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Ela nunca iria esquecê-lo, e como poderia? Seu coração pulsava alegremente
só ao lembrar do nome de seu amado, quase entrando em combustão quando
via-o e explodindo dentro do peito da garota em batidas sufocantes e ritmadas
quando tocava-o.
O rei pegou a mão da donzela e a levou até uma parte da floresta, os dois
caminhando de mãos unidas. Quando Tijolinha reparou, ela estava onde as
arvores se curvavam para frente, formando um belo aro.
- Onde vamos?
- Nárnia.
Edmundo segurou fortemente a mão da garota, mas não por causa da viagem
que iriam fazer. Excitante, foram lentamente até a passagem e sentiram o
mundo virar. Bem, como posso dizer? Foi como uma longa caminhada, onde o
terreno muito de modo inesperado, trocando-se por areia, e a imagem arvores
que antes permanecia na frente dos dois se tornara uma bela praia. Na ponta
da praia jazia um belo castelo, o Castelo de Cair Paravel.
- Ed?
O garoto agarrou o braço de Tijolinha e puxou para si, saindo em dispara para
o mar. Mergulho trazendo a garota consigo, perfurando as ondas da água
salgada cristalina, mesmo com roupas, encharcando-as. Ficaram um tempo
submersos até faltar-lhes o ar. Continuaram por um tempo brincando no mar,
jogando água um no outro, pulando ondas e apostando corridas de nado, até
se cansarem e se sentarem na margem.
- Não sabe como foi disso te deixar, mas meu lugar é aqui. Terei de voltar,
talvez, mas pretendo ficar aqui... Tentei te esquecer, mas não existe ninguém
igual você... Não consigo te deixar novamente, não irei suportar... -
- Ed...-
- Ed, por favor...- o rosto dela beirava às lágrimas. Era doloroso, porém
maravilhoso, pois agora ela sabia como Edmundo se sentira após a separação
dos dois. Após esse longo tempo.
- ... E quero que você fique comigo. – ele sorriu, seus lábios vermelhos se
curvando.
Ele novamente não respondeu, apenas levantou-se e foi até onde deixara sua
espada. Tirou-a da bainha e puxou o cabo, pegando na palma um pequeno
objeto dourado, mas fechou o punho deixando o material oculto. Edmundo
voltou-se para a garota e se ajoelhou.
Quando se soltaram, ele lhe estendeu o objeto. Era um anel. Um anel de ouro
incrustados em diamantes e rubis vermelho sangue. Edmundo pegou o anel
com a outra mão e o colocou no dedo da moça.