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PREFEITURA MUNICIPAL DE LEBON RÉGIS

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


Regularização de Loteamento - Núcleo Rio Doce.

Lebon Régis, Julho 2012.


Estudo Ambiental Simplificado – EAS

Regularização de Loteamento

Localização: Bairro Núcleo Rio Doce

Município / UF: Lebon Régis


Contratante: Prefeitura Municipal de Lebon Régis – SC

CNPJ: 83.074.310/0001-88

Endereço: Rua Artur Barth, 300 - Centro

Município / UF: Lebon Régis/SC

Responsabilidade Técnica pelo Estudo

Engenheiro Ambiental: Rodolfo Batista Gomes

CREA/SC: 112641-6.

Regularização de Loteamento

Área Total: 390.225,00m2

Localização: Bairro Núcleo Rio Doce

Município / UF: Lebon Régis/SC


APRESENTAÇÃO

O presente documento constitui o Estudo Ambiental Simplificado – EAS


para a regularização de loteamento, onde está localizado o bairro Núcleo Rio
Doce Município de Lebon Régis/SC.
O referido estudo reúne informações e dados complementares
levantados através do diagnóstico atual do ambiente, contemplando a
avaliação dos impactos gerados pela população lá existente, riscos e medidas
de controle ambiental para o bairro.
O estudo irá levantar, orientar e fornecer informações sobre os impactos
causados naquela área, com isso podendo ser adotados procedimentos e
medidas cabíveis, com objetivo de minimizar os possíveis impactos e aplicar
soluções que venham atender as necessidades, conforme legislação vigente.
As informações expostas a seguir apresentam detalhes relativos ao Estudo
Ambiental Simplificado – EAS, perante exigências mínimas impostas pelo
órgão ambiental vigente:
• Objeto do Licenciamento;
• Justificativa;
• Caracterização do Empreendimento/Atividade;
• Diagnóstico Ambiental da Área de Influência Direta;
• Identificação dos Impactos Ambientais;
• Medidas Mitigadoras, Compensatórias e de Controle;
• Programas Ambientais;
• Identificação do(s) Responsável(is) Técnico(s) pelo Estudo.
1 Objeto do Licenciamento

O objeto em estudo é o bairro denominado Núcleo Rido Doce, o qual,


pertence a cidade de Lebon Régis, sendo este, localizado a menos de 3,5 km
da Prefeitura Municipal de Lebon Régis e menos de 2,0 km do Hospital da
cidade. Atualmente o Município consta com 11.838 habitantes, sendo destes,
51,1% de homens e 48,9% mulheres e uma densidade demográfica de 12,58
hab/km2.
O município de Lebon Régis é cortado pelos rios: Rio Caçador Grande,
Rio Bonito, Rio Marombas e Rio Cachoeira.
Na área em estudo, será realizado um diagnóstico ambiental, levantamentos
dos impactos ambientais, como das medidas mitigadoras, compensatórias e de
controle dos mesmos.
2 JUSTIFICATIVA DA ATIVIDADE

Em atenção à Prefeitura do Município de Lebon Régis, em especial,


ao LOTEAMENTO NÚCLEO RIO DOCE, elaborou-se o presente documento
que visa atender as exigências da Lei Orgânica nº 1, de 05 de abril de 1990 do
município.
Todas as informações constantes desse relatório foram obtidas em
visitas técnicas ao referido local.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Impacto Ambiental

Segundo Sanchez (2006), Impacto ambiental é claramente, o resultado


de uma ação humana, que é a sua causa. Não se deve, portanto, confundir a
causa com a consequência. Um a regularização de um loteamento não é um
impacto ambiental; um loteamento causa impactos ambientais. Da mesma
forma, um reflorestamento com espécies nativas não é um impacto ambiental
benéfico, mas uma ação (humana) que tem o propósito de atingir certos
objetivos ambientais, como a proteção do solo e dos recursos hídricos ou a
recriação do hábitat da vida selvagem.

“Impacto ambiental de um projeto é a diferença entre a situação do meio


ambiente (natural e social) futuro modificado pela realização do projeto e a
situação do meio ambiente futuro tal como teria evoluído sem o projeto.”
(PRADO FILHO, J. F. do, 1992).

