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Matemática Superior - UVB

Aula 10
Derivadas de Outras Funções
Elementares
Objetivos da Aula

Estudar as curvas exponenciais e logarítmicas, suas propriedades,


suas relações, processos de diferenciação e aplicações.

Logaritmos
Logaritmo de x na Base b (definição)

Observe que o logaritmo log é definido somente para valores


positivos de x.

Exemplo 1:

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Exemplo 2:

Resolva cada uma das seguintes equações em x:

Observação:

Dois sistemas de logaritmos amplamente usados são os sistemas de


logaritmos comuns, que usa o número 10 na base, e o sistema de
logaritmos naturais, que usa o número irracional e = 2,71828... na
base. Também é comum, na prática, escrever log para e

Vejamos agora como é a notação logarítmica

O sistema de logaritmos naturais é bastante usado em trabalhos


teóricos. O uso de logaritmos naturais, mais do que logaritmos em
outras bases, freqüentemente leva a expressões mais simples.

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Propriedades de Logaritmos

Atenção:

Não confunda a expressão log m/n (Propriedade 2) com a expressão


log m/log n. Por exemplo,

Exemplo 3:

Expanda e simplifique as seguintes expressões:

Solução:

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Funções Logarítmicas e Seus Gráficos


Seja b e n números positivos, e b diferente de 1, então a expressão log
b n é um número real.

Um jeito fácil de obter o gráfico da função logarítmica y = log b x é


construindo uma tabela de valores do logaritmo (base b). Entretanto,
outro método mais instrutivo é baseado na exploração da estreita
relação entre funções logarítmicas e exponenciais.

Se um ponto (u , v) pertence ao gráfico de y = log b x, então:

Mas também podemos escrever esta equação na forma exponencial


como

Assim o ponto (v , u) pertencente ao gráfico da função y = b x. Veremos


também a relação entre os pontos (u , v) e (v , u) e a reta y = x (Figura
1). Se pensarmos na reta y = x como um espelho, então o ponto (v , u)

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é a imagem especular do ponto (u , v). Da mesma forma o ponto (u , v)


é a imagem especular do ponto (v , u). Podemos tirar vantagem desta
relação para a ajudar a construir o gráfico das funções logarítmicas.
Por exemplo, se queremos desenhar o gráfico de y = log b x, onde
b > 1, então precisamos somente desenhar a imagem especular do
gráfico de y = b x em relação à reta y = x (Figura 2).

Propriedades Que Relacionam as Funções


Exponencial e Logarítmica.

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Exemplo 1:

Esboce o gráfico da função y = ln x.

Solução:

Primeiro esboçamos o gráfico de . Então, o gráfico desejado é


obtido traçando a imagem espectral do gráfico de em relação
à reta y = x.

O gráfico de y = ln x é a imagem especular do gráfico de y = e x.

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Propriedades dos Expoentes

Agora veja alguns exemplos do uso das propriedades dos expoentes:

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Solução:

Inicialmente, como já vimos, o domínio da função exponencial y = f (x)


= 2 x é o conjunto dos números reais. Depois, colocando x = 0 temos
y = 2 0 = 1, valor onde f intercepta o eixo do y. não há intersecção
no eixo do x, pois não existem valores de x para os quais y = 0. Para
encontrar o domínio de f considere a seguinte tabela.

Vemos definir, a partir destes cálculos, que 2 decresce e se aproxima


de zero à medida que x decresce ilimitadamente e que 2 cresce sem
limites com o crescimento ilimitado dos valores de x. Portanto, o
domínio de f é o intervalo (0 , ), ou seja, o conjunto dos números
reais positivos.

Finalmente, esboçaremos o gráfico de abaixo.

Veja o gráfico abaixo:

y = b x é uma função crescente de x se b > 1, uma função constante


se b = 1, e uma função decrescente se < b < 1.

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Propriedades da Função Exponencial

Aplicações da função exponencial e logarítmica.


O crescimento exponencial é característico de certos fenômenos
naturais. No entanto, de modo geral, não se apresenta na forma ax,
mas sim modificado por constantes características do fenômeno,
como em:

Exemplo 1:

O número de bactérias de uma cultura, t horas apos o inicio de


certo experimento, é dado pela expressão

Nessas condições, quanto tempo após o início do experimento


a cultura terá 38.400 bactérias?

Solução:

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Exemplo 2:

Chama-se de montante (M) a quantia que uma pessoa deve receber


após aplicar um capital C, a juros compostos, a uma taxa i durante um
tempo t. O montante pode ser calculado pela fórmula .
Supondo que o capital aplicado é de R$ 200000,00 a uma taxa 12% ao
ano durante 3 anos, qual é o montante no final da aplicação?

Supondo que o capital aplicado é de R$ 200000,00 a uma taxa 12% ao


ano durante 3 anos, qual é o montante no final da aplicação?

Solução

Exemplo 3:

Em quantos anos 500 g de uma substância radioativa, que se


desintegra a uma taxa de 3% ao ano, se reduzira a 100 g ?

Use , em que Q é a massa da substância, r é a taxa


e t é o tempo em anos.

