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Aula 13

Noções de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas -


2016

Professor: Daniel Mesquita

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Prof. Daniel Mesquita Aula 13

Aula 13: Improbidade Administrativa

SUMÁRIO

1) INTRODUÇÃO À AULA 13 2

2) IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 2

A. SUJEITOS ATIVOS (QUEM COMETE A IMPROBIDADE) 3


B. SUJEITOS PASSIVOS (VÍTIMAS DA IMPROBIDADE) 7
C. . NATUREZA DAS SANÇÕES COMINADAS E CUMULAÇÃO DE INSTÂNCIAS 8
D. DESCRIÇÃO LEGAL DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 16
I. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE IMPORTA EM
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO 19
II. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE CAUSA PREJUÍZO AO
ERÁRIO 26
III. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE ATENTA CONTRA OS
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 31
E. DECLARAÇÃO DE BENS 37
F. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E PROCESSO JUDICIAL 39
I. ÂMBITO ADMINISTRATIVO 39
II. ÂMBITO JUDICIAL 42
G. JUÍZO COMPETENTE 47
H. PRESCRIÇÃO 48

3) RESUMO 51

4) QUESTÕES 54

5) REFERÊNCIAS 66

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1) Introdução à aula 13

Bem vindos à nossa aula 13 de Direito Administrativo para o INSS.


Nesta aula abordaremos um ponto muito importante do nosso
curso: “Lei nº. 8.429/92 e alterações posteriores (dispõe sobre as
sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento
ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função da
administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras
providências)..”.
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na
véspera da prova!
Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental.

Chega de papo, vamos à luta!

2) IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

O fundamento constitucional para a responsabilização pelos atos de


improbidade administrativa encontra-se no §4º do art. 37 da
Constituição Federal. Veja:

Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos


políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.

Esse dispositivo alcança a administração pública direta e indireta


de qualquer dos Poderes, em todos os entes da Federação. É uma
norma constitucional de eficácia limitada.

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Em 1992, ocorreu sua necessária regulamentação, mediante a


edição da Lei nº 8.429/92, de caráter nacional, ou seja, de observância
obrigatória para a União, os estados, o DF e os municípios.

Questão de
concurso

1. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) O responsável


por cometer ato de improbidade sofrerá a sanção de suspensão dos
direitos políticos, pena esta aplicável a todas as hipóteses de
cometimento de ato de improbidade.

A Constituição Federal nos diz:

Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos


políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.

Veremos a seguir que em todas as modalidades está presente a


suspensão dos direitos políticos.

Gabarito: Certo.

Vamos aos principais pontos dos atos de improbidade.

a. Sujeitos ATIVOS (quem comete a improbidade)

Neste tópico, veremos quem são as pessoas que podem praticar


atos de improbidade administrativa e, consequentemente, sofrer as
penalidades. Observe que essas serão as pessoas que terão
legitimidade para figurar no polo passivo da ação judicial de
improbidade administrativa.

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As normas da Lei nº 8.429/92 são endereçadas precipuamente


aos agentes públicos, considerado seu sentido bastante amplo,
abrangendo todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nas entidades passíveis de ser enquadradas como
sujeito passivo de atos de improbidade administrativa. ATENÇÃO!!!
Não é preciso ser servidor público ou ter vínculo empregatício
para enquadrar-se como sujeito ativo da improbidade
administrativa.

Contudo, uma pessoa que não seja agente público não tem
como praticar um ato de improbidade administrativa
isoladamente. Para sua conduta ser enquadrada na Lei nº 8.429/92 e
sofrer as sanções nela estabelecidas, deve ocorrer uma das seguintes
hipóteses:

1. a pessoa induz um agente público a praticar ato de


improbidade;

2. a pessoa pratica um ato de improbidade junto com um agente


público, ou seja, concorre para a prática do ato;

3. a pessoa se beneficia, de forma direta ou indireta, de um


ato de improbidade que não praticou.

CUIDADO: Está sujeito às sanções de improbidade aquele que


apenas se beneficia, direta ou indiretamente, de um ato de
improbidade.

Questão de
concurso

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2. (CESPE-2015-STJ) Membros do Ministério Público não podem


sofrer sanções por ato de improbidade administrativa em razão de seu
enquadramento como agentes políticos e de sua vitaliciedade no cargo.

Pessoal, esse assunto foi um dos mais comentados em 2015, pois o STJ
decidiu que O STJ decidiu que é possível, no âmbito de ação civil
pública de improbidade administrativa, a condenação de membro do
Ministério Público à pena de perda da função pública prevista no art.12
da Lei 8.429/92. STJ. 1ª Seção. MS 20.335-DF, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 22/4/2015 (Info 560).

Gabarito: Errado

3. (CESPE – 2015 – FUB - Assistente em Administração) Julgue o


item subsecutivo , com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992.

Organização privada que não possua a maior parte do seu patrimônio


formada por capital público poderá ser vítima de improbidade
administrativa, caracterizando-se como sujeito passivo.

O parágrafo único do art. 1º da lei 8429/92 traz que:

Art. 1 Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei


os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que
receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão
público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do
patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a
sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos
cofres públicos.
Gabarito – Certo.

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4. (CESPE - 2012 - PRF - Agente Administrativo) Um terceiro que


pratique, juntamente com um agente público, ato do qual decorra
prejuízo ao erário não estará sujeito às sanções previstas na Lei de
Improbidade Administrativa.

Como acabamos de ver, está sujeito às sanções de improbidade


aquele que se beneficia, direta ou indiretamente, de um ato de
improbidade.

Gabarito: Errado.

5. (CESPE – 2015 – FUB – Administrador) No que tange à


improbidade administrativa e ao processo administrativo federal, julgue
o seguinte item.

Em relação ao alcance subjetivo da improbidade administrativa,


verifica-se que os órgãos da administração direta e indireta dos três
poderes e de qualquer um dos entes federados configuram-se como
sujeitos passivos imediatos do ato caracterizado pela improbidade
administrativa.

Vejamos como a lei 8.429/92 trata o assunto:

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público,


servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra
com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão
punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba
subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem
como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita
anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão
do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

Gabarito – Certo.

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b. Sujeitos PASSIVOS (vítimas da improbidade)

Sob uma perspectiva geral ou mediata, os atos de improbidade


administrativa vitimam a sociedade brasileira, globalmente considerada.
Entretanto, um particular pessoa física ou uma empresa privada
que nenhuma relação específica tenha com o Poder Público, não
pode ser diretamente alvo de um ato de improbidade
administrativa.

As entidades que podem ser diretamente atingidas por atos de


improbidade administrativa (vítimas imediatas do ato) são:

1. a administração pública direta e indireta, de qualquer dos


Poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios;

2. empresa incorporada ao patrimônio público e entidade para


cuja criação ou custeio o erário haja concorrido com mais de
50% do patrimônio ou da receita anual;

3. entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal


ou creditício, de órgão público, bem como aquelas para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com
menos de 50% do patrimônio ou da receita anual,
limitando-se a sanção patrimonial, nesses casos, à
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres
públicos.

Questão de
concurso

6. (CESPE - 2011 - EBC - Analista) Os empregados públicos,


regidos pelas normas trabalhistas, não se submetem aos preceitos

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contidos na lei de improbidade administrativa, por não serem agentes


políticos nem constarem expressamente no rol de sujeitos ativos,
previstos taxativamente na norma de regência.

Os empregados públicos estão dentro daqueles que se submetem


aos atos de improbidade, pois a expressão “agentes públicos” deve ser
entendida em sentido amplo. Vimos acima que não é necessário sequer
ser agente público para praticar ato de improbidade. Por isso, o item
está errado.

c. . Natureza das sanções cominadas e cumulação de


instâncias

O art. 37, §4º, CF, acima transcrito, traz um rol de


consequências mínimas atribuídas à prática de atos de improbidade
administrativa, não sendo, portanto, taxativo. Por essa razão, há
previsão legal de outras sanções.

A Lei nº 8.429/92 estabelece sanções de natureza administrativa


(perda da função pública, proibição de contratar com o Poder Público,
proibição de receber do Poder Público benefícios fiscais ou creditícios),
civil (ressarcimento ao erário, perda dos bens e valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, multa civil) e política (suspensão dos direitos
políticos). Grosso modo, pode-se dizer que essa lei só prevê sanções de
natureza cível (em contraposição à expressão “sanção penal”).

Veja a redação dos arts. 5º, 6º e 7º da Lei nº 8.429/92:

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Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa


ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do
dano.
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou
terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou
ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa
responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a
indisponibilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo
recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou
sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

Como se vê, se houver lesão ao patrimônio público dar-se-á o


integral ressarcimento do dano, além de outras sanções previstas
na lei. No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público
ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu
patrimônio, além das demais sanções previstas. Além disso, a
indisponibilidade dos bens do agente público recairá sobre os bens
que assegurem o integral ressarcimento do dano ou sobre o
acréscimo patrimonial.

E se aquele que lesou o patrimônio púbico falecer, os filhos


respondem pela improbidade?

Conforme preceitua o art. 8º do referido diploma legal, o


sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da lei até o limite
do valor da herança.