Para Dias (2007), impacto ambiental pode ser definido como a


modificação no meio ambiente causada pela ação do homem. Neste sentido,
há impactos de todo tipo, desde os menores, que não modificam
substancialmente o meio ambiente natural, até aqueles que não só afetam
profundamente a natureza, como também provoca diretamente problemas para
o ser humano, como a poluição do ar, das águas e do solo.
Segundo Rolnik 2002, apud Sanchez (2006), o termo “impacto de
vizinhança” é usado para descrever impactos locais em áreas urbanas, como
sobrecarga do sistema viário, saturação da infra-estrutura – como redes de
esgoto e de drenagem de águas pluviais -, alterações microclimáticas
derivadas de sombreamento, aumento da frequência e intensidade de
inundações devido a impermeabilização do solo, entre outros. Planos diretores
e leis de zoneamento – que são instrumentos bem difundidos de política
urbana – não se mostram suficiente para “fazer a mediação entre os interesses
privados dos empreendedores e o direito à qualidade urbana daqueles que
moram ou transitam em seu entorno”.
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é abordada enquanto processo
de avaliação dos efeitos ambientais, econômicos e sociais, que podem advir da
implantação de atividade antrópicas (IBAMA,1995).
A AIA é considerada um instrumento de política ambiental preventiva,
pois pretende identificar, quantificar, e minimizar as consequências negativas
sobre o meio ambiente, antes que o empreendimento inicie suas atividades.
Deste modo, este instrumento permite a aplicação de medidas que evitem ou
diminuam os impactos ambientais inaceitáveis ou fora dos limites previamente
estabelecidos, levando em consideração os limites de assimilação, dispersão e
regeneração dos ecossistemas e como afetarão a sociedade; constitui um
instrumento que busca minimizar os custos ambientais e sociais de um
determinado projeto e maximizar seus benefícios, através da adoção de
condicionantes que conduzam a maior eficiência possível em termos
ambientais (DIAS, 2007).
Barbieri (2004), ao escrever sobre AIA na legislação brasileira, apresenta o
objetivo da AIA dado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA), e salienta que os problemas, conflitos e as agressões ao meio
ambiente devam ser verificados sobre os seguintes pontos: danos à população,
a empreendimentos vizinhos e ao meio físico e biológico, de maneira que se
garanta o tratamento dos efluentes em seu estágio preliminar de planejamento
do projeto.
Conforme Macedo (1995), para avaliar este objeto ambientalmente,
significa compreendê-lo e mensurá-lo, segundo as relações mantidas entre
seus elementos e aspectos físicos, bióticos, econômicos, sociais e culturais.
A Política Nacional do Meio Ambiente, estabelecida pela Lei 6.938/81,
tem por objetivo a preservação, identificação, previsão e interpretação dos
impactos ambientais que um projeto ou atividade produzirá no caso de ser
executadas, assim como a prevenção, correção e valoração dos mesmos, tudo
isso com a finalidade de ser aceito, modificado ou rejeitado por parte das
administrações públicas competentes (FDEZ.-VÍTORA, 1997).
Segundo Sanchez (2006), a finalidade da avaliação de impacto ambiental é
considerar os impactos ambientais antes de tomar qualquer decisão que possa
acarretar significativa degradação da qualidade do meio ambiente. Para
cumprir esse papel, a AIA é organizada de forma que seja realizada uma série
de atividades sequenciais, concatenadas de maneira lógica. À esse conjunto
de atividades e procedimentos se da o nome de processo de avaliação de
impacto ambiental. Em geral, esse processo é objeto de regulamentação, que
define detalhadamente os procedimentos a serem seguidos, de acordo com os
tipos de atividades sujeitos à elaboração prévia de um estudo de impacto
ambiental, o conteúdo mínimo desse estudo e as modalidades de consulta
pública, entre outros assuntos.
De acordo com Araújo et al. (2005), o desmatamento tende a
desestabilizar encostas e enfraquecer os solos. Para Coelho Netto (2007), a
retirada da vegetação original e da fauna do solo propicia a erosão superficial
por mudar a dinâmica de escoamento.
Segundo Sanchez (2006), Alguns impactos negativos poderão ser aceitáveis
se houver medidas capazes de reduzi-los.

