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Lavínia Assis Bocchino
1 INTRODUÇÃO
A ideia de morrer parece, a princípio, ser algo que muito assusta as pessoas, contudo
faz parte do ciclo natural da vida. A morte ganha ainda mais obste quando se trata de adiantá-
la, como ocorre nos casos da eutanásia ativa direta e do suicídio assistido.
O termo eutanásia abarca inúmeros sentidos que comportam aceitações sociais
diferentes e alguns deles serão abordados aqui, como a eutanásia passiva (ortotanásia),
eutanásia ativa direta e indireta ou de duplo efeito, a mistanásia, também chamada de
eutanásia social, e a distanásia.
A discussão sobre a “morte digna” está intrinsecamente ligada à concepção, por vezes
subjetiva, dos direitos constitucionais da “dignidade da pessoa”, da “liberdade” e do “direto à
vida”. Neste sentido, será analisado o porquê certos procedimentos, como eutanásia ativa
direta e o suicídio assistido, são criminalizados no Brasil, como também, o porquê de
procedimentos, como a ortotanásia e a eutanásia ativa indireta vieram a ser aceitas pelo
Conselho Federal de Medicina. Mesmo assim, o Brasil não tem uma regulamentação clara
acerca dessas práticas.
Diante de uma doença incurável e terminal que vem causando muito sofrimento ao
paciente, sem perspectiva de alcance de um bem-estar, não pode este antecipar sua morte,
pois tais meios são penalizados no Brasil. Contudo, talvez, como será explicado neste
trabalho, seja possível o paciente minimizar este quadro por meio das diretivas antecipadas da
vontade, dispostas na Resolução 1995/2012 pelo Conselho Federal de Medicina. Estas
oferecem a faculdade do paciente, nos casos de doença incurável e terminal que impeça a
expressão da autonomia, escolher determinados tratamentos ou recusá-los, como por
exemplo, recusar-se a procedimentos extraordinários, suspender o uso de meios artificiais que
lhe prolonguem a vida, entre outros. Essas diretivas da vontade, também conhecidas como
“testamento vital”, precisam ser devidamente regulamentadas no Brasil, para deixarem de ser
meramente subjetivas.
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Graduanda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Monitora de Introdução ao
Estudo do Direito I e II.
2 EUTANÁSIA
A eutanásia vem do grego euthanatos, eu (bem ou bom), thanatos (morte), seria então,
entendida como a “boa morte”, ou seja, uma morte sem sofrimento e dor. Em 1623, no século
XVII, o termo foi utilizado e criado pela primeira vez pelo filósofo inglês Francis Bacon na
sua obra historia vitae et mortis (história da vida e morte), acrescentando um novo requisito,
só consideraria como eutanásia se houvesse o auxílio de um médico:
A eutanásia, na atualidade, não se refere apenas aos casos de pacientes terminais que
querem pôr fim aos seus sofrimentos através de uma morte rápida e indolor, mas
abrange também hipóteses igualmente complexas, como as relacionadas à morte de
recém-nascidos com malformações congênitas, de pacientes em estado vegetativo
irreversível, embora não necessariamente terminais, e das vítimas de acidentes ou
enfermidades cujos graves padecimentos impedem provocar-se si mesmas a própria
morte (pacientes tetraplégicos e vítimas de doenças degenerativas, como esclerose
lateral amiotrófica) (LÓPEZ, 1989/1990, p.219 apud CARVALHO, 2011, p.163)
Para Edison Tetsuzo Namba (2015) a eutanásia apresenta duas características sempre
predominantes: “(A) morte provocada por sentimento de piedade, compaixão; (B) a pessoa
visada é acometida de sofrimento e doença incurável” (NAMBA, 2015, p. 219).
Não obstante, as definições de quando se configura ou não a eutanásia distinguem-se
quanto a provocação da morte por médico ou não-médicos, como já explicado acima, e
quanto ser o doente portador de doença incurável, que não ameace diretamente a vida, ou
estiver em estágio terminal. Neste último caso, para Leonard M. Martin (1998), deve-se levar
em consideração a definição do significado de saúde:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.
Enquanto que, a medicina curativa, que busca a cura, somente compreende saúde, como a
ausência de doenças (MARTIN, 1998).
Um caso famoso, na história, foi o do grande físico Stephen Hawking acometido aos
21 anos da doença, incurável, Esclerose Lateral Amiotrófica, que causa a morte dos neurônios
que possibilitam o controle dos músculos voluntários. Mesmo assim, o Hawking conseguiu
viver até o 76 anos de idade e alcançar o bem-estar físico, mental, social e, inclusive,
contribuiu para avanços nas áreas da física e astronomia, com a criação da teoria de que os
buracos negros emitem radiação, entre outras. Como bem alude Maria Helena Diniz, ao citar
Eugenio C. Calón, “[…]Indivíduos que, apesar de seus defeitos físicos, podem, como prova a
história, contribuir magnificamente para a edificação permanente de nossa civilização”
(CALÓN apud DINIZ, 2001, p. 314 ).