Como tratamos da indisponibilidade dos bens, saiba que a


jurisprudência do STJ tem se posicionado no sentido da
DESNECESSIDADE de prova de periculum in mora concreto, ou seja,
de que os réus estariam dilapidando seu patrimônio, ou na iminência

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de fazê-lo, exigindo-se apenas a demonstração de fumus boni


iuris. (REsp 1.203.133/MT)

ATENÇÃO!!! A Lei nº 8.429/92 não estabelece sanções


penais pela prática de improbidade administrativa. Entretanto,
as penalidades nela cominadas são aplicáveis
independentemente de outras sanções, previstas em outras leis.

Assim, um mesmo ato enquadrado na Lei nº 8.429/92 pode


corresponder também a um crime previsto em outra lei (p. ex.: a
corrupção passiva é crime previsto no Código Penal e pode ser
caracterizada como ato de improbidade, incorrendo no agente na
sanção penal e nas previstas na Lei nº 8.429/92). Nesse caso, serão
instaurados, em regra, processos concomitantes.

E se o processo administrativo absolver o agente público, pode o


processo penal condenar?

Sim, meus caros, pois há a independência das instâncias.

MUITA ATENÇÃO: A vinculação entre o resultado de uma esfera


na outra só acontece quando o Poder Judiciário absolve com
fundamento na inexistência do fato ou na ausência de autoria.

Veja que esse tema é muito cobrado em provas:

Questão de
concurso

7. (CESPE-2015-STJ-Analista Judiciário – Administrativa) Os


sucessores da pessoa que causar lesão ao patrimônio público ou
enriquecer-se ilicitamente poderão sofrer as consequências das
sanções patrimoniais previstas na Lei de Improbidade
Administrativa até o limite do valor da herança.

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Conforme preceitua o art. 8º do referido diploma legal, o


sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da lei até o limite
do valor da herança.

Gabarito: Certo.

8. (CESPE – 2015 – FUB - Conhecimentos básicos) Com base nas


disposições contidas nas Leis n.º 8.112/1990 e n.º 8.429/1992,
julgue os itens subsequentes.
Suponha que determinado servidor público federal tenha permitido, de
forma culposa, a realização de despesas não autorizadas em lei. Nessa
hipótese, embora tenha sido cometido ato de improbidade
administrativa que causou prejuízo ao erário, nos termos da lei, não se
exige o ressarcimento integral do dano, haja vista a inexistência de dolo
na conduta do servidor.
O art. 5º da Lei 8.429/92 dispõe que: “Art. 5° Ocorrendo lesão ao
patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente
ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano”.
Gabarito – Errada.

9. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária)


Acerca de improbidade administrativa e controle da
administração pública, julgue item a seguir.

Embora possa corresponder a crime definido em lei, o ato de


improbidade administrativa, em si, não constitui crime.

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Tecnicamente é incorreto dizer que o ato de improbidade administrativa


é crime, pois corresponde a uma espécie de ilícito e não de natureza
criminal e sim cível. Lembre-se que para uma conduta ser considerada
crime é preciso que a lei assim o defina.

Gabarito – Certo.

10. (CESPE – 2015 – DPU - Defensor Público Federal de Segunda


Categoria) O rol de condutas tipificadas como atos de
improbidade administrativa constante na Lei de Improbidade (Lei
n.º 8.429/1992) é taxativo.

A lei de improbidade permiti uma interpretação exemplificativa do rol


que é exigido.

Gabarito – Errado.

11. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) As sanções penais,


civis e administrativas previstas em lei podem ser aplicadas aos
responsáveis pelos atos de improbidade, de forma isolada ou
cumulativa, de acordo com a gravidade do fato.

Por óbvio o item está correto.

12. (CESPE – 2011 – TJ/ES) Os atos de improbidade administrativa


estão taxativamente previstos em lei, não sendo possível
compreender que sua enumeração seja meramente
exemplificativa.
O rol previsto na legislação é exemplificativo, portanto podem ser
enquadrados outros atos que não estejam previstos em lei.
Gabarito: Errado.
13. (CESPE - 2012 - ANAC - Analista Administrativo) O agente
público deverá ressarcir integralmente o dano causado ao

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patrimônio público somente se restar comprovado que sua ação


ou omissão foi dolosa.

Conforme acabamos de ver na lei:


Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa
ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do
dano.

Percebeu? Ação poderá ser dolosa ou culposa!

Gabarito: Errado.

14. (CESPE - 2012 - ANAC - Analista Administrativo) Caso morra


um agente público que tenha cometido ato ilícito previsto na
referida lei, a punição a que ele tiver sido submetido será extinta,
não acarretando, portanto, nenhum ônus aos seus sucessores.

Conforme preceitua o art. 8º do referido diploma legal, o sucessor


daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer
ilicitamente está sujeito às cominações da lei até o limite do valor da
herança.

Gabarito: Errado.

15. (CESPE – 2013 – MI) A liberação de verba pública para


terceiros sem a devida observância das formalidades legais
configura ato de improbidade administrativa que enseja
enriquecimento ilícito do agente público e prejuízo ao erário.
Não há caso de enriquecimento ilícito, apenas prejuízo ao erário, o
que configura o erro da questão.
Gabarito: Errado.

16. (CESPE – 2015 – DPU - Defensor Público Federal de Segunda


Categoria) Em relação a improbidade administrativa e responsabilidade
civil do servidor público federal, julgue o item subsequente.

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A responsabilidade civil do servidor público pela prática, no


exercício de suas funções, de ato que acarrete prejuízo ao erário ou a
terceiros pode decorrer tanto de ato omissivo quanto de ato comissivo,
doloso ou culposo.
É indispensável você lembrar-se das seguintes informações na hora
da prova.
1- Quando ocorrer o Descumprimento de algum princípio
administrativo, restará provado o dolo.
2- Quando ocorrer o Enriquecimento Ilícito, este estará regado de
dolo.
3- Já nos casos em que ocorrer Lesão ao Erário, este terá dolo ou
culpa.
A Lei 8.112/93 dispõe em seu art. 112 o seguinte: “Art. 122. A
responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou
culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros”.
Gabarito – Certo.

17. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico) De


acordo com a jurisprudência do STJ, estando presente o fumus
boni iuris, no que concerne à configuração do ato de improbidade
e à sua autoria, dispensa-se, para que seja decretada a
indisponibilidade de bens, a demonstração do risco de dano.

Como acabamos de ver o STJ tem se posicionado no sentido da


DESNECESSIDADE de prova de periculum in mora concreto, ou seja,
de que os réus estariam dilapidando seu patrimônio, ou na iminência
de fazê-lo, exigindo-se apenas a demonstração de fumus boni
iuris.

Gabarito: Certo.

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18. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista


Judiciário) O terceiro beneficiado poderá ser responsabilizado nas
esferas cível e criminal, mas não por improbidade administrativa,
visto que esta não abrange particulares.

O terceiro beneficiado também responderá! A Lei nº 8.429/92


estabelece sanções de natureza administrativa (perda da função
pública, proibição de contratar com o Poder Público, proibição de
receber do Poder Público benefícios fiscais ou creditícios), civil
(ressarcimento ao erário, perda dos bens e valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, multa civil) e política (suspensão dos direitos
políticos). Grosso modo, pode-se dizer que essa lei só prevê sanções de
natureza cível (em contraposição à expressão “sanção penal”).

Gabarito: Errado.

19. (CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de Suporte - Direito) As


penas aplicadas ao agente público que cometer improbidade
administrativa não poderão ser cumuladas.
Como vimos, se um ato é repreensível tanto na esfera
administrativa quanto civil e/ou penal, as sanções podem ser
acumuladas.

Resposta: Errado.

20. (CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de Suporte - Direito)


Se um agente público, que tiver enriquecido ilicitamente, vier a
falecer no decorrer de um processo administrativo relativo a ato
de improbidade contra a administração pública, os sucessores
desse agente passarão a responder pela atitude praticada por
ele, mas a responsabilidade será limitada ao quinhão no valor da
herança.

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Conforme nos vimos, meus caros, a cobrança vai até os limites das
forças da herança deixada aos sucessores. Os sucessores
respondem, mas devem ter esse limite respeitado.
Resposta: Certo.

d. Descrição legal dos atos de improbidade administrativa

Os atos de improbidade administrativa são classificados em 3


grandes grupos pela Lei nº 8.429/92, em ordem decrescente de
gravidade das condutas e sanções: que importam em enriquecimento
ilícito, que causam prejuízo ao erário e que atentam contra os princípios
da administração pública.

ATENÇÃO!!! Para que se configure a prática de ato de improbidade


administrativa, seja ele descrito no art. 9º (enriquecimento ilícito), 10
(prejuízo ao erário) ou 11 (violação aos princípios da administração) da
Lei nº 8.429/92, deve estar caracterizado o dolo do agente na prática
desses atos (EREsp 875.163). Somente no caso do ato de improbidade
previsto no art. 10 da Lei nº 8.429/92 é que o STJ admite a culpa
grave. Veja o seguinte trecho do julgamento da AIA 30 pelo STJ:

2. Não se pode confundir improbidade com simples ilegalidade. A


improbidade é ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo
da conduta do agente. Por isso mesmo, a jurisprudência do STJ
considera indispensável, para a caracterização de improbidade, que a
conduta do agente seja dolosa, para a tipificação das condutas descritas
nos artigos 9º e 11 da Lei 8.429/92, ou pelo menos eivada de culpa
grave, nas do artigo 10. (AIA . 30/AM, Rel. Ministro TEORI ALBINO
ZAVASCKI, CORTE ESPECIAL, julgado em 21/09/2011, DJe 28/09/2011)

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Questão de
concurso

21. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista – Processual) Retardar ou


deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício configura ato de
improbidade administrativa cuja configuração prescinde da
presença de elemento doloso.