3.2 Urbanização

Segundo Corson (1996), a população mundial, atualmente 5,2 bilhões de


pessoas, cresceu cerca de 3 bilhões em 1960, e aproximadamente 2 bilhões
em 1925. Nos dias atuais, ala aumenta cerca de 90 milhões por ano, e espera-
se que o número de 10 bilhões seja alcançado em 2015, a não ser que um
controle de natalidade seja radicalmente adotado. No presente, menos da
metade das mulheres com idade pra ter filhos adotam o controle de natalidade.
Se os atuais índices de crescimento continuar muitos paises da África e boa
parte dos da América Latina duplicarão suas populações em menos de 25
anos. Países com altos índices de crescimento populacional têm índices de
qualidade de vida reduzidos e os de sofrimento humano aumentados. O
crescimento é frequentemente acompanhado por uma grave degradação ao
meio ambiente, desertificação e erosão do solo. Devido aos índices atuais de
degradação em um mundo de 5 bilhões de habitantes, as perspectivas de
proteção ao meio ambiente com uma população de 10 bilhões – em um
período correspondente a pouco mais de uma geração – não são nada
animadores.
Segundo Paviani (1989) a urbanização não é um processo antigo na
organização humana no mundo. Com o surgimento do capitalismo e a
mudança nos meios de produção, o homem passou a formar burgos dando
início ao surgimento das cidades. No entanto, essa ocupação da região dos
castelos em busca da proteção dos nobres gerou, além de problemas na
ocupação do solo, a necessidade de organizar tal processo, Até alguns séculos
atrás a ausência de saneamento básico nas cidades causava grandes
epidemias e transmissão de doenças provocando a morte em populações
inteiras, principalmente na Europa.
Segundo Valle (2003), as grandes aglomerações urbanas estão sujeitas a
acidentes de toda sorte, causados pela concentração de riscos e pelo acúmulo
de problemas de gestão ambiental que fogem ao controle das administrações
municipais. Este é o cenário montado para os grandes acidentes urbanos que
tem ocorrido e que poderão continuar a ocorrer, em escala crescente, devido a
concentração populacional maciça que esta dando origem a núcleos urbanos
cada vez maiores. Esse afluxo populacional para as megalópoles está
ocorrendo principalmente em países pobres, ou naqueles classificados como
emergentes, justamente onde os recursos para a prevenção dos riscos de
acidentes são mais escassos.
De acordo com Corson (1996), o crescimento urbano está resultando
mais da pobreza rural do que juntamente com a má distribuição das terras,
baixas rendas e investimento inadequado do governo na agricultura, todos
combinados, fazem até mesmo as favelas nas grandes cidades parecerem
mais atraentes do que a vida rural. Com os índices de desemprego no terceiro
mundo de 30 e 50%, a procura de emprego é um grande incentivo de
migração. Além disso, à medida que as áreas urbanas esgotam os recursos
naturais das áreas vizinhas – por exemplo, à medida que os habitantes da
cidade destroem a floresta à procura de madeira combustível para substituir o
óleo – os moradores da zona rural podem ser forçados a migrarem.
Infelizmente os migrantes que chegam à muitas cidades do terceiro mundo se
instalam em áreas de favelas, caracterizadas por altos índices de desemprego,
poluição, doenças, desordem social e política, e, em muitos casos, violência.
Atualmente, há uma grave preocupação da parte da sociedade em geral, é a
preservação ambiental, é corrente o aumento da conscientização ambiental
entre a população em geral, o que tem um efeito significativo sobre as
preferências dos consumidores, juntamente com a ascensão do movimento
ecológico; o progresso tecnológico, principalmente a energia nuclear e outras
megatecnologias, gerou nova forma de protesto político, introduzindo temas
ecológicos críticos no diálogo político e no processo legislativo (BEZERRA,
1996).
Porém deve-se pensar que a saúde do meio ambiente não está restrita
aos grandes desastres ecológicos e a agressões ambientais por parte das
grandes empresas, ela se apresenta no cotidiano das famílias, dos bairros, dos
e dos pequenos agricultores e na maneira como todos se relacionam com o
meio ambiente. Neste contexto, há que se pensar na urbanização como um
dos agentes que mais implica em agressão ao meio ambiente, pois ela é
responsável pela contaminação do ar, do solo e da água, principalmente das
águas subterrâneas. Para promover a urbanização é necessário pensar meios
de viabilizar o destino adequado para os resíduos sólidos e efluentes
domésticos, além da proteção que se deve garantir à fauna e à flora. O
desenvolvimento urbano deve ser pensado em todos os aspectos: culturais,
sociais, ambientais, para que a sociedade possa realmente usufruir a vida
natural sem colocar em risco o bem-estar das gerações futuras (PHILLIPI JR.,
2005).

3.3 Estudo Ambiental

Segundo Sanchez (2006), no Brasil, é quase padrão a divisão do


ambiente em três grandes compartimentos para fins de diagnóstico ambiental:
os meios físico, biótico e antrópico. Basicamente, a filosofia por trás dessa
divisão coloca no compartimento “meio físico” tudo o que diz respeito ao
ambiente inanimado, e no “meio biótico”, tudo o que se referem aos seres
vivos, excluídos os humanos, que são tratados no ”meio antrópico”.
Segundo Sánchez (2006), o diagnóstico ambiental também está previsto como
uma das atividades do estudo de impactos ambientais. A Lei 6.938/81, que
estabeleceu a Política Nacional do Meio Ambiente, instituiu também a
avaliação de impactos ambientais, vinculando-a aos sistemas de licenciamento
de atividades poluidoras ou modificadoras do meio ambiente. É a completa
descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como
existem, de modo a caracterizar a situação ambiental de uma determinada área
geográfica, antes da implantação de um determinado projeto (BITAR, 1997).

"Uma importante etapa da AIA é o diagnóstico ambiental, que significa a


descrição e identificação dos recursos ambientais e suas interações, tal como
existem, de modo a caracterizar a situação ambiental de uma determinada área
geográfica (qualidade ambiental atual), antes da implantação de um
determinado projeto’’ (BRANDÃO é LIMA, 2002).

Segundo Tommasi (1994), Uma abordagem ecológica dos limites de um


estudo de impacto ambiental deve considerar até onde ocorrem efeitos
ecotoxicológicos, até onde pode haver bioacumulação de poluentes na cadeia
alimentar, até onde há modificação de habitats e até onde ocorrerão
interferências nos ciclos biogeoquímicos.
Segundo Sanchez (2006), é somente depois da previsão de impacto que
se pode tirar alguma conclusão da área de influência do projeto. Se esta é a
área geográfica na qual são detectáveis os impactos de um projeto, então ela
não poderá ser estabelecida de antemão, exceto como hipótese a ser
verificada. Se o projeto for implantado, é o monitoramento ambiental que
estabelecerá sua real área de influência, desde que o programa de
monitoramento seja capaz de discernir as modificações causadas por ele
daquelas que tem outras causas.
Segundo Verdum (1992), à Avaliação de Impacto Ambiental para os
licenciamentos exigidos por lei, objetivando obter o cenário daquele momento,
a fim de que se possa construir um programa que controle o uso múltiplo dos
recursos naturais envolvidos. São eles:
• Meio Físico - estuda a climatologia, a qualidade do ar, o ruído, a
geologia, a geomorfologia, os recursos hídricos (hidrologia, hidrologia
superficial, oceanografia física, qualidade das águas, uso da água), e o
solo;
• Meio Biológico - estuda o ecossistema terrestre, o ecossistema aquático
e o ecossistema de transição;
• Meio Antrópico - estuda a dinâmica populacional, uso e ocupação do
solo, nível de vida, estrutura produtiva e de serviço e organização social.

