas e voluntários atuantes em projetos de ensino,
pesquisa e extensão nas áreas das licenciaturas em
Química, Física e Matemática.
Figura 1. Entrada do Laboratório de Psicologia da Educação para o Ensino
de Ciências - LAPSI.
Além disso, o LAPSI é sede dos projetos (1) Jornal
Momento Químico, (2) Materiais Didático-pedagógicos
para o Ensino de Química, (3) Playground da Matemática,
(4) Neurociências e Educação, (5) Práticas Educativas em
Ciências, Matemática e Tecnologias: Teorias, Estratégias
e Recursos Didático-pedagógicos para a Formação de
Professores e, também da (6) Monitoria das disciplinas de
Psicologia da Educação I e II e Ciência, Tecnologia e
Sociedade.
Dentre os objetivos deste laboratório, destacam-
se a assessoria ao ensino de Ciências; a seleção,
organização, aquisição e produção de materiais didático-
pedagógicos a serem disponibilizados para consultas de
professores e alunos do ensino médio e fundamental; a
formação continuada para o professor de Ciências e
Matemática; a melhoria da qualidade na formação do aluno
de Licenciatura em Ciências; o atendimento pessoal aos
professores de Ciências do Ensino Médio e o
desenvolvimento de pesquisas na área de Psicologia da
Educação, Didática e Ciências.
Resultados E Discussão
Quanto aos resultados obtidos, de acordo com a
Tabela 1, pode-se verificar o número de estudantes da
UDESC envolvidos com os projetos desenvolvidos no
LAPSI e o número aproximado de pessoas do público-alvo
atingidas. Dessa forma, verifica-se que o Laboratório tem
se constituído espaço com valor significativo para o
desenvolvimento de projetos que beneficiam estudantes de
diversos níveis de ensino em diferentes áreas.
Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.
Tabela 1. Projetos, área, alunos envolvidos e público atingido.
Discentes envolvidos Público
Projetos Áreas
Graduação Mestrado beneficiado
(1) Química 7 - ~ 200
(2) Química 5 - ~ 150
(3) Matemática 4 1 ~ 1400
(4) Química 3 - ~ 80
Ensino de
(5)
Ciências
5 15 ~ 1500
Química,
(6) Física e 1 - ~ 85
Matemática
Fonte: Relatórios dos projetos e programas
Quanto ao que tem sido feito neste primeiro
semestre de 2017, três palestras foram promovidas. Uma
sobre a construção de conhecimentos científicos sobre a
nanotecnologia aplicada às doenças negligenciadas,
ministrada pela professora Myrrena Inácio e outra sobre
Crowdfunding, ministrada pela jornalista Vanessa Bencz,
ambas as palestras promovidas pela disciplina de Ciência,
Tecnologia e Sociedade (CTS). Além disso, a disciplina de
Psicologia da Educação também promoveu uma palestra
sobre homossexualidade, ministrada pela licencianda em
Química, Michele Tomaz.
Além disso, neste ano o LAPSI participou do
Udesc de Portas Abertas, evento com intuito de mostrar
aos estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e
privadas como é o cotidiano no campus, como funciona a
universidade, seus mais de cem laboratórios de ensino e
pesquisa, os projetos desenvolvidos, os cursos oferecidos
e oportunidades que poderão surgir ao concluírem os
cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela
instituição. Aos alunos, foram apresentados os jogos
desenvolvidos pelos atuantes dos projetos Materiais
Didático-Pedagógicos para o Ensino de Química e
Materiais Didático-Pedagógicos Para o Ensino de
Matemática, bem como os jornais desenvolvidos pelos
acadêmicos participantes do Programa de Extensão:
Jornal Momento Químico.
Considerações
Um espaço destinado aos trabalhos envolvendo
projetos relacionados ao ensino e aprendizagem nas
diversas áreas e níveis de ensino é de grande valor para
que tais ações possam ser bem planejadas e
desenvolvidas. Desse modo, verifica-se que o Laboratório
de Psicologia da Educação para o Ensino de Ciências tem
contribuído para projetos de ensino, pesquisa e extensão
que almejam uma melhoria na educação. Além disso,
através do que já foi produzido, verifica-se que ainda há
trabalho a ser realizado para uma melhoria no cenário
educacional. Contudo, para que isso ocorra é necessário
que locais e projetos como os do Laboratório continuem
existindo e sejam mantidos pelo poder público. A fim de
que haja um constante diálogo e troca de saberes e
materiais entre escolas e universidade.
VII SEMANA DA QUÍMICA
Marcando a pele com Química: A prática da tatuagem na atualidade e a
empregabilidade
Maiara Ignês Nunes dos Santos, Samara Machado Nunes da Silva, Tainara Zampieron e Nicole Glock
Maceno.
maiara.ignes@gmail.com; sami_sama13@hotmail.com;
nicolemaceno@gmail.com.
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: Tatuagem, metais pesados, ensino de química.
Introdução
A tatuagem vem se tornando uma arte corporal muito
procurada entre os jovens. Porém, a sua prática pode
gerar algumas implicações na saúde e também para
quem procura emprego devido ao preconceito de
muitas pessoas que acreditam que sua origem vem
dos centros penitenciários ou gangues.
Buscaremos através de uma sequência didática
planejada e aplicada em uma turma de ensino médio
a discussão da arte corporal e de situações de
controvérsias e de ambiguidade sociais em relação a
essa arte, tais como o preconceito, a discriminação e
a dificuldade de empregabilidade, aspectos
presentes na atual sociedade. Para isso, serão
integrados fatores históricos, químicos e sociais
desta arte.
Dessa maneira, procuraremos promover nos
estudantes o desenvolvimento crítico por meio da
abordagem de aspectos históricos, compreender as
diferentes tintas utilizadas para a ornamentação até
chegar aos tempos modernos, a atual composição
das tintas e como estes elementos afetam o
organismo humano.
Resultados e Discussão
Através de uma metodologia investigativa se espera
despertar maior interesse dos estudantes sobre a
química envolvida no processo de tatuagem.
Pretende-se estimular a reflexão e o questionamento
dos alunos sobre o preconceito em relação ao uso de
tatuagem no âmbito profissional através de debates
entre os educandos.
Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.
taizampieron@gmail.com;
Torna-se imprescindível a discussão não apenas da
dimensão social, ou seja, de todo o preconceito
envolvido neste processo, mas também abordar a
periculosidade da utilização dos metais de alta
densidade presentes nas tintas utilizadas na
realização de tatuagens.
A metodologia empregada visa incentivar a pesquisa
através de um meio investigativo de modo a
proporcionar ao estudante um pensamento crítico por
meio de um embasamento teórico, bem como o
raciocínio lógico e o trabalho em equipe.
Através deste projeto buscaremos destacar os
benefícios e os malefícios decorrentes do uso de
pinturas corporais, bem como apresentar a origem da
tatuagem e a sua atual utilização na sociedade
moderna.
Conclusões
A aplicação do projeto na disciplina Prática de Ensino
de Química (PEQ 0002) e a execução do mesmo no
PIBID tornará possível obter uma comparação dos
pontos mais relevantes para os estudantes, visando
aprimorar sua segunda aplicação.
Referências
_________________________________________
1
SANTA CATARINA. SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA. E.E.B.
PROFESSORA JANDIRA D’ÁVILA. Projeto Político-
Pedagógico. Joinville, 2017.
2 BARBAJOSA, C.F. Tattoo: Pigments of Imagination.
Disponível em:
http://ngm.nationalgeographic.com/ngm/0412/online_extra
.html. Acesso em: 11 de abr.2017
3 Disponível em:
http://www.artenocorpo.com/tag/preconceitos-e-tatuagens.
Acesso em 11 de abril de 2017.
VII SEMANA DA QUÍMICA Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.

