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Arnolld Starlley
Seja muito bem vindo em um espaço onde reflexões bíblicas para espiritualidade são um
objetivo, lembre-se:"a mente que se abre a novas idéias, jamais volta ao seu tamanho
original."

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará 
a vós; se, porém,

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Artigo sobre o Reino de Deus

O ASPECTO MESSIÂNICO DO REINO DE DEUS EM MATEUS 24ARTIGO


SOBRE A PERSPECTIVA DO REINO DE DEUS NAS
PRINCIPAIS VISÕES MILENISTAS

O Reino de Deus é um assunto muito discutido entre os estudiosos da Palavra


de Deus e, nem sempre, há concordância quanto ao seu entendimento e aos seus
aspectos menores. As controvérsias giram, principalmente, em torno do aspecto
messiânico do reino. O Apocalipse menciona um reino de Cristo, de mil anos, e o
capítulo vinte quatro, do evangelho, segundo Mateus, descreve a sua volta precedida
por grandes sinais.
Certamente a volta de Cristo estabelecerá o Reino de Deus na terra, mas como?
e quando será este reino? Portanto, este artigo visa investigar o aspecto messiânico do
Reino de Deus de Mateus, capítulo vinte e quatro.Palavras-chave: Reino; escatologia;
milênio; Mateus 24.

INTRODUÇÃO

O Reino de Deus é o principal ponto da escatologia bíblica. Os profetas do Antigo


Testamento predisseram o reino. João Batista e Jesus anunciaram a sua chegada. O
tema central dos evangelhos é o reino. A Bíblia traz muitas declarações acerca do
Reino de Deus, o que torna este conceito amplo e com diversos aspectos. O aspecto
messiânico do reino de Deus é tema de uma grande controvérsia na escatologia bíblica
e gerou três linhas teológicas, diferentes entre si: amilenista, pós-milenista e pré-
milenista.
O Reino de Deus é dinâmico e o seu aspecto messiânico tem elevada
importância para entendimento da escatologia bíblica.DESENVOLVIMENTOO reino de
Deus é o principal ponto da escatologia bíblica. Desde a época do Antigo Testamento
os crentes em Deus esperavam a chegada do Reino de Deus e a manifestação do Filho
do Homem.

Os profetas do Antigo Testamento predisseram o reino da graça de Deus no


mundo em um período futuro. Este teve início com o ministério publico de Jesus Cristo

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(YOUNGBLOOD, 2007, p.1218).O Profeta João batista deixou seus ouvintes


boquiabertos ao anunciar a proximidade do Reino de Deus. E o próprio Cristo disse que
era chegado o Reino de Deus aos homens (Mt 12.28).Segundo Antony A. Hoekema “o
Reino de Deus é o tema central da pregação de Jesus e, por extensão, da pregação e
ensino dos apóstolos.” (HOEKEMA, 2001, p. 53).

O estudioso da história do cristianismo, Earle E. Cairns, Também está de acordo


com a declaração de Hoekema, pois disse que embora a cruz fosse a missão de Cristo,
o Reino de Deus era a sua principal mensagem (CAIRNS, 2007, p.44).É importante
notar que a Bíblia traz muitas declarações acerca do Reino de Deus, o que torna este
conceito amplo e com diversos aspectos. George E. Ladd menciona que o Reino de
Deus pode ter mais de um significado tanto no Antigo testamento como no judaísmo
rabínico (LADD, 2007, p. 90). E o Ph.D. Russel N. Champlin descreve numerosos
conceitos de Reino de Deus, como: a criação de Deus, a nação hebreia, o reino
messiânico, todas as coisas dominadas por Deus, a salvação/vida eterna, a igreja
cristã, a vida cristã, as virtudes cardeais e o futuro governo de Deus (CHAMPLIN, 2011,
p. 623-624) .
O aspecto messiânico do Reino de Deus, identificado por Champlin, é tema de
uma grande controvérsia entre os estudiosos da escatologia bíblica. Atualmente, sabe-
se que há principalmente três modos, defendidos por teólogos, de ver esse Reino:
presente, futuro e futuro-presente. Ritschl, Harnack e C. H. Dodd consideram o Reino
de Deus presente entre os homens. Weiss, Schweitzer e Moltmann dizem que o Reino
é exclusivamente futuro. Outros estudiosos da Bíblia, como Geerhardus Vos e Oscar
Cullmann, viam o Reino tanto presente quanto futuro (HOEKEMA, 2001, p. 53).Em
Mateus, capítulo 24, verso 3, Jesus é indagado a respeito do cumprimento de alguns
aspectos escatológicos do Reino de Deus, como: a sua segunda vinda e a consumação
do fim dos tempos. Jesus responde aos discípulos, apontando alguns sinais proféticos
que se cumpririam antes desses acontecimentos. Entre estes sinais estão: falsos
cristos, guerras, terremotos, fome, tortura, perseguição, traição, falsos profetas,
aumento da iniquidade, esfriamento do amor, pregação mundial do evangelho, grande
tribulação, escurecimento do sol e lua, queda das estrelas.