Segundo Sanchez (2006), Uma delimitação mínima da área de estudo


corresponde à própria área a ser ocupada pelo empreendimento, usualmente
chamada de área diretamente afetada. Trata-se da área de implantação e seus
componentes ou instalações auxiliares, em que pode ocorrer perda da
vegetação preexistente, impermeabilização do solo e demais modificações
importantes. Segundo Sanchez (2006), uma das funções do diagnóstico
ambiental é fornecer dados para confirmar a identificação preliminar e para a
previsão da magnitude dos impactos. Pode-se afirmar que, quanto mais se
conhece sobre um ambiente, maior é a capacidade de prever impactos e,
portanto, de gerenciar o projeto de modo a reduzir os impactos negativos.
Quanto menos se sabe, maior é o potencial de um empreendimento causar
impactos ambientais significativos, devido, justamente, ao desconhecimento
dos processos ambientais, da presença de elementos valorizados do ambiente
e da vulnerabilidade ou da resiliência desse ambiente. Por exemplo, considera-
se um empreendimento proposto para uma região com potencialidade de
ocorrência de cavernas (região carstica). A única maneira de saber se o projeto
poderá afetar cavernas, é como estas poderão ser afetadas, é verificando se
elas existem. Em um primeiro momento, portanto, quando o conhecimento é
baixo, é necessário admitir que o potencial de impactos é elevado, ou seja, o
empreendimento pode causar grandes danos ao patrimônio espeleológico.
Somente depois de se realizar um levantamento pode-se reduzir a incerteza.
Segundo Sanchez (2006), o monitoramento ambiental do projeto não deve ser
confundido com o monitoramento da qualidade ambiental ou do estado do meio
ambiente, normalmente executado por instituições publicas. Trata-se de um
automonitoramento concebido em função dos impactos previstos e que deve
ser capaz de captar as mudanças induzidas pelo empreendimento e distingui-
las de eventuais mudanças naturais ou induzidas por outras fontes.
De acordo com Sanchez (2006), o ambiente afetado pela ação humana
pode, em certa medida, ser recuperada mediante ações voltadas para essa
finalidade. A recuperação de ambientes ou ecossistemas degradados envolve
medidas de melhoria do meio físico, por exemplo, a condição do solo, a fim de
que possa ser restabelecida a vegetação ou a qualidade da água, afim de que
as comunidades bióticas possam ser restabelecidas – e medidas de manejo
dos elementos bióticos ecossistema – como plantio de mudas de espécies
arbóreas ou a reintrodução da fauna.
4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Caracterização do município e da área de estudo

4.1.1 Histórico do município

Os primeiros colonizadores do Município chegaram, em 1895, com as


famílias de Francisco de Souza, procedentes de Lages, Nicolau Spautz, de
Mafra e Miguel Spautz de São Francisco do Sul, seguidos de Joaquim Pereira,
vindo de Curitibanos e Artur Bart, de Ponta Grossa - PR que instalaram uma
casa comercial e localizaram-se à margem esquerda do rio dos Patos, onde,
atualmente está localizada a cidade.
Anos depois, Chegou Alfredo de Almeida Melo, que fixou-se à margem direita
do Rio dos Patos, adquirindo grande extensão de terras, desenvolvendo a
agricultura. O primeiro nome dado ao povoado foi Santo Antônio do Salto, por
ter um salto no rio dos Patos, mudado, em seguida, para Trombudo. Com a
criação do distrito, em 1934, passou a chamar-se Lebon Régis, em
homenagem ao General, pelos grandes serviços prestados à Santa Catarina. A
história do Município de Lebon Régis está ligada às primeiras fazendas
localizadas na Serra da Esperança, introduzidas pelos desbravadores
Paulistas, após a conquista dos campos de Curitibanos, do Corisco e de São
João. Já no século passado, as sesmarias possibilitaram a formação de alguns
núcleos por causa do isolamento da região, foram pouco desenvolvidos.
Durante a guerra do Contestado, Lebon Régis foi palco de diversas batalhas
entre jagunços e soldados, tendo em um desses conflitos, o maior número de
baixas em um combate durante toda a guerra, na localidade de Santa Maria,
interior do município.
Em 1903, na parte norte foi criado o Distrito de São Sebastião da Boa Vista.
Em 1938, o distrito foi elevado a vila com o nome de Caraguatá e em 1950,
passou a ser chamado de São Sebastião do Sul. Ao mesmo tempo, na parte
sul, na região conhecida pelos antigos como Trombudo, formou-se outro núcleo
que levou os nomes de Salto do Rio dos Patos, Fazenda do Salto e de depois
como Santo Antônio do Trombudo. Foi um núcleo mais fácil de progredir pois
era um local de passagem de tropeiros que faziam os caminhos Curitibanos –
Caçador. O arraial de Santo Antônio do Trombudo tornou-se distrito em 1934.
Em julho do mesmo ano passou-se a chamar de Lebon Régis. Em 1938, o
distrito de Lebon Régis passou a categoria de vila. Esta vila foi desenvolvendo-
se e a população aumentou, chamando a atenção do Governo, que em 19 de
Dezembro de 1958 juntou os distritos de São Sebastião do Sul e Lebon Régis,
criando o Município de Lebon Régis. Em janeiro de 1959, o então Governador
Irineu Bornhausen instala o Município de Lebon Régis. O nome do Município foi
uma homenagem ao ilustre Catarinense General Gustavo Lebon Régis, que
por ocasião da Campanha do Contestado entre 1912 e 1916, era Secretário
Geral do Estado de Santa Catarina e traçou o primeiro ataque a Taquaruçu, um
dos maiores redutos dos jagunços. O território que hoje forma o Município, foi
cenário de lutas e combates sangrentos conflitos entre os caboclos e as forças
militares. Muitas foram as conseqüências da Campanha e as pessoas idosas
ainda hoje a seus descendentes narram, as aventuras e peripécias dos
monges João Maria, José Maria e do Comandante Adeodato. Com a instalação
do Município em 1959, assume provisoriamente a Prefeitura Antônio
Granemann de Souza. O Município a partir da emancipação, passou por uma
fase de franco progresso, abrigando indústrias madeireiras, fábricas de crina
vegetal desenvolvimento agropecuário, acelerando o conforto e o bem estar
social que a cidade precisava.