Neurotransmissores: A Química do humor

Fabrine Gaedke Boll, Denise Mara Tesser, Nicole Glock Maceno
fabrine.gb@gmail.com; denisetesser@hotmail.com; nicolemaceno@gmail.com
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: neurotransmissores, química, depressão.

Introdução principalmente no âmbito escolar. Nesse contexto, também

Os neurotransmissores são substâncias químicas busca-se promover discussão acerca do uso de

produzidas pelos neurônios, estas são responsáveis pela medicamentos para o tratamento da doença e como ele

comunicação entre as células e servem como combustível age no organismo. Assim, espera-se a reflexão dos alunos

do cérebro para a realização de algumas funções. Dentre sobre si mesmos e sobre algumas atitudes que podem ser

as principais funções dos neurotransmissores se encontra tomadas para prevenir a doença. Dentre essas atitudes

a interligação do cérebro com as emoções sentidas pelos serão evidenciados os alimentos que contribuem no

seres humanos. Ou seja, o nível de produção dos mesmos aumento dos neurotransmissores necessários para

está ligado aos estados de felicidade, medo, ansiedade, estabelecer um bom humor.

depressão, entre outros.1 A metodologia empregada é baseada na

A depressão é uma das doenças que está se interligação entre os personagens de filme de animação

tornando um dos principais transtornos da nossa época. infantil da Disney nomeado Divertidamente, o qual será