Neste sentido, Leonard M. Martin (1998) mantém-se apenas na defesa da eutanásia em
caso de paciente terminal ao afirmar que “se a saúde significa ausência de doença e se o
doente está com dores atrozes e numa situação onde não há mínima condições de efetuar uma
cura, parece não ter sentido falar da saúde do paciente terminal e a eutanásia pode se
apresentar como proposta razoável” (MARTIN, 1998, p.185, grifo nosso). O problema está
quando, mesmo com um “leque de possibilidades” ao doente crônico, que não esteja em fase
terminal, nenhuma delas consegue promover o bem-estar do paciente.
Desta forma, talvez seria, também, razoável pensar em eutanásia para doentes
incuráveis que não estejam em fase terminal, para que estes pudessem morrer dignamente.
Como por exemplo, no caso de Ramón Sampedro, marinheiro espanhol, que aos 25 anos de
idade ficou tetraplégico devido a um acidente que ocorreu enquanto mergulhava. Durante 28
anos permaneceu nesta condição, e como não conseguia cometer suicídio, pediu ao judiciário
espanhol para que fosse permitido a outrem matá-lo, para que então, o seu sofrimento
terminasse. Sampedro, lutou arduamente contra o ordenamento jurídico espanhol que
criminaliza a eutanásia e o suicídio assistido, alegando ter o direito de dispor da sua vida.
Contudo, a justiça espanhola não concedeu. Então, uma amiga de Sampedro, movida por
tamanha piedade injetou-lhe uma substância letal, ocasionando sua morte, ela foi detida, mas
não condenada por falta de provas, assumindo o “crime” apenas depois de sua prescrição. É
importante ressaltar que, Ramón Sampedro acabou colocando em xeque a questão do que
seria a dignidade humana.
2. 1 Classificações da Eutanásia
A ortotanásia é classificada como eutanásia passiva, neste caso busca o alívio da dor
do paciente incurável de uma forma omissa, conforme Maria de Fátima F. de Sá e Diogo L.
Moureira (2015) “pode consistir tanto na não iniciação de um tratamento como na suspensão
do mesmo” (SÁ, MOUREIRA, 2015, p. 87). Deste modo, diferente da eutanásia ativa direta,
em que se antecipa a morte - por exemplo, injetando no paciente uma substância letal -, na
ortotanásia a intenção é que a morte ocorra de forma natural, no seu devido tempo.
Leonard M. Martin (1998) acredita que a resistência que há em relação a eutanásia
ativa direta é que nesta somente haverá a eliminação do sofrimento e da dor com a eliminação
antecipada do portador da doença. Por isso, o autor defende a ortotanásia, como um
procedimento de equilíbrio entre os extremos, pois mesmo que não cure o doente terminal,
tem como escopo fundamental cuidar do mesmo, promovendo-lhe o bem-estar físico, mental
e social, enquanto este não vem a falecer naturalmente:
Eutanásia
Exclusão de ilicitude
§ 4o Não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se
previamente atestada por dois médicos, a morte como iminente e inevitável, e desde
que haja consentimento do paciente, ou na sua impossibilidade, de ascendente,
descendente, cônjuge, companheiro ou irmão.
É vedado ao médico:
[...]
Art. 41 - Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu
representante legal.
Parágrafo único - Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer
todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou
terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade
expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal.
(CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2009)
É vedado ao médico:
[...]
Art. 31 - Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir
livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso
de iminente risco de morte. (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2009,
grifo nosso)
Neste sentido, dispõe o paciente ou seu representante de optarem pela não execução de
práticas diagnósticas ou terapêuticas, desde que o paciente não esteja em iminente risco de
morrer. Entenda-se neste caso, “decidir livremente” sobre as práticas extraordinárias, pois as
ordinárias são obrigatórias, independente da vontade do paciente. Assim sendo, tendo o
paciente condição de sobrevida, em iminente risco de morrer, poderá o médico para reanimá-
lo utilizar de procedimento extraordinário, mesmo sem o consentimento do paciente. Tal
situação gera uma questão um tanto polêmica, pois haverá a violação do direito do paciente de
poder exercer sua autonomia de decidir aceitar ou recusar o procedimento extraordinário.
Roxana C. B. Borges (2005) compreende que “o médico não está obrigado a prolongar o
processo de morte do paciente, por meios artificiais, sem que este tenha requerido que o
médico assim agisse. Além disso, o médico não é obrigado a prolongar a vida do paciente
contra a vontade deste” (BORGES, 2005, p. 235).