4.2 Caracterização do Empreendimento

A área em estudo está localizada no município de Lebon Régis, mais


precisamente, na localidade do Loteamento Núcleo Rio Doce, compreendendo
uma área total de 390.225,00m2 (39,2 hectare).
O município está localizado entre as latitudes 26º 92’S e longitude 50º
69’W. Lebon Régis está situado no oeste do Estado de Santa Catarina.
Figura 01: Mapa de localização do município.

A cidade de Lebon Régis é cortada pelos seguintes rios: Rio Caçador


Grande, Rio Bonito, Rio Marombas e Rio Cachoeira.
Fazendo parte da Bacia Hidrográfica do Rio Timbó, região hidrográfica RH5 do
Estado de Santa Catarina.
O município esta à 148 km de Lages, 340 km de Florianópolis e 486 km
de Porto Alegre (figura 02).

Figura 02: Mapa de localização. Fonte: Google hearth (2012).


De acordo com o censo do IBGE do ano de 2007, Lebon Régis
computava um total de 11.838 habitantes residentes na cidade.
Segundo o IBGE, o município tem sua economia voltada à prestação de
serviço, agricultura e uma pequena parcela de indústria.
O município consta com uma frota de 2.238 automóveis, para toda população.

4.3 Descrição da área

A área em estudo é denominada de Loteamento Núcleo Rio Doce.


Apresenta uma área total de 390.225,00m2, com 2.500 habitantes residindo
nesta localidade.
Praticamente todos os imóveis deste bairro são provenientes de invasão, pois
no ano de 1991, quando da criação do mesmo, o Município fez doações de
alguns lotes (cerca de 30), mas estas doações não foram levadas a registro.
O loteamento já está consolidado como um bairro, instalado nele, Comércios,
Igrejas, Escolas, Creches, Avenida e Ruas, como também de Posto de Saúde,
A área já está possui Redes telefônicas, Estradas abertas, Coleta de Lixo,
Abastecimento de água, Energia Elétrica.
A área está instalada próxima as principais instalações do Município, sendo as
distâncias as seguintes:

1. Escola de Educação Básica Frei Caneca: a 2.600 m;

2. Centro: a 2.700 m;

3. Hospital: a 1.800 m;

4. Prefeitura Municipal: a 3.100 m;

5. Delegacia de Policia Civil: a 3.200 m.

Segundo dados do IBGE 2012, a área consta com 546 unidades habitacionais.

Na figura 03 é apresentada uma visão do município e, na figura 04, a área em


estudo. Fonte: Google earth, 2012.
Figura 03: Imagem ilustrando a localização do município. Fonte: Google earth,
2012.

Figura 04: Localização do loteamento Núcleo Rio Doce e uma visão parcial
das áreas urbanas circunscritas. Fonte: Google earth, 2012.
4.4 Áreas de Influência

Áreas de influência de um específico empreendimento correspondem


aos locais passíveis de percepção dos efeitos potenciais deste projeto, em
suas distintas fases de planejamento, implantação e operação.
A delimitação destas áreas ocorre a partir das características e a
abrangência do empreendimento, e com a diversidade e especificidade dos
ambientes afetados, compreendendo os locais e áreas sujeitas aos efeitos
diretos e imediatos da fase de obras e fase de operação, e os locais e áreas
cujos efeitos serão sentidos a curto, médio e longo prazo.
Geralmente são definidas duas áreas para elaboração do Diagnóstico
Ambiental:
• Área de Influência Direta (AID);
• Área de Influência Indireta (AII).
4.5 Metodologia da Pesquisa

O tipo de pesquisa predominante neste estudo é de natureza aplicada,


que objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de
problemas específicos, e do ponto de vista qualitativo.