Nos capítulos, 20 e 21, de Apocalipse são descritos que haverá um reinado de


Cristo com crentes durante mil anos (Ap 20.4;6), depois, um julgamento final e o
estabelecimento de novos céus e terra (Ap 21.11-15; Ap 21.1). Os novos céus e nova
terra só será uma realidade no Reino eterno de Deus entre os homens.Estudiosos da
Escatologia, com base no capítulo 24 do texto de Mateus, Apocalipse e outras
passagens bíblicas, estabeleceram as seguintes correntes teológicas escatológicas que
divergem entre si quanto ao volta de Cristo e o seu reinado de mil anos. Esse “período
de mil anos é chamado Milênio, termo composto do latim mille, ‘mil’, e do latim moderno
enium, derivado do latim annus, ‘ano’ (HORTON, 2002, p. 145). O milênio, ou reino
messiânico, tem sido observado por vários primas na teologia, sendo assim a sua
interpretação gerou três linhas diferentes entre si: amilenista, pós-milenista e pré-
milenista. Com isso, a visão de Reino de Deus não é a mesma nessas três visões.A
visão do Reino na ótica amilenista Segundo Millard Erickson “o amilenismo se resume
assim: não haverá um reino terreno de Cristo durante mil anos” (ERICKSON, 2010, p.
89).

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O milênio é encarado alegoricamente simbolizando o triunfo de Cristo sobre


Satanás, plenitude da Glória e felicidade dos redimidos no céu. O reino de Deus neste
período está apenas no coração do Homem, porém na segunda vinda de Cristo o Reino
eterno será estabelecido com a presença visível do Filho de Deus.Com o tempo
surgiram muitas explicações e argumentos a favor dessa linha de pensamento, ao qual
acaba fazendo com que o entendimento seja um pouco confuso e semelhante ao pós-
milenismo (ERICKSON, 2010, p. 89).

A escatologia amilenista já estava presente desde o inicio da Era Cristã. Na


época de Agostinho esta visão foi sistematizada e desenvolvida. (ERICKSON, 2010, p.
93). Na visão amilenista, O milênio seria o período da Dispensação da Graça, onde os
justos falecidos habitariam com Deus e Satanás teria seu poder limitado, culminando
com a Volta de Cristo e com o Juízo Final e único, iniciando a Eternidade. Então,
segunda vinda, de Cristo, mencionada em Mateus 24, na ótica amilenista, será para
estabelecer o Reino eterno de Deus e não o milênio.

A visão de Reino na visão pós-milenistaOs pós-milenistas possui uma


interpretação das Escrituras que vê a segunda vinda de Cristo como ocorrendo após o
Reino de Deus no "milênio", uma era dourada da prosperidade e dominância cristã,
aonde essa linha acredita em um intenso avanço do evangelismo mundial.Segundo
Erickson, para os pós-milenistaso reino de Deus é sobretudo uma realidade presente;
está aqui de modo terreno. O reino não é um império ou um domínio sobre o qual o
Senhor reina; é, na verdade, o governo de Cristo no coração dos homens. O reino está
presente onde quer que os homens creiam em Jesus Cristo, dediquem-se a ele, e o
obedeçam. (ERICKSON, 2010, p. 65).