Como acabamos de ver: Para que se configure a prática de ato de


improbidade administrativa, seja ele descrito no art. 9º (enriquecimento
ilícito), 10 (prejuízo ao erário) ou 11 (violação aos princípios da
administração) da Lei nº 8.429/92, deve estar caracterizado o dolo do
agente na prática desses atos (EREsp 875.163).

A questão está errada tão somente pela palavra prescinde, que


significa despensa.

Gabarito: Errado.

22. (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário - Área Administrativa)


Constituem improbidade administrativa não apenas os atos que
geram enriquecimento ilícito, mas também os que atentam
contra os princípios da administração pública.

Gabarito: Correto

A Lei 8429, além dos casos de enriquecimento ilício e prejuízo ao


erário, traz, na Seção III, casos de improbidade administrativa que
atentam contra os princípios da Administração Pública.

"Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta


contra os princípios da administração pública qualquer ação ou
omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente [...]”.

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23. (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Administrativo) De acordo


com a legislação, para que determinado ato seja caracterizado
como ato de improbidade administrativa, é necessário ter havido
lesão ao erário, em virtude de ação ou omissão, desde que na
modalidade culposa.

Para que se configure a prática de ato de improbidade


administrativa deve estar caracterizado o dolo do agente na prática
desses atos (EREsp 875.163). Somente no caso do ato de improbidade
de lesão ao erário é que o STJ admite a culpa grave.

Gabarito: Errado.

24. (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário) Segundo


jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o
reconhecimento de ato de improbidade administrativa, nos
moldes previstos pela Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º
8.429/1992), requer o exercício de função específica
(administrativa), não se admitindo sua extensão à atividade
judicante.

Pessoal, essa questão refere-se ao julgado: REsp 1249531 / RN de


05/12/2012. Nesse julgado aplicou-se a lei de improbidade a um juiz
que não atuou em sua atividade com imparcialidade e aplicou-se a lei
de improbidade, mesmo sendo a atividade judicante, ou seja, a
atividade finalística do Poder Judiciário.

Gabarito: Errado.

Vamos, sem demora, ao primeiro grupo:

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i. Ato de improbidade administrativa que importa em


ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

Segundo o art. 9º da Lei nº 8.429/92, o ato de improbidade que


importa em enriquecimento ilícito é aquele que visa auferir qualquer
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de
cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades
passíveis de ser enquadradas como sujeito passivo de atos de
improbidade administrativa.

Rol EXEMPLIFICATIVO de condutas:

1. receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou


imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou
indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que
possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público;

2. perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para


facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou
imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades passíveis
de serem vítimas de atos de improbidade administrativa por
preço superior ao valor de mercado;

3. perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para


facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o
fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
valor de mercado;

4. utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
passíveis de serem vítimas de atos de improbidade
administrativa, bem como o trabalho de servidores públicos,
empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

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5. receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou


indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de
azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura
ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de
tal vantagem;

6. receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou


indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou
avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica
de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer dessas
entidades;

7. adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato,


cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza
cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à
renda do agente público;

8. aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de


consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público, durante a atividade;

9. perceber vantagem econômica para intermediar a liberação


ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

10. receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta


ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou
declaração a que esteja obrigado;

11. incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens,


rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades passíveis de serem vítimas de atos de
improbidade administrativa;

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12. usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores


integrantes do acervo patrimonial dessas entidades.

No caso de enriquecimento ilícito, independentemente das


sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (art. 12, I, da
Lei nº 8.429/92):

1. perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao


patrimônio;

2. ressarcimento integral do dano, quando houver;

3. perda da função pública;

4. suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos;

5. pagamento de multa civil de até três vezes o valor do


acréscimo patrimonial;

6. proibição de contratar com o Poder Público ou receber


benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos.

Questão de
concurso

25. (CESPE – 2015 – MEC - Conhecimentos Básicos para os Postos


9, 10, 11 e 16) Com base nas Leis n.º 8.112/1990 e n.º 8.429/1992,
julgue o item a seguir. O agente público que, no exercício de suas
funções, enriquece ilicitamente deve perder os bens acrescidos
irregularmente ao seu patrimônio.

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O art. 6° da lei 8.429/92 determina que: “Art. 6° No caso


de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro
beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio”.

Gabarito – Certo.

26. (CESPE – 2015 – FUB - Conhecimentos básicos) Maria,


servidora pública federal estável, integrante de comissão de
licitação de determinado órgão público do Poder Executivo
federal, recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem
econômica indevida para que favorecesse determinada empresa
em um procedimento licitatório. Após o curso regular do processo
administrativo disciplinar, confirmada a responsabilidade de Maria
na prática delituosa, foi aplicada a pena de demissão.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com
base na legislação aplicável ao caso.

A infração praticada por Maria caracteriza-se como ato de improbidade


administrativa que importa enriquecimento ilícito.

A Lei de improbidade Administrativa 8.429 estabelece da seguinte


forma:
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida
em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou
qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão,
percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou
indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente
das atribuições do agente público.

Gabarito – Certo.

27. (CESPE – 2011- MMA) Considere que um servidor público


requisite, seguidamente, para proveito pessoal, os serviços de
funcionários de uma empresa terceirizada de serviços de limpeza,
contratada pelo órgão em que o servidor exerce função de chefia.

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Nessa situação, esse fato é caracterizado como ato de


improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito.
Tal conduta caracteriza enriquecimento ilícito, conforme expresso
no art. 9º da Lei 8429/92:

Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à
disposição de qualquer das entidades passíveis de serem vítimas de
atos de improbidade administrativa, bem como o trabalho de
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas
entidades;

Gabarito: Certo.

28. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista) Os atos de improbidade que


importam enriquecimento ilícito sujeitam seus autores, entre
outras sanções, à perda da função pública, à suspensão dos
direitos políticos de oito a dez anos e à perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio.

Veja o art. 12, da lei de improbidade:

Art. 12. I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver,
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos,
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
dez anos;

Gabarito: certo.

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29. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento – Direito)


Considerando que um servidor público federal utilize, em obra ou
serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material
de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição da
autarquia federal, ele estará sujeito, entre outras sanções, à
perda da função pública e à suspensão dos direitos políticos de
oito a dez anos.
O Item é correto.
Como vimos no rol exemplificativo de condutas que importam
enriquecimento ilícito:

4. utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade
ou à disposição de qualquer das entidades passíveis de serem
vítimas de atos de improbidade administrativa, bem como o
trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades;

Entre as sanções aplicadas no caso de enriquecimento ilícito está


a suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos;

Segue o art. da lei:

LEI 8429/92

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando


enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem
patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato,
função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art.
1° desta lei, e notadamente:

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade
ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1°

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desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos,


empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e


administrativas previstas na legislação específica, está o
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente,
de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº
12.120, de 2009).
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do
dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de
até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo de dez anos.

30. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento – Direito) A


Constituição Federal indica que as sanções aplicáveis aos atos de
improbidade são a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário. Trata-se de elenco taxativo, que não permite, pela
legislação infraconstitucional, a ampliação das penalidades.

Gabarito: Incorreto!

Art. 37 § 4º CF - Os atos de improbidade administrativa


importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento

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ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo


da ação penal cabível.
A enumeração do art. acima transcrito da CF não é taxativa e
sim um rol de consequências mínimas atribuídas à pratica de
atos de improbidade.
Deve-se notar que as penalidades cominadas na lei 8429/92
são aplicáveis independente de outras sanções previstas em
outras leis.

ii. Ato de improbidade administrativa que CAUSA


PREJUÍZO AO ERÁRIO

De acordo com o art. 10 da Lei nº 8.429/92, consiste em


qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação dos bens ou haveres das entidades passíveis de ser
enquadradas como sujeito passivo de atos de improbidade
administrativa.

Rol EXEMPLIFICATIVO de condutas:

1. facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação


ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades passíveis de serem vítimas de atos de
improbidade administrativa;

2. permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica


privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial dessas entidades, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

3. doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente


despersonalizado, ainda que de fins educativos ou
assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio

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de qualquer dessas entidades, sem observância das


formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

4. permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem


integrante do patrimônio de qualquer dessas entidades, ou
ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço
inferior ao de mercado;

5. permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem


ou serviço por preço superior ao de mercado;

6. realizar operação financeira sem observância das normas


legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou
inidônea;

7. conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância


das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;

8. frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo


indevidamente;

9. ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas


em lei ou regulamento;

10. agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda,


bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio
público;

11. liberar verba pública sem a estrita observância das normas


pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular;

12. permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se


enriqueça ilicitamente;

13. permitir que se utilize, em obra ou serviço particular,


veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer

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natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das


entidades passíveis de serem vítimas de atos administrativos,
bem como o trabalho de servidor público, empregados ou
terceiros contratados por essas entidades;

14. celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto


a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada
sem observar as formalidades previstas na lei;

15. celebrar contrato de rateio de consórcio público sem


suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as
formalidades previstas na lei.