4.6 Procedimentos

As atividades desenvolvidas para a elaboração do diagnóstico foram


divididas em duas etapas: trabalho de campo; escritório.

4.6.1 Trabalho de Campo

Em campo, foram realizadas visitas para a elaboração do diagnóstico da


área de estudo através de uma matriz de interação, esta etapa foi desenvolvida
em Maio de 2012.
A classificação dos impactos é feita de acordo com a possibilidade de
sua reversibilidade (irreversível / reversível), da sua importância (baixa / média
/ alta), da sua ordem (direta / indireta), da sua valoração (positivo / negativo),
da sua dinâmica ou durabilidade (curto prazo / médio prazo / longo prazo), da
sua ação espacial (local / regional), e da possibilidade de sua mitigação (total /
parcial / nenhuma / desnecessária).
A tabela utilizada a seguir, intitulada “Classificação dos impactos ambientais
gerados”, utiliza-se a seguinte simbologia para classificação de cada impacto:

• Valoração: positivo (P) ou negativo (N);


• Ordem: direta (D) ou indireta (I);
• Reversibilidade: reversível (R), ou irreversível (I);
• Importância: baixa (B), média (M) ou alta (A);
• Dinâmica: curto prazo (C), médio prazo (M), ou longo prazo (L);
• Espacial: local (L) ou regional (R):
• Possibilidade de Mitigação: total (T), parcial (P), nenhuma (N) ou
desnecessária (D).
Tabela 01 – Classificação dos impactos ambientais gerados.

4.6.2 Escritório

As fotografias e os dados levantados em campo através da matriz de


interação foram digitalizados e discutidos, a fim de elaborar um diagnóstico
mais preciso. Então foi realizado o relatório do diagnóstico a fim de
proporcionar um fácil entendimento da real situação ambiental no local.
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

5.1 Avaliação dos Impactos Ambientais Diretos

Nas visitas realizadas no local do estudo, pode-se observar impactos


ambientais físicos, biológicos e antrópicos, dentre eles estão relacionados o
clima, poluição do solo, os recursos hídricos, vegetação, impactos sociais,
infra-estrutura e poluição sonora.

5.2 Diagnóstico do Impacto Ambiental

A área do empreendimento constitui o local onde os impactos se fazem


sentir mais diretamente, mesmo que seja pela simples ocupação dos espaços
e utilização da infra-estrutura local. Os danos ambientais identificados e
caracterizados na área do loteamento foram descritos nos itens subsequentes.
Os principais impactos identificados no local de estudo foram descritos abaixo
de acordo com os resultados da matriz de interação, e de forma a facilitar o
entendimento.

5.2.1 Clima

O Impacto climático diagnosticado neste estudo se demonstrou ser


permanente, negativo, com consequências de médio prazo, reversível e vai até
a área de influência indireta, e do ponto de vista qualitativo da pesquisa,
apresentou média significância. Devido à retirada de uma parte da vegetação
que cobria a área em estudo, com vista da construção de residências, comércio
e estradas, a temperatura poderá sofrer um aumento neste local. A cobertura
vegetal que ajuda a absorver os raios do sol e consequentemente calor, foi
substituída por superfícies que retém calor, principalmente os telhados.
Um outro fator importante que está causando impacto na atmosfera local
é a poeira dos automóveis que entram e saem da área, fato esse que diminui a
qualidade do ar. As partículas em suspensão não foram medidas no presente
estudo, mas dependendo da quantidade, podem ocasionar problemas
respiratórios nos moradores da região.

5.2.2 Poluição do Solo

Os impactos diagnosticados no solo demonstraram ser permanente,


negativos, curto prazo, irreversíveis, na área de influência direta e de média
importância.
Segundo Lelles et al. (2005), os impactos ao solo correspondem à diminuição
da infiltração de água no solo, devido à compactação ocasionada pelo uso de
máquinas pesadas e a impermeabilização promovida pela instalação da infra-
estrutura de empreendimentos. Estes impactos são moderadamente
importantes, uma vez que o solo demonstrou estar bastante compactado
devido à terraplanagem para a construção das casas, ruas, escolas, unidades
de saúde, quadra de esportes e áreas de lazer.
De acordo com Braga (2002), há certas características do solo que
podem ser vistas a olho nu, que são frequentemente utilizadas para a
descrição de sua aparência no ambiente natural. Porém, mesmo sem decorrer
a procedimentos padronizados, por simples inspeção é possível associar
algumas propriedades do solo à sua coloração.