Solução:

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Derivada Da Função Logarítmica


Nesta seção iremos usar a diferenciação implícita para encontrar as
derivadas das funções logarítmicas log a x e, em particular, a função
logarítmica natural y = ln x.

Prova:

Diferenciando essa equação implicitamente em relação a x, usando a


fórmula obteremos

e logo

Se pusermos a = e na fórmula [ 1 ], então o fator ln a no lado direito


torna-se ln e = 1, e obtemos a fórmula para a derivada da função
logarítmica natural log e x = ln x:

Comparando as fórmulas [ 1 ] e [ 2 ] vemos uma das principais razões


para os logaritmos naturais (logaritmos com base e) serem usados em
cálculo. A fórmula de diferenciação é a mais simples quando a = e,
pois ln e = 1.

Exemplo 1:

Para usar a Regra da Cadeia vamos . Então y = ln u; logo:

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Em geral, se combinarmos a fórmula [ 2 ] com a Regra da Cadeia, como


no exemplo [ 1 ], obtemos

Exemplo 2:

Encontre

Solução:

Usando [ 3 ], temos

Exemplo 3:

Diferencie

Solução:

Dessa vez o logaritmo é a função de dentro; logo, a Regra da Cadeia dá

Exemplo 4:

Diferencie

Solução:

Usando a fórmula [ 1 ] com a = 10, temos

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Exemplo 5:

Encontre

Solução 1:

Solução 2:

Se primeiro simplificarmos a função dada usando as leis do logaritmo,


então a diferenciação ficará mais fácil:

Essa resposta pode ser deixada como escrito, mas se usássemos um


denominador comum obteríamos a mesma resposta da solução 1.

Exemplo 6:

Encontre

Solução:

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O resultado do exemplo 6 vale a pena ser lembrado:

A derivada de ln x

Exemplo 1:

Calcule a derivada das seguintes funções:

Solução:

a) Usando a regra do produto, obtemos

b) Usando a regra do quociente, obtemos

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Regra da Cadeia Para Funções Logarítmicas

Exemplo 1:

Encontre a derivada de

Solução:

Usando a regra da cadeia para funções logarítmicas vemos que

Na hora de derivar funções envolvendo logaritmos, as regras


dos logaritmos podem ser úteis, como iremos mostrar no
próximo exemplo.

Exemplo 2 :

Encontre a derivada de

Solução :

Primeiro reescreveremos a função dada usando as


propriedades dos logaritmos:

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derivando us ando a re gra da cadeia para funçõ es


lo garítmicas obteremos

Diferenciação Logarítmica
Este processo não só simplifica os cálculos das derivadas de certas
funções, mas também nos permite calcular derivadas de funções que
não poderiam ser derivadas de outra forma usando as técnicas vistas
até o momento.

Exemplo 1:

Usando a diferenciação logarítmica derive

Solução:

Primeiro, tomamos o logaritmo natural em ambos os lados da equação


dada, obtendo

Depois, usando as propriedades dos logaritmos para reescrever o


lado direito desta equação, obtendo

Se derivarmos os dois lados da equação teremos

(Usando a regra da cadeia para funções logarítmicas)

Para calcular a expressão do lado esquerdo, note que y é uma função de


x. Portanto, escrevendo y = f (x) para lembrarmos deste fato, teremos

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(Usando a regra da cadeia para funções logarítmicas)

Portanto, teremos,

Finalmente, resolvendo y’, temos

Veremos agora um resumo dos passos envolvendo a


diferenciação logarítmica.

1. Aplique o logaritmo natural dos dois lados da equação e use


as propriedades dos logaritmos para escrever uma “expressão
complicada” como uma soma de termos simples.

2. Derive os dois lados da equação em relação a x.

3. Resolva a equação resultante para .

Derivada da Função Exponencial

Exemplo 1:

Calcule a derivada de cada uma das seguintes funções:

Solução:

a) Usando a regra do produto, temos

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b) Usando a regra geral da potência, temos

Aplicando a Regra da Cadeia Para Funções


Exponenciais

Para ver este resultado, observe que h(x) = g[f (x)], onde g(x) = e x,
então, pela regra da cadeia h’(x) = g’(f (x)) f ’ (x) = e f (x) f ’ (x)
pois g’(x) = e x

Para se lembrar da regra da cadeia para funções exponenciais, observe


que temos neste caso a seguinte forma

Exemplo 1:

Derive a função

Solução:

Usando a regra do produto, seguida da regra da cadeia, temos

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Exemplo 2:

Derive a função

Solução:

Usando a regra do quociente, seguida da regra da cadeia, teremos

Referências Bibliográficas
TAN, S.T. Matemática Aplicada à Administração e Economia. São Paulo:
Thomson, 2001.

LEITHOLD, L. O Matemática Aplicada à Economia e Administração. São


Paulo: Harbra, 1988.

STEWART JAMES, Cálculo Vol. I. 4ª Ed. São Paulo: Pioneira Thomson


Learning, 2003.

DANTE, L. ROBERTO. Matemática: Contexto & Aplicação. São Paulo:


Ática,1999.

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