Essa, associada à adolescência, tem se tornado alvo de utilizado como contextualização. Com isso espera-se que

diversas discussões no âmbito educacional, pois os alunos também atribuam em seus conhecimentos a

compreendê-la e tratá-la desde os primeiros sintomas pode importância dos filmes, e que eles não são destinados

contribuir para que problemas maiores, como o suicídio, apenas ao divertimento, mas também á reflexões.

sejam evitados.2 Por fim, devido a temática ser complexa e

Nesse âmbito, a necessidade de trazer essas delicada, pois pode trazer questões vivenciadas pelos

questões para o ensino médio se torna indispensável. alunos, durante a atividade serão realizadas diversas

Desta forma, desenvolveu-se um trabalho na área do dinâmicas para que os estudantes voltem sua atenção ao

ensino de Química que envolve as substâncias químicas tema, sejam participativos e estejam abertos para discutir

do cérebro, os neurotransmissores, e os fármacos aplicado o tema.

à depressão com intuito de gerar discussão sobre o tema

no ambiente escolar. Este trabalho foi pautado em um filme
Conclusões
de animação infantil que trabalha alguns desses conceitos A atividade será aplicada com o PIBID em um

de maneira dinâmica e divertida. Colégio que tem diversos casos de depressão, por isso, o
tema se torna indispensável para que os demais
Resultados e Discussão estudantes compreendam e possam contribuir
positivamente na vida desses alunos. Além de que,
Através de uma atividade interativa e dinâmica, aqueles que passam pela doença possam estar cientes da
busca-se que os estudantes tenham uma visão mais necessidade de procurar ajuda corretamente.
abrangente da Química presente no dia a dia, bem como,
ela pode influenciar nos nossos comportamentos e Referências
atitudes. Além disso, espera-se que os mesmos _____________________________________________________________________________

desenvolvam senso crítico com relação a temática 1ANDRADE, R. V. et al. Atuação dos neurotransmissores na
depressão, correlacionando-a com o baixo nível de depressão. Revista Ciências Farmacêuticas. Vol 1. Nº 1. Mar.
2003.
neurotransmissores no organismo. 2 BAPTISTA, M. N. Estrutura e suporte familiar como fatores

A depressão é uma doença muito presente na de risco na depressão de adolescentes. Psicol. Cienc. Prof. Vol
sociedade, e neste caso espera-se discuti-la 21. Nº 2. Brasília. Jun. 2001.
VII SEMANA DA QUÍMICA Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.

O uso da investigação criminal como nova metodologia no Ensino de

Química
1
Aléxia de Brito Martins(EX), 1Juliano Jantsch(EX), 1Patrícia Garcia Bueno Peterson(EX), 1Skarlet
Elizabeth Schubert(EX),
Orientadora: 1Nicole Glock Maceno
1
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Palavras Chave: química forense, trama, suspeitos e resultados obtidos.

Introdução abordados nas práticas são, solubilidade, reações

A química forense engloba análises químicas e DNA.
orgânicas e inorgânicas, além da toxiologia, os
Resultados Esperados
incêndios crimosos e a serologia, do qual a partir dos
Pretende-se que, com este projeto,
estudos e análises realizadas com os assuntos
possamos passar uma visão mais ampla dos
citados anteriomente busca-se encontrar as
conteúdos ministrados em sala, aplicando os
conclusões que vão ser embasadas para que
mesmos em química forense, utilizando como
posteriormente depois do crime solucionado seja
inspiração um famoso seriado criminalista (CSI),
realizada as decisões judiciais. Neste projeto, que
demostrando de forma contextualizada por meio de
consiste o uso da química forense no ensino de
uma série de experimentos periciais, alguns dos
química, os conteúdos a serem ministrados utilizarão
métodos realizados no seriado para desvendar os
como base os conceitos dados em sala, vinculando-
crimes ocorridos no mesmo.
os um ao outro.

Metodologia
Referências
O projeto será aplicado nas turmas de 2º ano
_________________________________________
de período integral de uma escola da rede estadual 1 http://www.crq4.org.br/qv_forense;
2
localizada na cidade de Joinville. A atividade será http://brasilescola.uol.com.br/quimica/catalise-enzimatica.htm
3http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/determinacao-
aplicada para cerca de 60 alunos, No dia da teor-alcool-na-gasolina.htm
aplicação será narrada a trama, posteriormente
passado em apresentação de slides que conterá a
imagem de cada suspeito. Será retomado os
conteúdos em sala, para que os alunos possam
relembrar os mesmos e conseguir realizar a
maratona de 3 experimentos que ao final destes será
resolvido o caso. Para a realização dos
experimentos, esses 60 alunos serão divididos em 6
outros grupos, contendo 10 pessoas, e desses 10
alunos, será feita uma nova divisão. Como serão
feitas 3 práticas, será separado 3 alunos para cada
prática e um aluno ficará responsável por fazer as
anotações de cada prática. Os temas a serem
VII SEMANA DA QUÍMICA Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.