Do ponto de vista de Gisele M. de Carvalho (2011) é totalmente inconstitucional o art.
31 do Código de Ética Médica, pois “autoriza o médico a desrespeitar o direito do paciente ou
de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou
terapêuticas em caso de iminente risco de morte” (CARVALHO, 2011, p. 170).
Por outro lado, Maria Helena Diniz (2001) mostra que neste quadro haverá o conflito
de dois princípios da bioética, quais sejam a “beneficência”, que visa a medicina promover o
bem ao paciente, e a “autonomia” do mesmo. Por exemplo, se o paciente ou o seu
representante recusam terapia extraordinária de reanimação preferindo o procedimento da
ortotanásia (deixar morrer, podendo o médico oferecer cuidados paliativos), exercerá sua
autonomia. Porém, o médico pelo princípio da beneficência, reanima o paciente, que estava
correndo risco iminente de morrer, desrespeitando seu direito de escolha. Esta manobra do
médico dificilmente obterá sucesso e pode acabar tornando-se uma distanásia (promoção de
procedimentos inúteis, que resultam em medicina fútil, pois não prolongam a vida e nem dão
fim ao sofrimento do paciente).
Tendo em vista que, o direito à vida não é absoluto no ordenamento jurídico brasileiro,
até porque algumas condutas que “violam” esse direito são isentas de pena no Código Penal
brasileiro, por isto, abre-se espaço para a discussão sobre a possibilidade da eutanásia ativa e
do suicídio assistido. Por exemplo, nos casos do “estado de necessidade” e da “legítima
defesa”, presentes nos arts. 24 e 25, respectivamente, do Código Penal, mesmo que essas
condutas se enquadrem no tipo penal “matar alguém” e na culpabilidade do agente, pois este
teve a intenção (dolo) de matar, elas são condutas isentas de pena. Nestes casos, isso ocorre,
porque o terceiro critério para criminalizar uma conduta não foi preenchido, a
“antijuridicidade”, uma vez que, não é possível exigir que o agente agisse de outra maneira
dentro das circunstâncias que a lei pontua.
Gisele M. de Carvalho (2011) acredita que “a participação de terceiros no suicídio,
seja na forma de omissão de auxílio a quem abandona voluntariamente a própria vida, seja na
forma de não continuação ou não iniciação de um tratamento médico vital, resulta
perfeitamente de acordo com o texto constitucional” (CARVALHO, 2011, p. 171).
A eutanásia ativa e o suicídio assistido também são condutas que se enquadram no
tipo penal “matar alguém” e na culpabilidade, pois o agente tem o dolo de matar. Ademais,
são condutas, criminalizadas, pois o ordenamento jurídico as considera, também,
antijurídicas. Porém, por vezes, a medicina e o Estado não conseguem promover o bem estar
de quem está à mercê de doença incurável sem perspectiva de melhora na qualidade de vida,
apenas limitada ao sofrimento prolongado na espera de sua morte e, ao desgate emocional e
econômico dos seus familiares e amigos. Nesta situação, procedimentos como a eutanásia e o
suicídio assistido, até então, parecem ser a única solução, mesmo que resultem na morte do
paciente.
Corroborando a este viés, Maria de Fátima F. de Sá e Diogo L. Moureira (2015)
afirmam:
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Júlio M. Oliveira destaca que: “O assunto tomou tamanha proporção que foi tema de capa da Revista
Veja, de 12 de setembro de 2012, intitulada “Eu decido meu fim”. A referida reportagem traz um
trecho de um testamento vital de uma médica geriatra, Ana Claudia Arantes, de 44 anos, que
testemunha regularmente o óbito de pacientes em sua rotina profissional. Nesse sentido, merece destaque
o referido trecho:
Eu, Ana Cláudia Arantes, diante de uma situação de doença grave em progressão e fora de
possibilidade de reversão, apresento minhas diretrizes antecipadas de cuidados à vida. Se chegar a
padecer de alguma enfermidade manifestamente incurável, que me cause sofrimento ou me torne incapaz
para uma vida racional e autônoma, faço constar, com base no princípio da dignidade da pessoa
humana e da autonomia da vontade, que aceito a terminalidade da vida e repudio qualquer intervenção
extraordinária, inútil ou fútil. Ou seja, qualquer ação médica pela qual os benefícios sejam nulos ou
demasiadamente pequenos e não superem os seus potenciais malefícios. As diretrizes incluem os devidos
cuidados: admito ir para UTI somente se tiver alguma chance de sair em menos de uma semana; não
aceito que me alimentem à força. Se não puder demonstrar vontade de comer, recuo qualquer
procedimento de suporte à alimentação; não quero ser reanimada no caso de parada respiratória ou
cardíaca.” (LOPES; CUMINALE apud OLIVEIRA, 2013, p. 14-28)
decisão, em regra vale conforme o seu grau de esclarecimento ou informação?” (DINIZ,
2001, p. 337)
O dever do médico de informar o paciente sobre o seu quadro de saúde tem base
constitucional, no art. 5, XIV, “é assegurado a todos o acesso à informação...” (BRASIL,
1988). Como também, no art. 22 do Código de Ética Médica brasileira, na resolução
1931/2009 do Conselho Federal de Medicina, que veda o médico a “deixar de obter
consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o
procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte” (CONSELHO
FEDERAL DE MEDICINA, 2009). Deste modo, esclarece Gisele M. de Carvalho (2011) que
“ a obtenção do consentimento informado, na atualidade, consiste não só em um dever do
facultativo, mas se transformou em um verdadeiro direito do usuário da assistência sanitária”
(CARVALHO, 2011, p. 162)
Alertam Maria de Fátima F. de Sá e Diogo L. Moureira (2015) que mesmo tendo o
paciente direito a obtenção da verdade, o médico precisa encontrar a melhor forma de
informar ao paciente sobre a situação de sua saúde, para “não despejar, naquele encontro,
palavras frias e calculistas, a fim de não alarmar ainda mais a pessoa que já se encontra
fragilizada” (SÁ, MOUREIRA, 2015, p.77).