No caso de prejuízo ao erário, independentemente das sanções


penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações,
que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo
com a gravidade do fato (art. 12, II, da Lei nº 8.429/92):

1. ressarcimento integral do dano;

2. perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao


patrimônio, se concorrer esta circunstância;

3. perda da função pública;

4. suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos;

5. pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do


dano;

6. proibição de contratar com o Poder Público ou receber


benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 anos.

Questão de
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31. (CESPE – 2015 – FUB - Conhecimentos Básicos - Nível


Intermediário) À luz do disposto na Constituição Federal de 1988
acerca da administração pública, julgue o item a seguir.
A pretensão de se aplicar sanção ao agente por ato de improbidade
administrativa é imprescritível.
Os atos imprescritíveis são aqueles que causarem prejuízo ao
erário. Conforme estabelece o art. 37 § 5º da CF.
Já o art. 142 da lei 8.112/90 dispõe que: Art. 142. “A ação
disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações
puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
destituição de cargo em comissão;II - em 2 (dois) anos, quanto à
suspensão; III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência”
Gabarito – Errado.

32. (CESPE – 2015 – FUB - Assistente em Administração) Julgue o


item subsecutivo , com base nas disposições da Lei n.º
8.429/1992.

Servidor público que possibilita o uso de patrimônio público sem as


formalidades necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido
ganho pessoal nem causado dano ao erário, não comete improbidade
administrativa.

O art. 10, inc. II da lei 8429/92 preconiza que:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial,
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente
[...]
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize
bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.

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Gabarito – Errado.

33. (CESPE – 2015 – FUB - Assistente em Administração) Julgue o


item subsecutivo, com base nas disposições da Lei n.º
8.429/1992.

O pagamento de despesa sem prévio empenho caracteriza ato de


improbidade administrativa, da mesma forma que o pagamento de
despesa antes da sua liquidação.

A Lei nº 8429/92, em seu art. 10, inc. VI e IX o seguinte:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao


erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente
[...]
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou
regulamento.

Gabarito – Certo.

34. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios) A dispensa


indevida de processo licitatório por agente público, além de
causar prejuízo ao erário, constitui ato de improbidade
administrativa que importa no enriquecimento ilícito daquele que
o pratica.

Pertence ao rol exemplificativo de prejuízo ao erário frustrar a


licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente. Portanto
item errado.

35. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) Em caso


de ato de improbidade, o ressarcimento do poder público só será

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cabível se o ato causar prejuízo ao erário ou ao patrimônio


público.

Questão simples! Por que o poder público iria ressarcir se não


houve prejuízo ao erário ou ao patrimônio publico? Não haveria motivo!
Para haver ressarcimento é necessário o prejuízo.

Gabarito: certo.

iii. Ato de improbidade administrativa que ATENTA


CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA

Com base no art. 11 da Lei nº 8.429/92, abrange qualquer ação


ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições.

Além disso, o art. 4º do referido diploma legal determina que os


agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar
pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

Rol EXEMPLIFICATIVO de condutas:

1. praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou


diverso daquele previsto, na regra de competência;

2. retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

3. revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das


atribuições e que deva permanecer em segredo;

4. negar publicidade aos atos oficiais;

5. frustrar a licitude de concurso público;

6. deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

7. revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro,


antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política

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ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou


serviço.

No caso de violação aos princípios da administração pública,


independentemente das sanções penais, civis e administrativas
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de
improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas
isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato
(art. 12, III, da Lei nº 8.429/92):

1. ressarcimento integral do dano, se houver;

2. perda da função pública;

3. suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos;

4. pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da


remuneração percebida pelo agente;

5. proibição de contratar com o Poder Público ou receber


benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 anos.

IMPORTANTE observar, quanto às sanções previstas para as três


modalidades de improbidade (prejuízo ao erário, enriquecimento ilícito e
violação a princípios), o art. 21 da Lei nº 8.429/92 assim prevê:

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:


I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de
ressarcimento;
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo
Tribunal ou Conselho de Contas.

Perceba: só é necessária a comprovação da existência de dano


ao patrimônio público para aplicar a sanção de ressarcimento, as
demais sanções independem de dano.

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Perceba: mesmo que as contas do agente público tenham sido


APROVADAS pelo TCU, ele pode ser condenado por ato de improbidade
e se sujeitar às sanções da Lei nº 8.429/92.

Além disso, para a fixação das penas a serem concretamente


aplicadas, o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim

como o proveito patrimonial obtido pelo agente (art. 12, parágrafo


único, da Lei nº 8.429/92).

Foi inserido como ato de improbidade administrativa que atenta


contra os princípios da Administração “deixar de cumprir a exigência de
requisitos de acessibilidade previstos na legislação”.

Ou seja, o gestor não pode deixar de fazer as obras de


acessibilidade, necessárias para que os portadores de necessidades
especiais tenham garantido o seu direito de ir e vir! Se ele se esquecer
dessas obras, estará cometendo ato de improbidade que atenta contra
os princípios da Administração.

Veja a redação nova da lei:

Seção III
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os
Princípios da Administração Pública

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta


contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão
que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e
lealdade às instituições, e notadamente:

IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade


previstos na legislação.

Questões de
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36. (CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária)


Acerca de improbidade administrativa e controle da
administração pública, julgue item a seguir.
A sanção de perda da função pública decorrente de sentença em ação
de improbidade administrativa não tem natureza de sanção
administrativa.

Vamos aqui fazer um paralelo para não confundir a perda da função


pública com demissão! São duas coisas similares, mas existe diferença.

Demissão – é uma sanção administrativa, ou seja, expulsão do servidor


do cargo que antes ocupava. Produz efeitos para o órgão do qual o
funcionário fazia parte.

Já a da função pública é uma sanção civil, ou seja, a perda da


capacidade do individuo de agir como agente público. Lembrando que
se estende a toda a administração e não somente ao órgão onde
atuava.

Gabarito – Certo.

37. (CESPE/STF/Técnico/2008) Os atos de improbidade


administrativa devem ter por pressuposto a ocorrência de dano
ao erário público.

38. (CESPE/TJ-CE/Analista/2008) A aprovação das contas do


agente público por Tribunal de Contas afasta a possibilidade de
incidência em ato ímprobo pelo servidor que o praticou.

Esses dois itens cobram os incisos do art. 21 da Lei nº 8.429/92,


acima transcrito. O primeiro item está errado, pois as sanções de
improbidade podem ser aplicadas independentemente do dano. O
segundo item também está errado, pois as sanções da lei podem ser
aplicadas quando o tribunal de contas aprova as contas do agente
público.

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39. (CESPE – 2013 – MI) Atos que atentem contra os princípios da


administração pública constituem atos de improbidade
administrativa, independentemente de implicarem malversação
de recursos públicos.
A assertiva está correta, a malversação de recursos públicos não é
requisito para a configuração de atos de improbidade administrativa.
Gabarito: Certo.

40. (CESPE – 2013 – ANTT) A aplicação das sanções por


improbidade administrativa independe da aprovação ou rejeição
das contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou
conselho de contas.
A assertiva está correta, seguindo o preceituado no artigo 21,
inciso II, da Lei 8429/92.
Gabarito: Certo.

41. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) Frustrar a


licitude de concurso público configura ato de improbidade
administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública.

Vimos com base no art. 11 da Lei nº 8.429/92, abrange qualquer


ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, um rol
exemplificativo de condutas que atentam contra esses princípios e
frustrar a licitude de concursos públicos está entre essas condutas.

Gabarito: Certo.

42. (CESPE - 2012 - AGU – Advogado) É necessária a comprovação


de enriquecimento ilícito ou da efetiva ocorrência de dano ao

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patrimônio público para a tipificação de ato de improbidade


administrativa que atente contra os princípios da administração
pública.

Como acabamos de ver:

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:


I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena
de ressarcimento;
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou
pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

Gabarito: Errado.

43. (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Administrativo) Se condenado


por improbidade administrativa, o servidor público que, para
beneficiar um amigo, tiver deixado de praticar, indevidamente,
ato de ofício deverá realizar o ressarcimento integral do dano
causado e perderá sua função pública, sendo vedada a suspensão
de seus direitos políticos.

Vamos lá! Deixar de praticar ato de ofício é violação aos princípios


da administração pública, de acordo com a gravidade do fato, o servidor
poderá ser condenado a:

1. ressarcimento integral do dano, se houver;

2. perda da função pública;

3. suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos!!!

4. pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da


remuneração percebida pelo agente;

5. proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios


ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

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por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo


prazo de 3 anos.

A questão está errada por desconsiderar a suspensão dos direitos


políticos.

Gabarito: Errado.