Projeto Materiais Didático-Pedagógicos para o Ensino de Química

Maria Elise Sonnenhohl, mari.eliseson@gmail.com Camila Orsi, camilaa.orsi@hotmail.com Eloisa
Mazzi, eloisa.mazzi@gmail.com Évilin Kruczkiéwicz, evilin.1994@outlook.com Letícia de Borba,
leticiadeborba061198@hotmail.com Rapha Szymanek, raphaszymanek@gmail.com Vinicius Felipe
Pereira, vini.felpe@gmail.com Tatiana Comiotto, comiotto.tatiana@gmail.com

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Palavras Chave: Jogos, Materiais-Didático-Pedagógicos, Química.

Introdução da tabela periódica. Assim, esses jogos podem ser uma boa
forma para os estudantes terem um primeiro contato com os
A busca por novas metodologias que viabilizem uma conhecimentos de química.
aprendizagem motivadora, moderna e de baixo custo é
sempre um desafio para os professores1, principalmente no
ensino de química, onde são necessárias aulas mais
dinâmicas. Nessa direção, os materiais didático-
pedagógicos surgem como uma alternativa que auxilia a
interação aluno-professor e o desenvolvimento de
raciocínio e habilidades, ao mesmo tempo que facilita a
aprendizagem de conceitos vistos em aula2.
O projeto de extensão Materiais Didático-Pedagógicos
para o Ensino de Química confecciona materiais didáticos
que abrangem os conceitos químicos voltados para o
ensino médio e tem como objetivo estimular e envolver os
acadêmicos na busca da qualidade de ensino, oportunizar
aos alunos do ensino fundamental e médio a aplicação de
seus conhecimentos de uma forma dinâmica e aproximar
conteúdos científicos a situações da vida cotidiana. Os
jogos discutidos no presente trabalho são: Dominó da
Química, Quem Sou Eu na Tabela Periódica?, o Super
Trunfo da Química, Jogo da Memória dos Elementos e Pife
da Tabela Periódica. Estes jogos foram aplicados no SESC
Escola de Joinville com os alunos do 8º ano. Figura 2: Os alunos permaneceram nas mesas e, após o fim de
cada partida, os jogos foram alternados. Cada jogo foi aplicado
Resultados e Discussão pelos acadêmicos da universidade que explicavam as regras e o
modo de jogar.
Na sala de aula eram 20 alunos que estavam divididos em
5 grupos para a aplicação dos cinco jogos, cada voluntário Entretanto, alguns dos alunos tiveram maior dificuldade
do projeto ficou responsável por um jogo. nos jogos Quem Sou Eu na Tabela Periódica? e Pife da
Tabela Periódica, pois era necessário que eles utilizassem
a tabela periódica como ferramenta auxiliar, além de
necessitar de uma maior compreensão da tabela para
poder utilizá-la. Também é importante destacar que os
jogos podem ter resultados positivos ou negativos
dependendo do grupo de alunos e que a estética do jogo
seja agradável aos estudantes.
De acordo com a prof. Karoline Mercedes Trinks Januário,
com a aplicação dos jogos notou-se um grande interesse
em participar da dinâmica, até dos alunos que
normalmente são mais desmotivados com as atividades
diárias, bem como foi observado uma melhora no
aprendizado em relação ao ano passado, em que não
foram aplicados esses jogos.

Figura 1: Os 5 jogos aplicados com os alunos. Super Trunfo da
Química, Dominó da Química, Quem Sou Eu na Tabela
Periódica?, Pife da Tabela Periódica e Jogo da Memória da
Química.
Os jogos Super Trunfo da Química, Jogo da Memória dos
Elementos e Dominó da Química foram bem aceitos pelos
alunos, provavelmente por não precisarem de muito
conhecimento para ser jogado, por não necessitar do auxílio
do professor e dos voluntários e por não precisar do auxílio
Conclusões
A experiência no SESC foi muito interessante para todos
os participantes e foi uma oportunidade para se observar e
analisar a aplicabilidade de alguns jogos montados no
LAPSI. Foram observados alguns problemas com os jogos,
as limitações dos mesmos e como a experiência de um
jogo varia de aluno para aluno ou de um grupo para outro,
além de se observar as fases de aprendizagem que um
jogo pode ser aplicado.
VII SEMANA DA QUÍMICA Joinville, 18 a 22 de setembro de 2017.