5.2.3 Recursos Hídricos

O impacto ambiental de maior importância se deu nos Recursos


Hídricos, de acordo com o preenchimento da matriz, constatou-se impacto
permanente, negativo, curto prazo, irreversível e alcança a área de influência
indireta, apresentando um grau de importância máximo.
Segundo Christofoletti 1998, apud Guerra (2006), a ampliação de áreas
urbanizadas, devido à construção de áreas impermeabilizadas, repercute na
capacidade de infiltração das águas no solo, favorecendo o escoamento
superficial e a concentração de enxurradas.
A vegetação anterior a instalação de residências, amortecia o impacto
causado pela gota da chuva no solo, diminuindo o grau de saturação do
mesmo e, em muitos casos, diminuindo o nível de água do terreno, e também,
a poro pressão no mesmo, que é um processo causador de deslizamentos.
Através de visitas até o local, constatou-se que na área, encontravam-se três
“açudes”.
Nas figuras 05 e 06, pode-se observar a imagem de um dos açudes.

Figura 05: Vista lateral de um açude na área de estudo. Fonte: Batista, 2012.

Figura 06: Imagem frontal de um açude na área de estudo. Fonte: Batista,


2012.
Sendo que dois, dos três açudes que compõem a área de estudo
sofreram com problemas de assoreamento e erosão desde o inicio da
instalação do loteamento na área, isso devido ao escoamento superficial que a
terraplanagem e a compactação do solo propiciaram.

5.2.4 Impactos na Flora

O impacto na flora se mostrou ser permanente, negativo, consequências


de médio prazo, irreversível e na área de influência direta, apresentando pouca
importância, já que a mata se mantem preservada.
Na área de influência direta do Loteamento Núcleo Rio Doce há resquícios da
floresta nativa. Uma fina e rala mata ciliar, junto a um dos açudes, sobrevive
aos impactos antropogênicos. Mesmo esta cobertura vegetal (mata ciliar)
sofreu forte influência antrópica e está em processo de regeneração
secundária.
Dentro da área de estudo, se encontram áreas de cobertura vegetal,
sendo que, no projeto do Loteamento Núcleo Rio Doce inclui a preservação
das áreas, evitando assim impactos significativos para a Flora.

5.2.5 Impactos sociais

Os impactos sociais observados se demonstraram ser permanentes,


parte positivo e parte negativo, com conseqüências de curto prazo, irreversível
e de alcança a área de influência indireta, apresentando pouca importância.
A habitação é vista como a mais elementar das necessidades humanas e fator
inserido no processo de desenvolvimento integral do cidadão, capaz de
permitir-lhe acesso a outros bens públicos, como educação, saúde, bens
intangíveis, melhoria na convivência social, melhores expectativas em relação
ao futuro, bem como participar do aumento da produtividade social.
Na escala cultural o impacto se mostra negativo, observa-se que a
diversidade de alguns moradores gerou um choque de identidade,
influenciando nos hábitos e nas manifestações da cultura tradicional dos
moradores do entorno.
A densidade populacional da região aumentou devido à instalação do
loteamento, e conseqüentemente, a economia local também será afetada. O
comércio da região será influenciado positivamente, já que aumentará o
número de consumidores, porém, a procura por emprego na região também
aumentará devido ao deslocamento da população.
Um outro impacto encontrado no local de estudo, está relacionado,
principalmente, aos deslocamento dos automóveis, que envolvem o tráfego de
veículos pela área em estudo e o acúmulo de terra e poeira nas estradas que
compõem o loteamento, alterando a paisagem local. A figura 15 mostra uma
das saídas do local, onde se percebe o acúmulo de poeira sobre a estrada.

Figura 06: Uma das vias de acesso à área de estudo. Fonte: Batista, 2012.

Esse tipo de impacto causa danos especialmente as moradias situadas


no loteamento. Como foi percebido também por Taveira (2004) e Bruschi e
Peixoto (1997), a poeira, os ruídos e a frequente deterioração do sistema viário
despontam entre os principais incômodos às populações que vivem nas
proximidades.

5.2.6 Infra-estrutura

Os impactos na infra-estrutura se mostraram permanentes, negativos,


reversíveis, com consequências de curto prazo e alcançando a área de
influência indireta. No ponto de vista qualitativo da pesquisa, o grau de
importância se mostrou médio.
O Loteamento ocasionou um aumento de usuários do transporte público,
já que cerca de 546 novas unidades habitacionais foram instaladas e
conseqüentemente, o fluxo de veículos maior.
Quanto à coleta de resíduos sólidos, esta fez com que o município
recebesse um aumento na quantidade de resíduos a ser coletados. O
loteamento não possui rede de esgoto.
A área não possui rede de coleta de águas pluviais, fato este que está
proporcionando um grande problema para a comunidade não só pertencente
ao loteamento, como a comunidade no entorno, porém, já existe um projeto
pronto para sanar este problema em breve.

5.2.7 Poluição sonora

A poluição sonora diagnosticada no loteamento Núcleo Rio Doce


demonstrou ser temporária, negativa, de curto prazo, reversível e ocorre na
área de influência direta, apresentando um baixo grau de significância. No que
diz respeito aos impactos sonoros, para a MINEROPAR (2001), os problemas
causados por ruídos excessivos têm se agravado nos últimos tempos,
especialmente em áreas urbanas. Os efeitos sobre o aparelho auditivo, o ruído
excessivo pode provocar uma série de desordens físicas, mentais e
emocionais, como irritabilidade, fadiga, distúrbios do sono, interferência na
comunicação oral e queda do nível de atenção, daí a preocupação com os
impactos da poluição sonora em diversas atividades. A poluição sonora na área
de estudo é pouco significativa.
O único impacto sonoro encontrado no local está relacionado,
principalmente, aos ruídos dos automóveis que transitam ao logo das estradas
da área, e que é considerado um incômodo à população que vive no
loteamento.
5.2.8 Dados físicos

O município possui uma área total de 303,79 km2, cuja latitude é 28º 56’
05” e longitude de 49º 29’09”.