44. (CESPE – 2013- Analista/ MPU) A perda da função pública é


sanção aplicável àqueles que pratiquem atos de improbidade
administrativa que importem enriquecimento ilícito ou que gerem
lesão ao erário, mas não aos que pratiquem atos de improbidade
que atentem contra os princípios da administração pública.
Conforme visto anteriormente, segundo o art. 11 da Lei 8429/92,
qualquer ato que atente contra os princípios da administração pública
constituem improbidade administrativa, logo está incorreta.
Gabarito: Errado.
45. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento – Direito) A
aplicação das sanções da Lei de Improbidade independe da
efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo em
relação à pena de ressarcimento.
Questão correta. Como vimos nos art. 21 da lei:
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo
quanto à pena de ressarcimento;
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle
interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

e. Declaração de bens

A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à


apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu

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patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal


competente.

São excluídos da declaração apenas os objetos e utensílios


de uso doméstico.

A declaração de bens será anualmente atualizada e na data


em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo,
emprego ou função.

E qual é a sanção para aquele que não declara?

Observe a redação legal, meus amigos:

§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem


prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a
prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar
falsa.

Você viu bem: DEMISSÃO SERÁ A SANÇÃO APLICADA!

O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração


anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na
conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de
qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a
referida exigência.

Questão de
concurso

46. (CESPE/TCEES/Procurador/2009) Servidor público estadual que,


notificado para apresentar a declaração anual de bens, recusar-se
a apresentá-la, dentro do prazo especificado, será punido com a
pena de demissão, conforme previsto na lei de regência.

Com base no que acabamos de estudar, fica fácil concluir que a


questão está certa.

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47. (CESPE - 2013 - ANTT - Especialista em Regulação de Serviços


de Transportes Terrestres - Direito) A aplicação das sanções por
improbidade administrativa independe da aprovação ou rejeição
das contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou
conselho de contas.

Essa frase, um pouco sem contexto fica difícil de julgar


isoladamente, mas as questões que trazem letra fria da lei algumas
vezes são assim. Graças ao conhecimento que você tem do artigo 21, II
da Lei 8429/92, você poderia acertar. Ela está em acordo com essa
disposição.

Traduzindo um pouco, esse inciso quer dizer que a aplicação de


sanção por improbidade independe de real dano ao patrimônio público.
As contas adequadas e corretas muitas vezes mascaram irregularidades
que são repreensíveis. Até por que a lei não repreende apenas condutas
que envolvam lesão ao erário.

Resposta: Certo.

f. Procedimento administrativo e processo judicial

i. Âmbito administrativo

Qualquer pessoa poderá representar à autoridade


administrativa competente para que seja instaurada investigação
destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

Entretanto, constitui crime a representação contra agente


público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe
inocente, cuja pena é a de detenção, de 6 a 10 meses, e multa (art. 19
da Lei nº 8.429/92). OBS: além da sanção penal, o denunciante
está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,
morais ou à imagem que houver provocado.

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Atendidos os requisitos da representação, a autoridade


determinará a imediata apuração dos fatos, mediante a instauração de
um processo administrativo disciplinar.

A comissão encarregada da instrução do processo administrativo


deve dar conhecimento da existência dele ao Ministério Público e ao
tribunal de contas competente, os quais poderão designar
representante para acompanhar o procedimento administrativo.

Veja a redação do art. 15 da Lei nº 8.429/92:

Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e


ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento
administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas
poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o
procedimento administrativo.

Isso não quer dizer que o Ministério Público pode interferir


na realização do processo administrativo a cargo da
Administração Pública. Se o MP achar que as coisas não estão
indo bem, ele pode adotar as providências de sua alçada, como
instaurar inquérito civil ou criminal, mas não pode ter qualquer
participação no processo administrativo em si.

Questões de
concurso

48. (CESPE/MP-RN/2009) É crime a representação por ato de


improbidade administrativa contra agente público ou terceiro
beneficiário, quando o autor da denúncia tem conhecimento de
que este é inocente.

O item trata da representação irresponsável por ato de


improbidade (art. 19 da Lei nº 8.429/92), por isso está correto.

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49. (CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal) Se


o suposto autor do ato alegar que não tinha conhecimento prévio
da ilicitude, o ato de improbidade restará afastado, por ser o
desconhecimento da norma motivo para afastá-lo.

Veja o que diz a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro


(Decreto Lei 4.567/42):

Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

Jamais esqueça isso! Pois em qualquer matéria o CESPE pode


cobrá-lo!

Gabarito: Errado.

50. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) Apenas o


Ministério Público (MP) poderá representar à autoridade
administrativa competente para que seja instaurada investigação
devida para apurar a prática de ato de improbidade.

Como vimos: Qualquer pessoa poderá representar à autoridade


administrativa competente para que seja instaurada investigação
destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

Gabarito: Errado.

51. (CESPE – 2011 – PC/ES) Qualquer pessoa poderá representar à


autoridade administrativa competente para que seja instaurada
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade,
sem prejuízo de representar também ao Ministério Público.
Você já sabe que qualquer pessoa poderá representar à
autoridade administrativa competente para que seja instaurada

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investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.


Gabarito: Certo.
52. (CESPE – 2006- DPE/DF) O juiz responsável pela tramitação de
ação de improbidade administrativa deve, expressamente, decidir
se recebe ou não a inicial apresentada, sendo esse
ato imprescindível para a regularização da marcha processual nas
ações de improbidade administrativa.
A questão encontra respaldo legal, conforme art. 17, § 8o, da Lei
8.429/99:
“Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão
fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de
improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita”.

Portanto, está correta.


Gabarito: Certo.

ii. Âmbito judicial

Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão


representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão
para que requeira ao juízo competente, em sede de ação cautelar, a
decretação do sequestro (incide sobre bens específicos, quantos sejam
necessários para assegurar o êxito da execução) dos bens do agente ou
terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao
patrimônio público, seguindo-se o rito previsto no Código de Processo
Civil.

Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o


bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas
pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados
internacionais.

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É importante ressaltar que o Ministério Público não depende de


representação para pedir ao Poder Judiciário as medidas cautelares
cabíveis, não dependendo de qualquer provocação até mesmo para
atuar visando a apurar a prática de ato de improbidade administrativa
(ver art. 22 da Lei nº 8.429/92).

A ação principal (ação judicial de improbidade administrativa),


que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou
pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação
da medida cautelar.

OBS: Maria Sylvia Di Pietro considera essa ação como uma


espécie de ação civil pública, posição que vem sendo adotada pelo
Ministério Público, com ampla aceitação da jurisprudência, sendo
aplicável, residualmente, a Lei nº 7.347/85 (lei da ação civil pública).

ATENÇÃO!!! Como podemos perceber, há uma legitimação


ativa concorrente para propor a ação de improbidade
administrativa: Ministério Público e pessoa jurídica contra a qual
o ato de improbidade foi praticado.

No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério


Público, a pessoa jurídica interessada poderá abster-se de contestar o
pedido ou atuar ao lado do autor, como litisconsorte, desde que isso se
afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante
legal ou dirigente.

O Ministério Público, se não intervir no processo como parte,


atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

Conforme informação já exposta, caso tenha sido efetivada


medida cautelar, o prazo para ajuizamento da ação principal é de 30
dias, contados da efetivação da medida cautelar.

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A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas


as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de
pedir ou o mesmo objeto.

ATENÇÃO: Há um juízo prévio da existência de fundamentos


suficientes para sustentar a demanda. Após o recebimento da inicial, o
juiz, no prazo de 30 dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação,
se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência
da ação ou da inadequação da via eleita.

Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar


contestação. OBS: da decisão que receber a petição inicial, caberá
agravo de instrumento.

OBS: em qualquer fase do processo, reconhecida a


inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o
processo sem julgamento do mérito.

A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de


dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o
pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da
pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações


necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público.

ATENÇÃO!!! A perda da função pública e a suspensão dos


direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da
sentença condenatória.

Entretanto, a autoridade judicial ou administrativa


competente poderá determinar o afastamento do agente público do
exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução
processual (ATENÇÃO!!! Observe que é a única medida cautelar prevista
na Lei nº 8.429/92 que pode ocorrer na esfera administrativa). OBS: o

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afastamento temporário não é uma sanção e sim uma medida


cautelar, não havendo contraditório e ampla defesa prévios.

foi alterada em 2015 foi a Lei de Improbidade


Administrativa (Lei n. 8.429/92).

Foi revogado o § 1º do art. 17, da Lei de improbidade, que


impedia a realização de transação ou acordo nas ações de improbidade.
Veja:

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta
pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de
trinta dias da efetivação da medida cautelar.

§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de


que trata o caput. (Revogado pela Medida provisória nº 703, de 2015)

Professor, se foi uma revogação é necessário que eu saiba?

Sim, meu caro, esse dispositivo garante a uniformidade nos


acordos de leniência, previsto na Lei anticorrupção – 12.846/2013, com
o objetivo de assegurar a colaboração das empresas nos processos
administrativos. Assim, a empresa tem uma certa proteção, pois evita-
se sua responsabilização na esfera administrativa, mesmo sendo esta
responsável pela prática de atos lesivos.

Ou seja, agora é possível fazer acordos em ações de improbidade.

Questões de
concurso

53. (CESPE/TRF-1/Juiz/2009) A ação de improbidade administrativa


terá o rito ordinário e será proposta pelo MP ou pela pessoa

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jurídica interessada, dentro de 60 dias da efetivação da medida


cautelar.