Sistemas coloidais: emulsão

Camila Will, Paula Roberta Perondi Furtado, Victória Sanches Fadel. kaka.will96@gmail.com,
paularobertafurtado@gmail.com, vih.fadel@gmail.com.

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Palavras Chave: emulsões, estabilidade, tensoativos.

Introdução As emulsões têm uma tendência natural de se

separar em seus constituintes principais a fim de
O que há em comum entre fumaça dispersa no ar, diminuir a área interfacial e a energia a energia
espuma e maionese? Venha aprender sobre isso
interfacial, que é relativamente alta, ou seja, elas são
neste seminário, apresentado na disciplina de Físico-
termodinamicamente instáveis devido a tensão
Química II em 2016. O tema geral será: Colóides.
superficial que lhe garante uma elevada e positiva
Mais especificamente serão abordadas emulsões,
que são um tipo de dispersões coloidais que ocorrem energia livre. 3,4
entre duas fases líquidas.1 A dispersão é um sistema Em alguns casos, pode ocorrer a quebra das
polifásico no qual se encontra uma fase fragmentada emulsões, podendo ser gerada por diversos tipos de
(fase dispersa) dentro de outra fase (fase contínua). mecanismos como: coalescência, “creaming”,
Se a fase contínua for um líquido, a dispersão de um floculação e quebra, como pode ser visto na figura 2.
gás em um líquido é uma espuma, enquanto que a
dispersão de líquidos imiscíveis é uma emulsão, caso
a fase dispersa for um sólido, a denominação
utilizada é suspensão.2
Existem dois tipos principais de emulsões, as simples
e as múltiplas e essa distinção se dá devido a
diferentes composições da emulsão. As simples são
caracterizadas por apresentarem o sistema O/A de
gotículas de óleo dispersas em uma solução aquosa
ou A/O, gotículas de água dispersas em uma fase de
óleo.
Já, emulsões complexas se baseiam em 3 Figura 2. Mecanismos de desestabilização de emulsões. Fonte:
constituintes, tendo como seus tipos mais comuns FRANZOL et al, 2015.
A/O/A e O/A/O. O caso de A/O/A são gotículas de
água dispersas em gotículas de óleo dispersas em A presença de agentes estabilizantes, também
uma solução aquosa. O uso de emulsões múltiplas
conhecidos como surfactantes ou tensoativos
abrange fármacos, corantes, vitaminas, entre outros.
ajudam a estabilizar as emulsões e têm duas funções
Vem sendo muito explorada no ramo alimentício
básicas: diminuir a tensão superficial, favorecendo a
como uma forma de liberação controlada de aromas
e sabores, modulação de aromas e sabores formação da emulsão; e evitar coalescência entre as
indesejáveis.3 A figura 1 apresenta um resumo das gotas uma vez obtida a emulsão.4
principais diferenças das emulsões múltiplas e
simples.
REFERÊNCIAS

_________________________________________
1
MORAIS, Gilsane Garcia. Desenvolvimento e avaliação da
estabilidade de emulsões O/A com cristais líquidos acrescidas de
xantina para tratamento da hidrolipodistrofia ginóide (celulite).
USP, Ribeirão Preto, 2006.
2
DALTIN, Decio. Tensoativos: Química, propriedades e
aplicações. 1ª ed., v. único. São Paulo: Blucher, 2011.
3
PEREIRA, Luciano José Barreto; ROJAS, Edwin Elard Garcia-.
Emulsões múltiplas: formação e aplicação em
microencapsulamento de componentes bioativos. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/cr/v45n1/0103-8478-cr-45-01-
Figura 1. Representação esquemática das estruturas das emulsões simples 00155.pdf>. Acesso em: 24 nov 2016.
e múltiplas mais comuns. 1: emulsão simples O/A; 2: emulsão simples A/O; 4
. VARGAS, Kelly Margarita Colmenares. Processo de
3: emulsão múltipla A/O/A; 4: emulsão múltipla O/A/O. A: fase aquosa; O: deslocamento de óleo em micro modelos de meios porosos por
fase óleo; A1: fase aquosa interna; A2: fase aquosa externa. Fonte:
PEREIRA et al, 2015. injeção de emulsão de óleo em água. Rio de Janeiro, 2014.
Disponível em: <http://www.maxwell.vrac.puc-
rio.br/12535/12535_3.PDF>. Acesso em: 24 nov 2016.