Você está na página 1de 2

Cheio do Espírito Santo

“E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e


de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia
por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito; (Zc
12.20)

Esse versículo se encontra dentro de um contexto maior, citado pelo profeta Zacarias
sobre a volta de Cristo e o estabelecimento de seu reino. Este contexto diz sobre a rejeição dos
judeus a Jesus, a quem crucificaram e sobre o mesmo Jesus que se revelará pelo seu Espírito.
Embora a passagem cite os habitantes de Jerusalém e a Casa de Davi, importante
perceber que o Espírito Santo (o Consolador) foi prometido por Jesus (Jo 14.16), quando
instruía seus discípulos, condicionando a vinda do Espírito Santo com o amor e a guarda de
seus mandamentos (Jo. 14.15). Assim, fica clara a vinculação que o Espírito Santo tem com a
efetiva prática dos mandamentos de Jesus. Sem essa vinculação, não há a presença do Espírito
Santo!
Esse “derramarei”, escrito e predito pelo profeta Zacarias, foi cumprido no século I
quando Jesus enviou o Consolador a seus discípulos, e ainda hoje é enviado diariamente aos
filhos de Deus, e será continuamente, até que estes mesmos filhos de Deus sejam levados para
morar com Cristo eternamente.
Jesus deixou claro que rogaria ao Pai e em resposta, o Consolador viria para morar nos
corações dos discípulos (Jo 14.17), todavia, relevante conhecer e diferenciar que “ter” o
Espírito Santo é uma coisa que ocorre com todos os crentes, já que nosso corpo é sua morada,
ou seja, nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19), mas ser “cheio” do Espírito
Santo é um privilégio e dever de todo cristão (At 4.29-31).
Estar cheio do Espírito Santo é ser revestido de poder, é andar em sua plenitude e
alinhado com o querer de Deus. O batismo com o Espírito Santo concede ousadia na Palavra
de Deus, contempla operações de sinais e maravilhas para o engrandecimento de nosso
Senhor. Acima de tudo o Espírito Santo é o penhor da promessa e da nossa herança (Ef 1.14)
Uma boa lembrança de estar cheio do Espírito Santo é o caso do apóstolo Pedro, que
ergueu sua voz e, revestido pelo Poder do Espírito Santo, converteu mais de três mil pessoas
logo após o Pentecostes (At 2.41).
Tratava-se do mesmo Pedro, inconstante e impulsivo, que anteriormente havia negado
a Cristo por três vezes consecutivas, mas agora, cheio do Espírito Santo, usou a voz para
mostrar o caminho da verdade a milhares de incrédulos. Por um período pequeno, Pedro foi
reconhecido como um dos líderes da comunidade cristã/igreja primitiva.
Assim como Pedro, sejamos cheios do poder do Espírito Santo.
Deus os abençoe!

Milton Marques de Oliveira

Você também pode gostar