54. (CESPE/TCE-ES/Procurador/2009) Pessoas jurídicas de direito


público, mesmo que interessadas, não têm legitimidade ativa
para propor ação civil pública de improbidade administrativa.

O primeiro item está errado, já que o prazo é de 30 dias e não


de 60 dias.

O segundo item também está errado, já que a legitimidade ativa


é concorrente entre o MP e a pessoa jurídica de direito público
interessada.

55. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo)


Durante a instrução processual, o agente público poderá ser
afastado do seu cargo mediante determinação de autoridade
administrativa competente.

Como vimos, a autoridade judicial ou administrativa competente


poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a
medida se fizer necessária à instrução processual.

Gabarito: Certo.

56. (CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de Suporte - Direito) A


suspensão dos direitos políticos poderá ser aplicada liminarmente
ao agente político que responder por ação judicial em razão de
ter cometido ato de improbidade administrativa.
Não existe uma liminar que possa suspender os direitos políticos,
ao menos não pela Lei de Improbidade. Isso só é possível com sentença
transitada em julgado.
Resposta: Errado.

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g. Juízo competente

O STF declarou inconstitucional o dispositivo legal (art. 84, §§ 1º


e 2º, do CPP) que previa o foro por prerrogativa de função nas ações de
improbidade administrativa. Isso ocorreu na ADI 2797. A partir daí, a
regra geral é que não existe foro especial por prerrogativa de
função nas ações de improbidade, apenas nas ações criminais.

Entretanto, no julgamento da Reclamação 2138, o mesmo STF


decidiu que os juízes de primeira instância são incompetentes “para
processar e julgar ação civil de improbidade administrativa ajuizada
contra agente político que possui prerrogativa de foro perante o
Supremo Tribunal Federal, por crime de responsabilidade, conforme o
art. 102, I, "c", da Constituição”.

Assim, a regra geral foi excepcionada para admitir o foro por


prerrogativa de função nas ações de improbidade aos agentes políticos
que possuem foro privilegiado nos crimes de responsabilidade.

A partir desse julgado, o STJ passou a afirmar que “o julgamento


das autoridades – que não detêm foro constitucional por prerrogativa
de função, quanto aos crimes de responsabilidade –, por atos de
improbidade administrativa, continuará a ser feito pelo juízo
monocrático da justiça cível comum de 1ª instância” (REsp 1106159).

Desse modo, OS PREFEITOS, por exemplo, NÃO TÊM QUALQUER


FORO PRIVILEGIADO EM AÇÃO DE IMPROBIDADE (RESP 401472).

Entretanto, diversas outras autoridades já conseguiram foro


privilegiado para ações de improbidade. Destacamos algumas delas:

O STF, na QO na Pet n. 3.211-0, declarou que "compete ao


Supremo Tribunal Federal julgar ação de improbidade contra

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seus membros", ou seja, os Ministros do STF têm foro privilegiado em


ação de improbidade.

A partir disso, o STJ passou a afirmar que “não há competência


de primeiro grau para julgar ação semelhante – de improbidade –
contra membros de outros tribunais superiores ou de tribunais de
segundo grau, como no caso” (AgRg na Sd .208/AM, Corte Especial).
Nos casos dos membros dos tribunais superiores, a competência
para julgar ação de improbidade é do STF (art. 102, I, c, da
Constituição), no caso dos tribunais de segundo grau, a
competência é do STJ (Rcl 4.927/DF, Corte Especial).

O Superior Tribunal de Justiça admite, até mesmo, foro por


prerrogativa de função em ação de improbidade para Secretário de
Estado, desde que previsto na Constituição Estadual. No RESP 1235952,
o STJ afirmou que cabe ao Tribunal de Justiça julgar ação de
improbidade contra Secretário de Estado quando houver previsão de
foro privilegiado na Constituição Estadual.

Assim, muito cuidado ao afirmar que para ação de improbidade


não há foro privilegiado.

Por fim, vale lembrar que as ações de improbidade


administrativa estão expressamente excluídas da competência
dos Juizados Especiais Federais.

h. Prescrição

As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na Lei


nº 8.429/92 podem ser propostas:

1. até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo


em comissão ou de função de confiança; ATENÇÃO QUANTO

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AO TERMO INICIAL DA CONTAGEM: APÓS O TÉRMINO DO


MANDATO!!!!

2. dentro do prazo prescricional previsto em lei específica


para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem
do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou
emprego.

ATENÇÃO!!! Nos termos do art. 37, §5º, da CF, as ações


civis de ressarcimento ao erário são imprescritíveis.

Questões de
concurso

57. (CESPE/MP-RN/2009) As ações de improbidade administrativa


de atos que atentem contra os princípios da administração
pública podem ser propostas até 10 anos após o término da
função de confiança de quem as tenha praticado.

O prazo de prescrição no caso de função de confiança é de 5


anos e não de 10 anos. Logo, o item está errado.

58. (CESPE – 2006 – DPE/DF) Considerando-se que um prefeito


municipal pratique ato de improbidade administrativa durante o
exercício de seu mandato, é correto afirmar que o termo final
para que seja ajuizada ação de improbidade contra ele será o
término do seu mandato.
Preceitua o artigo 23 da Lei 8429/99:

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas


nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de
cargo em comissão ou de função de confiança;

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Logo, o item está errado.

Gabarito: Errado.

59. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) As ações que têm


por objeto a aplicação das sanções previstas para o cometimento
de ato de improbidade realizado por prefeito municipal
prescrevem até três anos após a ocorrência do ato de
improbidade.

Eu chamei sua atenção! As ações destinadas a levar a efeitos as


sanções previstas na Lei nº 8.429/92 podem ser propostas: até 5 anos
após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de
função de confiança; ATENÇÃO QUANTO AO TERMO INICIAL DA
CONTAGEM: APÓS O TÉRMINO DO MANDATO!!!!

A questão está errada por afirmar que a prescrição é até três anos
após a ocorrência do ato de improbidade.

Gabarito: Errado.

60. (CESPE - 2013 - TC-DF – Procurador) O prazo para a


proposição da ação de improbidade administrativa visando o
ressarcimento dos danos causados pelo agente público é de cinco
anos, a contar do término do exercício de mandato, de cargo em
concurso ou de função de confiança por esse agente.
O item está Errado!

Como vimos Nos termos do art. 37, §5º, da CF, as


ações civis de ressarcimento ao erário são imprescritíveis.

Vamos lembrar também que as ações destinadas à aplicação das


sanções previstas na lei de improbidade prescrevem em até 5 anos
após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança. Cargo em concurso é cargo efetivo.

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3) RESUMO

Quanto à improbidade administrativa, seu fundamento


constitucional encontra-se no §3º do art. 37 da Constituição Federal:
“Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
sem prejuízo da ação penal cabível”.

Uma pessoa que não seja agente público pode praticar ato de
improbidade, desde que ocorra uma das seguintes hipóteses:

1. a pessoa induz um agente público a praticar ato de


improbidade;

2. a pessoa pratica um ato de improbidade junto com um agente


público, ou seja, concorre para a prática do ato;

3. a pessoa se beneficia, de forma direta ou indireta, de um


ato de improbidade que não praticou.

A Lei nº 8.429/92 estabelece sanções de natureza administrativa


(perda da função pública, proibição de contratar com o Poder Público,
proibição de receber do Poder Público benefícios fiscais ou creditícios),
civil (ressarcimento ao erário, perda dos bens e valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, multa civil) e política (suspensão dos
direitos políticos). Grosso modo, pode-se dizer que essa lei só prevê
sanções de natureza cível (em contraposição à expressão “sanção
penal”).

A Lei nº 8.429/92 não estabelece sanções penais pela prática de


improbidade administrativa. Entretanto, as penalidades nela cominadas
são aplicáveis independentemente de outras sanções, previstas em
outras leis.

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ATENÇÃO!!! Para que se configure a prática de ato de improbidade


administrativa, seja ele descrito no art. 9º (enriquecimento ilícito), 10
(prejuízo ao erário) ou 11 (violação aos princípios da administração) da
Lei nº 8.429/92, deve estar caracterizado o dolo do agente na prática
desses atos (EREsp 875.163). Somente no caso do ato de improbidade
previsto no art. 10 da Lei nº 8.429/92 é que o STJ admite a culpa grave
(AIA 30, STJ).

Segundo o art. 9º da Lei nº 8.429/92, o ato de improbidade que


importa em enriquecimento ilícito é aquele que visa auferir qualquer
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de
cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades
passíveis de ser enquadradas como sujeito passivo de atos de
improbidade administrativa.

De acordo com o art. 10 da Lei nº 8.429/92, consiste em


qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação dos bens ou haveres das entidades passíveis de ser
enquadradas como sujeito passivo de atos de improbidade
administrativa.

Com base no art. 11 da Lei nº 8.429/92, abrange qualquer ação


ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições.

Perceba: só é necessária a comprovação da existência de dano


ao patrimônio público para aplicar a sanção de ressarcimento, as
demais sanções independem de dano.

Perceba: mesmo que as contas do agente público tenham sido


APROVADAS pelo TCU, ele pode ser condenado por ato de improbidade
e se sujeitar às sanções da Lei nº 8.429/92.