5.2.9 Ocupação antrópica

5.2.9.1 Aspectos demográficos

De acordo com o IBGE, a cidade de Lebon Régis apresenta uma


população de aproximadamente 11.838 habitantes. Na totalidade, 51,1% são
homens e 48,9% são mulheres.

5.3.0 Infra-estrutura

A caracterização da infra-estrura da área de estudo refere-se aos


serviços urbanos disponíveis na área estudada, com abastecimento de água,
tratamento de efluentes líquidos (sistema hidrossanitario), gerenciamento
de resíduos sólidos, sistema viário de transporte público e fornecimento
de energia elétrica (figura 06).
No que diz respeito a infra-estrutura na microrregião de Lebon Régis, a
população atendida pelo abastecimento de água, a CASAN trabalha com dois
setores no bairro o primeiro deles, tendo 384 unidades e o segundo, que
abrangendo também o Bairro “Nova Era”, possuindo mais 206 unidades.
Em relação ao tratamento de esgoto, o município apresenta deficiencia
uma vez que não dispoe de tal serviço, sendo tratado individualmente(Sistema
Hidrossanitario).
No setor de coleta de lixo, Lebon Régis apresenta este serviço em todo
o bairro Núcleo Rio Doce.
5.3.0 Informações básicas sobre a infra-estrutura local da área em estudo
• Redes telefônicas;
• Rede elétrica;
• Possui estradas;
• Acesso às ruas vicinais rápidos;
• Água tratada, fornecida pelo CASAN;
• Coleta dos Resíduos Sólidos;
• Transporte coletivo.

5.3.1 Saneamento

O sistema de abastecimento de água é de responsabilidade da CASAN


– Companhia Catarinense de Águas e Saneamento, possui concessão de
abastecimento de água no município de Lebon Régis.

5.3.2 Coleta de resíduos sólidos urbanos

A coleta de lixo (resíduos sólidos urbanos), diferentemente de outros


serviços de saneamento básico, é regido pela Prefeitura Municipal de Lebon
Régis, que abrange o local de estudo em 100% das moradias.
Não há separação do lixo em virtude da falta de homogeneidade da entrega,
sendo que o lixo industrial recebe tratamento diferenciado e é responsabilidade
do gerador.

5.3.3 Energia elétrica

5.3.4 Distribuição

A principal empresa distribuidora de energia elétrica para a região e


consequentemente do município é a CELESC – Centrais Elétricas de Santa
Catarina S.A.
5.3.5 Características do entorno

Na área de influência indireta, o uso e ocupação do solo no entorno da


área em questão apresenta urbanização consolidada, com residências,
comércios, indústrias, supermercados, escolas, igrejas, entre outros serviços
de infra-estrutura.
A área de estudo (área de influência direta), apresenta edificações e
obras civis em seu entorno, estas, apresentando estradas e acessos ainda sem
pavimentações. A área circunvizinha é basicamente de edificações, comerciais
e residenciais.
Por fim, á área de estudo, encontra-se numa localização próxima a região
central da cidade, visto que a área já se encontra urbanizada e com todos os
serviços de infra-estrutura disponíveis, e apresenta passivos ambientais que
necessitam de proteção e recuperação ambiental.
O Município tem como objetivo ambiental, promover a conservação,
proteção, recuperação e o uso racional do meio ambiente, em seus aspectos
natural e cultural, estabelecendo normas, incentivos e restrições ao seu uso e
ocupação, visando a preservação ambiental e a sustentabilidade da Cidade,
para as presentes e futuras gerações.

5.3.6 Área de Preservação Permanente – APP

Podemos observar que nas proximidades da área, existe APP, como cita
a Lei nº. 4.771/1965, Resoluções CONAMA nº. 302/ 2002, 303/ 2002.

5.3.7 Unidades de Conservação

Não há nenhuma unidade de conservação dentro da propriedade.

5.3.8 Ruas e passeios

A rede viária do entorno da área de estudo é formada por na maioria das


ruas pavimentadas e delimitadas com guias de concreto. Os reparos, quando
necessários são realizados pela Prefeitura Municipal de Lebon Régis que se
responsabiliza pelo descarte correto das sobras de asfalto e concreto.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo diagnosticou ambientalmente a área, através de


dados obtidos na mesma. Elaborou-se uma matriz de aspecto e impacto
ambiental e foi-lhe apresentado outros resultados ao longo do estudo.
Podemos observar conforme a matriz que com exceção da poluição
sonora, todos os impactos se mostraram permanentes, e com exceção do
impacto social, que se apresentou como parte positivo, parte negativo, todos se
mostraram negativos. Do ponto de vista qualitativo da pesquisa, os impactos de
maior significância foram os climáticos, poluição do solo, e os Recursos
Hídricos, que se destacou com o maior grau de importância.
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