Alguns países já estão avançados quanto a estas questões, o Estados Unidos da
América, por exemplo, tem desde 1991 regulado o The Patient Self-Determination Act -
PSDA (Ato de Determinação do paciente). Esta lei diz que o médico tem o dever de informar
ao paciente seu direito em escolher procedimentos, assim como, recusá-los, abrindo espaço
para autodeterminação do paciente e sua participação nas decisões sobre sua própria saúde.
Ademais, o hospital deve recomendar que o paciente faça advance directives (diretivas
antecipadas) em caso de incapacidade futura que possa impedir sua autonomia. Segundo
Maria de Fátima F. de Sá e Diogo L. Moureira (2015) as advance directives se
consubstanciam de três formas:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O direito à dignidade da pessoa deve perdurar por toda sua vida, inclusive, até o fim
dessa jornada, com a morte. Antecipar esse estágio ou até mesmo parar de lutar contra ele, a
fim de cessar o sofrimento, proveniente de doença incurável, independente de ser terminal ou
não, mas que lhe tira o gozo de viver e a perspectiva de readaptação, é um direito de cada um.
Neste viés, um conceito que vem se moldando ao longo da história é a “eutanásia”,
que em suas origens carregava o sentido de uma “boa morte”, seria a maneira de deixar partir,
sem dor, aquele que vive em sofrimento. Contudo, a ideia de antecipar a morte ou, até
mesmo, de deixar morrer, causa muita repulsa diante da importância que recebe o conceito
“vida”. Por isso, é necessário repensarmos, neste embate de “vida versus morte”, o que
realmente seria “viver” com dignidade e liberdade, e as consequências que a perda desses
direitos impactam. No Brasil, condutas como a eutanásia ativa direita e o suicídio assistido,
que antecipam a morte, são penalizadas, por outro lado, condutas como a eutanásia passiva
(ortotanásia) e a eutanásia de duplo efeito, que não retardam a morte, mas deixam-na ocorrer
de forma mais natural, já vêm sendo aceitas pela medicina brasileira.
Uma solução para fazer jus ao direito de liberdade do paciente, limitando as
intervenções médicas, veio com as “diretivas antecipadas da vontade”. Essa inovação vem
permitindo que a pessoa se autodetermine em caso de doença superveniente, que a torne
inconsciente e/ou a impeça de fazer escolhas. Desta forma, as diretivas da vontade, também
chamadas de “testamentos vitais”, consistem em um documento para o futuro, em que o
paciente define quais tratamentos terá que receber, como também, tornar claro aqueles que se
recusa. Infelizmente, no Brasil, as diretivas da vontade não foram devidamente
regulamentadas, tendo caráter, ainda, subjetivo.
REFERÊNCIAS
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Dispõe sobre as diretrizes antecipadas de vontade do paciente. Diário Oficial da União,
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<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2012/1995_2012.pdf>. Acesso em: 23 jun.
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2006. Diário Oficial da União, Brasília, 28 de nov. 2006. Na fase terminal de enfermidades
graves e incuráveis é permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos
que prolonguem a vida do doente, garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os
sintomas que levam ao sofrimento, na perspectiva de uma assistência integral, respeitada a
vontade do paciente ou de seu representante legal. . Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2006/1805_2006.htm> Acesso em: 23 jun.
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DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. São Paulo: Saraiva, 2001.
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