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A Lei nº 8.429/92 prevê que os agentes públicos devem prestar


declaração anual de seus bens sob pena de demissão. Será demitido,
ainda, aquele que prestar declaração falsa.

Há uma legitimação ativa concorrente para propor a ação de


improbidade administrativa: Ministério Público e pessoa jurídica contra
a qual o ato de improbidade foi praticado.

Há um juízo de prévio da existência de fundamentos suficientes


para sustentar a demanda. Após o recebimento da inicial, o juiz, no
prazo de 30 dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se
convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da
ação ou da inadequação da via eleita.

O STF declarou inconstitucional o dispositivo legal (art. 84, §§ 1º


e 2º, do CPP) que previa o foro por prerrogativa de função nas ações de
improbidade administrativa. Isso ocorreu na ADI 2797. A partir daí, a
regra geral é que não existe foro especial por prerrogativa de
função nas ações de improbidade, apenas nas ações criminais.

Entretanto, no julgamento da Reclamação 2138, o mesmo STF


decidiu que os juízes de primeira instância são incompetentes “para
processar e julgar ação civil de improbidade administrativa ajuizada
contra agente político que possui prerrogativa de foro perante o
Supremo Tribunal Federal, por crime de responsabilidade, conforme o
art. 102, I, "c", da Constituição”.

Assim, a regra geral foi excepcionada para admitir o foro por


prerrogativa de função nas ações de improbidade aos agentes políticos
que possuem foro privilegiado nos crimes de responsabilidade.

As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na Lei


nº 8.429/92 podem ser propostas:

1. até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo


em comissão ou de função de confiança; ATENÇÃO QUANTO

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AO TERMO INICIAL DA CONTAGEM: APÓS O TÉRMINO DO


MANDATO!!!!

2. dentro do prazo prescricional previsto em lei específica


para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem
do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou
emprego.

ATENÇÃO!!! Nos termos do art. 37, §5º, da CF, as ações


civis de ressarcimento ao erário são imprescritíveis.

4) Questões

1. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) O responsável por


cometer ato de improbidade sofrerá a sanção de suspensão dos direitos
políticos, pena esta aplicável a todas as hipóteses de cometimento de
ato de improbidade.

2. (CESPE-2015-STJ) Membros do Ministério Público não podem


sofrer sanções por ato de improbidade administrativa em razão de seu
enquadramento como agentes políticos e de sua vitaliciedade no cargo.

3. (CESPE – 2015 – FUB - Assistente em Administração) Julgue o


item subsecutivo , com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992.

Organização privada que não possua a maior parte do seu patrimônio


formada por capital público poderá ser vítima de improbidade
administrativa, caracterizando-se como sujeito passivo.

4. (CESPE - 2012 - PRF - Agente Administrativo) Um terceiro que


pratique, juntamente com um agente público, ato do qual decorra

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prejuízo ao erário não estará sujeito às sanções previstas na Lei de


Improbidade Administrativa.

5. (CESPE – 2015 – FUB – Administrador) No que tange à


improbidade administrativa e ao processo administrativo federal, julgue
o seguinte item.

Em relação ao alcance subjetivo da improbidade administrativa,


verifica-se que os órgãos da administração direta e indireta dos três
poderes e de qualquer um dos entes federados configuram-se como
sujeitos passivos imediatos do ato caracterizado pela improbidade
administrativa.

6. (CESPE - 2011 - EBC - Analista) Os empregados públicos,


regidos pelas normas trabalhistas, não se submetem aos preceitos
contidos na lei de improbidade administrativa, por não serem agentes
políticos nem constarem expressamente no rol de sujeitos ativos,
previstos taxativamente na norma de regência.

7. (CESPE-2015-STJ-Analista Judiciário – Administrativa) Os


sucessores da pessoa que causar lesão ao patrimônio público ou
enriquecer-se ilicitamente poderão sofrer as consequências das sanções
patrimoniais previstas na Lei de Improbidade Administrativa até o limite
do valor da herança.

8. (CESPE – 2015 – FUB - Conhecimentos básicos) Com base nas


disposições contidas nas Leis n.º 8.112/1990 e n.º 8.429/1992, julgue
os itens subsequentes.

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Suponha que determinado servidor público federal tenha permitido, de


forma culposa, a realização de despesas não autorizadas em lei. Nessa
hipótese, embora tenha sido cometido ato de improbidade
administrativa que causou prejuízo ao erário, nos termos da lei, não se
exige o ressarcimento integral do dano, haja vista a inexistência de dolo
na conduta do servidor.

9. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária)


Acerca de improbidade administrativa e controle da administração
pública, julgue item a seguir.

Embora possa corresponder a crime definido em lei, o ato de


improbidade administrativa, em si, não constitui crime.

10. (CESPE – 2015 – DPU - Defensor Público Federal de Segunda


Categoria) Em relação a improbidade administrativa e responsabilidade
civil do servidor público federal, julgue o item subsequente.

O rol de condutas tipificadas como atos de improbidade administrativa


constante na Lei de Improbidade (Lei n.º 8.429/1992) é taxativo.

11. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) As sanções penais,


civis e administrativas previstas em lei podem ser aplicadas aos
responsáveis pelos atos de improbidade, de forma isolada ou
cumulativa, de acordo com a gravidade do fato.
12. (CESPE – 2011 – TJ/ES) Os atos de improbidade administrativa
estão taxativamente previstos em lei, não sendo possível compreender
que sua enumeração seja meramente exemplificativa.
13. (CESPE - 2012 - ANAC - Analista Administrativo) O agente
público deverá ressarcir integralmente o dano causado ao patrimônio

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público somente se restar comprovado que sua ação ou omissão foi


dolosa.
14. (CESPE - 2012 - ANAC - Analista Administrativo) Caso morra
um agente público que tenha cometido ato ilícito previsto na referida
lei, a punição a que ele tiver sido submetido será extinta, não
acarretando, portanto, nenhum ônus aos seus sucessores.
15. (CESPE – 2013 – MI) A liberação de verba pública para
terceiros sem a devida observância das formalidades legais configura
ato de improbidade administrativa que enseja enriquecimento ilícito do
agente público e prejuízo ao erário.
16. (CESPE – 2015 – DPU - Defensor Público Federal de Segunda
Categoria) Em relação a improbidade administrativa e responsabilidade
civil do servidor público federal, julgue o item subsequente.
A responsabilidade civil do servidor público pela prática, no
exercício de suas funções, de ato que acarrete prejuízo ao erário ou a
terceiros pode decorrer tanto de ato omissivo quanto de ato comissivo,
doloso ou culposo.

17. (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico) De


acordo com a jurisprudência do STJ, estando presente o fumus boni
iuris, no que concerne à configuração do ato de improbidade e à sua
autoria, dispensa-se, para que seja decretada a indisponibilidade de
bens, a demonstração do risco de dano.
18. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista
Judiciário) O terceiro beneficiado poderá ser responsabilizado nas
esferas cível e criminal, mas não por improbidade administrativa, visto
que esta não abrange particulares.
19. (CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de Suporte - Direito) As
penas aplicadas ao agente público que cometer improbidade
administrativa não poderão ser cumuladas.

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20. (CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de Suporte - Direito)


Se um agente público, que tiver enriquecido ilicitamente, vier a falecer
no decorrer de um processo administrativo relativo a ato de
improbidade contra a administração pública, os sucessores desse
agente passarão a responder pela atitude praticada por ele, mas a
responsabilidade será limitada ao quinhão no valor da herança.
21. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista – Processual) Retardar ou
deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício configura ato de
improbidade administrativa cuja configuração prescinde da presença de
elemento doloso.
22. (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário - Área
Administrativa) Constituem improbidade administrativa não apenas os
atos que geram enriquecimento ilícito, mas também os que atentam
contra os princípios da administração pública.
23. (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Administrativo) De acordo
com a legislação, para que determinado ato seja caracterizado como ato
de improbidade administrativa, é necessário ter havido lesão ao erário,
em virtude de ação ou omissão, desde que na modalidade culposa.
24. (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário) Segundo
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o reconhecimento
de ato de improbidade administrativa, nos moldes previstos pela Lei de
Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429'1992), requer o exercício de
função específica (administrativa), não se admitindo sua extensão à
atividade judicante.
25. (CESPE – 2015 – MEC - Conhecimentos Básicos para os Postos
9, 10, 11 e 16) Com base nas Leis n.º 8.112/1990 e n.º
8.429/1992, julgue o item a seguir.

O agente público que, no exercício de suas funções, enriquece


ilicitamente deve perder os bens acrescidos irregularmente ao seu
patrimônio.

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26. (CESPE – 2015 – FUB - Conhecimentos básicos) Maria,


servidora pública federal estável, integrante de comissão de licitação de
determinado órgão público do Poder Executivo federal, recebeu
diretamente, no exercício do cargo, vantagem econômica indevida para
que favorecesse determinada empresa em um procedimento licitatório.
Após o curso regular do processo administrativo disciplinar, confirmada
a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de
demissão.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com
base na legislação aplicável ao caso.

A infração praticada por Maria caracteriza-se como ato de improbidade


administrativa que importa enriquecimento ilícito.