O Reino milenial, é, portanto, presente no coração humano, semelhantemente ao


defendido pelos amilenistas. O Reino de Deus está na terra, mas Jesus está reinando lá
do céu, ou seja, Cristo não está fisicamente entre os crentes, mas o seu Reino milenial
é físico devido Ele estar fisicamente em seu trono celeste. Após o período milenial, que
não é de mil anos literais, Jesus voltará a terra para estabelecer o Reino Eterno de
Deus entre os homens.Essa linha defende que Jesus Cristo retornará depois de um
período de tempo, mas não necessariamente mil anos literais, mas indica um tempo
aonde ocorrerá um evangelismo em nível mundial, reavivamento da igreja, longo
períodode paz e crescimento gradual do Reino. Isso tudo motiva a intensa vontade com
que os pós-milenistas querem cumprir a tarefa do evangelismo.No final do milênio
haverá um período de apostasia e exploração do mal a manifestação do Anticristo e a
segunda vinda de Cristo para derrotar Satanás, julgar os homens e inaugurar o estado
eterno.As ideias Pós-milenistas podem ser encontradas, inicialmente, em Ticônio e
Agostino. Tiveram grande aceitação pelos grupos luteranos, presbiterianos, reformados
e pela faculdade de teologia de Princeton (Séc. XlX e XX). O Pós-milenismo entrou em
decadência nos anos cinquenta e sessenta e hoje está quase extinção (ERICKSON,
2010, p. 73-74).Os Pós-milenistas enxergam a chegada do milênio gradualmente após
manifestação de Jesus na terra e a propagação do evangelho.

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A segunda vinda de Cristo, de Mateus 24, será após o milênio e estabelecerá o


Reino Eterno de Deus.A visão de Reino do pré-milenismoO pré-milenismo, ou pré-
milenialismo, é a visão de que a segunda vinda de Cristo ocorrerá antes do Seu Reino
Milenar e que esse reino será um período literal de mil anos. Este reino será de perfeita
paz e justiça. Segundo Erickson, “o primeiro aspecto importante do sistema pré-
milenista é o estabelecimento de um reino terreno de Cristo na ocasião de sua Segunda
Vinda” (ERICKSON, 2010, p. 111). O milênio será inaugurado pela volta de Cristo de
modo surpreendente ou cataclísmico. Esta volta do Senhor será visível, semelhante à
sua partida, e será precedida pela deterioração das condições espirituais e de uma
“grande tribulação” na terra.As ideias pré-mlenistas remontam aoperíodo apostólico,
quando os cristãos acreditavam fortemente no fim iminente do mundo e na parúsia de
Jesus Cristo. Esperavam uma transformação cataclísmica, não uma chegada gradativa
e progressiva do reino.

Essa esperança era extremamente intensa em certas ocasiões. No período pós-


apostólico, a esperança escatológica ainda era forte, mas a volta do Senhor era
considerada um pouco mais distante. Houve uma certadecepção quando a volta
esperada logo no começo não se concretizou; mas isso não desanimou, de forma
especial, a fé desses cristãos. (ERICKSON, 2010, p. 115).Também há outros teólogos
deste período, como: Justino Mártir, Irineu e Lactâncio, que eram pré-milenistas. Na
idade média este conceito perdeu força, foi às vezes tolerado, em outros casos,
considerado herético. Durante a Reforma os anabatistas propagaram o pré-milenismo,
que alcançaria os institutos bíblicos, os batistas, as igrejas independentes e as
fundamentalistas.O pré-milenismo é a visão com mais adeptos, principalmente, no meio
pentecostal.

A esperança de um Reino de Deus na terra, para este sistema, é exclusivamente


futura. A volta de Cristo, de Mateus 24, ocorrerá antes do milênio.Apesar de haver
diversas perspectivas a respeito do Reino de Deus, deve-se considerar que o Reino é
compreendido ao longo da história humana por meio de Cristo. O Reino é dinâmico e o
seu propósito principal é redimir os crentes e pecado e do poder do Maligno
(HOEKEMA, 2001, p. 57).

CONSIDERAÇÃOES FINAIS

O conceito de Reino de Deus é amplo, porém o aspecto messiânico tem elevada


importância para a escatologia bíblica e o entendimento deste reino.A divergência da
Escatologia de Mateus 24 culminou em três sistemas diferentes: amilenismo, pós-
milenismo e pré milenismo. Os sistemas amilenista e pós-milenistas veem o Reino de
Deus já presente entre os homens. O sistema pré-milenista espera o cumprimento do
Reino de Deus na volta de Cristo e em seu reino de Mil anos. Para maior compreensão
deste reino, esses aspectos devem ser vistos, de forma, includente, e não,
excludente.Portanto, pode-se concluir que reino messiânico de Jesus já existe nos
corações dos homens convertidos a Ele, porém na sua volta haverá a plenitude deste
reino entre os homens.

Por:Arnolld Starlley Ramos de Lima eDaniel de Jesus Figueiredo

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