27. (CESPE – 2011- MMA) Considere que um servidor público


requisite, seguidamente, para proveito pessoal, os serviços de
funcionários de uma empresa terceirizada de serviços de limpeza,
contratada pelo órgão em que o servidor exerce função de chefia. Nessa
situação, esse fato é caracterizado como ato de improbidade
administrativa que importa enriquecimento ilícito.

28. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista) Os atos de improbidade que


importam enriquecimento ilícito sujeitam seus autores, entre outras
sanções, à perda da função pública, à suspensão dos direitos políticos
de oito a dez anos e à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente
ao patrimônio.

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29. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento – Direito)


Considerando que um servidor público federal utilize, em obra ou
serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição da autarquia federal,
ele estará sujeito, entre outras sanções, à perda da função pública e à
suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos.
30. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento – Direito)
A Constituição Federal indica que as sanções aplicáveis aos atos de
improbidade são a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. Trata-
se de elenco taxativo, que não permite, pela legislação
infraconstitucional, a ampliação das penalidades.

31. (CESPE – 2015 – FUB - Conhecimentos Básicos - Nível


Intermediário) À luz do disposto na Constituição Federal de 1988 acerca
da administração pública, julgue o item a seguir.
A pretensão de se aplicar sanção ao agente por ato de improbidade
administrativa é imprescritível.

32. (CESPE – 2015 – FUB - Assistente em Administração) Julgue o


item subsecutivo , com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992.

Servidor público que possibilita o uso de patrimônio público sem as


formalidades necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido
ganho pessoal nem causado dano ao erário, não comete improbidade
administrativa.

33. (CESPE – 2015 – FUB - Assistente em Administração) Julgue o


item subsecutivo, com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992.

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O pagamento de despesa sem prévio empenho caracteriza ato de


improbidade administrativa, da mesma forma que o pagamento de
despesa antes da sua liquidação.

34. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios) A dispensa


indevida de processo licitatório por agente público, além de causar
prejuízo ao erário, constitui ato de improbidade administrativa que
importa no enriquecimento ilícito daquele que o pratica.
35. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) Em caso
de ato de improbidade, o ressarcimento do poder público só será
cabível se o ato causar prejuízo ao erário ou ao patrimônio público.
36. (CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária)
Acerca de improbidade administrativa e controle da administração
pública, julgue item a seguir.
A sanção de perda da função pública decorrente de sentença em ação
de improbidade administrativa não tem natureza de sanção
administrativa.

37. (CESPE/STF/Técnico/2008) Os atos de improbidade


administrativa devem ter por pressuposto a ocorrência de dano ao
erário público.
38. (CESPE/TJ-CE/Analista/2008) A aprovação das contas do
agente público por Tribunal de Contas afasta a possibilidade de
incidência em ato ímprobo pelo servidor que o praticou.
39. (CESPE – 2013 – MI) Atos que atentem contra os princípios da
administração pública constituem atos de improbidade administrativa,
independentemente de implicarem malversação de recursos públicos.

40. (CESPE – 2013 – ANTT) A aplicação das sanções por


improbidade administrativa independe da aprovação ou rejeição das
contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou conselho de
contas.

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41. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) Frustrar a


licitude de concurso público configura ato de improbidade administrativa
que atenta contra os princípios da administração pública.
42. (CESPE - 2012 - AGU – Advogado) É necessária a comprovação
de enriquecimento ilícito ou da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio
público para a tipificação de ato de improbidade administrativa que
atente contra os princípios da administração pública.
43. (CESPE/TCEES/Procurador/2009) Servidor público estadual que,
notificado para apresentar a declaração anual de bens, recusar-se a
apresenta-la, dentro do prazo especificado, será punido com a pena de
demissão, conforme previsto na lei de regência.
44. (CESPE – 2013- Analista/ MPU) A perda da função pública é
sanção aplicável àqueles que pratiquem atos de improbidade
administrativa que importem enriquecimento ilícito ou que gerem lesão
ao erário, mas não aos que pratiquem atos de improbidade que
atentem contra os princípios da administração pública.
45. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento – Direito) A
aplicação das sanções da Lei de Improbidade independe da efetiva
ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo em relação à pena de
ressarcimento.
46. (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Administrativo) Se condenado
por improbidade administrativa, o servidor público que, para beneficiar
um amigo, tiver deixado de praticar, indevidamente, ato de ofício
deverá realizar o ressarcimento integral do dano causado e perderá sua
função pública, sendo vedada a suspensão de seus direitos políticos.
47. (CESPE - 2013 - ANTT - Especialista em Regulação de Serviços
de Transportes Terrestres - Direito) A aplicação das sanções por
improbidade administrativa independe da aprovação ou rejeição das
contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou conselho de
contas.

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48. CESPE/MP-RN/2009) É crime a representação por ato de


improbidade administrativa contra agente público ou terceiro
beneficiário, quando o autor da denúncia tem conhecimento de que este
é inocente.
49. (CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal) Se
o suposto autor do ato alegar que não tinha conhecimento prévio da
ilicitude, o ato de improbidade restará afastado, por ser o
desconhecimento da norma motivo para afastá-lo.
50. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) Apenas o
Ministério Público (MP) poderá representar à autoridade administrativa
competente para que seja instaurada investigação devida para apurar a
prática de ato de improbidade.
51. (CESPE – 2011 – PC/ES) Qualquer pessoa poderá representar à
autoridade administrativa competente para que seja instaurada
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade, sem
prejuízo de representar também ao Ministério Público.
52. (CESPE – 2006- DPE/DF) O juiz responsável pela tramitação de
ação de improbidade administrativa deve, expressamente, decidir se
recebe ou não a inicial apresentada, sendo esse ato
imprescindível para a regularização da marcha processual nas ações de
improbidade administrativa.
53. (CESPE/TRF-1/Juiz/2009) A ação de improbidade administrativa
terá o rito ordinário e será proposta pelo MP ou pela pessoa jurídica
interessada, dentro de 60 dias da efetivação da medida cautelar.
54. (CESPE/TCE-ES/Procurador/2009) Pessoas jurídicas de direito
público, mesmo que interessadas, não têm legitimidade ativa para
propor ação civil pública de improbidade administrativa.
55. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Durante
a instrução processual, o agente público poderá ser afastado do seu
cargo mediante determinação de autoridade administrativa competente.

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56. (CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de Suporte - Direito) A


suspensão dos direitos políticos poderá ser aplicada liminarmente ao
agente político que responder por ação judicial em razão de ter
cometido ato de improbidade administrativa.
57. (CESPE/MP-RN/2009) As ações de improbidade administrativa
de atos que atentem contra os princípios da administração pública
podem ser propostas até 10 anos após o término da função de
confiança de quem as tenha praticado.
58. (CESPE – 2006 – DPE/DF) Considerando-se que um prefeito
municipal pratique ato de improbidade administrativa durante o
exercício de seu mandato, é correto afirmar que o termo final para que
seja ajuizada ação de improbidade contra ele será o término do seu
mandato.
59. (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) As ações que têm
por objeto a aplicação das sanções previstas para o cometimento de ato
de improbidade realizado por prefeito municipal prescrevem até três
anos após a ocorrência do ato de improbidade.
60. (CESPE - 2013 - TC-DF – Procurador) O prazo para a
proposição da ação de improbidade administrativa visando o
ressarcimento dos danos causados pelo agente público é de cinco anos,
a contar do término do exercício de mandato, de cargo em concurso ou
de função de confiança por esse agente.

Gabarito:

1) C 3) C
2) E 4) E

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5) C 33) C
6) E 34) E
7) C 35) C
8) E 36) C
9) C 37) E
10) E 38) E
11) C 39) C
12) E 40) C
13) E 41) C
14) E 42) E
15) E 43) C
16) C 44) E
17) C 45) C
18) E 46) E
19) E 47) C
20) C 48) C
21) E 49) E
22) C 50) E
23) E 51) C
24) C 52) C
25) C 53) E
26) C 54) E
27) C 55) C
28) C 56) E
29) E 57) E
30) E 58) E
31) E 59) E
32) E 60) E

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5) Referências

ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. Direito Administrativo


descomplicado. 18ª ed. São Paulo: Método, 2010.

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito


Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros, 2010.

CAHALI, Yussef Said. Responsabilidade civil do Estado. São Paulo:


Malheiros, 1995.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito


Administrativo. 13ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.

CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de responsabilidade civil. 5ª


ed. São Paulo: Malheiros, 2003.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22ª ed.


São Paulo: Editora Atlas, 2009.

DUEZ, Paul. La responsabilité de la puissance publique. Paris:


Librairie Dalloz, 1927.

FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental


brasileiro. 7ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2006.

FREITAS, Juarez. Responsabilidade civil do estado. São Paulo:


Malheiros, 2006.

GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. 13ª ed. São Paulo:


Saraiva, 2008.

MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo - tomo I. 3ª ed.


Salvador: Jus Podivm, 2007.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. São


Paulo: Malheiros, 2003.

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MESQUITA, Daniel. Direito Administrativo – Série Advocacia


Pública, Vol. 3, Ed. Forense, Rio de Janeiro, Ed. Método, São Paulo,
2011.

STOCO, Rui. Responsabilidade civil e sua interpretação


jurisprudencial: doutrina e jurisprudência. 4ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1999.

Informativos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em


www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justiça, em www.stj.jus.br.

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